MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIdorge MOrt:? SilvaGabinete do Secretário de Estado Adjunto S8Cretár~o. de Estado Adjunto
do M,n/stro do Ambientee do Ordanamento do T erritór;o
DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL (DIA)
do Projecto de Execução da Ampliação da Pedreira de Crasto de Cambra
1. Tendo, por base, o parecer final do processo de Avaliação de 1mpacte Ambiental
(AIA) do projecto "Ampliação da Pedreira de Crasto de Cambra, em fase de projecto
de execução, emito declaração de impacte ambiental (DIA) favorável,
condicionada:
-à resolucão ga incomDatibilidade desta accão com os instrumentos de aestão
territorial aDlicáveis:
-à apresentação de relatórios intercalares, com periodicidade de seis anos, e com
Indicação da informação relevante sobre o desenvolvimento do plano de lavra e da
recuperação paisagística efectuada, designadamente identificando as medidas
implementadas, análise dos resultados obtidos nos programas de monitorização e
alterações detectadas à situação de referência;
-ao cumprimento int,egral e cronológico das medidas de minimização previstas no
Estudo de Impacte Ambiental (ElA), as constantes no Parecer Final e avançadas
pela Comissão de Avaliação (CA), e ainda à reformulação do Plano Ambiental de
Recuperação Paisagística (PARP) de acordo com o ponto 5.4 do mencionado
Parecer. O PARP reformulado deverá ser remetido à Autoridade de AIA para
apreciação, previamente ao licenciamento propriamente dito.
-ao cumprimento dos Planos de Monitorização previstos no ElA e aceites pela CA,
com as indicações de monitorização adicionais propostas por esta Comissão no
ponto 5.3 do Parecer, descriminados no anexo à presente Declaração de Impacte
Ambiental {DIA);
2. As sugestões apresentadas no decurso da Consulta Pública foram contempladas
no respectivo Relatório da Consulta Pública e adequadamente analisadas no
âmbito do Parecer da Comissão de Avaliação.
1
MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIOGabinete do Secretdrio de Estado Adjunto
3. Os relatórios de monitorização devem dar cumprimento à legislação em vigor,
nomeadamente à Portaria n° 330/20011 de 2 de Abril.
14 de Dezembro de 2004
o Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente e do Ordenamento do
Território
2
~
MINISTERIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIOGabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Moreira da Silva
.Secretário de Est~do Adjuntodo Ministro do Ambiente
ANEXO à DIA do Projecto de Execução da Ampliação da Pe(l~~fti8tf4'ento do Território
Crasto de Cambra
Medidas de Minimização
Geologia
ElA 1 -Implementação e cumprimento integral das medidas constantes no Plano de Pedreira
(Plano de Lavra e Plano Ambientale de Recuperação Paisagística reformulado).
Solo
Fase de Preparação ede Exploração
ElA 2- Armazenagem das terras de cobertura (em pargas) resultante do alargamento da área
de corta.
ElA 3 -Implementação e cumprimento rigoroso das medidas preconizadas no Plano de Lavra e
no Plano Ambiental e de Recuperação Paisagfstica (PARP).
CA 1 -Deve proceder-se ao cumprimento do disposto no Decreto-Lei n° 169/2001, de 25 de
Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n° 155/2004, de 30 de Junho, os quais
determinam que os cortes ou arranques em povoamentos de Sobreiro e de Azinheira só
poderão ser autorizados para empreendimentos de imprescindível utilidade pública, assim
declarados a nível ministerial, sem alternativa válida de localização.
CA 2- Deve proceder-se ao cumprimento do Decreto-Lei n° 173/88, de 17 de Maio, no caso de
vir a ser efectuado o corte prematuro de exemplares de Pinheiro bravo ou de Eucalipto em
áreas superiores a 2 ha e do Decreto-Lei n° 174/88, de 17 de Maio, que estabelece a
obrigatoriedade de manifestar o corte ou arranque de árvores.
CA 3 -Nas áreas florestais envolventes dever-se-á regularmente fazer limpeza da vegetação
do sub-coberto, por forma a reduzir o risco de incêndio.
CA 4 -A escolha dos locais de implantação dos estaleiros, dos parques de material, locais de
empréstimo e depósitos de terras e todas as outras infra-estruturas de apoio à obra deverão
ser planeados por forma a preservar as áreas com ocupação florestal.
3
Jorge Moreira r SilvaMINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Secrtfário de f.,fao'J Adjunto
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Minl,fro do Ambientee do Ordenamenfo do T errifório
Fase de Desactivacão/Recuperação
ElA 4- Implementação e cumprimento rigoroso das medidas preconizadas no Plano de Lavra e
no Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP).
Meio Hídrico
Fase de Preparação e de Exploração
ElA 5 -Manutenção dos sistemas de tratamento existentes (tanques de decantação e estação
de tratamento).
ElA 6 -Correcto armazenamento dos materiais potencialmente contaminantes (ex. sucatas
ferrosas e óleos) em local adequado, até serem recolhidos por empresas especializadas e
devidamente licenciadas para o tratamento e destino final destes resíduos, evitando desta
forma uma potencial contaminação das águas superficiais.
CA 5 -Deve ser efectuada a monitorização adequada das águas acumuladas no fundo da
pedreira, atr~vés do controlo analítico dos sólidos suspensos totais com uma periodicidade
semestral, de forma a avaliar a eficiência do sistema de decantação.
CA 6 -Deve ser implantado um sistema de drenagem que promova a recolha eficaz das águas
de escorrência das escombreiras localizadas junto ao limite da rotunda existente na zona NNW
da zona industrial.
Ecologia
Fase de Exploracão e Desactivacão
ElA 7 -Utilização de espécies enquadradas com a envolvente na revegetação dos
ecossistemas afectados.
ElA 8 -Aplicação das medidas preconizadas no Plano Ambienta! e de Recuperação
Paisagística reformulado.
Ambiente Acústico (ruído) e Vibrações
Fase de Preparacão e de Exploracão
ElA 9 -Aumento da absorção da envolvente acústica através da instalação de barreiras
acústicas ou através da criação de ecrãs arbóreos.
ElA 10- Controlo das velocidades de circulação das máquinas.
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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO1orge Moreira d~ SilvaGabinete do Secretário de Estado Adjunto S.dretár~o. de Estado Adjunto
o M,rnstro do Ambientee do Ordenamento do T erritório
ElA 11 -Redução ao máximo possível das operações de taqueio com explosivos.
ElA 12- Implementação do Plano de Monitorização proposto.
Qualidade do ar
Fase de PreDaracão e de ExDloracão
ElA 13 -Aumento da absorção da envolvente através da criação de ecrãs arbóreos, com
funções de minimização de poeiras (manutenção da vegetação existente na envolvente da
pedreira).
ElA 14- Aspersão das vias de circulação nos dias secos e ventosos.
ElA 15 -Implementação de um plano de monitorização para os valores de poeiras emitidos
para o exterior.
ElA 16- Reduzir ao máximo as operações de taqueio com explosivos.
Paisagem
As medidas de minimização apresentadas referem-se às três fases do processo produtivo,
devendo considerar-se a sua integração no Plano Ambientale de Recuperação Paisagística, e
são as seguintes:
ElA 17- Modelação da topografia alterada de modo a que se ajuste o mais possível à situação
natural.
ElA 18 -Revegetação do local com espécies autóctones e esquema de plantação adequado
para a reintegração da zona afectada pela exploração na paisagem circundante
(Implementação e cumprimento do Plano Ambiental de Recuperação Paisagísticareformulado),
ElA 19 -Plantação de árvores e arbustos de modo a funcionarem como barreira visual, para
dentro dos locais explorados.
ElA 20 -Adaptação das infra estruturas à topografia e restantes características do local (altura,
dimensões, cor, etc.'
ElA 21 -Arranjo e manutenção dos acessos no interior da pedreira.
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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto
Circulação Rodoviária
Fase de Preparacão e de Exploração
ElA 22 -Controlo do peso bruto dos veículos pesados, no sentido de evitar a degradação das
vias de comunicação (respeito da legislação vigente),
ElA 23 -Controlo e correcta conservação dos veículos,
ElA 24- Instalação de lavagem de rodados para os camiões que saem da pedreira.
Património Arqueológico e Arquitectónico
CA 7 -Realização de nova prospecção arqueológica, com vista à relocalização dos elementos
patrimoniais citados na bibliografia.
CA 8 -Caso a nova fase de prospecções arqueológicas venha a identificar as Mamoas n° 4, 5
e 6 do Castro, e se venha a confirmar a sua afectação de forma directa e irreversível, estas
deverão ser escavadas integralmente ou, inclusivamente, excluídas da área de exploração da
pedreira.
CA 9 -Caso venham a surgir vestígios arqueológicos relacionáveis com a existência de um
possível Castro de Cambra, deverão ser efectuadas sondagens arqueológicas de diagnóstico,
sobre o resultado das quais o IPA emitirá um novo parecer com as respectivas medidas de
minimização.
CA 10 -Deverá ser efectuado o acompanhamento arqueológico das acções de desmatação e
preparação do terreno, assim como, da abertura de eventuais caminhos de acesso à pedreira,
e de áreas de depósito de inertes.
CA 11 -, O aparecimento de qualquer vestígio de interesse arqueológico, no decurso do
acompanhamento arqueológico, dará de imediato lugar à subsequente medida de salvaguarda,
de acordo com o disposto na Lei n.o 107/2001, de 8 de Setembro, que estabelece as bases da
política e do regime de protecção e valorização do património cultural.
CA 12 -Durante a fase de exploração, caso seja posto a descoberto qualquer valor de
interesse patrimonial, deverá efectuar-se a suspensão dos trabalhos e proceder-se ao
cumprimento do disposto no art.o n.78, da Lei n.o 107/2001, de 8 de Setembro.
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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIOGabinete do Secretdrio de Estado Adjunto Jorge Moreira d~ Silv
Secrefério de E"sf~d ado Mil1isfro do A O tdlul1fO
Plano Ambiental de Recuperação Paisagistica (PARP) e do Ordel1arnel1fO d: Tleerl1~ef ..n or,o
o PARP deverá ser reformulado, de modo a
CA 13- Prever o enchimento parcial da cavidade gerada em pelo menos 25% do volume, de
modo a reduzir a diferença acentuada de cotas entre o topo da cratera (550 m) e a cota de
fundo (467 m);
CA 14 -A revisão solicitada implica a apresentação de nova cartografia devidamente
rectificada, bem como a alteração do orçamento correctamente ajustado à nova realidade;
CA 15- A área, após enchimento, sementeira e plantação deverá ser vedada, interditando-seo
acesso público, permanecendo como uso paisagístico meramente o contemplativo e de
mir.adouro;
CA 16 ~ A caução do PARP, prevista no artO 520- do Decreto-Leino. 270/2001 de 6 de Outubro,
será determinada por esta CCDR na fase de licenciamento propriamente dito, conforme
procedimentos dos artOs 27° e 28° deste diploma, mas somente após a reformulação do
orçamento do PARP;
CA 17 -O Plano de Recuperação Paisagística deverá prever a rearborização das áreas
afectadas com recurso à arborização com espécies adequadas à região.
Planos de Monitorização
PGM1 -Plano Geral de Monitorização para as Poeiras
a) Objectivosda monitorização
Controlo constante dos valores de emissão de poeiras para a atmosfera, no sentido de que os
mesmos se enquadrem nos parâmetros legais em vigor, para eventuais receptores. Pretende-,
se prevenir a ocorrência de situações que possam eventualmente vir a pôr em causa a saúde
pública, no geral, e também a dos trabalhadores.
b) Fases da monitorização
A monitorização processa-se em cinco fases'
1-Definição dos pontos de recolha;
2-Recolha de dados;
3-Análise e tratamento dos dados;
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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORÍ>ENAMENTO DO TERRITÓRIO
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Moreira I Silva
Secretário de Estado Adjuntodo Ministro do Ambiente
e do Ordenamento do T erritório4-Elaboração de Relatório;
5-Estudo de medidas minimizadoras, se necessário, em função dos resultados.
c) Locais de Medição
As medições deverão ser efectuadas nos locais correspondentes à primeira medição (medição
de controlo, referida na situação de referência), identificados em carta em anexo ao ElA
("Planta com indicação dos pontos de medição de ruído e poeiras").
d) Frequência de Medição
As medições de poeiras deverão ser efectuadas com uma periodicidade anual (CA 18) num
período em que a laboração se encontre em pleno desenvolvimento, no sentido de os valores
obtidos serem o mais representativos possível. No caso específico do empoeiramento deverá
ter-se em especial atenção as condições meteorológicas, pela sua grande influência na
obtenção de valores. Desta forma a recolha de amostras deverá ser efectuada com tempo
seco, devendo as medições ser efectuadas preferencialmente no Verão (desta forma os
valores obtidos reflectirão as emissões máximas, podendo a partir daí inferir-se acerca dos
valores emitidos durante o ano).
e) Métodos e técnicas de medição utilizados
Como critério de interpretação dos resultados obtidos é indicada a Portaria n.o286/93 de
12 de Março, a qual define os valores limites de concentração de poluentes na atmosfera,
nomeadamente a sua Tabela E (Valores Limites para as Partículas em Suspensão) constante
do Anexo I da referida portaria.
De acordo com a mesma portaria (Portaria n.o 286/93, Tabela E do Anexo I), os valores limite
para as partículas em suspensão, medidos pelo método gravimétrico, durante o ano (composto
por medições de 24 horas) é de 300 ~g/m3 (valor do percentil 9,5 calculado a partir dos valores
médio diários obtidos durante o ano).
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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Jvloreir~ Silva
Secretário de Est&do Adjunto
do Ministro do Ambiente
e do Orde,am~'1to do T erritórro
Parâmetros
A concentração total de poeiras mede-se em Jlg/m3 e dá a massa de poeiras existente por
metro cúbico {m3) de volume de ar e é determinada em função do tempo de amostragem, que
resulta numa concentração ponderal:
p x 103
Qxtc=
em que:
c -concentração de po~iras (~glm3) <= valor calculado
p -peso das poeiras colhidas no filtro {f.Lg) Ç:= resulta da análise
Q -caudal do ar que é aspirado pela bomba (1/min) <= valor fixo
t -tempo de colheita (min) <= valor registado
o peso das poeiras colhidas será determinado, pelo método gravimétrico ou ponderal, com
base na diferença do peso dos filtros antes e depois da colheita.
f) Equipa técnica envolvida na recolha e análise de dados:
As medições serão efectuadas por uma equipa técnica especializada que deverá ser
constituída da seguinte forma:
1 Técnico Superior responsável;
1 Técnico de Segurança e Higiene.
g) Datas de entrega dos relatórios de medição
Um mês após a execução dos trabalhos de medição.
CA 19- Cumprimento das metodologias de medição e de avaliação das~partículas ambientais
em suspensão de acordo com os normativos legais em vigor na altura da monitorização.
PGM2 -Plano Geral de Monitorização para o Ruído
a) Objectivos da monitorização
Controlo constante dos valores de emissão de ruído para o meio, no sentido de que os
mesmos se enquadrem nos parâmetros legais em vigor. Pretende-se por um lado cumprir a lei
vigente e por outro prevenir a ocorrência de situações que possam eventualmente vir a pôr em
causa a saúde pública, no geral, e também a dos trabalhadores.
Q
Jorge MoreiraSecretárlo de c
MINISTÉRIO DO AMBIENTE E O~ENAMENT? DO TERJUT6RI? c/odo ~inistro do AlJ'olen~e. .Gabinete do SecretárIo de Estado AdJunto C c/ena1flenfo d~ T ernfono
CA 20 -Tendo-se detectado incumprimento no Regulamento Geral do ruído, a implementação
das medidas de minimização apresenta carácter de urgência, sendo que a sua eficácia deverá
ser comprovada pela primeira campanha de monitorização a qual deverá ser prévia ao
licenciamento da ampliação.
b) Fases da monitorização
A monitorizaçã.o processa-se por cinco fases:
1-Definição dos pontos de medição;
2-Recolha de valores;
3-Análise e tratamento dos dados;
4-Elaboraçâo de Relatório;
5-Estudo de medidas minimizadoras, se necessário, em função dos resultados.
c) Locais de Medição
As medições deverão ser efectuadas em pontos previamente determinados, dando especial
importância às fontes principais de ruldo e aos limites da pedreira. Os pontos encontram-se
definidos na planta anexa ao ElA ("Planta com indicação dos pontos de medição de ruldo e
poeiras"), devendo manter-se ao longo do perlodo de monitorização.
d) Frequência de Medição
As medições de ruído deverão ser efectuadas com uma periodicidade anual (CA 21), num
período de trabalho representativo da actividade da pedreira, no sentido de os valores obtidos
traduzirem da melhor forma a situação ocorrente.
e) Métodos e técnicas de medição utilizados
Parâmetros
Os parâmetros a avaliar, de acordo com a Norma NP-1730 são os seguintes:
Ruído de Residual (ou de fundo) -Ruído ocasionado pelo conjunto de fontes sonoras que
fazem parte, habitualmente, da vizinhança do local avaliado, ou seja, trata-se do ruído existente
na ausência do ruído particular ou perturbador.
Ruído Ambiente -Ruído resultante de todo o conjunto de fontes em presença, ou seja, trata-se
do ruído de residual mais o ruído particular ou perturbador.
LAeq, T -Nivel sonoro contínuo equivalente ponderado A, determinado num intervalo de
tempo T .
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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E QRDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto
Jorge Moreira
Sec!et~r/°. de
.-e do Ordenamento ao T erriforfo
LAeq, T (R) -Nível sonoro contínuo equivalente ponderado A, determinado num intervalo de
tempo T, devido ao ruído particular.
LAeq, T (P+R) -Nível sonoro contínuo equivalente ponderado A, determinado num intervalo de
tempo T, devido ao ruído ambiente determinado durante a ocorrência do ruído particular da
actividade.
LAr -Valor do LAeq do ruído ambiente determinado durante a ocorrência do ruído particular
corrigido de acordo com as características tonais ou impulsivas do ruído particular.
Metodoloqia e Técnica de Medicão
Para rea'izar as medições será adoptada a metodologia constante da Norma Portuguesa
NP-1730 {1996), em que cada medição será realizada num período de tempo representativo.
De acordo com a norma supracitada, serão adoptadas as seguintes regras de; mediÇão:
* Microfone 1 ,4 m acima do solo;
* Microfone afastado mais de 3;5 m de qualquer superfície reflectora;
* Medições efectuadas com filtro de ponderação A;
* Medição realizada em Fast (e em Impulsivo noutro canal e em simultâneo);
* Realizar pelo menos 3 medições com orientações diferentes do microfone.
Como critério de análise dos resultados, será utilizado o constante no Regime Geral Sobre o
Ruído (RGSR) (Decreto Lei 292/2000 de 14 de Novembro).
f) Equipa técnica envolvida na recolha e análise de dados
As medições serão efectuadas por uma equipa a cargo da monitorização constituída da
seguinte forma:
-1 Técnico Superior responsável;
-1 Técnico especialista.
g) Datas de entrega dos relatórios de medição:
Um mês após a execução dos trabalhos de medição
CA 22 -Cumprimento das metodorogias de medição e de avaliação do ruido ambiental de
acordo com os normativos legais em vigor na altura da monitorização.
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MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO J orge MoreiraGabineíedo Secretário de Estado Adjunto Secretário de E,stado
,e do drdén~mento do rrrit6rlo
PGM 3 -Vibr~ções
A metodologia a utilizar para a caracterização das vibrações resultantes das detonações
envolve a utilização de uma rigorosa instrumentação de registo. Para estudar as vibrações
devem ser analisadas e conhecidas as variáveis determinantes no processo, como sejam, a
carga de explosivo por furo, a distância, o número de furos, o número de retardos e a carga
instantânea a detonar (ou por retardo).
Deverão ser determinados pontos significativos de medição Uunto das habitações limítrofes, e
mais próximas do limite da pedreira), no sentido de caracterizar as vibrações emitidas.
Periodicidade
As medições deverão ser efectuadas com uma periodicidade diária/contínua (CA 23)
Se houver registo de alguma ocorrência, junto da habitação existente, deverão ser tomadas
medidas imediatas para a sua resolução.
PGM 4 -Gestão de Resíduos
a) Objectivos da monitorização
A monitorização a nível da gestão de resíduos terá duas abordagens, por um lado pretende-se
uma actuação constante no sentido de prevenir e remediar potenciais ocorrências como os
derrames e contaminação dos solo, o controlo das bacias de impermeabilização e a recolha
selectiva de óleos e sucatas, e outros resíduos referenciados, por parte de empresa licenciada
para o efeito, a gestão diária de resíduos sólidos urbanos, etc. Por outro lado, pretende-se
controlar e acompanhar o cumprimento da legislação em vigor.
b) Fases da monitorização
A monitorização processa-se por seis fases/procediment0s:
1 -Identificação das potenciais ocorrências (ex. derrame de óleos no solo);
2 -Correcção dos problemas;
3- Manutenção dos locais de recolha de armazenamento de resíduos, nomeadamente
bacia de óleos e sucatas, contentores de resíduos sólidos urbanos, etc;
4- Documentação de todas as guias de acompanhamento de resíduos;
5- Preenchimento do mapa de óleos se o volume movimentado for superior a 2001;
6- Preenchimento anual do mapa de resíduos, até 15 de Fevereiro de cada ano.
12
r'MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRIT6~ge Moreira da Silva
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto d:~:o. dt e Ed sta Ado Ad;J.to
..d nrs ro O rnblenfe
o Orclen«men1o do T errifório
c) Periodicidade
Procedimento constante e diário durante a vida útil da pedreira. As condições deverão ser
aferidas pelo encarregado da pedreira numa base semanal. Desta forma deverão ser
verificados o estado de manutenção dos contentores de resíduos e das bacias de retenção,
intervindo em função da análise efectuada através das operações de manutenção necessárias.
d) Se for verificado qualquer derrame de óleos ou outros produtos perigosos para o solo,
deverá ser retirado o solo contaminado e entregue à empresa devidamente licenciada para a
sua recolha.
CA 24 -A monitorização dos óleos usados terá que ser adaptada à nova regulamentação
actualmente em vigor- Decreto-Lei n.o 153/2003 de 1 de Julho.
PGM 5- Implementação das medidas de recuperação paisagística
a) Objectivos da monitorização
Fazer cumprir as medidas apontadas no Plano Ambientar e de Recuperação Paisagística
reformulado.
b) Fases da monitorização
Este plano de monitorização visa reforçar a importância do cumprimento das medidas
propostas no PARP (documento constante do processo de licenciamento), nomeadamente as
medidas consideradas de implementação imediata, as medidas faseadas (no decorrer da
exploração) e as medidas de recuperação final.
c) Periodicidade
Deverá ser acompanhado rigorosamente o cronograma temporal apresentado no Plano
Ambiental e de Recuperação Paisagística.
PGM6 -Plano Geral de Monitorização para as águas residuais industriais
a) Objectivos da monitorização
Controlo qualitativo dos valores obtidos de forma a avaliar a eficiência do processo de
tratamento (como proposta de acção de r:nelhoria}, atendendo a que não existem descargas
para colector nem descargas para o meio hídrico.
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MINISTÉRIO DO A~BIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO rGabinete do Secretário de Estado Adjunto Jorge Moreira da Silva
Secretário de ~st5do Ad;untodo Ministro do Ambiente
b) Fases da monitorização e do Orden5mento do Território
A monitorização processa-se em seis fases:
Definição do n.o de colheitas;
Definição dos pontos de recolha;
Recolha das amostras;
Análise a efectuar às amostras de acordo com os parâmetros
analíticos;
Elaboração do Boletim de Análise;
Estudo de medidas minimizadoras, se necessário, em função dos
resultados.
c) Número de colheitas e Locais de Recolha
o n.o de recolhas corresponde a duas. Os locais de recolha das amostras devem ser os
seguintes:
-Uma ~ do tratamento e outra à ~ do processo de tratámento.
d) Frequência de medição
A recolha das amostras deverá ser efectuada em cada trimestre (CA 25) e durante o período
da manhã, por ser este o período mais representativo em termos de maior afluência de
camiões.
e) Parâmetros a analisar e correspondentes métodos analíticos
Os parâmetros analíticoS a analisar à entrada e à saída do sistema de tratamento, e oS
métodoS analíticoS São oS seguintes,
rMINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Jorge Moreira da Silva
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto Secretário de Estado Adjunto
do Ministro do Ambientee o r enamen do T errit6riQ
(SMEWW 5
SMEWW -Standard Methods for Examination of Water and Wastewater -2a Edição (1996)
Como critério de análise dos resultados, será utilizado o constante no Decreto Lei 236/98 de 1
de Agosto
f) Equipa técnica envolvida na recolha e análise de dados
As recolhas e as análises serão efectuadas por uma equipa técnica especializada que deverá
ser constituída da seguinte forma:
-1 Técnico Superior responsável;
-1 Técnico (a) com licenciatura em Engenharia Química
g) Datas de entrega dos relatórios de medição:
Um mês após a recolha.
15
\\
.-
MINISTÉRIO DO AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto
De forma a simplificar a apresentação dos planos de monitorização propostos pode observar-
se o seguinte cronograma das Campanhas de Monitorização:
Ano 5 10 15 20 27
Parâmetro
Poeiras Anual
Ruído Anual
Vibrações Diária/contínuo
Aguas Residuais Industriais Trimestral
Gestão de Resfduos Procedimento constante (acompanhamento semanal)
Acomp. do PARP Constante
Tabela 1- Cronograma das Campanhas de Monitorização.
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