Download - DOENÇA DE CHAGAS
Fundação Educacional Serra dos Órgãos-FESOCentro Universitário Serra dos Órgãos-UNIFESOCentro de Ciências da Saúde-CCSCurso de Graduação em MedicinaMonitoria Integrada
Teresópolis, 2008.
CoraçãoVista Anterior
Imagem: Atlas de Anatomia Primal
Imagem: Atlas de Anatomia Primal
Imagem: Atlas de Anatomia
Primal
Coração: Face EsternocostalCoração: Face Diafragmática
Coração: Átrio e Ventrículo Direito
Coração: Átrio e Ventrículo Esquerdo
♦ Descoberta entre os anos de 1907 e 1909 pelo médico e pesquisador Carlos Ribeiro Justianiano das Chagas.
♦ É o único caso da história da medicina em que o agente etiológico de uma doença, seu transmissor e as suas manifestações clínicas foram descritas pelo mesmo investigador.
(Fonte: Tratado de Infectologia Veronesi. 3ª edição, 2005.)
Fig.03. Carlos Chagas(1879-1934)Fotografia do ano de 1907. Nesta casa, situada às margens do rio Buriti Pequeno (MG), Carlos Chagas identificou o vetor “barbeiro” pela primeira vez.
A doença de Chagas (Tripanossomíase Americana) (Tripanossomíase Americana) é uma antropozoonose causada por um protozoário flagelado, denominado Trypanossoma cruziTrypanossoma cruzi.
Fig.01/02. Trypanosoma cruzi. Fonte: FIOCRUZ(1)
Fonte:FIOCRUZ
Trypanosoma cruziAnatomia Microscópica
Fonte: CDC - Atlanta
Fonte: CDC - Atlanta
Fig . Triatoma Infestans
Vetores◙ Hematófagos em todas as fases de seu ciclo evolutivo. Vivem em média entre um a dois anos, com evolução de ovo, ninfa e adulto, com grande capacidade de reprodução e, dependendo da espécie, com intensa resistência ao jejum.
Fonte: Insetário da Sucen, Mogi-Guaçu
Estágios evolutivos de ninfas de triatomíneo vetor da doença de Chagas (ampliada cerca de 5X)
A = ninfa de primeiro estágio; B = ninfa de segundo estágio; C = ninfa de terceiro estágio; D = ninfa de quarto estágio;
E = ninfa de quinto estágio.
Fonte: Insetário da Sucen, Mogi-Guaçu.
Preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus)Paca (Agouti paca)
Tatu-peba (Etrus secinctus)
Cachorro do mato (C. thous)
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)Rato do Campo (B. lasiurus)
Baixa Sintomatologia
Imagens: SBMT
Estima-se que existam até 18 milhões de pessoas com esta doença, entre os 100 milhões que constituem a população de risco, distribuída por 18 países americanos. Dos infectados, cerca de 20.000 morrem a cada ano.
No Brasil, em 1983, 711 municípios de 11 estados estavam infestados pelo T. infestans. O número de municípios reduziu-se para pouco mais de 100 em 1997, devido aos crescentes esforços das políticas de controle ao vetor e ao agente causador.
Fonte:SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL. SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL. Consenso Brasileiro em Doença de ChagasConsenso Brasileiro em Doença de Chagas. Ano 2005.. Ano 2005.
No ano de 2005, o número de infectados pelo Trypanosoma cruzy situava-se em torno de 3,5 milhões, no território brasileiro.
◙ ◙ VetorialVetorial
◙ ◙ HemotransfusõesHemotransfusões
◙ ◙ OralOral
◙ ◙ VerticalVertical
◙ ◙ AcidentalAcidental
Incubação de 5 a 15 dias.
Incubação de 30 a 40 dias.
Incubação de 3 a 22 dias.
Transplacentária, e no parto.
Imagens: FIOCRUZ
Imagem: FIOCRUZ
A Doença de Chagas pode se apresentar nas formas clínicas A Doença de Chagas pode se apresentar nas formas clínicas clássicas:clássicas:
♦ ♦ Forma Aguda Forma Aguda ♦ ♦ IndeterminadaIndeterminada ♦ ♦ Forma CrônicaForma Crônica
• Cardíaca• Digestiva• Mista
♦ ♦ Outras Formas: Outras Formas: nervosa, congênita.nervosa, congênita.
Infecção pelo ParasitaInfecção pelo Parasita
Reprodução nos Reprodução nos Tecidos MuscularesTecidos Musculares
ParasitemiaParasitemia
Resposta ImuneResposta ImuneDestruição celularDestruição celularMiocardite chagásica aguda fatal observada em uma criança. Note-se a intensa inflamação e a presença de parasitos intracelulares (A), o que aparece bem mais evidente com a aplicação da técnica imuno-histoquímica (B). A: H.E., 200X; B: Imuno-peroxidase, com anticorpos anti-Trypanosoma cruzi. 100X. Fonte: FIOCRUZ
Caracterizada por miocardite difusa, com vários graus de Caracterizada por miocardite difusa, com vários graus de severidade. Podendo ocorrer: severidade. Podendo ocorrer:
♦ ♦ PericarditePericardite ♦ ♦ CardiomegaliaCardiomegalia ♦ ♦ Insuficiência CardíacaInsuficiência Cardíaca
Manifestações mais comunsManifestações mais comunsFebre prolongada e recorrenteFebre prolongada e recorrenteCefaléiaCefaléiaMialgiasMialgiasAsteniaAsteniaHepatomegaliaHepatomegaliaAsciteAsciteEsplenomegaliaEsplenomegalia
Imagens: Fundação Oswaldo CruzImagens: Fundação Oswaldo Cruz
Caracterizada miocardite difusa, incluindo a destruição das fibras cardíacas e substituição por fibrose cicatricial, associada a um considerável infiltrado inflamatório difuso, composto por linfócitos T e macrófagos.
♦ A hipótese mais aceita para sua fisiopatologia e a do mimetismo molecular T-cruzi/miosina hipersensibilidade retardada.
Chocair, P. et al. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2001;18:43
Corte sagital de coração de paciente chagásico que faleceu com insuficiência cardíaca congestiva, mostrando dilatação das cavidades ventriculares, afilamento da ponta do ventrículo esquerdo e do ventrículo direito, com trombose.
Autoria: Higuchi, 2007.
Afilamento do miocárdio da região póstero – lateral e basal do Ventrículo Esquerdo, com substituição por fibrose. Freqüente foco de arritmia cardíaca tipo taquicardia ventricular sustentada.
Autoria: Higuchi, 2007.Típica lesão apical “aneurismática” da forma crônica cardíaca da doença de Chagas
Imagem: FIOCRUZ
Autoria: Higuchi, 2007
Fonte imagem: DIP USP
Coloração Hematoxilina e Eosina. 300X
A)Tecido Cardíaco NormalB)Tecido Cardíaco na Forma Aguda da Doença de ChagasC)Tecido Cardíaco na Forma Crônica da Doença de Chagas
Fonte imagem: Acervo de Histopatólogia da USP
Fonte: Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitarias, ano 2007.
Geralmente se manifesta por disfagia e/ou obstipação intestinal, Geralmente se manifesta por disfagia e/ou obstipação intestinal, revelando a presença de Megaesôfago e/ou Megacólon.revelando a presença de Megaesôfago e/ou Megacólon.
O sinais e sintomas mais comuns no Megaesôfago:O sinais e sintomas mais comuns no Megaesôfago:♦ ♦ DorDor♦ ♦ RegurgitaçãoRegurgitação♦ ♦ SoluçosSoluços♦ ♦ Hipertrofia das parótidasHipertrofia das parótidas♦ ♦ EmagrecimentoEmagrecimento
Os sinais e sintomas mais comuns no MegacólonOs sinais e sintomas mais comuns no Megacólon♦♦ Constipação intestinalConstipação intestinal
♦ ♦ Aumento do perímetro abdominalAumento do perímetro abdominal ♦ ♦ Fecaloma (Sinal de Gersuny)Fecaloma (Sinal de Gersuny) ♦ ♦ Volvo do sigmóide Volvo do sigmóide ♦ ♦ PeritonitePeritonite
Imagem: MOORE; ATLAS DE ANATOMIA
Intestino DelgadoIntestino Delgado
Forma Digestiva da Doença de Chagas
Desnervação Plexo Mioentérico (Auerbach)Desnervação Plexo Mioentérico (Auerbach)
Absorção Motilidade Secreção
Hiperabsorção de Açúcares
Curvas Glicêmicas Alteradas
Hiperreatividade aos Estímulos
Incoordenação Motora
Hipertrofia Muscular
Dilatação
Visceromegalias
Megaesôfago Megacólon
Estômago
Glândulas Salivares
Hipersalivação
Hiposecreção cloridro-péptica
Megaesôfago - Raio XMegaesôfago - Raio X
Classificação radiológica do megaesôfago em quatro grupos, conforme a evolução da afecção.
Revista Brasileira de Gastroenterologia. Autoria: Rezende, et al, 1960.
Megaesôfago
Fonte : FIOCRUZ
Hipertrofia das parótidas comumente encontrada em casos de megaesôfago chagásico, o que confere ao paciente uma fácies felina. Fonte:FIOCRUZ
Megacólon Chagásico
Imagem: Hospital Getúlio Vargas (Teresina, Piauí)
Fonte: Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitarias, ano 2007.
Fase AgudaO diagnóstico, compreende a história clínica e laboratorial (critério parasitológico e critério sorológico).
Fase CrônicaHistória clínica, critério sorológico, eletrocardiograma e raio X.
Obs: Em ambas as formas deve se considerar a investigação epidemiológica.
Específico:Deve ser realizado o mais precocemente possível nas formas Deve ser realizado o mais precocemente possível nas formas agudas ou congênita, e na forma crônica recente.agudas ou congênita, e na forma crônica recente.
A droga disponível no Brasil é o A droga disponível no Brasil é o BenzonidazolBenzonidazolCaixas contendo comprimidos de 100 mg:Caixas contendo comprimidos de 100 mg:Dose adulto: 5 mg/kg/diaDose adulto: 5 mg/kg/diaDose crianças: 5-10 mg/kg/diaDose crianças: 5-10 mg/kg/dia
Sintomático:Sintomático:Dependente das manifestações clínicas, tanto na fase aguda como Dependente das manifestações clínicas, tanto na fase aguda como na fase crônica.na fase crônica.
2 a 3 vezes ao dia por 60 dias2 a 3 vezes ao dia por 60 dias
Fonte: Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitarias, ano 2007.
♦♦ Controle químico de vetores Controle químico de vetores com inseticidas.com inseticidas. ♦ ♦ Melhoria habitacionalMelhoria habitacional em áreas de alto risco. em áreas de alto risco. ♦ ♦ Manutenção do Manutenção do controle de qualidade controle de qualidade rigoroso de rigoroso de
hemoderivadoshemoderivados..♦♦ Identificação de Identificação de gestantes chagásicas gestantes chagásicas na assistência na assistência pré-natalpré-natal ou ou de recém-nascidos por de recém-nascidos por triagem neonatal triagem neonatal para tratamento precoce.para tratamento precoce.♦♦ Cuidados de higiene Cuidados de higiene na produção e manipulação artesanal de na produção e manipulação artesanal de alimentos de origem vegetalalimentos de origem vegetal. .
♦ ♦ Utilização de equipamentos de Utilização de equipamentos de BiossegurançaBiossegurança..
Fonte: Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitarias, ano 2007.
Referências Bibliográficas:
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Carlos ChagasCarlos Chagas(1879-1934)(1879-1934)
Fundação Educacional Serra dos Órgãos-FESOCentro Universitário Serra dos Órgãos-UNIFESOCentro de Ciências da Saúde-CCSCurso de Graduação em MedicinaMonitoria Integrada
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