Download - E.b.d jovens 4ºtrimestre 2016 lição 08
MODELO
TEXTO DO DIA• “...Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o
SENHOR pede de ti senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?...” (Mq 6.8).
SÍNTESE
• Nada justifica a opressão ou exploração de uma pessoa por outra.
• Todo sacrifício feito à custa do sangue e lágrimas de outrem é abominação A adoração torna-nos mais justos e bondosos.
AGENDA DE LEITURA
• SEGUNDA – Mq 3.11: Perfil da espiritualidade no período de Miqueias
• TERÇA - Mq 4.2: A vocação universal para o louvor e adoração
• QUARTA - Mq 6.7: Adorar é muito mais que cerimonialismo• QUINTA-Mq 6.15: Quando a prática religiosa não se torna
adoração• SEXTA-Mq 7.2; A situação decadente da humanidade• SÁBADO - Mq 7.18: O incomparável Deus
OBJETIVOS
• APRESENTAR período sócio-histórico-espiritual de Miqueias.• MOSTRAR os três componentes fundamentais para a
adoração.• COMPARAR os dilemas e desafios de Miqueias com os da
Igreja atual.
TEXTO BÍBLICO
• Miquéias 7
• 1 AI de mim! porque estou feito como as colheitas de frutas do verão, como os rabiscos da vindima; não há cacho de uvas para comer, nem figos temporãos que a minha alma deseja.
• 2 Já pereceu da terra o homem piedoso, e não há entre os homens um que seja justo; todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com a rede,
• 3 As suas mãos fazem diligentemente o mal; assim demanda o príncipe, e o juiz julga pela recompensa, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles tecem o mal.
• 4 O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que a sebe de espinhos; veio o dia dos teus vigias, veio o dia da tua punição; agora será a sua confusão.
• 5 Não creiais no amigo, nem confieis no vosso guia; daquela que repousa no teu seio, guarda as portas da tua boca.
• 6 Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora contra sua sogra, os inimigos do homem são os da sua própria casa.
• 7 Eu, porém, olharei para o SENHOR; esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.
INTRODUÇÃO
• O profeta Miqueias, não era um simples religioso de sua época.
• Ele foi um homem comprometido com a luta contra as desigualdades e abusos dos poderosos sobre os mais frágeis em sua comunidade.
I - MIQUEIAS E SUA DENÚNCIA PROFÉTICA
1 - O perfil de um adorador.
• As informações biográficas a respeito deste profeta são muito escassas.
• Além de seu próprio texto, temos na profecia de Jeremias um registro sobre o seu ministério (Jr 26.18.19).
• Tanto pelo contexto mais amplo da profecia de Miqueias, como pela sucinta citação de Jeremias, pode-se inferir que ele tinha como tônica central de seu ministério o desenvolvimento de uma fé viva.
• A qual deveria romper com o modelo vigente, onde sacerdotes e profetas realizavam seus ministérios conforme o pagamento que recebiam (Mq 3.5.11).
2 - O contexto sócio-religioso da comunidade de Miqueias.
• Mesmo diante do avivamento experimentado pelo povo de Deus durante o reinado de Ezequias (2 Cr 29-31), havia um conjunto de pecados que sistematicamente desenvolviam-se naquela comunidade: os ricos estavam perversamente explorando os mais pobres (6.12-15).
• Os profetas não denunciavam as mazelas sociais, antes, por suborno que recebiam, anunciavam uma falsa paz (3.5-12). Havia idolatria e práticas religiosas reprovadas por Deus (5.12-15); o cerimonialismo legalista também era um desafio a ser superado naquela comunidade (6.6.7).
• Em meio a todo esse contexto paradoxal (avivamento X pecaminosidade, justiça divina X injustiça humana), o Senhor continuava atraindo e pacientemente esperando uma mudança de comportamento do povo (6.8.9).
3 - A profecia de Miqueias
• Revela ainda os efeitos imediatos que sobreviriam sobre àquela sociedade em virtude do conjunto de opressores (3.12), e os efeitos a longo prazo que repercutirão naquela sociedade, tanto as repreensões (4.10-12) como as restaurações (5.2-4).
• O esforço do profeta está em denunciar as condutas pecaminosas que foram normalizadas entre os filhos de Israel (72), e propor uma mudança radical de comportamento que espelhe a natureza graciosa e justa do Senhor.
• Segundo a perspectiva defendida por Miqueias, o verdadeiro avivamento traz a presença de Jeová para o meio do seu povo, para que este povo possa revelar ao mundo a presença de Deus por meio de atos de justiça social.
II - A ESSÊNCIA DA ADORAÇÃO SEGUNDO MIQUEIAS (6.8)
1 - A adoração conduz a bondade.
• É impossível que aquele que conhece a Deus permaneça deliberadamente numa vida de maldade, pois o pecado não o domina mais (Rm 6.14).
• Tendo sido afastado de nós (Sl 103.12), • “...Não fazemos boas obras para sermos salvos. todavia, uma
vez íntimos do Pai. inevitavelmente espelharemos o seu caráter por meio das boas ações que realizaremos...” (2 Ts 3.13).
• A crueldade não pode ser um atributo daqueles que se declaram adoradores do Senhor.
• João deixa isso bastante claro em 3 Jo 11.
2 - A justiça como fruto da adoração
• A justiça é parte integrante da natureza de Deus, por isso a sua observância jamais vai contrariar o coração de Deus; assim sendo, cuidado, não confunda justiça com legalismo-formalismo.
• Nosso critério de justiça não é nossa constituição esta é a base de mediação de nossas relações civis mas, sim a Escritura.
• Enquanto aqueles que não conhecem a Deus associam o conceito de justiça a leis e punições, nós devemos defender um tipo de justiça que se alinhe mais com o amor e a misericórdia.
3. Louvar a Deus torna o nosso coração humilde.
• Sentimentos como auto-suficiências e exaltação tendem a ser próprios daqueles que estão longe do amor de Deus, e essa era a situação deplorável dos contemporâneos de Miqueias (2.1; 3.9).
• Uma vida de adoração torna-nos absolutamente conscientes de nossas finitudes.
• diante da grandeza do Deus a quem adoramos somos confrontados com uma verdade eterna: somos limitados e fracos.
• Deus é quem nos fortalece (2 Co 2.19; Is 40.29.30; Ef 6.10).
III- DE FATO SOMOS ADORADORES?
1 - A Igreja e a justiça social.
• Em momentos, como o que estamos enfrentando, em que a desigualdade social é manifestada nacionalmente, devemos nos posicionar não apenas falando de Jesus para a nossa sociedade, mas também estendendo as mãos para que possamos ver mais justiça social de acordo com o que Deus planejou.
2. Somos cristãos ou consumidores de religiosidade?
• Infelizmente, para algumas igrejas, desenvolver uma comunidade de adoradores não é mais o foco; aspira-se um mercado consumidor, por isso há todo um "portfólio" de opções para atrair novos "clientes".
• A Igreja não pode se esquecer de que o foco é Jesus. Como arautos do Senhor, precisamos pregara Palavra de Deus com responsabilidade. Isto implica discipular pessoas, ensiná-las a se relacionarem com Deus.
• É preciso mostrar que diferente do que o mundo tenta fazer em alguns ambientes de adoração que recorrem as regras de mercado para atrair pessoas, a Igreja não forma consumidores em busca de entretenimento, e sim ovelhas que obedecem a Deus.
3. O mais importante não é o que temos, mas o que somos.
• Os ricos opressores do contexto histórico de Miqueias, queriam justificar sua opulência como derivada da bênção de Deus (3.11).
• Na verdade eles tinham muito em virtude da opressão e exploração dos mais frágeis.
• Desenvolvamos nossa viva fé como um instrumento de adoração a Deus que nos torna mais humanos, irmãos uns dos outros, filhos de Deus Se o Senhor abençoar-nos com riquezas, o fará por meio da justiça e da verdade (Sl 112.1-10).
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