Educação e Rendimentosi.e. Educação e Desigualdade
SeminárioEducação, pobreza e desigualdade no Brasil: prioridades
17 de outubro de 2006Hotel Glória – Rio de Janeiro
Realização: IETS Apoio: Fundação Konrad Adenauer
Sergei Soares
IPEA
Perguntas orientadoras
• É relevante estudar a relação entre educação e desigualdade salarial?
• O que dizemos dados?
• Qual tem sido a evolução desta relação?
• Quais são as possiveis explicações?
Fato empírico 1
60
510270360 420
530700
1500575
5000
10
100
1000
10000
Sem instrução Primário 1Ciclo
Primário 2Ciclo
Médio Vestibular Superior
Nível de escolaridade
Re
nd
ime
nto
do
tra
ba
lho
p10 p30 p50 p70 p90
Fato empírico 2
y = 424,23e0,1184x
y = 49,474e0,129xy = 206,98e0,0911x
10
100
1.000
10.000
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Anos de estudo
Log
Ren
da d
o T
raba
lho
p10 p50
p90 Expon. (p90)
Expon. (p10) Expon. (p50)
Fato empírico 3
y = 556,81e0,1001x
y = 52,771e0,1193x
y = 171,42e0,1097x
10
100
1.000
10.000
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Anos de estudo
Log
da R
enda
do
Tra
balh
o
Limite inferior Média
Limite Superior Expon. (Limite Superior)
Expon. (Limite inferior) Expon. (Média)
Qual tem sido a evolução da relação entre escolaridade e rendimentos?
Um modo de estudar esta relação é seguir a porcentagem da variância nos salários explicada (estatisticamente) pela variação na educação.
Evolução do poder explicativo da escolaridadesegundo o R2
PNAD PME
0,4150,421
0,4440,440
0,447
0,323
0,329
0,3490,343
0,337
0,30
0,32
0,34
0,36
0,38
0,40
0,42
0,44
0,46
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006
Com idade e sexo So educação
0,27
0,28
0,29
0,30
0,31
jun/94 out/95 mar/97 jul/98 dez/99 abr/01 set/02 jan/04
Uma abordagem bem mais sofisticada é fazer uma simulação contra-factual.
Isto se faz estimando uma relação entre escolaridade e rendimentos em um momento t e transportando os parâmetros para outro momento T.
(Foguel e Azevedo)
Em símbolos:
Simulamos:
Decomposição da fonte na queda na desigualdade – Coeficiente de Gini da Renda do Trabalho
Os preços no período 1995-2005
Três explicações
• Capital humano
• Signalling
• Teoria da fila
Prevêem exatamente os mesmos dados microeconômicos, mas são radicalmente diferentes do ponto de vista de política.
Rendimento e oferta de mão de obra
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
Porcentagem da população
Ren
dim
ento
Primario Ciclo 2
Médio
Superior
Linear (Médio)
Linear (Primario Ciclo 2)
Linear (Superior)
Resultados de regressão
Coeficiente p-valor Coeficiente p-valor
Superior
Oferta primário -0,797 46% -1,922 9%
Oferta secundário -1,439 20% -0,786 45%
Oferta superior 4,265 19% 6,489 4%
Saldo comércio superior -3,582 4%
ano 0,019 13% 0,017 13%
Constante -37,271 13% -33,529 13%
Secundário
Oferta primário -1,221 7% -1,427 8%
Oferta secundário -1,817 1% -1,677 3%
Oferta superior 1,425 45% 1,724 40%
Saldo comércio secundário -1,788 63%
ano 0,013 8% 0,013 9%
Constante -25,914 8% -25,395 10%
Primário
Oferta primário -1,463 10% -2,191 6%
Oferta secundário -2,575 1% -2,043 6%
Oferta superior -3,107 22% -2,395 36%
Saldo comércio primário -3,217 32%
ano 0,025 2% 0,025 2%
Constante -47,777 2% -47,772 2%
Conclusões
• Escolaridade tem correlação inegável com rendimento.
• A correlação está caindo pari passu com a própria desigualdade de rendimentos.
• Testes popperianos perfeitos são difíceis em ciências sociais, mas correlação entre conteúdo fatorial de importações e rendimento parece indicar que há verdade na explicação capital humano educação tem potencial de combater desigualdade.