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Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
PRESIDENTE: Ruben Formighieri
DIRETOR-GERAL: Emerson Walter dos Santos
DIRETOR EDITORIAL: Joseph Razouk Junior
GERENTE EDITORIAL: Júlio Röcker Neto
GERENTE DE PRODUÇÃO EDITORIAL: Cláudio Espósito Godoy
COORDENAÇÃO EDITORIAL: Silvia Eliana Dumont
COORDENAÇÃO DE ARTE: Elvira Fogaça Cilka
COORDENAÇÃO DE ICONOGRAFIA: Janine Perucci
AUTORIA: Luciana Eastwood Romagnolli
EDIÇÃO DE CONTEÚDO: Luiz Lucena (Coord.) e Cynthia Amaral
EDIÇÃO DE TEXTO: Maria Helena Ribas Benedet e Giorgio Calixto de Andrade
REVISÃO: Ana Carolina Golembiuk, Fernanda de Lara, João Rodrigues e Jonatan Camargo
PESQUISA ICONOGRÁFICA: Susan Rocha de Oliveira
EDIÇÃO DE ARTE: Marcelo Bittencourt
ILUSTRAÇÕES: Gustavo Ramos, Lupe, Marcelo Bittencourt, Mauro Salgado e toloczko
PROJETO GRÁFICO: Daniel Cabral
EDITORAÇÃO: Rosana Cunha
ENGENHARIA DE PRODUTO: Solange Szabelski Druszcz
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Gustavo Ramos. 2019. Digital.
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5º. ano – Volume único4
Na arte, o que você acha mais importante: preservar ou inovar? Por quê?
O passado está presente
Gustavo Ramos. 2019. Digital.
5Arte
Tradição e inovação
Você já viu peças de arte feitas por povos antigos? E por artistas que vive-ram antes mesmo de você nascer?
No espaço abaixo, cole uma imagem ou faça um desenho da obra de arte ou manifestação artística mais antiga que você se lembra de ter visto.
Tradição: herança cultural passada de geração a geração.
O mundo da arte tem uma longa história, que se caracteriza pela soma das experiências de todos que aqui já viveram, do que pensaram e do que produzi-ram. E essa história depende da nossa memória para não desaparecer.
Imagine um mundo no qual toda a memória das experiências humanas fosse apagada e tudo tivesse de ser inventado do zero, o tempo todo. Como seria?
Agora, imagine um mundo no qual nada pudesse mais ser inventado. E se isso acontecesse neste ano? Ou se tivesse acontecido há cem anos? E se as ino-vações tivessem acabado 500 ou 1 500 anos atrás?
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6 5º. ano – Volume único5º. ano – Volume único
Escolha uma linguagem artística para expressar como seria viver em um dos dois mundos imaginados anteriormente. Registre suas ideias no Caderno de artista.
Caderno de artista
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7Arte
tombado: inscrito na lista dos bens cul-turais com valor artístico para preservação.
Forme um grupo com seus colegas e, juntos, pesquisem quais são os patrimônios culturais do Brasil. Na página seguinte, você vai listar alguns desses patrimônios e a equipe vai escolher um deles para apresentar aos demais grupos.
Fachada do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG), com esculturas de Aleijadinho, tombado em 1939. O Santuário preserva o maior conjunto
de arte colonial do Brasil, com peças do barroco mineiro.
Patrimônio cultural
A relação de Patrimônio Cultural Mundial é elaborada pela Unesco e composta por um conjunto de monumentos, complexos cons-trutivos e sítios que foram considerados com especial valor histórico, antropológico, esté-tico, arqueológico, científico ou etnológico para a humanidade.
©Shutterstock/Luciano Queiroz
8 5º. ano – Volume único
Materiais
Núcleos urbanos, sítios arqueológicos, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
Patrimônios culturais materiais e imateriais
Na pesquisa, o grupo encontrou só os patrimônios culturais materiais ou também achou os imateriais?
Você sabe qual é a diferença entre eles?
Imateriais
O patrimônio imaterial caracteriza-se por práticas, saberes e modos de ser das pessoas: manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas coletivas; feiras, santuários e outros espaços de práticas culturais.
A roda de capoeira é uma prática cultural passada de geração em geração.
sítios arqueológicos: locais onde se encontram materiais deixados por povos antigos.
Ouro Preto é um Patrimônio Cultural da Humanidade reconhecido pela Unesco.
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Patrimônios Culturais do Brasil
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9Arte
No caça-palavras abaixo, circule os nomes de patrimônios culturais brasilei-ros. Use a cor vermelha para os materiais e a cor azul para os imateriais.
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O U A G F T R E P Z Q S E F T G U J O P Ç M L N K B J V H C
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Existe algum patrimônio cultural material na região em que você mora? Ou algum lugar de prática de um patrimônio cultural imaterial?
Se houver, converse com o professor sobre a possibilidade de organizar uma visita a esses locais. Se não houver, pesquise imagens de patrimônios cul-turais em revistas, jornais ou na internet, e responda:
O local está em bom estado de conservação? Por quê?
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PAMPULHA MATOSINHOS O Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, é Patrimônio Cultural Material da Humanidade.
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10 5º. ano – Volume único
Vamos organizar uma exposição com imagens do patrimônio cultural que você pesquisou. Se possível, faça um ensaio fotográfico variando os enqua-dramentos com criatividade. Se não puder, imprima imagens disponíveis na internet e crie uma colagem com elas.
Use o espaço abaixo para planejar a apresentação da exposição: Qual es-paço será ocupado pelas imagens? Qual será a ordem das fotos? Elas estarão acompanhadas de algum texto?
10 5º. ano – Volume único
11Arte
Qual manifestação artística você escolheria para ser tombada como patri-mônio cultural da humanidade? Por quê?
Vamos organizar com toda a turma uma conferência especial, como as da Unesco, para defender o reconhecimento da manifestação artística que você escolheu como patrimônio cultural da humanidade. Elabore uma defesa bem argumentada por escrito e prepare-se para apresentá-la aos demais colegas na conferência.
Depois das apresentações, a turma vai avaliar as propostas e votar nas mani-festações consideradas mais relevantes. O futuro da cultura depende de vocês!
A Unesco é a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Ela foi criada em 1945, logo depois da Segunda Guerra Mundial. Atualmente, reúne qua-se duzentas nações (incluindo o Brasil) na busca de soluções para problemas educacionais, científicos e culturais.
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Sede da Unesco em Paris, França
12 5º. ano – Volume único
Sem recursos, maior patrimônio de arte rupestre do Brasil pode se deteriorar
No interior do Piauí, em São Raimundo Nonato, é possível encontrar as pinturas mais antigas já feitas por humanos no Brasil. São desenhos em pedras de mais de 10 mil anos que sobreviveram ao tempo pelo fascínio e pelo medo que causaram nas populações antigas, sejam indígenas ou do período colonial. Essas imagens pré-históricas, entretanto, correm o risco de sumir no tempo por negligência nossa. O Parque Nacional Serra da Capivara, criado para protegê-las, sofre com falta de pessoal e falta de recursos e corre o risco de perder o status de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco. [...]
Arte rupestre
CALIXTO, Bruno. Sem recursos, maior patrimônio de arte rupestre do Brasil pode se deteriorar. Disponível em: <https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2015/08/sem-recursos-maior-patrimonio-de-arte- rupestre-do-brasil-pode-se-deteriorar.html>. Acesso em: 2 abr. 2019.
Pinturas rupestres encontradas na Serra da Capivara têm mais de 10 mil anos.
COALA, Fábio. Disponível em: <http://mentirinhas.com.br/mentirinhas-600/>. Acesso em: 6 abr. 2019.
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A arte rupestre pode estar gravada na superfície da rocha (por abrasão ou picotagem) ou pintada com pigmentos (apli-cados usando os dedos, sopro, carimbo, etc.).
Você sabia que os primeiros povos que habitaram a Terra já faziam arte?
Desenhos e pinturas feitos desde a Pré-História po-dem ser encontrados em rochas, dentro de cavernas e grutas, ou ao ar livre, em paredões. Alguns deles datam de milhares de anos.
Como você imagina a vida de quem fazia esses desenhos nas cavernas?
Arte rupestre nas cavernas Lascaux, Patrimônio da Humanidade, na França
Pré-História: período da história da humanidade antes da invenção da escrita.
[...] É uma estranha experiência adentrar essas cavernas, às vezes por corredores baixos e estreitos, mergulhar no negro ventre da montanha e, de repente, ver a lanterna do guia iluminar a imagem de um touro. [...] ao que parece, esses caçadores primitivos imaginavam que, se fizessem uma ima-gem de suas presas – e talvez se as golpeassem com suas lanças e macha-dos de pedra –, os animais reais também sucumbiriam ao seu poder.
GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013. p. 39.
abrasão: desgaste, raspagem.
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Pré-História: período da história da humanidade antes da invenção da escrita.
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14 5º. ano – Volume único
Inspirado nas técnicas usadas pelos povos antigos, crie um paredão artístico. Use materiais naturais, como carvão, pigmentos de terra ou de plantas.
Caderno de artista
4 5º. ano – Volume único
15Arte
Arte kusiwa
Os povos indígenas Wajãpi utilizam um sistema de representação próprio, conhecido como Arte Kusiwa.
A arte dos índios Wajãpi, que vivem no Amapá, foi declarada Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade.
Para representar elementos, como corpo, animais e objetos, a tribo criou 21 padrões gráficos diferentes, chamados kusiwa.
Conheça algumas das relações que os índios Wajãpi fizeram entre elemen-tos gráficos e da natureza:
Pontilhado: conjunto de peixinhos.
Linhas paralelas: espinhas ou ossos.
Linhas quebradas: cobras.
padrões: repetições regulares.
Observe no material de apoio uma composição criada com diferentespadrões da arte kusiwa.
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16 5º. ano – Volume único
Caderno de artistaInspire-se na natureza e na arte kusiwa e crie três padrões gráficos usando
pontos e linhas. Não esqueça de nomeá-los.
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Em uma folha avulsa, inspirado no material de apoio, crie um desenho unindo os três padrões.
Agora, faça como os índios Wajãpi e use, em uma pintura corporal, um dos padrões que você criou.
©Shutterstock/WitR
17Arte
Arquitetura: das pirâmides à Pampulha
A arquitetura pode ser uma forma de arte?
Qual é a diferença entre escultura e arquitetura?
A Pirâmide Invertida é uma obra escultural em vidro e aço, que fica no centro comercial subterrâneo do Museu do Louvre, em Paris, França
A forma da pirâmide é encontrada em diferentes tipos de obras.
Maravilhas egípcias
Muitas construções arquitetônicas são tombadas como patrimônio cultural da humanidade. É o caso das pirâmides de Gizé, em Mênfis, no Egito.
Esfinge e pirâmides no Cairo, Egito
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18 5º. ano – Volume único
Os antigos egípcios construíram imensas pirâmides, que serviram de tum-ba para os faraós. Como acreditavam que o espírito não morria, junto do corpo mumificado do morto eram colocados vários de seus perten-ces, como joias, roupas e outros itens para que tivesse confor-to após a morte.
Símbolo de poder e sabedoria, a Esfinge tinha a função de proteger as pirâmi-des de Gizé. Com cabeça humana em corpo de leão, ela tem mais de 73 metros de comprimento e 20 metros de altura. Suas patas foram feitas de tijolos, mas as demais partes de seu corpo foram esculpidas em um único bloco de pedra.
funerários: relacionados a cerimônias de sepultamento, mortuário.a.C. : indica data antes do nascimento de Cristo.
Capital do Egito Antigo, Mênfis é tombada por seus mo-numentos funerários extraordinários, que incluem templos e pirâmides. O local existe desde 3 mil anos a.C. e é uma das maravilhas do mundo antigo.
Inspire-se no Egito Antigo para construir uma escultura ou uma maquete arquitetônica. Seja criativo na escolha dos materiais.
maquete: representação reduzida de uma obra, em três dimensões.
faraó: maior autoridade do Egito Antigo.
Rodrigo Cordeiro. 2019. Digital.
19Arte
As formas de Oscar Niemeyer
Observe a construção retratada na imagem abaixo. O que você imagina que acontece dentro dela?
O Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, é formado pela Igreja de São Francisco de Assis, o Museu da Pampulha (antigo Cassino), a Casa do Baile (onde funciona um Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design), o Iate Clube e a Casa Kubitschek. Foi criado nos anos 1940 pelo arquiteto Oscar Niemeyer, pelo paisagista Burle Marx e por outros colabo-radores, como o pintor Candido Portinari. Todo o conjunto é tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade.
paisagista: profissional responsável por desenvolver projetos de paisagens naturais e urbanas.
O painel de azulejos dessa obra arquitetônica foi feito pelo artista Candido Portinari.
Casa do Baile
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Imagens: ©Shutterstock/Nathalia Segato Tomaz/Ronaldo Almeida
O que mais chama a sua atenção nas formas dessas construções?
Você conhece outras obras de Niemeyer? Pesquise e apresente para a turma.
20 5º. ano – Volume único20 5º ano – Volume único
“Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas monta-nhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu [...]”
NIEMEYER, Oscar. O poema da curva. In: ______. As curvas do tempo: memórias. 9. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2011.
Observe, ao lado, o desenho que Oscar Niemeyer fez da Pampulha. Use linhas curvas para desenhar uma cons-trução arquitetônica rodeada por uma paisagem natural.
Caderno de artista
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No ritmo das tradições
O que você faria para preservar uma manifestação cultural popular feita de música e dança?
22 5º. ano – Volume único
Fandango caiçara
Você já ouviu falar no Museu Vivo do Fandango?
É um museu comunitário, a céu aberto, criado com base em uma pesquisa com centenas de fandangueiros. O visitante circula por casas de fandangueiros e de artesãos de instrumentos musicais e tem acesso a um acervo de livros e arquivos de áudio e vídeo.
caiçara: habitante da região litorânea que vive de pesca, plantio ou outra atividade ligada à natureza.
O fandango caiçara é um baile rural que nasceu como parte do modo de vida de regiões litorâneas do Sul e do Sudeste do Brasil.
Os instrumentos, como a viola fandangueira e a rabeca, são construídos por pessoas da comunidade. A sonoridade é também marcada pelos sons das palmas e dos tamancos usados pelos fandangueiros.
Em duplas, façam uma pesquisa sobre alguns dos movimentos do fandan-go caiçara e ensaiem para apresentá-los aos demais colegas da turma.
Apresentação de fandango©Pulsar Imagens/Delfim Martins
23Arte
Notação musical
Canções tradicionais, como as chamarritas (ou chimarritas) tocadas pelos fandangueiros, podem se perder se não forem registradas. Uma das maneiras de preservá-las é por meio de uma partitura.
Na partitura são anotados os sons que compõem uma música. Isso é feito sobre um conjunto de cinco linhas chamado pauta musical.
Veja a seguir a partitura de uma cantiga popular.
Pauta: cinco linhas paralelas em que são colocadas as notas.
Nota: quanto mais alta na pauta, mais alto seu som.
Clave: chave para saber qual a nota em cada espaço.
Clave de sol: indica que a nota na segunda linha será o sol.
Bate-bate
24 5º. ano – Volume único
Capoeira
Converse com seus colegas: A capoeira é uma dança, uma arte, uma luta ou um jogo?
Parte importante da cultura afro-brasileira, a roda de capoeira também é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Você sabe gingar?
A ginga é a base da capoeira. É um movimento ritmado, feito com todo o corpo, ao toque do berimbau. É importante deixar o corpo relaxado e manter seu centro de gravidade sempre em movimento, indo de um lado para o outro. Experimente esse movimento!
• Coloque a mão direita para a frente e a perna direita para trás.
• Coloque a mão esquerda para a frente e a perna esquerda para trás.
• Alterne os movimentos, seguindo o ritmo do berimbau.
Mauro Salgado. 2019. Digital.
25Arte
O centro de gravidade é o ponto de equilíbrio do corpo.
Onde fica o centro de gravidade de seu corpo?
Experimente gingar alternando continuamente pernas e braços e perceba a sensação de que seu ponto de equilíbrio muda de lugar.
O jogo da capoeira
Os capoeiristas formam uma roda. Dois deles se agacham ao pé do berim-bau e escutam a ladainha. Eles apertam as mãos, em sinal de respeito.
Entre os movimentos da capoeira, temos:
Aú: movimento parecido com “virar estrela”, geralmente feito para entrar na roda.
Ataque e esquiva: movimentos complementares de golpe e recuo, feitos sem que um capoeirista toque o outro.
Instrumentos usados:
O equilíbrio só é possível quando estabilizamos o centro de gravidade.
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26 5º. ano – Volume único
Capoeira e teatro
Vamos criar uma cena de teatro musical usando elementos da capoeira?
No espetáculo teatral Besouro, cordão de ouro, a história do mestre capoeirista baiano Besouro Mangangá é contada por meio da fala de ato-res e por músicas, ao som do berimbau, e pela dança, ao estilo da capoeira. O público é posicionado ao redor da ação, em roda.
Para começar, escolham um conflito para ser o centro da história. Usem os movimentos de gingado, ataque e esquiva para apresentar e resolver o conflito em cena. Lembrem-se de usar, além de textos falados, música para contar essa história. Anotem tudo no Caderno de artista.
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28 5º. ano – Volume único
Projeto de preservação
Crie um projeto de preservação para uma manifestação cultural brasileira. Pode ser a mesma que você defendeu na Conferência Especial ou outra que escolha agora.
Quais ações você propõe para preservá-la? Liste e explique cada uma delas.
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PROPOSTA DE PATRIMÔNIO CULTURAL
MANIFESTAÇÃO CULTURAL
AÇÕES PARA PRESERVAÇÃO
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Heitor Villa-Lobos
Você já aprendeu que preservar é importante para não deixar uma tradição desaparecer.
Mas o que aconteceria se os artistas sempre repetissem o que já foi feito, e da mesma maneira que fizeram antes?
Em vez de fazer sempre igual, muitos artistas preferem brincar com a tradi-ção. Assim, podem inventar formas artísticas.
O compositor Heitor Villa-Lobos marcou a história da música com obras que misturaram diferentes tradições: a música erudita, a música folclórica e a música popular brasileira.
Ao juntar elementos de todas essas fontes musicais, ele chegou a uma forma inovadora de fazer música.
Isso mostra que, para algo ser inventado, é preciso conhecer bem o que já foi feito antes. E, às vezes, a novida-de é só uma forma diferente de organi-zar os mesmos ma-teriais.
Heitor Villa-Lobos
30 5º. ano – Volume único
Para criar seu estilo, Heitor Villa-Lobos juntou as experiências de suas viagens a Paris e ao Nordeste brasileiro.
Nos anos 1930, ele criou o Guia prático, uma coletânea para educação musical com centenas de canções folclóricas brasileiras. Villa-Lobos pesquisou essa tradição e inven-tou uma série de adaptações criando arranjos para cantigas como A roseira, Rosa amarela, Fui no tororó, Nesta rua entre outras.
coletânea: conjunto de obras de origens variadas.arranjos: organizações dos elemen-tos de obras musicais, com possibilida-de de variação de timbres, andamento, intensidade, etc.
Capa do Guia Prático, de Heitor Villa-Lobos
O Guia Prático é composto por onze cadernos e contém pequenas peças musicais, cada qual baseada num tema do folclore infantil, como cantigas de ninar, de roda e adivinhas.
Para criar seu estilo, Heitor Villa-Lobos juntou as experiências de suas viagens a Paris e ao Nordeste brasileiro
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Composição I
É hora de celebrarmos nossas tradições em uma apresentação para o público.
Converse com a turma para escolher uma manifestação cultural tradicional. Ela será a base para invenção de outras obras. Vocês podem criar uma cena de teatro musical, uma canção, uma coreografia ou uma obra de artes visuais.
Caderno de artistaNo espaço a seguir, registre quais linguagens e quais materiais você preten-
de usar.
©Shutterstock/Ekkapop Sittiwant
©Shutterst©Shutterstock/Ekkapop Sittiwant
5º. ano – Volume único32
Todo artista colhe materiais que existem no mundo e os reorganiza de acor-do com sua imaginação.
Onde está a invenção, então? Ora, está na arte de combinar esses materiais de uma maneira como nunca se viu antes!
Essa combinação pode acontecer de muitas formas. Você já sabe que Villa-Lobos misturava estilos e mudava os arranjos das canções. Assim como ele, todo artista é um pouco “arranjador”, pois está sempre variando as formas de usar os elementos.
Neste capítulo, você vai conhecer Marcel Duchamp, um artista que inovou a arte quando decidiu pegar um mictório e colocá-lo em exposição dentro de um museu.
Daqui para o futuro
Ilustração baseada na obra Fonte, de Marcel Duchamp
33Arte
A sagração da primavera
O século XIX foi um dos períodos de maior inovação nas artes. Muitos artis-tas queriam romper regras e tradições para encontrar novas formas de expressão e novas sensibilidades.
Um pouco antes de Heitor Villa-Lobos, o compositor russo Igor Stravinski desafiou as convenções da música erudita ao criar A sagração da primavera.
A sagração da primavera provocou reações intensas. Composta para um balé, foi tocada pela primeira vez em 1913. A coreografia criada por Nijinsky re-presentava o ritual de sacrifício de uma garota para a chegada da primavera. Alguns espectadores não conseguiram assimilar as novidades, vaiaram e saíram revoltados.
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Bailarinas da primeira apresentação de A sagração da primavera, em Paris, 1913
34 5º. ano – Volume único
Consonância e dissonância
Eram muitas as inovações da música A sagração da primavera. Entre elas, podemos destacar
a energia “selvagem” da composição;
as mudanças constantes de ritmo;
as dissonâncias.
Toda música é a junção de sons diferentes. Quando os sons soam confortá-veis juntos, como se “concordassem”, chamamos de consonância. A sensação que desperta nos ouvintes é de estabilidade e harmonia.
Quando os sons criam uma forte tensão entre si, como se estivessem em conflito, chamamos de dissonância, pois é como se “discordassem” de toda a estrutura musical.
Além de ter sido usada em um balé, A sagração da primavera também fez parte da trilha sonora de um filme. Ela foi usada na animação Fantasia, lan-çada pela Disney em 1940, nas cenas
da evolução da vida na Terra, desde os primeiros seres mi-croscópicos até o desaparecimento dos dinossauros.
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Capa do filme Fantasia, do estúdio Walt Disney, 1940
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Consonância
Dissonância
Mauro Salgado. 2019. Digital.
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Apesar de todo estranhamento que causou, A sagração da primavera se tornou uma obra muito importante, reproduzida até hoje em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Leia com atenção o texto a seguir.
Balé da Cidade de São Paulo celebra 50 anos dançando Igor Stravinski
Composição apontada pela crítica especializada como uma das mais im-portantes do século 20, “A Sagração da Primavera”, do russo Igor Stravinski, é a música escolhida por Ismael Ivo para criar o novo espetáculo do Balé da Cidade.
[...]
A coreografia de Ivo se apropria da peça de Stravinski para discutir a necessidade de preservação ambiental. Ao longo da apresentação, pétalas de rosa caem sobre o palco.
A intensidade da chuva de flores aumenta à medida que a cerimônia de sagração se desenvolve e se torna um empecilho aos bailarinos, que passam a ter dificuldade de se movimentar pelo palco. O objetivo, segundo o coreó-grafo, é chamar a atenção para os perigos da devastação da natureza.[...]
RIBEIRO, Amanda. Balé da Cidade de São Paulo celebra 50 anos dançando Igor Stravinski. Disponível em: <https://guia.folha.uol.com.br/danca/2018/09/bale-da-cidade-de-sao-paulo-celebra-50-anos- dancando-igor-stravinsky.shtml>. Acesso em: 5 abr. 2019.
Agora que você já sabe que A sagração da primavera inspirou coreo-grafias diversas, reúna-se com seus cole-gas e criem uma maneira de dançá-la.
36 5º. ano – Volume único
Marcel Duchamp
Imagine entrar em um museu ou em uma galeria de arte e en-contrar as seguintes obras em exposição:
Marcel Duchamp usou objetos do cotidiano de uma maneira diferente. Ele os chamou de objetos “pré-fabricados”. Ao contrário de uma obra escul-pida em madeira ou em mármore, por exemplo, esses objetos já estavam quase prontos antes de se tornarem arte.
Duchamp queria que, ao verem suas obras, as pessoas se perguntassem: O que é arte?
Em sua opinião, por que essas obras são consideradas arte?
DUCHAMP, Marcel. Fonte. 1964 (réplica do original de 1917). 1 porcelana, 36 cm × 48 cm × 61 cm. Tate Modern, Londres, Inglaterra.
Obra de Marcel Duchamp
DUCHAMP, Marcel. Roda de bicicleta. 1951 (3.ª versão, a original, de 1913, se perdeu). 1 roda de metal montada sobre painel de madeira pintado,129,5 cm × 63,5 cm × 41,9 cm. MoMA, Nova Iorque, Estados Unidos.
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O mictório usado na obra Fonte, por exemplo, foi comprado em uma loja. Duchamp assinou-o como “R. Mutt” e enviou-o para uma mostra de arte em Nova Iorque. A obra foi recusada nessa ocasião, mas hoje está ex-posta em uma importante galeria de arte.
A Roda de bicicleta está em um museu de arte como escultura, mas não foi esculpida em um bloco de madeira ou pedra. Ela foi feita de uma roda velha de bicicleta comum e um banquinho.
Muitos artistas foram influenciados por Marcel Duchamp e passaram a ver nos objetos do cotidiano matéria-prima para a criação de arte, tais como o brasileiro Félix Bressan. Ele cria suas esculturas com objetos pron-tos do cotidiano e ferro reaproveitado de usos anteriores.
BRESSAN, Felix. Cauda II 1997. 1
escultura com vassouras e ferro. 150 x 200 x
150 cm. Museu de Arte Contemporânea do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Quando um artista vai contra as expectativas do público sobre como uma obra de arte deve ser feita, é comum receber reações de espanto e até de revolta. No entanto, hoje, mais de um século depois da criação de A sagração da primavera, essa composição já não causa rejeição. Isso tam-bém acontece com a obra de Duchamp.
Por que você acha que isso acontece?
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38 5º. ano – Volume único
Vamos nos inspirar em Duchamp e em Bressan para criar uma obra usando objetos que já existem. Faça uma colagem criando uma composi-ção com recortes de objetos cotidianos.
Caderno de artista
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Samuel Beckett
Como você imagina uma guerra? O que acontece durante uma guerra?
Em um período de guerra, a vida em sociedade fica muito confusa e muitas coisas, como as conhecemos, acabam perdendo seu significado. O irlandês Samuel Beckett escre-veu muitas peças após a Segunda Guerra Mundial, um período marca-do por muita violência, que causou grande descrença na capacidade de os seres humanos se entenderem.
Suas peças mostram persona-gens que já não sabem o que fazer em um mundo que não faz sentido. Com isso, muitos espectadores estra-nharam a falta de enredo e de “bom senso” nas peças, mas Beckett entrou para a história do teatro como alguém que inovou essa arte, abrindo muitas possibilidades de interpretação.
O que você acha mais “sem senti-do” no mundo?
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40 5º. ano – Volume único
Nos trechos de peças apresentados a seguir, o que chama a sua atenção pela falta de sentido?
Dias Felizes
[...] WINNIE enterrada até o pescoço, chapéu na cabeça, olhos fechados. Sua cabeça – que ela não pode mais virar, nem inclinar, nem levantar – mantém-se rigorosamente estática ao longo de todo o ato. [...]
WINNIE
Salve, sagrada luz. (Pausa longa. Fecha os olhos. A campainha toca alto. Abre os olhos imediatamente. A campainha para. Olha à sua fren-te. Sorri. Desfaz o sorriso. Pausa longa.) Alguém está olhando para mim, ainda. (Pausa.) Se preocupando comigo, ainda. (Pausa.) Isso é que eu acho maravilhoso. (Pausa.) Olhos nos meus olhos. (Pausa.) Como era mesmo aquele verso inesquecível? (Pausa. Olhos para a direita.) Willie [...]
Cena da peça Dias Felizes, de Samuel Beckett
Teatro do absurdo
As peças de Samuel Beckett foram chamadas de teatro do absurdo, porque não seguiam a lógica da razão e do “bom senso”. Elas usavam elementos familiares de uma ma-
neira inesperada.
BECKETT, Samuel. Dias felizes. São Paulo: Cosac Naify, 2010. p. 55.
41Arte
Esperando Godot
[...] Estragon – Ele devia estar aqui.
Vladimir – Não deu certeza de que viria.
Estragon – E se não vier?
Vladimir – Voltamos amanhã.
Estragon – E depois de amanhã.
Vladimir – Talvez.
Estragon – E assim por diante.
Vladimir – Ou seja...
Estragon – Até que ele venha.
Vladimir – Você é implacável.
Estragon – Já viemos ontem.
Vladimir – Ah, não, aí é que você se engana.
Estragon – Então fizemos o que ontem?
Vladimir – Ontem? O que fizemos ontem?
Estragon – É.
Vladimir – Pelo amor... (Bravo) Com você por perto, nada de certo. [...]
Vladimir – Então, que fazemos?
Estragon – Nada. É mais prudente.
Vladimir – Esperar para ver o que ele nos diz.
Estragon – Quem?
Vladimir – Godot!
BECKETT, Samuel. Esperando Godot. São Paulo: Cosac Naify, 2005. p. 28-37
Lupe. 2019. Digital.
42 5º. ano – Volume único
Escolha o argumento de uma das peças apresentadas para criar uma cena com seu grupo. Siga as orientações.
Dias felizes
Winnie está enterrada até o pescoço. Ela ocupa seu tempo falando,
enquanto seu marido Willie permanece indiferente.
Objetivo: criar uma conversa em que os dois “não se escutam”.
Tarefa 1: No cenário, façam a terra de algum material inesperado.
Tarefa 2: Winnie deve falar muito; Willie deve falar pouco e não dar
atenção a ela. Isso pode criar um efeito de humor.
Tarefa 3: Nenhuma ação pode ser completada.
Esperando Godot
Didi e Gogô, ou Vladimir e Estragon, estão sozinhos em uma estrada
no campo, perto de uma árvore. Eles conversam. Estão esperando Godot.
Objetivo: criar um conversa durante a espera.
Tarefa 1: no cenário, façam uma árvore usando algum material
inusitado.
Tarefa 2: criem “bordões”, falas que serão repetidas como um refrão.
Tarefa 3: Nenhuma ação pode ser completada.
Em seguida, imaginem uma situação absurda. Ela será o ponto de parti-da para a improvisação de uma cena teatral. Brinquem com a falta de sentido e caprichem nos diálogos! Se possível, registrem em vídeo ou áudio as cenas improvisadas.
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Os bichos da Lygia Clark
Você reparou que, quanto mais os artistas inovam, mais as obras exigem que os espectadores criem as próprias interpretações?
Veja a escultura abaixo.
Ela se chama Caranguejo duplo e é uma “escultura mutante” que faz parte da série Bichos, da artista mineira Lygia Clark. Essas obras podem ser manusea-das pelos espectadores, ganhando diferentes formatos. A forma apresentada acima é só uma das possíveis.
CLARK, Lygia. Bicho – Caranguejo duplo. 1960. 1 escultura em alumínio. Tamanho variável.
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44 5º. ano – Volume único
Vamos criar nosso próprio bicho?
1. Desenhe um grande círculo em uma folha de papel-cartão. Você pode usar uma forma, uma bandeja ou outro objeto circular como molde.
2. Dobre-o ao meio, formando uma meia-lua. 3. Dobre-o ao meio outra vez. 4. Dobre-o ainda mais uma vez, na diagonal.5. Volte ao formato de meia-lua. Recorte na marca da dobradura no
meio até perto da margem (não encoste na margem).6. Abra e feche como uma meia-lua na vertical. 7. Recorte na marca da dobradura no meio até perto da margem. 8. Repita essa ação até que todas as marcas de dobras estejam cortadas. 9. Passe um lado por dentro do outro e brinque com as possibilidades de
dar formas ao seu objeto!
Caderno de artista
44 5º ano Volume único
Registre aqui a forma de que você mais gostou.
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Essas esculturas foram feitas para serem manipuladas. Mas, atualmente, al-guns museus as mantêm fora do alcance das mãos dos visitantes para evitar que sejam danificadas. Você acha que isso é uma boa maneira de preservar a obra? Por quê?
Agora o bicho é você! Forme um trio com seus colegas. A cada rodada, um de vocês será a escultura mutante. Os outros dois devem manusear seus braços e pernas criando formas diferentes.
Todos precisam estar atentos para não perder o equilíbrio!
Registre algumas das posições mais “esculturais”!
Caderno de artista
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46 5º. ano – Volume único
Adriana Calcanhotto
Os parangolés de Oiticica
Na metade do século passado, Lygia Clark fez parte do Grupo Neoconcreto, ao lado do artista visual e performer Hélio Oiticica que, inspirado na escola de samba Estação Primeira da Mangueira, criou uma de suas principais obras: os pa-rangolés, uma mistura de cor, corpo e movimento.
Está pronto para aprender a fazer seu próprio parangolé? Depois, é só dan-çar e colorir o espaço!
Pessoa experimentando um parangolê
Os parangolés não foram feitos para serem vistos pelo público como uma pintura ou escultura, e sim para serem vestidos. Então, como você se sente ao vestir um?
Materiais
• pedaço de tecido de cor única medindo 2,75 m × 1,80 m
• alfinetes de segurança
Como fazer
Construa o parangolé inteiro no próprio corpo de quem for usá-lo, sem costuras, sem recortes, improvisando com alfinetes de segurança.
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De olho no agora
Como podemos preservar a arte feita atualmente, para impedir que ela desapareça com o passar do tempo?
Gustavo Ramos. 2019. Digital.
48 5º. ano – Volume único
Crítica de arte
A crítica é uma forma de reflexão sobre as obras de arte. Nela, o autor comenta as qualidades e os problemas de uma obra, um espetáculo ou uma exposição de arte. É também uma forma de guardar informações so-bre a história da arte para o futuro.
Vamos escrever uma crítica?
Em trios, escolham uma obra de arte que “impactou” vocês. Pode ser um disco, um espetáculo de teatro ou de dança, ou uma exposição. Des-crevam o objeto da crítica, indiquem o que o faz diferente, ressaltem os pontos que merecem destaque e argumentem sobre pontos considerados positivos e sobre os que necessitam ser revistos.
Depois, leiam as críticas escritas pelos demais colegas.
Lembrem-se de que uma crítica não pode se basear somente no crité-rio de gostar ou não da obra.
49Arte
Em A gente se vê por aqui, os atores repetem a programação da tevê, que escutam pelos fones.
Arte documental
Na arte, tudo o que é imaginado ou inventado é chamado de ficção.
Mas, para falar do “mundo real”, muitas vezes os artistas usam documen-tos: essa é a arte documental.
Na performance A gente se vê por aqui, do artista Nuno Ramos, dois atores passam 24 horas em um teatro. Eles ouvem, por fones de ouvido, toda a programação real de uma rede de televisão e a repetem ao vivo.
Em sua opinião, essa obra é ficcional ou documental? Por quê?
Você já pensou que, ao selecionar e organizar os documentos, o artista já pode estar imaginando uma forma para eles? Isso quer dizer que, nesse momento, ele já faz um pouquinho de ficção.
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50 5º. ano – Volume único
Em grupos, pesquisem uma mesma notícia publicada em três jornais diferentes (impressos ou digitais).
Leiam cada uma delas. Elas contam exatamente a mesma história? Quais as principais diferenças entre elas?
Caderno de artista
50 5º. ano – Volume único
Agora é a sua vez de contar essa notícia. Use somente frases e imagens reti-radas das reportagens e organize-as à sua maneira. Depois, compare seu traba-lho com a notícia original e com as montagens de seus colegas. Você consegue perceber as diferenças?
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Miguel Rio Branco
As fotografias de Miguel Rio Branco revelam duras situações sociais, mas também são consideradas arte. Você imagina por quê?
Na série Blue Tango (1984), Miguel Rio Branco fotografou aspectos comuns do dia a dia. Assim, o fotógrafo chama a atenção para os problemas sociais do país. Suas fotos se destacam pelas tex-turas e cores contrastantes.
O olhar do fotógrafo é que faz a di-ferença, pois ele tem um jeito único de ver lugares e pessoas e de perceber co-res, luz, sombras, texturas e enquadra-mentos como elementos artísticos.
Miguel Rio Branco retratou crianças dançando capoeira na série Blue Tango (1984)
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Marcelo Bittencourt. 2019. Digital.
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Guerrilla Girls
Guerrilla Girls é um grupo de artistas mulheres que usam máscaras de gorila. Elas não contam seus verdadeiros nomes; usam codinomes, por exemplo, o nome de artistas que já morreram, como Frida Kahlo (pintora mexicana).
ativistas: quem luta por uma causa e quer transformar a realidade.
Elas são ativistas cujas obras criticam a diferença de oportunidades entre homens e mulheres no mundo artístico.
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Vamos nos inspirar em Miguel Rio Branco e no grupo Guerrilla Girls para realizar uma série fotográfica. Siga as etapas.
Escolha uma causa, algo que julgue importante mudar.
Identifique os motivos que justificam agir em favor dessa causa. Reflita sobre eles e imagine como seria possível mostrar às outras pessoas, por meio de imagens, a importância dessa mudança.
Escolha um lugar em que seja possível demonstrar suas ideias e faça as fotografias.
Selecione as cinco imagens que melhor demostrarem seu olhar sobre a causa que escolheu.
Escreva textos curtos para acompanhar as imagens, fazendo a de-fesa de sua causa.
Organize as imagens em uma mostra para o público.
Caderno de artistaEscolha um nome para sua série fotográfica.
Agora, observe com atenção as séries fotográficas de seus colegas, es-colha uma delas e escreva uma breve crítica sobre ela.
54 5º. ano – Volume único
Cinema documentário
Você já assistiu a um documentário?
Documentário é o nome dado a um tipo de filme feito para mostrar algum aspecto da sociedade e, com isso, auxiliar o espectador a compreender melhor a “realidade”. Vamos conhecer alguns?
No curta-metragem Ilha das Flores (1989), o cineasta gaúcho, Jorge Furtado, filma o percurso de um tomate da plantação até o lixão. Assim, mostra as consequências do consumo na nossa sociedade.
Assista ao curta Ilha das Flores e converse com os colegas sobre o filme. Vocês podem fazer uma “crítica oral”: Que sensações e ideias o filme transmite? Como ele faz isso? O que você achou da obra?
A montanha de produtos à venda depois se transforma em um monte de lixo.
Para quem nunca foi a um lixão, o filme mostra a quantidade de
coisas que jogamos fora.
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Eduardo Coutinho
A voz do povo
Eduardo Coutinho foi um dos principais documenta-ristas brasileiros com filmes como Jogo de cena e Edifício Master. Ele chamava seus documentários de “cinema de conversação”, porque eram feitos com entrevistas e con-versas entre o cineasta e as pessoas filmadas. Para ele, era importante captar a fala e o olhar das pessoas.
O improviso, o acaso, a relação amigável, às vezes conflituosa, entre os conversadores dispostos [...] dos dois lados da câmera – esse é o alimento essencial do documentário que procuro fazer.
COUTINHO, Eduardo. O olhar no documentário. In: LABAKI, Amir (Org.). A verdade de cada um. São Paulo: Cosac Naify, 2015. p. 224.
Para filmar Jogo de cena, Coutinho publicou um anúncio no jornal cha-mando atrizes para fazer um documentário.
Em Jogo de cena, o público não sabe quem
está contando sua própria história e quem está só
representando.
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Quem é mais convincente ao contar uma história: quem a viveu ou uma atriz?
E não somos todos um pouco atores quando contamos a nossa história? Nós mudamos o tom de voz, valorizamos algumas partes, escolhemos quais não contar...
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56 5º. ano – Volume único
Inspirado nos filmes de Eduardo Coutinho, faça um projeto de documen-tário com entrevistas. Você pode seguir este roteiro:
1 Como você vai escolher os entrevistados? Quais características eles devem ter?
2 Selecione o assunto que você quer que eles falem e escolha as perguntas que serão feitas aos entrevistados.
3 Você vai aparecer no filme? Por quê?
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Teatro documental
O documentário se faz presente no teatro quando diretores e atores levam para a cena documentos reais e histórias de pessoas muito conhecidas ou não.
No teatro documental, também há espaço para invenção, entretanto o foco é estimular a reflexão sobre alguma questão da realidade.
Conheça alguns exemplos.
A peça Jacy, do grupo Carmim, do Rio Grande do Norte, foi escrita com base em objetos encontrados dentro de uma frasqueira em uma rua de Natal. Para contar a história de Jacy, mulher nascida em 1920 que viveu momentos importantes da história do país, o grupo usa objetos, documentos pessoais e projeção de vídeo em cena.
Em Festa de separação, a atriz Janaina Leite e seu ex-marido, o músico Feli-pe Teixeira, colocam suas próprias vidas em cena. Eles mostram objetos pessoais e exibem vídeos das festas de separação que fizeram com convidados amigos e desconhecidos.
Encenação da peça Festa de separação por Felipe Teixeira e Janaína Leite
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58 5º. ano – Volume único
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As projeções de fotografias, recortes de jornais, documentos e vídeos são recursos comuns no teatro documental e, como linguagens diferentes, permitem a ampliação dos contextos relacionados ao tema da peça.
Em grupo, montem uma cena de teatro documental usando um retropro-jetor ou um projetor multimídia. Vocês podem contar as próprias histórias ou as de outra pessoa ou lugar. Podem seguir este roteiro:
1 Façam uma pesquisa para escolher quais histórias vão contar.
2 Reúnam as fotografias e os documentos que pretendem usar.
3 Organizem a ordem de projeção dos materiais e como serão apresen-tados.
4 Definam quem vai contar essa história em cena.
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Para isso, eles dividem o palco ao meio e cada um ocupa só a sua metade. Eles também convidam um casal do público para entrar em cena e ler um poe-ma sobre uma relação amorosa.
Assim, um momento difícil da intimidade é transformado em obra de arte. E os dois artistas inventam uma nova forma de lidar com a separação.
Um museu vivo de histórias pequenas e esquecidas é um exemplo de teatro documental histórico. A artista portu-guesa Joana Craveiros reconta a história de Portugal, aban-donando a versão oficial, para ecoar as memórias de cidadãos comuns. Para isso, Joana se apresenta como ela mesma e usa muitos objetos em cena.
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Agora, é ensaiar!
5 Definam se os atores e atrizes vão se apresentar pelo próprio nome.
6 Registre aqui a ideia que vocês tiveram.
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60 5º. ano – Volume único
Composição II
Para pôr em prática o que aprendemos nos últimos meses, vamos criar obras artísticas com ousadia e olhar crítico. Use documentos da atua-lidade em seu processo de criação.
Planeje quais linguagens e quais materiais pretende usar.
Caderno de artista
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Agora, vamos organizar uma mostra com esses trabalhos artísticos criados pela turma e produzir textos críticos sobre eles. Vamos organizar dois sorteios para que cada aluno escreva sobre dois trabalhos. Assim, cada trabalho vai receber duas críticas.
Trabalho 1
Trabalho 2
62 5º. ano – Volume único
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Compreender o que é tradição e o que é inovação.
Compreender a importância da tradição e da inovação.
Identificar patrimônios culturais materiais e imateriais.
Compreender a pintura rupestre e a Arte Wajãpi como
exemplos de patrimônio cultural.
Diferenciar arquitetura e escultura.
Compreender a importância do Museu Vivo do Fandango.
Identificar uma pauta musical.
Reconhecer a tradição da Capoeira.
Fazer um projeto de preservação.
Reconhecer o trabalho inovador de
• Heitor Villa-Lobos;
• Igor Stravinski;
• Marcel Duchamp;
• Samuel Beckett.
Definir teatro do absurdo.
Reconhecer a inovação da obra
Bichos, da escultora Lygia Clark, e dos
Parangolés, do escultor Hélio Oiticica.
Identificar arte documental.
Analisar o trabalho do fotógrafo Miguel
Rio Branco e do grupo Guerrilla Girls.
Identificar cinema documentário.
Identificar teatro documental.
Fazer uma crítica de arte.