Arte Conceitual:Keith Arnalt
Joseph Beuys eChristo e Jeanne-Claude
Por
Elisa B. HerreraProfessora de Artes Visuais
A arte conceitual define-se como o movimento artístico que defende a superioridade
das ideias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados para criar em
lugar secundário.
O artista Sol LeWitt definiu-a como:
"Na arte conceitual, a ideia ou conceito é o aspecto mais importante da obra. Quando
um artista usa uma forma conceitual de arte, significa que todo o planejamento e
decisões são tomadas antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário.
A ideia torna-se a máquina que origina a arte."
Esta perspectiva artística teve os seus inícios em meados da década de 1960, contudo,
já a obra do artista francês Marcel Duchamp, nas décadas de 1910 e 1920 tinha
prenunciado o movimento conceitualista, ao propor vários exemplos de trabalhos que
se tornariam o protótipo das obras conceituais, como os readymades, ao desafiar
qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a questão de não serem objetos
artísticos.
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• Não é mais possível ir a uma exposição e dizer “essa
paisagem está bem organizada, as cores estão bem
colocadas, a pintura é de qualidade”.
• As questões clássicas das artes plásticas como a composição,
a organização e distribuição dos elementos que formam uma
obra, o estudo de cor e a uso da luz podem não ter sentido
nenhum na arte conceitual.3
Keith Arnalt –”Auto-enterro”-
Keith Arnatt, Self-Burial, (Projecto de Interferência Televisiva), 1969, nove fotografias sobre cartão,
46,7 x 46,7 cm, Tate Gallery-
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“Auto-enterro”
• "Self-Burial” representa um retrato irónico do
destino do autor modernista às mãos da arte
conceptual".
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Joseph Beuys- “Uma e três cadeiras”
Foi um artista alemão que produziu em vários meios e técnicas,
incluindo escultura, performance, vídeo e instalação. Ele é
considerado um dos mais influentes artistas europeus da segunda
metade do século XX.6
“Uma e três cadeiras”
Três partes iguais – uma cadeira, uma foto e uma definição de dicionário impressa,
constituem a obra. Ela é, nas palavras de um crítico, “uma progressão do real em direção
ao ideal”.
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Casal Christo e Jeann-Claude
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Christo Javacheff nasceu na Bulgária em 13 de Junho de 1935. Conhece a francesa Jeanne-Claude, nascida em Casablanca, curiosamente também a 13 de Junho de 1935, com quem veio a casar.
Os guarda-chuvas amarelos, Japão –
USA- 1984-71
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Castelo empacotado, prédio do Reichstag, em Berlim.10
O Reichstag 'empacotado', de 23 de junho a 6 de julho de 1995. (detalhe)
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Central Park
de Nova York
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Central Park
de Nova York
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Com a morte da companheira, em 2009, Christo tenta dar prosseguimento à intervenção Over The River, que visa
suspender 5,9 milhas de painéis de tecido luminoso no alto do rio Arkansas, no Colorado. A previsão é de que a obra seja
realizada em 2013.
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Trabalhando em parceria desde
1961, Christo e Jean-
Claude desenvolveram diversos projetos
que integram arte conceitual,
arquitetura e engenharia. Suas
instalações já encobriram Ilhas em
Miami com tecidos gigantescos e parte
da costa sudeste de Sydney com fibras
sintéticas. Os dois também já instalaram
7.503 portais no Central Park de Nova
York, onde moravam desde 1964. Para
viabilizar os trabalhos, centenas de
pessoas auxiliavam Christo e Jeanne-
Claude e, mesmo assim, eram
empregados meses de preparação até
que cada proposta fosse concluída. 17
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