Mariana Alves-Pereira, Ph.D. Escola de Ciências Económicas e das Organizações
Universidade Lusófona
II Jornadas de Segurança no Trabalho
4 de Julho 2013
Ondas Matematicamente, são descritas pela função de onda
Necessitam de informação quanto à amplitude e frequência
A resposta do tecido biológico está especificamente associada
à frequência,
à amplitude da onda e
ao tempo de exposição
Fenómenos Ondulatórios Ondas de pressão:
Ondas eletromagnéticas:
1984 -- Prémio Nacional de Saúde Pública Ricardo Jorge – Doença das Vibrações – Potenciais Evocados Auditivos
1987 -- Primeira autópsia: espessamentos cardíacos. Patologia não restrita ao Sistema Nervoso Central
1992 – Início dos estudos com modelos animais.
1999 – Publicação integral caracterizando a doença vibroacústica (DVA), identificada entre técnicos de aeronaútica
1999
Contexto
O Agente de Doença
O agente de doença responsável pelo desenvolvimento da doença vibroacústica é o Ruído de Baixa Frequência (RBF).
O RBF não causa surdez profissional.
O RBF não é medido nas avaliações rotineiras dos níveis de ruído.
Não existem dosímetros que meçam o RBF.
PROBLEMAS: Como quantificar o RBF ao qual estão expostos os trabalhadores?
Como obter dados de modo a poder estabelecer a dose-resposta deste agente de doença?
Espectro Acústico: A audição humana não percepciona fenómenos acústicos com a mesma resolução ao longo de todo o espectro.
Espectro Electromagnético: … Tal como o olho humano não vê todas as gamas de radiação electromagnética…
Medição do Som – O dBA
1941, USA 1929, UK 1926, USA
Ao longo do século passado, tornou-se imperativo avaliar os fenómenos acústicos audíveis (som), responsáveis pela surdez.
Assim, todos os fenómenos acúticos que o ouvido humano não percepciona, ou percepciona mal, são desconsiderados das medições, surgindo assim a unidade de medida dBA.
“What you can’t hear won’t hurt you.”
Medição do Som – O dBA Hoje, a vasta maioria da legislação internacional e nacional referente aos nívies de exposição ao ruído são estipuladas em unidades de dBA.
Frequência de resposta do filtro A.
O dBA não fornece qualquer informação sobre a distribuição da energia acústica ao longo das difrentes gamas de frequência. Apenas se concentra na gama onde o ser humano percepciona som.
…Se fosse esta a abordagem à radiação electromagnética, a protecção era apenas efectuada contra a luz visível, os infravermelhos e ultravioletas nunca seriam avaliados…
A Aviação Comercial Contribui para a resolução de alguns problemas: Tempo de exposição Gama de frequências predominante no ambiente laboral Padrão de comparação
Cockpit Frequency Distribution
40
50
60
70
80
90
6,3 8 10
12,5 16 20 25
31,5 40 50 63 80 10
012
516
020
025
031
540
050
0
1000
4000
dBA
dBLin
1/3 Octave Frequency Bands (Hz), dBA- and dBLin Levels
dB
-Le
ve
l (d
B/d
BA
*)
Padrão de Comparação para o RBF
Desenvolvido o modelo de um ambiente acústico laboral concreto, propício ao desenvolvimento da DVA:
A cabine de pilotagem (cockpit) da aviação comercial
Já se vislumbra um caminho de recolha de dados que, derradeiramente, contribua para o estabelecimento de níveis de dose-resposta para a exposição ao RBF em ambientes laborais.
Os ambientes acústicos laborais ricos em RBF são passíveis de serem comparados com o modelo do ambiente acústico laboral do cockpit.
Contexto 2003 -- Publicados os resultados dos estudos
com modelos animais confirmando alguns dos resultados observados em doentes com a doença vibroacústica
2005 -- Prémio de Investigação Científica Thomé Villar/Boehringer Ingelheim: Participação das vias aéreas centrais na doença vibroacústica.
2006 -- Prémio de Investigação Científica Prevenir Mais Viver Melhor: Diagnóstico da doença vibroacústica para efeitos médico-legais.
2003
2007
Normal DVA
A escala desta duas imagens é a mesma.
Paredes do Alvéolo
A escala desta duas imagens é a mesma.
Exposto Controlo
Espessamento por colagénio
Traqueia Normal de Rato
Traqueia com 2213 Hrs
Modelo do Contínuo-Elástico (Balão)
Modelo de Tensigridade do Citoesqueleto
Transportes Públicos na Grande Lisboa
Cockpit vs. Trams - Frequency Distributions
--
--
--
--
----
--
----
40
50
60
70
80
90
100
110
6,3 8 10
12,5 16 20 25
31,5 40 50 63 80 10
012
516
020
025
031
540
050
0
1000
4000
dBA
dBLin
Frequency (Hz)
dB
-Le
ve
l (d
B/d
BA
*)
Cockpit
Trams
Cockpit vs. Eléctricos
Cockpit vs. Comboios
Cockpit vs. Trains - Frequency Distributions
--
---- --
---------- -- --
--
40
50
60
70
80
90
100
110
6,3 8 10
12,5 16 20 25
31,5 40 50 63 80 10
012
516
020
025
031
540
050
0
1000
4000
dBA
dBLin
1/3 Octave Frequency Bands (Hz), dBA- and dBLin Levels
dB
-Le
ve
l (d
B/d
BA
*)
Cockpit
Trains
Cockpit vs. Metro
Cockpit vs. Subway1 - Frequency Distributions
---- --
--
--
----
40
50
60
70
80
90
100
110
6,3 8 10
12,5 16 20 25
31,5 40 50 63 80 10
012
516
020
025
031
540
050
0
1000
4000
dBA
dBLin
1/3 Octave Frequency Bands (Hz), dBA- and dBLin Levels
dB
-Le
ve
l (d
B/d
BA
*)
Cockpit
Subway1
Cockpit vs. Autocarro
Cockpit vs. Buses - Frequency Distributions
--
-- ------ --
--
40
50
60
70
80
90
100
110
6,3 8 10
12,5 16 20 25
31,5 40 50 63 80 10
012
516
020
025
031
540
050
0
1000
4000
dBA
dBLin
1/3 Octave Frequency Bands (Hz), dBA- and dBLin Levels
dB
-Le
ve
l (d
B/d
BA
*)
Cockpit
Buses
Obrigada pela vossa atenção