Escultura
Página 4:Retrato de uma Mulher
Mármore, período dos flavianosCapitoline Museums, Roma
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Tradução: Zita Morais, Lisboa
ISBN 978-1-78042-067-7
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Prefácio
“É autêntica carne! Poderia pensar-se que tinha sido moldada combeijos e carícias! Quando se toca neste corpo, quase se espera, queesteja quente.”
– Miguel Ângelo
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Barthé, Richmond 220
Bernini 134, 136
Brancusi, Constantin 216
Burgos 104
Canova, Antonio 148, 150
Carpeaux, Jean-Baptiste 156
Cellini, Benvenuto 130
César 236
Charès, Léo 62
Coysevox, Antoine 142
Degas, Edgar 186
Della Robbia, Luca 94, 102
Donatello 92, 96, 98, 100
Dubuffet, Jean 244
Erhart, Michel e Grégor 108
Gabo, Naum 214
Gaugin, Paul 182, 184, 194
Giacometti, Alberto 230
Girardon, François 138
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Índice dos artistas
Hosmer, Harriet 154
Kirchner, Ernst Ludwig 200
Matisse, Henri 190
Miguel Ângelo 106,110, 112, 114, 116, 118
120, 122, 126, 128, 132
Modigliani, Amedeo 202, 208, 210
Moore, Henry 224, 246
Nauman, Bruce 242
Oppenheim, Meret 222
Picasso, Pablo 212, 226, 228, 232
Puget, Pierre 140
Rauschenberg, Robert 234
Regnaudin, Thomas 138
Rodin, Auguste 158, 160, 162, 164, 166, 168, 170
172, 174, 176, 178, 180, 188, 198
Saint-Phalle, Niki de 240
Torrigiani, Pietro 124
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A escultura, embora seja anterior à
pintura, foi durante muito tempo
considerada como sendo um acessório e um
complemento à mais antiga das três artes: a
arquitectura. Dado que na sua execução são
utilizados os mesmos materiais – madeira,
pedra e mármore – a escultura foi inicialmente
tida como ornamento da arquitectura. Porém,
a pouco e pouco, foi-se afirmando como uma
arte independente e dignificada.
A Senhora Brassempouy, Gruta do Papa
Cerca de 22000 ACMarfim, 3 cm de altura
Museum of National AntiquesSaint-Germain-en-Laye (França)
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Após ter admirado o Universo, o homem
começou a contemplar-se a si mesmo.
Verificou então que a forma humana é a que
corresponde ao espírito e, portanto, é o
instrumento. Regida pela proporção e simetria,
superior em beleza, a forma humana é a única
capaz de manifestar integralmente a ideia. O
homem reinventou então o corpo humano e a
escultura nasceu.
Ídolo
2700-2400 ACMármore
The Menil Collection, Houston (EUA)
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Escriba Sentado
Entre 2510 e 2460 ACPedra multicolor, altura 53 cm
Louvre, Paris
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Da mesma forma que o passo lento do
progresso levou a pintura a produzir aquilo a
que chamamos uma obra de arte, também
para a escultura foi necessário um longo
processo para que se tornasse independente
da arquitectura e produzisse os chamados
baixos-relevos e a escultura em volume.
Estátua Votiva de Gudea
Cerca de 2120 ACDiorito, altura 73,7 cm
Louvre, Paris
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É nos primórdios da Antiguidade e na
civilização primitiva que se desenvolveu na
Bacia do Nilo, que devem ser procuradas as
origens de todas as artes. Pela mesma altura
em que os habitantes do Nilo construíam
templos e pirâmides, também gravavam
lápides funerárias e pedras tumulares, e
ladeavam as avenidas que conduziam aos
templos, com esfinges montadas em pedestais.
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Sesostris III
12ª Dinastia, ca. 1878-1842 ACGranito negro, altura 54,8 cmThe Brooklyn Museum (EUA)
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Sem dúvida, os assírios, rivais dos
egípcios, tiveram uma maior influência na
civilização grega e etrusca. Os monumentos
mais antigos da Grécia e da Etrúria provam
que, de uma certa forma, imitavam a antiga
arte assíria. Pode testemunhar-se isso de
Chipre a Rodes, de Creta à Sicília, de Atenas
a Corinto.
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A Etrúria pode orgulhar-se de uma
civilização primitiva que estava próxima da
nossa. De origem asiática, modificou-se por
via da civilização grega, e depois da romana,
que lhes levaram os primeiros rudimentos de
todas as artes e indústrias.
Akhenaten e a Família
Entre 1348 e 1336 ACBaixo-relevo de pedra multicolor, 31,1 x 38,7 cm
National Museums of Berlin
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19
Portador de Íbex
século VIII ACBaixo-relevo em alabastrite, altura 2,68 m
Louvre, Paris
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Escultura grega
O que Plínio disse a respeito da pintura, "de
picturae imitis inserta", também se pode
aplicar à escultura. Seguramente, a arte grega
teve o seu começo na imitação da arte
oriental. Contudo, contrariamente a outras
civilizações antigas, os gregos só receberam
lições para reagirem contra os seus mestres.
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Procissão de Veneração dos Medas
Século VIII ACBaixo-relevo em alabastrite, altura 1,62 m
Louvre, Paris
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Se eles não inventaram a arte, seguramente
inventaram a beleza. Afrodite de Milo (Louvre,
século II AC) talvez seja o mais extraordinário
exemplo da arte grega. Com a sua
composição magnífica, das curvas do seu torso
até a lisura da sua pele, ela é o equilíbrio
perfeito entre o sujeito e o estilo.
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Mulher a Fiar
Século VIII ou VII ACBetume, baixo-relevo, 2,9 x 13 cm
Louvre, Paris
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A Afrodite de Milo, tal como outros deuses
e deusas, demonstra a útil influência da
mitologia nas artes. Na crença de que o
homem terá sido feito à imagem dos deuses e
que estes têm todas as paixões dos homens, os
gregos, ao criarem deuses à sua imagem,
tentaram recriar as formas mais perfeitas para
representar as divindades de um modo digno:
modelo, protótipo e apoteose da humanidade.
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Aryballos. Capitel em forma de atleta ajoelhado
580Museum of the Agora of Athens, Atenas
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Não devemos esquecer-nos de que os
antigos ídolos gregos não foram apenas
pintados, como também vestidos, e tinham
servos, sacerdotes e esposas. Eles eram,
segundo Ottfried Miller, lavados, encerados,
esfregados, vestidos e adornados com coroas
e jóias.