Download - Espécies exóticas
Espécies Exóticas
Ecologia de Populações • Prof. Dr. Harold Gordon Fowler • [email protected]
As Invasões Biológicas
“Não podemos errar: estamos assistindo uma das maiores
convulsões históricas da fauna e flora do mundo.”
Elton 1958
2/17/2014 3
“Planeta de Plantas Invasoras” -D. Quammen
Estamos causando a sexta extinção?
A natureza detesta um vaco ou as espécies
exóticas deslocam as espécies nativas?
Quais são as taxas de fundo natural de
especiação/introdução e extinção?
O Rio Tweed versus Havaí
Invasões Bióticas
Local de Origem Amplitude
Nova
Imigrantes
Colador ambienal Colador de Manejo
• Danos a espécies nativas
• Danos a agricultura ou estruturas
• Custos de controle • Problemas de saúde pública: vetores de
doenças
Por que preocupar das espécies exóticas?
• Espécies exóticas: há mais de 50,000 presentes nas Américas devido as introduções acidentais pelo solo, sobre as plantas ou outros produtos agrícolas, e por balaustre naval
• ~ 95% das introduções são acidentais
• Ainda há introduções propositais para o controle biológico de espécies exóticas
Espécies Exóticas
Uma “convulsão histórica” devido a 480,000 espécies exóticas
25,000/ 42,000
26,000/ 27,515
1952/ 20,000
8750/ 24,000
18,000/ 45,000
11,605/ 55,000
20/ 346
17/ 54
20/ 296
16/ 247
30/ 316
25/ 428
97/ 650
47/ 542
70/ 850
8/ 725
4/ 1221
3/ 1635
53/ 247
48/ 80
20/ 700
24/ 394
NA/ 741
NA/ 985
138/ 938
12/ 54
29/ 216
20/ 220
300/ 2546
76/ 3000
4500/ 650,000
1000/ 24,700
150/ 85,920
NA/ 86,000
1100/ 54,430
NA/ 1,000,000
Plantas
Mamíferos
Aves
Répteis e
anfíbios
Peixes
Artrópodes
USA UK AUS ZA IND BR
Pimentel 2002
A Invasão Exótica do Brasil Espécies imigrantes 1986 a 2000
Ordens
Núm
ero
de E
spécies
Porcentagem de espécies ameaçadas Impactadas por:
Perda e degradação de habitat - 85%
Espécies exóticas - 49%
Poluição - 24%
Sobre-exploração - 17%
Doenças - 3%
Source: Wilcove et al.1998 BioScience
As invasões biológicas causam danos enormes
As espécies exóticas invasoras são “uma das ameaças ecológicas e econômicas mais sérias do novo milênio” (Cox 2004).
National Geographic
Danos Ecológicos O impacto das espécies exóticas sobre a biodiversidade global perde somente a destruição de habitat (Walker e Steffen 1997). Durante os últimos 500 anos, as espécies exóticas dominaram 3% da superfície terrestre livre de gelo (Mack 1985). As espécies exóticas podem levar a uma homogeneização da biosfera (Lodge 1993) e a criação de uma “Panagea Nova” (Rosenzweig 2001).
Walker B.H., Steffen W. 1997. An overview of the implications of global change for natural and managed terrestrial ecosystems. Conservation Ecology 2: 2.
Danos a saúde humana e de outras espécies úteis ao Homem
As espécies introduzidas recentemente as vezes servem como vetores of doenças. Aedes albopictus é um vetor da dengue, outros arbovirus do Homem, e encefalite eqüino (Craig 1993).
Craig G.B. Jr. 1993. The diaspora of the Asian tiger mosquito. In: McKnight B. (ed.) Biological pollution: the control and impact of invasive exotic species. Indiana Academy of Science, Indianapolis.
Mudança do uso da terra, Perturbação,
Fragmentação
MUDANÇA CLIMÁTICA Expa
nsões a
ntropogenica
s
Tra
nsportes
Probabilidade de novas invasões e Prevalência de espécies
invasoras
Função de ecossistemas e Biodiversidade
Bens e Serviços dos Ecossistemas
Saúde e bem-estar humano
Instituto de Medicina Relatório sobre Infecções
Emergentes 1992 Infecções emergentes: “Infecções
novas, reemergentes ou resistentes as drogas cujas incidências no homem aumentaram durante as últimas duas décadas ou cujas incidências ameaçam aumentar no futuro próximo.”
Infecções Emergentes Recentes no Mundo
1973 Rotavirus Enterite/ Diarreia
1976 Cryptosporidium Enterite/Diarreia
1977 Vírus de Ebola VHF
1977 Legionella Doença de Legionário
1977 Vírus de Hantaan VHF com fibrose renal
1977 Campylobacter Enterite/Diarreia
1980 HTLV-1 Linfoma
1981 Toxina prod. S.aureus Síndrome de Choque Tóxico.
1982 E.coli 0157:H7 HUS
1982 HTLV-II Leucemia
1982 Borrelia burgdorferi Febre maculosa
1983 HIV AIDS
1983 Helicobacter pylori Ulcera Péptica
Infecções Emergentes Recentes no Mundo
1988 Hepatite E Hepatite
1989 Hepatite C Hepatite
1990 Vírus de Guanarito VHF
1991 Encefalitozoon Doença disseminada
1992 Vibrio cholerae O139 Cólera
1992 Bartonella henselae Doença de Gato
1993 Vírus sem nome Sindrome de Hanta
1994 Vírus de Sabia VHF
1994 Vírus de Hendra Doenca respirátpria
1995 Hepatite G Hepatite
1995 H Herpesvírus-8 sarcoma de Kaposi
1996 Prion de vCJD Variante de CJD
Infecções Emergentes Recentes no Mundo
1997 Influenza aviária (H5N1 ) Influenza
1999 Vírus de Nipah Encefalite
1999 Vírus do Nilo Ocidental Encefalite
2001 Bacillus anthracis Antraz
2003 Varíola de macaco Varíola de macaco
2003 SARS-CoV SARS
Fatores Principais Recentes que Contribuem as Infecções
Emergentes 1. Demografia e comportamento humano
2. Tecnologia e Industria
3. Desenvolvimento econômico e uso da terra
4. Comércio e viagens internacionais
5. Adaptação e mudança microbial
6. Mal administração de saúde pública
Relatório do Instituto de Medicina, 1992
Fatores Principais Recentes que Contribuem as Infecções
Emergentes 7. Vulnerabilidade humana
8. Clima e tempo
9. Mudanças dos ecossistemas
10. Pobreza e desigualdade social
11. Guerra e iniciação
12. Falta de vontade política
13. Intenção de danificar
Relatório do Instituto de Medicina, 1992
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
< 5 anos
> 5 anos
Doenças Infecciosas Principais do mundo (X1,000,000) por Idade
As invasões biológicas podem afeitar a historia e a política !!!
Uma cepa do fungo (Phytophtora infestans) alcançou a Europa ocidental a partir de 1840 atacando a cultura de batatas. A quase perda total da cultura da batata resultou na Grande Fome (1845-1849) in Irlanda, com a morte de 1,5 milhões de pessoas, e muitas outras foram forçadas a emigrar, principalmente aos Estados Unidos.
Definições
“É geralmente na falta de clareza das definições que torna difícil determinar onde, como e quem nas estratégias de conservação.”
McShane 2003
Carimbos na Literatura
adventiva (Walker 1989)
aliengenica (Crawley et al. 1996)
aloctona (Allaby 1994)
exótica (Green 1997)
invasora (Daehler 1998)
naturalizada (Walker 1989)
neozoan Não nativa (Davis et al. 2000)
Não indigência (Pimentel et al. 2000)
e: colonizadora (Williamson 1996), imigrante (Bazzaz 1986), importada (Williamson e Fitter 1996), introduzida (Lonsdale 1994), praga (Fox 1990), etc.
Austropotamobius pallipes: uma espécie exótica na Irlanda e
Espanha?
Austropotamobius pallipes é um camarão potencialmente de preocupação na conservação.
Análise de DNA mitocôndrial: As populações irlandeses pertencem ao mesmo haplotipo das populações francês (introdução por monges francês no século XII?) e as populações como populações Toscanas (introdução durante o Renascimento?).
Julgando espécies exóticas
“Qualquer caracterização de que algumas ou todas as espécies nativas são boas e que tem seu valor particular, não é ciência.” Rosenzweig 2001
Do lado do ecólogo: juízos sobre vários termos usados
“agentes da extinções” (Lodge e Hill 1994)
“componentes das mudanças ambientais globais” (Williamson e Fitter 1996) –e podem ser mais importantes do que o aquecimento global (Daehler e Gordon 1997)
causas da “homogeneização” (Lodge 1993) ou “McDonaldização” da biosfera (Lövei 1997)
catalisas dos “McEcossistemas” globais (Enserink 1999), onde a maioria das espécies –perdedoras - serão substituídas por poucos ganhadores (McKinney e Lockwood 1999)
“maldades ecológicas” (Gherardi 2000)
Do lado da promotoria:
a pseudo-ciência
Theodoropoulos D.I. 2003 (Invasion biology. Critique of a pseudoscience. Avvar Books):
“Os dados empíricos não apóiam as hipóteses ou conclusões da biologia de invasões e seus conceitos fundamentais não são operacionais e são subjetivos, além de que as fontes de informação têm viés enorme. Essa falta de aderência as práticas normais da ciência e as distorções deliberadas repetidamente além da fabricação de evidencias, demonstram que a biologia de invasões é uma pseudo-ciência.”
Xenofobia
Subramaniam (2001):
“… estamos vivendo um momento cultural no qual as ansiedades da globalização alimentam os nacionalismos pela xenofobia. A luta contra plantas exóticas é um sintoma de uma campanha que joga essas ansiedades sobre as mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais a culpa de estrangeiros.”
Subramaniam B. 2001. The aliens have landed! Reflections on the rhetoric of biological invasions. Meridians: Feminism, Race, Transnationalism 2: 26-40. Sagoff M. 1999. What’s wrong with exotic species? Report from the Institute of Philosophy & Public Policy 19: 16-23.
Vejamos o mercado …
… e como afirmam Ewel et al. (1999)
O Homem depende demais de espécies não nativas para sua alimentação, sua medicina, seu abrigo, seus serviços ambientais, seu prazer estético, e sua identidade cultural. Mais de 70% do alimento do mundo é derivada de somente nove culturas (trigo, milho, arroz, batata, cevada, cassava, soja, cana de açúcar, e aveia), cada uma cultivada além de sua amplitude geográfica natural. De forma igual, 85% das reflorestamentos industriais usam espécies de somente três gêneros (Eucalyptus, Pinus, e Tectona), que são exóticas. Algumas espécies nativas atendem algumas necessidades do Homem, mas as espécies não nativas tomam um papel integral na economia e nas culturas de todas as regiões.
Uma idéia inteligente: Daniel Simberloff (2003)
Acredito que as bases éticas mais fortes, e possivelmente as únicas bases éticas, de se preocupar das espécies introduzidas é que podem ameaçar a existência das espécies e comunidades nativas e podem causar danos enormes, projetado em termos econômicos as atividades humanas.
Avaliação dos impactos das espécies invasoras
“Muito da discussão dos efeitos ecológicos das espécies invasoras é nada mais que nada.” Parker et al. 1999
Conhecimento Comum As espécies exóticas alterem e perturbem a estrutura biótico dos ecossistemas terrestres, de água doce, e marinhos afeita o bem-estar de outras espécies por via da competição, amensalismo ou números populacionais forçam muitas espécies a extinção reduzem ae produtividade da agricultura e aqüicultura tornam ameaças a saúde do Homem e das planas e animais que ele use
Estudos de impactos: poucos e com distribuição não iguais por nível
biológico
Biological Abstracts, Biosis, ASFA
(1980-1997)
0
5
10
15
20
25
30
Freshw fish Freshw invert Marine invert Terrestr invert
Pu
blis
he
d p
ap
ers
individual genetic population community ecosystem
Parker et al. 1999
Estudos dos impactos: lidam mais com paradigmas
Ricciardi 2005
1980 1985 1990 1995 2000 2005
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Núm
ero
cum
ulat
ivo
de t
rabal
hos
Efeitos sobre comunidades e ecossistemas
Lates niloticus no Lago Vitória: simplificação da rede trófica
African fish
eagles
Kingfishers
Cormorants
MANSand
martins
Haplochromines
Non -cichlids
Haplochromines
Non -cichlids
Haplochromines
dagaa
Haplochromines
Non -cichlids
HaplochrominesZooplankton MolluscsLakefliesTilapias
Plankton / detritus
African fish
eagles
Kingfishers
Cormorants
MANSand
martins
Nile perch
DagaaSmall Nile perch
Zooplankton CaridinaLakefliesNile tilapia
Plankton / detritus
antes
após
Dreissena polymorpha como engenheiro de ecossistemas
Compete com mexilhão
Aumenta a dureza do fundo
Aumenta a taxa de sedimentação
Altera a composição dos sedimentos
Aumenta a claridade da água
Altera o ciclagem de N e P
Diminua sólidos suspensos
Aumenta a cobertura e profundidade de marcofitas
Aumenta a produção de perifitas
Muda a comunidade pelágica
Aumenta a abundancia de peixes que se alimentam no fundo
Muda a composição e abundancia de plâncton
Muda a comunidade bentônica
Efeitos sobre as espécies nativas
As causas da extinção, deslocamento ou retirada de
espécies Mecanismos resultando na retirada ou extinção de espécies (Mack et al. 2000):
Parasitismo
Transmissão de parasitas
Predação
Competição para recursos
competição por interferência
Hibridização
Os “pivetes”: pitus não nativos
predação Transmissão De doenças
hibridização
competição
Densidade de mexelhões nativas e Dreissena polymorpha no Lago St. Clair
Nalepa et al. (2001) M
exilhão
(N
o. m
-2)
Dre
isse
na p
olym
orph
a (N
o. m
-2)
Ano
Culpadas por outros efeitos causados pelo homem nos ecossistemas?
Gurevitch e Padilla (2004):
O declínio de espécies nativas freqüentemente ocorre simultaneamente e no mesmo lugar da invasão por espécies exóticas. Assim induzindo alguns pesquisadores acreditaram que as extinções e invasões estão ligadas. A correlação é usada para inferir causas.
A intervenção de outras causas: a perda de espécies de Cichildae no
Lago Victoria Lates niloticus, introduzida na década de 1960, foi culpado de causar a extinção de mais de 200 das 300 a 500 espécies endêmicas de Cichlidae (Goldschmidt 1996).
Mas O declínio começou na década de 1920 com a construção
de linhas de trens, erosão, e a degradação das praias (Verschuren et al. 2002).
Urbanização na década de 1970 aumentou a eutrofização e diminua a transparência da água (Aloo 2003) afetando a seleção sexual (Seehausen et al. 2003).
O aumento de nutrientes causou eventos anoxicos. O aumento de nutrientes favoreceu as plantas aquátics
invasoras que alterou áreas de criação de filhotes dos peixes (Witte et al. 2000), incluindo o culpado.
Dificuldades de desamarrar as causas próximas e últimas do
declínio As espécies exóticas podem ser
a causa primária do declínio,
Um fator que contribua a uma espécie que já está com problemas serios,
O ultimo prego na caixão ou meramente as flores do funeral.
Gurevitch e Padilla 2004
O que fica escondida?
Mudanças evolutivas rápidas
Uma revolução evolutiva mediada pelo homem (Cox 2004)
Uma vez estabelecidas, as espécies exóticas invasoras se libertam das limitações do fluxo gênico da população parental; Ficam livres das pressões bióticos dos inimigos anteriores; Enfrentam pressões seletivas alteradas; impõem pressões evolutivas novas e fortes sobre as espécies nativas; podem hibridizar com parentes nativas próximas.
Spartina anglica: hiybridização levando a invasão
Hibridização da invasão: contaminação de genótipos nativos
Anas platyrhynchos e A. superliciosa na Austrália e Nova Zelândia) (Gillepsie 1985). Oxyura jamaicensis e O. leucocephala na Europa (Holmes 1994).
Hibridização na invasão
Gambusia affinis e G. heterochir na América do Norte (Courtney e Meffe 1989).
Salmonideos, tilapia, (Hindar et al. 1991):
Carassius auratus e C. carassius na Inglaterra (Hänfling et al. 2005).
Hibridização na invasão
Híbridos de Daphnia galeata em Ontário e NY originando de populações europeus e americanas (Taylor e Hebert 1993).
Orconectes rusticus e O. propinquus em Wisconsin (do cruzamento de fêmeas de rusticus e machos de propinquus: fecundas e competitivas) (Perry et al. 2001).
A opinião dos expertos: Harold Mooney e Elsa Cleland (2001)
Estamos construindo uma assembléia cosmopolita nova inteira de organismos na superfície do mundo inteiro com conseqüências futuras grandes não somente para a função dos ecossistemas mas também para a trajetória evolutiva futura da vida.
Por que se preocupa de formigas exóticas?
Agricultura – Danos diretos as culturas
– Cuidam e protegem Homoptera
– Interferem com programas de controle biológico
Por que se preocupa de formigas exóticas?
Pragas urbanas
– Podem perturbar mas podem disseminar bactéria (hospitais)
Por que se preocupa de formigas exóticas?
Pragas ecológicas – efeitos ao nível do ecossistema
Efeitos econômicos
As espécies exóticas são externalidades (Perrings et al. 2000)
São externalidades –custos de uma atividade que impõem a outras pessoas sem intenção, e essas pessoas não conseguem uma compensação pelo dano recebido. Os efeitos externos implica que, para persistir, o dano precisa estar associado com um fluxo continuo da fonte.
As invasões biológicas, de forma diferente, nunca se perpetuem. Se a fonte da invasão cesa a atividade, os danos da introdução continuem e ainda podem aumentar no tempo.
Custos monetários das espécies exóticas (estimados por ano nos Estados Unidos: 120,105 milhões
US$)
Custos anuais estimados das espécies exóticas:
Grupo custos ($ milhões) Plantas (invasoras) 34,000 Mamíferos (porcos, ratos) 37,000 Aves (pombos, pardais) 2,000 Peixes 1,000 Artrópodes (formigas, cupins) 19,000 Moluscos 1,200 Micróbios (doenças) 41,000 Todas as esoécies > $136 bilhões por ano
Source: Pimentel et al. 2000 BioScience
Custos associados com a perda da biodiversidade: a bacia de Flathead
(Montana) “um pitú minúsculo causa fome nas aguias”
Daphnia longiremis Leptodora kindtii
kokanee
Turistas
de 46,500 a 1000 em 6 anos com uma perda de $ 5 milhões
de 120,000 a 50 em 10 anos
Águia careca, patos
Urso, coiote, Mustella
Mysis relicta
1981
Renda de espécies exóticas Lago Victoria após a introdução de Lates
niloticus (1962: programa oficial)
Tendência da pesca (Cowx 2005)
Tendências de exportação de Lago Victoria
0
50
100
150
200
250
300
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Valu
e o
f exp
ort
s (
US
$ x
millio
ns)
Cowx 2005
Benefícios de Lates niloticus durante o período de 1975 a 1989
Os lucros de produção foram estimados em US$280 milhões.
O número de pescadores e seus dependentes aumentou em 267%. 1.2 milhões de pessoas dependem somente da pesca.
O aumento da produção de peixes proporcionou proteína animal de alta qualidade a mais pessoas.
A exportação de Lates niloticus proporcionou uma nova fonte de comercio exterior. Entre 5 a 10% da produção é exportada.
Argumentos contra Lates niloticus (Kasulo 2000)
Aumentos de custos de barcos e redes limita a participação nesse setor.
A renda se concentra num minoria dos pescadores.
Consumo escasso pelos moradores locais: as pessoas temem que ao se alimentar desse peixe canibal poderia resultar no canibalismo entre as pessoas (T. Goldschmidt, comunicação pessoal).
O balance entre a ecologia e a economia é frágil
Política
Empregos
Lucros
Problemas socio-culturais
Biodiversidade Poço Gênico
Dinâmica dos Ecossistemas
Proteção ambiental
ECOLOGIA ECONOMIA
PREVISÃO DAS INVASÕES
Previsão de invasoras potenciais: uma prioridade para a ecologia
(Mack et al. 2000)
Aprendendo identificar espécies invasores com antecipação nós informaria muito sobre a evolução dos atributos de historia vital e como as comunidades bióticas se organizam.
Em termos práticos, poderia revelar as maneiras mais eficazes de prever invasões futuras
Trabalhos publicados sobre “previsões (Kolar e Lodge
2001)
Biological Abstracts (1986-1999)
0
10
20
30
40
50
86-87 88-89 90-91 92-93 94-95 96-97 98-99
Year of publication
Publish
ed p
apers
Podemos prever o número de espécies exóticas
introduzidas?
Um conhecimento do passado é útil
0
100
200
300
400
500
600
1850 1860 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990
Decade
Cum
ula
tive n
um
ber
of
intr
oductions
626 eventos de introdução e translocaão de 166 espécies, sendo: 19 salmonoides; 54 ciprinideos; 14 ictalurideos; 12 coregonideos (Cowx 2005).
A historia da introdução de peixes a Europa
O conhecimento do presente ajuda
0
5
10
15
20
25
30
Eur
ope
Asia
Afri
ca
Oce
ania
Sou
th A
mer
ica
Mid
dle
East
Nor
th A
mer
ica
Nu
mb
er
x 1
0
FAO Database on Introductions of Aquatic Species
Espécies exoticas em aguas interiores
O futuro: introduções aumentarão
O crescimento do volume e a complexidade do comercio internacional aumentou a freqüência de introduções pelos portais existentes, o número de portais, e a facilidade com que as espécies potencialmente invasivas podem transitar nesses portais.
A abertura dos mercados nacionais e internacionais produz uma queda das barreiras ao comercio e a vigilância do comercio, assim aumentando os riscos de invasões.
O comportamento humano, normas sociais, e tradições culturais se adaptam lentamente aos riscos novos, e esses, de torno, aumentaram os impactos de invasões.
Podemos prever o número relativo de espécies
invasoras?
Quatro estágios da invasão:
• Oportunidade (transporte) chegada (introdução acidental ou proposital)
• estabelecimento (reprodução)
• integração (adaptação)
• disseminação (dispersão)
Espécies Exóticas
Transições de portal de transporte a invasão
Espécie entra num portal de transporte
Sobrevive transporte e introdução
Estabelecimento
Não invasiva
Invasiva Disseminação
Fracassa no transporte
Não se estabelece
Kolar e Lodge 2001
Porto de entrada (POE)
Registros do Museu Nacional dos Estados Unidos e quarentenas
1920-1980
Oportunidade
Dos 363 registros de formigas exóticas, 94% eram encontradas sobre plantas.
Categorias predominantes:: Orquídeas e bromélias (49%) Frutas (14%) Outras plantas ornamentais (11%) Acácia (4%) Outras categorias de menos importância: cactos, cana de açúcar, samambaias, musgos, e material não vegetal, como solo, palets e cargo militar.
394 registros de POE : 232 espécies de 58 gêneros. 29 espécies de 17 gêneros estabelecidas nos USA.
• Necessidades de nidificação e dieta gerais o que torna fácil a associação com o Homem
• Com muitas rainhas
• Reprodução da colônia pelo brotamento
Características que tornam as formigas boas colonizadoras
Estabelecimento
.
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
0 10 100 1000
531
queen number
Worker number
Quee
n m
ort
alit
y
Uma rinha com somente dez operárias pode começar uma colônia nova com sucesso
Estabelecimento
Disseminação
2/17/2014 Free PowerPoint Template from
www.brainybetty.com
Transformação de imigrante a invasora
“a fase lag”
Opuntia aurantiaca in South Africa
Moran e Zimmerman, 1991
Ano
Áre
a in
fest
ada
(há
X 1
00
00
)
Transformação de imigrante a invasora
O número, arranjo de infestações e a frequência de colonização de imigrantes.
Limites da detecção de crescimento populacional
Melhoramento de aptidão pela seleção natural
Frequência de Habitat (incluindo a alteração)
A estocasticidade ambiental (frequência e intensidade).
A regra de dez 10% (5-20%) das espécies introduzidas se estabelecem, e 10% (5-20%) de essas viram pragas (Williamson 1996).
British angiosperms
Australian pasture plants
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% success
Escaping Establishing Becoming a pest
British Pinaceae
British edible crops
US high impact
Hawaiian birds Biocontrol insects
by target Canadian biocontrol
Island mammals
Australian pasture plants
British angiosperms
Avaliação da Regra de Dez
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% success
Establishing Spreading
Planários
Insetos Mamíferos insulares
Mamíferos australianos Aves insulares
Aves continentais
Papagaios
Vertebrados americanos Animais britânicos
Animais australianos
Animais alemãs
O sucesso de estabelecimento e disseminação (vermelho) mais de 10% para vários grupos de animais (Jeschke e Strayer 2005)
Sucesso (%)
Podemos prever os vetores, fontes e portais?
Vetores
• Como acontece as invasões de espécies exóticas?
• O que torna uma espécie uma invasora de
sucesso? • Prevenção e tratamento de invasões
Espécies Exóticas
Import/export of agricultural products
Como acontecem as invasões?
Descoberta do caminho marítimo para a Índia
Troca Colombiana
Mundo Velho → Mundo Novo Peste bubônica cólera influenza e gripe malária sarampo escarlatina Trypanasoma varíola tuberculose tifoide febre amarela
Mundo Novo → Mundo Velho • sífilis • framboesa • febre amarela
O mundo que encolhe: ↓Tempo, ↑Massa, ↑Espaço
1803 Trem
1830 Containers de trem
1786 Navio ao vapor
1844 Telegrafo
1851 Trem refrigerado
1876 Telefone
1880 Carro e Caminhão
1903 Avião
1940 Cargo aéreo
1949 Caminhão refrigerado
1951 Navio de Containers
1950 Containers
1960 Reefers
1990 Internet
1500-1840 velocidade média = 16 km/hora
1850-1930 velocidade média de trem: =100 km/hora. Velocidade média de navio a vapor = 25 km/hora
1950 velocidade média de avião = 480-640 km/hora
1960 velocidade média de jato = 800-1120 km/hora
1990 transmissão de dados instantânea
Tempo: os dias a circunavegar o globo
1096
127
21 8,7 2,80
200
400
600
800
1000
1200
1519 1600 1700 1853 1929 1931 2005
Ano
Núm
ero
de D
ias
World P
opula
tion in b
illions (
)
Days t
o C
ircum
navig
ate
()
th
e G
lobe
Year1850
0
400
350
300
250
200
150
100
50
2000
0
1900 1950
1
2
3
4
5
6
Velocidade do Transporte Global e sua relação com o crescimento populacional
Murphy eNathanson. Semin. Virol. 5, 87, 1994
Ano
Po
pu
laçã
o M
un
dia
l (B
ilhõ
es
Dia
s p
ara
cru
za
r o
Mu
nd
o (
Estrada de ferro e rota de mar cerca de 1880
Trens e
canais
Comércio Global de Carne
Swift & Company 1878: Trem refrigerado 1900: Swift abre lojas em Londres
•Armour & Co., 1891
Comércio Global de Carne
Source: Center for Global Food Issues
Globalização e Alimentos
A estrutura da industria alimentar global muda continuamente e evolui por ajustes dos produtores, manufatoras, e comerciantes para atender as expectativas dos consumidores – Afeita a produção – Afeita o transporte e comércio – Afeita os ingredientes alimentares – Afeita o processamento
↑Renda → Consumo → Industria → Comércio → Riscos(?)
↑Renda → ↑Carne → ↑Alimentação animal concentrada → ↑Fezes → Riscos(?)
Tendência a concentração próxima aos centros urbanos
Densidade populacional de frangos Densidade populacional humana
Source: FAO, WHO, Rimsa, Mexico City April 2005
Globalização e Alimentos
Infecções Associadas com Alimentos
2000*
Norovirus (1972)
Campylobacter (1972)
Salmonella
Clostridium perfringens
Giardia lamblia (1981)
Staphylococcal
Toxoplasma gondii (1970s)
Shigella
Yersinia enterocolitica (1976)
E coli O157:H7 (1982)
Cyclospora (1996)
vCJD/BSE (1996)
Clostridium difficile (?) * Mead el al, 1999
Cenário anterior: Surto local agudo Detectado pelo grupo
afeitado Pesquisa Local Geralmente devido a erro
de manuseio de alimento Soluções locais
Cenário atual: Surtos difusos de distribuição
ampla Aumento de casos
“esporádicos” Detectado por subtipos no
laboratório Pesquisa a várias escalas Eventos de contaminação
"Industrial" Implicações para a industria
inteira
“Achar uma agulha num palheiro”
Avanços de Saúde Pública
Como ocorrem as invasões de espécies exóticas? Mobilidade do Homem
(1) Balaustre (tanto sólido como água)
(2) Canais que proporcionam corredores para a dispersão rápida de organismos aquáticos (os canais de Panamá e de Suez)
(3) Cascos sujos de navios (e também de barcos e recreação)
(4) Introduções propositais de espécies “desejadas” (for: agricultura e aqüicultura, reposição, controle biológico ou pesquisa)
(5) Soltura deliberada de organismos não previstas de estabelecer populações (animais de estimação descartadas: 65% dos peixes exóticas nos EEUU de comercio de aquários; iscas; parasitas e doenças de espécies desejadas)
(6) Soltura acidental de organismos (escapam da aqüicultura ou agricultura, contaminantes de solturas propositais)
(7) O comercio por internet
Maneiras bizarras de introduções não voluntárias: o problema de
águas de balaustre
Água de balastro transportados por navios comercias: 3 a 12 bilhões de toneladas por ano.
35,000 navios comercias ativos que transportam mais do que 7000 espécies por hora.
Somando todo tipo de navio: 10,000 espécies transportadas por hora (Carlton 1999).
Espécies Exóticas podem não ter sucesso
Rio Tweed (processamento de lã), R.U. Em 1919: 348 espécies exóticas de plantas
invasoras – 52% de outros continentes - Hayward e Druce, 1919
Em 1961: quatro espécies se disseminaram alem da fábrica - Salisbury, 1961
Em 1987: Nenhuma dessas espécies foi encontrada na região - Crawley, 1987
Maneiras bizarras de introduções não voluntárias: Canais
Corredores de invasão que transferem as espécies do Mar Cáspio aos mares do Norte e Báltico, e aos Grandes Lagos: difusão natural ou promovida pelo Homem seguido por difusão em saltos
Caspian Sea
Black Sea
North Sea
Baltic Sea
Maneiras bizarras de introduções não voluntárias: o
mosquito do Dengue
Pelo comercio de pneus usados (para fazer produtos de borracha reciclados ou asfalta, ou como combustível para a geração de energia
Maneiras bizarras de introduções voluntárias: Lymantria dispar
Uma das pragas florestais pior da América do Norte foi introduzida da França (1868-1869) pelo artista bizarro, E. Leopold Trouvelot para a produção de seda.
Maneiras bizarras de introduções voluntárias: Passer domesticus
Uma das pragas do Brazil foi introduzida por Oswaldo Cruz para controlar mosquitos, mas não se alimenta de mosquitos.
Introduções voluntárias “em massa”: clubes de aclimatização
Formação de sociedades de aclimitazação entre 1543 (Parque em Pisa, Itália) e 1930 (a sociedade de aclimitazação de Havaí), a partir de 1850. Transplantou centenas de plantas e animais entre os países da America do Norte, a Ásia Oriental, e Europa. Meta: a reconstrução de paisagens não europeus.
Podemos prever as causas do estabelecimento de uma
espécie invasora?
Infecções Emergentes: Vulnerabilidade, Comportamento e
Demografia Humana Mais pessoas, densidades maiores Mudança de comportamento sexual (HIV,
DST) Uso de drogas injetáveis (HIV, Hepatite C) Mudança de hábitos de alimentação: comem
mais afora, comem mais verduras (infecções alimentícias)
Mais populações com sistemas imunológicos fracos: idosos, HIV/AIDS, pacientes e sobreviventes de câncer, pessoas tomando antibióticos e outras drogas
Infecções Emergentes: Tecnologia e Industria
Infecções Emergentes: Tecnologia e Industria
Produção em massa de alimentos (Campylobacter, E.coli O157:H7, etc…)
Uso de antibióticos nos animais que produzem carnes (bactéria resistente a antibióticos)
Mais transplantes de órgãos e transfusões sanguíneas (Hepatite C, WNV,…)
Novas drogas para o homem (esticando a imunosupressão)
Infecções Emergentes: Tecnologia e Industria
Transplantes de Órgãos (rim, fígado, pâncreas, corazão, pulmão)
1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998
Pacientes em espera Transplantes Fonte: UNOS
70,000
60,000
50,000
40,000
30,000
20,000
10,000
0
Infecções Emergentes: Desenvolvimento econômico, Mudança dos
ecossistemas, Uso da terra
Mudanças ecológicas que influenciam a transmissão das doenças vinculadas a água ou vetores (repressas, desmatamento)
Contaminação de mananciais por gado e porcos (Cryptosporidium)
Maior exposição aos animais silvestres e vetores (febre maculosa, erliciose, babesiose, HPS,…)
Infecções Emergentes: Viagens e Comércio Internacional
As pessoas infectadas com uma doença exótica em qualquer parte do mundo podem entrar numa cidade grande no Brasil dentro de horas (SARS, VHF,…)
Alimentos de outros países importados diretamente no Brasil (Cyclospora,….)
Os vetores que pegam carona sobre outros produtos importados
Cyclospora
oocistos imaturos Fruta contaminada
10 µm
Infecções Emergentes: Mudança e Adaptação Microbial
Aumento da resistência aos antibióticos devido ao aumento de uso de antibióticos no homem e os animais que produzem carne (VRE, VRSA, Strepococcus pneumonia resistente a penicilina e macrolida, Salmonella resistente a várias drogas)
Aumento de virulência (Streptococcus grupo A?)
Espécies que pulam dos animais aos humanos (influenza aviaria, HIV?, SARS?)
0
5
10
15
20
25
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998
UTI
Não UTI
Infecções Emergentes de Enterococcus Resistente a
Vancomicina
% R
esist
ent
e
Infecções emergentes: Pobreza, Desigualdade Social, Mal Administração da Saúde Pública
Carência de infraestrutura básica de saneamento (água potável, alimentos seguros, etc..)
Falhas nos programas de vacinação (caxambu, difteria)
Descontinuação dos esforços de controle de mosquitos (dengue, malaria)
Carência de monitoramento e notificação (SARS)
Infecções Emergentes: Intenção de Danificar
Bioterrorismo: Antraz
Crimes biológicos: Salmonella, Shigella.
Agentes potenciais: varíola, toxina de botulismo, Peste, Tularemia, ….
2/17/2014 124
Esquema Invasões Bióticas
Inventário (onde as espécies exóticas vivem)
Monitoramento da população [Densidade] [Disseminação]
Monitoramento do impacto
Decisões de Manejo
A pressão de propágulos (invasão)
O sucesso da invasão aumenta com o número de propágulos presentes nas inoculas e com o número de inoculas.
Dawson 1984
0
20
40
60
80
100
2 3-10 11-50 51-200 201-500 501-1000 >1000
Number introduced
Succ
ess
(%
)
O efeito do tempo de retorno como um variável que confunde
As espécies introduzidas podem ficar em níveis populacionais baixos por muitos anos (0 para o molusco zebra, 80 para o fungo Entomophaga maimaiga) e depois explodir a uma data posterior geralmente seguindo o padrão logístico de crescimento (devido aos limites de detecção, o tempo de retorno normal do crescimento populacional, mudança ambiental, e mudança genética).
Fases de termo de retorno e logarítmica da disseminação de Opuntia aurantiaca, na África do Sul (Moran e Zimmerman 1991) 0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1900 1930 1960 1990
Years
Are
as
infe
sted,
thousa
nds
of
ha
Podemos prever o sucesso de uma espécie invasora?
Hipóteses do sucesso de espécies introduzidas:
Escape dos inimigos naturais
Soltura competitiva
Capacidade competitiva elevada
Pre-adaptação a ambientes perturbados
Teoria clássica: Hipótese do Escape dos Inimigos
O sucesso da invasora se deve a um ataque reduzido dos inimigos naturais (Torchin et al. 2003).
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
Species
Richness
Avg Prevalence Sum Prevalence Avg Prevalence
per species
Pa
rasite
re
lea
se
[(N
-1)/
N]
Teoria Clássica: diferenciação taxonômica
Ricciardi e Atkinson 2004
High-impact invaders Low-impact invaders
Shared Unshared Shared Unshared System genera genera genera genera P-value*
Laurentian Great Lakes 4 16 80 35 4E-06Hudson River 5 13 66 25 0.0005Chesapeake Bay 2 5 19 45 0.66Potomac River 2 7 34 23 0.04San Francisco Bay 1 11 44 96 0.08Port Phillip Bay 2 5 31 59 0.55New Zealand Coast 0 8 59 42 0.001
* P-values are from one-tailed Fisher Exact tests of null hypothesis that the proportion of unshared genera among high-impact invaders is no greater than that of low-impact invaders. The null hypothesis was rejected by a meta-analysis of the entire data set.
O impacto de uma espécie invasora deve ser maior em comunidades sem espécies similares.
Teoria clássica (Simberloff e von Holle 1999)
Invasora
Efeitos que reduzem os inimigos da invasoraou
aumentam seus recursos
Efeitos que beneficiam outra invasora (mais nutrientes, abrigos)
Facilitação Direita
Facilitação
Indireita
2/17/2014 133
Sistema de classificação de Reichard’
Empregou um modelo de analise discriminante para prever as plantas invasoras lenhosas = 86.2% de acerto
Resultados da árvore de decisão: Reichard, S.H. e C.W. Hamilton, 1997.
Predicting invasion of woody plants
introduced into North America.
Conservation Biol. 11:193-203.
Status de Entrada
Grupo atual Número
de
espécies
Aceita Rejeita Mais analise
Invasoras 204 3 174 27
Invasoras “pragas”
76 0 67 9
Não invasoras 87 40 16 31
Podemos prever as maneiras de invasão de uma
comunidade?
2/17/2014 135
Podemos prever as maneiras de invasão de uma
comunidade?
Hipóteses Gerais: Nicho vazio Escape de regulação biótica Diversidade de espécies (Elton,1958
versus Londsdale, 1999) Perturbação antes ou durante a
colonização
2/17/2014 136
Hipótese do Nicho Vazio
2/17/2014 Free PowerPoint Template from
www.brainybetty.com 137
Hipótese do Nicho Vazio
2/17/2014 Free PowerPoint Template from
www.brainybetty.com 138
Escape de regulação biótica
2/17/2014 Free PowerPoint Template from
www.brainybetty.com 139
Hipótese da Perturbação
Teoria clássica: diversidade de espécies
As comunidades ricas em espécies são mais resistentes a invasão (Elton 1958; MacArthur et. al. 1950s-1970s; Levine e D’Antonio 1999). Exceções: Lonsdale (1999), Stohlgren et al. (2003). Confirmações: Knops et al. (1999), Stachowicz et al. (1999), Kennedy et al. (2002), etc.
2/17/2014 Free PowerPoint Template from
www.brainybetty.com 141
Teoria clássica: diversidade de espécies
Exceções a regra de “espécie invasora”
Dominância de espécies exóticas em fragmentos de floresta pluvial em Havaí.
Melhoramento da qualidade de água favorece a invasão dos Grandes Lados pela lampreia, porque suas larvas são sensíveis a poluição.
Podemos prever os atributos que conferem sucesso a invasora e um habitat menos suscetível
a invasão?
Generalização sobre os atributos de espécies invasoras
Fecundidade elevada Tamanho corporal pequeno Reprodução vegetativa ou assexuada Diversidade genética elevada Plasticidade fenotípica elevada Amplitude geográfica de origem ampla Abundante na amplitude geográfica de
origem Tolerância fisiológica Generalista de habitat Comensalismo com o Homem Perda de inimigos naturais Erosão de diversidade após a invasão polifagia
Características de formigas invasoras
Dieta e necessidades de nidificação gerais Abundancia alta (em parte da introdução)
Tamanho corporal pequeno Muitas rainhas
Unicolonialidade Boa competidora
Escape dos inimigos naturais
Generalidades seriam boas! Tornaria a biologia de invasões mais previsível.
Generalização da invasão de habitats
Pareados climaticamente com áreas nativas
Habitats perturbados
Biodiversidade baixa
Ausência de predadores
Presença de nichos vazios
Conectividade baixa a rede trófica
Ricos em nutrientes (plantas)
Lesão principal: Kolar e Lodge (2001)
O resultado mais freqüente e forte desses estudos foi que o estabelecimento de sucesso foi relacionado positivamente a pressão de propágulos.
Esse resultado é obvio intuitivamente, mas a quantificação assume mais do que uma importância trivial para a prevenção de espécies exóticas.
A redução do número de indivíduos soltos e a freqüência de solturas reduzem a probabilidade de estabelecimento.
Prevenção
“Um pouco de prevenção rende muito!
Normas Legais
Leis fortes e fracas
Globalização e Legislação
Governo
Produtor
Processador
Empacotamento
Distribuidor
Comerciante
Marca
Responsabilidades
Leis “duras” ou “não negociáveis”
Os tratados globais e regionais que contemplam normas da introdução de espécies invasoras não nativas, que depois de sua homologação, os países precisam conformar sem negociação
O nível internacional: A Convenção da Diversidade Biológica (1996)
Artigo 8(h):
Nas áreas terrestres, aquáticas e marinhas, as partes que assinam, no possível e quando apropriado, devem “prever a introdução de, e controlar ou erradicar aquelas espécies exóticas de ameaçam os ecossistemas, habitats ou espécies”.
Leis “leves” e documentos técnicos
Enumeram as responsabilidades dos atores públicos e privados envolvidos com uma atividade e recomendam práticas e procedimentos para diminuir o risco de introduções.
“Falhas” nas leis e normas: o caso dos Grandes Lagos
Desde 1989, navios que declaram ter “balaustre” estão sujeitos a norma da “troca voluntário de balastro” Porem, aumentou o número de introduções.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1959 1964 1969 1974 1979 1984 1989 1994 1999
Year
Cum
ula
tive
num
ber
of
speci
es
O que fazer? Ação Legal
Aplicação de técnicas preventivas e de
precaução para todas as introduções de espécies exóticas: presumida culpada (Nova Zelândia) melhor do que presumida não culpada (Austrália e Brasil).
Criação de restrições gerais as introduções internacionais, sem a autorização de uma autoridade competente.
O que fazer? Ação Econômica
Repasse de recursos financeiros suficientes, implantação de medidas de controle (como a obrigação de seguro, multas cíveis, penas criminais e multas, autorizações e impostos corretivos), para inibir a introdução de espécies exóticas.
O que fazer? Ação Psicológica
Eliminação da demanda para espécies exóticas pela troca de interesse pública para espécies nativas.
Porém, no Brasil existem impedimentos legais!
O que fazer? Acordos Internacionais
Prove a cooperação e coordenação internacional. Desenvolvimento de uma rede acessível de informação.
O que fazer? Ação Cognitiva
Exigência de uma avaliação de risco antes da introdução (ecologia, doenças, genética, socioeconômico, espécies nativas) como pre-requisito mínimo.
Monitoramento após a introdução.
Identificação e controle dos caminhos de introduções acidentais.
O que fazer? Educação Ambiental
Realizando programas de educação ambiental.
Circulando informação quando comunicando com o publico e os governos.
O que fazer? Manejo
O Homem “sempre fará o certo – após de não ter outras possibilidades.“
Winston Churchill
A ciência necessária para uma ação rápida é mínima? Simberloff (2003)
Uma resposta rápida e barata, seja mecânica ou química ou ambas, freqüentemente resolve o problema no começo pela eliminação da invasora.
Os perigos de respostas lentas
Uma resposta lenta: Caulerpa taxifolia no mediterrâneo
1984/96 discussão dentro da academia sobre o mpacto e a origem de Caulerpa taxifolia
1984 Primeira detecção 1 m2
1989 1 ha
1990 3 ha
1991 31 ha
Em 1996, a erradicação não é possível
Uma resposta rápida: carpa (Cyprinus carpio) no sul da Espanha
O lago de Zóñar é: Um dos poucos lagos permanentes na região semi-arida O habitat invernal para mais de 5,000 aves aquáticas Incluído na Convenção Ramsar Declarado uma Reserva Natural pelo Parlamento Espanhol Designado pelo Comunidade Europeu como “Área especial de proteção de aves”
Rotenone
Dr. Carlos Fernández-Delgado, University of Córdoba, Spain Mr. Rafael Arenas González, Environmental Regional Agency, Junta de Andalucía, Spain Mr. Gunnar Persson, InterAgro AB, Sweden
17
1
16
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1980-84 1993 2006-2007
Sem carpa Sem Carpa Com carpa
Núm
ero
de g
êne
ros
Insetos aquáticos
Dentro de um ano sem carpa, a condição do lago mudou !!!
250
Grey Heron
Great Cormorant
Common Pochard
White-Headed Duck
0 50 50 100 150 100 150 200
NÚMERO DE INDIVÍDUOS
Sem carpa
(2007)
Com carpa
(2000-2002)
Mudanças da avifauna
As respostas podem não ser suficientes no tempo necessário. O
caso da Micronésia.
Década de 1930s: Lagarto grade (Megalania) foi introduzido para predar ratos:mas o lagarto é diurno e o rato é noturno, e os lagartos começaram comer galinhas.
1945: Bufo marinus foi introduzido como uma presa alternativa: o veneno matou os lagartos e a população de sapos explodiu. Depois gatos e cães foram mortos pelo veneno do sapo e o caramujo gigante da áfrica, Achatina (introduzido na década de 1940), explorou as carcaças e a população explodiu.
Nas décadas de 1970 e 1980: Lombrigas foram introduzidos para controlar o caramujo mas disseminaram rapidamente.
Borneo
Mosquitos Malaria
Lagartas
Telhadas
Vespas
O Crise de Gatos em Borneo
Controle de Mosca Domestica
Mosca Domestica
Lagartos
Gatos
Ratos
Crise do Besouro Minador de Folhas de Coco em Fiji
1850 a 1880 Introdução em fazendas
1880 a 1900 Cultivo intensivo e comercio
1900 a 1920 aumento gradual dos danos do besouro
1920 Surtos ameaçam a economia de Fiji
Comunidade Natural do Coco
Coco
Besouro: Ovo Larva Pupa Adulto
Formigas Acaro 1 Formigas Lagartos Aves
Acaro 2
Acaro 3
Acaro 4
Cultivo Intenso:
Coco
Besouro: Ovo Larva Pupa Adulto
Formigas Acaro 1 Formigas Lagartos Aves
Acaro 2
Acaro 3
Acaro 4 Acaro 5
Para respostas efetivas: a responsabilidade dos
cientistas
O papel dos pesquisadores
“A necessidade de mais pesquisas não deve ser usada como uma desculpa para não
fazer nada.” Simberloff 2003
O manejo de espécies exóticas invasores precisa uma ótica
hierárquica
1) Prevenção de novas introduções
2) Detecção precoce e resposta rápida
3) Erradicação da espécie exótica invasora é ainda possível
4) Quando a erradicação não é possível, controle por manutenção a um nível aceitável, se apropriado
Guiding Principles on IAS (Decision VI/23 on Alien Species that threaten ecosystems, habitats and species; COP-VI, The Hague, April 2002)
O que é gasto tem retorno monetário
Cada real gasto … … o controle da lampreia nos Grandes Lagos retorna $R
30.25 em ganhos reais na industria de pesca.
… a preservação de ecossistemas de várzea pela erradicação de plantas invasoras retorna $R 27.
… a prevenção da invasão de pragas de madeira de Sibéria retorna $R 1,661.
Erradicação pode fracassar
Nas águas doces de Europa: Nenhum caso da erradicação de invertebrados aquáticos ou espécies de plantas.
Erradicação da parasita do salmão, Gyrodactylus salaris, fracassou na Noruega (a pesar do gasto de 151,694 Euros).
Erradicação pode funcionar
Nas águas doces de Europa: Duas espécies de peixes (Pseudorasbora parva na Inglaterra e Cyprinus carpio na Espanha)
Castor canadensis na França
Ondatra zibethicus na Inglaterra.
Neovison vison na Ilha de Hiimaa, Estónia
…e Myocastor coypus na Inglaterra
Durou de 1981 a 1990 e precisou 24 caçadores usando 40 a 50 armadilhas por pessoa, em 10 a 15 barcos que resoltou na matança de 31,822 indivíduos (Gosling et al., 1981; Gosling e Baker, 1999).
Custos estimados eram de 5 milhões de €.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990
Fatores do sucesso 1) Recursos suficientes existiam por o tempo
necessário 2) Existia um apoio geral dos governos e do público 3) Dois invernos foram muito severos 4) As intervenções respeitaram a biologia da espécie
alvo 5) Existia uma interação constante entre cientistas e
governos
• Taxa elevada de crescimento populacional (estrategistas r) (reprodução precoce, número elevado de proles)
• Mobilidade alta
• Capacidade de tolerar o clima e os recursos
O que torna uma espécie uma boa invasora?
Controle nas fronteiras políticas para evitar a importação de produtos agrícolas ou outros produtos que podem esconder a espécie (Vigilância Agrícola) Quarentena As medidas de quarentena podem ser necessárias para limitar a disseminação de espécies introduzidas. Essas medidas geralmente incluem uma restrição do transporte de materiais que podem carregar a espécie de áreas infestadas a áreas livres de infestação.
Prevenção e tratamento de invasões
2/17/2014 186
Invasão de Espécies Exóticas depende de:
Poço de espécies disponíveis (pressão de propágulos) o Previsão de invasões novas (ornamentais) o Limiares dos propágulos
Potencial de dispersão (propriedades da espécie exótica) Habitat disponível (propriedade do ecossistema)
o Determinantes abióticos o Determinantes bióticos o Mudança do Habitat no tempo (ciclagem de nutrientes)
Aptidão relativo dentro do habitat (propriedades das espécies nativas e exóticas.)
Potencial adaptativo de cada espécie (propriedade da espécie exótica) o Variabilidade genotípica e plasticidade fenotípica
o Londsdale, 1999
Hospedeiros Susceptíveis
Avanços de Saúde Pública
Segurança Alimentar e de Ecossistemas
Comunicação Global
Patógenos
Globalização e Riscos
Consumidor
Litigação
Proteção de marcas
Comércio Global
Espécies Exóticas
As Espécies Exóticas e o Dilema de Nero
A árvore da vida
O Dilema de Nero
Na historia e
na ciência
O grande incêndio de Roma
No ano 64 AD, dois terços da Roma foi destruída por incêndio. Dez das quatorze distritos de Roma foram destruídos
A Culpa é de Nero!
O Imperador Nero Claudius Caesar (37-68) foi culpado para esse desastre. Tacitus, o aristocrático e historiador, afirmou que Nero observava a queima de Roma tocando sua harpa no topo de Palatino.
A Dilema de Nero na Conservação
Ao enfrentar a desintegração atual do “mundo natural”, existem penalidades severas ao “tocar” as idéias por tempo indeterminado – ou até Roma fica em cinzas. Os riscos de não fazer nada podem ser maiores de que ações não apropriadas. Melhor, as hipóteses “melhores” precisam ser escolhidas e implementadas (Soulé 1986).
Resumo e Moral da estória…
As invasões biológicas são importantes As invasões biológicas são fascinantes As invasões biológicas são pobremente
entendidas As invasões biológicas são sujeitas a muito
debate As invasões biológicas são manejadas de
forma não apropriada As invasões biológicas precisam uma ação
rápida balanceada e coordenada …
Globalização e Segurança Micro-organismos e comércio continuam evoluindo Comércio internacional:
– Consumidores querem conveniência, saudável, custo, e segurança
– Envelhecimento – Melhorias de saúde pública – Mais litigação
Por isso . . .
“…neste lugar precisa correr e correr para ficar no mesmo lugar.“
- Rainha Vermelha falando com Alice em Through the
Looking Glass
Prevenção de Infecções Emergentes Requer Ações de:
Vigilância, monitoramento e
respostas
Pesquisa aplicada
Infraestrutura e Treinamento
Prevenção e Controle
Prevenção de Infecções Emergentes
Vigilância, Monitoramento e
Respostas
Detectar, investigar, e monitorar os patógenos
emergentes, as doenças causadas por eles, e os
fatores que influenciam sua emergência, e
responder aos problemas uma vez identificados.
O dilema de Nero pode ser resolvido !!!
…principalmente com A ajuda dos cientistas.