Estrutura e Função da Medula Espinhal
Prof. Gerardo Cristino
Aula disponível em:
www.gerardocristino.com.br
FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL
Objetivos de Aprendizagem Medula Espinhal
Conhecer a anatomia macroscópica da medula e sua relação com a coluna vertebral
Conhecer a anatomia microscópica da medula, incluindo os componentes de substância cinzenta (colunas) e substância branca (funículos), e as diferenças entre os níveis cervical, torácico e lombar
Entender a função dos principais tractos e fascículos
Entender as síndromes medulares, decorrentes de lesões na medula
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Intumescências
Cervical
C5, C6, C7, C8, T1 – Plexo braquial
Lombar
L1, L2, L3, L4, L5, S1, S2 – Plexo lombossacro
Visão posterior da parte inferior da medula espinhal e da cauda eqüina, após a abertura da dura-máter Região inferior da medula espinhal e cauda eqüina
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Sulco mediano posterior
Fissura mediana anterior
Sulco lateral anterior
Sulco lateral posterior
Sulco intermédio posterior
Septo intermédio posterior
Corte transverso da parte lombar da medula espinhal, mostrando as raízes anterior e posterior de um nervo espinhal
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Substância cinzenta
Coluna anterior
Coluna posterior
Coluna lateral – torácica
Canal central da medula
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Substância branca
Funículo anterior
Funículo lateral
Funículo posterior
Fascículo grácil
Fascículo cuneiforme
Corte transverso da parte lombar da medula espinhal, mostrando as raízes anterior e posterior de um nervo espinhal
Cortes transversos da medula espinhal, em níveis diferentes, mostrando a disposição das substâncias cinzenta e branca
músculos do
diafragma
músculos
músculos
Corno cinzento posterior
Corno cinzento lateral
Coluna branca lateral
Corte transverso da medula espinhal, no nível do quinto segmento cervical, segundo segmento torácico, quarto segmento lombar e segundo segmento sacral (corante de Weigert)
Diferentes estágios no desenvolvimento da medula espinhal, mostrando as células da crista neural, que vão formar os primeiros neurônios aferentes da via sensorial
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Filamentos radiculares
Raízes
Ventral
Dorsal Gânglio Espinhal
Nervo espinhal
Ramo ventral
Ramo dorsal
Visão posterior da medula espinhal coberta pela dura-máter (DME). Os gânglios sensitivos (GS) localizam-se na emergência dos nervos espinhais.
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Nervos Espinhais
31 pares
8 cervicais
12 torácicos
5 lombares
5 sacrais
1 coccígeo
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Topografia Vertebromedular Cone medular
Adulto – L1 L2
3º mês de gestação – igual
Nascimento em L3
Processo espinhoso C2 a T10 = Adiciona-se 2 ao número do
processo espinhoso, obtém-se o número do segmento medular. Ex: PEC6 = SMC8
T11 a T12 = 5 segmentos medulares lombares
L1 = 5 segmentos medulares sacrais
A medula espinhal estende-se por todo o comprimento da coluna vertebral no feto (A). No adulto, termina no nível da borda inferior da primeira vértebra lombar (B). Medula espinhal e seus revestimentos no adulto (C).
Visão posterior da medula espinhal, mostrando as origens das raízes dos nervos espinhais e suas relações com as diversas vértebras (lâminas removidas à direita)
Corte sagital de três vértebras lombares, mostrando as relações entre o nervo espinhal emergente num forame intervertebral e o disco intervertebral
Visão oblíqua posterior da extremidade inferior da medula espinhal e da cauda eqüina (lâminas removidas à direita)
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Envoltório Dura-máter – Paquimeninge
Aracnóide
Pia-máter
Saco dural – S2
Filamento terminal – Pia-máter
Filamento da dura-máter espinhal
Ligamento coccígeo
Ligamento denticulado – Pia-máter
Leptomeninge
Estrutura da Medula Espinhal Anatomia Macroscópica
Envoltório
Espaço epidural
Plexo venoso vertebral interno
Gordura
Espaço subdural
Espaço subaracnóideo
Líquido Céfalo-Raquidiano (LCR)
Visão posterior da medula espinhal cervical alta após a abertura da dura-máter mostrando os ligamentos denticulados (pontas de setas)
Cone terminal e cauda eqüina dentro do canal vertebral (a). Alargamento da dura-máter em forma de funil, apresentando dois orifícios destinados às raízes anterior e posterior (b).
Estrutura e Função da Medula Anatomia Microscópica
Vias de associação
Vias de projeção
Ascendente
Descendente
A forma mais simples de organização das vias sensoriais ascendentes (à esquerda) e das vias motoras descendentes (à direita), mostrando os neurônios que as formam
Estrutura e Função da Medula Anatomia Microscópica
Substância Branca – Vias Ascendentes
Funículo anterior
Trato espinotalâmico anterior
Tato protopático e pressão
Cruza no segmento pela comissura anterior
Lemnisco espinhal
Trato espinotalâmico anterior
Trato espinotalâmico lateral
Tônus e postura Movimento e posição
Tato fino Vibração Posição Estereognosia
Tato grosseiro e pressão
Térmico e dolorosa
Vias proprioceptivas inconscientes Vias proprioceptivas conscientes Tratos espinotalâmicos
Estrutura e Função da Medula Anatomia Microscópica
Substância Branca – Vias Ascendentes
Funículo lateral
Trato espinotalâmico lateral
Térmica e dolorosa
Cruza no segmento pela comissura anterior
Trato espinocerebelar anterior
Propriocepção inconsciente – tônus e postura dos membros superiores e inferiores
Cruza a LM – ped. cerebelar superior, cruza – cerebelo
Trato espinocerebelar posterior
Propriocepção inconsciente – tônus e postura do tronco e membros inferiores
Ascende sem cruzar, ped. cerebelar inferior
Tônus e postura Movimento e posição
Tato fino Vibração Posição Estereognosia
Tato grosseiro e pressão
Térmico e dolorosa
Vias proprioceptivas inconscientes Vias proprioceptivas conscientes Tratos espinotalâmicos
Estrutura e Função da Medula Anatomia Microscópica
Substância Branca – Vias Ascendentes
Funículo posterior
Fascículo grácil (fibras sacrais, lombares e torácicas inferiores)
Fascículo cuneiforme (fibras torácicas superiores e cervicais)
Propriocepção consciente. Tato fino, vibratória, estereognosia
Cruza a LM nos tubérculos
Lemnisco Medial (fasc. grácil + cuneiforme)
Fascículo próprio – Vias associativas
Tônus e postura Movimento e posição
Tato fino Vibração Posição Estereognosia
Tato grosseiro e pressão
Térmico e dolorosa
Vias proprioceptivas inconscientes Vias proprioceptivas conscientes Tratos espinotalâmicos
Organização segmentar dos tratos nas colunas brancas posterior, lateral e anterior da medula espinhal
Corte transversal da medula, mostrando a topografia das vias ascendentes e descendentes e a disposição somatotópica das respectivas fibras
Organização segmentar dos tratos nas colunas brancas posterior, lateral e anterior da medula espinhal
Corte transversal da medula, mostrando a topografia das vias ascendentes e descendentes e a disposição somatotópica das respectivas fibras
Reflexo patelar. O arco reflexo monossináptico estabelece também conexões aferentes sensoriais tálamo-corticais (percepção consciente da percussão patelar). Igualmente, o mesmo reflexo pode sofrer influências supra-espinhais através do trato corticoespinhal e do sistema motor gama.
O arco reflexo monossináptico (A) e os diversos neurônios que fazem sinapses com o neurônio motor inferior (B)
Estrutura e Função da Medula Anatomia Microscópica
Substância cinzenta
Coluna anterior
Coluna posterior
Coluna lateral – torácica
Neurônios pré-ganglionares simpáticos
Estrutura e Função da Medula Anatomia Microscópica
Substância cinzenta
Lâminas de Rexed (I-X)
I a IV: fibras exteroceptivas
V e VI: fibras proprioceptivas
VII: interneurônios
VIII: fibras vestíbulo-espinhais e retículo-espinhais
IX: fibras motoras
X: fibras sensitivas
Somatotopia da coluna anterior da medula espinhal cervical
Somatotopia da coluna anterior da medula espinhal lombar
Estrutura e Função da Medula Aplicação Clínica
Tumor Trauma
Choque medular Síndrome Brown-Séquard
Siringomielia Lesão do neurônio motor inferior Lesão do funículo posterior
Sinal de Romberg Tabes dorsalis
Doença isquêmica medular Tratamento cirúrgico para dor
Síndrome de Brown-Séquard, com lesão medular no nível do décimo segmento direito
Lesão neste lado
Perda total de todas as sensações – paralisia hipotônica
Perda da discriminação tátil, das sensações vibratória e proprioceptiva – paralisia espástica
Perda das sensações de dor e de temperatura, comprometimento da sensibilidade tátil
Protrusão do disco intervertebral entre a quarta e quinta vértebras lombares em sentido póstero-lateral (lesão da quinta raiz lombar) (à esquerda) e na linha mediana (compressão da cauda eqüina) (à direita)
A herniação lateral do disco L4-L5 afeta o 5º nervo espinhal lombar. A herniação do disco L5-S1 afeta o 1º
nervo espinhal sacral.
A herniação medial do disco L4-L5 raramente afeta o 4º nervo espinhal lombar, mas pode afetar o 5º nervo espinhal lombar e, às vezes, do 1º ao
4º nervos espinhais sacrais.