Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
ESTUDO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL DO SECTOR
DO TURISMO
2017
Governo Provincial de LuandaAdministração Municipal de Cacuaco
Financiado pela União Europeia
MUNICÍPIO DO CACUACO
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
ÍNDICE
1. Introdução ...........................................................................................................................1
1.1. Ficha Técnica ...............................................................................................................2
1.2. Sumário executivo ......................................................................................................3
1.3. Metodologia do estudo ..............................................................................................4
1.4. Enquadramento jurídico do estudo ......................................................................5
1.5. Constrangimentos ......................................................................................................6
2. Caracterização do Sector do Turismo em Angola ..............................................7
2.1. Caracterização da Província “Luanda” ................................................................9
2.2. O Município de Cacuaco ..........................................................................................1
3. Inventário dos recursos turísticas existentes no Município ............................1
4. Análise da Matriz SWOT do Município de Cacuaco...........................................1
4.1. Recursos Turísticos Naturais .................................................................................5
4.2. Recursos Turísticos Culturais................................................................................8
4.3. Recursos Turísticos Religiosos .............................................................................12
4.4. Eventos & Desporto .................................................................................................15
4.5. Calendário de Eventos do Município de Cacuaco ..........................................15
4.6. Análise SWOT dos Recursos Turísticos ............................................................17
5. Oferta Turística ...............................................................................................................20
5.1. Unidades de Alojamento ........................................................................................21
5.2. Estabelecimentos de alimentação e bebidas – F&B .............................................22
5.2. Oferta............................................................................................................................25
5.2.1. Postos de trabalho ligados ao sector do turismo ...................................26
5.3. Procura turística .......................................................................................................26
5.3.1. Número de turistas que entram no Município .......................................27
5.3.2. Origem dos turistas .........................................................................................27
5.3.3. Motivação das viagens turísticas ................................................................27
6. Serviços Públicos e Privados de apoio ao sector do turismo ......................27
6.1. Abastecimento de Águas ........................................................................................28
6.2. Fornecimento de Energia .......................................................................................28
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6.3. Saneamento ...............................................................................................................28
6.4. Transportes ................................................................................................................29
6.5. Saúde ...........................................................................................................................29
6.6. Segurança ...................................................................................................................30
6.7. Comunicação .............................................................................................................30
6.8. Mercados formais e informais ..............................................................................31
6.9. Artesanato...................................................................................................................32
7.1. Uso do solo .................................................................................................................33
7.2. Uso dos espaços ........................................................................................................34
8. Recomendações ..............................................................................................................35
9. Considerações Finais ....................................................................................................37
Bibliografia ....................................................................................................................................39
Anexos ...............................................................................................................................................0
Este projecto é implementado pelo FAS e a FIIAPP. A visão expressa nesta publicação não reflete necessariamente a visão da Comissão
Europeia.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
Índice de ilustrações
Quadro 1. Inquérito e Entrevista ..............................................................................................5
Quadro 2. Calendário de eventos do Município .................................................................15
Quadro 3. Unidades de alojamento ........................................................................................21
Quadro 4. F&B ..............................................................................................................................23
Quadro 5. Rede sanitária pública ...........................................................................................30
Quadro 6. Serviços privados de comunicação ....................................................................31
Quadro 7. Mercados formais e informais .............................................................................32
Quadro 8. Artesanato .................................................................................................................32
Tabela 1. Análise SWOT do Município ....................................................................................4
Tabela 2. Matriz SWOT- Recursos Turísticos Naturais ...................................................17
Tabela 3. Matriz SWOT- Recursos Turísticos Culturais ..................................................18
Tabela 4.Matriz SWOT- Recursos Turísticos Religiosos ..................................................19
Tabela 5.Matriz SWOT- Eventos & Desporto ......................................................................20
Gráfico 1. Oferta ...........................................................................................................................25
Gráfico 2. Postos de trabalho ligados ao sector do turismo ...........................................26
Fluxograma 1. Motivação das viagens turísticas ...............................................................27
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
Lista das abreviaturas
ANGOMENHA – Associação dos Vendedores de Água
ED – Eixos de Desenvolvimento
ENDE – Empresa Nacional de Distribuição Energia
EPAL – Empresa de Pública de Águas de Luanda
F & B – Food and Beverage “Alimentação e Bebidas
ICRT – Inventário e Cadastro de Recursos Turísticos
IRT – Inventário dos Recursos Turísticos
INFOTUR – Instituto de Fomento Turístico de Angola
MINHOTUR – Ministério da Hotelaria Turismo
OMT – Organização Mundial do Turismo
On Job – No trabalho, durante o trabalho
PDT – Plano Director do Turismo
PGT – Programa Global do Turismo
PMO – Program Management Office
PN – Plano Nacional
PT´s – Postos de Transformação
RT – Recursos Turísticos
SWOT – Strengths “Forças” Weaknesses “Fraquezas” Opportunities
“Oportunidades” Threats “Ameaças”
TCUL – Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda
UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa
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1. Introdução
O turismo é uma prática social, que vem mudando de sentido ao longo da história e cada nova definição consiste em nova tentativa de se conceituar algo que tem, reconhecidamente, uma dinâmica inquestionável. É importante lembrar que, toda definição de conceito é sempre carregada de ideologia e exprime, portanto, alguma forma particular de se ver o mundo, por parte daqueles que criam essas definições.
Entre as inúmeras definições de turismo, há que se destacar aquela adotada pela Organização Mundial de Turismo (OMT). Segundo a OMT, o turismo é uma
modalidade de deslocamento espacial, que envolve a utilização de algum meio de transporte e ao menos uma pernoite no destino; esse deslocamento pode ser motivado pelas mais diversas razões, como lazer, negócios, congressos, saúde e outros motivos, desde que não correspondam a formas de remuneração direta.
Todo tipo de viagem é considerada, hoje, turismo, independentemente da motivação do deslocamento. O que a OMT sugere com sua definição de turismo é que viagem e turismo são hoje sinônimos. Não se pode negligenciar o fato, entretanto, de que abarcar todo tipo de viagem como turística, a definição oficial de turismo conduz, entre outras coisas, à exacerbação das estatísticas.
Por ser uma prática social, o turismo é fortemente determinado pela cultura, mas as suas especificações e denominações vão muito além da cultura, passando pelas suas denominações e especificações técnicas.
Palavras-chaves:
Sector do Turismo;
Planeamento e Desenvolvimento local.
“ Turismo é uma universidade em que o aluno nunca se gradua, é um tempo onde
o suplicante cultural nunca vislumbra a imagem da sua veneração, é uma viagem
com o destino sem frente, mas jamais atingidos. Haverá sempre discípulos, sempre
contempladores, sempre errantes e aventureiros”
Lord Curzon (1859-1925)
Governador-geral da India
Beni, 1998)
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1.1. Ficha Técnica
Titulo: Estudo do Sector do Turismo
Organização e coordenação: Ministério da Administração do Território e
Reforma do Estado e Fundo de Apoio Social – FAS
Financiador: União Europeia
Coordenação Institucional:
Santinho Figueira – Director Geral do – FAS
Helena Farinha – Directora Adjunta do – FAS
Daniel Miji – FAS
Consultora Individual:
Alexandrina Raquel Garrido da Cunha
Gestão e Colaboração Municipal:
Ana da Assunção Machado – FAS Cacuaco
Gestão e colaboração da Administração Municipal de Cacuaco:
Valter Amorim – Administrador Municipal Adjunto p/ área Financeira e
Orçamental;
Lourença Ricardo – Directora do Gabinete de Estatística e Planeamento
“GEPE”;
Henrique Manuel Neves – Director do Comércio Hotelaria e Turismo.
Equipa Técnica:
Lizandra Merícia dos Santos Barros Tomaz – Assessora;
Evandra Emanuela da Cunha de Sousa e Almeida Clington – Técnica.
Apoios:
Pedro Agostinho Delgado;
Eng.º Cristóvão Munrluku da Goga.
Ano: 2017
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1.2. Sumário executivo
O presente estudo visa fazer uma análise minuciosa do turismo no Município de
Cacuaco, localizado na província de Luanda. Este estudo é financiado pela U.E,
no âmbito do Programa de Desenvolvimento Local – PDL, realizado pelo Fundo de
Apoio Social – FAS. Tutelado pelo Ministério da Administração do Território.
Neste estudo houve a participação da Administração Municipal e os Directores
de algumas áreas, nomeadamente; GEPE, Turismo cultura e desportos,
Agricultura e Transportes, e foi feito um levantamento de dados e as visitas de
campo onde se constatou a existência de alguns atrativos turísticos no respectivo
Município. Estes atrativos demonstraram ser um garante de preferência por
parte dos visitantes, contudo é necessário que se encontre a “chave” para activar
os estes recursos, de modo a definir produtos turísticos e, por consequência,
elevar o Município no quadro das opções turísticas nacionais e Qui ça
internacionais, contribuindo deste modo para incrementar o desenvolvimento
local e garantir a melhoria da qualidade de vida das populações. Caracterizando o
Turismo por sua transversalidade social, suscetível de gerar impactos
socioeconómicos, demográficos, físicos, ambientais e culturais significativos,
julgamos que o Município de Cacuaco poderá encontrar neste sector, a alavanca
para o seu desenvolvimento sustentável, contribuindo para a sua revitalização
económica e para a preservação do seu património natural e cultural, material e
imaterial.
O desenvolvimento do turismo no Município de Cacuaco contribuirá para o
combate a pobreza, gerando empregos e deste modo melhor a qualidade de vida
dos munícipes, através de um desenvolvimento sustentável, contribuindo para a
sua revitalização económica e para a preservação do seu património material e
imaterial.
Apresentou-se analises Swot’s, do Município de Cacuaco, dos Recursos
Turísticos, a quantificação da Oferta existente, como forma de definir os pontos
fortes e fracos tendo em conta os factores internos e identificar as oportunidades
de investimento, apontar as ameaças com vista a investir no aproveitamento
destes recursos, focados numa lógica de desenvolvimento integrado.
Conclui-se o estudo apontando as recomendações e considerações finais para que
se possa então traçar uma linha de acção para projectos de desenvolvimento
turístico local.
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1.3. Metodologia do estudo
O estudo do Sector do turismo do município de Cacuaco assente na seguinte
metodologia:
Pesquisa documental;
Visitas ao município;
Entrevistas exploratórias;
Inquéritos;
Entrevistas aos munícipes;
Análise de dados;
Conclusões;
Elaboração do relatório final
A análise dos dados quantitativos ou análise dos conteúdos, foi a técnica utilizada
para tratamento da informação recolhida nas entrevistas e nos inquéritos
realizados a entidades relacionadas directa ou indirectamente com a área do
turismo do Município de Cacuaco.
A análise de dados qualitativos assenta em cinco etapas a saber:
1. A preparação da informação;
2. A transformação dos conteúdos em unidades;
3. A classificação das unidades em categorias;
4. A descrição de cada produto turístico;
5. Interpretação espelhadas nas análises Swot´s.
Os inquéritos aplicados são do tipo misto, apresentando questões de respostas
abertas e fechadas.
A escala utilizada é a de Likert. A escala Likert ou escala de Likert é um tipo de
escala de resposta psicométrica usada habitualmente em questionários, e é a
escala mais usada em pesquisas de opinião. Ao responderem a um questionário
baseado nesta escala, os perguntados especificam seu nível de concordância com
uma afirmação. Esta escala tem seu nome devido à publicação de um relatório
explicando seu uso por Rensis Likert.
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Quadro 1. Inquérito e Entrevista
Nº Administração Municipal
Unidades Hoteleiras
Restaurantes e
Similares
Outros
1º Directora do GEPE Hotel IBIS Organizações Kilapi
Marco Histórico de Kifangondo
2º Director do Turismo Cultura e Desporto
Residencial Os Dembos
Cabeça do Comboio
Moradores
3º Director da Agricultura
Hospedaria Ermelta
Oklane Visitantes
4º Director dos Transportes
Hospedaria Guifon
Chemba Estudantes
5º Director da Saúde Roseira Lda. Delícias de Cacuaco
Crentes Católicos
6º Lança Flor Lda.
Lanchonete Juliana
7º Praia da Nicha
Chemba
8º Hospedaria Tuana Miguel
Delícias de Cacuaco
9º Hospedaria Nina Banza do Zulo
10º Pensão refugio de Kifangondo
Restaurante Flor de Cacuaco
11º Pensão Zamba Cantinho da Cláudia de
Deus
12º Pensão Aveirinha
Kussumba
Foram entrevistados 50 Moradores de Cacuaco e 30 visitantes, a maioria
apresentou uma forte motivação pelo turismo de sol & praia, optando por esta
actividade nos momentos de lazer na praia sede do Município.
Inquéritos foram feitos a 20 estudantes que demonstraram bastante interesse no
turismo histórico-cultural do Município, mais precisamente no Marco Histórico
de Kifangondo, pela veracidade da história e da importância que esta teve para o
país.
Foram entrevistadas 10 crentes católicos, nas igrejas de São João Baptista e
Santo António de Kifangondo. Notou-se uma forte tendência para a prática do
turismo religioso em Cacuaco.
1.4. Enquadramento jurídico do estudo
O desenvolvimento da actividade turística em Angola está perfeitamente espelhado na legislação elaborada pelo sector para alavancar a actividade turística e hoteleira em todo País, podendo essas actividades ser programadas e
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realizadas a nível central (MINHOTUR, INFOTUR), a nível provincial (Governo da Província) ou nível local (Administrações Municipais). Para o presente estudo tivemos como base a Resolução Nº7/97 de 20 de Juho de 2006 que aprova a Política Nacional do Turismo. Nele estão definidas as linhas mestras de orientação programática de toda a actividade do sector. Este documento permitiu-nos desenvolver o trabalho e tecer as recomendações importantes que achamos pertinentes para o estudo. A Resolução Nº9/97 de 27 de Junho, aprova a Estratégia da Indústria Hoteleira e Turística, e define as prioridades do sector, dando caminho a elaboração e aprovação pela Comissão Permanente do Conselho de Ministros do PDT 2011-2020. O PDT baseou-se no clima ameno, na juventude do povo e nas tradições
para definir como tipos de turismo prioritários a desenvolver em Angola, o turismo recreativo, o turismo cultural e o de Natureza, todos bem espelhados no presente estudo. O Decreto-Lei Nº06/97 de 15 de Agosto, estabelece as normas respeitantes ao aproveitamento dos R.T do país e ao exercício da Indústria Hoteleira e Similar, documento este que nos deu as diretrizes para a elaboração do I.R.T do Município. O Decreto Presidencial Nº 36/16 de 15 de Fevereiro, aprova o regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos, documento este que permitiu a elaboração do capítulo referente a oferta e a procura turística no Município. O Decreto Executivo Conjunto Nº23/15 de 23 de Janeiro, que passa o licenciamento dos serviços análogos aos dos estabelecimentos hoteleiros para as Administrações Municipais, ficando então de responsabilidade destes o licenciamento de botequins, roulottes e caravanas. Cacuaco possui uma vasta gama destes equipamentos, pelo que, este decreto serviu para classifica-los e enquadra-los no estudo. Por fim, a Lei Nº 9/15 de 15 de Junho, cria a Lei do Turismo. Esta Lei estabelece o quadro geral de suporte a organização, monitorização, promoção e fomento da actividade, e tem como princípios gerais o da sustentabilidade, transversalidade e competitividade focados no estudo, onde no qual, define a
Administração Municipal como um agente público. 1.5. Constrangimentos
Foram apontados como constrangimentos, questões de ordem administrativa e
técnica.
Administrativamente os constrangimentos estiveram focados na realização dos
trabalhos eleitorais, notando-se algumas impossibilidades de encontros na
administração local e no grande atraso do pagamento inicial (23 de Agosto).
Por outro lado, de ordem técnica, o não funcionamento do sistema de localização
geográfica do Município de Cacuaco dificultou a elaboração dos mapas exigidos
pelo estudo.
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2. Caracterização do Sector do Turismo em Angola
O Ministério da Hotelaria e Turismo é o Departamento Ministerial que tem por
missão propor a formulação, condução, fiscalização, avaliação e execução das
políticas do Governo, nos domínios do sector. O MINHOTUR é dirigido
superiormente por uma Ministra, que toda a sua actividade e funcionamento,
sendo coadjuvada pelo Secretário de Estado.
O Ministério assegura, sob responsabilidade própria, a execução das políticas e
programas definidos para o respectivo órgão e tomada de decisões necessárias
para tal fim, nos termos da Constituição da República.
O Turismo em Angola, a par da agricultura, pescas e transportes, faz parte da
política e da economia, e desta forma deverá ser acionado em duas frentes:
1. De caracter imediato, na condição de provedor de infraestruturas de
suporte a actividade económica, em resultado do facto do país ser
importador líquido de mão-de-obra qualificada e apresentar problemas no
mercado habitacional.
2. De carácter menos imediato, na reestruturação eficiente dos recursos que
integram o património turístico nacional, com orientação sustentável e
ênfase na geração de emprego e de rendimento.
O Sector do Turismo em Angola consta do Plano Nacional 2011/2012,
aprovado pelo Governo Angolano, tendo como responsável pela sua elaboração o
Ministério do Planeamento, após recolha de todas a s contribuições de diferentes
departamentos ministeriais. O objectivo era promover o desenvolvimento
sustentável do Sector Hoteleiro e Turístico, valorizando os recursos naturais, a
cultura, o património histórico e arquitetónico, e contribuindo par o
desenvolvimento socioeconómico.
Como prioridades podem destacar-se:
I. A elaboração de planos territoriais e de ordenamento turístico para as
províncias;
II. Revisão da legislação vigente e criação de legislação complementar;
III. Criação de um plano estratégico de Marketing e Promoção para o turismo
de Angola;
IV. Sensibilização da população para o turismo receptivo.
O Programa Global do Turismo, (PGT) 2011/2020 consta do Plano Director do
Turismo (PDT), aprovado pelo Governo de Angola em 2011, e compreende três
fases:
1º Fase: Turismo Interno; 2º Fase: Turismo Regional; 3º Fase: Integração Internacional.
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O Planeamento e Gestão do Turismo angolano reger-se-á pelo Program
Management Office (PMO) e pela definição de Eixos de Desenvolvimento (ED). O
PMO, como gestão institucional, procurará:
1º Desenvolver as estatísticas e o estudo do turismo; 2º Implementar o quadro legal do sector; 3º Atrair investimento e financiamento para o turismo; 4º Promover a descentralização do turismo; 5º Alinhar acções Inter ministeriais de apoio ao turismo; 6º As competências do MINHOTUR; 7º Reforçar competências dos Governos Provinciais;
8º Gerir o cadastro e inventário dos recursos turísticos; 9º Desenvolver o ordenamento do turístico;
10º Potenciar a actividade do INFOTUR; 11º Desenvolver as relações internacionais; 12º Avaliar a concretização e monotorização do PDT.
Angola tomou consciência da importância do turismo como suporte ao
desenvolvimento do país e da comunidade local, pois tem vindo a encarar a
actividade e a sua transversalidade, como uma das mais complexas cadeias de
valor da economia do país. Dadas as características, dimensão, juventude da sua
população e as oportunidades de investimento que tem surgido, o turismo deve
ser visto como o sector mais promissor da economia angolana, apostando-se no
que de facto é único no país:
Os seus atrativos ou recursos naturais;
As suas gentes;
A sua cultura; A sua história;
As suas tradições;
A gastronomia;
O seu património.
O turismo de Angola deve marcar a sua posição e ser capaz de sensibilizar as
populações, promover a mobilidade interna, o investimento, e contribuir para a
consolidação do país enquanto destino turístico de futuro.
A Administração Municipal do Cacuaco responde pelo sector do turismo por via
da Direcção da Cultura, Juventude e Desportos, que congrega:
1- Chefe de Repartição da Cultura, Arte e Património Histórico; 1- Chefe de Repartição do Turismo; 1- Chefe de Repartição da Juventude; 1- Chefe de Repartição do Desenvolvimento Desportivo.
A Direcção da Cultura, Juventude e Desportos compete:
1- Assegurar a execução das actividades, programas, projectos e medidas politicas, no domínio do turismo;
2- Promover e apoiar as empresas e actividades económicas ligadas ao sector do turismo;
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3- Executar tarefas relacionadas com o licenciamento do exercício das actividades turísticas.
2.1. Caracterização da Província “Luanda”
A Província de Luanda é a capital de Angola, está localizada na costa do Oceano
Atlântico e possui 18.826 km2, na nova Divisão Administrativa, Luanda ficou
dividida em 9 Municípios e 41 distritos urbanos e 14 comunas, nomeadamente.
Foto nº 1
1. Cazenga; 2. Belas; 3. Cacuaco; 4. Icolo e Bengo; 5. Quiçama; 6. Viana 7. Luanda 8. Talatona 9. Kilamba Kiaxi
Fonte: UCCLA – União das cidades capitais de Língua Portuguesa
Foi fundada a 25 de Janeiro de 1576, e conta com uma população de
aproximadamente 8,3 milhões de habitantes. Neste momento, a população é
considerada heterogénea, devido ao êxodo populacional que se verificou devido a
última guerra civil, mas é composta na sua maioria pelos ambundos, podendo
encontrar-se também os ovimbundos e os bacongos.
A província conta com o mais belo cartão postal de Angola “a marginal de
Luanda”, onde podemos apreciar o lindo contraste entre a beleza natural da Baía
e os edifícios que se encontram ao seu redor.
Também é detentora de uma Ilha de areias brancas embelezada com coqueiros, e
se pode encontrar em toda a sua extensão uma gama variada de hotéis e
restaurantes oferecendo a culinária típica e internacional.
Devidos as mais de dez praias espalhadas por quase toda a província, propicias
para o banho de sol, mar e para a prática de desportos náuticos, o principal tipo
de Turismo a se desenvolver é o recreativo, e devido aos grandes centros de
convenções e hotéis, o turismo de negócios. Luanda, segundo o último Anuário
Estatístico elaborado pelo MINHOTUR (2014) é a província com a maior rede
hoteleira do país com 544 estabelecimentos de alojamento e 1. 531, de alimentos
e bebidas.
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2.2. O Município de Cacuaco
O Município de Cacuaco foi fundado a 21 de Junho de 1940, e conta com uma
população de 1.070.147 habitantes (dados obtidos pelo INE, em Setembro de
2016) e é constituída maioritariamente por comunidades étnicas Kimbundu,
Ovimbundos e Bacongos. Localizado no Norte da província o Município tem 326
Km2. É atravessado pelo Rio Bengo e tem:
Quatro Distritos Urbanos; 1. Cacuaco, 2. Kicolo,
3. Mulenvos de Baixo,
4. Sequele,
Uma Comuna 1. Funda.
Mapa nº 1.
Fonte: Eng. Cristovão Goga
O mesmo faz fronteira a Norte com o Município do Dande, Província do Bengo, a Este com o Município do Icolo e Bengo, a Sul com o Município de Luanda e a Oeste com o Oceano Atlântico e os Municípios de Luanda e Cazenga. É um Município tradicionalmente piscatório, pois beneficia do Oceano Atlântico, e do rio Bengo.
Cacuaco é um nome de origem Kimbundu, que provem de uma palavra Bwakwaku de Lukwacu que significa mão. No século XVI, o Rei Ngola Kiluanje, teve de abandonar o reino, tendo feito a sua primeira paragem para descansar na atual região São Pedro da Barra e a segunda paragem na região da Mulemba. Existem duas fontes, a primeira defende que o rei havia encontrado a Mulemba onde encostou-se para descansar e ao levantar-se ao mesmo tempo a Mulemba cresceu. A segunda diz que o rei havia plantado a Mulemba, então chamou o lugar como Mulemba-Wa-xangola. O rei continuou a viagem com a caravana em direcção ao norte, chegaram a um lugar por onde havia um riacho (hoje chamado de Salinas junto ao mar), o rei comunicou a caravana para a terceira paragem
“tó-ndo-kwaka”, que quer dizer parar (na língua Kimbundu). A segunda fonte diz, que depois do almoço, na caravana havia um elemento que estava doente com o braço inchado, que foi ter com o rei, expressando-se em língua local Kimbundu “Ngana-lukwaku-dyame-diaximbi”, (Senhor o meu braço está inchado). Em resposta o rei Ngola Kiluanje disse: “se-watene-uya; se kwatene-uxala”. Quer dizer não tenho medicamento para curar o braço, se poderes seguir vai, se não então fica! Das expressões “to-ndo-kwaka” (parar) e “lukwako-diaximbi” (o braço inchado), surgiu a palavra “Bwakwako”. A partir daí, o local ficou a ser chamado pelo nome de Bwakwaku. Pela influência do português, o nome Bwakwako sofreu a alteração para Cacuaco, designação que existe até aos dias de hoje.
Em de Julho de 1936, Cacuaco foi elevado a categoria de vila. Actualmente tornou-se uma boa referência para o desenvolvimento do turismo tendo em conta a sua localização, a apenas 18 km do centro de Luanda.
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3. Inventário dos recursos turísticas existentes no Município
O inventario turístico é um documento elaborado com o intuito de identificar atrativos, tais como:
Recursos;
Meios de acesso;
Infra estruturas de serviço. Este inventario serve para ser utilizado não só pelo poder público fim de obter subsídios no planeamento do desenvolvimento turístico sustentável mas também pelos potênciais turistas, aquando da busca de informações sobre o Município.
O processo de inventariação possibilita o levantamento de diversos elementos, tais como:
Atrativos existentes na região (naturais, culturais, patrimoniais, históricos, eventos, actividades artisticas, etc.);
Infra estruturas de apoio;
Entidades tutelares e gestoras dos recursos.
A inventariação dos recursos turísticos constitui um instrumento importante a
nível da gestão para determinar quem será o consumidor final (o turista). Assim
sendo, Cacuaco conta com os seguintes recursos turísticos:
1. Praia Sede 2. Boca do Rio 3. Igreja de São João Baptista 4. Igreja de Santo António de Kifangondo 5. Marco Histórico de Kifangondo 6. Busto de António Moreira 7. Praça do Artesanato 8. Albergaria dos antigos Caminhos-de-ferro.
Conhecer a realidade do Município de Cacuaco, permitiu identificar e inventariar o que existe de recursos turístico, podendo contribuir para a sua valorização enquanto território turístico, integrando o turismo de sol e mar com o turismo
histórico-cultural o turismo religioso e o turismo de eventos.
4. Análise da Matriz SWOT do Município de Cacuaco
Durante as visitas de campo efectuadas no Município de Cacuaco, observou-se alguns eixos temáticos sugestivos para o desenvolvimento da actividade turística entendendo, serem indispensáveis para esta actividade, pesa embora haja muito a ser feito para que se efective o turismo na localidade e alcance a melhoria da qualidade de vida dos munícipes. A partir deste panorama, buscou-se aplicar a SWOT, utilizando quadros específicos para cada eixo com o intuito de elucidar uma correcta aplicação desta
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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ferramenta a analise espelha a situação actual do turismo e de outros sectores interagem com o turismo. O Município de Cacuaco tem algumas potencialidades turísticas naturais, históricos culturais, religiosas, de eventos e desportivas, capazes de desencadear um desenvolvimento turístico sustentável, capaz de satisfazer as necessidades e anseios dos turistas, dos munícipes e dos Players do sector. No que se refere as potencialidades naturais para o desenvolvimento do turismo, Cacuaco deve se focar na praia sede e a boca do riso, que actualmete se encontra em mau estado de conservação e com um elevado grau de poluição, esta é considerada uma Zona Potencialmente Turística devido a sua localização e extensão, muito embora seja uma zona costeira baixa e por este motivo desaguam
todo o tipo de lixo vindo da costa litoral do país, sendo considerado uma ameaça para o desenvolvimento do turismo. Na praia sede há diversos estabelecimentos de restauração com serviços razoáveis que poderão ser melhorados com formação aos profissionais do sector ou aos gestores dos estabelecimentos. Assim sendo há uma grande oportunidade neste investimento para o turismo local. As crenças religiosas e as necessidades espirituais podem ser uma forte motivação para o desenvolvimento turístico religioso no Município, uma vez que foram identificadas estas actividades em determinadas alturas do ano, movimentando um número considerável de pessoas. Tais movimentos foram classificados com o pontos fortes para o desenvolvimento do turismo, assim sendo será importante investir neste eixo. Para que se faça um estudo de desenvolvimento realista que satisfaça os anseios e desejos da população deste Município, foram feitos levantamentos de informações relevantes importantes para que o estudo fosse realista e fidedigno, com vista a satisfazer as necessidades de todos os intervenientes no processo de desenvolvimento turístico do Município de Cacuaco, estes levantamentos estiveram centrados em questões socioeconómicas demográficas, infraestruturais, sanitárias, populacionais e nos em zonas potencialmente turísticas, não descurando da localização, população, o emprego de Cacuaco. O potencial turístico principal do Município de Cacuaco é o turismo de eventos e o religioso, sendo que já existe um calendário de eventos anual, que agora conta com alguns torneios desportivos e que apontam para um eixo que poderá
ser desenvolvido. Propenso ao desenvolvimento encontra-se o turismo de sol & mar pois notou-se que a população local tem grande apetência para a utilização da praia sede para os momentos de lazer. Mas será necessário resolver a questão da poluição da zona costeira junto as entidades competentes para o efeito. O turismo cultural do Município foca-se no Marco Histórico de Kifangondo que detém a história da grande Batalha de Kifangondo que levou a Libertação Nacional do colonialismo Português, sendo de um ponto de grande atração histórico-cultural. O Município apresenta uma vasta oferta de alojamento mas, a sua maioria são considerados de categoria, sendo de pouca valia para um turismo de qualidade que se pretende desenvolver, há apenas um hotel de três estrelas e um Aldeamento turístico. A procura turística é muito baixa ou seja quase nula.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
3
A nível da qualificação profissional, o sector apresenta uma deficiência considerável, sendo que os funcionários empregados em estabelecimentos hoteleiros e similares não têm formação profissional no ramo. Município mostra um local com potencialidade para o turismo de eventos e desportos, pois há grande fluxo de visitantes, passantes e turistas nas datas de realização das feiras, festivais e torneios desportivos. O turismo religioso é tambem reconhecido no Município de Cacuaco como um grande potencial, sendo Junho mês das festividades e romarias religiosas, concentrando um fluxo relevante de turistas.
swot pormenorizada dos aspetos importantes já referenciados.
A Matriz da Análise SWOT abaixo apresentada, tem como objectivo geral, verificar as forças e as fraquezas turísticas do Município do Cacuaco, bem como as oportunidades e suas ameaças relactivamente ao ambiente externo através da ferramenta SWOT, utilizada para ver o cenário da análise ambiental das áreas envolventes ao turismo. Assim sendo, SWOT é a sigla dos termos ingleses, Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) (Chiavenato, Sapiro, 2003).
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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Tabela 1. Análise SWOT do Município
Fonte: Equipa de Consultores
Factores Internos FORÇA “Ajuda”
1. Acesso
Boa localização geográfica; Optimas condições climáticas.
2. Atrativos Turísticos Culturais; Religiosos;
Eventos; Desportivos.
3. Economia Local Agricultura, terra fértil; Pesca, costa litoral.
4. Aspectos Sociais População Recptiva; Melhorias no sistema educacional; Novo hospital Municipal.
5. Aspectos Ambientais Zona litoral; Clima estável; Topografia plana, favorece a agricultura.
6. Aspectos Culturais Artesãos talentosos.
7. Aspectos Históricos Marko Histórico de Kifangondo, onde
decorreu a batalha que resultou a independência Nacional
8. Aspectos Religiosos Festas da cidade com um ímpeto religioso,
dedicado ao Santo padroeiro; Peregrinações.
FRAQUEZA “Atrapalha”
1. Infraestruturas Carência de infra estruturas de apoio e
equipamentos nas praias; Sinalização Urbana, rural e especialmente a
turística inexistente; Poucos Policias nas ruas;
Oferta de programas da animação; Falta de divulgação;
2. Economia Local Falta de diversificação da economia; Deficit de articulação e cooperação entre
diversas áreas e os Players do sector
3. Aspectos Sociais Baixa qualificação de mão-de-obra; Falta de sensibilização da população para
questões relacionadas com o turismo
4. Aspectos Ambientais Poluição das águas do mar Lixo na orla marítima Acessibilidade dos espaços Grande concentração de construção urbana na
praia Falta de sinalética informativa Falta de postos de informação turística
5. Aspectos Culturais Baixa valorização cultural.
6. Aspectos Históricos Baixa valorização da história local.
OPORTUNIDADES “Investir”
1. Aspectos Económicos Reconhecimento Politico e Governamental da
importância económica do sector do turismo; Possibilidade de articulação com outros sectores
de actividade; Possibilidade de valorização de alguns recursos
turísticos; Oscilação do preço do petróleo (turismo
considerado como petróleo verde). Desenvolver o turismo de forma sustentável,
incluindo a população local em todo o processo; Captação do mercado interno.
2. Aspectos Sociais Elevação da taxa de empregabilidade; Aumento da credibilidade do Município de
Cacuaco como destino turístico; Melhoria da qualidade de vida da população
local.
AMEAÇAS “Identificar
1. Infraestrutura Geral Burocracia Governamental; Demora na captação dos recursos (Financeiro,
Humanos, etc.); Concorrência de outros municípios; Actual situação económica do país.
2. Economia Local Influência do Mercado.
3. Aspectos Ambientais Praia contaminada e poluída.
Factores Externos
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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4.1. Recursos Turísticos Naturais
Recursos Turísticos Naturais são todos os lugares que englobam valor
paisagístico, com exclusão de qualquer outro critério, bem como os recursos
associados aos interesses da paisagem (ex. fauna, flora, mar, etc.) (Lícino Cunha
2003), segundo a identificação dos recursos turísticos do Município do Cacuaco,
o Turismo de Sol & Mar constitui-se uma actividade relacionada à recreação,
entretenimento ou descanso em praias, em função da presença conjunta de água,
sol e calor.” Os mais antigos relatos de povos que se dedicaram ao veraneio
referem-se aos gregos e romanos, pertencentes a prósperas civilizações e que por
isso tiveram tempo livre de se dedicar ao lazer nas praias do Mar Egeu. Apesar do
interesse manifestado no Turismo Sol & Mar por vários actores do sector, isto
não se traduziu necessariamente numa gestão e ordenamento do
território eficazes para os estes destinos, mas em alguns casos acabou por
potenciar os impactes negativos provenientes do turismo, ou seja, os destinos de
sol e mar na sua grande maioria apresentam: altos níveis de concentração
turística; elevado grau de sazonalidade; deterioração ambiental e paisagística de
boa parte das zonas costeiras (especialmente por excesso de edificação);
massificação turística que conduziu a um serviço turístico mais ineficiente
(emprego precário; recursos humanos pouco qualificados; alta rotação de
recursos humanos; entre outros).
A nível do Município de Cacuaco, há estes recursos disponíveis para o
desenvolvimento do Turismo Sol e Mar que se encontram ao longo do litoral da
praia sede, que oferece alguns Km de costa atlântica. Cacuaco recebe neste
segmento muitos visitantes em sua praia. Este é um destino ainda pouco
procurado pelos turistas devido a falta de divulgação e da poluição existente
nestas paragens. Por isso tem que ser feito um trabalho árduo de preservação e
tratamento das águas do mar e da costa litoral.
A Praia Sede apesar de possuir uma faixa litorânea pouco extensa, e necessitar
de uma campanha urgente de despoluição na sua orla marítima, poderá
constituir-se no ponto-chave de atração turística do Município, oferecendo aos
visitantes, turistas e a população local momentos de lazer, práticas de desportos
náuticos e pesca desportiva. A simbiose com o rio (Boca do Rio) encontrada na
praia Sede, a vegetação deslumbrante poderá ser um valor acrescentado no
destaque deste segmento turístico encontrado em Cacuaco.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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Praia Sede
Foto nº 2/Fonte: Consultores
É o principal atrativo turístico natural do Município, com uma localização
privilegiada e de águas calmas.
Identificação: Praia principal
Localização: Está localizada no Centro da Vila de Cacuaco
Categoria: Recurso Primário
Estado de Conservação: Bastante poluída e com construções desordenadas
Classificação: Recurso Natural
Acessibilidade: Fácil
Infraestruturas de apoio: Tem restaurantes ao longo da praia, hospedarias,
hospitais, supermercados, farmácias, balneários, salva vidas, artesanato.
Actividades possíveis: Banhos de mar, sol, desportos náuticos, desportos na
areia.
Entidade Tutelar: Estado
Entidade Gestora: Estado
Entidade Gestora: Estado
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Boca do Rio
Foto nº 3/Fonte: Consultores
É um local aprazível de grande beleza, onde o fluvial e marítimo se abraçam (Rio
Bengo com o Oceano Atlântico).
Localização: Está localizado no Bairro da Barra do Bengo, Distrito Urbano de
Cacuaco.
Categoria: Recurso Natural
Estado de Conservação: Muito mau
Classificação: Recurso Primário
Acessibilidade: Fácil
Infraestruturas de apoio: Não tem
Actividades possíveis: Banho de sol e mar, esculturas na areia e desporto
náutico.
Entidade Tutelar: Estado
Entidade Gestora: Estado
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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4.2. Recursos Turísticos Culturais
Recursos Turísticos Culturais são todos os recursos que incluem uma natureza
cultural e que tenha um valor histórico, artístico ou monumental, tais como
museus, lugares históricos, centros arqueológicos e patrimoniais (Lícino Cunha
2003). Associado aos Recursos Turísticos Culturais está o desenvolvimento do
turismo cultural que se encontra subjacente ao conceito da história e da cultura.
Por cultural podemos entender tudo quanto contém a marca da intervenção do
homem.
Esta intervenção refere-se à acção humana, as suas formas e modos de
expressão, incluindo a relação do homem com alguma vivência e experiência
passada.
Pode ser uma resposta as suas necessidades materiais ou imateriais e
compreende a aprendizagem social. Adaptando a definição da OMT de 1985,
“Turismo cultural visa a satisfação da necessidade humana de diversidade,
tendente a elevar o nível cultural do individuo, gerando novos
conhecimentos, experiências e encontros”.
Alguns autores (p. ex. Smith, 1989) estabelecem uma diferença entre “Turismo
Histórico” e Turismo Cultural”, reservando o primeiro para relações das pessoas
com os estilos de vida old style e, o segundo para as atrações provocadas pelas
glórias do passado.
Dada a possibilidade de separar a cultura da história, incluímos no turismo
cultural as viagens provocadas pelo desejo de ver coisas novas, de aumentar os
conhecimentos, conhecer as particularidades e os hábitos doutros povos,
conhecer civilizações e culturas diferentes, do passado e do presente, ou ainda a
satisfação de necessidades espirituais.
No Município de Cacuaco, poder-se-á vivenciar o património histórico-cultural
de forma autêntica, através de visitas, excursões e passeios aos locais
identificados para o efeito. Porém, a utilização e desfrute dos bens culturais,
tangíveis ou intangíveis, deverão assentar na consciência da sua valorização e na
manutenção, assegurando que permaneçam tão inalterados quanto possível, de
modo que continuam como objectos de memória e identidade de um lugar.
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Marco Histórico de Kifangondo
Foto nº 3/ Fonte: Consultores
É o local onde se travou a batalha decisiva para que a 11 de Novembro de 1975,
Angola se torna-se um País Independente. Em 1977 foi lançada a 1ª pedra para
construção do monumento da Batalha de Kifangondo, pelo 1º Presidente da então
Republica Popular de Angola Dr. António Agostinho Neto e pelo seu homólogo
Cubano, Presidente Fidel de Castro.
Identificação: Monumento e estabelecimento militar, público, com uma natureza
histórica.
Localização: Há 10 Km do centro Sede da Vila
Categoria: Recurso Secundário
Estado de Conservação: Excelente
Classificação do Recurso: Património Histórico-Cultural (Político-militar)
Acessibilidade: Fácil, feita pele estrada nº 100 (estrada direita de Cacuaco)
Infraestruturas de apoio: Sala de Exposição, Biblioteca, Anfiteatro (Auditório)
com mais de 166 lugares sentados, Sala de reuniões, Restaurante, Casas de
Banho, Quiosques, parque de estacionamento com 75 lugares.
Actividades possíveis: Visita a sala de exposição fotográfica e ao monumento,
realização de eventos (Fóruns, seminários, workshops)
Entidade Tutelar: Forças Armadas
Entidade Gestora: Forças Armadas
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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Foto nº 5/ Fonte: Consultores
O busto do António Moreira realça a homenagem que o Município presta ao
Primeiro Soba de Cacuaco, falecido em 1999.
Identificação: Estátua de homenagem.
Localização: Centro da Vila de Cacuaco
Categoria: Recurso Secundário
Estado de Conservação: Bom
Classificação do Recurso: Histórico
Acessibilidade: Fácil
Infraestruturas de apoio: Restaurantes, mercado da Vila, Clinica, Bancos, CTT
Actividades possíveis: Visitas
Entidade Tutelar: Estado
Entidade Gestora: Estado
Actividades possíveis: Venda de artesanato
Entidade Tutelar: Ministério da Cultura
Entidade Gestora: Ministério da Cultura
Busto de António Moreira:
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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Albergaria dos antigos caminhos-de-ferro da Funda
Foto nº 6/ Fonte: Consultores
Trata-se de duas (2) Naves erguidas na década de 1960 com características de
hospeda ria, cuja função era de acomodar os operários dos caminhos-de-ferro de
Luanda. Atualmente está abandonada, mas há perspetivas de transforma-la
numa casa de passagem para artistas.
Localização: Bairro da Kilunda, Comuna da Funda
Categoria: Recurso Secundário
Estado de Conservação: Péssimo
Classificação do Recurso: Património Arquitetónico
Acessibilidade: Difícil
Infraestruturas de apoio: Não existem
Actividades possíveis: Hospedagem
Entidade Tutelar: Estado
Entidade Gestora: Estado
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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4.3. Recursos Turísticos Religiosos
Recursos Turísticos Religiosos são todos queles que assentam em práticas e
expressões religiosas que se encontram associados a deslocações motivadas pela
atração a cultos, rezas e outras crenças (Lícino Cunha 1993). Por intermédio dos
Recursos Turísticos Religiosos, é desenvolvida a prática do Turismo Religioso
que refere-se ao grande deslocamento de peregrinos, portanto turistas potenciais,
que se destinam a centros religiosos, motivados pela fé em distintas crenças.
De acordo com Roussel (1972), a vontade de peregrinar ultrapassa o consciente,
ou seja, é despoletada por algo para além do racional, que poderá ser a fé, a
atração do maravilhoso ou mesmo a superstição. Também segundo Malherbe
(1992), para quem busca Deus, a ideia de ir até onde Ele se manifestou é natural,
tratando-se de um instinto profundo, que conduz o ser humano a procurar, num
lugar distante, o que é capaz de ser encontrado em si.
Na realidade, a ida a um santuário é em grande parte, a exteriorização de uma
necessidade de proteção contra a hostilidade do quotidiano, exprimindo-se na
veneração, quer isolada, quer cada vez com maior frequência colectiva.
Em qualquer um dos casos a peregrinação compreende sempre duas perspetivas:
1. De ordem espiritual; 2. De ordem prática.
Designando-se a sua interligação por turismo religioso. Parafraseando Ambrósio
(2000), a primeira é, na sua génese, a motivação que suscita a vontade de viajar,
a segunda inclui, entre outros, a deslocação e muitas vezes a estada na localidade
onde se situa a igreja ou santuário.
Com efeito, o turismo religioso é uma nova aposta para o Município de Cacuaco,
uma vez que se verificam manifestações religiosas. Em Cacuaco realizam-se de 9
a 13 de Junho com as festividades do Santo António de Kifangondo onde são
realizadas missas e peregrinações. Entre 22 a 24 de Junho, com cerimónias
religiosas, missa e por fim uma procissão que vai da igreja de São João Baptista
para a praia sede onde a imagem do Santo é preparada e levada até ao alto-mar
simbolizando o agradecimento e pedindo proteção aos pescadores de que é
Padroeiro.
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Igreja de São João Baptista
Foto nº 7/ Fonte: Consultores
É o Templo da Igreja Católica localizado na Vila Sede de Cacuaco. Não é
propriamente um Santuário, mas a sua dimensão reflete a homenagem ao São
João Baptista, Padroeiro dos Pescadores cuja data de veneração é no dia 24 de
Junho de cada ano. Na ocasião comemoram-se igualmente as Festas Populares
de Cacuaco, tendo como auge do acto a procissão no mar que é antecedida da
missa campal.
Identificação: Igreja Católica
Localização: Sede do Município
Categoria: Património Religioso
Estado de Conservação: Razoável
Classificação do Recurso: Secundário
Acessibilidade: Fácil
Infraestruturas de apoio:
Actividades possíveis: Missas, Rezas e Peregrinações
Entidade Tutelar: Igreja Católica
Entidade Gestora: Igreja Católica
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Igreja de Santo António de Kifangondo
Foto nº 8/ Fonte: Consultores
Propriedade da Igreja Católica, é o primeiro templo erguido nesta zona, possui um Santuário, e a data de celebração do Santo é no dia 13 de Junho. Durante a colonização quando os primeiros sacerdotes capuchinhos chegaram à Luanda em 1649, irradiaram pelo interior e missionaram no Bengo e Dande onde realizavam um importante trabalho de evangelização.
Identificação: Igreja de Santo António
Localização: Situada no Bairro do Kifangondo, Comuna da Funda.
Categoria: Património Religioso
Estado de Conservação: Bom
Classificação do Recurso: Secundário
Acessibilidade: Fácil
Infraestruturas de apoio:
Actividades possíveis: Cultos, peregrinações, festas religiosas
Entidade Tutelar: Igreja Católica
Entidade Gestora: Igreja Católica
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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4.4. Eventos & Desporto
O Evento como qualquer acontecimento, constitui-se num tipo de reunião com
objetivo específico, seja ele a que finalidade se proponha: institucional,
comunitário ou promocional. Tem como principal finalidade atrair a atenção do
público, como, também, da imprensa através da divulgação e promoção.
O Turismo de Eventos é entendido como o deslocamento de pessoas com
interesse em participar de eventos focados no enriquecimento técnico, científico
ou profissional, cultural incluindo ainda o consumo e entretenimento. Os eventos
de oportunidade acontecem de maneira mais esporádica, e acompanham sempre
tendências de marcado em vários sectores produtivos, tais como moda,
decoração, hotelaria e turismo, exposições e feiras agro pecuárias, festividades
etnoculturais, dentre outros. Ainda há os eventos monotematicos que dirigem por
sua vez subsegmentos do mercado consumidor, com características singulares de
expressão artística e cultural, tais como festivais de música, torneios desportivos,
semanas gastronómicas entre outros (Mário Carlos Beni, 2007).
Através deste estudo, pode-se perceber que o Município de Cacuaco tem um forte
potencial para a organização de eventos durante quase todo ano, sendo o
segmento mais forte em termos turísticos, mas, para que se torne um produto, é
necessário que os gestores tenham uma compreensão exacta da oferta,
infraestrutura, logística e dos equipamentos, visto que o segmento de eventos se
mostra bastante promissor para a captação de recursos e investimento.
No planeamento do Turismo o mercado de eventos constitui-se como uma actividade que agrega valor ao produto turístico, pelo que, apresenta-se na tabela nº 1 o calendário de eventos programado pela Direcção Municipal da Cultura e Turismo de Cacuaco e que em parte já esta a funcionar:
4.5. Calendário de Eventos do Município de Cacuaco
Quadro 2. Calendário de eventos do Município
1º SEMESTRE
Data Evento Especificação
08/01
3 Dias
Feira da cultura e turismo Amostra de pratos típicos
Work Shop sobre a cultura e
turismo
Exposição de artefactos no
domínio das pescas,
agricultura e indústria
23/01
1 Dias
Prova de atletismo Em saudação ao dia
Nacional do desporto
08 a 27/01 14 Dias
Festival municipal de teatro Visa fomentar o teatro municipal
2ª Quinzena de março
1 Dia
Realização do premio, o
melhor brinquedo
Financiado pelo Banco
Caixa ANGOLA
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Concurso Infanto/Juvenil
30/03 1 Dia
Dia da comunidade da Barra do Bengo
Veneração a Kianda
04/Abril
5 Dias (A decorrer nos distritos
e comunas)
Palco livre do artista de
Cacuaco
Projecto que vai as
comunidades no sentido de
fomentar novos talentos
culturais
25/Maio 1 Dia
Feira da Cultura e Turismo Africana
Amostra de traços culturais de diferentes países
Africanos (Culinária, dança,
musica, moda, arte, etc.)
01/06
1 Dia
Festival infantil da canção Fomentar o surgimento de
novos talentos no domínio
do canto.
09 a 13/06 3 Dias
Dia de Santo António de Kifangondo
Turismo religioso Peregrinação
22 a 24/06
3 Dias
Dia de São João Baptista
(Padroeiro dos pescadores)
Festas populares de
Cacuaco
Feira de marcas de Cacuaco
(Industria, agricultura, pescas empreendedores nos
vários domínios
económicos).
2º SEMESTRE
Data Evento Especificação
17 a 22/9
5 Dias Festival Municipal de
Cultura e artes de Cacuaco
Promoção Cultural
Dia 27/9
1 Dia
Dia mundial do turismo
Feira de turismo
Workshop
TOTAL GERAL DE EVENTOS
13
Fonte: Dados da Administração
Este calendário mostra a diversidade de eventos que se realizam no Município, e
que a organização de um evento pode mobilizar quase todos os sectores, oferecer
produtos e serviços, gerar receitas significativas, criar empregos temporários, etc.
Mas, para que se tenham os resultados esperados, deve haver um grande
trabalho de publicidade, marketing e promoção em todos os locais onde haja o
público-alvo dos eventos.
Destaque para o mês de Junho, no quadro das comemorações do Município. Com realce para a prova de karting, paraquedismo, torne de futebol 11, xadrez e voleibol de praia. No dia 23 de Janeiro de 2018, será realizada a 1ª edição do concurso de atletismo consagrado ao desporto nacional, financiado pelo Grupo Castel. O calendário de eventos deve ser publicado anualmente, com uma antecedência mínima de seis meses, para poder ser promovido adequadamente no mercado turístico nacional. É de primordial importância, maximizar a contribuição do desporto, aproveitando o clima e a linha costeira com um mar rico de recursos marinhos de grande valor, o Município deverá promover o turismo desportivo, voltado para o segmento Sol & Mar.
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4.6. Análise SWOT dos Recursos Turísticos Tabela 2. Matriz SWOT- Recursos Turísticos Naturais
Fonte: Equipa de Consultores
Força “Ajuda”
1. Praia Sede
Boa localização;
Apresenta grande beleza
paisagística; Dispõe de actividade de pesca;
Zona de banho;
Existência de nadadores
salvadores;
2. Boca do Rio
Excelente fenómeno natural;
Há nadadores salvadores;
Fraquezas “Atrapalha”
1. Praia Sede
2. Boca do Rio Falta de sinalização;
Falta de políticas públicas
para preservação da
actividade turística;
Falta de lixeiras; Má localização geográfica,
(Zona litoral baixa) pois
escoa todo lixo da costa
litoral;
Oportunidades “Identificar”
1. Praia Sede
Potencial para realização de
desportos de praia;
Potencial para realização de
turismo de pesca; Criação de um plano público de
educação de turismo sustentável
(Desenvolvimento
turístico/preservação
ambiental/melhoria da qualidade
de vida local).
2. Boca do Rio
Criação de uma zona de lazer na
parte final do rio.
Ameaças “Investir”
1. Praia Sede
Poluição no mar, vinda de zonas litorais altas;
Degradação da praia e
bastante;
2. Boca do Rio Degradação da zona;
Poluição e muito lixo ao
redor;
Por vezes aparecem jacarés.
FACTORES
INTERNOS
FACTORES
EXTERNOS
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Tabela 3. Matriz SWOT- Recursos Turísticos Culturais
Fonte: Equipa de Consultores
Força “Ajuda”
1. Marco Histórico Possui beleza cénica;
Aberto para visitação;
Possui sala de eventos para
conferências e workshops;
Possui uma sala de exposição; Existe um historiador que guia os
visitantes;
Existe um equipamento
complementar (Restaurante);
2. Busto
Excelente localização;
Proximidade de outros atrativos e serviços;
Excelente para visitação.
3. Albergaria
Possui uma arquitectura
diferenciada para o meio rural;
Dispõe de um amplo espaço.
Fraquezas “Atrapalha”
1. Marco Histórico
Não está voltado para o
segmento turístico;
Falta de divulgação do espaço.
2. Busto de António Moreira
Falta de divulgação;
Falta de sinalização.
3. Albergaria
Encontra-se em estado de
degradação e abandono.
Vias de acesso pouco
adequadas;
Falta de sinalização.
Oportunidades “Identificar”
1. Marco Histórico
Possui uma estrutura boa e
diferenciada;
Aumento do fluxo de visitantes;
Potencial histórico-cultural;
Receber visitantes de escolas e universidades;
Existem quiosques que poderão
ser usados para venda de
souvenir.
2. Busto de António Moreira
Potencial histórico-cultural;
Preparar um guia para receber
visitantes.
3. Albergaria
Reabilitação do espaço para se
tornar um meio complementar
Ameaças “Investir”
1. Marco Histórico
Falta de reconhecimento do potencial histórico-
cultural;
Burocracias militares.
2. Busto de António Moreira
Cair no esquecimento.
3. Albergaria
Invadido pela população;
Aumento da degradação;
Vandalismo.
FACTORES
INTERNOS
FACTORES
EXTERNO
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19
Tabela 4.Matriz SWOT- Recursos Turísticos Religiosos
Fonte: Equipa de Consultores
Força “Ajuda”
1. Igreja de São João Baptista
Excelente localização;
Fácil acessibilidade;
Possui características
arquitetónicas religiosas do Século XX;
Possui espaços adequados para
receber peregrinos;
Integra a comunidade católica da
Vila.
2. Igreja de Santo António de
Kifangondo
Fácil acessibilidade;
Possui características
arquitetónicas religiosas do Século XX;
Possui espaços adequados para
receber peregrinos;
Espaços de alojamento para
peregrinos; Para alem da Igreja Central,
possui uma Capela;
Contém um espaço exterior
amplo que comporta muitas
pessoas;
Possui uma zona exterior com cobertura;
Possui um Santuário.
Fraquezas “Atrapalha”
1. Igreja de São João Baptista
Falta de sinalização;
Falta de manutenção e
conservação.
2. Igreja de Santo António de
Kifangondo
Falta de sinalização;
Falta de manutenção e
conservação.
Oportunidades “Identificar”
1. Igreja de São João Baptista 2. Igreja de Santo António de
Kifangondo
Amplo potencial para o segmento
do turismo religioso.
Criação de uma loja de souvenir
Ameaças “Investir”
1. Igreja de São João Baptista
2. Igreja de Santo António de
Kifangondo Não corresponder a procura
turística que poderá
suceder.
FACTORES
INTERNOS
FACTORES
EXTERNOS
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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Tabela 5.Matriz SWOT- Eventos & Desporto
Fonte: Equipa de Consultores
5. Oferta Turística
A Oferta Turística é formada pelo conjunto dos diversos recursos que o
respectivo destino possui para serem utilizadas como actividades designadas
como turísticas, capazes de atraírem e de contribuírem para a satisfação das
necessidades dos visitantes (Andrade, 1999).
A oferta dos produtos turísticos em Cacuaco é inexistente, pois não há
operadoras nem agências de viagens que forneçam pacotes aos turistas.
Ao nível da hotelaria importa salientar que as informações mais relevantes sobre
Força “Ajuda”
1. Eventos
Diversidade de eventos no
Município; 2. Desportos
fal
Fraquezas “Atrapalha”
1. Eventos
Falta de um local
específico para realização de feiras.
2. Desportos
Falta de um pavilhão ou
campo para a prática de
desportos.
Oportunidades “Identificar”
1. Eventos 2. Desportos
Criar um espaço exclusivo destinado
a práticas de desporto no Município.
Desenvolver o turismo de desporto,
voltado para as potencialidades de Sol & Mar;
Criar torneios e campeonatos de
nível local, regional e nacional em
diversas modalidades (Futebol de
areia, Andebol de Praia, Voleibol de
Praia e ténis de praia;
Ameaças “Investir”
1. Eventos
Não existem zonas
reservadas para a construção de uma arena para eventos.
2. Desportos
Não existem zonas
reservadas para a construção
de um pavilhão e campo municipal para a prática de
desportos.
FACTORES
INTERNOS
FACTORES
EXTERNOS
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
21
o município, no que concerne aos indicadores da hotelaria e turismo, têm como
base, dados recolhidos na Administração Municipal. Destacamos nos quadros
abaixo, a capacidade todas de camas, quartos, mesas e cadeiras das unidades de
alojamento e dos estabelecimentos de F&B.
5.1. Unidades de Alojamento
As unidades de alojamento do Município do Cacuaco e vasta, nas um tanto
deficientes devido a existência de um único hotel, de um único aldeamento e da
localização de muitas unidades de alojamento se encontrarem em zonas
periféricas.
Quadro 3. Unidades de alojamento
Hotéis
Nº Denominação Classificação Nº de
quartos
Nº de
camas
Nº de
mesas
Nº de
cadeiras
Localização
1
Hotel IBIS
Cacuaco
3***
180
180
51
186
Estrada direita
de Cacuaco
TOTAL
180
180
51
186
Aldeamento
Nº Denominação Classificação Nº de
quartos
Nº de
camas
Nº de
mesas
Nº de
cadeiras
Localização
1
ZEFDEL
15
15
50
200
4 De Fevereiro
TOTAL
15
15
50
200
Pensões
Nº
Denominação Nº de
quartos
Nº de
camas
Nº de
mesas
Nº de
cadeiras
Localização
1 TAIZE 12
12
12
48
4 De Fevereiro
2 ROSEIRA 27 27 35 350 Vila Sede
3 OS DEMBOS 84 84 9 36 Bairro dos Pescadores
4 REFÚGIO DE KIFANGONDO 51
61 30
148
Kifangondo
5 AVEIRINHA 19 15 26 260
Kifangondo
6 ESCONDIDINHO DO
IMBONDEIRO
8 8 6 24 Imbondeiro
7 GUIJONY 32 32 6 24 Alto Vidrul
8 JAIME 10 10 4 16 Boa Esperança
9 ZAMBO 10 10 14 50 Pescadores
TOTAL
253
259
142
956
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
22
Hospedarias
Nº Denominação Nº de
quartos
Nº de
camas
Nº de
mesas
Nº de
cadeiras
Localização
1 Lança Flor 15 15
75 300 Vila de
Cacuaco
2 Helsy 14 14 15 60 4 De Fevereiro
3 Avó Kutala 17 17 _ _ Barra do Bengo
4 Boca do Rio 14 14 18 64 Barra do Bengo
5 Nina 19 20 _ _ Barra do Bengo
6 Tuana Miguel _ _ _ _ Barra do Bengo
7 Espelho da Funda 18 18 14 56 Caop Velha
8 Fernando Adão e Filhos 19 19 30 120 17 De
Setembro
9 Lumizandra 12 12 16 54 Boa Esperança III
10 Gamboa 13 13
9 24
Boa Esperança
III
11 Cantinho da Claúdia/Deus 9 11 16 64 Barra/Bengo
12 Cassuma Comercial 12 12 12 40 Cerâmica
13 Calandula 45 45 3 12 17 De
Setembro
14 Ristcol 9 9 6 24 17 De
Setembro
15 Ciubeth 13 13 20 40 4 De Fevereiro
16 Ana Milena 6 6 10 40 17 De Setembro
17 Ermelta 13 13 20 24 17 De
Setembro
18 Belfab 6 6 12 48 Vila
19 Mbanza Dizulo 7 7
9 36
Kifangondo
TOTAL
261
258
285
1.006
TOTAL
709
712
528
2.348
Fonte: Dados da Administração
5.2. Estabelecimentos de alimentação e bebidas – F&B
A oferta do F&B é ampla servindo de contributo para o turismo, mas é necessário que se aposte na qualificação dos profissionais do sector e na melhoria dos aspectos dos estabelecimentos existentes, com vista a atrair visitantes. Em termos de oferta de restauração e bebidas, apresentamos um quadro descriminado o que o município de Cacuaco oferece.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
23
Quadro 4. F&B
Restaurante
Nº Denominação Nº de mesas
Nº de cadeiras
Localização
1 MIMAVIC 16 66
Boa Esperança
2 MAMIL 1 40 208 17 De Setembro
3 FLOR DE CACUACO 9 36 4 De Fevereiro
4 CANTINHO
IMBONDEIRO
15 60 Imbondeiro
5 VAMOS VER 14 56 Kifangondo
6 ESTRELA DO RIO 18 81 Kifangondo
7 TUMBUANZA 10 40 Vila Sede
8 MUXIMA DA
VICTORIA
16 80 Vila Sede
9 FLOR DO CARIBE 6 24 Vila Sede
10 G.C.M 14
58
4 De Fevereiro
11 SOGEFIL 40 160 4 De Fevereiro
12 SABORES
MONISSALA
14 56 Bairro da Polícia
TOTAL GERAL
212
925
Snack-bar
Nº Denominação Nº de mesas
Nº de cadeiras
Localização
1 Adlopes & Filhos 4
16 Bairro da Polícia
2 Hungry Lion 8 48 Vidrul
3 Aroeira 34
172 17 De Setembro
4 Pumangol 3 12 Vidrul
5 Pumangol 3 12 Boa Esperança
6 Pumangol 3 12 Sequele
7 Nilo 8 18 Vidrul
8 Shoprite 7 28 Vidrul
9 Dofer 10 47
10 Gostoso 6
36
Vila Sede
TOTAL GERAL
78
373
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
24
Lanchonete
Nº Denominação Nº de
mesas
Nº de
cadeiras
Localização
1 Jango da Ana 16
61 Vila
2 Beira Mar 15 108 Vila
3 Lina e irmãos 8 32 Vila
4 Chemba 11 44 Vila
5 Jujasil 6 30 Vila
6 Venese 8 32 Boa esperança III
7 Lanc. Verde 9 36 Boa esperança III
8 Foz do Rio Bengo 7 28 Barra do Bengo
9 Arleth 9 36 Cerâmica
10 São João Baptista 4 16 4 De Fevereiro
11 Frutos do mar 8 32 4 De Fevereiro
12 Sol do Norte 6 20 4 De Fevereiro
13 Dani Marques 3 12 4 De Fevereiro
14 Chipriano 22 88 CAOP Prédio
TOTAL GERAL
117
575
Pastelaria
Taberna
Nº Denominação Nº de
mesas
Nº de
cadeiras
Localização
1 Dona Deolinda 4 16 Forno de Cal
2 Dona Bina 8 26 Forno de Cal
TOTAL
24
30
TOTAL
456
40
Fonte: Dados da Administração
Nº Denominação Nº de
mesas
Nº de
cadeiras
Localização
1 Belíssima
6 23 Kifangondo
2 Mamil 8 2 17 De Setembro
3 APDH 8 3 Vidrul
4 MAC MAQ 3 12 17 De Setembro
TOTAL GERAL
25
40
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
25
5.2. Oferta
Gráfico 1. Oferta
Fonte de dados: Administração Municipal
Verificou-se através do Gráfico nº1, que 48% da oferta corresponde a
restauração, 34% representa a Oferta de alojamento, os eventos são
correspondentes a 10% seguido do turismo Cultural que e 4% da oferta, o
turismo Sol & Mar e o Religioso 2%. O Munícipio tem apenas um hotel de três
estrelas, sendo que os restantes situam-se em zonas periféricas e muitas delas de
difícil acesso. A oferta assegurada na categoria da restauração é bastante
deficiente. Relactivamente ao turismo de Sol & Mar, Cultural e Religioso, será
necessário trabalhar com afinco e dedicação para o desenvolvimento destes
segmentos turísticos,
Com uma oferta concentrada em categorias inferiores, dificilmente se poderá
orientar os diversos níveis do desenvolvimento do turismo do Município para
públicos-alvo da classe alta ou média-alta. É necessário trabalhar num plano de
desenvolvimento do turismo, voltado para a sustentável.
1%
1%
19%
11%
48%
2%
4%
2% 10% 2%
OFERTA
HOTEL
ALDEAMANTO
HOSPEDARIAS
PENSÕES
RESTAURAÇÃO
TURISMO DE SOL & MAR
TURISMO CULTURAL
TURISMO RELIGIOSO
EVENTOS
DESPORTO
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
26
5.2.1. Postos de trabalho ligados ao sector do turismo
O turismo apresenta-se como um sector estratégico para qualquer economia,
contribuindo para a balança de pagamentos enquanto actividade geradora de
riquezas e um forte impulsionador na criação de novas oportunidades de
emprego. Trata-se de uma actividade de referência, que tem assumido um papel
cada vez mais significativo e preponderante. Uma das áreas primordiais ao nível
das políticas públicas turismo prende-se precisamente na Educação e Formação
profissional, aliada a uma forte preocupação na criação de infraestruturas para a
qualificação e formação de Recursos Humanos; o Desenvolvimento de Formação
especializada (Cursos e Acções de Formação Constante) e ainda o reforço do
conhecimento das novas tecnologias agregadas ao desenvolvimento do turismo.
Verificou-se ao longo da elaboração deste estudo, uma grande debilidade na
qualificação dos profissionais do sector, portanto, é importante que se aposte
significativamente neste aspecto para um crescimento sustentável, no Município
do Cacuaco. Abaixo apresentamos um quadro com o número de profissionais,
empregados no Município.
Gráfico 2. Postos de trabalho ligados ao sector do turismo
Fonte de dados: Administração Municipal
5.3. Procura turística
Entende-se a Procura Turística como um conjunto de bens e serviços que os visitantes adquirem para satisfazer as suas viagens, expressas em termos de quantidade (Licínio Cunha 1997). No município de Cacuaco verificou-se que a procura é acentuada pelos munícipes que têm o hábito de frequentar a praia sede
4
0
11
28
12
45
53
94
3
30
5
5
12
26
16
68
85
143
6
20
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
CERVEJARIAS
TABERNAS
PASTELARIAS
LANCHONETES
SNACK-BAR
RESTAURANTES
PENSÕES
HOSPEDARIAS
ALDEAMENTO
HOTEL
Masculino Femenino FUNCIONÁRIOS DA REDE HOTELEIRA
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
27
nos seus momentos de lazer, mesmo com a praia em grande estado de poluição.
5.3.1. Número de turistas que entram no Município
“Não há nenhum dado fidedigno que sirva para trabalhar nestes dados, pois o MINHOTUR apenas tem lançado no boletim estatístico anual o número de turistas que entram nas Capitais das províncias e consecutivamente em Angola. Assim sendo, concluímos que é necessário investir-se nesta área da estatística porque não há planificação sem estatística. Então é preciso ter acesso a informação bem organizada, de modo a se saber qual é a origem dos turistas (por género, idade, destinos de preferências e tudo mais) que permita avaliar e quantificar estes dados para elaboração de um plano estratégico de
desenvolvimento turístico.
5.3.2. Origem dos turistas
De acordo com a falta de dados estatísticos das entradas turísticas no Município,
não foi possível determinar a origem dos turistas.
5.3.3. Motivação das viagens turísticas
Fluxograma 1. Motivação das viagens turísticas
Fonte: Equipa de Consultores
6. Serviços Públicos e Privados de apoio ao sector do turismo
Para que a actividade turística se desenvolva em um determinado município, é
gere receitas, é necessário estar relacionada com outras sectores da economia,
poiso turismo por si só não se efectiva. A sua transversalidade faz movimentar
mais de 50 sectores da economia, directa e indirectamente. Reitera-se que é
Motivação das Viagens turísticas
Eventos
Religiosos
Histórico-Cultural
Visita a Familiares
Compras
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
28
preciso haver trabalho integrado do poder público e do privado, pois cada actor
tem um papel preponderante a desempenhar neste sistema que envolve, além de
vários protagonistas, muitos serviços, para que o turismo se consolide.
Destacam-se alguns serviços públicos e privados que apoiam o sector do
turismo
6.1. Abastecimento de Águas
Em Cacuaco fica um dos principais sistemas de captação e tratamento de água
da EPAL, que abastece a cidade de Luanda.
A Associação dos vendedores de água (ANGOMENHA) fica sediada no Município
de Cacuaco e tem um sistema de captação de água bruta do Rio Kifangondo, por
meio de eletrobombas, que se traduzem numa verdadeira fonte de abastecimento
de água ao Município através de camiões cisternas.
Cacuaco tem algumas dificuldades quanto ao abastecimento de água para
algumas localidades, por este motivo relativamente as ligações anárquicas nas
condutas da EPAL há um empenho na luta contra o garimpo por isso, foi criado
um chafariz público no Município para atenuar estas práticas.
6.2. Fornecimento de Energia
A energia consumida no Município é fornecida pela ENDE é vem através da
subestação do Kifangondo, é produzida a partir da barragem hidroelétrica de
Cambambe, actuando na ordem de 25%. Existem onze postos de transformação
(PT´S) localizados na Sede, apenas um no Kicolo e um na Funda, sendo que os
demais foram adquiridos por alguns munícipes a título privado e legalizados pela
Administração Municipal. O fornecimento de energia é bom, mas pouco regular, o
que causará algumas repercussões para o turismo.
6.3. Saneamento
Saneamento é a actividade relacionada com o tratamento de esgoto e a limpeza
urbana, valas de drenagem, manejo de resíduos sólidos e o controlo de pragas e
qualquer tipo de agente patogénico, visando a saúde das comunidades. Trata-se
de um serviço prestado ao público, considerado essencial para a saúde de toda a
sociedade para o ambiente. Assim sendo, o Município de Cacuaco tem
desenvolvido as seguintes actividades relactivamente ao seu saneamento básico:
Sistema de saneamento, em cinco valas de drenagem;
Investimentos feitos na recolha de lixo e na criação de casas de banho públicas;
Sistemas de limpeza de ruas através de campanhas de sensibilização e educação dos munícipes;
Limpeza urbana por intermedio da empresa especializada para o efeito.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
29
6.4. Transportes
Desde o surgimento da humanidade, há necessidade de transportar informações,
imagens, cargas ou pessoas. Estes deslocamentos só foram possíveis através da
abertura de estradas e o desenvolvimento dos meios de transportes.
Quando se fala em turismo, a primeira necessidade que vem ao imaginário do
turista são os meios de transportes e alojamento que será utilizado para a
viagem, criando a expectativa de hospitalidade, que constitui não apenas como
acto de hospedar, mas receber o turista demonstrando que ele não é apenas um
objecto de lucro, mas o reconhecimento como ser humano com necessidades e
desejos a ser correspondidos. Isto só será possível, com serviços de boa qualidade
desde o embarque. Sendo através de meios de transportes marítimo, rodoviários,
ferroviários e aéreos.
Os sistemas de transportes que desencadearão hospitalidade compreenderão
desde as condições de estradas, sinalização, semáforos, higiene e segurança, e até
o atendimento na compra do bilhete de passagem.
Os meios de transportes podem constituir ainda como o próprio atrativo turístico
não apenas em sua infraestrutura, mas na qualidade de serviços oferecidos, e o
conteúdo turístico incorporado ao meio.
Cacuaco, apresenta um deficit de transportes bastante considerável. Para
deslocação de passageiros de longo curso, existe apenas uma empresa
Interprovincial (MAIA), sediada no Município, que garante este serviço. A
deslocação de passageiros é feita através de Táxis (Candongueiros) e de Moto
táxis (Cupapatas), que circulam livremente, tento pontos de paragem específicos.
A MACOM e TCUL são empresas de transporte de passageiro que também operam
em Cacuaco, mas estão sediadas na Capital da província.
Para que haja um desenvolvimento neste sector é necessário apostar no
investimento de meios de transportes eficazes e de qualidade, com vista a apoiar
a actividade turística.
6.5. Saúde
Um sistema de saúde é composto pela relação que o conjunto de instituições
prestadoras de serviços de saúde, públicas e privadas. No Município de Cacuaco
há os serviços de saúde abaixo apresentados.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
30
Quadro 5. Rede sanitária pública
REDE SANITÁRIA PÚBLICA
Nº Classificação
Quantidade
1 Hospital
1
2 Centro de Saúde
4
3 Postos de Saúde
14
TOTAL
19
REDE SANITÁRIA PRIVADA
1 Clínicas
3
2 Centros de Saúde
43
3 Postos de Saúde
110
TOTAL GERAL
156
TOTAL GERAL
175 Fonte de dados: Administração Municipal
6.6. Segurança
Segurança é a perceção de se estar protegido de riscos, perigos ou perdas. Sem Segurança não há turismo. No Município de Cacuaco a segurança é assegurada pela POLÍCIA NACIONAL e a proteção física pelos BOMBEIROS. 6.7. Comunicação
Comunicar é muito mais que passar uma informação é trabalhar para que esta seja compreendida e possa gerar alguma forma de crescimento para o meio a qual pertence. Turismo envolve não apenas o glamour das viagens, mas também toda infra- estrutura que um destino turístico possui bem como o fluxo que gera na
economia. A comunicação é uma interação entre pessoas que buscam trocar informação entre si. No entanto, esta troca acarreta a emissão de um conjunto de dados e sua consequente recepção. Isto nos leva a destacar uma série de elementos que sempre estão presentes como o remetente, o destinatário e a mensagem. Assim, o remetente canaliza ao destinatário a informação que deseja transmitir e, com isso, o destinatário decodifica a mensagem. Este tipo de interação pode ser realizado graças à participação de ambos compartilhando o mesmo sistema de signos. Actuam no Município as seguintes empresas de comunicação:
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
31
Quadro 6. Serviços privados de comunicação
SERVIÇOS PRIVADOS
Nº Descrição Descrição Localização
1 UNITEL Empresa de comunicação móvel Estrada direita de Cacuaco
2 MOVICEL Empresa de comunicação móvel Estrada direita de Cacuaco
3 ANGOLA TELECOM Empresa de Comunicação de
Angola
Rua da Polícia
4 CTT Correios de Angola Rua Direita de Cacuaco
TOTAL 4
Fonte de dados: Administração Municipal
6.8. Mercados formais e informais
Originalmente o termo mercado, do latim, era utilizado para designar o sítio onde compradores e vendedores se encontravam para trocar os seus bens. Contudo, em marketing, os vendedores são vistos como constituindo uma indústria e os compradores como constituindo um mercado. Os vendedores enviam os seus produtos, serviços e comunicações para o mercado, e recebem dinheiro e informação em troca.
Designa-se por Mercados formais, locais no qual agentes econômicos procedem à troca de bens por uma unidade monetária ou por outros bens. Os mercados tendem a equilibrar-se pela lei da oferta e da procura.
Existem tanto mercados genéricos como especializados, onde apenas uma mercadoria é trocada. Os Mercados formais funcionam ao agrupar muitos vendedores interessados e ao facilitar que os compradores potenciais os encontrem. Uma economia que depende primariamente das interações entre compradores e vendedores para alocar recursos é conhecida como economia de mercado.
Mercados informais são definidos como consistidos de pequenas unidades
económicas e trabalhadores (profissionais e não profissionais) envolvidos em actividades comerciais fora do mecanismo formalmente estabelecido para conduzir tais actividades. Este é um processo gerador de rendimentos caracterizado pelo simples traço de não ser regulamentado e de não constar nas contas nacionais.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
32
Quadro 7. Mercados formais e informais
MERCADOS FORMAIS
Nº Denominação Localização
1 MAXI Estrada direita de Cacuaco
2 SHOPRITE Estrada direita de Cacuaco
3 PEPE Rua direita de Cacuaco
Estrada direita de Cacuaco
TOTAL
3
MERCADOS INFORMAIS
Nº Denominação Localização
1 Mercado do Kicolo Distrito do Kicolo
2 Mercado do Mundial (Peixe) Rua das Salgas (Bairro dos Pescadores)
3 Mercado do Sábado (Sabadão) Rua direita da Funda, Distrito Urbano do
Sequele
4 Mercado da Vidrul Estrada direita de Cacuaco
5 Mercado 4 de Fevereiro
(Retranca)
Distrito urbano dos Mulenvos de baixo,
Rua dos Mulenvos de baixo
6 Mercado da Vila de Cacuaco Largo António Moreira
7 Mercado de Kifangondo Estrada direita de Cacuaco
8 Mercado da Cidade do Sequele
Centralidade do Sequele
9 Mercado da Funda “Vila” Estrada direita da funda
10 Mercado da Cerâmica Rua 1º de Maio, distrito urbano do Kicolo
TOTAL
10
TOTAL GERAL
13 Fonte de dados: Administração Municipal
6.9. Artesanato
Quadro 8. Artesanato
Nº Denominação Localização
1 Mercado do Artesanato Estrada direita de Cacuaco (Jangos)
TOTAL GERAL
1 Fonte de dados: Administração Municipal
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
33
7. Planeamento
O planeamento é uma técnica aplicada ao território (urbano/rural) que
determina a organização espacial, social e ambiental, a partir da necessidade de
se organizar estes espaços traduzidas na dinâmica e em constante
transformação, ressalta que planear e gerir um município, não é planear e gerir
apenas coisas (substrato espacial, mobiliário urbano/rural, etc.), mas sim
planear e gerir relações sociais (Sousa, 2005)
Assim, o planeamento é fundamentado por acções, projectos, estratégias e planos
voltados para o futuro do qual, sem intervenção não se alcançará um
determinado resultado. Neste contexto, o planeamento do desenvolvimento do
Município do Cacuaco será responsável por todo o processo de idealização,
criação e desenvolvimento de soluções que visam melhorar, revitalizar ou criar
varias realidades vivenciadas, tendo como objectivo principal proporcionar aos
habitantes uma melhoria na qualidade de vida.
O levantamento do uso do solo é importante para a compreensão dos padrões de organização do espaço. As medidas para o planeamento deste uso tem sido, até recentemente, baseadas em informações fragmentadas sobre os efeitos da ocupação do solo no meio ambiente.
A Lei nº 9/4 de 9 de Novembro (LEI DE TERRA), no Capitulo I Secção I, Artigo I na alínea h), J) e k) fala acerca do solo e da terra, mas com muito pouca especificidade para o sector do turismo. O Município de Cacuaco não tem nenhuma legislação local referente ao uso do solo nem a gestão dos espaços, baseando-se apenas na Lei nº 9/4 de 9 de Novembro.
7.1. Uso do solo
O Uso do solo pode ser entendido como sendo a forma pela qual o espaço
geográfico está sendo ocupado pelo homem e seus feitos nela.
Práticas de gestão do território e formas de uso do solo tem grande impacto sobre
os ecossistemas e os recursos naturais incluindo a água e o solo. A informação
sobre o uso da terra pode ser usada para desenvolver soluções para a gestão de
problemas relacionados a recursos naturais como por exemplo qualidade da
água. O levantamento do uso da terra é de grande importância, na medida em
que a ocupação desordenada do solo causa a deterioração do meio ambiente.
Os processos de erosão intensos, as inundações, os assoreamentos de
reservatórios e cursos d'água são consequências do mau uso do solo.
As mudanças de uso do solo estão diretamente relacionadas a questões
de mudança do clima também. Por exemplo, as queimadas afetam o clima. Por
outro lado, as práticas de reflorestamento podem contribuir para o aumento de
estoque de carbono.
Geralmente onde não há adequado planeamento do uso do solo ou sua execução
não segue o plano, ocorre degradação exacerbada do solo e dos demais recursos
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
34
naturais. Como consequência muitas vezes há miséria em regiões onde houve
esgotamento dos recursos naturais
7.2. Uso dos espaços
Zoneamento é um tradicional instrumento do planeamento urbano,
profundamente difundido durante o Século XX, caracterizado pela aplicação de
um sistema legislativo (normalmente em nível municipal) que procura regular
o uso e ocupação do solo urbano por parte dos agentes de produção do espaço
urbano, tais como as construtoras, incorporadoras, proprietários de imóveis e o
próprio Estado.
Normalmente, as leis de zoneamento restringem o tipo de estrutura a ser
construída em um dado local com base em:
Função: as diferentes zonas limitam uma dada área da cidade para certo tipo de estrutura. Zonas podem ser, normalmente, residenciais, comerciais, industriais ou mistas. Zonas residenciais permitem a ocupação do solo urbano somente para uso residencial, zonas comerciais apenas para uso comercial e zonas industriais apenas para uso industrial. Zonas mistas permitem o uso de residencial e comercial (e eventualmente o industrial de baixa incomodidade) do terreno.
Taxa de ocupação e Coeficiente de aproveitamento: diferentes zonas limitam o número de pavimentos que as estruturas a serem construídas podem vir a ter. Tal limite surge da divisão entre o coeficiente de aproveitamento máximo estipulado para uma região e a taxa de ocupação do lote urbano definido para ela.
Gabarito: corresponde à limitação efetiva do tamanho das construções (expressa, normalmente, em números absolutos).
Número de ocupantes: as várias zonas limitam a construção de estruturas baseado no número de habitantes ou trabalhadores a ocupar a área. Por exemplo, ruas próximas a grandes Shopping-Center e arranha-céus podem ficar congestionadas por causa do grande número de pessoas que entram e saem da dada estrutura. Também chamado zoneamento por densidade.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
35
8. Recomendações
A elaboração deste estudo foi feita de acordo com os termos de referência exigidos
pelo FAS, mas sendo este conclusivo para balizar um desenvolvimento
sustentável no Município de Cacuaco, uma vez que é o primeiro estudo do sector
do turismo. Assim sendo, foram feitos pesquisas e levantamentos de informações
relevantes para se ter em conta quais as acções iniciais a se ter em conta para
elaboração de estudos de projectos específicos com vista a desenvolver os diversos
tipos de turismo apontados.
No turismo o planeamento é um processo baseado em análise e avaliação,
visando desenvolver e melhorar as potênciais actividades turísticas gerando
qualidade ambiental, e bem-estar social. Portanto, o planeamento do
desenvolvimento do turismo em Cacuaco é necessário para facilitar a viabilidade,
a organização, e a sustentabilidade desta actividade, servindo também para
amenizar impactos negativos. Sendo assim, o processo de planeamento é
indispensável para que haja um desenvolvimento estratégico, equilibrado e
harmônico nesta localidade.
Uma das principais preocupações verificadas no Município de Cacuaco é o estado
da zona costeira.
O programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep), de 1990, relaciona
como principais grupos de poluentes marinhos que impactam as zonas costeiras
e oceanos, em escala mundial, os esgotos sanitários, compostos orgânicos
persistentes, elementos radioativos, metais pesados, nutrientes contendo
nitrogênio e fósforo, hidrocarbonetos, material em suspensão (movimentação de
sedimentos) e lixo sólido. Numa avaliação global, os dois grupos de poluentes que
mais impactam os ecossistemas da costa de Cacuaco, são os esgotos domésticos
e os compostos orgânicos persistentes. Os esgotos pelo volume elevado e por
serem, frequentemente, despejados sem tratamento prévio.
É importante compartilhar o problema com a população local, mostrando não
apenas as causas e as consequências da poluição marítima, mas também as
formas através das quais o cidadão comum pode ajudar em busca da solução do
problema. Outro apoio para solucionar este problema, é a Administração
Municipal e a Capitania Costeira do Município juntamente com órgãos
competentes do Ministério do Meio Ambiente. Depois de se solucionar a questão
da poluição das águas do mar de Cacuaco, poder-se-á elaborara planos de
desenvolvimento do turismo de sol e mar.
O turismo doméstico/social/interno e um dos veículos de consolidação da
unidade nacional e da valorização do património natural histórico e cultural e o
caminho a seguir para o desenvolvimento turístico das localidades,
especificamente para o Município de Cacuaco, que deverá seguir os seguintes
passos:
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
36
a) Implementar programas de sensibilização sobre o turismo;
b) Implementar um plano de desenvolvimento dos recursos humanos para a
melhoria da qualidade dos serviços no sector;
O desenvolvimento dos recursos humanos constituem uma pedra
angular para vencer os desafios do processo de edificação de um destino
turístico de referência e sucesso, que para tal tem que se erguer:
Uma força de trabalho, no sector do turismo competente e motivada;
Um desenvolvimento de habilidades e formação de carreiras;
Funcionários do Governo com capacidade e vontade para implementar
objectivo do turismo e maximizar os benefícios económicos e sociais
para a população.
O Município pode reestruturar a recolha de dados estatísticos, isso permite que se
faça a caracterização dos recursos, medir a capacidade de oferta e dos
movimentos turísticos para a elaboração de estratégias de desenvolvimento da
actividade;
Fazer a sinalização turística ao longo da Via expresso bem como nas estradas do
interior do Município;
Promover o Município e suas potencialidades a nível Nacional;
A construção de balneários públicos ao longo da praia;
A sinalização turística no Município;
Apostar na inspeção e fiscalização como meio de obter receitas;
O melhoramento da iluminação pública;
c) Criação de um calendário turístico anual, com vista a promover a imagem do
Município e obter maior retorno dos viajantes, elaborando:
Pacotes turísticos de viagens curtas (passeios, visitas, fins de semana
prolongados);
Actividades diversas de lazer durante as viagens, visitas ou estadias;
d) O Município de Cacuaco deverá ter os seguintes materiais de promoção: Brochuras para promoção dos recursos turísticos; Um guia turístico com mapa do município; Um guia de unidades de alojamento e estabelecimentos de restauração.
e) Apostas na gastronomia local como atrativo turístico;
A implementação das metas acima indicadas irá determinar o rumo do
desenvolvimento do sector do turismo no Município de Cacuaco, a
Curto/ médio prazo.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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9. Considerações Finais
Consideramos que no trabalho desenvolvido no Município de Cacuaco, foi possível analisar o perfil turístico de Cacuaco através das análises Swot´s atentando para as dificuldades de Cacuaco na implementação do turismo, ao passo que requer tempo e estrutura para concretizar. Entretanto, as políticas públicas de fomento ao turismo existentes no momento de pesquisa, bem como o trabalho desempenhado pelos actores envolvidos, são factores imprescindíveis, mostrando resultado no que tange a proposta da actividade. Diante do que foi apresentado, espera-se que este estudo possa ser um balizador
do desenvolvimento turístico do Município de Cacuaco, apostando na valorização do ambiente e da cultura local. Preparar o território balizando-o de um planeamento estratégico de acção, pensado e analisado de modo participativo, dará a segurança necessária para atender os anseios da comunidade local, bem como respeitar as necessidades da procura turística, considerando o potencial do Município, seus pontos fortes e fracos. Enfatiza-se que é preciso elaborar um plano de acção como orientador de trabalho, mas que urgentemente se faz necessária uma equipa que discutira sobre o turismo e irá propor soluções aos entraves que certamente encontrará no caminho. Os aspectos considerados positivos foram:
Recursos turísticos diversificados embora em número reduzido ( sol & mar, histórico-cultural, religioso, de eventos e desportivo) presentes no Município.
A possibilidade de desenvolvimento de todos os tipos de turismo. Proximidade da cidade capital.
Entre os problemas estruturais apresentam-se:
Falta de política integrada Pouca oferta de recursos humanos qualificados para o atendimento ao
visitante; Inexistência de divulgação do destino e dos empreendimentos turísticos; Falta de incentivo financeiro para o sector; Inexistência de proteção dos recursos turísticos locais; Falta de infraestruturas urbanas, de acesso e de visitação turística, tais
como Sinalização Turística, Infraestrutura básica (casas de banho e baldes de lixo) em atrativos turísticos potenciais;
Verificou-se que o organismo de tutela dentro da Administração (Direcção
Municipal do Turismo e Comércio), não possui autonomia administrativa
nem financeira que permita a agilização das acções relacionadas com o
turismo no Município, existe uma subordinação ou dependência
institucional muito forte e, ao mesmo tempo, esta situação fica ainda mais
prejudicada quando, sendo o turismo um importante sector a ser
desenvolvido, não tem uma Direcção exclusiva que trate de assuntos
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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relacionados única e exclusivamente com o turismo, portanto, neste
momento o sector não está devidamente estruturado para desenvolver o
turismo.
Julga-se pertinente, a elaboração de um PLANO DE DESENVOLVIMENTO
TURÍSTICO DO MUNICÍPIO DE CACUACO, deste plano, deve contar com o apoio
e coordenação do Órgão de Tutela do Sector, MINHOTUR, com vista a balizar as
estratégias de implementação do turismo baseadas na legislação em vigor.
Para que implementação deste plano, há que se ter em conta o seguinte:
A concorrência, tanto na questão da qualidade como no preço;
Os segmentos de mercados atraídos pelos recursos naturais histórico-culturais, religiosos e de eventos do Município;
A criação de incentivos ao desenvolvimento de produtos complementares;
O desenvolvimento das capacidades locais para enriquecer a oferta de produtos;
O marketing desempenha um papel crucial na educação do turista sobre a cultura local/rural e no esforço para que eles possam tirar o maior proveito da visita ao Município, por isso, deve ser dada uma atenção especial;
A inclusão de medidas para garantir que o produto criado seja acessível a todos, inclusive a visitantes com mobilidade reduzida;
É de primordial importância um comprometimento das instituições de direito com
o desenvolvimento do turismo local para se alcançar a diversificação da
economia, melhorando as condições socioeconómicas da população visando o
desenvolvimento do Município.
Resta a Cacuaco aproveitar o seu potencial turístico de acordo com a
oportunidade apresentada, viabilizando a consolidação do turismo local, diante
da realidade desafiadora.
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
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Bibliografia
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Cunha, Licínio – Economia e Política do Turismo. Editora: Verbo, 1ª edição,
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Costa, Carlos – Brandão, Filina – et all – Turismo nos Países Lusófonos,
Estratégia e Territórios (Vol. 1) 1ª Edição, Escolar Editora, 2014
Costa, Carlos. Brandão, F. et al – Competitividade do Turismo nos Países da
Lusófonia: Conhecimento, Estratégia e Territórios. Escolar Editora, Lisboa,
2014.
MINHOTUR – Ministério da Hotelaria e turismo, Plano Director do Turismo
(PDT) 1ª edição – Editora: Orgal Lda, 2013.
MINHOTUR/INFOTUR – Ministério da Hotelaria e Turismo/Instituto de
Fomento Turístico, Postos de Informação Turística. Editora: UNIBIT, Lda,
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Beni, C. Mário - Análise Estrutural do Turismo - São Paulo: Editora: Sencc,
2007.
Stighano, V. Beatriz - Inventário Turístico - São Paulo. Alínea. 2005.
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Local (PDM), Edição: Administração Municipal de Cacuaco,
WTTC – World Travel & Tourism Council. The 2015 travel & tourism
economic reserch. Disponível em: < www.wttc.orf > .
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
Anexos
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
Fonte: Suborbanadigital.blog
Restaurante TUMBUZA
Fonte: Equipa de consultores
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
Loja da operadora de telecomunicação_UNITEL e Agência do Banco Económico
Fonte: Equipa de consultores
Correios de Angola_Sede do Município de Cacuaco
Fonte: Equipa de consultores
Igreja Católica_Paróquia de Santo António
Fonte: Equipa de consultore
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
Praia Sede_Município de Cacuaco
Fonte: Equipa de consultores
Praça do ARTEZANATO_Município de Cacuaco
Fonte: Equipa de consultores
Mercado municipal de Cacuaco
Fonte: Equipa de consultores
Estudo de desenvolvimento local no sector do turismo
Igreja Católica_Paróquia de São João Baptista
Fonte: Equipa de consultores
Albergaria dos antigos caminhos-de-ferro da funda
Fonte: Equipa de consultores
Marco histórico do Kifangondo
Fonte: Equipa de consultores