FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Educação Ambiental e práticas de conservação do solo no ensino fundamental.
Autor Wanda Maria Tamborlim Altrão
Escola de Atuação Colégio Estadual Humberto de Campos – EFM.
Município da escola Atalaia
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Ana Tiyomi Obara
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Disciplina/Área Ciências
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Público Alvo Alunos da 5ª série
Localização Colégio Estadual Humberto de Campos – Ensino Fundamental e Médio.Rua: Pedro Ortolani, nº 90-centro, município de Atalaia.
Apresentação: A presente Unidade Didática traz uma abordagem sobre a educação ambiental, enfatizando o solo como recurso natural e essencial para a nossa sobrevivência e tem como objetivo propiciar ao educando atividades que oportunizem reflexões sobre manejo e conservação do solo e entenda as conseqüências do seu mau uso. Os conteúdos a serem abordados com os educandos, não se limitam a sala de aula, podendo ocorrer em espaços alternativos existentes na escola, no seu entorno e na zona rural. Os conhecimentos serão abordados de forma crítica e criativa, evidenciando a preocupação em trabalhar os conhecimentos a partir da discussão dos problemas locais, possibilitando ao aluno compreender a realidade da qual faz parte, interpretá-la para a sua transformação.
Palavras-chave Ambiente, Solo, Conservação.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
UNIDADE DIDÁTICA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO NO
ENSINO FUNDAMENTAL
Fonte: A autora.
PROFESSORA PDE 2010: WANDA MARIA TAMBORLIM ALTRÃO
ORIENTADORA: ANA TIYOMI OBARA
NÚCLEO: MARINGÁ
ÁREA: CIÊNCIAS
MARINGÁ
2011
LISTA DE FOTOS
Foto 1 Caixa com solo sem cobertura vegetal e caixa com solo com
cobertura vegetal morta ........................................................................ 11Foto 2 Caixa com solo com curvas de nível e caixa com solo sem curvas de
nível ...................................................................................................... 12Foto 3 Plantio direto com cobertura vegetal morta .......................................... 13Foto 4 Plantio convencional com erosão laminar ............................................ 14
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO................................................................ 4
2 JUSTIFICATIVA DA PRODUÇÃO ......................................................... 43 OBJETIVOS DA PRODUÇÃO ............................................................... 64 ESTRATÉGIA DE AÇÃO ....................................................................... 64.1 ATIVIDADE 1: LEVANTAMENTO DAS CONCEPÇÕES COTIDIANAS
DOS ALUNOS A RESPEITO DO MEIO AMBIENTE ............................. 74.2 ATIVIDADE 2: LEVANTAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIO
DOS ALUNOS A RESPEITO DO SOLO ................................................. 84.3 ATIVIDADE 3: OBSERVAÇÃO DO SOLO DA REGIÃO DE ATALAIA ... 94.4 ATIVIDADE 4: OBSERVAÇÃO DAS TÉCNICAS DE MANEJO E
CONSERVAÇÃO DO SOLO .................................................................. 104.5 ATIVIDADE 5: PLANTIO DE ÁRVORES ................................................ 144.6 ATIVIDADE 6: MONTAGEM DA HORTA ESCOLAR ............................. 154.7 ATIVIDADE 7: CONVERSANDO COM UM AGRÔNOMO ..................... 165 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 166 AVALIAÇÃO ........................................................................................... 16
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 17
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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: WANDA MARIA TAMBORLIM ALTRÃO.
Área PDE: CIÊNCIAS.
NRE: MARINGÁ.
Professora Orientadora : PROFª DRª ANA TIYOMI OBARA
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM).
Escola de Implementação: COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO DE CAMPOS- EFM.
Público objeto da intervenção: TURMA DA 5ª SÉRIE.
TÍTULO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO NO ENSINO FUNDAMENTAL.
2 JUSTIFICATIVA DA PRODUÇÃO
A presente Unidade Didática traz uma abordagem sobre a Educação
Ambiental, enfatizando o Solo como recurso natural e essencial para a nossa
sobrevivência. Para muitas pessoas, o solo representa somente o meio para o
cultivo de plantas, além de ter uma concepção de ser o solo um recurso inesgotável.
Diante disso, o estudo do solo através da educação formal, o seu conhecimento e
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divulgação de informações de sua importância na vida do homem, são condições
principais para a sua proteção e conservação.
Segundo Tamoio (2002, p.35):
A escola deve desempenhar, junto à comunidade, a função social de transformação e auto superação, no qual o processo de elaboração destes com o seu espaço natural e social é vital para uma Educação Ambiental comprometida com as transformações do contexto sociocultural.
Segundo Fracalanza, Amaral e Gouveia (1986, p. 26-27):
“(...) o ensino de ciências no primeiro grau, entre outros aspectos, deve contribuir para o domínio das técnicas de leitura e escrita; permitir o aprendizado dos conceitos básicos das ciências naturais e da aplicação dos princípios aprendidos a situações práticas; possibilitar a compreensão das relações entre a ciência e a sociedade e dos mecanismos de produção e apropriação dos conhecimentos científicos e tecnológicos; garantir a transmissão e a sistematização dos saberes e da cultura regional e local”.
A Unidade Didática tem como meta traçar caminhos de aprendizagem, para
que as aulas de ciências tornem-se mais atrativas e mais consistentes no processo
ensino-aprendizagem, para isso, o professor deve criar metodologias diferenciadas
na aquisição de conhecimentos científicos sistematizados, buscando uma ação
reflexiva em relação a unidade didática. Com isso, por meio de atividades práticas e
em campo possibilitar ao educando fazer observações corretas e detalhadas do
meio, detectar problemas que atingem o seu meio ambiente, formular e confrontar
hipóteses e buscar soluções descobrindo o valor do ensino de ciências na
construção de uma comunidade sustentável e a real possibilidade de harmonia
ciências/homem/natureza.
Objetivando à superação da retenção, evasão escolar, fragmentação do
saber, é que nos propusemos viabilizar o caráter crítico e participativo da Educação
Ambiental, buscando com essa metodologia associar os conhecimentos científicos
adquiridos à realidade local.
As atividades desenvolvidas nessa unidade didática são fundamentais na
construção do conhecimento científico.
Alguns autores como Luz e Marques. (1989), enfatizam que o que
verdadeiramente se busca como ensino de ciências é um aluno sendo
convenientemente iniciado no mundo das ciências de forma que este produza
saber científico voltado para a busca da melhoria de vida neste planeta. Em outras
palavras este ensino deve servir para a formação da consciência critica do cidadão,
revertendo (seus conhecimentos científicos) em ações voltadas à melhoria de vida
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da sua comunidade. Ter um aluno com consciência crítica atualmente, só é
possível quando ele tem a oportunidade de pensar, questionar, criar, formular
hipóteses e obtiver as respostas destas hipóteses.
3 OBJETIVOS DA PRODUÇÃO
Promover estudos com alunos do Ensino Fundamental com relação a adoção
de práticas conservacionistas na promoção da conservação do solo na região de
Atalaia, relacionando-o à fertilidade e, consequentemente, à produtividade. Dessa
forma, possibilitar que eles desenvolvam uma postura critica frente ao uso, manejo e
conservação do solo, onde as novas gerações passem a lutar por um mundo mais
sustentável.
4 ESTRATÉGIA DE AÇÃO
O projeto de intervenção “Educação Ambiental e Práticas de Conservação
do Solo no Ensino Fundamental” será desenvolvido com os alunos da 5ª série do
período vespertino do Colégio Estadual Humberto de Campos, Município de Atalaia,
no período de agosto a dezembro de 2011, visando a conscientização de que a
conservação do solo é fundamental para a manutenção da vida.
Os conteúdos a serem abordados com os educandos, não se limitam à sala
de aula, podendo ocorrer em espaços alternativos existentes na escola, no seu
entorno e na zona rural. Os conhecimentos serão abordados de forma crítica e
criativa, evidenciando a preocupação em trabalhar os conhecimentos a partir da
discussão dos problemas locais, possibilitando ao aluno compreender a realidade da
qual faz parte, interpretá-la para a sua transformação.
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4.1 ATIVIDADE 1:
LEVANTAMENTO DAS CONCEPÇÕES COTIDIANAS DOS ALUNOS A
RESPEITO DO MEIO AMBIENTE
Nesta aula serão discutidas as relações entre o homem e o ambiente e as
conseqüências dessas relações. Historicamente, a humanidade sempre considerou
o ambiente tudo o que lhe é externo, como sendo algo ilimitado, à sua disposição.
Em grupo de 3 a 4 alunos será solicitado que respondam as questões:
1) O que significa a expressão Meio Ambiente? Você faz parte do Meio
Ambiente?
2) Faça um desenho do meio ambiente. (numa cartolina)
3) Levante alguns problemas ambientais do meio onde vive.
Nesta questão, a turma deve ser dividida em grupos para levantar os
principais problemas ambientais dos lugares que mais freqüentam. Cada grupo fará
uma análise dos principais problemas encontrados: a) na escola, b) em suas
residências, c) no bairro e d) na cidade, como um todo. Para responder esta
questão, os alunos devem fazer um relatório. Este relatório deve conter um conjunto
de descrições, análises e pontos de vistas da atividade desenvolvida, de modo a
possibilitar a reflexão e ação do educando no meio em que vive. Além de ampliar o
vocabulário e aprimorar a produção textual (escrita). Para facilitar a produção do
gênero textual Relatório, pedir aos alunos que se orientem pelo questionamento: O
quê? Quem? Quando? Como? e Por quê?
As três questões serão colocadas no grande grupo para apresentação e
discussão, onde a professora fará as complementações necessárias.
Para dar continuidade a essa atividade, os alunos receberão cópia do texto
“Conservando o Meio Ambiente” do livro Ciências Naturais no dia-a-dia,
(ALVARENGA, et al., 2004, p. 88-91) para leitura e discussão e logo após
responderão a seguinte questão:
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4) O que poderemos fazer para proteger o meio ambiente?
A partir das sugestões dos alunos para preservar o ambiente, a professora
fará intervenções necessárias discutindo as relações do homem com a natureza e
suas interferências.
4.2 ATIVIDADE 2:
LEVANTAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIO DOS ALUNOS A
RESPEITO DO SOLO
As discussões a serem realizadas nesta atividade têm como objetivo de
explicar sobre a formação do solo (intemperismo).
Em grupo os alunos deverão responder as seguintes questões:
1) Para o grupo, o que é o SOLO?
2) Como se formou o SOLO?
Cada grupo apresentará a sua resposta em um cartaz e a professora
irá complementando e intervindo quando necessário.
Diante das respostas dessas duas questões, as principais idéias a serem
exploradas são: associação da formação do solo com a ação do intemperismo e dos
seres vivos; associação da presença de húmus, com a existência de microrganismos
e com a fertilidade do solo e comparação entre diferentes tipos de solo e sua origem
(rocha mãe).
Para os alunos compreenderem melhor sobre a formação do solo e seus
diferentes tipos será proposto a leitura de dois textos: “Origem e transformação do
solo” extraído do livro Ciências, Natureza & Cotidiano (TRIVELLATO, et al., 2006, p.
8-13). “Os tipos de solo” extraído do livro Ciências Integradas (ALVARENGA, et al,
2008, p. 60-62).
Após a leitura dos textos, os alunos em grupo apresentarão as respostas
das questões abaixo em forma de debate.
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1) O que é intemperismo? Como ele acontece? Para que serve?
2) O processo de formação do solo é demorado?
3) Todos os solos são iguais? O que os diferenciam?
Os alunos serão orientados a realizar uma pesquisa com os agricultores da
região:
1) Qual o tipo de solo que predomina em nossa região? Ele é considerado
um solo fértil? Quando um solo é considerado fértil?
2) Ao plantar uma determinada cultura, como você sabe se o solo é
apropriado para tal? Quem o instrui para isto?
Com o desenvolvimento do debate e as respostas da pesquisa feita com os
agricultores os alunos poderão refletir e estabalecer relações sobre a formação e
tipo do solo e o tempo em que o mesmo demora para se formar.
4.3 ATIVIDADE 3:
OBSERVAÇÃO DO SOLO DA REGIÃO DE ATALAIA
Será realizada uma visita a campo na zona rural do município de Atalaia
para os alunos observarem o solo. Será problematizada a questão da degradação
do solo (erosão): como ela começa e as principais medidas de conservação (plantio
direto, curvas de nível) e sua importância para que o solo não perca os nutrientes e
garanta grandes produções. Nesta atividade, deverá ser salientado o grande
problema da erosão, especialmente a erosão laminar, que muitas vezes não
percebemos, mas causa grandes prejuízos. Neste processo, a camada superficial do
solo (nutrientes) é levado para áreas mais baixas, causando o empobrecimento do
solo, segundo Bertoni (2008, p. 76): “A erosão laminar arrasta primeiro as partículas
mais leves do solo, e considerando que a parte mais ativa do solo de maior valor, é
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a integrada pelas menores partículas, pode-se julgar os seus efeitos sobre a
fertilidade do solo.”
Depois da visita ao campo será solicitado para que os alunos façam um
desenho de uma propriedade rural com as práticas de conservação do solo que
acham importantes.
Cada aluno apresentará seu desenho explicando as práticas de
conservação e para que servem. A professora fará as complementações
necessárias, destacando principalmente as práticas de preservação dos solos e
outras que, ao contrário, os destroem.
Esta aula tem como objetivo reconhecer a importância do conhecimento
científico para explicar o fenômeno na prática, confrontando e estabelecendo uma
relação entre o seu ponto de vista e os conceitos científicos, além de desenvolver
comportamentos necessários ao bom desenvolvimento de trabalhos em campo, isto
é, fora da sala de aula: pontualidade, trabalhar em equipe, disciplina, organização,
concentração e observação direta dos fenômenos estudados na teoria.
Para ampliar o conhecimento dos alunos sobre “técnicas de combate à
erosão” a professora fornecerá textos, livros didáticos e alguns sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conserva%C3%A7%C3%A3o_do_solo
http://www.ceplac.gov.br/radar/conservacaosolo.htm
4.4 ATIVIDADE 4:
OBSERVAÇÃO DAS TÉCNICAS DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO
SOLO
Para demonstrar na prática o que foi visto na atividade anterior, será
realizado experimento no pátio da Escola mostrando tipos diferentes de conservação
do solo, ressaltando a importância da cobertura vegetal e das curvas de nível. Na
discussão dos resultados, ressaltar que a água escoada superficialmente carrega
consigo as partículas superficial do solo, isto é, os nutrientes, assim a produtividade
é menor.
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Procedimento:
Construir quatro caixas de madeira retangular de 50 por 70 centímetros,
fazer algumas perfurações na base para evitar que a água acumule na caixa.
Teremos quatro caixas (2 pares), sendo que o primeiro par ( figura 1) servirá
para demonstrar a importância da cobertura vegetal (plantio direto), o segundo par
de caixas (figura 2) servirá para demonstrar o plantio em curvas de nível. Coloque
um suporte embaixo das caixas na parte superior (conforme a figura) para que
ocorra uma pequena declividade, como acontece com a maioria dos terrenos em
nossa região.
Veja as duas montagens:
EXPERIÊNCIA Nº 1
IMPORTÂNCIA DA COBERTURA VEGETAL
Figura 1: Caixa com solo sem cobertura vegetal e caixa com solo com cobertura vegetal morta.Fonte: A autora.
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Procedimento:
Fazer uma simulação de chuva com o regador, despejando a água a cerca
de 30 cm de altura, em cada uma das caixas sobre o lado mais elevado e coletar a
água. Comparar a cor da água e a quantidade de solo das duas caixas, ressaltando
assim, a perda dos nutrientes da superfície do solo.
EXPERIÊNCIA Nº 2
PLANTIO EM CURVAS DE NÍVEL
Figura 1: Caixa com solo com curvas de nível e caixa com solo sem curvas de nível.Fonte: A autora.
Com o mesmo procedimento de simulação de chuva da experiência 1,
comparar a quantidade de água, a cor do solo e os efeitos da erosão.
Após a realização dessas experiências, serão apresentadas algumas
questões para debate:
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1) Há alguma diferença na quantidade de solo removido das caixas? Em
qual delas a infiltração da água é maior?
2) Na experiência 1, qual o efeito da vegetação?
3) Na experiência 2, em qual das duas situações a água provoca mais
erosão?
Explicar a apresentação do vídeo do youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=UrPrNskK1yo
4) Observe as fotos abaixo e explique as vantagens e desvantagens dos
tipos de plantio utilizado.
Figura 3. Plantio direto com cobertura vegetal morta.Fonte: A autora.
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Figura 4. Plantio convencional com erosão laminar.Fonte: A autora.
Após os experimentos e apresentação do vídeo os alunos farão relatório que
será apresentado e discutido no grande grupo.
As experiências podem facilitar o estudo dos solos, uma vez que
representam o objeto de estudo de modo tridimensional, podendo portanto, o
fenômeno ser analisado de vários ângulos, o que permite ao educando comparar,
observar, simular e ainda relacionar com o registro feito durante a visita ao campo.
4.5 ATIVIDADE 5:
PLANTIO DE ÁRVORES
Será realizada uma atividade de campo na zona rural, onde os alunos
plantarão mudas de árvores. Será o momento de problematizar que o
desmatamento afeta o solo e todos os seres vivos e que ainda segundo Branco
(2002, p.37): “Solo e vegetação exercem papel fundamental no controle das chuvas
e no equilíbrio do ciclo hidrológico.” Assim eles irão perceber que o plantio das
mudas é só uma pequena parte do que é preciso fazer para restaurar nossas matas.
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E vão entender que esse é um trabalho para a vida toda, não se resume a iniciativas
pontuais.
Discutir, ainda, que ao retirar a cobertura vegetal o solo fica desprotegido e
diretamente exposto à chuva, que carrega a parte orgânica para os rios ou lugares
mais baixos, empobrecendo o solo e assoreando os rios. Ao contrário, quando
existem árvores, a queda da água é amortecida pelas folhagens e as raízes ajudam
na absorção da água da chuva pelo solo e impedem a formação de enxurradas.
Nessa atividade será discutida a importância das árvores, com base no
seguinte questionamento:
Quais as conseqüências para o solo a derrubada de uma floresta?
Esta prática tem como objetivo conscientizar e sensibilizar o educando em
relação ao impacto ambiental causado pelo desmatamento e explicitar o quanto à
arborização é importante para o equilíbrio da natureza.
4.6 ATIVIDADE 6:
MONTAGEM DA HORTA ESCOLAR
No pequeno espaço existente no colégio, os alunos e a professora
construirão a horta escolar, com o intuito de trabalhar e disseminar os
conhecimentos sobre a preservação ambiental, a importância da fertilidade do solo e
da sua absorção de água para o bom desenvolvimento das plantas.
Sabemos que ter uma alimentação saudável é um dos pontos fundamentais
para a manutenção e melhoria da qualidade de vida do ser humano, mas para isso,
precisamos do solo bem conservado e com nutrientes necessários para que não
precise utilizar produtos químicos; diante disso, serão ressaltados a importância da
matéria orgânica no crescimento e desenvolvimento das plantas e a da necessidade
de um solo fofo e poroso, que permita a entrada e saída do ar e da água.
Serão problematizados com os alunos que muitas vezes as atividades
agrícolas são desenvolvidas de forma inadequadas, sem o uso das estratégias de
conservação. Por isto, o solo fica compactado e sem matéria orgânica. Como
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resultado, depois de alguns anos a produção diminui, o solo se esgota e as plantas
não crescem mais.
Após as explicações, será solicitado a todos os alunos, que elaborem um
texto sobre as relações entre a água, o solo e a vegetação.
4.7 ATIVIDADE 7:
CONVERSANDO COM UM AGRÔNOMO
Para ampliação dos conhecimentos dos alunos e sanar algumas dúvidas,
propõe-se uma palestra com um agrônomo, explicando de forma crítica sobre a
importância da conservação do meio ambiente, especificando o solo para a
continuação da vida em nosso planeta.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que ao término do projeto os alunos sujeitos desta intervenção
não só aprenderão os conteúdos contemplados nesta produção, mas também,
estejam conscientes da importância do solo para a vida animal e vegetal e
principalmente para o desenvolvimento da agricultura, atividade essencial para a
subsistência humana e que, portanto aprendam e busquem meios de utilizá-lo sem
degradação levando esse conhecimento para seu meio social .
6 AVALIAÇÃO
O processo de avaliação deve ocorrer durante todo o desenvolvimento das
atividades, verificando-se o desenvolvimento das mesmas, a participação individual
e coletiva, as respostas nos debates, a participação durante as aulas e na resolução
das questões propostas.
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REFERÊNCIAS
ALVARENGA, J. P. et al. Conservando o meio ambiente. In:______. Ciências
Naturais no dia-a-dia: Manual do professor; 5ª série. Curitiba: Positivo, 2004. cap.
2, p. 88-91.
ALVARENGA, J. P. et. al. A terra por dentro e por fora. In:______. Ciências
Integradas; 5ª série. Curitiba: Positivo, 2008. cap. 4, p. 60-62.
BERTONI, J.; LOMBARDI, F.; N. Conservação do solo. 6. ed. São Paulo: Ícone,
2008.
BRANCO, S. M. O meio ambiente em debate. 26. ed. São Paulo: Moderna, 2002.
CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA. Disponível em:
http://www.ceplac.gov.br/radar/conservacaosolo.htm. Acesso em 10/06/2011.
CONSERVAÇÃO DO SOLO. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conserva%C3%A7%C3%A3odosolo. Acesso em
25/05/2011
FRACALANZA, H.; AMARAL, I. A.; GOUVEIA, M. S. F. O ensino de ciências no
primeiro grau. São Paulo: Atual, 1986.
LUZ, G, O. F.; MARQUES, D. M. C. Fundamentação em Ciências: uma Proposta
para Debate e Ação. Ciências e Cultura, Rio de Janeiro, n. 41, p. 5-13, Janeiro,
1989.
TAMOIO, I. O professor na construção do conceito de natureza: uma
experiência de educação ambiental. São Paulo: Annablume, 2002.
TRIVELLATO, J. et. al. Origem e transformação do solo. In:______. Ciências
Naturais & Cotidiano: criatividade, pesquisa, conhecimento; 5ª série. São Paulo:
FTD, 2006. cap. 1, p. 8-13.