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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: A PROPAGANDA NA SALA DE AULA: Uma proposta de ensino
Autor SANDRA MARA WELTER TOALDO
Escola de Atuação ESCOLA ESTADUAL ÉRICO VERÍSSIMO
Município da escola LARANJEIRAS DO SUL
Núcleo Regional de Educação LARANJEIRAS DO SUL
Orientador CÉLIA BASSUMA FERNANDES
Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE/UNICENTRO
Disciplina/Área (entrada no PDE) LÍNGUA PORTUGUESA
Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁTICA
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
CIÊNCIAS
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
ALUNOS DE 8ª SÉRIE (OU 9º ANO)
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
RUA MARECHAL CÂNDIDO RONDON, 1731 - CENTRO
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Trabalhando com alunos, percebi sua dificuldade em
relação à leitura tanto daquilo que está dito quanto do que não
está e, consequentemente, havendo ausência de uma leitura
crítica. Sabe-se que a falta de leitura tem motivação social.
Entretanto, além da família, é papel da escola formar bons
leitores, uma vez que quem não lê criticamente, também não
escreve da mesma forma, além de ser facilmente influenciado
por falsas ideologias ou por ideologias tendenciosas e, por isso,
privado de seus direitos de cidadão.
Na sociedade de consumo atual, a publicidade tem se
expandido. Circula na mídia com glamour, divulgando
produtos, difundindo idéias, valores, formando opiniões. Nesse
contexto, a propaganda não pode ser ignorada no interior das
salas de aula. Em função desse fato, sob o quadro teórico da
Análise de Discurso, pretende-se estimular o aluno a ler
propagandas de forma crítica, levando em conta as formações
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discursivas nelas sedimentadas, bem como as condições de sua
produção.
Após a leitura de textos publicitários, o aluno deverá
reconhecer os procedimentos discursivos utilizados para
convencer o sujeito-consumidor a adquirir determinado
produto, bem como problematizar questões ligadas à sociedade
de consumo.
Para finalizar, os alunos deverão produzir campanhas
de conscientização ligadas a problemas de sua escola.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Propaganda; leitura; interpretação; cidadania
Caros colegas,
Esta Unidade Didática foi elaborada com duas propagandas que circulam
impressas e cinco em vídeo, as quais podem ser acessadas pela internet, no endereço
eletrônico informado junto à figura . Recorri a esse procedimento devido à
dificuldade de conseguir cessão de direitos autorais junto às empresas e agências de
publicidade.
A princípio, coletei propagandas sobre diversos assuntos, em revistas de
circulação nacional, cujos temas, creio, seriam bastante atrativos aos adolescentes a
quem este material se destina. Além disso, haveria a possibilidade de as peças
publicitárias poderem ser impressas, o que facilitaria o seu estudo. Infelizmente, elas
tiveram de ser substituídas pelo motivo acima exposto.
Apesar das mudanças de percurso, procurei seguir o meu propósito de trabalhar
questões ligadas à leitura e interpretação de textos curtos tais como a propaganda, aos
quais atrelei também questões ligadas ao consumo, à ética e, consequentemente, à
cidadania.
Quanto às propagandas em vídeo, sugiro que, antes de sua exibição, os alunos
leiam as questões propostas. Cada exibição deverá ser repetida ao menos duas vezes, a
fim de que os alunos possam responder aos questionamentos com proficiência.
Com este trabalho, espero ter contribuído para a formação de sujeitos-leitores,
críticos e atuantes na sociedade por eles constituída.
Um abraço.
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A PROPAGANDA NA SALA DE AULA - Uma proposta de ensino
A palavra propaganda deriva do latim propagare, (coisas que devem ser
propagadas, difundidas). Refletir sobre a propaganda na perspectiva da Análise de
Discurso significa tomá-la como lugar onde a língua, o discurso e a ideologia
estabelecem relações, pois a língua é o lugar onde o discurso – efeito de sentido entre
interlocutores – adquire uma forma material, e onde o sujeito se constitui pela ideologia.
A mídia atual tem se manifestado como espaço para divulgação, difusão de
ideias, e a propaganda tem se valido desse espaço para difundir ideias, serviços e
produtos através de uma linguagem persuasiva e sedutora. Em função disso, os textos
publicitários, com suas múltiplas significações, não podem passar despercebidos no
contexto da sala de aula, pois é no âmbito da escola que o educando será provido de
condições para que leituras proficientes se deem. Ler e interpretar com proficiência
textos dessa natureza também constitui exercício da cidadania.
A propaganda tem o poder de seduzir, de convencer o sujeito-consumidor/leitor
a adquirir o produto que anuncia ou até mesmo provocar nele mudanças de hábitos,
atitudes e comportamentos. Se cabe à escola promover oportunidades de contato com
um repertório variado de textos, certamente a propaganda não deve ficar de fora, uma
vez que ela faz parte do cotidiano dos alunos. Todos os dias a mídia “despeja” uma
gama enorme de anúncios, incorrendo em múltiplos significados, carregados de
ideologias que terminam por consolidar e/ou criar valores sociais.
Muitos professores baseiam seu trabalho em livros didáticos nos quais os textos
publicitários são pouco prestigiados. Por isso, trabalha-se pouco o funcionamento
linguístico-discursivo desse tipo de texto. A eficiência de um texto publicitário está
condicionada a mecanismos que chamam a atenção do público consumidor, provocando
seu interesse; estimulam o desejo de compra; imprimem o nome do produto, criando a
convicção; e transformam o desejo em compra (WITZEL & TEIXEIRA, 2009). Para
isso, a propaganda cria no consumidor a ilusão de que, ao adquirir o produto anunciado,
este modifica sua vida, causando-lhe sensações de bem-estar, de realização pessoal, etc.
Sobre a propaganda, Vestergaard e Schroder (1988, p.84) afirmam que “os
anúncios devem preencher a carência de identidade de cada leitor, a necessidade que
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cada pessoa tem de aderir a valores e estilos de vida que confirmem seus próprios
valores e estilos de vida e lhe permitem compreender o mundo e seu lugar nele.” Trata-
se, assim, de um “processo de significação no qual determinado produto se torna a
expressão de determinados valores ou estilos de vida” (FERNANDES, 2009, p.2).
Na Análise de Discurso de orientação francesa, as condições de produção de um
discurso, inclusive o publicitário, implicam em um mecanismo imaginário que
compreende a projeção de imagens que o sujeito do discurso faz do outro, de si próprio
e do referente. Orlandi discorre sobre esse jogo de imagens no seguinte excerto:
Como um jogo de xadrez, é melhor orador aquele que consegue antecipar o maior
número de „jogadas‟, ou seja, aquele que mobiliza melhor o jogo de imagens na
constituição dos sujeitos [...] esperando-os onde eles estão, com as palavras que eles
“querem” (gostariam de, deveriam etc.) ouvir (ORLANDI, 2009, p.41).
Em outras palavras, o sujeito-enunciador deve ser capaz de prever o sentido que
suas palavras produzirão no sujeito-consumidor. É, portanto, o mecanismo da
antecipação que permite determinar quais argumentos devem ser empregados para
convencer o sujeito-consumido a obter determinado bem ou serviço.
Cabe à escola levar o aluno a identificar esses procedimentos linguístico-
discursivos, a fim de não permitir que caia nas “armadilhas” criadas pela publicidade,
cujo fim último é o consumo de um serviço ou produto, e até mesmo a imposição de
ideias e valores. Do nosso ponto de vista, faz-se necessário que, no interior das escolas,
o senso crítico seja cada vez mais refinado, instigado, pois só assim haverá a formação
de cidadãos plenos.
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A comunicação entre as pessoas é possibilitada pela linguagem verbal
(representada pela palavra escrita ou falada) e não-verbal (representada por imagens).
Há também a linguagem mista, a qual se utiliza de imagens e de palavras como formas
de expressão. Na maioria das propagandas, a linguagem mista é a predominante.
Os anúncios publicitários são informativos e persuasivos, destinados a divulgar
ideias (finalidade ideológica) ou vender serviços e produtos (finalidade comercial).
Segundo Gonzales (2003), as propagandas geralmente apresentam a seguinte estrutura:
título, imagem, texto, marca e slogan.
O título tem por objetivo chamar a atenção do sujeito-consumidor/leitor, por
isso é apresentado em letras maiores que as do texto. Conforme Gonzales (2003), deve
ser original e criativo, fazendo com que o consumidor pare para entender o sentido da
imagem presente no anúncio e se interesse em fazer a leitura do texto que o compõe.
Sua maior preocupação, não é com informações sobre a ideia ou produto propagado,
mas com o sujeito-consumidor/leitor, por isso o trata como indivíduo, através de formas
de tratamento como “você”, por exemplo.
A imagem (ou ilustração) pode ser um desenho, uma foto, uma gravura. É ela
que dá vida ao anúncio, atrai a atenção do sujeito-leitor/consumidor, despertando nele o
desejo de aderir à ideia exposta ou comprar o produto anunciado.
O texto, normalmente curto, objetiva convencer o público a adquirir um
produto, a dar preferência a uma marca. Nos anúncios que veiculam campanhas, o
objetivo é conscientizar o público da necessidade de preservar a natureza, de se prevenir
contra doenças, etc. Geralmente aparece logo abaixo da imagem do anúncio.
A marca é um “símbolo ou sinal que funciona como elemento identificador e
representativo de uma empresa, uma instituição, um produto, etc.” (RABAÇA &
BARBOSA, 1987, p.383).
O slogan é uma frase curta e atraente, de fácil percepção e memorização, que
tem por objetivo divulgar as qualidades e a superioridade de um produto, serviço ou
ideia. Segundo Rabaça & Barbosa (1987, p. 544), um slogan deve ser breve, positivo,
objetivo, direto, compreensível e simpático. Ainda segundo eles, é comum o uso de um
mesmo slogan em todas as peças de uma campanha ou durante longos períodos,
repetidamente e sem alteração.
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Nem sempre esses elementos constitutivos da propaganda encontram-se
reunidos em uma peça publicitária. Muitas vezes, nos deparamos com anúncios e
campanhas que contêm apenas a ilustração, o slogan e o assinante dos mesmos. Tudo
depende da criatividade e/ou da informação que se deseja transmitir.
A seguir, serão tratadas questões relativas a propagandas:
TEXTO 1
Disponível em: http://migre.me/4u7yA
1) O texto de abertura desta Unidade Temática tem por objetivo:
( ) Fazer propaganda de uma marca.
( ) Divulgar um novo produto.
( ) Fazer campanha de prevenção.
2) Quem é o anunciante?
3) Qual é o slogan desse anúncio?
4) Observe a ilustração. Que efeito de sentido ela produz?
5) Muitas vezes, um anúncio publicitário apresenta enunciados que possuem mais de
um sentido. Levando-se em conta as condições de sua produção (ou o contexto),
quais são as duas possibilidades de interpretação do slogan da campanha?
6) Qual é o suporte de veiculação da campanha?
( ) televisão ( ) jornal ( ) revista ( ) internet
7) A linguagem empregada nas propagandas também é fator relevante, uma vez que diz
muito do público a que se destina.
a) Qual é o público alvo dessa peça publicitária?
b) Você considera a linguagem adequada ao propósito comunicativo do texto?
Explique.
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8) No enunciado “O Ministério da Saúde adverte”, o significado de advertir é:
( ) observar com palavras;
( ) concluir, inferir, deduzir;
( ) comunicar, ao mesmo tempo em que repreende;
( ) avisar, prevenir, informar.
a) Que efeito de sentido esse verbo provoca?
9) Os elementos constitutivos de anúncios publicitários presentes na propaganda em
estudo são:
( ) Ilustração
( ) Slogan
( ) Texto curto objetivando convencer o sujeito-leitor a parar de fumar.
( ) Título
( ) Marca
TEXTO 2
Professor: Você poderá levar os alunos ao laboratório de informática para pesquisarem
os efeitos do cigarro sobre o organismo, o conceito de fumante passivo e os malefícios
por ele sofridos, bem como as leis 9294/96 e 10.167/2000 que regulam a propaganda de
cigarro e de outros produtos.
Observe atentamente esta propaganda e responda às questões propostas.
Disponível em: http://migre.me/4u7rV
1) Que efeitos o uso do cigarro provoca no organismo?
2) DIVE, SUS e Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina patrocinaram esta
campanha. Qual foi seu objetivo?
3) Como você define um fumante passivo? Quais sintomas o caracterizam?
4) Que interpretação é possível a partir da imagem associada ao slogan?
5) Por que, segundo o slogan, “todos são fumantes” em ambientes com cigarro?
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6) Os principais recursos utilizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha
incluem:
a) A forma de tratamento “você” e o uso de verbos no modo imperativo.
b) O emprego de linguagem no sentido figurado e o uso de repetições.
c) A identificação dos patrocinadores da campanha.
d) A citação da Lei Federal no 9.294/96.
7) Marque a alternativa correta.
A Lei Federal no. 9.294/96 só não proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos,
cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero em:
a) Recinto coletivo, privado ou público.
b) Aeronaves e veículos de transporte coletivo.
c) Área destinada exclusivamente para esse fim, devidamente isolada e com
arejamento conveniente.
d) Salas de aula, bibliotecas, teatro, cinema, postos de saúde e hospitais.
TEXTO 3
O vídeo proposto para esta atividade é uma propaganda exibida pela tevê nos anos 80.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=IkbNqvqA5Hw
1) O cigarro é considerado uma droga lícita. Você sabe o que isso significa? Se não
souber, pesquise.
2) A Lei no
10.167/2000 restringe a publicidade de produtos derivados do tabaco à
afixação de pôsteres, painéis e cartazes na parte interna dos locais de venda. Proíbe-
a, consequentemente, em revistas, jornais, televisão, rádio e outdoors, inclusive
internet. Por que você acha que a propaganda desses produtos recebeu esse tipo de
proibição? Você concorda com ela? Por quê?
3) Observe as imagens e responda: Qual o argumento usado pela propaganda para
convencer o consumidor a adquirir cigarros da marca “Minister”? O que você acha
dessa estratégia de convencimento?
4) Qual é o público-alvo dessa propaganda?
5) Identifique o slogan da propaganda em questão?
6) O slogan é adequado às imagens exibidas? Comente.
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TEXTO 4
O vídeo a seguir é outra propaganda de cigarro, porém de marca diferente. Observe-o
com atenção para depois responder às questões propostas.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=PBS_TJBQUJw&feature=related
1) No imaginário social, como são vistas as pessoas que praticam esportes radicais?
2) Qual é o slogan dessa marca de cigarros?
3) A propaganda não só estimula o consumo de um serviço ou produto como também
impõe ideias. Pode-se afirmar que o slogan da propaganda em questão veicula uma
ideia? Em caso afirmativo, qual?
4) Essa propaganda destina-se a um público formado por:
a) Pessoas que apreciam a vida tranquila junto à natureza.
b) Adultos com comportamento convencional.
c) Jovens que praticam esportes olímpicos.
d) Homens e mulheres jovens, corajosos, destemidos e audaciosos.
5) A Lei 10.167/2000 proíbe a associação do cigarro, entre outros produtos, à prática de
atividades esportivas, olímpicas ou não, bem como sugerir ou induzir seu consumo
em locais ou situações perigosas, abusivas ou ilegais. Trata-se de uma proibição
sensata? Por quê?
Vocês saberiam dizer por que essa sequência de propagandas é destinada
somente a jovens, não incluindo consumidores de meia idade?
TEXTO 5
Veja mais um vídeo sobre comercial de outra marca de cigarros, em seguida discuta
com seus colegas:
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=6CJVKIongWw
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1) O tabaco sempre esteve presente nas artes. Quadros de pintores famosos retratam
fumantes. A literatura retrata personagens fumantes, desde Sherlock Homes, da
literatura inglesa, até o Saci Pererê da obra lobatiana. O cinema foi o maior aliado e
divulgador do cigarro através dos personagens hollywoodianos. Que tipo de arte essa
propaganda lembra?
( ) música ( ) cinema ( ) literatura
2) Qual é o púbico a que essa propaganda se destina?
3) Quais filmes de sucesso ela nos faz lembrar?
4) Qual é o slogan?
5) Na expressão “Uma classe a mais” observa-se mais de um sentido. Quais são eles?
TEXTO 6 (vídeo)
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=A664Yi7o664
1) Que imagem o sujeito-enunciador da propaganda faz de quem fuma Free?
2) Free é uma palavra inglesa que significa:
a) restrito, franco, desejado
b) livre, independente, autônomo
c) vivo, perspicaz, astuto
Há ligação entre a marca do produto e a propaganda exibida? Comente.
3) São palavras que constituem o “carro-chefe” da propaganda:
a) amor, paixão, compreensão;
b) amor, paixão, tesão;
c) tensão, amor, saudade.
4) Além de consumir cigarros Free, que outro tipo de comportamento a propaganda
influencia?
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5) A Lei 9.294/96 determina que a embalagem, exceto se destinada à exportação, e o
material de propagandas de cigarro devem advertir sobre os malefícios do fumo,
através das seguintes frases:
I) “O Ministério da Saúde adverte: fumar pode causar doenças do coração e
derrame cerebral.”
II) “O Ministério da Saúde adverte: fumar pode causar câncer do pulmão, bronquite
crônica e enfisema pulmonar.”
III) “O Ministério da Saúde adverte: fumar durante a gravidez pode prejudicar o
bebê.”
IV) “O Ministério da Saúde adverte: quem fuma adoece mais de úlcera do
estômago.”
V) “O Ministério da Saúde adverte: evite fumar na presença de crianças.”
VI) “O Ministério da Saúde adverte: fumar provoca diversos males à sua saúde.”
A Medida Provisória no. 2.190-34 de 2001 estende essa determinação aos maços
de cigarros que, além de conterem as advertências acima, estas deverão vir
acompanhadas de imagens ou figuras que ilustrem seu sentido.
a) Que efeito de sentido essas advertências, acompanhadas de imagens ilustrativas
provocam? Elas são suficientes para inibir o consumo de cigarros?
b) Nas embalagens destinadas à exportação, essas advertências e imagens não são
exigidas pela lei. Você sabe por quê? Há preocupação do governo brasileiro com a
saúde de quem importa cigarros do Brasil? De que modo é possível relacionar esse
comportamento à ética e à economia de mercado?
6) A Lei 9.294/96 fez algumas restrições quanto à exibição de propagandas de cigarro
no rádio e na tevê, tais como não exibi-las em horários com picos de audiência, bem
como associar ideias ou imagens de maior êxito na sexualidade das pessoas,
insinuando o aumento de virilidade ou feminilidade de pessoas fumantes. A Lei
10.167/2000 é mais severa, pois além de proibir esse tipo de propaganda na mídia,
proíbe também a participação de crianças e adolescentes.
a) É possível relacionar a propaganda de cigarro Free a alguma situação
mencionada acima?
b) Por que foi proibida a participação de crianças nesse tipo de propaganda?
XTO 7 (vídeo)
Disponível em: http://www.toyotasw4.com.br/
1) Qual é o slogan do anúncio em questão?
2) Qual o objetivo da propaganda em estudo?
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3) É correto afirmar que esta propaganda também veicula uma campanha de
conscientização? Justifique sua resposta.
4) Quais são os produtos anunciados e a que público se destinam? Justifique sua
resposta.
5) Analise o enunciado “Toyota – Pensando mais longe”. O que se pode depreender
dele?
6) Essa mesma campanha publicitária, veiculada na revista Veja de 24/Nov/2010,
apresenta o seguinte enunciado:
“Quando você passa muito tempo no escritório, não é só o ar que fica
condicionado.”
Nesse caso, o que mais fica condicionado?
7) “SUV é Toyota”. Pesquise na internet qual o sentido da palavra destacada.
8) Que efeito de sentido é produzido através da relação entre o produto anunciado e o
enunciado “A vida pode ser bem mais interessante” ?
9) As imagens também são constitutivas do sentido. Qual a relação entre os carros
anunciados e os lugares aos quais podemos ir por meio deles?
10) O que significam as imagens de pessoas reunidas? Elas estão em conformidade com
o que se anuncia? Em outras condições de produção (ou contexto) elas fariam
sentido?
Lembrem-se dos recursos empregados na propaganda de carros da Toyota e nas
diferentes propagandas de cigarros. Façam um balanço sobre os mesmos e respondam:
1) A Lei 9.294/96 dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda não só de produtos
fumígeros (cigarros, charutos, etc.) como também de bebidas alcoólicas,
medicamentos, terapias e defensivos agrícolas. A cerveja é uma bebida alcoólica que
prejudica a saúde. Pessoas alcoolizadas podem provocar acidentes de trânsito. Vocês
saberiam dizer por que a propaganda desse produto não sofre as mesmas proibições
que a do cigarro?
2) Qual o papel da propaganda na sociedade atual? Ele fica restrito à divulgação de
produtos?
3) As propagandas costumam ofertar os produtos como se sua aquisição fosse a chave
para o sucesso, a realização pessoal e/ou profissional, a liberdade, a autossuficiência
e a emancipação. Levando-se em conta a ética, esses argumentos são válidos?
Comente.
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4) Diante de argumentos tão fortes, como deve reagir um cidadão consciente e bem
informado?
5) Na sua opinião, o que é necessário para que sejam alcançados o sucesso, a realização
pessoal, a liberdade e a emancipação? A aquisição de bens materiais é indispensável
para se atingir esses objetivos?
Organizem-se em grupos e analisem os procedimentos discursivos empregados nos
textos publicitários analisados por vocês (jogos de palavras, imagem, enfim, as
estratégias de convencimento). Em seguida, usando esses recursos, criem campanhas de
conscientização sobre os seguintes temas:
- A importância da leitura.
- A importância da conservação dos livros didáticos, bem como os da biblioteca de sua
escola.
- A importância da preservação do patrimônio público (prédio da escola, suas
instalações, carteiras, quadros, etc).
Poderão também escolher outros temas sobre os quais as campanhas produzidas
possam ser úteis à sua escola. Antes, porém, lembrem-se dos elementos constitutivos da
propaganda com os quais deverão trabalhar: título, imagem, texto e slogan.
Bom Trabalho!!!
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PARA O ALUNO RESPONDER
ESCOLA EM QUE ESTUDA:______________________________________________
______________________________________________________________________
CIDADE:______________________________________________________________
SEXO: ( ) MASCULINO ( )FEMININO IDADE: __________________
Este questionário diz respeito a uma pesquisa sobre leitura. Procure respondê-lo com
franqueza.
1) Você gosta de ler?
( ) sim ( ) não ( ) um pouco
2) Quando você lê, qual é a fonte dos textos lidos?
( ) livros ( ) revistas ( ) gibis ( ) internet ( ) outros
3) Com que frequência você vai à biblioteca de sua escola?
( ) semanalmente ( ) quinzenalmente ( ) não vai
4) A biblioteca de sua escola possui variedade de livros?
( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos
5) Que tipo de texto você gosta de ler ?
( ) conto ( ) crônica ( ) poesia
( ) romanece ( ) tiras, charges ( ) todo tipo de texto
6) Qual o assunto de sua preferência?
( ) amor ( ) suspense ( ) aventura
( ) ficção científica ( ) outros
7) Você tem livros de literatura em casa, pertencentes a você ou a alguém da família, os
quais possam ser lidos por você nas horas vagas?
( ) muitos ( ) alguns ( ) nenhum
8) Você costuma prestar atenção nas propagandas que circulam na tevê, nos outdoors e
revistas?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
9) O que mais chama a sua atenção em uma propaganda?
( ) a imagem ( ) o produto anunciado
( ) o slogan (Frase colocada em destaque no anúncio)
10) Você tem dificuldade de entender o que lê?
( ) sim ( ) não ( ) um pouco
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11) Na sua opinião, o que torna a leitura difícil ?
( ) A linguagem (palavras difíceis).
( ) A extensão do texto (textos longos).
( ) O assunto.
( ) Outro. Especifique _________________________________________________
12) Você ou seus pais costumam comprar:
( ) livros ( ) jornais ( ) revistas ( ) outros
( )Não compram
13) Você tem aula de leitura em sua escola?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
14) Você julga necessário ter aulas de leitura em sua escola?
( ) sim ( ) não ( ) Não sei
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REFERÊNCIAS
FERNANDES, C.B. Mídia e representação: Imagens de si e do outro no discurso
publicitário. Cascavel: Unioeste, 2009. Disponível em:
http://projetos.unioeste.br/eventos/cellip/moodle/. Acesso em 10/04/2011.
GONZALES, L. Linguagem Publicitária: Análise e produção. São Paulo: Arte e
Ciência Editora, 2003.
ORLANDI, E.P. Análise de discurso: Princípios e procedimentos. 8ª.ed. Campinas:
Pontes, 2009.
RABAÇA, C. A. & BARBOSA, G. G. Dicionário de Comunicação. São Paulo: Ática,
1987.
VESTERGAARD, T. & SCHRØDER, K. A Linguagem da Propaganda. São Paulo:
Martins Fontes, 1988.
WITZEL, D.G. & TEIXEIRA, N.C. Texto publicitário: Implicações e aplicações no
ensino de língua portuguesa. In: CARAZZAI, M.R.P. et al (orgs). Língua, leitura e
literatura: Perspectivas de ensino. Guarapuava: Unicentro, 2009.
<http://migre.me/4u7yA> Acesso em 15/07/2011.
<http://migre.me/4u7rV > Acesso em 15/07/2011.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9294.htm> Acesso em 15/07/2011. <http://www.toyotasw4.com.br/ >Acesso em 15/07/2011.
<http://www.youtube.com/watch?v=IkbNqvqA5Hw> Acesso em 15/07/2011.
<http://www.youtube.com/watch?v=PBS_TJBQUJw&feature=related> Acesso em 15/07/2011.
< http://www.youtube.com/watch?v=6CJVKIongWw> Acesso em 15/07/2011.
<http://www.youtube.com/watch?v=A664Yi7o664> Acesso em 15/07/2011.