Download - Folha de Pagamento
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Contabilidade Industrial e Comercial
Registro de Funcionários e Folha de Pagamento
Professora: Mara Cristina Piovesan Cortezia * Salário contribuição é um valor fixado pela Previdência que serve de base para o calculo das contribuições previdenciária
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FOLHA DE PAGAMENTO
1. Introdução
A folha de pagamento é um documento de emissão obrigatória para efeito de fiscalização
trabalhista e previdenciária. A empresa é obrigada a preparar a folha de pagamento da
remuneração paga, devida ou creditada a todos os empregados a seu serviço.
Para sua elaboração não existe modelo oficial, ou seja, podem ser adotados critérios que
melhor atendam as necessidades de cada empresa. Uma folha de pagamento,por mais simples
que seja, apresenta pelo menos os seguintes elementos:
Discriminação do nome dos empregados (segurados), indicando cargo, função ou
serviço prestado;
Valor bruto dos salários;
Valor da contribuição de Previdência, descontado dos salários;
Valor liquido que os empregados receberão.
Da folha de pagamento origina-se o recibo de pagamento, que indica os dados que constaram
da folha relativamente a cada um dos empregados e a estes é entregue.
2. Cálculo de Folha de pagamento
2.1– Valor bruto dos salários
É o valor, considerado, para a empresa como despesa total de salários, além dos salários é
também despesa para a empresa a contribuição de Previdência parte empresa e o FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço)
2.2– Previdência Social - INSS
De acordo com a legislação atual, todo empregado assalariado, regido pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), está obrigado a contribuir com a Previdência Social. Essa contribuição é
descontada do empregado em folha de pagamento, ela varia de acordo com a faixa salarial de
cada empregado e, é calculada mediante aplicação de um percentual sobre o salário de
contribuição*.
Atualmente, o calculo é feito com base na tabela abaixo:
1. Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos.
RGPS - Regime Geral da Previdência Social TABELA DO INSS - Empregado Segurado - 2015 Até - 1.399,12 8%
De 1.399,13
a 2.331,88 9%
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De 2.195,13
a 4.663,75 11% Limite de Dedução - R$ 513,01
A Contribuição de Previdência parte referente à empresa, corresponde a 28,8% sobre o valor
bruto da folha de pagamento
. O valor de 28,8% tem o seguinte destino:
Previdência Social..........................................................20,0 %
Seguro Acidente do Trabalho........................................1,0%, 2,0% ou 3,0 %
Terceiros.........................................................................5,8 %
2.3 – FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
Corresponde a 8% sobre o valor bruto da folha de pagamento, o qual será recolhido na Caixa
Econômica Federal, em nome dos empregados. Constitui uma despesa paga pela empresa aos
empregados.
2.4 – IRRF – (Imposto de Renda Retido na Fonte)
É um imposto variável de acordo com o valor do salário, de acordo com a tabela progressiva
imposto, divulgada pela Receita Federal.
Sobre o valor bruto do salário aplica-se a tabela progressiva a seguir:
TABELA DO IRRF - 2015
Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Dedução
Até 1.903,98 isento -
De 1.903,99 a 2.826,65 7,50% 142,80
De 2.826,66 a 3.751,05 15,00% 354,80
De 3.751,06 a 4.664,68 22,50% 636,13
Acima de 4.664,68 a 27,50% 869,36
Dedução por dependente 189,59
2.5 – Salário Família
É um auxilio da Previdência Social aos trabalhadores de baixa renda que possuem filhos
menores de 14 anos de idade. A empresa paga este valor para o empregado e é reembolsada
pela Previdência Social quando efetua os recolhimentos correspondentes a folha de
pagamento.
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Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos
com salário mensal de até R$ 915,05, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de
idade ou inválidos de qualquer idade. (Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os
tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a
dependência econômica de ambos ser comprovada).
Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de
contribuição.
Valor do benefício
SALÁRIO FAMÍLIA - 2015
Remuneração Mensal Valor
Até 725,02 37,18
De 725,03 a 1.089,72 26,20
Acima de 1.089,73 Não em direito
Quem tem direito ao benefício o o empregado e o trabalhador avulso que estejam em atividade; o o empregado e o trabalhador avulso aposentados por invalidez, por idade ou em
gozo de auxílio doença; o o trabalhador rural (empregado rural ou trabalhador avulso) que tenha se
aposentado por idade aos 60 anos, se homem, ou 55 anos, se mulher; o os demais aposentados, desde que empregados ou trabalhadores avulsos,
quando completarem 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher).
Os desempregados não têm direito ao benefício.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito
ao salário-família.
2.6 - Provisão de Férias
A Provisão de Férias é contabilizada mensalmente pelo valor equivalente a 1/12 (um doze avos)
do salário atualizado de cada funcionário. A contabilização é feita baseada no princípio da
competência, pois devemos registrar todas as despesas no momento em que elas acontecem,
ou seja, quando incorridas. Cada mês transcorrido representa 1/12 (um doze avos) de
obrigação para a empresa e conseqüentemente 1/12 (um doze avos) de direito para o
funcionário.
Como encargos parte da empresa, vamos considerar:
Abono pecuniário, equivalente a 1/3 sobre o valor de férias;
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INSS sobre férias = para efeito didático considerar um percentual único de 20%,
lembrando que deve ser consultada a legislação pertinente antes de se fazer o cálculo;
FGTS sobre férias = Neste caso vamos também usar um percentual de 8% para efeitos
didáticos.
2.7 - Provisão de 13 Salário
A Provisão de 13º. Salário, assim como a Provisão de Férias é contabilizada mensalmente pelo
valor equivalente a 1/12 (um doze avos) do salário atualizado de cada funcionário. A
contabilização também obedece o princípio da competência, registrando a cada mês
transcorrido o valor equivalente a 1/12 (um doze avos) de obrigação para a empresa e
conseqüentemente 1/12 (um doze avos) de direito para o funcionário relativo ao salário
atualizado do funcionário.
Lembramos mais uma vez que os percentuais aqui considerados são meramente didáticos. Para
efeito de cálculo real deve-se consultar a legislação pertinente.
No caso da Provisão de 13º Salário os encargos referem-se apenas a INSS e FGTS, não existindo
a questão do abono pecuniário (1/3) como era o caso da Provisão de Férias
INSS = para efeito didático considerar um percentual único de 20%, lembrando que deve
ser consultada a legislação pertinente antes de se fazer o cálculo;
FGTS = Neste caso vamos também usar um percentual de 8% para efeitos didáticos.
2.8. Vale transporte
O desconto do Vale transporte é de 6% sobre o salário base, ou valor de compra do mesmo,
entre os dois o menor.
3. Contabilização da Folha de pagamento
A contabilização da folha de pagamento é extremamente simples, vamos acompanhar com um
exemplo.
Nome Salário INSS IRRF VT Liq a Receber
José da Silva 1.000,00 80,00 - 60,00 860,00
Antonio da Silva 2.500,00 275,00 25,68 107,80 2.091,52
Total 3.500,00 355,00 25,68 167,80 2.951,52
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Encargos Sociais BASE CALCULO ALIQUOTA Valor
FGTS 3.500,00 8% 280,00
INSS - parte Empresa 3.500,00 28,80% 1.008,00
Provisão de Férias 3.500,00 1/12 avos 388,88
Provisão de 13 salário 3.500,00 1/12 avos 291,67
Provisão de FGTS s/ férias 388,88 8% 31,11
Provisão de INSS s/ férias 388,88 28,8% 112,00
Provisão de FGTS s/ 13 salário 291,67 8% 23,33
Provisão de INSS s/ 13 salário 291,67 28,8% 84,00
Dada a folha de pagamento abaixo efetue a contabilização.
No ultimo dia do mês:
1. Apropriação da folha de Pagamento:
D – Salários (despesas)
C – Salários a paga ......... R$ 3.500,00
2. Registro das retenções sobre os salários dos empregados:
D – Salários a pagar
C – INSS a recolher....... R$ 355,00
3. Contribuição da Previdência parte empresa:
D – Encargos sociais
C – INSS a recolher........ R$ 1.008,00
4. Apropriação do FGTS:
D – Encargo FGTS
C – FGTS a Recolher........ R$ 280,00
5. Retenção do IRRF
D – Salários a Pagar
C – IRRF a Recolher .... R$ 25,68
6. Pelo Vale Transporte
D – Salários a Pagar
C – Despesa de Vale Transporte .... R$ 167,80
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7. Pela Provisão de Férias
D - Despesas com Provisão de férias
C- Provisão de Férias ........ R$ 388,88
D –Despesas com Provisão de FGTS s/ férias
C - Provisão de FGTS s/ férias ....... R$ 31,11
D –Despesas com Provisão de INSS s/ férias
C - Provisão de INSS s/ férias ....... R$ 112,00
8. Pela Provisão de 13 Salário
D - Despesas com Provisão de 13 salário
C- Provisão de 13 salário........ R$ 291,67
D –Despesas com Provisão de FGTS s/ 13 salário
C - Provisão de FGTS s/ 13 salário ....... R$ 23,33
D –Despesas com Provisão de INSS s/ 13 salário
C - Provisão de INSS s/ 13 salário ....... R$ 84,00
Complemento sobre Vale-Transporte 1. Introdução
O vale-transporte foi instituído pela Lei nº 7.418 de 16.12.85, regulamentada pelo Decreto nº
92.180/85, revogado pelo de nº 95.247, de 17.11.87, consiste em benefício que o empregador
antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-
trabalho e vice-versa, por meio do sistema de transporte coletivo público, urbano ou
intermunicipal e/ou interestadual com características semelhantes aos urbanos.
Entende-se por deslocamento a soma dos segmentos que compõe a viagem do beneficiário,
por um ou mais meios de transporte, entre sua residência e o local de trabalho.
Quando instituído a concessão do benefício era facultativa, tornando-se obrigatória em
outubro de 1987, com a publicação da Lei nº 7.619, de 30.09.87.
2. Beneficiários
São beneficiários do vale-transporte os trabalhadores em geral, tais como:
a) os empregados, assim definidos no art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho;
b) os empregados domésticos, assim definidos na Lei nº 5.859, de 11.12.72;
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c) os trabalhadores de empresas de trabalho temporário, de que trata a Lei no 6.019, de
03.01.74;
d) os empregados a domicílio, para os deslocamentos indispensáveis à prestação do trabalho,
percepção de salários e os necessários ao desenvolvimento das relações com o empregador;
e) os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro principal, nos termos
do art. 455 da CLT; e
f) os atletas profissionais de que trata a Lei nº 6.354, de 02.09.76.
3. Exercício do Direito para Recebimento
Para que o vale-transporte seja fornecido, cabe ao empregado informar ao empregador, por
escrito:
I - seu endereço residencial;
II - os serviços e os meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-
trabalho e vice-versa.
3.1 Falta de Atualização da Informação
A informação citada acima será atualizada anualmente ou sempre que ocorrer mudança do
endereço residencial do empregado ou dos serviços e meios de transporte adequados ao seu
deslocamento residência-trabalho e vice-versa, sob pena de suspensão do benefício até o
cumprimento dessa exigência.
3.2 Uso inadequado
O beneficiário firmará compromisso de utilizar o vale-transporte exclusivamente para seu
efetivo deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
4. Exoneração da Concessão de Vale-Transporte
Está desobrigado da concessão de vale-transporte o empregador que proporcionar, por meios
próprios ou contratados, em veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento
residência-trabalho e vice-versa de seus trabalhadores.
Caso o empregador forneça ao beneficiário transporte próprio ou fretado que não cubra
integralmente os deslocamentos deste, o vale-transporte deverá ser aplicado para os
segmentos da viagem não abrangidos pelo referido transporte.
5. Termo de Compromisso
O beneficiário firmará compromisso de utilizar o vale-transporte exclusivamente para seu
efetivo deslocamento residência-trabalho e vice-versa. A declaração falsa ou o uso indevido do
vale-transporte constituem falta grave, passível de dispensa por justa causa.
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É vedada a acumulação do benefício com outras vantagens relativas ao transporte do
beneficiário, salvo no caso previsto no item acima.
6. Custeio do Vale-Transporte
O vale-transporte será custeado:
l - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou
vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; e
II - pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior.
A concessão do vale-transporte autorizará o empregador a descontar mensalmente, do
beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela de até 6% de seu salário, cujo
desconto será proporcional à quantidade de vale-transporte concedida para o período a que se
refere o salário ou vencimento e por ocasião de seu pagamento, salvo estipulação em
contrário, em convenção ou acordo coletivo de trabalho que favoreça o beneficiário.
6.1 Despesa Inferior a 6% do Salário Básico
Caso a despesa com o deslocamento do beneficiário seja inferior a 6% (seis por cento) do
salário básico ou vencimento, o empregado poderá optar pelo recebimento antecipado do vale-
transporte, cujo valor será integralmente descontado por ocasião do pagamento do respectivo
salário ou vencimento.
7. Base de Cálculo
A base de cálculo para determinação da parcela a cargo do beneficiário será:
l - o salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; e
II - o montante recebido no período, para os trabalhadores remunerados por tarefa, serviço
feito ou quando se tratar de remuneração constituída exclusivamente de comissões,
percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes.
8. Substituição por Dinheiro
É vedado ao empregador substituir o vale-transporte por antecipação em dinheiro ou qualquer
outra forma de pagamento, salvo, na hipótese de falta ou insuficiência de estoque de vale-
transporte, necessário ao atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema, o
beneficiário será ressarcido pelo empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela
correspondente, quando tiver efetuado, por conta própria, a despesa para seu deslocamento.
9. Exemplos
9.1 Despesa superior a 6% do salário básico
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Empregado com remuneração mensal equivalente a R$ 360,00, trabalha de 2a a 6a feira, utiliza
ônibus/metrô para seu deslocamento residência/empresa e metrô/ônibus para retornar à sua
residência.
No mês de 31 dias, referido empregado receberá o vale-transporte para os 22 dias úteis do
mês. Considerando que a tarifa de ônibus corresponde a R$ 1,30 e a do metrô R$ 1,50, temos a
seguinte situação:
Despesa mensal = R$ 123,20
6% de R$ 360,00 = R$ 21,60
Valor do encargo da empresa = R$ 123,20 - R$ 21,60 = R$ 101,60
Valor a ser descontado em folha de pagamento = R$ 21,60
9.2 Despesa inferior a 6% do salário básico
Empregado com remuneração mensal equivalente a R$ 4.000,00, optou pelo vale-transporte,
trabalha de 2a a 6a feira, utiliza ônibus/metrô/ônibus para seu deslocamento
residência/empresa e ônibus/metrô/ônibus para retornar a sua residência, considerando os
valores das tarifas do exemplo anterior, e que são 22 o número de dias úteis no respectivo mês,
temos a seguinte situação
Despesa mensal = R$ 180,40
6% de R$ 4.000,00 = R$ 240,00
Valor a ser descontando em folha de pagamento = R$ 180,40
Sendo o salário do empregado variável, composto de parte fixa e comissões, o empregador
deverá verificar mensalmente qual salário é devido ao empregado, no mês, para que seja
efetuado o desconto folha de pagamento.
10. Incidência sobre o Vale-Transporte
Sobre a parcela correspondente ao vale-transporte concedido nos termos da Lei no
7.418/85 e Decreto nº 95.247/87 não incide INSS, FGTS e IRRF conforme dispõe o art. 2o ,caput
e alíneas "a","b",e "c" e art. 6o, caput e alíneas, respectivamente.
11. Comprovação de Venda de Vale-Transporte
A venda do vale-transporte será comprovada mediante recibo seqüencialmente numerado,
emitido pela vendedora em duas vias, uma das quais ficará com a compradora, contendo:
a) o período a que se referem;
b) a quantidade de vale-transporte venda e de beneficiários a quem se destina; e
c) o nome, endereço e número de inscrição da compradora no Cadastro Geral de Contribuintes
no Ministério da Fazenda.
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12. Emissão
O vale-transporte poderá ser emitido conforme as peculiaridades e as conveniências locais,
para utilização por:
a) linha;
b) empresa;
c) sistema; e
d) outros níveis recomendados pela experiência local.
13. Distribuição de Vale-Transporte - Critério
O responsável pela emissão e comercialização do vale-transporte poderá adotar a forma que
melhor lhe convier a segurança e facilidade de distribuição, poderá ser emitido na forma de
bilhetes simples ou múltiplos, talões, cartelas, fichas ou quaisquer processos similares.
14. Emissão e Comercialização - Responsabilidade
A empresa operadora do sistema de vale-transporte coletivo público fica obrigada a emitir e
comercializar o vale-transporte ao preço da tarifa vigente, colocando-o à disposição dos
empregadores em geral e assumindo os custos dessa obrigação, sem repassá-los para a tarifa
dos serviços.
14.1 Órgão de Gerência ou Poder Concedente
A emissão e a comercialização do vale-transporte poderá, também, ser efetuada pelo órgão de
gerência ou pelo poder concedente, quando este tiver a competência legal para emissão de
passes. Entretanto, é vedada a emissão e comercialização de vale- transporte simultaneamente
pelo poder concedente e pelo órgão de gerência.
14.2 Controle do número de vale-transporte
As empresas operadoras são obrigadas a manter permanentemente um sistema de registro e
controle do número de vale-transporte emitido, comercializado e utilizado, ainda que a
atividade seja exercida por delegação ou por intermédio de consórcio.
15. Constituição de Consórcio
Havendo delegação da emissão e comercialização de vale-transporte, ou constituição de
consórcio, as empresas operadoras submeterão os respectivos instrumentos ao poder
concedente ou órgão de gerência para homologação dos procedimentos instituídos. Nesse
caso, as empresas operadoras permanecerão solidariamente responsáveis com a pessoa
jurídica delegada ou pelos atos do consórcio, em razão de eventuais faltas ou falhas no serviço.
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16. Estoques Compatíveis
O responsável pela emissão e comercialização do vale-transporte deverá manter estoques
compatíveis com os níveis de demanda.
17. Comercialização do Vale-Transporte
A comercialização do vale-transporte se dará em centrais ou postos de venda estrategicamente
distribuídos na cidade onde serão utilizados.
Nos casos em que o sistema local de transporte público for operado por diversas empresas ou
por meios diferentes, com ou sem integração, os postos de vendas anteriormente referidos
deverão comercializar todos os tipos de vale-transporte.
18. Concessão do Benefício
A concessão do benefício obriga o empregador a adquirir vale-transporte em quantidade e tipo
de serviço que melhor se adequar ao deslocamento do beneficiário. Sendo a aquisição efetuada
antecipadamente e a vista, são proibidos quaisquer descontos e limitada quantidade
estritamente necessária ao atendimento dos beneficiários.
19. Cálculo do Vale-Transporte - Valor Integral da Tarifa
Para cálculo do valor do vale-transporte, será adotada a tarifa integral, relativa ao
deslocamento do beneficiário, por um ou mais meios de transporte, mesmo que a legislação
local preveja descontos. Para esse fim, as reduções tarifárias decorrentes de integração de
serviços não são consideradas descontos.
20. Majoração de Tarifa
No caso de alteração na tarifa de serviços, o vale-transporte poderá:
l - ser utilizado pelo beneficiário, dentro do prazo a ser fixado pelo poder concedente; e
II - ser trocado, sem ônus, pelo empregador, no prazo de trinta dias contados da data em que a
tarifa sofrer alteração.
21. Incentivo Fiscal
Com o advento da Lei nº 9.532, de 10.12.97 que, entre outros, revogou o art. 3º da Lei nº
7.418/85, desde 1º.01.98, foi extinto o incentivo fiscal ao vale-transporte. Referido incentivo
consistia na dedução do Imposto de Renda devido, de valor equivalente à aplicação da alíquota
cabível do Imposto de Renda sobre o valor das despesas comprovadamente realizadas, no
período-base, na concessão do vale-transporte, respeitados os limites estabelecidos na lei.
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Entretanto, o empregador poderá deduzir, como despesa operacional, os gastos
comprovadamente realizados, no período de apuração, na concessão do vale-transporte, nos
termos da Lei ( Regulamento do Imposto de Renda - RIR).
22. Benefícios Assegurados
Ficam assegurados os benefícios fiscais ao empregador que, por meios próprios ou contratados
com terceiros, proporcionar aos seus trabalhadores o deslocamento residência-trabalho e vice-
versa, em veículos adequados ao transporte coletivo, inclusive em caso de complementação do
vale-transporte.
Contudo, o disposto anterior não se aplica nas contratações de transporte diretamente com
empregados, servidores, diretores, administradores e pessoas ligadas ao empregador.
23. Fundamentos Legais
Mencionados no texto.
Fonte: FISCOSoft On Line - www.fiscosoft.com.br
Dra. Líris Silvia Zoega Tognoli do Amaral Consultora FISCOSoft On Line