FONTES DE CONSULTA
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL
2. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (lei 5172/66)
ABORDAGEM
DOUTRINA MAJORITÁRIA
JURISPRUDÊNCIA DO STF e STJ
PROGRAMA DE DIREITO TRIBUTÁRIO
CAPÍTULO I TRIBUTOS
CAPÍTULO II COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO III LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO IV OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO V CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CAPÍTULO VI ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Ingressos ou Entrada
de terceiros
(impróprios ou empréstimos)
Próprios
(Receita Pública)
Ingressos
De 3°ou impróprios (empréstimos)
Próprios
(Receitas Públicas)
Retornam à origem Não retornam à origem
Receitas Públicas
Originárias Derivadas
Remuneram atividade
atípica de Estado
Remuneram atividade
típica de Estado
Receitas Públicas
Originárias
Ex. Preço Público ou tarifa (remunera serviço público não essencial ; contratual; facultativo)
Derivadas
Ex: Tributo (tipo- Taxa de Serviço) –(remunera
serviço público essencial; lei; compulsória)
(continua) 2) Serviços públicos essenciais ao
interesse público: são serviços prestados no
interesse da comunidade. São remunerados
mediante taxa. (...)
3) Serviços públicos não essenciais e que, não
utilizados, disso não resulta dano ou prejuízo
para a comunidade ou para o interesse público.
(continua)
(continua) Esses serviços são, de regra,
delegáveis, vale dizer, podem ser concedidos e
podem ser remunerados mediante preço público.
Exemplo: o serviço postal, os serviços
telefônicos, telegráficos, de distribuição de
energia elétrica, de gás, etc.” (ADI 447, Rel. Min.
Octavio Gallotti, voto do Min. Carlos Velloso,
julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de 5-3-
1993.)
STF
Súmula no 545
“Preços de serviços públicos e taxas não se
confundem, porque estas, diferentemente
daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança
condicionada a prévia autorização orçamentária,
em relação à lei que as instituiu.”
JURISPRUDÊNCIA - STJA natureza jurídica da remuneração dos serviços
de água e esgoto, prestados por concessionária de
serviço público, é de tarifa ou preço público,
consubstanciando, assim, contraprestação de
caráter não-tributário. (Continua)
(Continua) A Execução Fiscal ostenta esse nomen
juris posto processo satisfativo, que apresenta
peculiaridades em razão das prerrogativas do
exeqüente, assim como é especial a execução
contra a Fazenda, não sendo servil apenas para
créditos de tributos, porquanto outras obrigações
podem vir a compor a „dívida ativa‟.(STJ - REsp
740.967/RS)
STF
“Código de mineração. Lei 9.314, de 14-11-1996:
Remuneração pela exploração de recursos
minerais (…) não se tem, no caso, taxa, no seu
exato sentido jurídico, mas preço público
decorrente da exploração, pelo particular, de um
bem da União (CF, art. 20, IX, art. 175 e §§).” (ADI
2.586, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 16-5-
2002, Plenário, DJ de 1º-8-2003.)
STF “Há quem sustente que quando o Estado presta
serviço público, se quiser que tais serviços sejam
remunerados, somente poderá fazê-lo mediante taxas
(Geraldo Ataliba, „Sistema Trib. na Constituição‟, Rev,
de Dir. Trib., 51/140; Roque Carrazza, ob. cit., p. 247).
Não vamos a tanto, não obstante reconhecermos que
são poderosos e científicos os argumentos de
Ataliba e de Carrazza. Ficamos na linha da lição de
Sacha Calmon Navarro Coelho, que entende possível
a cobrança de preços pela prestação de serviço
público. (...).” (ADI 447)
STF
Ementa ”Pedágio: natureza jurídica: taxa. art. 145, II
e art. 150, V C.F; Legitimidade constitucional do
pedágio instituído pela lei n° 7712 de 22.12.88”.
(RE 181.475-6 RS)
STF
“O deslinde da controvérsia posta nestes autos de
saber-se se o pedágio pode ou não ser instituído
por meio de decreto está condicionado à resposta
que ser vier a dar à indagação sobre a natureza
jurídica da referida exação (...) (continua)
(continua) (...) Com efeito, se se estiver diante de
tributo, é fora de dúvida que, em face do princípio
da legalidade estrita, a que estão sujeitas as
exações desta natureza, sem exceção, a
conclusão seria pela negativa. (continua)
(continua) Se se estiver, no entanto, frente a um
caso de preço público, de tarifa, nenhum óbice
existe, de ordem constitucional, que sua cobrança
seja regulada por meio de decreto do Poder
Executivo (...)” (Adin 800- RS 1992)
Receitas Públicas
Originárias
Empresariais (Preço Público ou tarifa)
Patrimoniais (Ex: locação, alienação,
lucros, etc...)
Derivadas
Tributo
Multas
Reparações de Guerra
Receitas Públicas
Originárias
Patrimoniais
Empresariais ou Preço Público (tarifa)
Derivadas
Reparação de Guerra
Multas (penais e administrativas)
Tributos
STFSúmula no 545
“Preços de serviços públicos e taxas nãose confundem, porque estas,diferentemente daqueles, sãocompulsórias e têm sua cobrançacondicionada a prévia autorizaçãoorçamentária, em relação à lei que asinstituiu.”
Direito Tributário
OBJETO
Tributo
Direito TributárioTributo
Direito FinanceiroAtividade Financeira do Estado: Receitas Públicas, Despesas
Públicas, Crédito Público e Orçamento Público
Direito AdministrativoAdministração Pública
"O Direito Tributário é parte do DireitoFinanceiro que estuda as relaçõesjurídicas entre o Estado (Fisco) e osparticulares (contribuintes), no queconcerne à instituição, arrecadação,fiscalização e extinção do tributo.”(Vittorio Cassone)
Lei
Fato Gerador
Sujeito Passivo
Prestação
Sujeito Ativo
Dar
FazerNão fazer
tributoMulta
ato ilícito
sanção
Código Tríbutário Nacional(definição de tributo)
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniáriacompulsória, em moeda ou cujo valor nelase possa exprimir, que não constitua sançãode ato ilícito, instituída em lei e cobradamediante atividade administrativaplenamente vinculada.”
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
art. 5.º CTN : São tributos os impostos, taxas e
contribuições de melhoria
Súmula n.º 418/STF
“O empréstimo compulsório não é tributo, e
sua arrecadação não está sujeita à exigência
constitucional da prévia autorização
orçamentária.”
JURISPRUDÊNCIA DO STF
As diversas espécies tributárias, determinadas pela
hipótese de incidência ou pelo respectivo fato
gerador da respectiva obrigação tributária, são:
a) os impostos (C.F., art. 145, I, art.s 153, 154, 155 e 156);
b) as taxas(C.F., art 145,II) ;
c) as contribuições, que são
c.1) de melhoria (C.F., art 145, III);
c.2) as parafiscais(C.F., art 149) que por sua vez podem
ser:
c.2.1) sociais:
c.2.1.1) de seguridade social ((C.F., art 195 )
c.2.1.2) outras da seguridade social ( C.F., art 195 § 4°)
c.2.1.3) sociais gerais: FGTS, salário-educação (C.F, art.
212 § 5º ) e as contribuições para o SESI, SESC e SENAI
(CF art. 240);
c.3) especiais:
c.3.1) de intervenção no domínio econômico (C.F, art. 149)
c.3.2) corporativas = de interesse de categorias
profissionais ou econômicas. (C.F, art. 149)
d) os empréstimos compulsórios (C.F, art. 148)
(RE 138824, voto do Min. Carlos Velloso, 01/07/1992)
JURISPRUDÊNCIA STF
SÃO TRIBUTOS:
1. IMPOSTOS
2. TAXAS
3. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
4. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
5. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Quanto à função que exerçam, os tributos poderão ser:
a) fiscais (função meramente arrecadatória para o
cumprimento das prerrogativas e incumbências de
Estado). Ex: IR , ICMS, IPTU...
b) extrafiscais (nestes predomina a função de controle ou
intervenção na economia) . Ex: II, IE, IPI, IOF, ITR;
c) parafiscais ( arrecadados para que o Estado cumpra
funções paralelas às funções típicas de Estado). Ex.
contribuições da seguridade social art. 195 C.F.
C.F art. 145. “A União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
I - impostos;”
FATO GERADOR DOS IMPOSTOS: manifestação
exterior de riqueza; manifestação de capacidade
econômica do contribuinte.
Ex. auferir renda , propriedade de bem imóvel, saída de
mercadoria (circulação de mercadoria), prestar serviços e
etc....
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte
IMPOSTO é
TRIBUTO NÃO VINCULADO
= FATO GERADOR NÃO VINCULADO À ATIVIDADE
ESTATAL
(FATO GERADOR DO IMPOSTO É FATO DO INDIVÍDUO)
TAXA
TRIBUTO VINCULADO
= FATO GERADOR É VINCULADO À ATIVIDADE
ESTATAL
(FATO GERADOR DA TAXA É FATO DO ESTADO)
FUNÇÃO DO IMPOSTO
redistributiva
BASE DE CÁLCULO
QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO
BASE DE CÁLCULO = DIMENSÃO DO FATO GERADOR
SE NO IMPOSTO O FG = MANIFESTAÇÃO
ECONÔMICA do contribuinte, logo:
BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO = DIMENSÃO DA
CAPACIDADE ECONÔMICA do contribuinte
Ex. IR (FG= AUFERIR RENDA) logo (BC = VALOR DA
RENDA)
IPTU (FG = PROPRIEDADE) logo ( BC= VALOR DO
IMÓVEL)
TODO IMPOSTO É REGIDO PELO
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE ECONÔMICA
VIA DE REGRA O IMPOSTO É
TRIBUTO DE RECEITA NÃO VINCULADA
= RECEITA NÃO VINCULADA A DESPESAS,
FUNDOS ou ÓRGÃOS
C.F. “art 167 - são vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão,
fundo ou despesa (...) continua”
CF art 167 - “são vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo
ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os
arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e (...)
continua
Continua (...) para realização de atividades da
administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37,
XXII, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste
artigo”;
TRIBUTO DE RECEITA
VINCULADA
Lei instituidora do tributo
Receita destinada à
despesas
fundos
órgãos
TRIBUTO DE RECEITA NÃO VINCULADA
Lei instituidora do tributo
Receita destinada aoorçamento
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS:
1. Quanto à forma de percepção
2. Quanto ao objeto
3. Quanto à alíquota
4. Quanto à base econômica
Classificação dos impostos quanto à forma de
percepção:
IMPOSTOS DIRETOS X IMPOSTOS INDIRETOS
IMPOSTOS DIRETOS
FENÔMENO DA PERCUSSÃO TRIBUTÁRIA
Sujeito passivo de direito (recolhe o tributo) = sujeito
passivo de fato (suporta o ônus tributário)
Sujeito passivo de direito = sujeito passivo de fato
Ex. IR ( lucro da empresa)
IMPOSTOS INDIRETOS
FENÔMENO DAREPERCUSSÃO TRIBUTÁRIA
Sujeito passivo de direito (recolhe o tributo) ≠ do sujeito
passivo de fato (suporta o ônus tributário)
Ex. IRR Fonte
ICMS (venda ao consumidor final)
STJ “(...) 2- NEM TODOS OS TRIBUTOS, POR SUA
PROPRIA NATUREZA, COMPORTAM
TRANSFERENCIA DO RESPECTIVO ENCARGO
FINANCEIRO. 3- A IDENTIFICAÇÃO DOS
TRIBUTOS QUE NÃO COMPORTAM
TRANSFERENCIA DO RESPECTIVO ENCARGO
FINANCEIRO DAR-SE-A COM BASE EM
CRITERIOS NORMATIVOS HAURIDOS DO
ORDENAMENTO POSTO E NÃO EM RAZÕES DE
CIENCIA ECONOMICA.(...) REsp 118488
Classificação dos impostos quanto objeto de incidência:
IMPOSTOS REAIS x IMPOSTOS PESSOAIS
IMPOSTOS REAIS – atingem a coisa (não levam em
consideração o Suj. Passivo. Ex. IPTU, IPVA, ITBI,
ITCMD, ITR, ICMS e outros
IMPOSTOS PESSOAIS- levem em consideração as
características do Suj. Passivo.Ex. IR, IOF, ISS e
outros
Classificação dos impostos quanto à alíquota:
IMPOSTOS FIXOS X IMPOSTOS PROPORCIONAIS
São FIXOS quando o valor do tributo a ser
recolhido for pré-determinado na lei, dispensando
o seu cálculo Ex. ISS dos autônomos, o ICMS
por estimativa das Micro-empresas.
A metodologia de cálculo é feita sem aplicação de
alíquotas sobre base de cálculo. A lei define o
valor.
São PROPORCIONAIS aqueles onde o quantum é
determinado pela aplicação de uma alíquota sobre
uma base de cálculo. $ = % x BC
Poderão ser proporcionais com alíquotas fixas ou
proporcionais com alíquotas progressivas
ALÍQUOTAS FIXAS
= % FIXA x BC progressiva
Ex. ISS empresas
ALIQUOTAS PROGRESSIVAS
= % progressiva x BC progressiva- Ex. IR
Classificação quanto à BASE ECONÔMICA:
impostos sobre o COMÉRCIO EXTERIOR. Ex: II e IE;
impostos sobre o PATRIMÔNIO E A RENDA: IR,ITR,
IPVA, IGF, ITD, ITBI, IPTU ;
impostos sobre a PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO: Ex:
IPI, ISS, ICMS e IOF
impostos especiais- Ex: imposto extraordinário de
Guerra.
CF- “Art. 145. A União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
os seguintes tributos: (...)
II - taxas, em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição”
Art. 80- CTN. “Para efeito de instituição e cobrança
de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito
das atribuições da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a
Constituição Federal, as Constituições dos
Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e
dos Municípios e a legislação com elas compatível,
competem a cada uma dessas pessoas de direito
público.”
CTN - art. 77. “As taxas cobradas pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva
ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.”
Fato Gerador
Taxa de Serviço
Taxa de Polícia
Fato Gerador da Taxa de Serviço
Art. 77 C.T.N e art. 79 C.T.N
utilização
efetiva
ou
potencial
Serviço público
Específico
e
divisível
Prestado ao
contribuinte
Posto a
disposição
ou
CTN- Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o
artigo 77 consideram-se:
(...)
II- específicos, quando possam ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade,
ou de necessidades públicas;
III- divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Serviço Específico Serviço Geral
Direcionável a grupos sociais
específicos. Referem-se a uma
pessoa ou grupo determinável
de pessoas
Necessariamente deverá ser
direcionado para toda a
coletividade “globalmente”
considerada
art. 79, I C.T.N
Utilização “uti singuli” Utilização “uti universi”
Ex. STF
TCLU (coleta de lixo domiciliar
urbana), TI (proteção e combate
à incêndio).
Ex. STF- inconstitucional
Limpeza pública urbana (TLP)
Conservação de Estradas de
Rodagem (RE 185.050)
Iluminação Pública ( TIP)
Serviço divisível Serviço Indivisível
Custo divisível, quer dizer de
divisibilidade, é dizer, da
possibilidade de avaliar-se a
utilização efetiva ou potencial,
individualmente considerada‟
Custo indivisível
art. 79, II C.T.N
Ex. STF
TCLU (coleta de lixo domiciliar
urbana), TI (proteção e
combate à incêndio).
Ex. STF- inconstitucional
Limpeza pública urbana (TLP)
Conservação de Estradas de Rodagem
(RE 185.050)
Iluminação Pública ( TIP)
Art. 149-A, CF. Os Municípios e o Distrito Federal
poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art.
150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da
contribuição a que se refere o caput, na fatura de
consumo de energia elétrica.
CIP ou COSIP (contribuições para custeio do
serviço de iluminação pública
Súmula no 670, STF
“O serviço de iluminação pública não pode ser
remunerado mediante taxa.”
Súmula vinculante no 19, STF
“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos
serviços públicos de coleta, remoção e tratamento
ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o art. 145, II, da Constituição
Federal.”
STF“A Corte entende como específicos e divisíveis osserviços públicos de coleta, remoção e tratamentoou destinação de lixo ou resíduos provenientes deimóveis, desde que essas atividades sejamcompletamente dissociadas de outras serviçospúblicos de limpeza realizados em benefício dapopulação em geral (uti universi) e de formaindivisível, tais como os de conservação e limpezade logradouros e bens públicos. (Contimua)
“Decorre daí que as taxas cobradas em razãoexclusivamente dos serviços públicos de coleta,remoção e tratamento ou destinação de lixo ouresíduos provenientes de imóveis sãoconstitucionais, ao passo que é inconstitucional acobrança de valores tidos como taxa em razão deserviços de conservação e limpeza de logradourose bens públicos.” (RE 501876-AgR - Rel. Min.Ricardo Lewandowski, julgamento em 1º-2-2011,Primeira Turma, DJE de 23-2-2011)
STF
“A taxa de limpeza urbana, é exigida com ofensa ao
art. 145, II e § 2º, da CF, por ser exigida a título de
remuneração de serviço prestado uti universi e
tendo por base de cálculo fatores que concorrem
para formação da base de cálculo do IPTU.
(Continua)
(continuar) Declaração da inconstitucionalidade
dos dispositivos enumerados, alusivos à taxa de
limpeza urbana. Pechas que não viciam a taxa de
segurança, corretamente exigida para cobrir
despesas com manutenção dos serviços de
prevenção e extinção de incêndios." (RE 206.777,
Rel. Min. Ilmar Galvão)
TAXAS DE INCÊNDIO
STF Súmula nº 549
A taxa de bombeiros do Estado de Pernambuco é
constitucional, revogada a Súmula 274.
Taxa de incêndio. Constitucionalidade. (...) É
legítima a cobrança da Taxa cobrada em razão da
prevenção de incêndios, porquanto instituída como
contraprestação a serviço essencial, específico e
divisível.” AI 677.891-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira
Turma, DJE de 17-4-2009. Vide: RE 206.777, Rel.
Min. Ilmar Galvão, julgamento em 25-2-1999,
Plenário, DJ de 30-4-1999.
JURISPRUDÊNCIA- STF
Esta declaração da inconstitucionalidade não vicia
a taxa de segurança, corretamente exigida para
cobrir despesas com manutenção dos serviços de
prevenção e extinção de incêndios."
(RE 433.335 – AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 3-3-2009, Segunda Turma, DJE de
20-3-2009).
“Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da
Constituição, sendo a segurança pública, dever
do Estado e direito de todos, exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do patrimônio, através, entre
outras, da polícia militar, essa atividade do
Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e
não por taxa, se for solicitada por particular para
a sua segurança ou para a de terceiros,
(continua)
(continua) a título preventivo, ainda quando essa
necessidade decorra de evento aberto ao
público. Ademais, o fato gerador da taxa em
questão não caracteriza sequer taxa em razão do
exercício do poder de polícia, mas taxa pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, o que, em
exame compatível com pedido de liminar, não é
admissível em se tratando de segurança
pública.” (ADI 1.942-MC, Rel. Min. Moreira Alves)
CTN- Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o
artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a
qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização
compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento;
TAXAS DE SERVIÇO
Exemplos
1) taxa de coleta de lixo domiciliar urbana
(TCLU)
2) taxa de incêndio
3) taxa pela concessão de porte de arma
4) taxa judiciária
STF
JURISPRUDÊNCIA
“As custas judiciais e os emolumentos
concernentes aos serviços notariais e registrais
possuem natureza tributária, qualificando-se
como taxas remuneratórias de serviços públicos,
(...) continua
STF JURISPRUDÊNCIA
continua- (...) sujeitando-se aos princípios
fundamentais que proclamam, dentre outras, as
garantias essenciais da reserva de competência
impositiva, da legalidade, da isonomia e da
anterioridade.” (ADI nº 1.378-MC, Rel. Min. Celso
de Mello, DJ 30/05/1997.)
“Taxa Judiciária: sua legitimidade constitucional,
admitindo-se que tome por base de cálculo o
valor da causa ou da condenação, o que não
basta para subtrair-lhe a natureza de taxa e
convertê-la em imposto: (ADI 1.926-MC, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999,
Plenário, DJ de 10-9-1999.)
“A jurisprudência do STF firmou orientação no
sentido de que as custas judiciais e os
emolumentos concernentes aos serviços
notariais e registrais possuem natureza
tributária, qualificando-se como taxas
remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-
se, em consequência, quer no que concerne à
sua instituição e majoração, quer no que se
refere à sua exigibilidade, (continua)
“(continua) ao regime jurídico-constitucional
pertinente a essa especial modalidade de tributo
vinculado, notadamente aos princípios
fundamentais que proclamam, dentre outras, as
garantias essenciais (a) da reserva de
competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da
isonomia e (d) da anterioridade.” (ADI 1.378-MC)
CTN - art. 77. “As taxas cobradas pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva
ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.”
Exercício RegularPoder dePolícia
Fato Gerador da Taxa de Políca
Art. 77 C.T.N
CTN- Art. 78, CTN. “Considera-se poder de polícia
atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, (...) (continua)
(continua) (...) à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão
ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.”
Exercício Regular
do
Poder de Polícia
CTN- art. 78, Parágrafo único. “Considera-se
regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal
e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
discricionária, sem abuso ou desvio de poder.”
JURISPRUDÊNCIA - STF
“O texto constitucional diferencia as taxas
decorrentes do exercício do poder de polícia
daquelas de utilização de serviços específicos e
divisíveis, facultando apenas a estas a prestação
potencial do serviço público. A regularidade do
exercício do poder de polícia é imprescindível para
a cobrança da taxa de localização e fiscalização.
(Continua)
(Continua) À luz da jurisprudência deste STF, a
existência do órgão administrativo não é condição
para o reconhecimento da constitucionalidade da
cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas
apenas constitui um dos elementos admitidos para
se inferir o efetivo exercício do poder de polícia,
exigido constitucionalmente. (Continua)
(Continua) É constitucional taxa de renovação de
funcionamento e localização municipal, desde que
efetivo o exercício do poder de polícia,
demonstrado pela existência de órgão e estrutura
competentes para o respectivo exercício, bem
como a prestação efetiva do serviço.” (RE 588.322,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 16-6-2010,
Plenário, DJE de 3-9-2010.)
JURISPRUDÊNCIA - STF
“Não há invocar o argumento no sentido de que a
taxa decorrente do poder de polícia fica restrita aos
contribuintes cujos estabelecimentos tiverem sido
efetivamente visitados pela fiscalização, por isso
que, registra Sacha Calmon- parecer fl. 377, essa
questão já foi resolvida, (...)
“(...continuação) pela negativa, pelo Supremo
Tribunal Federal, que deixou assentada em
diversos julgados, a suficiência da manutenção,
pelo sujeito ativo, de órgão de controle, em
funcionamento (cf, inter plures, RS 116518, RE
230973). (continuando)
“ Andou bem a corte brasileira em não aferrar-se ao
método antiquado da vistoria , porta a porta,
abrindo as portas do Direito às inovações
tecnológicas que caracterizam a nossa era. “ (STF-
RE 416.601)
“(...) É constitucional taxa de renovação de
funcionamento e localização municipal, desde que
efetivo o exercício do poder de polícia,
demonstrado pela existência de órgão e estrutura
competentes para o respectivo exercício, tal como
verificado na espécie quanto ao Município de Porto
Velho/RO (...)." (RE 588.322, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgamento em 16-6-2010, Plenário, DJE de
3-9-2010, com repercussão geral.)“ (STF- RE
416.601)
TAXAS DE POLÍCIA Exemplos
Taxa de AlvaráTaxa de Obras em Logradouros PúblicosTaxa de IncêndioTaxa de PublicidadeTaxa de Inspeção Sanitária (TIS)Taxa florestalTaxa pela aferição de pesos e medidasTaxa de classificação de produtos vegetais
Súmula no 665, STF“É constitucional a taxa de fiscalização dosmercados de títulos e valores mobiliáriosinstiuída pela Lei 7.940/1989 .”
“Taxa florestal. (…) Exação fiscal que serve de
contrapartida ao exercício do poder de polícia,
cujos elementos básicos se encontram definidos
em lei, possuindo base de cálculo distinta da de
outros impostos, qual seja, o custo estimado do
serviço de fiscalização.” (RE 239.397, Rel. Min.
Ilmar Galvão)
“A jurisprudência do STF assentou a
constitucionalidade da Taxa de Classificação de
Produtos Vegetais, instituída pelo Decreto-lei
1.899/1981.” (RE 511.584-AgR, voto da Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgamento em 8-2-2011, Primeira
Turma, DJE de 2-3-2011.)
“Lei mato-grossense 8.033/2003- INSTITUIU O
SELO DE CONTROLE DOS ATOS DOS SERVIÇOS
NOTARIAIS E DE REGISTRO, PARA IMPLANTAÇÃO
DO SISTEMA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES
DOS NOTÁRIOS E DOS REGISTRADORES, BEM
COMO PARA OBTENÇÃO DE MAIOR SEGURANÇA
JURÍDICA QUANTO À AUTENTICIDADE DOS
RESPECTIVOS ATOS (continua)
(continua) "Taxa em razão do poder de polícia: a
Lei mato-grossense 8.033/2003 instituiu taxa em
razão do exercício do poder de polícia. Poder que
assiste aos órgãos diretivos do Judiciário,
notadamente no plano da vigilância, orientação e
correição da atividade em causa, a teor do § 1º do
art. 236 da Carta-cidadã.(...) (ADI 3.151, Rel. Min.
Ayres Britto, julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ
de 28-4-2006.)
BASE DE CÁLCULO
QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO
BASE DE CÁLCULO = DIMENSÃO DO FATO GERADOR
BASE DE CÁLCULO DA TAXA
QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO
BASE DE CÁLCULO = DIMENSÃO DA ATIVIDADE
ESTATAL = CUSTO ( a sofrer rateio)
Portanto BC da taxa tem que ser ≠ da BC dos impostos
TODA TAXA É REGIDA PELO
PRINCÍPIO DO CUSTO E BENEFÍCIO
FATO GERADOR DO IMPOSTO = MANIFESTAÇÃO
ECONÔMICA DO CONTRIBUINTE – ex. propriedade
BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO = DIMENSÃO DA
CAPACIDADE ECONÔMICA do contribuinte
Ex. IR (FG= AUFERIR RENDA) logo (BC = VALOR DA
RENDA)
IPTU (FG = PROPRIEDADE) logo ( BC= VALOR DO
IMÓVEL)
TODO IMPOSTO É REGIDO PELO
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE ECONÔMICA
BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO
(DIMENSÃO DA CAPACIDADE ECONÔMICA do
contribuinte)
É DIFERENTE DA
BASE DE CÁLCULO DA TAXA
(DIMENSÃO DA ATIVIDADE ESTATAL = CUSTO DA
ATIVIDADE ESTATAL)
STF"Taxa: correspondência entre o valor exigido e ocusto da atividade estatal. A taxa, enquantocontraprestação a uma atividade do Poder Público,não pode superar a relação de razoávelequivalência que deve existir entre o custo real daatuação estatal referida ao contribuinte e o valorque o Estado pode exigir de cada contribuinte,considerados, para esse efeito, os elementospertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadasem lei. (Continua)
Se o valor da taxa, no entanto, ultrapassar o custodo serviço prestado ou posto à disposição docontribuinte, dando causa, assim, a uma situaçãode onerosidade excessiva, que descaracterize essarelação de equivalência entre os fatores referidosconfigurar-se-á, então, hipótese de ofensa àcláusula vedatória inscrita no art. 150, IV, da CF.Jurisprudência. Doutrina." (ADI 2.551-MC –QO -Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 2-4-2003, Plenário, DJ de 20-4-2006.)
BC TAXA é diferente da BC do imposto
CF- 145 § 2º - As taxas não poderão ter base de
cálculo própria de impostos
CTN- art. 77- Parágrafo único. A taxa não pode ter
base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em
função do capital das empresas.
STF - Súmula nº 595
É inconstitucional a taxa municipal de
conservação de estradas de rodagem cuja base de
cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural.
Acórdão que declarou a inconstitucionalidade de
lei que instituiu a cobrança de Taxa de
Conservação e Manutenção das Vias Públicas,
por afronta ao disposto no art. 145, II, da CF.
Entendimento firmado pelo STF no sentido de
que a base de cálculo é „própria de imposto e
não de taxa por serviços específicos e divisíveis
postos à disposição do seu contribuinte‟ e „não
tendo o Município – (continua)
(continua) uma vez que, em matéria de impostos,
a competência é da União – competência para
criar tributos outros que não os que a
Constituição lhe atribui, o imposto dissimulado
pela taxa é inconstitucional (RE 121.617)‟.” (RE
293.536, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em
7-3-2002, Plenário, DJ de 17-5-2002.)
STF
"A escolha do valor do monte-mor como base de
cálculo da taxa judiciária encontra óbice no art.
145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que
contenha bens imóveis é também base de cálculo
do imposto de transmissão causa mortis e inter
vivos (CTN, art. 33)."
(ADI 2.040-MC - Rel. Min. Maurício Corrêa,
julgamento em 15-12-1999, Plenário, DJ de 25-2-
2000.)
"Incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza – ISSQN sobre serviços de registros
públicos, cartorários e notariais.
Constitucionalidade. Ação direta de
inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e
21.1 da Lista Anexa à LC 116/2003, que permitem a
tributação dos serviços de registros públicos,
cartorários e notariais pelo ISSQN. (...) (continua)
(Continua) As pessoas que exercem atividade
notarial não são imunes à tributação, porquanto a
circunstância de desenvolverem os respectivos
serviços com intuito lucrativo invoca a exceção
prevista no art. 150, § 3º da Constituição. (...) Não
há diferenciação que justifique a tributação dos
serviços públicos concedidos e a não tributação
das atividades delegadas." (ADI 3.089, Rel. p/ o ac.
Min. Joaquim Barbosa)
“Emolumentos. Serviços notariais e de registro.
Art. 145, § 2°, da CF. Não há inconstitucionalidade
quando a regra impugnada utiliza, pura e
simplesmente, parâmetros que não provocam a
identidade vedada pelo art. 145, § 2°, da CF. No
caso, os valores são utilizados apenas como
padrão para determinar o valor dos emolumentos.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada
improcedente.” (ADI 3.887, Rel. Min. Menezes
Direito, julgamento em 15-10-2008, Plenário, 2008)
“Taxa. Localização e funcionamento de
estabelecimento industrial e comercial. Base de
cálculo. Número de empregados. Não se coaduna
com a natureza do tributo o cálculo a partir do
número de empregados.” (RE 202.393, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgamento em 2-9-1997, Segunda
Turma, DJ de 24-10-1997.)
STF Súmula nº 667
Viola a garantia constitucional de acesso à
jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite
sobre o valor da causa.
BC = CUSTO
Contribuinte 1 Contribuinte 2 Contribuinte 3
Fatores de rateio
FATORES DE BASE DE CALCULO
Principal (BASE DE CÁLCULO)
CUSTO
Fatores coadjuvantes
Fatores de rateio ex. m²
Ex. 1º) Taxa de coleta de lixo domiciliar urbano
calculada em função da metragem
BC= CUSTO x Fator de rateio = m²
STF Súmula Vinculante nº 29
“É constitucional a adoção, no cálculo do
valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado
imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.”
STF
“I. - O fato de um dos elementos utilizados na
fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da
área construída do imóvel - que é o valor do imóvel
(CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na
determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo,
não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo
igual à do IPTU: (...) continua
“ (...) continua o custo do serviço constitui a base
imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em
cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a
metragem da área construída do imóvel, certo que
a alíquota não se confunde com a base imponível
do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de
realização da isonomia tributária e do princípio da
capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, §
1º”.( RE 232.393)”
Ex. 2°) Taxa da CVM
BC= CUSTO x Fator de rateio
(% x capital da empresa)
A taxa de fiscalização da CVM tem por fato
gerador o exercício do poder de polícia
atribuído à Comissão de Valores Mobiliários -
CVM. Lei 7.940/89,art. 2º. A sua variação, em
função do patrimônio líquido da empresa,
não significa seja dito patrimônio a sua base
de cálculo, mesmo porque tem-se, no caso,
um tributo fixo. Sua constitucionalidade.
(STF- RE 255982 PR)
TAXA
TRIBUTO VINCULADO
= FATO GERADOR É VINCULADO À ATIVIDADE
ESTATAL
(FATO GERADOR DA TAXA É FATO DO ESTADO)
FATO GERADOR DOS IMPOSTOS: manifestação
exterior de riqueza; manifestação de capacidade
econômica do contribuinte.
Ex. auferir renda , propriedade de bem imóvel, saída de
mercadoria (circulação de mercadoria), prestar serviços e
etc....
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte
IMPOSTO é
TRIBUTO NÃO VINCULADO
= FATO GERADOR NÃO VINCULADO À ATIVIDADE
ESTATAL
(FATO GERADOR DO IMPOSTO É FATO DO INDIVÍDUO)
FUNÇÃO da TAXA
ressarcitiva
CF art 167 - “são vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo
ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os
arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e (...)
continua
A C.F não cria obstáculos à vinculação da receita
da taxa.
STF“Preceito de lei estadual que destina 5% dosemolumentos cobrados pelas serventiasextrajudiciais e não oficializadas ao FUNDESP nãoofende o disposto no art. 167, IV, da CF.A norma constitucional veda a vinculação dareceita dos impostos, não existindo, naConstituição, preceito análogo pertinente àstaxas.” (RE 570.513-AgR - Rel. Min. Eros Grau,julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE de27-2-2009.)
“(continua) É constitucional a destinação do
produto da arrecadação da taxa de
fiscalização da atividade notarial e de
registro a órgão público e ao próprio Poder
Judiciário". (ADI 3.151, Rel. Min. Ayres Britto,
julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ de 28-
4-2006.)
“As custas, a taxa judiciária e os emolumentos
constituem espécie tributária, são taxas, segundo a
jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal
Federal. (...) Impossibilidade da destinação do
produto da arrecadação, ou de parte deste, a
instituições privadas, entidades de classe e Caixa
de Assistência dos Advogados. Permiti-lo,
importaria ofensa ao princípio muda igualdade.
Precedentes do STF.” (ADI 1.145)
“(continua) É constitucional a destinação do
produto da arrecadação da taxa de fiscalização da
atividade notarial e de registro a órgão público e ao
próprio Poder Judiciário". (ADI 3.151, Rel. Min.
Ayres Britto, julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ
de 28-4-2006.)
Súmula Vinculante nº 12 -STF
A cobrança de taxa de matrícula nas universidades
públicas viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
(...)
IV - gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais;