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Gestão da Tecnologia e Inovação
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Pesquisa básica e
Pesquisa aplicada
Profa. Ms. Marinete A. Martins
Mafalda
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O problema geral
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O relacionamento entre pesquisa básica e
pesquisa aplicada é uma das questões
fundamentais de política científica e
tecnológica em todas as áreas de
conhecimento.
O problema geral
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Essencialmente, esta
questão tem a ver com
as motivações do
pesquisador e com o
destino, ou a
apropriação social dos
frutos de seu trabalho.
Pesquisa básica
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• Objetiva gerar conhecimentos novos úteis
para o avanço da ciência sem aplicação
prática prevista;
• Envolve verdades e interesses universais;
Pesquisa básica
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• É feita para aumentar o conhecimento sobre
algum assunto, sem que se tenha na pesquisa
uma aplicação imediata;
• Aplica o conhecimento pelo conhecimento;
• Busca o conhecimento para a difusão deste na
comunidade.
Exemplo de pesquisa básica
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A pesquisa básica em educação consiste:
• produção de conhecimentos sobre educação
em ciências;
• busca de respostas a perguntas sobre ensino,
aprendizagem, currículo e contexto educativo
em ciências e sobre o professorado de
ciências e sua formação permanente, dentro
de um quadro epistemológico, teórico e
metodológico consistente e coerente, no qual
o conteúdo específico das ciências está
sempre presente.
Exemplo de pesquisa básica
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Linhas de pesquisa do
Programa de Mestrado e
Doutorado da Universidade
de Sorocaba:
• Cotidiano escolar;
• Educação superior;
• História e historiografia:
políticas e práticas
escolares.
Pesquisa aplicada
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Objetiva gerar conhecimentos para aplicação
prática dirigida à solução de
problemas/objetivos específicos;
Pesquisa aplicada
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É realizada com objetivo de obter
conhecimento que será usado a curto ou médio
prazo;
Instituto Agronômico de Campinas (IAC)
Pesquisa aplicada
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É realizada ou para determinar os possíveis
usos para as descobertas da pesquisa básica ou
para definir novos métodos ou maneiras de
alcançar um certo objetivo específico e pré-
determinado;
Pesquisa aplicada
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É uma investigação original concebida pelo
interesse em adquirir novos conhecimentos;
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) – Campinas/SP
Pesquisa aplicada
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Envolve conhecimento disponível e sua
ampliação;
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron - Campinas/SPÚnico acelerador de partículas do hemisfério sul
Pesquisa aplicada
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Aplica o conhecimento visando utilidade
econômica e social;
Busca o conhecimento pela apropriação do
"know how" e/ou patentes.
Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer – Campinas/SP
Os modelos de ação
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O modelo de ação mais comumente difundido
na sociologia da ciência é o da "Republica da
Ciência", ou da "cidade científica”. Neste
modelo, a atividade científica e essencialmente
uma atividade voltada para a busca do
conhecimento, com um sistema de prêmios,
recompensas e punições baseado no maior ou
menor sucesso nesta busca.
Os modelos de ação
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As razões pelas quais
as pessoas buscam o
conhecimento são
irrelevantes para o
modelo: o que importa
é que o conhecimento
seja algo cuja posse
seja considerada
importante em si
mesmo, e não para
outros fins.
Os modelos de ação
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As “cidades científicas” controlam suas próprias
instituições - centros de pesquisa, revistas
especializadas, institutos - e distribuem
internamente seus recursos.
Cidade Científica no Vale do Silício/USA
Os modelos de ação
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O segundo modelo de ação pode ser
denominado de "modelo do progresso
técnico".
A principal premissa deste modelo é que a
atividade científica, como qualquer outra forma
de conhecimento humano, tem por objetivo
resolver problemas práticos e utilitários
vividos pelas sociedades em suas diversas
etapas ou formas de desenvolvimento.
Os modelos de ação
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O pesquisador escolherá sua área e seu tema
de pesquisa em função de sua utilidade social,
e esta utilidade determinará sua recompensa.
Os modelos de ação
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Esta recompensa, ou remuneração, pode
consistir tanto em prestígio e poder social
quanto em remuneração financeira em função
da utilidade do produto do conhecimento.
Os modelos de ação
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O produto do conhecimento tem, por definição,
um valor de mercado que pode ser estimado e
que transcende seu mero "valor de uso" como
conhecimento em si.
Ele pode, assim, ser trocado por outros valores
- na forma de licença, royalties ou exploração
dos produtos.
Os modelos de ação
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O terceiro modelo, finalmente, vê a atividade
científica essencialmente como parte das
atividades complexas das grandes
organizações contemporâneas.
Os modelos de ação
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Sua referencia histórica não é a ciência
artesanal, individualizada, nem a tecnologia do
inventor isolado, mas as grandes organizações
técnico-científicas contemporâneas.
Instituto Butantan – São Paulo/SP
Os modelos de ação
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Instituições voltadas para a produção industrial,
por exemplo, tenderiam a sancionar trabalhos
mais aproximados ao modelo de progresso
técnico, enquanto que instituições mais
especificamente de pesquisa tenderiam a
valorizar trabalhos mais próximos ao modelo
acadêmico.
Modelos típicos da atividade científica
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República da Ciência
Progresso Técnico Tecno-burocracia
valores buscados
conhecimento pelo conhecimento
utilidade econômica e social
por via técnica
crescimento e fortalecimento organizacional.
sistema de aferição de qualidade
pelo consenso da comunidade
científica
pela aceitação do produto no mercado
pela valorização do trabalho na organização
recompensa prestígio acadêmico e
benefícios decorrentes
valor de venda do produto
poder burocrático-organizacional
apropriação do produto
pela difusão na comunidade
pela apropriação do "know how"
pela organização
tipo de ciência
produzida
ciência "acadêmica"
ciência "'aplicada" ciência "básica".
Pesquisa básica x Pesquisa aplicada
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A questão da pesquisa básica versus pesquisa
aplicada ou pesquisa acadêmica versus
pesquisa tecnológica não é nova e certamente
não se esgotará agora.
Ela envolve o governo de uma nação, o dinheiro
dos contribuintes e as prioridades que a
administração no poder procura dar à sua
atuação. A questão tem se repetido
ciclicamente, de modo que os resultados
começam a ser previsíveis.
Mafalda
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