Download - Guia de Simulação OIT - Tema Social
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Sumário
1. Histórico da Organização Internacional do Trabalho ............................................................... 4
2. Estrutura da OIT ................................................................................................................... 6
2.1 Órgãos regulares de controle .................................................................................................. 6
2.2 A Comissão para aplicação das normas da Conferência ............................................................. 7
2.2.1 Composição e Mesa ........................................................................................................... 7
2.2.2 Escopo da Comissão ....................................................................................................... 7
2.3 Organização do trabalho da Comissão da Conferência .............................................................. 7
2.4 Participação na Conferência ................................................................................................... 8
2.4.1 Participação dos representantes dos trabalhadores e empregadores ....................................... 8
2.4.2 Consulta às organizações representativas ........................................................................... 8
2.5. Membros observadores ......................................................................................................... 9
3. As implicações da construção da usina de Belo Monte .............................................................. 9
3.1 A Questão Indígena ............................................................................................................ 13
3.2 Povos ribeirinhos, pescadores e trabalhadores da usina............................................................ 14
4. Estudo de caso: a construção da usina de Belo Monte ............................................................ 15
4.1 Convenção 167 – Convenção sobre a Saúde e Segurança na Construção ................................... 16
4.2 Convenção 169 – Convenção sobre Povos Indígenas e Tribais ................................................. 17
5. A simulação ........................................................................................................................ 17
5.1 Procedimentos básicos ........................................................................................................ 17
5.1.1 Mesa diretora ............................................................................................................... 18
5.1.2 Delegados ................................................................................................................... 18
5.1.3 Lista de Oradores ......................................................................................................... 19
5.1.4 Discurso ...................................................................................................................... 19
5.1.5 Réplica........................................................................................................................ 20
5.1.6 Questões ..................................................................................................................... 20
5.1.7 Moções ....................................................................................................................... 20
5.1.8 Ordem de precedência das questões e moções .................................................................. 24
5.2 Documentos ....................................................................................................................... 24
5.2.1 Relatório geral sobre posicionamento prévio .................................................................... 24
5.2.2 Documentos de trabalho ................................................................................................ 25
5.3 Códigos de Vestimenta........................................................................................................ 25
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5.4 Procedimentos de votação ................................................................................................... 25
5.4.1 Votação por chamada .................................................................................................... 25
5.4.2 Votação substantiva ...................................................................................................... 25
5.5 Critérios de Avaliação ......................................................................................................... 26
5.6 Divisão dos grupos ............................................................................................................. 27
5.6.1 Grupo Propositor .......................................................................................................... 27
5.6.2 Governos ..................................................................................................................... 28
5.6.3 Empregadores .............................................................................................................. 28
5.6.4 Trabalhadores .............................................................................................................. 28
5.7 Agenda ............................................................................................................................. 29
6. Links básicos de estudo ........................................................................................................ 30
ANEXO I- Resumo do relatório do Comitê de Peritos .................................................................... 31
7. Referências ......................................................................................................................... 32
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1. Histórico da Organização Internacional do Trabalho
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi criada em 1919, como parte do
Tratado de Versalhes – que encerrou a Primeira Guerra Mundial. Tal organização foi criada
como forma de trazer ao mundo a ideia de uma paz duradoura e universal, que poderia ser
alcançada através de justiça social e de melhores condições de trabalho para as classes
trabalhadoras. (INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION, 2015)
Na euforia pós-Primeira Guerra, a ideia de uma sociedade que seria “moldável” era um
catalisador importante por trás das ideias dos idealizadores da OIT. Considerada uma nova
disciplina, a questão do trabalho internacional se tornou cada vez mais um instrumento poderoso,
com o qual mudanças sociais eram postas em prática. (NOBEL PRIZE, 2015)
A Constituição da OIT foi esboçada por representantes de nove países, que incluíam
Bélgica, Cuba, Checoslováquia, França, Itália, Japão, Polônia, Reino Unido e os Estados Unidos.
Tal Constituição resultou em uma organização tripartite, diferente de todas as outras, por ter em
seu quadro de executivos, representantes de governos, empregadores e empregados, membros
estes que têm voz igual dentro da Organização. (INTERNATIONAL LABOUR
ORGANIZATION, 2015)
Os ideais iniciais dos fundadores da OIT – justiça social e trabalho decente - que eram
considerados utópicos, foram modificados através de compromissos políticos e diplomáticos,
acordados na Conferência de Paz de Paris, que aconteceu em 1919, por fim demonstrando um
equilíbrio da OIT entre seu idealismo e pragmatismo. (INTERNATIONAL LABOUR
ORGANIZATION, 2015)
Logo em 1946, após a extinção da Liga das Nações, a OIT se tornou a primeira agência
especializada associada à Organização das Nações Unidas. O número de países membros cresceu
de quarenta e cinco, em 1921, para cento e vinte e um, em 1971. (ORGANIZAÇÃO
INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2015)
O escritório que funciona como matriz da Organização Internacional do Trabalho está
localizado em Genebra, na Suíça. Suas operações estão divididas em escritórios secundários ao
redor do mundo (em mais de quarenta países) e a OIT conta com mais de 3000 empregados de
mais de cem diferentes nacionalidades. (INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION,
2015)
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A OIT desempenha um total de três papéis considerados de extrema importância. O
primeiro deles diz respeito à adoção de padrões concernentes ao trabalho. Tais padrões são
chamados de Convenções e Recomendações, e eles contém orientações que se relacionam a
trabalho infantil, proteção de mulheres no ambiente de trabalho, horas de trabalho, inspeção
trabalhista, guias e treinamentos vocacionais, proteção social, acomodação para trabalhadores,
saúde ocupacional e segurança, condições de trabalho no mar, e proteção de trabalhadores
migrantes, dentre outros temas de cunho social e humanitário. (INTERNATIONAL LABOUR
ORGANIZATION, 2015)
O segundo papel desempenhado pela Organização Internacional do Trabalho se refere
na assistência e cooperação técnica para com nações em desenvolvimento. Tais esforções são
concentrados em quatro áreas de maior importância, que são: desenvolvimento de recursos
humanos; planejamento e promoção de empregos; desenvolvimento de instituições sociais nos
campos de administração trabalhista, relações de trabalho, cooperativas e também
desenvolvimento rural; e condições de vida e trabalho. (INTERNATIONAL LABOUR
ORGANIZATION, 2015)
O terceiro papel se relaciona com definição de padrões e cooperações técnicas. Tais
funções são desempenhadas através de intensa atividade de pesquisa, treinamentos, educação e
programas de publicação, levando em consideração que a Organização Internacional do Trabalho
é uma das mais importantes fontes de publicação e documentação em assuntos trabalhistas.
(INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION, 2015)
No Brasil, a OIT tem atuado desde a década de 1950, promovendo ao longo dos anos as
Normas Internacionais do Trabalho. A Organização tem atuado principalmente em áreas que
dizem respeito ao combate do trabalho infantil, trabalho forçado e tráfico internacional de
pessoas com fins de exploração sexual e também comercial. Também tem sido agente importante
na luta da igualdade por oportunidades e na busca de igualdade de gênero no campo trabalhista.
(ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2015)
Como exemplo da atuação da OIT no país, deve-se citar o fato do Brasil ter lançado em
2006 sua Agenda Para Trabalho Decente, com o apoio da Organização Internacional do Trabalho.
Tal documento gira em torno de três pilares principais, que são: criar mais e melhores empregos,
com igualdade tanto no âmbito das oportunidades, quanto no de tratamento; extinguir o trabalho
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escravo e também o infantil; fortalecer os atores tripartites e o diálogo social, para que funcione
realmente como um instrumento de governabilidade democrática. (ORGANIZAÇÃO
INTERNACIONAL DO TRABALHO)
2. Estrutura da OIT
A Organização permanente compreenderá de:
a) uma Conferência geral constituída pelos Representantes dos Estados-Membros;
b) um Conselho de Administração composto como indicado no art. 7º;
c) uma Repartição Internacional do Trabalho sob a direção de um Conselho de
Administração.
O Conselho de Administração é escolhido a cada três anos e no triênio 2014-2017, os
presentes países o constituem: Argélia, Alemanha, Angola, Brasil, Bulgária, Camboja, China,
República da Coreia, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América, França, Gana, Índia,
Irã, Itália, Japão, Quênia, México, Panamá, Romênia, Reino Unido, Rússia, Sudão, Trindade-
Tobago, Turquia, Venezuela, Zimbábue. Além desses países, são escolhidos 14 representantes
dos trabalhadores e 14 dos empregadores, para que assim se forme a característica tripartite da
OIT. (OIT, 2015)
2.1 Órgãos regulares de controle
Com base em uma resolução adotada pela Conferência Internacional do Trabalho na sua
Oitava Sessão, em 1926, a responsabilidade pelo controle regular da observância pelos Estados
membros das obrigações relativas às normas foi confiada à Comissão de Peritos para a Aplicação
das Convenções e das Recomendações e à Comissão da Conferência para a Aplicação de
Normas. (OIT, 2015)
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2.2 A Comissão para aplicação das normas da Conferência
2.2.1 Composição e Mesa
A Comissão é definida nos termos do artigo 7º do Regulamento Interno. É tripartida,
sendo composta por representantes dos governos, dos empregadores e dos trabalhadores. A
Comissão elege um presidente e dois vice-presidentes, escolhidos de entre cada um dos três
grupos, assim como um ou mais relatores. (OIT, 2015)
2.2.2 Escopo da Comissão
a) A Comissão deve examinar:
i) as medidas tomadas pelos Estados membros para dar execução às disposições das
Convenções das quais são parte, bem como as informações fornecidas pelos Membros
relativamente aos resultados das inspeções;
ii) as informações e os relatórios relativos às convenções e às Recomendações
comunicadas pelos Membros, de acordo com o artigo 19º da Constituição;
iii) as medidas tomadas pelos Membros, de acordo com o artigo 35º da Constituição.
b) A Comissão tem de submeter um relatório à Conferência ao final dos dias de simulação. O
Relatório anual da comissão é dividido em três partes: um relatório geral, que inclui comentários
sobre o respeito dos Estados-Membros para as suas obrigações constitucionais, destacando as
observações feitas pelo comitê; uma parte contendo as observações sobre a aplicação de normas
internacionais do trabalho e; por último, um levantamento geral. (OIT, 2015)
2.3 Organização do trabalho da Comissão da Conferência
Após o exame técnico e independente dos documentos pela Comissão de Peritos, o
procedimento da Comissão da Conferência dá aos representantes dos governos, dos
empregadores e dos trabalhadores, a oportunidade de reunirem e reverem em conjunto o modo
através do qual os Estados cumprem as obrigações resultantes das convenções e das
recomendações ou com elas relacionadas. Os governos têm a possibilidade de completar a
informação previamente fornecida; indicar medidas suplementares que tencionam tomar; chamar
a atenção para as dificuldades encontradas no cumprimento das obrigações e procurar orientações
acerca da forma de ultrapassar essas dificuldades. (OIT, 2015)
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a) Documentos apresentados à Comissão. A Comissão deve analisar o Relatório III (Partes 1A e
1B), que é o relatório da Comissão de Peritos. Toma, igualmente, conhecimento dos documentos
que contêm o essencial das respostas por escrito às observações da Comissão de Peritos. Por se
tratar de um documento extenso, o grupo propositor elaborou um resumo (ANEXO I) do mesmo
para que possa ser estudado previamente pelas Delegações e assim dar continuidade à simulação
sem prejuízos. (OIT, 2015)
b) Discussão geral. A Comissão inicia os seus trabalhos com uma análise geral dos assuntos
tratados na parte geral do Relatório III (Parte 1A) da Comissão de Peritos. Pode, em seguida,
examinar o Estudo Geral do Relatório III (Parte 1B). (OIT, 2015)
2.4 Participação na Conferência
2.4.1 Participação dos representantes dos trabalhadores e empregadores
Através da sua presença na Conferência Internacional do Trabalho e, em especial, na
Comissão para a Aplicação de Normas, as organizações representativas de empregadores e de
trabalhadores podem levantar questões relativas ao cumprimento das obrigações decorrentes das
normas internacionais do trabalho. (OIT, 2015)
2.4.2 Consulta às organizações representativas
A Convenção nº 144 e a Recomendação nº 152 preveem a consulta tripartida sobre:
a) as respostas dos governos aos questionários e aos comentários sobre os projetos de
novos instrumentos a ser discutidos na Conferência;
b) as propostas a fazer às autoridades competentes aquando da submissão das convenções
e recomendações;
c) as questões resultantes dos relatórios relativos às convenções ratificadas;
d) as medidas relacionadas com as convenções não-ratificadas e recomendações;
e) a denúncia de convenções. (OIT, 2015)
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2.5. Membros observadores
Se algum membro da OIT desejar convidar um indivíduo ou representante de uma
organização ou governo para participar das deliberações da Comissão (sem direito de voto em
questões substanciais), ele deve submeter um pedido escrito à Mesa no dia da modelagem, que
perguntará se algum membro da OIT se opõe ao convite. Se não houver objeções, o convite será
emitido. (OIT, 2015)
Para efeitos, à pedido dos representantes dos trabalhadores e dos indígenas, a Mesa
Diretora previamente deliberou que ao primeiro dia de simulação, a Amazon Watch irá
apresentar seus documentos e posicionamento acerca do tema, podendo utilizar até 05 (cinco)
minutos do tempo do dia. No segundo dia, a apresentação será feita pela International Labor
Rights Forum, no mesmo formato do primeiro dia. (OIT, 2015)
3. As implicações da construção da usina de Belo Monte
A construção da Usina Belo Monte é encabeçada pelo Consórcio Construtor da Usina
Belo Monte (CCBM), que integra as construtoras Odebrecht, Camargo Correia, Queiroz Galvão,
OAS, Contern, Galvão, Serveng, J. Malucelli, Cetenco e a Andrade Gutierrez. Além disso, a
Norte Energia está envolvida na questão por ser a futura responsável pela operação do complexo.
A possibilidade para a construção de uma usina no local vem sendo estudada desde 2002,
com a conclusão dos estudos em 2005, a Eletrobrás teve a permissão de aprofundá-los e deu
início ao EIA (Estudo de Impacto Ambiental). O EIA é o projeto que vem comprovar a
viabilidade ou não da construção e, juntamente com o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental)
incluem a população no debate, lidando com o tema através de linguagem acessível. (RIMA,
2009)
A grande ideia por trás de Belo Monte é que mesmo funcionando num local “remoto”, ela
conseguiria, através do Sistema Interligado Nacional, distribuir energia para todas as regiões do
Brasil, ainda que sujeito a grande impacto ambiental. Os estudos e relatórios supracitados
explicitam também as medidas atenuantes que visam desenvolver a realidade à volta do
empreendimento. Por exemplo:
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“A mudança para a cidade de Vitória do Xingu das 2.500 casas para
funcionários das obras que antes seriam feitas próximas ao local da casa de força
principal em uma vila residencial;
A construção de 500 casas também para funcionários das obras
espalhadas pela cidade de Altamira, ao invés de em uma vila fechada;
A construção de um canal ao lado da barragem principal para passagem
de peixes, ao invés de uma escada de peixes;
Construção de um mecanismo próximo à barragem principal para fazer
com que os barcos possam passar de um lado para o outro do rio Xingu;
A definição de um hidrograma ecológico para o trecho do rio Xingu entre
a barragem principal e a casa de força, garantindo a navegação e a sobrevivência de
espécies de peixes e plantas.”
(RIMA, 2009)
Durante o processo de licenciamento da Usina, várias modificações no planejamento
original aconteceram, como a redução da área de inundação de 1.225 quilômetros quadrados para
516 quilômetros quadrados e a não-inundação de terras indígenas que ocorria nos estudos dos
anos 80 e 90. (RIMA, 2009)
No RIMA é levantada a necessidade de dez anos para a conclusão da obra, sendo os cinco
primeiros garantindo, principalmente, as estruturas (barragens, canais, casas de força, por
exemplo) e nos últimos anos a montagem, implantação e funcionamento das máquinas que serão
utilizadas. A estimativa era de que, no pico das obras, seriam empregados cerca de 18.700
funcionários e para possibilitar a empregabilidade de mão-de-obra local, seriam oferecidos
treinamentos e capacitações desses trabalhadores.
Além disso há a necessidade da construção de alojamentos:
“Em Altamira, vão ser construídas 500 novas casas em diferentes bairros da cidade. Na
sede de Vitória do Xingu serão construídas 2.500 casas. Para atender todas essas
pessoas e a população local serão instalados pontos de comércio, postos de saúde,
escolas, áreas para prática de esporte, além da criação de estrutura para abastecimento
de água, tratamento de esgoto, drenagem e serviço de coleta e disposição de lixo. Para os
funcionários que vão trabalhar nos canteiros de obras vão ser construídos três
alojamentos: Alojamento do Sítio Belo Monte, para 8.700 trabalhadores. Alojamento do
Sítio Bela Vista, para 2.100 funcionários. Alojamento do Sítio Pimental, para 5.150
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funcionários. Esse alojamento vai atender, também, os trabalhadores da região do
Reservatório dos Canais.”
(RIMA, 2009)
A construção da Usina demanda um espaço e um uso das áreas do entorno do
empreendimento e é por isso que é importante diferenciar as áreas de influência direta (AID) das
áreas de influência indireta (AII). Enquanto o primeiro caso trata de áreas que serão afetadas
diretamente, vizinhas, que mesmo não recebendo partes físicas do empreendimento serão muito
afetadas pela obra, o segundo caso fala sobre as áreas que serão afetadas indiretamente pelo
empreendimento e incluem também um coeficiente sociocultural e dos municípios como
Altamira, Senador José Porfírio e Anapu. Essas e outras cidades de impacto indireto são
localizadas às margens da Transamazônica ou do rio Xingu. (RIMA, 2009)
A área de impacto indireto engloba aproximadamente 317.472 habitantes, das quais as
áreas rurais pertencem 30% à grande agricultura e 70% à pequena e média propriedade agrícola,
uma vez que a base econômica da região gravitar em torno da agricultura familiar. Além de
comunidades indígenas que serão mais trabalhadas adiante, temos também 31 comunidades
quilombolas nessa região. (RIMA, 2009)
Sabendo que cada uma das ações gerará impactos, tanto positivos quanto negativos na
região, existem os seguintes tratamentos propostos aos atingidos diretamente pela influência,
segundo o RIMA:
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Além desses tratamentos e projetos para reparação, temos também previsto no RIMA
programas de inclusão para os indígenas e outros diversos programas sociais que trariam o
progresso para a população e melhoria nas condições daqueles no entorno do novo
empreendimento. É prevista também a melhora na infraestrutura de cidades à volta da Usina
(Altamira, por exemplo) pelo poder público que já possui projetos a serem executados. É
apontada a necessidade das cidades se prepararem para receberem o grande fluxo de pessoas e os
investimentos necessários: “são muitos os impactos negativos que serão trazidos pelo
empreendimento para a região e é preciso prepará-la para receber o grande número de pessoas
que é previsto, atraídos pelas oportunidades de emprego e de renda.” Portanto, constata-se no fim
do relatório a necessidade de desenvolvimento concomitante entre o projeto para a região e a
construção da Usina. (RIMA, 2009) (DE OLHO EM BELO MONTE, 2013)
Entretanto, a construção da Usina foi acompanhada pela efervescência de vozes
crescentes que se opunham à construção, que foi financiada mesmo sem ter atendido a muitas das
reivindicações impostas. O ano de 2013 foi especialmente notório para essas agitações: uma
junção de negligência governamental sobre a empresa Norte Energia e sobre aspectos ambientais
e trabalhistas da obra, além da lentidão do judiciário. (DE OLHO EM BELO MONTE, 2013)
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Atraso em partes importantes como o aterro e o saneamento básico em Altamira (que
podem transformar um dos lagos do reservatório em um local contaminado), o desmatamento
sem nenhum aproveitamento da madeira para a construção, prestação de contas duvidosa que
prejudica as ações com os indígenas, falta de transparência na cobertura da mídia no local,
sobretudo a consecutiva surdez para apelos de estudos técnicos dos mais diversos tipos fizeram
com que explodisse uma crise e questionamentos por parte da opinião pública sobre a construção
da Usina. (DE OLHO EM BELO MONTE, 2013)
3.1 A Questão Indígena
Na denominada “volta grande do Xingu”, habitam mais de 900 índios de três etnias
diversas e mais nove tribos com impactos menores na região onde será afetada pela construção da
Usina de Belo Monte. Como parte de um Plano Emergencial promovido pela Norte Energia, cada
aldeia recebe a quantia de 30 mil reais mensais em forma de benfeitorias (poço artesiano, por
exemplo) e produtos (alimentação industrializada, barcos, motores, etc.). Esses recursos foram
distribuídos durante dois anos, entre outubro/2011 a setembro/2013. (FERRAZ, 2012) (ISA, 2015)
Com o processo de ajuda pelo empreendedor, juntamente com o Estado brasileiro,
desenvolveram uma contribuição à desestruturação social e o desmantelamento do tradicional
sistema produtivo alimentício nas aldeias. Nesse sentido, há a maquinização do campo; um
impacto cultural no sentido em que a comida industrializada foi introduzida nas comunidades; e,
consequentemente, tendo mudanças no processo de plantio, com o abandono da plantação por
alguns índios. (FERRAZ, 2012)
Durante os anos de Plano Emergencial (2010-2012), os dados que se tem são de um
crescente índice de desnutrição das crianças, menores de cinco anos, moradoras de Terras
Indígenas (TIs) impactadas pela Usina de Belo Monte. Outrossim, a situação encontrada na
região paraense de Altamira é de uma taxa de mortalidade infantil na comunidade indígena que
supera a média nacional em uma taxa superior ao quádruplo. (ISA, 2015)
Conforme o Distrito de Saúde Especial Indígena (DSEI) da cidade de Altamira (PA),
“devido ao abandono de roças e atividades tradicionais de pesca e caça e à introdução
descontrolada de comida industrializada nas dietas das famílias indígenas, a segurança alimentar
das aldeias está em risco”.
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Alguns indígenas, ao serem consultados, consideraram a situação como uma maneira de
evitar manifestações ou opiniões contrárias vindas deles em relação ao processo de construção da
Usina de Belo Monte, em ações com intencionalidade. Norte Energia, por sua vez, acredita em
uma situação temporária com o intuito de implementação dos planos básicos ambientais e uma
aproximação entre a comunidade indígena e a empresa. (FERRAZ, 2012)
Essas zonas de TIs e Unidades de Conservação (UCs) localizadas no Pará passam por uma
forte pressão estabelecida pela exploração ilegal de madeira. Esse problema, já constatado
anterior à usina, viu-se potencializado com a instalação de Belo Monte, na ausência de medidas
controladoras de fiscalização ambiental na região. Ademais, o diminuto reaproveitamento da
madeira extraída onde se localizam os canteiros de obras levou os empresários a adquirirem
milhares de metros cúbicos de madeira do mercado regional, acelerando e reafirmando a
intimidação. (ISA, 2015)
3.2 Povos ribeirinhos, pescadores e trabalhadores da usina
Muito se critica o Estudo dos Impactos Ambientais (EIA), desenvolvido pela resolução nº
001/86, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), para se analisar as condições da
criação da UHE Belo Monte, já que desconsideram muitos impactos sociais em áreas atingidas,
das quais vivem pescadores, por exemplo, e utilizam de métodos falhos para produzir
informações socioeconômicas. Ademais, a construção viola os direitos humanos (vida digna,
trabalho e propriedade) dos moradores da região, dado que a maioria utiliza dos recursos naturais
para subsistência. (RAVENA E TEIXEIRA, 2010)
A mudança do curso do rio muda também a vida de mais de 1300 famílias ribeirinhas, que
não mais conseguem habitar onde antes o faziam. A Norte Energia, então, apresenta duas formas
de indenizar as famílias: uma carta de crédito para que comprem outra terra, ou um assentamento
coletivo construído pela própria usina, em uma área próxima ao canal da Usina. Contudo, a
maioria desses povos optam pela primeira alternativa, por falta de esclarecimento, dado que o
valor não é suficiente, o que gera um problema para esta população tirada de seu espaço, espaço
esse do qual tiravam seu sustento e subsistência não só física, mas cultural. (FERRAZ, 2012)
Durante as audiências públicas prévias ao licenciamento da iniciativa, fora solicitada uma
análise dos impactos relativos às populações beiradeiras, contudo nada se fez. Com isso, não
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foram tomadas medidas de mitigação e compensação dos danos sofridos pelas populações na
construção. Estas famílias além de serem impossibilitadas a pescar, não mais conseguem se
deslocar para a cidade com facilidade, pois não há transporte público. (ISA, 2015)
Ademais, os impactos sobre a pesca são significativos, entretanto não reconhecidos no
licenciamento, como a busca de outros locais de pesca pelos pescadores, que acabam por utilizar
de áreas já ocupadas pela população de determinado espaço, o que gera disputa pelas áreas.
Também, para construir as barragens, utiliza-se de explosões e iluminação em excesso, o que
causa a fuga e morte dos peixes, impedindo a pesca. (ISA, 2015)
Outrossim, em relação às crianças, cresceram as taxas de reprovação escolar em mais de
40% no ensino fundamental, e mais de 70% no ensino médio, entre 2010 e 2013, sem contar as
taxas de abando escolar, que aumentaram em 57% no mesmo período, nas cinco cidades
próximas a região de Altamira. Essas substituem a escola pelas obras da usina. (ISA, 2015)
Dentre outras questões, destacam-se o sistema de saneamento básico inoperante e a
violação de direitos fundamentais com a remoção compulsória das famílias de suas casas, sem
garantir manutenção ou melhoria em suas condições de vida, questões essas que muitas (ou
todas) as vezes são ignoradas na construção. Aspectos socioculturais são desrespeitados. (ISA,
2015)
Outra questão a se tratar é a quantidade e como se encontram os 25000 trabalhadores.
Apesar de pesquisas demonstrarem que grande parte dos trabalhadores tem avaliação boa ou
regular das condições de trabalho (de acordo com Datafolha), a média de pedidos de demissão é
de 170 por mês, dentre outros motivos, pelo teto salarial. (FOLHA DE S. PAULO, 2013)
4. Estudo de caso: a construção da usina de Belo Monte
O tema da simulação do grupo de cunho social será a formação do “Relatório de garantias
mínimas à segurança, trabalho e direitos humanos na construção da Usina Hidrelétrica de Belo
Monte”, o qual reunirá países membros do Conselho de Administração durante a reunião da
Comissão de Aplicação das Normas da OIT em sua 102ª sessão. Essa sessão ocorre, durante
Conferência, sendo pautada essa temática de acordo com o relatório enviado pela Comissão dos
Peritos a todos os países membros. (RIMA, 2009)
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Logo, serão simulados dois dias da 102ª Conferência, em que se discutirá a situação
emergencial da construção da Usina de Belo Monte, no ano após a elaboração do relatório da
Comissão dos Peritos que ocorreu em 2012, mais precisamente no momento do embargo da
construção declarado em agosto de 2012 pelo Tribunal Federal Regional do Pará. (RIMA, 2009)
Dessa forma, na presente simulação serão analisadas, primordialmente, o descumprimento
dos seguintes artigos das Convenções 167 (ratificada pelo Brasil em 2006 e promulgada através
do Decreto n° 6.271 de 22 de novembro de 2007) e 169 (ratificada pelo Brasil em 2002 e
promulgada através do Decreto n° 5.051 de 29 de abril de 2004) da Organização Internacional do
Trabalho:
4.1 Convenção 167 – Convenção sobre a Saúde e Segurança na Construção
“Artigo 13: Segurança nos locais de trabalho
1. Deverão ser adotadas todas as precauções adequadas para garantir que todos os
locais de trabalho sejam seguros e estejam isentos de riscos para a segurança e saúde
dos trabalhadores.
2. Deverão ser facilitados, mantidos em bom estado e sinalizados, onde for preciso, meios
seguros de acesso e de saída em todos os locais de trabalho.
3. Deverão ser adotadas todas as precauções adequadas para proteger as pessoas
presentes em uma obra, ou em suas imediações, de todos os riscos que possam se derivar
da mesma.”
“Artigo 35: Cada Membro deverá:
1. Adotar as medidas necessárias, inclusive o estabelecimento de sanções e medidas
corretivas apropriadas, para garantir a aplicação efetiva das disposições da presente
Convenção;
2. Organizar serviços de inspeção apropriados para supervisionar a aplicação das
medidas que forem adotadas em conformidade com a Convenção e dotar esses serviços
com os meios necessários para realizar a sua tarefa, ou verificar que inspeções
adequadas estejam sendo efetuadas.”
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4.2 Convenção 169 – Convenção sobre Povos Indígenas e Tribais
“Artigo 6°:
1. Ao aplicar as disposições da presente Convenção, os governos deverão:
Consultar os povos interessados, mediante procedimentos apropriados e,
particularmente, através de suas instituições representativas, cada vez que sejam
previstas medidas legislativas ou administrativas suscetíveis de afetá-los diretamente”
“Artigo 15:
2. Em situações nas quais o Estado retém a propriedade dos minerais ou dos recursos do
subsolo ou direitos a outros recursos existentes nas terras, os governos estabelecerão ou
manterão procedimentos pelos quais consultarão estes povos para determinar se seus
interesses seriam prejudicados, e em que medida, antes de executar ou autorizar qualquer
programa de exploração desses recursos existentes em suas terras. Sempre que for
possível, os povos participarão dos benefícios proporcionados por essas atividades e
receberão indenização justa por qualquer dano que sofram em decorrência dessas
atividades.”
A partir dos dados apresentados, tanto no Guia de Simulação, quanto durante o próprio
procedimento, o objetivo da Comissão será de apresentar um relatório ao final dos trabalhos que
contenham diversas recomendações ao Estado brasileiro para que possa haver a continuidade da
construção da Usina de Belo Monte, sem que essa desrespeite as Convenções da presente
Organização Internacional.
5. A simulação
5.1 Procedimentos básicos
As sessões iniciarão nos horários pré-estabelecidos ou assim que houver o quórum
mínimo de 1/4 do total do número de membros presentes. Na situação da presente situação, o
quórum mínimo se atinge com 4 delegações presentes. Caso o quórum mínimo não seja
alcançado depois de passados 10 minutos do horário previsto para o início da sessão, a Mesa
Diretora reserva para si a liberdade de iniciar os debates, independentemente do número de
representações presentes. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
18
Para a averiguação do quórum presente, a Mesa Diretora fará a chamada, em ordem
alfabética, pelo nome das representações. Os Delegados poderão responder “presente” ou
“presente e votante”. Caso a representação se declare “presente e votante”, não será permitido
que tal delegação se abstenha em qualquer votação de caráter substancial durante aquela sessão.
Se a delegação declarar-se “presente”, poderá se abster nas votações substanciais, porém não
poderá se abster nas votações de caráter procedimental. (REGRAS GERAIS DE
PROCEDIMENTO, 2015)
Na referida simulação, a maioria simples corresponde à metade do quórum acrescido de
um. Caso todas as delegações estejam presentes, é atingida com 9 (nove) votos. A maioria
qualificada corresponde a dois terços do quórum arredondado para cima. É atingida com 11
(onze) votos caso todas as delegações estejam presentes.
5.1.1 Mesa diretora
A Mesa Diretora, composta por 3 (três) membros, um presidente e dois vice-presidentes,
declara a abertura e o encerramento de cada sessão do comitê, além de conduzir as discussões, e
garantir o cumprimento das regras estabelecidas. A mesma é responsável por decidir sobre
Questões e Moções e estipular o tempo de fala dos delegados. Ademais, pode sugerir Moções que
considerar significantes. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
As decisões da Mesa são concludentes e irrefutáveis, e seus membros tem a capacidade de
interpretar as regras da forma mais conveniente, para que o comitê tenha o melhor desempenho
possível. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.2 Delegados
Cabe a cada delegação providenciar, por conta própria, e levar consigo a Placa de
Reconhecimento, que deve conter a bandeira oficial do Estado ou símbolo que represente a
organização – para as delegações que representarão os grupos de trabalhadores e empregados – e
o nome oficial do Estado ou da organização, seguido pelo nome comum. Os delegados deverão
seguir estritamente as condições propostas pela Mesa, dirigindo-se com decoro a todos os
presentes. A linguagem utilizada deve ser formal. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO,
2015)
19
Ademais, são deveres de todos os delegados produzir e apresentar ao grupo propositor um
Relatório geral de posicionamento prévio, que deverá conter propostas iniciais que irão servir
como base às discussões e à elaboração do relatório final de recomendações ao Brasil, até a data
limite estipulada.
5.1.3 Lista de Oradores
Escolhida na modalidade de debate padrão e moderada pela Mesa Diretora, a Lista de
Oradores poderá ser suspensa no caso de uma Moção para Debate moderado ou não moderado,
podendo também ser adiada por meio de uma Moção de Adiamento da Sessão. (REGRAS
GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
Para que uma representação possa ser incluída na Lista de Oradores, deverá assinalar essa
vontade à Mesa Diretora, levantando sua placa durante o debate, sinalizando sua solicitação.
Após o recebimento da solicitação, a Mesa adicionará o nome dessa representação ao final da
Lista, sendo a delegação convidada a falar no momento oportuno. (REGRAS GERAIS DE
PROCEDIMENTO, 2015)
Não será permitido que quaisquer delegações se dirijam à Mesa sem seu prévio
reconhecimento.
5.1.4 Discurso
Para que a reunião prossiga, a Mesa Diretora declarará aberta a Lista de Oradores. Então,
a delegação que desejar se pronunciar deverá erguer sua placa de reconhecimento para que a
Mesa possa organizar a ordem de pronunciamento, sendo reconhecida a fala de acordo com essa
ordem. Não há limites para a inserção de discursos.
5.1.4.1. Tempo de discurso: Cada delegação terá 90 (noventa) segundos para o discurso.
5.1.4.2. Cessão de tempo: Caso alguma delegação termine seu discurso antes do tempo
destinado, poderá ceder, quando chamada, seu tempo à Mesa Diretora ou a outra delegação, que
deverá aceitar ou não a cessão. Salienta-se que essa não poderá ceder o tempo a uma terceira
delegação. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
20
5.1.5 Réplica
As delegações não terão direitos a réplicas ou tréplicas, sendo que, para destinarem-se a
determinada delegação, deverão inscrever-se na Lista de Oradores e utilizarem o tempo proposto
para este fim. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.6 Questões
5.1.6.1 Questão de Ordem
Tem o propósito de apontar eventuais equívocos na condução dos debates por parte da
Mesa Diretora ou esclarecer dúvidas concernentes à moderação dos debates. O delegado pode
levantar uma Questão de Ordem se ele achar que as Regras de Procedimento não estão sendo
propriamente seguidas pela Mesa. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.6.2 Questão de Dúvida Procedimental
A Questão poderá ser levantada quando tiver dúvidas sobre os procedimentos ou o fluxo
do debate, contanto que a Questão não interrompa um discurso. (REGRAS GERAIS DE
PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.6.3 Questão de Privilégio Pessoal
A Questão de Privilégio Pessoal poderá ser levantada quando o delegado não estiver se
sentindo confortável por algum motivo. A Questão pode interromper um discurso. (REGRAS
GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7 Moções
5.1.7.1 Moção de adiamento da sessão
Delegados estão aptos a apresentarem moção de adiamento da sessão durante a discussão
de qualquer assunto. Será seguida uma ordem de precedência pela mesa para se certificar de que
não há outras questões ou moções, e em seguida a moção será enviada para aprovação. Dois
terços dos votos são necessários para aprovação. A aprovação resultará em adiamento da
21
conferência. Depois que a sessão for encerrada, o Comitê deve se reunir novamente para nova
sessão agendada. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.2 Moção de alteração de tempo de discurso
Através da moção de alteração de tempo de discurso, o tempo previamente estabelecido
de 90 (noventa) segundos poderá ser modificado. A delegação que solicita tal alteração deve
apresentar uma justificativa para tal, juntamente com o novo tempo desejado. A decisão de
alteração pode ou não ser acatada pela Mesa Diretora. Em caso de aprovação, deverá ser
aprovada pela maioria qualificada para que entre em vigência. (REGRAS GERAIS DE
PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.3 Moção para debate Não-Moderado
A finalidade do debate não-moderado é auxiliar a troca de ideias e as discussões de
questões substanciais, de uma forma mais direta do que no debate formal. As delegações que
submetem-se à essa moção devem apresentar o tempo de duração e sua justificativa. (REGRAS
GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
Os delegados podem propor um Debate Não-Moderado antes do encerramento do debate.
O delegado proponente deve expor o motivo e o tempo limite para o debate. O tempo requerido
não pode exceder 15 minutos, mas a Mesa Diretora pode admitir prorrogações a seu critério. A
moção será colocada em votação, e requer uma maioria simples para aprovação. (REGRAS
GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
22
5.1.7.4 Moção para Debate Moderado
Na condição de Debate Moderado, busca-se tornar mais flexível o debate durante às
discussões. O Debate Moderado é conduzido pela Mesa diretamente, sendo dispensado o uso da
Lista de Oradores. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
Qualquer delegado pode propor uma Moção de Debate Moderado. O delegado que propôs
a moção deve necessariamente estabelecer um motivo, um tempo de discurso e um limite de
tempo para o Debate. O tempo requerido para o Debate Moderado não excederá 15 minutos, mas
a Mesa Diretora pode admitir prorrogações. A moção será colocada em votação, e requer uma
maioria simples para sua aprovação. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.5 Moção para fechamento do debate
Os delegados podem, quando consultados, requerer uma moção para encerrar o debate
sobre o assunto em discussão. Uma vez que é proposta, a mesa diretora deve identificar dois
oradores para se manifestarem contra a moção, se possível. Para ser aceita, a moção exige
maioria qualificada. Se a moção para o fechamento do debate for consentida, a Mesa Diretora, no
mesmo instante, procederá a votação sobre os assuntos em pauta, caso necessário. (REGRAS
GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.6 Moção para Apresentação de Documento de Trabalho
Os documentos de trabalho, ou documentos provisórios, são documentos informais para
auxiliar a Comissão nas discussões de questões materiais. Os delegados terão o direito de
apresentar documentos de trabalho, a qualquer momento, no decorrer da simulação.
Não há formato especifico, contudo precisam ser aprovados pela Mesa Diretora para
serem apresentados na Comissão. As delegações observadoras e consultivas também poderão
apresentar tais documentos, não havendo necessidade de patrocinadores ou signatários no
documento. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.7 Moção para introdução de um Projeto de Documento Final
A moção pode ser proposta pelos delegados quando o projeto foi aprovado pela Mesa e
distribuído à Comissão. Uma vez que a Mesa aceite a moção, esta concederá a palavra ao
signatário do rascunho para que ele leia suas propostas. Após a apresentação, a Mesa questionará
23
se há alguma dúvida, as quais não devem se referir materialmente ao Projeto. (REGRAS
GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.8 Moção para introdução de emenda
Através dessa moção, os delegados poderão alterar qualquer projeto de documento final
que esteja em pauta. As Emendas podem adicionar, subtrair ou modificar parte do Projeto de
Documento Final. Para tal, dependerá da aprovação da Mesa Diretora para ser introduzida.
Após a aprovação de uma emenda, o debate através da Lista de Oradores deverá ser
suspenso, sendo que uma nova lista especial deverá ser aberta para que os delegados se
posicionem contra ou a favor da Emenda específica. A moção para fechamento do debate estará
em ordem depois que a Comissão tenha ouvido pelo menos um discurso a favor e um contra a
Emenda, se possível. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.9 Moção para divisão da questão
Após o encerramento do debate e o início dos procedimentos de votação pela mesa,
qualquer delegado pode solicitar uma moção para que as cláusulas do projeto de documento final
sejam votadas separadamente. Se um delegado levanta moção para a divisão da questão, os
diretores devem reconhecer dois discursos a favor e dois contra a moção, se disponível. A
maioria simples é necessária para a moção ser aprovada. Caso haja aprovação, cinco minutos de
debate não-moderado serão concedidos automaticamente à Comissão para que os delegados
possam discutir, elaborar e apresentar aos diretores, em formato escrito, as suas propostas para
dividir a questão. Após o recebimento, essas propostas deverão ser numeradas pela Mesa Diretora
e votadas. (REGRAS GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.7.10 Moção para Tour de Table
Durante o Tour de Table, a Mesa Diretora interrompe o debate formal e pede para que
cada delegado dê um discurso de no máximo 1 minuto, apresentando sua opinião sobre um
determinado assunto do debate. O objetivo é que cada delegado esteja ciente da posição de todos
os outros. Depois de todos os pronunciamentos, a Mesa fará um pequeno resumo de tudo o que
foi dito. Esse procedimento pode ser realizado através de uma moção, na qual o delegado
24
estabelece a justificativa e o tempo de discurso. É aprovada por maioria simples. (REGRAS
GERAIS DE PROCEDIMENTO, 2015)
5.1.8 Ordem de precedência das questões e moções
I. Questão de privilégio pessoal
II. Questão de ordem
III. Questão de dúvida procedimental
IV. Moção para apresentação de documento de trabalho
V. Moção para adiamento da sessão
VI. Moção para alteração de tempo de discurso
VII. Moção para fechamento do debate
VIII. Moção para debate moderado ou não moderado
IX. Moção para introdução de rascunho do Relatório ou emenda
X. Moção para divisão da questão
XI. Moção para Tour de Table
5.2 Documentos
5.2.1 Relatório geral sobre posicionamento prévio
A Mesa Diretora exige de cada dupla de representantes dos Estados, um Relatório que
explique a posição prévia do país em relação ao caso apresentado para discussão, bem como
sugestões para o relatório final. Tal documento será utilizado pelos relatores para a criação de um
documento final ao fim da simulação e deve ser enviado à Mesa Diretora no prazo máximo do dia
11 de outubro às 23h59. O formato a ser seguido deve ser o proposto pela ABNT e deverá ter, no
máximo, 2 (duas) páginas, incluindo elementos gráficos. No Relatório, deve-se especificar,
obrigatoriamente, o nome oficial do Estado ou da organização e o nome completo da dupla
representante.
O Relatório deverá ser compartilhado no Google Drive (em .doc) com os seguintes e-
mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]
A Mesa Diretora se encarregará de disponibilizar os relatórios aos delegados até o dia 13
de outubro às 15h através do Google Drive da sala ([email protected]) para consulta prévia.
25
5.2.2 Documentos de trabalho
As representações possuem o direito de apresentar documentos que possam auxiliar na
apresentação de seus posicionamentos. Tais documentos serão encaminhados à Mesa Diretora
para aprovação prévia, através de Moção para Apresentação de Documento de Trabalho. Tal
documento deve ser apresentado à Mesa Diretora de modo que possa ser apresentado a todos os
presentes, em forma impressa ou Power Point, caso seja aceito pela mesma. As delegações terão
o tempo de 03 (três) minutos para apresentação do documento. Os documentos não
necessariamente demonstram que os representantes concordem com tais, apenas significando que
os representantes desejam fomentar discussão acerca destes. (REGRAS GERAIS DE
PROCEDIMENTO, 2015)
5.3 Códigos de Vestimenta
É necessário que todos os participantes vistam-se com traje esporte fino durante a
simulação.
5.4 Procedimentos de votação
No caso de votação de questões procedimentais, não são permitidas abstenções. Caso
ocorra um empate em alguma votação, a moção em pauta não passará.
5.4.1 Votação por chamada
Na votação por chamada, são recolhidos os votos das delegações presentes e votantes por
meio de chamada oral em ordem alfabética. Nesse tipo de votação é permitido passar o voto, ou
seja, o país será chamado após todos os outros na lista haverem votado. Isso poderá ser feito
apenas uma vez por votação, caso em que a delegação não poderá se abster.
5.4.2 Votação substantiva
Em votações substantivas, serão permitidos os votos: a favor ou a favor com direitos;
contra ou contra com direitos; passar a vez.
26
Os votos em que as representações manifestam seu pedido de direitos ocorrem quando ele
vota com alguma ressalva a respeito do documento em pauta. Após todos terem votado, a mesa
diretora cederá, em ordem alfabética, trinta segundos (30’) para que as delegações que votaram
dessa forma apresentem seus direitos.
5.5 Critérios de Avaliação
Critérios de avaliação do Grupo Propositor aos delegados:
Participação e comportamento
Mensuráveis: presença nos dias da simulação; polidez e decoro durante a simulação;
posicionamento e participação das delegações; pontualidade na entrega do Relatório e na
participação durante a simulação
Pesquisa e coerência
Mensuráveis: posicionamento da delegação coerente com a posição oficial do Estado ou
organização em questão; consulta aos conselheiros; apresentação de referenciais sólidos como
base da pesquisa; coerência do Relatório geral de posicionamento prévio no decorrer da
simulação
Seguimento dos procedimentos
Mensuráveis: respeito à agenda proposta; cumprimento dos procedimentos expostos pelo Grupo
Propositor; utilização das questões e moções para melhor fluidez da simulação, bem como do
posicionamento
Critérios de avaliação dos delegados ao Grupo Propositor:
Apresentação na modelagem
Mensuráveis: qualidade e clareza do Guia; conhecimento do conteúdo disposto no Guia;
apresentação clara da dinâmica proposta; solução das dúvidas apresentadas pela classe.
27
Direcionamento prévio
Mensuráveis: auxílio, por parte dos Conselheiros, na elaboração do Relatório e dos Documentos
de Trabalho; disponibilidade e polidez do Grupo Propositor para com as delegações;
esclarecimentos eficazes e organização no recebimento dos Documentos.
Fluidez da simulação
Mensuráveis: capacidade de direcionamento da simulação; conhecimento prévio do Guia, do
Estudo de Caso e das regras de procedimento; postura e decoro.
Cada delegação deverá enviar à Mesa Diretora um feedback analisando a própria
participação na simulação e a postura do Grupo Propositor de acordo com os critérios citados
acima, ressaltando aspectos positivos e negativos das mesmas. O feedback deverá ser
compartilhado no Google Drive (em .doc) com os seguintes e-mails: [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected];
O Grupo Propositor se encarregará de disponibilizar os feedbacks à professora. O formato
a ser seguido deve ser o proposto pela ABNT e deverá ter, no máximo, 1 (uma) página. No
feedback, deve-se especificar, obrigatoriamente, o nome oficial do Estado ou da organização e o
nome completo da dupla representante.
5.6 Divisão dos grupos
5.6.1 Grupo Propositor
Diretora-geral: Lana Rodrigues
Mesa Diretora: Julia Facchini, Laís Vale e Roberta Bevilacqua
Relatores: Alexandre Lopes e Ariovaldo Figueiredo
Conselheiros: Bárbara Silveira, Geovana Santos, Rafael Moscardi e Taynara Dias
28
Membro observador representante da Organização Não-Governamental “International Labor
Rights Forum”: Rafael Moscardi
Membro observador representante da Organização Não-Governamental “Amazon Watch”:
Geovana Santos
5.6.2 Governos
Alemanha: Monise Saab e Victor Rhayo - Conselheiro Taynara Dias
Angola: Brenda Luana e Mariana Fernandes – Conselheiro: Taynara Dias
Brasil: Karoliny Renata, Luisa Mesquita e Luiz Henrique Coutinho – Conselheiro: Taynara Dias
Argentina: Luana Clara e Theo Valois – Conselheiro: Taynara Dias
Venezuela: Gabriel Chagas e Kennedy Martins – Conselheiro: Geovana Santos
USA: Gustavo Botelho e Matheus Neves – Conselheiro: Geovana Santos
Reino Unido: Rafaela Sarri e Uiara Santos – Conselheiro: Geovana Santos
China: Danielli Dinis e Karla Costa – Conselheiro: Geovana Santos
Panamá: Peggy e Vanessa Braz – Conselheiro: Bárbara Silveira
Rússia: Hugo Harigaya e Matheus Henrique – Conselheiro: Rafael Moscardi
5.6.3 Empregadores
Norte Energia S.A.: Ana Paula, Jéssica Brandão e Marceli Cardoso– Conselheiro: Bárbara
Silveira
CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte): Mariana Doncel e Mariana Bordignon –
Conselheiro: Bárbara Silveira
Elektro: Estéfanas Galvão e Williana Rocha – Conselheiro: Bárbara Silveira
5.6.4 Trabalhadores
SINTRAPAV (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção pesada do Estado do
Pará): Bárbara Torres e Izabella Godoi – Conselheiro: Rafael Moscardi
CSI (Confederação Sindical Internacional): Carolina Michelle e Karina Palmieri– Conselheiro:
Rafael Moscardi
29
IBEW (International Brotherwood of Electrical Workers): Natália Andrade e Natasja Landim –
Conselheiro: Rafael Moscardi
5.7 Agenda
Primeiro Dia
No primeiro dia de simulação as discussões deverão se pautar acerca da violação da
Convenção 169 da OIT, como descrito previamente no Estudo de Caso, além de receber a
participação da Amazon Watch, que irá fazer considerações sobre a temática nos 05 (cinco)
minutos iniciais dos procedimentos. Os últimos 20 (vinte) minutos dos procedimentos serão
dedicados à elaboração de um esboço do relatório final da Comissão, baseado nas discussões do
dia.
Segundo Dia
Ao segundo dia de simulação as discussões deverão se pautar acerca da violação da
Convenção 167 da OIT, como também descrito previamente no Estudo de Caso, além de receber
a participação da International Labour Rights Forum que irá fazer considerações sobre a temática
nos 05 (cinco) minutos iniciais dos procedimentos. Os últimos 40 (quarenta) minutos dos
procedimentos serão dedicados à continuidade e finalização do relatório final da Comissão,
iniciado no primeiro dia de simulação, baseado nas discussões do dia.
30
6. Links básicos de estudo
Confederação da Filadélfia:
http://www.oit.org.br/sites/default/files/topic/decent_work/doc/constituicao_oit_538.pdf
Manual de Procedimentos da OIT:
http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/manual_procedimentos_conv_recom
endacoes.pdf
Convenção 167:
http://www.oit.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-seguran%C3%A7a-e-
sa%C3%BAde-na-constru%C3%A7%C3%A3o
Convenção 169:
http://www.oit.org.br/node/513
Belo Monte, uma usina polêmica:
Dossiê Belo Monte
http://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/dossie-belo-monte-site.pdf
Relatório do Comitê de Peritos- 2013
http://www.ilo.org/public/libdoc/ilo/P/09661/09661(2013-102-1A).pdf
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ANEXO I- Resumo do relatório do Comitê de Peritos
No presente anexo, o grupo propositor busca dar uma breve explicação sobre o Relatório
de 2013 do Comitê de Peritos da Organização Internacional do Trabalho, que é responsável por
examinar e analisar a aplicação de convenções e recomendações da OIT pelos Estados-Membros.
O Brasil, Estado-membro da organização, já ratificou diversas normas, entre elas a Convenção
169, que disserta sobre os indígenas e suas terras.
Nesse relatório divulgado, a OIT confirma, através de vários estudos sobre o caso de Belo
Monte, que o governo brasileiro deveria ter realizado as oitivas indígenas nas aldeias impactadas
por Belo Monte antes de realizar qualquer intervenção que pudesse afetar seus bens e seus
direitos. Dessa forma, a OIT concorda com as posições do Ministério Público Federal (MPF) e da
Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que já questionaram o governo brasileiro acerca
desse descumprimento. (XINGU VIVO, 2015)
De acordo com o documento, “o Comitê lembra que, em virtude do artigo 15 da
Convenção, o governo está obrigado a consultar os povos indígenas antes de empreender ou
autorizar qualquer programa de exploração dos recursos existentes em suas terras”, afirmando
que Belo Monte poderá alterar a navegabilidade do Xingu, assim como a fauna, a flora e o clima
da região. Estes impactos, “vão mais além da inundação das terras ou dos deslocamentos dos
referidos povos”. (XINGU VIVO, 2015)
Nas recomendações finais, o Comitê dos Peritos pede ao governo brasileiro que:
1. Tome as medidas necessárias para levar a cabo consultas com os povos indígenas
afetados, em conformidade com os artigos 6 e 15 da Convenção, sobre a
construção da hidrelétrica de Belo Monte, antes que os possíveis efeitos nocivos
da dita usina sejam irreversíveis
2. Em consulta com os povos indígenas, tome medidas para determinar se as
prioridades dos ditos povos foram respeitadas e se seus interesses serão
prejudicados, e em que medida, afim de adotar as ações de mitigação e
indenização apropriadas
3. Informar a Justiça Federal do Pará sobre os resultados do procedimento
32
7. Referências
BELO Monte, uma usina polêmica. Os Ribeirinhos. Direção: Ricardo Ferraz. Produção: Carlos
Novaes. TV Cultura, 2012. 7’24’’. Acesso em 16 de setembro de 2015. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=MzJbVZiA6q8. Acesso em: 16 set. 2015.
FOLHA DE SÃO PAULO. Tudo sobre a batalha de Belo Monte, 2013. Disponível em: <
http://arte.folha.uol.com.br/especiais/2013/12/16/belo-monte/index.html>. Acesso em: 16 set.
2015.
International Labour Organization, International Labor Office. Disponível em
<http://www.ilo.org/global/about-the-ilo/who-we-are/international-labour-office/lang--
en/index.htm> Acesso em 12 de setembro de 2015.
International Labour Organization, Origins and History. Disponível em:
<http://www.ilo.org/global/about-the-ilo/history/lang--en/index.htm> Acesso em 12 de setembro
de 2015.
Nobel Prize, International Labour Organization. Disponível em:
<http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/1969/labour-history.html> Acesso em
12 de setembro de 2015.
Organização Internacional do Trabalho, Escritório no Brasil. Disponível em:
<http://www.oitbrasil.org.br/content/apresenta%C3%A7%C3%A3o> Acesso em 12 de setembro
de 2015.
Organização Internacional do Trabalho, OIT no Brasil. Disponível em
<http://www.oit.org.br/content/oit-no-brasil> Acesso em 12 de setembro de 2015.
Organização Internacional do Trabalho. Manual de procedimentos relativos às Convenções e
Recomendações Internacionais do Trabalho. Disponível em:
33
<http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/manual_procedimentos_conv_reco
mendacoes.pdf>. Acesso em: 14 set. 2015.
Organização Internacional do Trabalho. About the Governing Body. Disponível em:
<http://www.ilo.org/gb/about-governing-body/lang--en/index.htm>. Acesso em: 17 set. 2015.
Organização Internacional Do Trabalho. Declaração de Filadélfia. Filadélfia, Disponível em:
http://www.oit.org.br/sites/default/files/topic/decent_work/doc/constituicao_oit_538.pdf>.
Acesso em: 14 set. 2015
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Manual de procedimentos relativos
às Convenções e Recomendações Internacionais do Trabalho. Disponível em:
<http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/manual_procedimentos_conv_reco
mendacoes.pdf>. Acesso em: 14 set. 2015.
PROGRAMA Xingu – Instituto Socioambiental (ISA). Dossiê Belo Monte. Não há condições
para a Licença de Operação. Junho de 2015. Disponível em:
<http://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/dossie-belo-monte-site.pdf>.
Acesso em 15 set. 2015.
RAVENA E TEIXEIRA, Nírvia e Eliana Franco. Usina Belo Monte: quando o
desenvolvimento viola direitos. Ponto de vista, nº 10, 2010. Disponível em:
<https://attachment.fbsbx.com/file_download.php?id=473998379449824&eid=ASs951g0tDVHY
S8EVRSHWPoT-5YwAn4v4FVvvYBrnYL2YJt751kL10k6-
uMn1uQUk6M&inline=1&ext=1442340237&hash=AStL_SvW6T2Cb4En>. Acesso em: 16 set.
2015.
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(AMUN), FACAMP MODEL UNITED NATIONS (FAMUN), SIMULAÇÃO DE
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS (SOI) AND UFRGS MODEL UNITED NATIONS
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(UFRGSMUN). Disponível em:
<http://www.soi.org.br/upload/7eb6602747609d50e9cd621df2ba75a1e57857965242474dd5f450
9f0a7cb445.pdf>. Acesso em: 16 set. 2015.
SANTOS, Sônia Maria Simões Barbosa Magalhães e HERNANDEZ, Francisco Del Moral.
Painel de especialistas: Análise crítica do Estudo de Impacto Ambiental do aproveitamento
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RIMA: Relatório de Impacto ambiental - Aproveitamento elétrico de Belo Monte; Maio de
2009, Leme
UHE - Belo Monte: o Desafio; Julho de 2012 - Consórcio Construtor da Usina de Belo Monte
XINGU VIVO, Movimento. OIT diz que governo violou Convenção 169 no caso de Belo
Monte. Disponível em: <http://www.xinguvivo.org.br/2012/03/05/oit-diz-que-governo-violou-
convencao-169-no-caso-de-belo-monte/>. Acesso em: 10 set. 2015.
35
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