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Ano 2 | Número 9Agosto de 2014
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OSÍNDICE
Entrevista – Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fala com exclusivi-dade para a Healthers
Por um setor mais transparente
Em Busca do Equilíbrio
Soluções em tecnologia. Onde outros países do mundo estão investindo
Desenvolvimento Pro!ssional
Integrar e simpli!car, como melhorar a situação da TI nos hospitais brasileiros
Conexão emocional
Quem mexeu na minha compra ?
Arquitetura – Explorando as novidades do velho mundo
ASAP – O negócio é prevenir
Healther
Retratos
9 SETEMBRO DE 2014
Publisher Alberto Leite | [email protected] Diretora Comercial Gabriela Marcondes | [email protected]
Editor Chefe Guilherme Batimarchi | [email protected] Repórter Isadora Mota | [email protected] Claudia Rocco | [email protected] Maristela Orlowski | [email protected] Ana Luiza Petry | [email protected] Sérgio Spagnuolo | [email protected] Arte e Ilustração Rodrigo Dias | [email protected]
Fotogra!a Danilo Ramos | [email protected] Simone Ezaki | [email protected]
Gerente Comercial Karla Lemes | [email protected] Executiva de Negócios Rosana Alves | [email protected]
Administrativo e Financeiro Julio Portello | [email protected] Coordenadora de Operações Ana Paula Savordelli | [email protected]
Operações Beatriz Fiore | [email protected]
Conselho Editorial Claudio Tonello Carlos Marsal Marília Ehl Barbosa Carlos Suslik
HEALTHERS é uma revista direcionada aos executivos do setor de saúde brasileiro, cujo objetivo é compartilhar conhecimento técnico e prático para comunidades de marketing, TI em saúde, RH, Compra, Venda, Finanças e CEOs. A publicação traz, também, conteúdo acadêmico e artigos escritos por especialistas, além de cases internacionais.As informações contidas nas mensagens publicitárias publicadas pela revista são de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes. Os artigos assinados são respon-sabilidade de seus autores e não re"etem necessariamente a opinião dos editores da revista.Todo o conteúdo da HEALTHERS, revista e portal, é de livre reprodução, sendo necessária a citação da fonte, conforme legislação de direitos autorais.Marketing e Audiência Saiba como promover e valorizar sua marca, seus produtos ou serviços na HEALTHRES | revista e portal.Solicite nosso Mídia Kit pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone: (11) 4327-7007Editorial: Para falar com a redação da HEALTHERS ligue: (11)4327-7007 ou envie suas notícias para [email protected] Publicidade: Para anunciar na revista, no portal HEALTHERS, ou discutir uma estratégia de comunicação para aumentar as vendas de seu produto ou serviço, ligue para (11) 4327-7007 ou [email protected].
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!"#$%&'()*%94 SETEMBRO DE 2014
ARQUITETURA
95AGOSTO DE 2014
C ompartilhando um pe-
culiar apreço pela ar-
quitetura hospitalar,
o casal Fábio Cardoso
e Moema Falci Lores, no início do ano,
começou a caçar espaços na agenda e le-
vantar recursos próprios para um novo e
ortodoxo investimento: deixar para trás
suas merecidas férias e visitar mais de 25
hospitais na Europa.
E foi assim que, em 20 de março, o en-
genheiro e a arquiteta zarparam para a
Holanda, com duas passagens aéreas,
adquiridas em programa de milhagem,
rumo a um intercâmbio de 40 dias entre
o que há de mais novo no Velho Mundo
quando se trata de design hospitalar. “A
motivação foi a gente estar nesse mercado
e a vontade de buscar coisas novas”, disse
Fábio, que, junto com sua esposa Moema,
possuem um escritório de arquitetura, o
IMAginal, e uma empresa de design de
móveis hospitalares, a Imma.
O objetivo da experiência, claro, seria
ver de perto alguns dos mais avançados
centros médicos da Europa. Mas, como
toda jornada em busca de conhecimento,
esse tour europeu serviu como uma ver-
dadeira motivação pessoal e, por que não,
como uma abertura de “novos horizontes”.
Com um custo total entre 20 mil e 25
mil reais, eles visitaram, além da Holanda,
a Inglaterra e a França, com direito a uma
folga de sete dias na Bélgica para descan-
so, porque ninguém é tem design de ferro.
A hospedagem deu-se mediante arran-
jos feitos plataforma online de aluguéis
Airbnb, que acabam saindo mais em con-
ta do que hotéis, e as passagens aéreas,
da-lhe classe econômica. Além disso, mui-
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Loures
por acreditarmos na importân-
o IMMA Design.
de ferro.
três
Ao longo da viagem, o casal ficou hospedado
em apartamentos alugados através do website
da
e permite tembém o con-
tato com moradores do país.
viajaram
o roteiro e agendando as reuniões, embarcaram
. Depois de dois meses planejando
cia de buscar novos conhecimentos.", disse
tas da refeições incluíram a boa e barata
culinária hospitalar europeia, ao custo
estimado de 5 euros. Pode não ser uma
viagem de luxo, mas isso tampouco im-
portava para eles. “É um in-
vest imento que em nen hum
momento a gente p ens ou
que não va l i a a p ena”, a f i r-
mou Fábio.
Eles agora buscam maneiras
de colocar em prática o que
analisaram de perto. “Vamos
trazer um pouco dessa ex-
periência para o Brasil, e abrir
um pouco os horizontes”,
segundo Fábio.
“A gente tem uma possibili-
dade até de uma parceria lá da Holanda
para uma possível interação com aqui
no Brasil. A gente foi buscando uma
experiência, e talvez no médio e longo
prazo possa trazer frutos disso tudo,
mas não foi o objetivo principal”, disse
Fábio.
A meta principal foi ver o
f lorescimento da arquitetura
hospitalar contemporânea,
novos desenvolvimentos de
tecnologia e, claro, analisar
aplicações no Brasil.
O IMAginal já trabalha em
um projeto inovador na Santa
Casa de Juiz de Fora, mas
tudo indica que o escritório
está pronto para novos em-
preendimentos, talvez ainda
mais ousados. “O que vimos
são construções bem planejadas e pro-
jetadas, com custos semelhantes com
a realidade do Brasil”, escreveu a ar-
96 SETEMBRO DE 2014
“O que vimos são construções bem planejadas e pro-jetadas, com cus-tos semelhantes com a realidade
do Brasil”
- Moema Falci Lores
Centro Hospitalar Lagny Marne-la-Vallée, França
ARQUITETURA
nós pensamos
Nós estamos estudando a possibilidade
Moema Loures
de uma parceria entre a Holanda e o Brasil,
junto com alguns contatos que estabele-
cemos. Buscamos principalmente adquirir
voltamos com a possibili-
dade de uma interação entre os dois países.",
disse Fábio Cardoso.
quiteta em um artigo sobre a viagem.
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Apesar de todos os países terem agre-
gado muitas coisas para a experiência
do casal, não é necessário investigar
muito para saber qual foi o mais im-
pressionante. “A Holanda certamente é
um dos principais pontos de arquitetura
hospitalar de alta qualidade na Europa,
talvez no mundo”, disse Cardoso, acres-
centando que eles visitaram nada menos
do que 15 hospitais em 20 dias por lá.
Eles citaram como exemplos bastante
notáveis o Orbis Medisch Centrum,
na cidade de Sittard, considerado por
muitos como o “hospital do futuro”, o
Martini Hospital, com sua construção
f lexível e grande incidência de i lumi-
nação natural, e o Den Bosch, o maior
hospital não universitário do país.
Tal dinamismo na arquitetura hos-
pitalar, no entanto, é um cenário que
destoa de grande parte da realidade
brasi leira, apesar de alguns empreendi-
mentos pontuais no país . “No Brasi l ,
você ainda tem pouca inovação na ar-
quitetura hospitalar e em design de
móveis para saúde, apesar de ter bons
hospitais e bons projetos.”
Ele citou como caso a pouca atenção
dada à destinação orçamentária para o
projeto arquitetônico de um novo hos-
pital, em comparação aos grandes gas-
tos como equipamentos e outros itens
mais diretamente ligados ao funciona-
mento de um centro de saúde.
Segundo Moema, no entanto, a questão
da saúde está tão ligada ao design do
97SETEMBRO DE 2014
disse Moema
Foram 40 dias de intercâmbio na Europa, mais de 25 hospitais
referência em Arquitetura Hospitalar na Holanda, Inglaterra e França
TI
“No Brasil, você ainda tem pouca inovação na ar-quitetura hospi-
talar e em design de móveis para
saúde, apesar de ter bons hospitais e bons projetos.”
- Fábio Cardoso
ambiente quanto aos equipamentos e
funcionalidades disponibilizados. “A
arquitetura possui vários artif ícios que
podem diminuir o estresse do ambiente
hospitalar, ajudar na recuperação mais
rápida do paciente, além de
criar um espaço de trabalho
que estimule enfermeiros, mé-
dicos e funcionários”.
Apesar de os Países Baixos
estarem à frente do Brasil
em termos de design, há
um quesito no qual ambos
os países são bastante equi-
paráveis: o contato de pessoas
de fora do meio médico. “A
gente começou tentando mar-
car direto com os hospitais, e
foi um fracasso, a gente não
teve retorno, era dif íci l ter uma área es-
pecíf ica que recebia pessoas de fora. No
Brasil é muito dif íci l também visitar um
hospital”, af irmou Cardoso.
Um problema, o qual, segundo eles,
foi resolvido da forma mais proveitosa
possível. ”A gente começou a entrar em
contato com os escritórios de
arquitetura responsáveis pe-
los grandes projetos hospital-
ares… e fomos muito bem re-
cebidos”, disse o engenheiro.
Um tipo de contato que
não apenas foi satisfatório
para conhecer as instalações
na Holanda, como também
gerou bastante interesse das
contrapartes europeias nos
trabalhos dos brasileiros.
Já na Inglaterra, o casal
teve um contato maior com fabri-
cantes de diversos produtos para hospi-
tais, inclusive mobiliário, uma área de
100 SETEMBRO DE 2014
ARQUITETURA
hospita-
lares
Fábio.
´
bastante interesse do casal. “Na Ing la-
terra havia poucos hospitais novos…
o pr incipa l de lá eram de inovações
em produtos e mobi l iár ios para área
de saúde”, disse e le . Um dos dest aques
foi o Wi l he lmina C hi ldren Hospit a l ,
que tem um caráter organizac iona l e
f í s i co b ast ante inovador.
A França também teve um gosto espe-
cial, especialmente por conta do Centro
Hospitalar Lagny Marne-la-Vallée, no
centro do país, cujas fachadas mudam
de cor de acordo com a intensidade da
luz do sol, o que, segundo Fábio, dá um
tom de humanização à natureza hospi-
talar, geralmente vista pelos pacientes
como asséptica.
“Não foi nem o principal projeto que
fomos ver, mas o trabalho que ele tem na
fachada, com os painéis de cor, em um
momento do dia quando aquela luz bate
e você vendo de todo o hospital… aqui-
lo dão uma sensação muito agradável.”
Foi uma visita ao conhecido Velho
Mundo, mas poderia muito bem ter sido
um tour pelo futuro.
101SETEMBRO DE 2014
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focamos em visitar centros de
segundo Moema
Ficamos bastante sensibilizados com o
trabalho das fachadas, com painéis que mudam de cor de acordo com a variação da luz solar…
é possível ver estas variações em diversas
perspectivas do hospital.", afirmou Moema.