Download - História do fotojornalismo parte 2
Profª Márcia Mendes Campos
Na década de 20 a profissão de fotojornalista finalmente começa a ser reconhecida.
O início da I Guerra Mundial estimulou os principais jornais do mundo a enviarem equipes de reportagens.
Mas, ainda existiam limitações técnicas.
As revistas e jornais da Alemanha tinham as maiores tiragens, por volta de 5 milhões de exemplares.
Na Alemanha as fotografias de notícia passaram a influenciar o design da página.
Em 1925 acontecem evoluções significativas:◦ O flash de magnésio◦ Lançamento da câmera de 35mm LEICA
Em 1936 surge do primeiro filme ISO 100 da Agfa.◦ Aumento no
consumo◦ Crescimento do
número de fotógrafos amadores.
A 1ª evolução do fotojornalismo durou até os anos de 1950, e suas principais características foram:◦ Humanização do documentarismo.◦ Proximidade com a cena (evolução tecnológica).◦ Experimentação do olhar.◦ Aperfeiçoamento dos sistemas de impressão.◦ Surgimento das agências especializadas.
A segunda fase tem início nos anos 60 até a década de 80.
A fotografia disputa espaço com o rádio e a televisão.
Provocou mudanças e também influenciou o estilo fotojornalístico:◦ Sensacionalismo ◦ Espetacularização
Segundo o teórico Guy Debord: “Toda a vida das sociedades, nas quais
reinam as modernas condições de produção, se apresenta como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente tornou-se uma representação...
... A especialização das imagens do mundo se realiza no mundo da imagem automatizada, no qual o mentiroso mentiu para si mesmo.” (DEBORD, 1997 p. 13)
O culto à imagem aumentava na mesma proporção em que crescia a produção fotográfica.
A cobertura da Guerra do Vietnam foi responsável pela produção de fotografias que romperam paradigmas.◦ Fotojornalismo criativo capaz de despertar
reflexões do ponto de vista de quem lê as imagens.
A popularização da TV começa a influenciar nas publicações impressas.◦ As revistas Life e a Look faliram.◦ No final dos anos 60 as revistas Times e
Newsweek tiveram de se adptar. Utilizando mais imagens a cores.
O crescimento no número de fotojornalistas nos EUA e Europa fortalece e valoriza mais ainda a profissão, que chegou a ser ameaçada pela televisão.
As guerras deixaram de ser o centro das atenções. Mas, anos mais tarde voltariam ao antigo posto de preferências.
Em 1972 a PENTAX inclui o fotômetro nas câmeras.
Em 1977 a KONICA:◦ Câmeras com foco automático◦ Objetiva grande angulares◦ Flash estroboscópicos
Na década de 80 a fotografia começa a ganhar mais espaços no meio cultural, galerias, jornais, revistas e até cursos superiores.
Iniciam-se em grande escala os estudos teóricos sobre a fotografia.
Nos concursos de fotografia continua a preferência por imagens de violência, morte e horror.
Tem início a influência da TV na produção fotográfica:◦ A utilização da cor com maior freqüência pelos
fotógrafos.◦ Pela inserção de páginas coloridas na imprensa
diária, começando em 1960 e com maior intensidade na década de 90.
A segunda revolução do fotojornalismo foi marcada pelos seguintes aspectos:◦ Aumento da atividade profissional.◦ Transcendência de elementos como o discurso
humanista na fotografia documental e o esteticismo.
◦ Inovações tecnológicas que primam pela qualidade final da imagem, a partir da precisão da captura.
Eddie Adams e sua fotografia de uma execução no Vietnã, em 1968, uma imagem que circulou o mundo.
O sul-africano Kevin Carter e a fotografia de uma menina ameaçada por um abutre
” …O olhar, o ângulo, a luz, o momento……sensibilidade, emoção e principalmente paixão!”
Isto é ser fotojornalista.
Thiago Brandão.
Era Digital:◦ Acúmulo de funções
nas agências de fotografia, nas assessorias e nas redações.
◦ “Maior quantidade de imagens / Menor qualidade.”
◦ Menos tempo para criar.
◦ Notícia em tempo real.
Era Analógica:◦ Funções mais
divididas.◦ “Menor
quantidade/Maior qualidade”.
◦ Mais Tempo para criar.◦ Sem tempo real.