Download - Idsus 2011
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PresidentadaRepúblicaDilmaRousseffMinistrodaSaúdeAlexandrePadilhaSecretária‐ExecutivaMárciaAparecidadoAmaralSecretáriodeAtençãoàSaúdeHelvécioMirandaMagalhãesJúniorSecretáriodeCiência,TecnologiaeInsumosEstratégicosCarlosAugustoGraboisGadelhaSecretárioEspecialdeSaúdeIndígenaAntônioAlvesdeSouzaSecretáriodeGestãoEstratégicaeParticipativaLuizOdoricoMonteirodeAndradeSecretáriodeGestãodoTrabalhoedaEducaçãonaSaúdeMiltonArrudaMartinsSecretáriodeVigilânciaemSaúdeJarbasBarbosadaSilvaJúnior
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Expediente
CoordenaçãodeElaboração
AfonsoTeixeiradosReisMárciaAparecidadoAmaralPaulodeTarsoRibeirodeOliveira
EquipedeElaboração
AdlaMarquesdeAlmeidaLacerdaAfonsoTeixeiradosReisDanielAlvãodeCarvalhoJúniorEucileneAlvesSantanaPortoNádiaMariadaSilvaMachadoPaulodeTarsoRibeirodeOliveiraPauloEduardoGuedesSelleraPriscilaCristinaRamosLimaReginaMariaMello
Colaboradores
AnaEstelaHaddadAnaMariaRamalhoOrtigãoFariasAnaPaulaCercaAntônioBertholasceCinthiaLociksdeAraújoEdsonHilanGomesdeLucenaFaustoPereiradosSantosGilsonLeiteDeOliveiraJoséCarlosdeMoraesJuanJoseCortezEscalanteLuisCláudioRibeiroNevesLuisGustavoCaiaffaDeSousaMariaBeatrizKneippDiasMariadaConceiçãoCavalcantiMagalhãesMariadoCarmoEstevesMariaInezPordeusGadelhaNereuHenriqueMansanoReginaMariadeAquinoXavierReginaViannaBrizolaraRenataFlorêncioSantiagoRicardoAlexandreRibeiroNevesSamanthaCristinaPaschoalWellingtonMendesCarvalhoZulmiraMariadeAraújoHartz
ComitêTécnicoAssessorparaacompanhamentodoProgramadeAvaliaçãoparaaQualificaçãodoSUS
AdrianaNunesdeOliveiraAdrianoMassudaAfonsoTeixeiradosReisAlcindoAntônioFerlaCelestedeSouzaRodriguesDeniseMottaDauFranciscoViacavaHeiderAurélioPintoHudsonPacíficodaSilvaIsabelMariaVilasBoasSenraJoséCarlosdeMoraesJoséÊnioServilhaDuarteJurandiFrutuosoSilvaKamilaMatosdeAlbuquerqueLucianaMendesSantosServoLuizAugustoFacchiniMaríliaSáCarvalhoNiloBretasJúniorOtalibaLibâniodeMoraisPaulodeTarsoRibeirodeOliveiraReynaldoFernandesRobertoPassosNogueiraRômuloPaesdeSouzaSérgioNogueiraSeabraSibeleGonçalvesFerreiraSigisfredoLuisBrenelli
ConsultordeAnálisedeDadoseEstatística
RenatoMartinsAssunção
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Sumário
Apresentação................................................................................................................................................................6
Introdução......................................................................................................................................................................7
I.ModelodeAvaliaçãodeDesempenhodoSUS................................................................................................9
II.ConstruçãodoIDSUS..........................................................................................................................................10
III.IndicadoresqueCompõemoIDSUS............................................................................................................12
IV.MetodologiasEstatísticas,ParâmetrosePontuação.............................................................................14
1)MetodologiasEstatísticasAplicadasnaConstruçãodoIDSUS.....................................................................14
2)ParâmetrosAdotadosparaoCálculodoIDSUS..................................................................................................14
3) Grupo deMunicípios de Referência para os Parâmetros de Acesso à Atenção deMédia a AltaComplexidade.........................................................................................................................................................................15
4)PontuaçãoUtilizadanoCálculodoIDSUS.............................................................................................................15
V.GrupodeMunicípiosHomogêneos................................................................................................................17
VI.ApresentaçãodosResultadosdoIDSUS.....................................................................................................19
BibliografiaConsultada..........................................................................................................................................20
AnexoI–FichadosIndicadores..........................................................................................................................21
AnexoII–IndicadoresUtilizadosnaFormaçãodosGruposHomogêneos..........................................30
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Apresentação
AcriaçãoeconsolidaçãodoSistemaÚnicodeSaúde(SUS)garantiu,amilhõesdebrasileiros,acessogratuito a diversos tipos de serviço de saúde, fato que, antes da Constituição Federal de 1988, eraprivilégiodeparcelasdapopulaçãoqueestavamvinculadasaomercadoformaldetrabalho.Aolongodosmais de 20 anos de organização e estruturação do SUS, inúmeros desafios foram superados eoutrosaindapermanecem.
Naatualidade,otemadagestãonasaúdeganhapotênciapolítica.Nessecontexto,aregulaçãoestataléimprescindíveleintransferível.Paraisso,aperspectivaeconsolidaçãodagestãobaseadaemmetaseresultadossãoessenciaisparagarantiramaiortransparênciadaagendapública.Construireutilizarindicadoresdemonitoramentoeavaliação,queexpressemopassado,opresenteeofuturodoSistemaÚnicodeSaúde,visandoàmaiorefetividadedasaçõesdesaúdeaosseususuários,é,então,umdosgrandesdesafiosdoÍndicedeDesempenhodoSUS(IDSUS).
AconsolidaçãodeíndiceseindicadoressociaisdeveestarintrinsecamenteligadaàmodernizaçãodoEstado brasileiro, nesse sentido, é essencial a garantia, incorporação e observância: (i) doplanejamentocomoferramentadegestãoemumespaçodetempoplurianual;(ii)daimportânciadosrelatórios de gestão; (iii) do foco na avaliação dos programas governamentais por parte das váriasinstituições de auditoria e de controle, além da avaliação da satisfação do usuário; (iv) doaprimoramentodocontrolesocial;(v)danecessidadedeavaliaçãoemonitoramentoconstantes;e(vi)daincorporaçãodasváriasmodalidadesdetecnologiadainformação,quepossibilitematransparênciapúblicaearapideznofluxodeinformações.
Assim – como vem acontecendo em diversos setores públicos nos quais a utilização de índices eindicadores adquirempapel dinâmico e relevante na avaliação e, por conseguinte, na efetivação demelhorias nas políticas de educação, moradia e bem estar dos cidadãos –, o IDSUS materializa oesforço da presidenta Dilma Rousseff e deste Ministério da Saúde, no sentido de estabelecerparâmetros objetivos, que norteiem os investimentos no SUS por parte do Estado brasileiro,contribuindoparaumaprestaçãodeserviçospúblicosdesaúdeadequadoseefetivos.
Diante disso é que apresentamos o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), pactuado de formatripartite entregestoresda saúdedosmunicípios, estadose governo federal, comoum instrumentonecessário para a formulação e execução de políticas públicas de saúde. O intuito é permitir umaaferição contextualizada do desempenho do sistema de saúde quanto ao acesso e à qualidade daatenção básica; atenções ambulatorial e hospitalar; e urgências e emergência em cada município,estado,região,bemcomonaesferanacional.
MinistrodaSaúde
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Introdução
NoBrasil,aspolíticaspúblicastêmcaminhadoparaaaplicaçãoeavalidaçãode indicadoresaptosaavaliaremaqualidadesejanaáreadaeducação,domeioambiente,daeconomiaoumesmonaáreasocial.Contudo,valeressaltarqueaqualidadedeveserconsideradacomoumconceitodinâmicoaserconstantementereconstruído.Desta forma,analisaraqualidadedasaúdenoBrasilrequeraadoção de uma metodologia dinâmica, que possa ser reconstruída de acordo com a evolução dasenfermidades,tecnologiaseserviçosofertadospeloSistemaÚnicodeSaúde.
Tem‐se um bom exemplo no trabalho desenvolvido pelo Ministério da Educação, que selecionouindicadoresparaacriaçãodeumíndiceaptoaauxiliaracomunidadeescolaraavaliaremelhoraraqualidadedasescolaseda rededeensinobrasileira.Aocompreenderseuspontos fortese fracos,aescola tem condições de intervir paramelhorar a qualidadedo seu ensino, conforme seus próprioscritérioseprioridades(MEC,2007).Deformaanáloga,entretantovoltadaparaasaúdeeparaobem‐estardapopulaçãobrasileira, abuscade indicadoresdedesempenhodoSUS, apresentaobjetivos efinalidadessemelhantes.
O interesse em torno da avaliação e monitoramento de políticas e programas sociais tem seintensificadoapartirdadécadade90.Naáreadasaúde,essadiscussãotomoucorponoano2000como lançamento do “The World Health Report 2000 – Health Systems: Improving Performance”(RelatórioMundialdaSaúde2000–SistemasdeSaúde:MelhorandooDesempenho).ApublicaçãodaOrganizaçãoMundialdeSaúde,queanalisaecomparaosaspectosdossistemasdesaúdeemtodoomundo,reforçouanecessidadedeseavaliarodesempenhodoSUS.
Em2001,embasadaemumapropostacanadensefeitasobaóticadaequidade,umaredebrasileiradepesquisadores do campo da saúde coletiva elaborou uma nova metodologia de avaliação para osistema brasileiro. O resultado desse trabalho foi oProjetoDesenvolvimentodeMetodologiadeAvaliaçãodoDesempenhodoSistemadeSaúdeBrasileiro (PRO‐ADESS), ummodelo avaliativobaseadoemquatrodimensões:(i)determinantesdesaúde;(ii)condiçõesdesaúdenapopulação;(iii)estruturadosistemadesaúde;e(iv)desempenhodosistemadesaúde.
Diantedestecenário,paradesenvolverummétodoqueavaliasseodesempenhodoSistemaÚnicodeSaúde, o Ministério da Saúde (MS), por intermédio de seu Departamento de Monitoramento eAvaliação(DEMAS),recorreuaestudosbrasileirossobreotema,especialmente:
Ao Projeto Desenvolvimento de Metodologia de Avaliação do Desempenho do Sistema deSaúdeBrasileiro(PRO‐ADESS);
Às propostas e experiências demonitoramento e avaliação do próprioMinistério da Saúde,entreasquaisoProgramaNacionaldeAvaliaçãodosServiçosdeSaúde(PNASS)eoPactopelaSaúde;
Àsexperiênciasdeavaliaçãodealgunsestadosemunicípiosbrasileiros,daAgênciaNacionaldeSaúdeSuplementar (ANS)aoavaliarasoperadorasdeplanosprivadosdesaúde,alémdeestudoseexperiênciasinternacionais.
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Dessaforma,oMinistériodaSaúdedesenvolveueagoraapresentaoÍndicedeDesempenhodoSUS(IDSUS),quetemafinalidadede:(i)avaliarodesempenhodoSUSnosmunicípios,regionaisdesaúde,estados,regiõesenopaís;(ii)avaliaroacessoeaqualidadenosdiferentesníveisdeatenção:básica,especializadaambulatorial ehospitalareurgênciase emergências; e (iii) expressar essaavaliaçãoapartirdaanálisedeindicadoressimplesecompostos.
A Constituição de 1988 define que a saúde deve ser garantida a partir de políticas sociais eeconômicas.Porsuavez,oSistemaÚnicodeSaúde,comopoliticapública,buscagarantirodireitodeacessoà saúdede formauniversal, integral, equânimee comqualidade,priorizandoaçõesde saúdecomfoconamelhoriadevidadossujeitosecoletivos,considerandoosseguintesconceitos:
Acesso:Capacidadedosistemadesaúdeemgarantirocuidadonecessárioemtempooportunoecomrecursosadequados.
Qualidade:Cuidadocontínuo,adequado,seguro,eficienteeefetivo.
Destaca‐sequeoIDSUSéumcomponentedoProgramadeAvaliaçãoparaaQualificaçãodoSistemaÚnicodeSaúde,que,propondo‐seaavaliarodesempenhodossistemasdesaúde,visaaencontraraqualidadepregressarecentee,aomesmotempo,subsidiarosgestoresmunicipais,estaduaisefederaisafortaleceremessessistemasemelhoraremaqualidadedasaúdedosbrasileiros.
Vale,ainda,ressaltarqueoProgramadeAvaliaçãoparaaQualificaçãodoSistemaÚnicodeSaúdeestáembasado em um processo de pactuação – entre gestores, trabalhadores, usuários e membros dacomunidadecientífica–,deformaagarantirqueaseleçãodasdimensõesedosindicadoresocorradeformatransparenteeobjetiva.
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I.ModelodeAvaliaçãodeDesempenhodoSUS
Para a estruturação de ummodelo que avalie o desempenho do SistemaÚnico de Saúde (SUS), foiutilizado, como fundamento teórico, o Projeto Desenvolvimento de Metodologia de Avaliação doDesempenhodoSistemadeSaúdeBrasileiro(PRO‐ADESS)doInstitutodeComunicaçãoeInformaçãoCientíficaeTecnológicaemSaúde(ICICT),daFundaçãoOswaldoCruz(Fiocruz)(VIACAVAetal,2004).
O PRO‐ADESS é abrangente e propõe uma articulação pertinente de dimensões essenciais paraavaliação dos sistemas de saúde e de suas complexidades, que serviu de ponto de partida para omodelodeavaliaçãoutilizadopelo IDSUS(Quadro1),cujo fococonsistenaavaliaçãodoacessoedaqualidadedoSUS.
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II.ConstruçãodoIDSUS
Apóssuaformulação,omodelodeavaliaçãododesempenhoSUSfoicolocadoemconsultapública(deabrilajunhode2011),daqualparticiparam52pessoascom130contribuições.Apartirdessas–alémdas advindas do Comitê Técnico Assessor do Programa, de técnicos e de dirigentes do MS – osindicadores propostos no modelo foram testados com relação à sua validade, viabilidade,confiabilidadeerelevância.Assim,comopontodepartida,definiu‐se:
Usar as quatrodimensões doPRO‐ADESS comos indicadoresmais adequados e disponíveisatualmente.
Pontuaros resultadosdecada indicadorapartirdeparâmetrooumetaestabelecidaemsuafichatécnica.
EstabeleceroSUS,queatendeaosresidentesdecadamunicípio,comoabaseparaaavaliaçãodoSUSregional,estadualefederal.
Destaforma,chegou‐seaoÍndicedeDesempenhodoSUS(IDSUS):notadadaaoSUSemcadamunicípio,obtidapelosindicadoressimples,quecompõemasnotasdeindicadorescompostosdeacessoequalidadenosdiferentesníveisdaatençãoà saúde (Quadro2).Essas,por suavez, formamanotade indicadorescompostosporníveldeatenção.
Umdosbenefíciosdautilizaçãodeindicadorescompostoséfornecerumavisãogeraldodesempenhodeumpaíscombaseemváriosfatores(BABBIE,1989apudLOURENÇO).Noentanto,paraaconstruçãodeindicadorescompostosexistemetapasespecíficasaseremseguidas:
1. Seleçãodosindicadoressimples;
2. Avaliaçãodesuasrelaçõesempíricas;
3. Combinaçãodosindicadoressimplesnoindicadorcomposto;e
4. Validaçãodosindicadoressimples.
Aseleçãodosindicadoressimples,quecompõemosíndicesdeacessoedequalidade,foiobtidapormeiode um teste de correlação linear1, por meio do qual foram selecionados aqueles indicadores queapresentaramcorrelaçãomaiorquezero.
Opesodestesindicadoressimplesnosseusrespectivosindicadorescompostosfoidadopelametodologiade Análise de Componentes Principais (PCA)2. Essa mesma metodologia foi utilizada entre osindicadores A, B, C, D e E (Quadro 2) para resultar nos respectivos índices de Acesso do SUS e deQualidadedoSUS.
1Quantomaispróximodezeroforovalordocoeficientedecorrelaçãomenorseráaindicaçãodequeasvariáveisestejamcorrelacionadaslinearmente.2 Técnica de estatísticamultivariada (Principal ComponentAnalysis – PCA), usada para transformar variáveis originais em outrasvariáveisdemesmadimensãocommenorperdapossíveldainformação(vermaioresdetalhesnoitem1docapítuloIV–MetodologiasEstatísticas,ParâmetrosePontuação).
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III.IndicadoresqueCompõemoIDSUS
Após a definição do modelo para a construção do IDSUS, foram adotados 24 indicadores (14 deacessoe10dequalidade),distribuídosentreaatençãobásica,asatençõesambulatorialehospitalareaurgênciaeemergência(Quadro3),paracomporoIDSUS3.
Quantoàorigem,osindicadoresdoIDSUSforamprovenientesdesteministério,doPactopelaSaúdeedaRede Interagencialde InformaçõesparaaSaúde(Ripsa),osquais,posteriormente,passaramporumprocessodeanáliseevalidaçãopelasdiversasáreasdoMinistériodaSaúde.
Asfontesdedadosutilizadasforam:
CadastroNacionaldeEstabelecimentosdeSaúde(CNES);
InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística(IBGE);
MinistériodoDesenvolvimentoSocialeCombateaFome(MDS).
SistemadeInformaçãoAmbulatorial(SIA);
SistemadeInformaçãodeAgravosdeNotificação(SINAN);
SistemadeInformaçãodoProgramaNacionaldeImunização(SI‐PNI);
SistemadeInformaçãoHospitalares(SIH);
SistemadeInformaçãosobreMortalidade(SIM);e
SistemadeInformaçãosobreNascidoVivo(SINASC);
3ForamutilizadosossoftwaresTabwineopacoteestatísticoR.
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IV.MetodologiasEstatísticas,ParâmetrosePontuação
1)MetodologiasEstatísticasAplicadasnaConstruçãodoIDSUS
ParaocálculodosindicadoressimplesdoIDSUSforamadotadasasseguintesmetodologias:
PadronizaçãoIndiretaporFaixaEtáriaeSexo:Ajustaosindicadoresdeformaaeliminarainfluência causada pela composição quantitativa diferenciada das faixas etárias e sexo, queexisteentreapopulaçãodosmunicípios.ParaesteajustefoiutilizadaamédiadosindicadoresdosmunicípiosdoGrupodeReferência(ítem3docapítuloIV).
BayesEmpírico:Buscaeliminaroefeitodavariaçãodoresultadodeindicadoresempequenaspopulações.Estemétodoconsidera:oevento(óbito,internação,etc.),otamanhodapopulaçãoe amédia das populações semelhantes, para a qual foi considerada amédia dos grupos demunicípioshomogêneos(capítuloV)porregiãobrasileira.
ParaatribuirpesosaosindicadoressimplesecompostosdoIDSUSadotou‐seametodologia:
Análise de Componentes Principais (PCA – Principal Component Analysis): Técnica daestatística multivariada usada para transformar variáveis originais em outras variáveis demesmadimensãocommenorperdapossíveldainformação.Podeserutilizadaparageraçãodeíndices e agrupamentodedados.A análise agrupaosdadosdeacordo comsua variação, ouseja,segundoseucomportamentodentrodapopulaçãoestudada.
Paraencontrarosgruposhomogêneospassíveisdecomparação:
Análise de Cluster K‐means: Método de agrupamento não hierárquico, que consiste natransparênciadeumindividuoparaocluster,cujocentroideseencontraemmenordistância.Asimilaridadedosmunicípiosémedidaemrelaçãoaovalormédiodosmunicípios.
2)ParâmetrosAdotadosparaoCálculodoIDSUS
Parâmetrossãoelementosdeapreciaçãonecessáriospara julgardeterminados fatoscujasvariaçõessãoacompanhadasdealteraçõescorrespondentesnasériedefatosestudados.Elesnãorepresentamapenasumareferênciatécnica,masaondesequerchegar.Osparâmetrosnãosãovaloresdefinitivos.Eles sãomais objetivos possíveis com a possibilidade de alteração futura, namedida em que essesvaloresforemalcançadospelodesempenhodoSUSnamaioriadosmunicípios.
O IDSUS, em relação aos indicadores conhecidos, adotou parâmetros aceitos nacional einternacionalmentetaiscomo:
Examecitopatológicosdecolodeútero:Umexameacadatrêsanosparamulheresde25a59anos.
Mamografia:Umexameacadadoisanosparamulheresde50a69anos.
TuberculoseeHanseníase:Maisde85e90%decura,respectivamente.
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Proporçãodepartonormal:Maisde70%.
Proporçãodeóbitosnasinternaçõesporinfartoagudodomiocárdio:Menosque10%.
Em relação aos indicadores de acesso demédia e alta complexidade, foram elaborados parâmetroscalculados a partir da média de um grupo de municípios, denominado grupo demunicípios dereferência.
3)GrupodeMunicípiosdeReferênciaparaosParâmetrosdeAcessoàAtençãodeMédiaaAltaComplexidade
Grupoformadopormunicípiosquedispõemdeumaestruturadesistemadesaúdemaiscompleta,deformaaevitaroviésdosbaixosresultadosdosindicadoresdevidoàdeficiênciadeofertadeserviços.Oscritériosutilizadosparaaseleçãodestegrupoforam:
Populaçãomaiorque50milhabitantes.
ÍndiceSocioeconômicoacimade0,45.
Proporçãodeóbitosdecausadesconhecida<15%.
Coberturade50%oumaisdapopulaçãoporequipesdaatençãobásica.
Produçãodeprocedimentosambulatoriaisdemédiaealtacomplexidademaiorqueonúmerodeprocedimentosdestinadosàpopulaçãoresidente.
NúmerodeinternaçõesSUSdemédia,altacomplexidadeeobstétricasmaiorqueonúmerodeinternaçõesdestinadosàpopulaçãoresidente.
Capacidadederealizar0,08internaçãoporhabitanteano,oumais,paraapopulaçãoresidentesemplanoprivadodesaúde.
Capacidadederealizar0,04internaçãohabitanteano,oumais,paratodasuapopulação.
Mortalidadeinfantil<17pormilnascidosvivos.
Paraocálculodosresultadosdosindicadoresdeacessodemédiaealtacomplexidadedosmunicípiosde referência, forampadronizados, como denominador: o total da população semplano privado desaúdee, comonumerador: onúmerodeprocedimentos realizadosparaapopulação residente. Estecálculopermiteverificaroque,defato,foiofertadoaousuáriosdoSUSdomunicípio.
4)PontuaçãoUtilizadanoCálculodoIDSUS
Apontuaçãoounotaéumaproporçãodoresultadoemrelaçãoaoparâmetro,ouseja,elaé igualaoresultado do indicador em cadamunicípio dividido pelo seu respectivo parâmetro.Essequocienteformaumanotade0a10paracadaindicadorsimplesemrelaçãoadistânciaentreasituaçãoatualea situação desejada. As notas, obtidas para cada indicador simples por meio da PCA, resultam emíndicesdeacessoequalidadenosdiferentesníveisdeatençãoenoIDSUS.
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ValedestacarqueanotadodesempenhodoSUSnosestados,regiõesenaUniãofoiobtidaapartirdocálculodamédiaponderada, utilizando o resultadodanota do IDSUSdosmunicípios, ponderadopelarespectivapopulação,conformedetalhadonafórmula:
Onde:
%dapopulaçãoconsideradaparaosestados:(pop.decadamunicípio)/(pop.doestado).
%dapopulaçãoconsideradaparaasregiões:(pop.decadamunicípio)/(pop.daregião).
%dapopulaçãoconsideradaparaopaís:(pop.decadamunicípio)/(pop.brasileira).
Somatória do % da população de cada município em relação à população considerada (estado, região ou país) × IDSUS do município.
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V.GrupodeMunicípiosHomogêneos
ÉnotórioqueoBrasiléumpaísdedimensõesediversidadescontinentais.Omododeprodução,ascondiçõesdetrabalhoeomododevidacontinuamaseropatamarparaseentenderoqueacontececoma saúdedapopulação. Contudo, esseprocessonãopode ser reduzido aum simplesmodelo depolarizaçãoentredesenvolvimentoesubdesenvolvimento,riquezaepobreza.Paraanalisarasituaçãoda saúde do Brasil, devem ser consideradas variáveis como gênero, faixas etárias, acesso a bens eserviços,situaçãoregionale,quandopossível,aquestãoambiental.
Acomplexidadedoprocessodemográfico,socialesanitáriodopaísdemandaquesejamconsideradas,para cada quadro específico, a dinâmica e a complexidade, a diferenciação e a especificidade,atentando‐separaanecessidadecrescentedeumasintoniamaisfinaedeumaadequaçãolocalizadadediagnósticosparaaformulaçãodepolíticaspúblicasequânimes.
Diante deste cenário, seria arbitrário que o IDSUS realizasse uma classificação que considerasseapenasaordemcrescenteoudecrescenteparaosmaisdecincomilmunicípiosbrasileiros.Assim,paraavaliar o desempenho do sistema, a análise comparativa dos resultados do índice deve levar emconsideração a existência de grupo de municípios com características similares. São os chamados:GruposHomogêneos.
Assim, a formação dos Grupos Homogêneos, segundo as suas semelhanças, ocorreu por meio dautilizaçãodetrêsíndices:
ÍndicedeDesenvolvimentoSocioeconômico(IDSE).
ÍndicedeCondiçõesdeSaúde(ICS).
ÍndicedeEstruturadoSistemadeSaúdedoMunicípio(IESSM).
Paracalcularessesíndices(Quadro4),foramutilizadosindicadoressimplescujospesosforamdadospelametodologiadeAnálisedeComponentesPrincipais(PCA).Posteriormente,osmunicípiosforamseparadosemdoissubconjuntos,queatendemounãoaosseguintescritérios:ÍndicedeEstruturadoSistema de Saúde do Município (IESSM) maior que 0,01 e capacidade de realizar duas ou maisinternaçõespordia.
Em seguida, estes dois subconjuntos foram submetidos à metodologia de Análise de Cluster pelométodoK‐means,paraencontrarosgruposhomogêneosdemunicípiospassíveisdecomparação.
O resultado obtido foi a distribuição dos 5.5634municípios em seis grupos homogêneos, de acordocomaclassificaçãorecebidanosíndices(IDSE,ICSeIESSM),conformeoQuadro5.
4OsGruposHomogêneosestãoconsiderando5.563municípiosbrasileiros(enãoatotalidadede5.565),poisforamexcluídosFernandodeNoronha(porserumailha,oquediferenciasuasaçõesdesaúdeemrelaçãoaosdemaismunicípios)eNazária,noPiauí,(portersidocriadoem2009enãodispordedadosusadosnoIDSUSnoperíodoanalisado).
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VI.ApresentaçãodosResultadosdoIDSUS
Os resultados do ÍndicedoDesempenhodo SUS (IDSUS) são apresentados por esfera de gestão(município, estado e união) e, ainda, por região, microrregião e regional de saúde. Além disso, oresultadopodeservisualizado,emformadetabelaouemformadecartogramasdinâmicos5,noPortaldo Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/idsus. Destaca‐se que a avaliação do desempenho doSistemaÚnicodeSaúdetemcomofoco:
OusuáriodoSUSresidenteemcadamunicípiobrasileiro.
Acomparaçãoquantoàuniversalidadedoacessoeintegralidadedaatenção.
A avaliação da atenção regionalizada e o grau de descentralização, hierarquização eregionalização.
Ademais, ressalta‐se que os 24 indicadores estão agrupados em duas linhas avaliativas (acesso equalidade) nos diferentes níveis assistenciais e complexidades: (i) atenção básica; (ii) atençãoambulatorial;(iii)atençãohospitalargeral;e(iv)urgênciaseemergências.
Omodelo avaliativo do IDSUS independe da existência – nomunicípio, estado ou região – de umaestruturadeserviçosdesaúdenecessáriaàatençãointegral,vistoqueooferecimentodetalatençãodeveserorientadopelasdiretrizesorganizativasdedescentralização,hierarquizaçãoeregionalização.
Ou seja, nosmunicípios que realizam apenas a atenção básica, o desempenho do SUS é inerente àcorresponsabilidadedogestormunicipal,pelasatençõesespecializada,ambulatorialehospitalar,dadapor: planejamento para a atenção especializada regionalizada; participação ativa na ProgramaçãoPactuada e Integrada (PPI) estadual; e efetivação da política de regulação da atenção à saúderegionalizada.
Dessa forma, a sustentabilidade da avaliação feita pelo IDSUS requer – por meio de gestores,representantes e respectivos conselhos gestores do Sistema Único de Saúde – um compromissocompartilhadoentreastrêsesferasdegestãoparasuperarasdeficiênciasealcançarseusprincípiosediretrizes, conforme estabelecidopara todas as ações e políticas de saúdeprevista na legislação doSistemaÚnicodeSaúde(SUS).
5ParaaconstruçãodoscartogramasdinâmicosfoiutilizadooI3GEO,umsoftwarelivredegeorreferenciamento.
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BibliografiaConsultada
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AnexoI–ListadeIndicadoresdoIDSUS
Indicador nº 1 Cobertura populacional estimada pelas equipes básicas de saúde.
Definição Nº de equipes de saúde da família (ESF) de 40h semanais + nº de equipes da atenção básica, formada por 60h semanais de clínica médica, ginecologia e pediatria para cada 3 mil pessoas residentes no município, no ano.
Interpretação Mede a cobertura das equipes básicas de saúde (ESF ou clínica médica, ginecologia e pediatria). Maior cobertura indicaria maior oferta de serviços das clínicas básicas e facilidade de acesso.
Método de Cálculo (Nº médio anual de equipes da saúde da família + nº médio anual de cargas horárias de 60h semanais da clínica médica, ginecologia e pediatria) x por 3 mil ÷ pela população residente no município.
Parâmetro 100% cobertura considerando uma equipe para 3 mil habitantes.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte CNES e IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem Pacto.
Anos análise 2010.
Indicador nº 2 Cobertura populacional estimada pelas equipes básicas de saúde bucal.
Definição Nº de equipes de saúde bucal da saúde da família + o nº de equipes de atenção básica formadas por cirurgiões dentistas com 40h semanais para cada 3 mil pessoas residentes no município, no ano.
Interpretação Mede a cobertura das equipes de saúde bucal. Maior cobertura indicaria maior oferta de serviços de odontologia básica e facilidade de acesso.
Método de Cálculo (Nº médio anual de equipes de saúde bucal da saúde da família + o nº médio anual de cargas horárias de 40h semanais de dentistas) multiplicado x por 3 mil ÷ pela população residente no município.
Parâmetro 46% de cobertura considerando uma equipe para 3 mil habitantes.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte CNES e IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Saúde Bucal.
Origem Pacto.
Anos análise 2010.
Indicador nº 3 Cobertura vacinal com a vacina tetravalente.
Definição Cobertura vacinal da vacina tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano e haemophilus influenzae tipo b), em menores de um ano de idade, em determinado município e ano.
Interpretação Mede efetividade do programa de vacinação.
Método de Cálculo (Nº de crianças menores de um ano vacinadas com a 3ª dose da tetravalente ÷ pela população de menores de um ano) x por 100.
Parâmetro 95%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao parâmetro – 60%. SE resultado < 60% nota = 0.
Fonte SI‐PNI e Sinasc.
Linha Avaliativa Qualidade.
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Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Saúde da Criança.
Origem Pacto.
Anos análise 2010.
Indicador nº 4 Proporção nascidos vivos de mães com no mínimo sete consultas de pré‐natal.
Definição Distribuição percentual de mulheres com filhos nascidos vivos, com sete ou mais consultas de pré‐natal, em determinado município e ano.
Interpretação Cobertura do atendimento pré‐natal, identificando situações de desigualdades e tendências que demandam ações e estudos específicos. Contribui na análise das condições de acesso e qualidade da assistência pré‐natal em associação com outros indicadores, tais como a mortalidade materna e infantil e nº de casos de sífilis congênita.
Método de Cálculo (Nº de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré‐natal em determinado município e período ÷ pelo nº de nascidos vivos, no mesmo município e período) x por 100.
Parâmetro 90% das mães com sete consultas de pré‐natal ou mais.
Pontuação Pontuação “Principal”: SE resultado = parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro. Pontuação de “acréscimo”. Para o % de mães com menos de sete consultas de pré‐natal, o município receberá uma pontuação que será somada à pontuação principal da seguinte forma: SE resultado = 100% das mães com quatro a seis consultas nota = 6. SE resultado < 100% das mães com quatro a seis consultas nota = decrescente proporcional ao % de mães com quatro a seis consultas. SE resultado = 100% das mães com uma a três consultas nota = 1.
Fonte Sinasc.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Materno Infantil.
Origem Pacto.
Anos análise 2010.
Indicador nº 5 Razão exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos e população da mesma faixa etária.
Definição Nº de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos residentes, em relação à população feminina residente na faixa etária de 25 a 59 anos, em três anos, em determinado município e ano.
Interpretação Expressa a produção de exames citopatológicos do colo do útero (Papanicolau) na população alvo do rastreamento do câncer do colo do útero (população feminina de 25 a 59 anos).
Método de Cálculo Nº de exames citopatológicos do colo do útero, em mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos, em determinado município e ano ÷ dividido pela população feminina, na faixa etária de 25 a 59 anos, em determinado município e ano.
Parâmetro Um exame a cada três anos.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao percentual do parâmetro.
Fonte SIA IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Média.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Saúde da Mulher.
Origem Pacto.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 6 Razão de exames de mamografia realizados em mulheres de 50 a 69 e população da mesma faixa etária.
Definição Nº de exames de mamografia realizados em mulheres de 50 a 69 anos residentes e a população feminina nesta faixa etária, em determinado município e ano.
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Interpretação Permite conhecer o nº de mamografias realizadas em mulheres de 50 a 69 anos, permitindo inferir as desigualdades no acesso à mamografia e no rastreamento do câncer de mama nas mulheres de 50 a 69 anos.
Método de Cálculo Nº de mamografias realizadas em mulheres residentes na faixa etária de 50 a 69 anos, em determinado município e ano ÷ pela população feminina nesta faixa etária, em determinado município e ano.
Parâmetro Um exame a cada dois anos (50% das mulheres com um exame por ano).
Pontuação SE resultado > parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIA/SUS e IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Média.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Saúde da Mulher.
Origem Pacto.
Anos análise 2010.
Indicador nº 7 Razão de procedimentos ambulatoriais selecionados de média complexidade e população residente.
Definição Nº de procedimentos ambulatoriais selecionados, de média complexidade, por 100 residentes, em determinado município, no período considerado.
Interpretação Mede a relação entre a produção de procedimentos ambulatoriais selecionados, de média complexidade, com financiamento pelo SUS e a população residente na mesma área geográfica, indicando o acesso obtido ou cobertura realizada para tais procedimentos.
Método de Cálculo Taxa da população de referência x pelo ajuste específico do município, pelo Bayes empírico (*) e padronização faixa etária
e sexo.
Parâmetro 7,8 procedimentos por mil habitantes.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIA/SUS e IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Média.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 8 Razão de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade selecionados e população residente.
Definição Nº de procedimentos ambulatoriais selecionados, de alta complexidade, por 100 residentes, em determinado município, no ano considerado.
Interpretação Mede a relação entre a produção de procedimentos ambulatoriais selecionados, de alta complexidade, com financiamento pelo SUS e a população residente na mesma área geográfica, indicando o acesso obtido ou cobertura realizada para tais procedimentos.
Método de Cálculo Taxa da população de referência x pelo ajuste específico do município, pelo Bayes empírico (*) e padronização faixa etária
e sexo.
Parâmetro Oito procedimentos por 100 habitantes.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIA/SUS e IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Alta.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2008 a 2010.
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Indicador nº 9 Razão de internações clínico‐cirúrgicas de média complexidade e população residente.
Definição Nº de internações hospitalares clínico‐cirúrgicas de média complexidade, não psiquiátricas e não obstétricas, por 100 residentes, em determinado município, no período considerado.
Interpretação Mede a relação entre a produção de internações hospitalares de média complexidade, não obstétricas e não psiquiátricas, e a população residente na mesma área geográfica, indicando o acesso obtido ou cobertura realizada para tais procedimentos.
Método de Cálculo Taxa da população de referência x pelo ajuste específico do município, pelo Bayes empírico (*) e padronização faixa etária
e sexo.
Parâmetro 5,8 por 100 habitantes.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIH/SUS e IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Média.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 10 Proporção de pessoas acidentadas que morreram no hospital.
Definição Percentual de óbitos pessoas acidentadas residentes que morreram no hospital de determinado município, no período considerado.
Interpretação Mede a proporção de óbito de pessoas acidentadas que morreram no hospital.
Método de Cálculo Proporção bruta x pelo ajuste específico do município e pelo Bayes empírico (*).
Parâmetro 70%.
Pontuação SE resultado ≤ parâmetro nota = 10. SE resultado > parâmetro nota decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIM.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Média e Alta.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Urgência Emergência.
Origem MS.
Anos análise 2007 a 2009.
Indicador nº 11 Razão de internações clínico‐cirúrgicas de alta complexidade, por habitante.
Definição Nº de internações clínico‐cirúrgicas de alta complexidade, não psiquiátricas e não obstétricas, por residente em determinado município, no período considerado.
Interpretação Mede a relação entre a produção de internações hospitalares de alta complexidade, não obstétricas e não psiquiátricas, e a população residente na mesma área geográfica, indicando o acesso obtido ou cobertura realizada para tais procedimentos.
Método de Cálculo Taxa da população de referência x pelo ajuste específico do município, pelo Bayes empírico (*) e padronização faixa etária
e sexo.
Parâmetro 5,8 por mil habitantes.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIH/SUS e IBGE.
Linha Avaliativa Acesso.
Complexidade Alta.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Geral.
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Origem MS.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 12 Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera.
Definição Percentual de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera curados por residentes em determinando município no período avaliado.
Interpretação Representa o êxito no tratamento de tuberculose, a consequente diminuição da transmissão da doença, além de verificar indiretamente a qualidade da assistência aos pacientes.
Método de Cálculo Nº de indivíduos com tuberculose pulmonar bacilífera curados da coorte do período ÷ pelo nº total de indivíduos da coorte com tuberculose pulmonar bacilífera.
Parâmetro 85% de cura.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte Sinan.
Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem Pacto.
Anos análise 2007 a 2009.
Indicador nº 13 Proporção de cura dos casos novos de hanseníase.
Definição Percentual de casos novos de hanseníase curados por residentes em determinando município no período avaliado.
Interpretação Representa o êxito no tratamento de hanseníase, a consequente diminuição da transmissão da doença, além de verificar indiretamente a qualidade da assistência aos pacientes.
Método de Cálculo Casos novos residentes em determinado município, diagnosticados nos anos das coortes e curados até 31 de dezembro do ano de avaliação ÷ pelo Total de casos novos residentes no mesmo município e diagnosticados nos anos das coortes x por 100.
Parâmetro 90% de cura.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte Sinan.
Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2007 a 2009.
Indicador nº 14 Incidência de Sífilis Congênita.
Definição Nº de casos novos de sífilis congênita em menores de um ano em determinado município e período.
Interpretação Expressa a qualidade do pré‐natal, uma vez que a sífilis pode ser diagnosticada e tratada em duas oportunidades durante a gestação e também durante o parto.
Método de Cálculo Proporção bruta x pelo ajuste específico do município e pelo Bayes empírico (*).
Parâmetro Um caso por mil nascidos vivos no ano.
Pontuação SE resultado ≤ parâmetro nota = 10. SE resultado > parâmetro nota = decrescente proporcional ao aumento do resultado.
Fonte Sinan e Sinasc.
Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
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Atenção Materno Infantil.
Origem Pacto.
Anos análise 2007 a 2009.
Indicador nº 15 Proporção de internações sensíveis à atenção básica (ISAB).
Definição Percentual das internações sensíveis à atenção básica sem UTI de residentes dividido pelo total de internações clínico‐cirúrgicas sem UTI por residentes em um determinado município por período considerado.
Interpretação Resultado elevado significa que as internações sensíveis representam a maioria internações de média complexidade e indiretamente mede a baixa resolutividade da atenção básica.
Método de Cálculo Taxa da população de referência x pelo ajuste específico do município, pelo Bayes empírico (*) e padronização faixa etária
e sexo.
Parâmetro 18%.
Pontuação SE resultado ≤ parâmetro nota = 10. SE resultado > parâmetro nota = decrescente proporcional ao aumento do resultado.
Fonte SIH/SUS.
Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Básica.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 16 Média anual da ação coletiva de escovação dental supervisionada.
Definição Razão entre o Nº de procedimentos de ação coletiva de escovação dental supervisionada para residentes e a população residente em um determinado município e ano.
Interpretação Estima a proporção de pessoas que tiveram acesso à escovação dental com orientação/supervisão de um profissional de saúde bucal. Quanto maior o indicador, maior o acesso à orientação para prevenção de doenças bucais, mais especificamente cárie dentária e doença periodontal.
Método de Cálculo (Nº de pessoas participantes na ação coletiva de escovação dental supervisionada realizada em determinado local em 12 meses ÷ pela população no mesmo local e período) x 100.
Parâmetro Três procedimentos por 100 habitantes.
Pontuação SE resultado = parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIA/SUS e IBGE.
Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Saúde Bucal.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 17 Proporção de exodontia em relação aos procedimentos.
Definição Percentual das extrações dentárias de residentes em determinado município e ano.
Interpretação Quanto menor o percentual, maior a qualidade do tratamento ofertado pela odontologia do município, demonstrando que o leque de ações abrange maior Nº de procedimentos preventivos e curativos, em detrimento da extração dentária.
Método de Cálculo Nº total de extrações dentárias em determinado município e período ÷ pelo nº total de procedimentos clínicos individuais preventivos e curativos selecionados no mesmo local e período.
Parâmetro 10%.
Pontuação SE resultado ≤ parâmetro nota = 10. SE resultado > parâmetro nota = decrescente proporcional ao aumento do resultado.
Fonte SIA/SUS e IBGE.
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Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Básica.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Saúde Bucal.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 18 Proporção de óbitos nas internações por infarto agudo do miocárdio (IAM).
Definição Percentual de óbitos ocorridos nas internações por infarto agudo do miocárdio (IAM), por residente acima de 20 anos de determinado município, no período considerado.
Interpretação Mede o risco de morrer por infarto agudo do miocárdio (IAM), após a internação por tal causa e indiretamente o atraso do atendimento pré‐hospitalar e no diagnóstico.
Método de Cálculo Taxa da população de referência x pelo ajuste específico do município, pelo Bayes empírico (*) e padronização faixa etária
e sexo.
Parâmetro 10%.
Pontuação SE resultado ≤ parâmetro nota = 10. SE resultado > parâmetro nota = decrescente proporcional ao aumento do resultado.
Fonte SIH/SUS.
Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Média e Alta.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Urgência Emergência.
Origem MS.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 19 Proporção de parto normal.
Definição Percentual de partos normais de determinado município, no período considerado.
Interpretação O parto normal está relacionado a menores taxas de complicações do parto e do recém‐nascido.
Método de Cálculo Nº de nascidos vivos por parto normal ÷ pelo nº de nascidos vivos.
Parâmetro 70%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte Sinasc.
Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Média.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Materno Infantil.
Origem Pacto.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 20 Proporção de óbitos de cirurgias de alta complexidade, sem UTI.
Definição Percentual de óbitos ocorridos nas internações cirúrgicas de alta complexidade selecionadas sem UTI, por residente de determinado município, no período considerado.
Interpretação Mede o risco de morrer nas internações cirúrgicas de alta complexidade selecionadas sem UTI, em relação às internações clínico‐cirúrgicas de alta complexidade.
Método de Cálculo Taxa da população de referência x pelo ajuste específico do município, pelo Bayes empírico (*) e padronização faixa etária
e sexo.
Parâmetro 1,60%.
Pontuação SE resultado ≤ parâmetro nota = 10. SE resultado > parâmetro nota = decrescente proporcional ao aumento do resultado.
Fonte SIH/SUS.
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Linha Avaliativa Qualidade.
Complexidade Alta.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2008 a 2010.
Indicador nº 21 Capacidade de realizar procedimentos ambulatoriais de média complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais de média complexidade para não residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município em realizar procedimentos ambulatoriais para não residentes de média complexidade em relação à produção total do Brasil permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo (Nº de procedimentos ambulatoriais de média complexidade realizados pelo município – nº de procedimentos de média complexidade destinados aos residentes do próprio município ou dos municípios de referência) ÷ pelo total do Brasil de procedimentos ambulatoriais de média complexidade destinada aos não residentes. Obs.: Se < 0 resultado = 0.
Parâmetro 0,74%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIA/SUS.
Linha Avaliativa Referência/Acesso.
Complexidade Média.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 22 Capacidade de realizar procedimentos ambulatoriais de alta complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais de alta complexidade para não residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município em realizar procedimentos ambulatoriais para não residentes, de alta complexidade em relação à produção total do Brasil permitindo a comparação entre todos os municípios independentemente do porte.
Método de Cálculo (Nº de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade realizados pelo município – nº de procedimentos de procedimentos de alta complexidade destinados aos residentes do próprio município ou dos municípios de referências) ÷ pelo total do Brasil de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade destinada aos não residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,96%.
Pontuação SE resultado = parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Fonte SIA/SUS.
Linha Avaliativa Referência/Acesso.
Complexidade Alta.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 23 Capacidade de realizar internações de média complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar internações de média complexidade para residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município em realizar internações de média complexidade não residentes em relação à produção total do Brasil permitindo a comparação entre todos os municípios independente do porte.
Método de Cálculo (Nº de internações de média complexidade realizadas pelo município – nº de internações de media complexidade destinadas aos residentes do próprio município ou dos municípios de referência) ÷ pelo total do Brasil de internações de média complexidade destinadas aos não residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
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Parâmetro 0,66%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente ao % do parâmetro.
Fonte SIH/SUS.
Linha Avaliativa Referência/Acesso.
Complexidade Média.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 24 Capacidade de realizar internações de alta complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar internações de alta complexidade para não residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município em realizar internações de alta complexidade para não residentes em relação à produção total do Brasil permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo (Nº de Internações hospitalares de alta complexidade realizados pelo município – nº de internações de alta complexidade destinadas aos residentes do próprio município ou dos municípios de referências) ÷ pelo total do Brasil de internações hospitalares de alta complexidade destinada aos não residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,95%.
Pontuação SE resultado≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional a % do parâmetro.
Fonte SIH/SUS.
Linha Avaliativa Referência/Acesso.
Complexidade Alta.
Modalidade Hospitalar.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
(*) Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do indicador = (RIE do município com ajuste pelo Bayes empírico) x (taxa bruta)
Onde:
• RIE do município com ajuste pelo Bayes empírico = (RIE do município sem ajuste) x (RIE média de todos os municípios) x (1 ‐ fator de ajuste)
E onde:
• RIE = (nº de eventos informados pelo município) ÷ (nº de eventos esperados para o município caso ele tivesse as mesmas taxas encontradas em cada faixa etária e sexo da população de referência)
Conceitos:
• RIE: Razão de informados esperados.
• Fator de ajuste: Fator calculado especificamente para cada munícipio, que depende da dispersão dos valores das taxas entre os municípios e aumenta progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do indicador (número de internações no município expostos ao evento ou ao procedimento).
• Taxa da população de referência: Taxa média das internações pelo evento especifico na população tomada como referência para a padronização de faixa.
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Anexo II – Indicadores Utilizados na Formação dos GruposHomogêneos
Indicador nº 1 Produto Interno Bruto (PIB) municipal per capita.
Definição Valor médio agregado por indivíduo, em moeda corrente e a preços de mercado, dos bens e serviços finais produzidos no município, no ano considerado.
Interpretação Mede a produção do conjunto dos setores da economia por habitante. Indica o nível de produção econômica em um território, em relação ao seu contingente populacional. Valores muito baixos assinalam, em geral, a existência de segmentos sociais com precárias condições de vida.
Método de Cálculo Valor do PIB em moeda corrente, a preços de mercado dividido pela população total residente.
Parâmetro 32 mil reais per capita.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte IBGE: Sistema de Contas Nacionais.
Tipo Socioeconômico.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem RIPSA.
Anos análise 2009.
Indicador nº 2 Proporção de famílias que recebem o Bolsa Família.
Definição Percentual de famílias que recebem benefícios do Programa Bolsa Família do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em relação ao total de famílias do município.
Interpretação O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, portanto, o percentual de famílias que recebem esse benefício dá um medida direta da pobreza das famílias do município considerado.
Método de Cálculo Nº de famílias que recebem benefícios do Programa Bolsa Família ÷ total de famílias residentes no município e ano considerado x 100.
Parâmetro 0%.
Pontuação SE resultado = parâmetro, valor = 1. SE resultado > parâmetro, valor = decrescente proporcional ao aumento do resultado.
Fonte Matriz de Informação Social MDS e IBGE.
Tipo Socioeconômico.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem MDS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 3 Mortalidade infantil.
Definição Nº de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente no município, no ano considerado.
Interpretação Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. Reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. Costuma‐se classificar o valor da taxa como alto (50 por mil ou mais), médio (20 a 49) e baixo (menos de 20), parâmetros esses que necessitam revisão periódica, em função de mudanças no perfil epidemiológico. Valores abaixo de 10 por mil são encontrados em vários países, mas deve‐se considerar que taxas reduzidas podem estar encobrindo más condições de vida em segmentos sociais específicos.
Método de Cálculo Bayes empírico (nº de óbitos informado pelo município dividido pelo número de óbitos esperados para o município).
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Parâmetro 9/1000 nascidos vivos.
Pontuação SE resultado ≤ parâmetro, valor = 1. SE resultado > parâmetro, valor = decrescente proporcional ao aumento do resultado.
Fonte SIM e SINASC.
Tipo Condições de Saúde.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem Indicador da Dimensão Condições de Saúde da População.
Anos análise 2007 a 2009.
Indicador nº 4 Capacidade de realizar procedimentos ambulatoriais de média complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais de média complexidade para não residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais para não residentes de média complexidade em relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios independentemente do porte.
Método de Cálculo (Nº de procedimentos ambulatoriais de média complexidade realizados pelo município – nº de procedimentos de média complexidade destinados a seus residentes no próprio município ou nos municípios de referência) ÷ total do Brasil de procedimentos ambulatoriais de média complexidade destinados a não residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,74%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIA/SUS.
Tipo Estrutura.
Complexidade Média.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 5 Capacidade de realizar procedimentos ambulatoriais de média complexidade para residentes.
Definição Capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais de média complexidade para residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais para residentes de média complexidade em relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios independentemente do porte.
Método de Cálculo (Produção de procedimentos ambulatoriais de média complexidade – resultado da capacidade do procedimento ambulatorial de média complexidade aos não residentes) ÷ total do Brasil de procedimentos ambulatoriais de média complexidade destinados a residente. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,58%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIA/SUS.
Tipo Estrutura.
Complexidade Média.
Modalidade Ambulatorial.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 6 Capacidade de realizar procedimentos ambulatoriais de alta complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais de alta complexidade para não residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais para não residentes, de alta complexidade em
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relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo (Nº de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade realizados pelo município – nº de procedimentos de alta complexidade destinados a seus residentes no próprio município ou nos municípios de referências) ÷ total do Brasil de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade destinados a não residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,96%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIA/SUS.
Tipo Estrutura.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 7 Capacidade de realizar procedimentos ambulatoriais de alta complexidade para residentes.
Definição Capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais de alta complexidade para residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município de realizar procedimentos ambulatoriais para residentes de alta complexidade em relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios independentemente do porte.
Método de Cálculo (Produção de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade – resultado da capacidade do procedimento ambulatorial de alta complexidade a não residentes) ÷ total do Brasil de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade destinados a residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,77%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIA/SUS.
Tipo Estrutura.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 8 Capacidade de realizar internações de média complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar internações de média complexidade para não residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município em realizar internações de média complexidade para não residentes em relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo (Nº de internações de média complexidade realizadas pelo município – nº de internações hospitalares de media complexidade destinadas a seus residentes no próprio município ou nos municípios de referência) ÷ total do Brasil de internações hospitalares de média complexidade destinadas a não residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,66%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIH/SUS.
Tipo Estrutura.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem MS.
Anos análise 2010.
33
Indicador nº 9 Capacidade de realizar internações de média complexidade para residentes.
Definição Capacidade do município de realizar internações de média complexidade para residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município de realizar internações de média complexidade para residentes em relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo (Produção de internações hospitalares de média complexidade – resultado da capacidade das internações hospitalares ambulatorial de média complexidade aos não residentes) ÷ total do Brasil de internações hospitalares de média complexidade destinadas a residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,36%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIH/SUS.
Tipo Estrutura.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 10 Capacidade de realizar internações de alta complexidade para não residentes.
Definição Capacidade do município de realizar internações de alta complexidade para não residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município de realizar internações de alta complexidade para não residentes em relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo (Nº internações de alta complexidade realizadas pelo município – nº de internações de alta complexidade destinadas a seus residentes no próprio município ou nos municípios de referência) ÷ total do Brasil de internações hospitalares de alta complexidade destinadas a não residentes Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,95%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIH/SUS.
Tipo Estrutura.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 11 Capacidade de realizar internações de alta complexidade para residentes.
Definição Capacidade do município de realizar internações de alta complexidade para residentes.
Interpretação Mede a capacidade do município de realizar internações de alta complexidade para residentes em relação à produção total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo (Produção de internações de alta complexidade – resultado da capacidade de internações hospitalares ambulatoriais de alta complexidade a não residentes) ÷ total do Brasil de internações de alta complexidade destinadas aos residentes. Obs.: Se < 0, resultado = 0.
Parâmetro 0,84%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte SIH/SUS.
Tipo Acesso.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
34
Atenção Geral.
Origem MS.
Anos análise 2010.
Indicador nº 12 Proporção do nº de médicos na atenção básica e de médicos e profissionais de nível superior em vigilância em saúde.
Definição Percentual do número de médicos na Atenção Básica e de Médicos e profissionais de Nível Superior em Vigilância em Saúde em relação ao total do Brasil.
Interpretação Mede a proporção do nº de médicos na atenção básica e de médicos e profissionais de nível superior em vigilância em saúde em relação ao total do Brasil, permitindo a comparação entre todos os municípios, independentemente do porte.
Método de Cálculo Média mensal de 40h de todos os médicos da atenção básica e de médicos e profissionais de nível superior em vigilância em saúde do munícipio ÷ pela soma média mensal de 40h de todos os médicos da atenção básica e de médicos e profissionais de nível superior em vigilância em saúde no Brasil.
Parâmetro 0,40%.
Pontuação SE resultado ≥ parâmetro, valor = 1. SE resultado < parâmetro, valor = decrescente proporcional à diminuição do resultado.
Fonte CNES e IBGE.
Tipo Estrutura.
Complexidade Não se aplica.
Modalidade Não se aplica.
Atenção Não se aplica.
Origem Pacto.
Anos análise 2010.
35