RELATÓRIO FINAL II CONFERENCIA ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE
RACIAL NO PARANÁ23 DE MAIO DE 2009
RELATORIO FINAL DA II CONFERENCIA ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL NO PARANÁ Conforme decreto nº 4.600- 13 de abril de 2009 publicado em diário oficial Nº 7949 de 13/04/2009. Aos dias vinte e três de maio do ano de dois mil e nove, realizou-se em Curitiba – PR, no Colégio Estadual do Paraná, Salão Nobre a II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial sob a Coordenação da Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos - SEAE e presidida pelo Secretário Nizan Pereira Almeida e Coordenada pelos (as) representantes do poder Publico: José Carlos de Abreu, Glauco Souza Lobo, Wolnei Matias Bonotto, Idalto José de Almeida, Paulo Sergio Rodrigues Pesce, Ana Luiza Benites. Representantes da Sociedade Civil: Maria de Lourdes Santa de Souza, Marcia Regina Santos de Jesus, Romancil Cretâ, Antonio Carlos Pereira, Nivaldo dos Santos Arruda, José Luiz Teixeira e Agnaldo José de Souza. O objetivo foi avaliar as politicas de implemetação de promoção da igualdade racial no Estado do Paraná e eleger os delegados representantes da sociedade civil e poder publico para a II Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial que será em Brasilia no periodo de 25 á 28 de junho de 2009. A conferência teve a participação de aproximadamemte 200 (duzentas) pessoas, entre delegados(as) e observadores (as). O evento recebeu as seguintes autoridades do poder publico e orgãos publicos: Nizan Pereira Secretario de Assuntos Estratégicos do Estado do Paraná; Sandra Cabral da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (neste evento representando o Ministro Edson Santos); Ernesto Luiz Pereira Filho - representando a Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial; Romeu Gomes de Miranda- Presidente do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná ; Nuno Coelho- Coordenador dos Agentes de Pastoral Negros APNs- Nacional, Cesar Alberto de Souza- Tenente Coronel da Policia Militar do Paraná- neste evento representando o Comandante Geral da Policia Militar Coronel Anselmo. Após abertura oficial os representantes da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, expuseram sobre os temas que subsidiaram os debates no decorrer do dia: Terra e Cultura, Terra e Renda, Educação, Segurança Pública e Saúde. Na seqüência foi encaminhada a votação para aprovação do regimento interno e regulamento da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, após o termino, deu por encerrado os trabalhos na parte da manhã. No inicio da tarde a plenária se organizou em 05 (cinco) grupos de trabalho para avaliar as políticas a partir dos temas: Terra e Cultura; Educação; Trabalho e Renda; Segurança Publica e Saúde. Após encerar os trabalhos de grupo a plenária se reuniu para aprovação
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das propostas e votação das moções apresentadas e debatidas nos grupos. Em seguida aconteceu a apresentação dos delegados (as) e votação da Sociedade Civil; Representantes do Governo Estadual e Governo Municipal. Segue nome dos titulares e suplentes eleitos na conferência: Indígenas Titulares: 1) Gilda Kuitá – Kaigang ; 2) Valéria Lurenço Jacintho – Guarani ; Suplente: Jaciela Nyn Kuitá – Kaigang Quilombolas Titulares; 1) Roni do Carmo Cardoso; Suplente: 1) Adir Rodrigues dos Santos ; 2) Rosilda Cardoso - Religiões Africanos: 1) Iya-Guna Dalzira Maria Aparecida; Suplente:1) Romulo Barroso Miranda; CONFERENCIAS REGIONAIS /MUNICIPAIS: Ponta Grossa: 1) Maria Lucia Xavier da Silva – Movimento Cons. Raça Negra; 2) Gilma de Farias Zimmer – Inst. Sorriso Negro Campos Gerais Suplente:1) José Luiz Teixeira - Inst. Sorriso Negro Campos Gerais; Colombo:1) Jorge da Costa; 2) Acácio L. Oliveira; 3)Sara R. Silva; Paranavaí:1) Cleide Manoel do Nascimento Lima – ANPIR - 2) Alcione Messias de Jesus – Suplente: 1) Celso José dos Santos – Maringá: 1) Jairo de Carvalho – União e Consciência Negra de Maringá – 2) Cleuza de Souza Theodoro – Inst. de Mulheres Negras Enedina A.Marques- 3) Denir Pereira Mendes - União e Consciência Negra de Maringá – Suplente: 1)Aracy Adorno Reis - Inst. de Mulheres Negras Enedina Alves Marques; Cascavel: 1) Alessandra Márcia Silva Pinha Slovinski – IADAS 2) Rosangela de Lima - IADAS ; Campo Largo:1) José Carlos Vieira – 2) Ana Paula Mayly de Assis – Apucarana: 1) Natal Batista ; 2) Carlos Dias; 3) Denito Laurindo; Londrina: 1) José Evaristo Silvério Netto; 2) Juliana Aparecida Caetano ; 3) José Mendes de Souza; 4) Emani José dos Santos; 5) Maria Lucilda Santos; 6) Tereza Mendes de Souza ; 7) Sebastião Francisco Rego ; 8) Sonia Maria Rodrigues Macedo; Suplente:1) Stanley Kennedy Garcia ; Suplente: 2) Mariana Albuquerque Laiola da Silva; Suplente: 3) Christofher de Lima Machado ; Curitiba: 1) Jaime Tadeu ; 2) Márcia Regina Santos de Jesus; 3) Márcio Marins; 4)Andressa da Silva; 5)Neli da Rocha; 6)Maria Rosângela; 7) Dirléia Matias; 8)Tânia Lopes; Suplente: 1) Jane Márcia Madureira – APP- Sindicato; Suplente: 2) (Paulo Borges) – Nivaldo dos Santos Arruda – Acnap; Delegados do Governo Estadual - 01) Cassius Marcelus Cruz- Secretaria da Educação; 02) Jéferson de Oliveira Salles- Instituto Terra e Cartografia; 03) Agnaldo José de Souza _ Grupo de Trabalho Clovis Moura; 04) Sérgio da Silva Schilichta Delegados do Governo Municipal- 01) Maria Eugênia de Almeida Pinto- Prefeitura Municipal de Londrina; 02) Alexandre César- Prefeitura Municipal de Campo Largo; 03) Ademir Felix de Jesus- Prefeitura Municipal de Maringá; 04) Carlos Celso dos Santos Junior – Prefeitura Municipal de Curitiba. Além das cidades que realizaram conferencia municipais citamos aqui as cidades presentes sem conferência municipais que elegeram seus representantes; Curiúva/Castro: 1) Rosano Aparecido de Lima; Suplente: 1) José dos Anjos Carneiro. Nada
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mais a declarar, eu Maria de Lourdes Santa de Souza, elaborei este relatório que vai por mim assinada e pelo presidente da II Conferência Estadual de promoção da Igualdade Racial - Nizan Pereira Almeida. Relatório assinado em três vias.
Propostas Aprovadas na II Conferência Estadual da Promoção da Igualdade Racial
Grupo 01 - Terra e CulturaExpositor do tema: Jeferson de Oliveira SallesCoordenador: Jairo de CarvalhoRelator: Cassius Marcelus Cruz; Ernani José dos Santos
1. Que conste no relatório final todas as propostas apresentadas
em conferências regionais e municipais que se referem ao tema
em questão.
2. Que as terras públicas do Estado do Paraná sejam destinadas
prioritariamente aos indígenas, quilombolas e Reforma Agrária;
3. Criação de uma lei estadual de titulação das terras de
Remanescentes de Quilombo do Paraná;
4. Criação de uma política específica para a titulação das terras de
comunidades tradicionais que sejam do Estado;
5. Criação de Grupo de Trabalho para
levantamento/cadastramento dos templos, de forma
participativa, não apenas com pesquisadores;
6. Que as religiões de matriz africana, como forem trabalhadas -
tanto pelos órgãos públicos como pela sociedade civil, sejam
tratadas como Religião e não como expressões culturais;
7. Que os territórios com presença de Comunidades Quilombolas,
Ciganos e Indígenas (e demais Povos e Comunidades
Tradicionais) sejam definidos como Territórios da Cidadania;
8. Que o Estado do Paraná faça o cancelamento dos títulos de
terras griladas no Estado do Paraná;
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9. Que as regularização fundiárias sejam acompanhadas de ações
públicas integradas;
10. Que as ações de regularização de terras se estendam para
aqueles que foram expulsos de suas comunidades, e povos
quilombolas e indígenas;
11. Criação de uma comissão paritária para acompanhamento do
processo de titulação das terras quilombolas;
12. Criação de um documento anexo ao material do MEC com
relação à Lei n° 10.639 elaborado em conjunto com
representações das religiões de matriz africana para melhor
entendimento e trabalho dos educadores;
13. Elaboração de um mapa de intensidade da presença de
religiões de matriz africana no Paraná;
14. Que os levantamentos e mapeamentos elaborados pelo estado
sejam seguidos de Políticas Públicas e que haja participação da
sociedade civil no direcionamento dessas políticas públicas;
15. Contemplar as religiões de matriz africana no Ensino Religioso
nas escolas do Paraná;
16. Criação de projetos de geração de renda específicos para as
comunidades tradicionais;
17. Definição de dotação orçamentária estadual para política de
Promoção da Igualdade Racial;
18. Definição de dotação orçamentária destinada a organizações
que desenvolvem ações afirmativas, projetos culturais, sociais
e de geração de renda;
19. Publicização do orçamento de estado relacionado às ações de
Promoção da Igualdade Racial, exemplo o Plano de Ação para
as Comunidades Quilombolas;
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20. Agilidade na elaboração dos Relatórios Técnicos Antropológicos
(laudos antropológicos) para reconhecimento das áreas não
demarcadas;
21. Participação dos indígenas nas demais conferências, com a
participação e recursos da FUNAIS e das prefeituras de cada
região;
22. Garantia de infra-estrutura para os acampamentos de povos
ciganos e para os povos indígenas quando estiverem migrando
para comercialização de suas produções;
23. Criação de um Conselho Estadual de Política de Promoção da
Igualdade Racial;
24. Criar uma política que preserve um espaço para indígenas
comercializar seus artesanatos nas cidades de referência.
Grupo 02 - Educação:Expositor do tema: Luiz Carlos Paixão Coordenadora: Tânia LopesRelatora : Ana Paula M. Assis e Ademir Felix de Jesus
1. Criação de um núcleo ou coordenação na Secretaria Municipal
de Educação de Curitiba responsável por desenvolver ações
especifica da Educação das Relações étnicos raciais em
consonância com as Leis 10.639/03 e 11.645/09, cujos
membros sejam profissionais com histórico de experiência e
fundamentação sobre o tema Regimentação das comissões
étnico-raciais nas escolas da rede municipal de educação de
Curitiba, com curso de formação específico para atuação no
campo das relações étnico-raciais, e história e cultura afro-
brasileira e africana;
2. Ampliação das vagas em cursos de capacitação sobre a
temática das Relações Étnico-Raciais para todos e todas os/as
profissionais da educação nas redes públicas e privadas das
esferas municipais e estadual;
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3. Estreitamento dos diálogos já firmados com instituições de
ensino superior, visando garantir o enriquecimento teórico nos
cursos sobre a temática das relações étnico-raciais, e história e
cultura afro-brasileira e africana, promovidos na rede municipal
de educação de Curitiba;
4. Inserção, em todos os cursos de ensino superior, de disciplinas
voltadas para historia e cultura afro-brasileira e africana;
5. Regulamentação de um parecer nacional sobre a
implementação da Lei 11.645/09;
6. Criação de um programa de ações afirmativas nas Instituições
Públicas de Ensino Superior, nas etapas estadual e nacional da
Conferência de Promoção da Igualdade Racial, visando a
elaboração de um programa nacional de permanência de
estudantes cotistas no ensino superior até a conclusão do
curso;
7. Criação de mecanismos de solicitação de apoio à aprovação do
Estatuto da Igualdade Racial;
8. Criação de um Conselho Consultivo, Deliberativo e Soberano de
Promoção da Igualdade racial em todos os municípios;
9. Criação de um espaço institucional permanente, no âmbito do
Município de Paranavaí para a implementação das deliberações
dessa Conferência, do Plano Municipal de Promoção da
Igualdade Racial, bem como das demais presentes no Plano
Estadual e Nacional de Promoção da Igualdade Racial;
10. Criação, com financiamento do poder público e instituições, para
realização de cursos pré-vestibulares gratuitos para alunos
afro-descendentes das escolas públicas de Paranavaí;
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11. Implementação das equipes multidisciplinares, deliberadas pelo
Conselho Estadual de Educação, objetivando dar efetividade à
implementação da Lei 10.639/03 no âmbito do Município de
Paranavaí. Entre outras incumbências essa equipe deverá
avaliar os livros didáticos adotados e a serem adotados pelo
município, nos aspectos étnico-raciais;
12. Aquisição/produção de acervo bibliográfico e audiovisual
referente à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e que
contemplem visão não-estereotipada acerca das religiões de
matriz africana, para todas as escolas das redes municipal e
estadual, educação pública e privada, assim como para as
bibliotecas públicas que visem a implementação da Lei
10.639/2003 e Lei 11.645/2008;
13. Realização de cursos e seminários, objetivando o resgate e
valorização da história e cultura afro-brasileira, com especial
atenção para os afrodescendentes que fizeram, anonimamente,
a edificação de Paranavaí;
14. Criação de mecanismos legais para inclusão de cotas para
estudantes de escolas públicas e estudantes afrodescendentes
nas faculdades e universidades estaduais;
15. Programar mecanismos que garantam a ampliação das bolsas
de iniciação científica para estudantes cotistas e
afrodescendentes;
16. Implementação de projetos de extensão voltados para a
educação básica pública para projetos de iniciação de arte e
cultura (teatro, dança, música, coro, música instrumental)
voltadas para a Cultura Africana e Afro-Brasileira;
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17. Criação de projetos de iniciação científica para estudantes do
ensino médio público;
18. Implantação de cotas para afrodescendentes nos concursos
públicos para o Município de Paranavaí, levando em
consideração sua representação no censo demográfico;
19. Proporcionar a utilização dos espaços públicos para o exercício
de grupos de pesquisa e valorização da história e cultura afro-
brasileira (musica, capoeira, reforço escolar planejamento
familiar, culinária, cinema e etc.);
20. Que as Universidades Estaduais criem mecanismos para
implementação da Lei 11645/08 e reconheçam e respeitem as
diferenças culturais dos povos indígenas;
21. Reconhecimento das línguas indígenas do Paraná;
22. Que os estado criem mecanismos para estimular as cotas
raciais para negros nas universidades estaduais;
23. Ampliação dos mecanismos de fiscalização para garantia de
implementação da Lei 10.639;
24. Criação do SOS racismo, para defesa das populações
marginalizada em função de atitudes racistas, discriminatórias
e preconceituosas;
25.Moção de apoio à aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, em
tramitação no Congresso Nacional;
26. Inclusão em todos os cadastros do Município de Paranavaí do
quesito raça/etnia e levantamento do pertencimento étnico-
racial, a fim de possibilitar a formulação de políticas públicas
mais adequadas aos usuários dos serviços públicos em
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Paranavaí, capacitando o funcionalismo para a coleta desses
dados;
27. Inclusão no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e
na Lei Orçamentária recursos para a implementação das metas
aprovadas nesta conferencia e no Plano Municipal de Promoção
da Igualdade Racial, respeitada a legislação vigente. ;
28. Discussão, formulação e aprovação do Plano Municipal de
Promoção de Igualdade de Paranavaí que contemple políticas
públicas para: desenvolvimento econômico, trabalho e renda,
educação, saúde, segurança pública, direitos humanos,
religiosidade em matrizes africanas, dentre outras;
29.Mecanismos para cobrar maior apoio por parte da SEPPIR para os
municípios que possuem órgãos de PIR;
30. Criar um plano estadual para eliminação do racismo institucional;
31. Criação do Conselho da Promoção da Igualdade Racial Estadual e
incentivo a sua criação nos municípios;
32. Criar um organismo gestor com cargo de assessoria, no estado
do Paraná;
33. Proporcionar o Mapeamento das Casas de Santo (terreiros);
34. Desenvolver projetos de geração de renda específico para as
Culturas Tradicionais (Candomblé, Quilombolas, Ribeirinhos,
Faxinalenses);
35. Incorporação no Programa Nacional do Livro Didático dos
preceitos legais contidos na Lei 10.639/03 e no Parecer 03/04
do Conselho Nacional da Educação;
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36. Ampla campanha de divulgação do Plano Nacional e
Implementação, em todo o país;
37. Criação de um documento anexo ao material do MEC com
relação a Lei 10.639/03 elaborado em conjunto com
representantes das Religiões de Matriz Africana, para melhor
entendimento dos educadores;
38. Que as universidades reconheçam e respeitem as
especificidades dos alunos/as indígenas residentes nas terras
indígenas, no que diz respeito as lutas do Movimento Indígena.
Assim, como suas tradições, costumes, crenças, línguas e
lutas;
39. Que o vestibular indígena específico faça parte do Regimento
Interno das Universidades, garantindo uma política de estado;
40. Que os governos municipais e estaduais efetivem a inserção, de
forma positiva, de afrodescentendes nas propagandas oficiais.
Grupo 03 Trabalho e Renda Expositora do tema: Marcilene Garcia de Souza Coordenador: Edmundo Silva NovaesRelator: José Mendes de Souza
1. Criar campanhas que trabalhe a auto-estima da população
negra para o negro(a) não aceitar a situação imposta.
2. Que os gestores públicos tenham em suas metas de mandato
um compromisso com as reivindicações do Movimento Negro,
maneiras de se comprometer com a causa, principalmente o
gestor (a) negro (a);
3. Criar mecanismos de controle social e formação para viabilizar
nossa economia;
4. Programa que coloque o recurso do FAT para formação de
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negros;
5. Criação de um programa de Micro-crédito com o recorte étnico/
racial;
6. Campanha Nacional para obrigatoriedade do registro na
carteira das empregadas domésticas, costureiras e melhoria
nas condições de trabalho;
7. Projeto de capacitação remunerada e micro-crédito em situação
de vulnerabilidade;
8. Mecanismo que faça uma maior divulgação positiva e
transparente das políticas de ações afirmativas voltadas para a
educação superior, as cotas;
9. Monitoração dos quadros da diversidade dos empregados da
empresas visando a equiparação salarial nas questões gênero,
raça e etnia;
10. Cobrar do governo maior divulgação e comprometimento dos
municípios;
11. Linha de crédito junto aos orgãos financeira públicos (BNDS,
CEF) para micros empresários, empreendedores, recicladores,
cooperativas, asso civismo e etc, com apoio de agentes de
desenvolvimento;
12. Programas que visem a inclusão da discussão de raça no
sistema previdenciário;
13. Criar um comitê de acompanhamento com representantes da
sociedade civil e governo para medir os impactos sociais dos
programas de políticas públicas específicas para população
negra;
14. Regulamentar bancas de verificação do pertencimento racial
dos negros no concurso público do Paraná;
15. Constituir um programa de valorização da diversidade no
mercado de trabalho privado, tencionando as empresas
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privadas na contratação de negros;
16. Destinar recursos do Estado do Paraná para inserção da
população negra em vários setores de funcionamento público e
privado e combater a discriminação racial no mercado de
trabalho;
17. Comunidades tradicionais terem voz e voto no CODEFAT –
Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
18. Exigir do CODEFAT liberação de recursos suficiente para
qualificação profissional, tanto para trabalhador (a) que busca
o trabalho com carteira profissional ou de forma cooperada ou
ainda pequeno negócio próprio;
19. Reativação do programa de micro-crédito com ampla discussão
nos setores importantes;
20. Participação de representantes das comunidades tradicionais
em todos os programas e liberações que visem a discussão de
políticas públicas para o mercado de trabalho, bem como,
geração de renda.
21. Criar, através do Poder Público, ou disponibilizar agentes de
desenvolvimento para prestar assessoria gerencial para
pequenos ou micro empreendedores nos bairros ou
comunidades;
22. Considerando as políticas de cotas para negros e negras, que
o governo possa publicar nos meios de comunicação, ações
afirmativas para que o negro e a negra possam estar inseridos
em um percentual maior nas políticas de cotas nas
universidades públicas estaduais e federais;
23. Promover e incentivar a organização de grupos produtivos e de
mão de obra nas diversas funções na sociedade;
24. Organizar grupos de estudo e formação para trabalhadores no
interior das empresas, sob coordenação tripartite (empresários,
Movimento Negro e educação formal);
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25. Possibilitar a participação com vistas ao controle social nas
instâncias governamentais das representações do Movimento
Negro;
26. Democratizar a SSEPIR para programar formação e
conscientização dos povos quilombolas, comunidades
tradicionais e população negra e marginalizada em geral, pra
auto-gestão e autodeterminação.
Grupo 04 Propostas Grupo de Segurança Pública Expositor do tema: Valter Cardoso da Silva Coordenador: José Evaristo S. NettoRelatora: Thais Pinhota de Souza
1. Criação de mecanismos legais para capacitação/formação
continuada obrigatória para todas as instâncias das policias
militar e civil e guarda municipal, acerca da violência, com
recorte étnico- racial, de gênero, de orientação sexual e
identidade de gênero.
2. Criar mecanismos de cobrança para as policias militar, civil e
guarda municipal (em edital de concurso), na implementação
de projetos de enfrentamento a violência policial, tendo os
projetos recorte étnico-racial, de gênero, orientação sexual e
identidade de gênero;
3. Criação, pelo poder público municipal, de editais exclusivos que
atendam projetos, proposta e campanhas acerca da violência
sofridas pelas populações negra, indígena e cigana; bem como
o desenvolvimento de ações publicas de enfrentamento ao
genocídio da juventude negra;
4. Criação de Centros de Referencia de Combate ao Racismo e
outras forma de discriminação, em locais de fácil acesso
publico, dotados de quadro pessoal, equipamentos e veículos
adequados as atividades de sua competência;
5. Criação de um programa de proteção ao jovem vitima de
violência policial, para que os mesmo possam denunciar a
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violência sofrida sem que sejam alvo de represaria, sendo este
de gestão da sociedade civil organizada e financiado pelo poder
público;
6. Criação do SOS Racismo, para defesa das populações
marginalizadas em função de atitudes racistas, discriminatórias
e preconceituosas;
7. Apoio a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, em
tramitação no Congresso Nacional;
8. Inclusão no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes
Orçamentárias e na Lei Orçamentária de recursos para
implementação das metas aprovadas nesta conferência e no
Plano Municipal de Igualdade Racial, respeitada a legislação
vigente;
9. Garantir apoio da SEPPIR aos municípios que possuem Órgãos
de Promoção da Igualdade Racial;
10. Criação de um Conselho Estadual de Promoção da Igualdade
Racial;
11. Inclusão dos quesitos étnico/racial, geracional, de religiosidade
e de orientação sexual no Censo de população carcerária
promovido pelo Ministério da Justiça;
12. Produção de informação para subsidiar políticas públicas
relacionadas a questões étnico raciais, geracionais, de
religiosidade e de orientação sexual e de identidade de gênero;
13. Efetivação do cumprimento da isonomia legal entre as religiões
de matriz africana e demais religiões;
14. Solicitação, perante o Ministério Público e Defensoria Pública,
de uma atuação efetiva para a revisão das sentenças judiciais
penais;
15. Exigir tratamento adequado as punições e criminalização que
quilombolas e indígenas sofrem em relação ao uso de recursos
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ambientais através de capacitações continuadas de guardas
verdes e guardas ambientas;
16. Intensificar a segurança, no sentido de prevenção de acidentes
nos trajetos de deslocamentos rotineiros de quilombolas e
indígenas, enquanto não exista a consolidação de infra -
estrutura em seus territórios.
17. Que a segunda conferência Estadual de Promoção da
Igualdade Racial referende, as propostas, com recorte étnico /
racial, aprovadas na I Conferência Estadual e Nacional de
Políticas Públicas para Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais LGBT.
Grupo 05 - SAÚDEExpositora do tema: Alaerte leandro MartinsCoordenadora: Eliz Guimarães da Silva Relatora: Clélia Verbini
1. Atenção à Saúde da População Negra e da Mulher Negra em
particular, focando Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos,
combatendo a Violência Contra a Mulher;
2. Garantia de que se cumpram as diretrizes do SUS, bem como
os propósitos do texto constitucional sobre saúde da população
em geral, estabelecido como direito de cidadania e dever do
Estado, cujos benefícios terão impactos importantes sobre a
saúde da população negra e indígena;
3. Implantação e implementação imediata da Política Nacional de
Saúde Integral da População Negra, conforme Portaria 992, de
13 de maio de 2009;
4. Implantação imediata do Comitê Técnico de Saúde da
População Negra, com coordenação por profissional de carreira
da Secretaria de Saúde, com vistas à implantação da Política
Nacional de Saúde Integral da População Negra;
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5. Implantação imediata do Programa Nacional de Anemia
Falciforme, com a definição dos serviços de assistência às
pessoas com doença falciforme nos diversos níveis e
Secretarias;
6. Inclusão do protocolo de pré-natal o exame de eletroforese
para diagnóstico da anemia falciforme;
7. Viabilização de indicadores de saúde qualificada para os
diferentes grupos através da produção de dados e pesquisas,
inserindo o "quesito cor", orientação sexual, portadoras de
deficiência, em todos os sistemas de notificação de doenças e
agravos à saúde;
8. Formação e sensibilização dos profissionais de saúde (em
atividade e em formação) para identificação, prevenção e
tratamento de problemas de saúde específicos dos diversos
grupos populacionais;
9. Capacitação de profissionais para a prevenção e o atendimento
a situações de violência doméstica e sexual com enfoque em
direitos humanos, relações de gênero, raça/etnia, classe,
orientação sexual, identidade de gênero e portadoras de
deficiência, elegendo como áreas estratégicas: Sistema de
Segurança Pública (polícia civil e militar, agentes penitenciários
e guardas que atuam no município), e Saúde (profissionais nos
diferentes níveis de atenção e ênfase na atuação primária);
10. Implementação das propostas em relação a políticas públicas
direcionadas à juventude, contidas no relatório do ENJUNE
2007, e que foram aprovadas como prioridades na I
Conferência Nacional da Juventude, realizado no ano de 2008;
11. Incorporação formal, Dentro da Pactuação de Saúde, do sub-
ítem Atenção Integral à Saúde da População Negra e Indígena;
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12. Divulgação de todos os problemas de saúde que comumente
acometem os diversos grupos populacionais em suas
especificidades, com vistas à eqüidade na atenção à saúde;
13. Implementação de políticas públicas voltadas à prevenção de
problemas de saúde de populações vulneráveis, pesquisando,
combatendo e prevenindo, por exemplo, racismo
institucionalizado, desigualdades sócio-econômicas, problemas
de segurança pública, desigualdades no sistema previdenciário
e outras condições que se somam à predisposição genética na
determinação das doenças predominantes em grupos sociais
específicos, especialmente negros e indígenas;
14. Reformulação de currículos dos cursos da área de saúde, no
ensino superior e técnico;
15. Criar um Plano de Atenção à Saúde de Comunidades
Tradicionais, como quilombolas, indígenas, ribeirinhos,
caiçaras, pescadores artesanais, cipozeiros, ciganos e outras.
SEGUE: MOÇÕES; PORTARIA; DECRETO; REGIMENTO;
REGULAMENTO E LISTA DE PRESENÇA DA II CONFERENCIA
ESTADUAL DA PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL DO
ESTADO DO PARANÁ
MOÇÕES APROVADAS
Moção de Apelo ao Governo EstadualConsiderando as políticas de cotas para negros e negras, que o governo possa publicar nos meios de comunicação, ações afirmativas para que o negro e a negra possam estar inseridos em um percentual maior nas políticas de cotas nas universidades públicas estaduais e federais.
Moção de Repudio Em 16/03/2009 o jornal Tribuna do Paraná publicou uma “piada” sob o título “Vê como pode”, cujo teor é pejorativo e discriminatório em relação à população afro-descendente. Participantes de grupos do Movimento Negro de Curitiba, Pinhais e Piraquara enviaram em 13/05
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dia Nacional de Combate ao Racismo, uma carta à redação exigindo retratação e sugerindo uma pauta elucidativa à população curitibana e paranaense sobre a questão. Não houve resposta. Neste sentido, nós participantes da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial no Paraná, repudiamos atitudes dessa natureza assim como todas as manifestações racistas e discriminatórias que inferiorizam e desqualificam o povo negro, promotor e gerador de riquezas materiais e culturais no Brasil, no Paraná e no mundo.
Moção de RepúdioNós delegados e delegadas da II Conferência Regional da Promoção da Igualdade Racial, sediada em Curitiba, no dia 09 de maio de 2009, repudiamos o ato do prefeito de Maringá, Silvio Barros II por ter vetado o projeto de lei do feriado de 20 de novembro, (Dia da Igualdade Racial), e dos vereadores: João da Silva Alves – John (PMDB), Belino Bravin Filho (PP), Evandro Buquera de Freitas Junior (PSDB), Flávio Marcelo Gonçalves Vicente (PSDB), Wellington Andrade Freitas (PRP), Paulo Soni (PSB), Heine Santa Rosa Macieira (PP), Luiz do Postinho (PRP), Carlos Eduardo Sabóia (PMN) e Aparecido Domingos Regini – Zebrão (PP), por terem aceito o veto do Sr. Prefeito contrariando a decisão das duas votações anteriores.
Moção de AplausoNós delegados e delegadas da II Conferência Regional da Promoção da Igualdade Racial, sediada em Curitiba, no dia 09 de maio de 2009, reconhecemos a manutenção do voto a favor dos vereadores de Maringá: Humberto José Henrique (PT), Mário Sérgio Verri (PT), Marly Martin Silva (DEM), Manoel Álvares Sobrinho (PC do B), nas três sessões em que se discutiu o projeto de lei que estabelecia o feriado de 20 de novembro (Dia da Igualdade Racial).
Moção de RepúdioOs participantes desta II Conferência da Igualdade Racial do Estado do Paraná vem apresentar a moção de repúdio à mudança feita pelo governo federal na intervenção normativa do INCRA que trata do processo de titulação das terras das comunidades Quilombolas. Repudiamos os termos IN49, a forma com que ela foi imposta à sociedade e aos remanescentes de Quilombo exigindo a sua imediata revisão.
Moção de RepúdioOs participantes desta II Conferência da Igualdade Racial do Estado do Paraná aprovam a presente moção de repúdio à ação direta de inconstitucionalidade 3239. É fundamental que a referida ação seja julgada improcedente para que sejam garantidos os direitos étnicos, culturais e territoriais dos remanescentes das comunidades Quilombolas do Brasil.
Moção de Apoio
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Nós, lideranças da causa da promoção da igualdade racial presentes na II Conferência da Igualdade Racial do Estado do Paraná, realizada no dia 23 de maio de 2009, em Curitiba, viemos por meio desta declarar todo o apoio a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e da lei de cotas para ingresso no ensino superior em tramitação no Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, nos dirigimos a todos (as) senadores (as) e deputados (as) federais do Paraná para solicitar o apoio e o voto à aprovação das duas propostas a fim de que a sociedade brasileira caminhe em direção a superação do quadro de desigualdades raciais presentes em nosso país.
Moção de ApoioQue essa conferência encaminhe moção aos 399 municípios do Paraná para que seja instituída a data de 20 de novembro como feriado municipal, em reconhecimento como data representativa de luta do povo negro.Em tempo: essa moção apoia também o projeto de lei 036/2009 que tramita na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, que propõe o feriado do dia 20 de novembro como um feriado de caráter Estadual.
Moção de Repúdio ao TLC Israel / Mercosul Recentemente, o Mercosul adotou um Protocolo de Intenções com vistas a promover um tratado de livre comércio – TCL entre o Bloco e o Estado de Israel. O protocolo precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países membros do Bloco para entrar em vigor. O Brasil e demais países ainda não o fizeram em seus parlamentos devido as sérias críticas e restrições que o protocolo sofre, inclusive em países de outros continentes. Isto decorre da brutal ação de Israel contra os Palestinos, único povo do mundo sem um Estado, submetido a um sistema segregacionista nos moldes do Apartheid, assim já referido, inclusive, em organismos internacionais. Além de submetidos ao racismo israelense, os palestinos são, também, nos dias de hoje, a maior população refugiada, do mundo, mais de 4 milhões de seres humanos, que Israel expulsou de 1946 a 48 e impede que retornem. Por tudo isto, e muito mais, pedimos que o Brasil não ratifique este tratado.
Moção de repudio ao Aphartaid aos PalestinosQue o Brasil adote, por meio de sua política internacional, atitudes com vistas a levar Israel a respeitar as resoluções da ONU, o respeito à Convenção de Genebra e outros estatutos internacionais que respeitem os direitos humanos, e com isso acabem na Palestina as políticas racistas de Israel, como estradas às quais estão excluídos os palestinos, exclusão do acesso a água e à educação, livre de outras medidas estatais racistas condenadas pelo das nações, inclusive em Durban I e II.
Moção de Apoio
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Que a partir dessa conferência seja encaminhada proposta para que haja um novo olhar para situação da empregada doméstica. Registro, salário justo, tempo de trabalho sem prejuízo da família da empregada (tempo para cuidar ou estar com a família) e acima de tudo consideração e respeito.
Moções de RepúdioADIN 3239 — STFAos Parlamentares, que não compareceram à Conferência.
PORTARIA Nº 01/2009
O Secretário Especial para Assuntos Estratégicos do Governo do Paraná, no uso de suas atribuições legais, e na condição de Presidente da Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, conforme estabelece o Decreto Estadual de Nº 4600, de 13 de abril de 2009, que convoca a II Conferência, define que:
1 Fica Constituída a Comissão Organizadora da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, que se realizará no dia 23 de maio de 2.009 na cidade de Curitiba, PR nas dependências do Colégio Estadual do Paraná.2 A Comissão Organizadora terá como principal atividade, coordenar as ações previstas para a organização do evento, bem como definir a proposta do Regimento Interno desta Conferência3 A Comissão Organizadora será constituída de 6 membros titulares ou respectivos suplentes, sendo 3 titulares e 3 suplentes, representantes do Governo Estadual e 3 titulares e 3 suplentes representantes da sociedade civil. 4 O prazo de funcionamento desta Comissão é de 60 dias a partir da assinatura desta portaria podendo ser prorrogado conforme necessidades identificadas pela organização.5 Membros representantes do Governo: Titulares - José Carlos Silva de Abreu, Glauco Souza Lobo e Wolnei Matias Bonotto.Suplentes - Idalto José de Almeida, Paulo Sérgio Rodrigues Pesce e Ana Luisa Benites6 Membros representantes da Sociedade Civil:Titulares –Maria de Lourdes Santa de Souza, Marcia Regina Santos de Jesus e Romancil Cretã.Suplentes – Antonio Carlos Pereira, Nivaldo dos Santos Arruda e José Luiz Teixeira.7 Esta portaria entra em vigor na data de sua assinatura.
Curitiba, 16 de abril de 2.009 Nizan PereiraSecretário Estadual para Assuntos Estratégicos
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Presidente da II Conferencia Estadual de Promoção da Igualdade Racial.
DECRETO Nº 4600 - 13/04/2009Publicado no Diário Oficial Nº 7949 de 13/04/2009Súmula: Convocada a II Conferência Estadual da Igualdade Racial, a ser realizada em Curitiba no dia 23 de maio de 2009...
Convoca a II Conferência Estadual da Igualdade Racial,O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ EM EXERCÍCIO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, incisos V, da Constituição Estadual e em consonância com o Decreto Federal de 19 de outubro de 2007, DECRETA:Art. 1º Fica convocada a II Conferência Estadual da Igualdade Racial, a ser realizada em Curitiba no dia 23 de maio de 2009, com os seguintes objetivos:I - avaliar as políticas de implementação de promoção da igualdade racial, no Estado do Paraná e no Brasil; eII - eleger os delegados representantes da Sociedade Civil do Paraná para a II Conferência Nacional da Igualdade Racial, a ser realizada em Brasília-DF, no período de 25 a 28 de junho de 2009.Art. 2º A II Conferência Estadual da Igualdade Racial terá com temas as questões indicadas no Decreto Federal de 19 de outubro de 2007.Art. 3º. A Conferência Estadual será presidida pelo Secretário Especial para Assuntos Estratégicos do Paraná.Art. 4º O Regimento Interno da II Conferência Estadual da Igualdade Racial deverá ser elaborado por uma Comissão Organizadora composta por 6 membros titulares ou respectivos suplentes, sendo 3 representantes da Sociedade Civil organizada e três indicados pelo Governo do Estado, cabendo ao Secretário Especial para Assuntos Estratégicos a designação destes representantes.Art. 5º As despesas decorrentes da realização desta Conferência correrão por conta do orçamento previsto para a Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos e pela Casa Civil do Governo do Paraná.Art. 6º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Curitiba, em 13 de abril de 2009, 188ª da Independência e 121º da República.
ORLANDO PESSUTI, Governador do Estado em exercício
NIZAN PEREIRA ALMEIDA,Secretário Especial para Assuntos Estratégicos
RAFAEL IATAURO,Chefe da Casa Civil.
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REGIMENTO DA II CONFERÊNCIA ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS
Art. 1o A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, convocada pelo Decreto Estadual nº 4600 de 13 de abril de 2009, terá por objetivos: I – Eleger os delegados e suplentes, que representarão o Estado do Paraná na II CONFERÊNCIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL, que será realizada em Brasília nos dias 25 a 28 de junho de 2.009, num total de 55 delegados, sendo 38 representantes da sociedade civil, 10 representantes de governo municipal, 4 representantes do Governo Estadual e 3 Representantes do parlamento.
II - avaliar as diretrizes para a implementação do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial;
III - definir diretrizes que possibilitem o fortalecimento das políticas de promoção da igualdade racial, na perspectiva de superação das desigualdades raciais ainda existentes.
CAPÍTULO II DA REALIZAÇÃO Art. 2o A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial será realizada na cidade de Curitiba, no dia 23 de maio de 2.009, nas dependências do Colégio Estadual do Paraná, sito a Avenida João Gualberto nº 250, Alto da Glória.§ 1o A conferência estadual poderá ser precedidas de conferências municipais ou regionais, cujas contribuições serão consideradas na etapa estadual.
Art. 3o A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial será realizada nos seguintes períodos:
I - Etapa estadual – dia 23 de maio de 2009; II - Etapas municipais ou Regionais - até 10 de maio de 2009; § 1o A composição da Comissão Organizadora Estadual deverá assegurar a representação do poder público e da sociedade civil. § 2o A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial será realizada em Curitiba, sob a coordenação da Secretaria Especial Para Assuntos Estratégicos.
CAPITULO III DO TEMÁRIO
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Art. 4o A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial terá como tema central : “Os avanços, os desafios e as perspectivas da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial” e como subtemas:
I - análise da realidade brasileira a partir da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial;
II - impacto das políticas de igualdade racial no Paraná implementada pelos entes federativos a partir dos eixos temáticos: Educação, Saúde, Trabalho, Segurança e Terra;
III - compartilhamento da agenda nacional com o Plano de Ação de Durban;
IV - gestão pública, participação e controle social: compartilhando o poder de decisão;
V - análise do impacto das políticas implementadas, para além fronteiras, com destaque na área das relações internacionais, para os protocolos firmados com os países do continente africano.
CAPITULO IV DA ORGANIZAÇÃO Art. 5o A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial será presidida pelo titular da Secretaria Especial Para Assuntos Estratégicos do Governo do Paraná e, na sua ausência ou impedimento eventual por quem este determine. Parágrafo único. As atividades da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial serão desenvolvidas sob a forma de grupos de trabalho, com apresentação de relatórios na plenária final.
Art. 6o Para a organização, implementação e desenvolvimento das atividades da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, foi constituída a Comissão Organizadora, designada pelo Secretario Especial para Assuntos Estratégicos do Paraná em portaria específica.
Seção I Da Comissão Organizadora Estadual Art. 7o A Comissão Organizadora Estadual será composta pelo Secretário Especial para Assuntos Estratégicos do Governo do Paraná e por seis membros titulares ou suplentes, sendo três representantes da sociedade civil e três integrantes Governamentais. § 1o Serão constituídas as seguintes subcomissões, sob a coordenação da Comissão Organizadora:
I - Subcomissão Relatora; II - Subcomissão de Infraestrutura;
Seção II
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Das Atribuições da Comissão Organizadora Estadual
Art. 8º. À Comissão Organizadora Estadual da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial compete:
I - organizar, acompanhar e avaliar a realização da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial;
II - coordenar as subcomissões indicadas no art. 7o;
Art. 9º. À Subcomissão Relatora compete: I - formular proposta de metodologia para consolidação dos relatórios dos grupos;
II - coordenar a consolidação dos relatórios dos grupos de trabalho;
III - elaborar, organizar e acompanhar a publicação do relatório final da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial.
II - monitorar o encaminhamento do relatório da Conferência Estadual à Comissão Organizadora Nacional da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, nos prazos estipulados no calendário;
Art. 10º. À Subcomissão de Infra-estrutura compete:
I – tomar as medidas necessárias para a realização da Conferencia Estadual;
Seção III Da Elaboração e Encaminhamento dos Relatórios
Art. 11º. O relatório da Conferência Estadual deve ser elaborado a partir do temário da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial Art. 12º. A Comissão Organizadora da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial deve consolidar o relatório a ser encaminhado à Comissão Organizadora Nacional, até 30 de maio de 2009, com o objetivo de subsidiar o relatório nacional. § 1o Os respectivos materiais deverão, também, ser enviados por correspondência registrada ou SEDEX, em formato impresso, além de uma cópia em CD, para a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Esplanada dos Ministérios, Bloco “A” - 9o andar - CEP 70054-906 - Brasília-DF, sob responsabilidade técnica da sub comissão de relatoria.
Art. 13º. O relatório final da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial será resultante das propostas apresentadas e aprovadas em plenário.
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CAPÍTULO V DA PARTICIPAÇÃO
Art. 14º. A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial terá a participação de delegados, com direito a voz e voto. § 1º Será permitida a participação de observadores com direito a voz.
Art. 15º. A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial terá a participação de delegados, com a seguinte composição:
I – 7 membros titulares da Comissão Organizadora do evento.
II – 14 delegados dos diferentes órgãos do Governo Estadual, indicados para este fim;
III – Delegados eleitos nas Conferencias Regionais ou Municipais em número máximo de 10 delegados por Conferencia.
IV – Delegados da sociedade civil indicados pelas organizações que atuam no Estado na defesa da Promoção da Igualdade Racial, sendo indicado 2 (dois) delegados por entidade.
Art. 16º. As inscrições dos delegados na II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial deverão chegar a Curitiba via correio eletrônico (e-mail; [email protected]) e postal, à Comissão Organizadora, até dia 15 de maio de 2009, no seguinte endereço: Rua Deputado Mario de Barros 1556, CEP 80.530.280, Centro Cívico, Curitiba Paraná. § 1o Deverá ser encaminhada à Comissão Organizadora Estadual a lista de delegados, constando o nome completo, seu RG, CPF, e denominação da entidade que o indica.
CAPÍTULO VI DOS RECURSOS FINANCEIROS
Art. 17º. As despesas com a organização geral, alimentação e transporte a Brasília dos delegados da sociedade civil à etapa nacional da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial correrão por conta do Governo do Paraná.
CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 18º. Os casos omissos neste Regimento serão resolvidos pela Comissão Organizadora da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial.
REGULAMENTO DA II CONFERÊNCIA ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
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Capitulo IDas finalidadesArt. 1º - Este regulamento tem por finalidade definir as normas de funcionamento da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, nos termos de seu Regimento Interno, a ser realizada no dia 23 de maio de 2009 no horário das 7:30 até o final da aprovação do regulamento. Art 2º - A Plenária tem por objetivo, aprovar os relatórios que irão compor o Relatório final da Conferência, as moções apresentadas e eleger os delegados(as) Estaduais à II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, a ser realizada em Brasília.
Capítulo 2Do credenciamento de delegados e observadoresArt. 3º - O credenciamento dos delegados(as) previamente inscritos e de observadores ocorrerá no dia 23 de maio no horário de 7:30 às 11:00 horas no local da Plenária.§ único: Os delegados(as) receberam crachás com cores diferentes identificando a sua representação conforme a seguir indicado; Para representantes do Governo Municipal – crachá na cor verdePara representantes do Governo Estadual – crachá na cor amarelaPara representantes do Parlamento – crachá na cor azulPara representantes da Sociedade Civil – crachá na cor vermelhaPara Observadores – crachá na cor branca
Capítulo 3Da organizaçãoArt. 4° - A II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial será presidida pelo Secretário Especial para Assuntos Estratégicos do Governo do Paraná, e na sua ausência por quem este determine.
Art. 5º - A Plenária será constituída por delegados e observadores, sendo que os delegados terão direito a voz, voto e serem votados e os observadores somente direito a voz.
Art. 6º - A programação da II Conferencia Estadual de Promoção da Igualdade Racial terá a seguinte organização dos trabalhos:a) Plenária de aberturab) Grupos de Trabalhoc) Plenária Geral para aprovação dos relatórios e eleição dos delegados titulares e suplentes.
Art. 7°- O presente regulamento será apreciado e votado na plenária de abertura.
Capítulo 4Dos grupos de trabalho e plenárias
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Art. 8º - Os participantes se dividirão em grupos de trabalho para debater os eixos temáticos previstos no Regimento da Conferencia Estadual, a saber:I - análise da realidade paranaense a partir da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial;
II - impacto das políticas de igualdade racial implementada pelos entes federativos a partir dos eixos temáticos: Educação, Saúde, Trabalho, Segurança e Terra;
III - compartilhamento da agenda nacional com o Plano de Ação de Durban;
IV - gestão pública, participação e controle social: compartilhando o poder de decisão;
V - análise do impacto das políticas implementadas, para além fronteiras, com destaque na área das relações internacionais, para os protocolos firmados com os países do continente africano.
Art. 9º - Cada grupo de trabalho elegerá um relator (a) com a incumbência de elaborar relatório que será apresentado e votado na plenária final em respeito às discussões e deliberações do grupo.§ 1° A Comissão Organizadora Estadual indicará um coordenador (a) para a apresentação dos temas nos grupos de trabalho § 2° O tempo de fala de cada inscrito (a) nos grupos de trabalho e nas plenárias será de três minutos.§ 3° As moções serão apresentadas e votadas nos grupos temáticos, devendo ser aprovadas pela maioria dos delegados (as), sendo posteriormente submetidas a aprovação na plenária final.
Capítulo 5Da eleição dos delegadosArt. 10º - Os delegados (as) para a Conferência Nacional serão eleitos conforme indicado pelo Regimento Estadual no total de 55 delegados (as), sendo 38 representantes da sociedade civil, 10 representantes de governo municipal, 4 representantes do Governo Estadual e 3 Representantes do parlamento.
§ 1° Serão eleitos 13 delegados (as) suplentes para a sociedade civil, 3 do governo Municipal, 1 do Governo Estadual e 1 do parlamento.
§ 2° A eleição se dará pela maioria simples dos votos conforme o setor representado.
Art. 11º - Os delegados (as) representantes da sociedade civil e seus suplentes, serão eleitos conforme chapas apresentadas, compostas por 38 membros titulares e 13 suplentes. No caso de haver mais de uma chapa, será declarada vencedora a chapa que tiver o maior número de votos na plenária, contabilizados a partir dos votos de delegados da sociedade civil. O horário máximo para apresentar chapas será as 17h30 horas do dia 23 de maio de 2.009.
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§ único: Estas chapas deverão obrigatoriamente observar as dimensões de gênero, étnico-raciais, geracional, de orientação sexual e religiosa da sociedade brasileira, devendo ter pelo menos um representante de cada segmento da sociedade civil participante da Conferência Estadual.
Art 12º - Os delegados para a Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial indicados pelo Governo Municipal, Estadual e Parlamento serão eleitos por seus pares.
Capítulo 6Das disposições gerais e comunsArt. 13º- Serão conferidos certificados de participação aos participantes II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial
Art. 14º - Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora Estadual.
NIZAN PEREIRA ALMEIDA,Secretário Especial para Assuntos Estratégicos
Presidente da II Conferência Estadual da Promoção da Igualdade Racial no Paraná
Maria de Lourdes Santa de SouzaRepresentante da Sociedade Civil - Comissão Organizadora da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial no Paraná
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