IAFP Latin America 2008
Impacto de Aspectos Não-Científicos da Segurança dos Alimentos no Brasil:
diálogos e estratégias para um olhar através da ciência
Marcelo Bonnet
Campinas (SP), 28 de Maio de 2008
Fragilidades...• Respeito a vida• Respeito à lei• Imposição da lei (“enforcement”)• Contrastes sociais excessivos• Descontinuidade• Interesses políticos podem alijar a ciência,
a razão e o interesse maior do Estado e da Nação
Onde poderíamos melhorar....
• Auto-confiança• Disciplina• Auto-imagem• Orgulho de sermos brasileiros• Visão estratégica• Inteligência estratégica• Foco e capacidade de sistematização
Credibilidade da Gestão Pública
EDUCAÇÃO POPULAR EM MASSA
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA
PARTICIPAÇÃO CÍVICA
GOVERNANÇA E TRANSPARÊNCIA
De qualquer forma, fomos longe
com aquilo que somos, apesar do
que nos tiraram e do que nunca
nos deram. Mesmo em meio às
dificuldades, crescemos a cada
dia em direção à verdadeira
grandeza de que somos capazes.
Objetivos Fundamentais do Agronegócio de Alimentos e seus
Produtos- Segurança Alimentar
- Quantidade de Alimentos
- Qualidade do Alimento
- Segurança do Alimento
- Trabalho e Renda
- Nacional: desenvolvimento sustentável e amplo
- Internacional: novos mercados e sustentabilidade global
PIB Total
EM PREGOSEXPORTAÇÕES
Fontes: CEPEA-U SP / CNA, M AP A e IP E A
(27,9% )(27,9% )
37,0%37,0%
PIB do AgronegócioPIB do AgronegócioR$ 538 bilhõesR$ 538 bilhões
AgriculturaR$ 378 bilhões
(70,3% )
PecuáriaR$ 160 bilhões
(29,7% )
(R$ 1.929 bilhões)
(US$ 118,3 bilhões) AgronegócioAgronegócioUS$ 43,6 bilhõesUS$ 43,6 bilhões
EmEm 2006, o 2006, o Agronegócio foiAgronegócio fo i ResponsávelResponsável porpor::
36,9%36,9%
U.S.A13.8%
E.U.32.7%
Oceania0.4%
Mercosur3.0%
China6.8%
Africa6.6%
Middle East6.9%
America (others)6.9%Asia (excl. Middle
East and China)12.5%
Europe (others)10.4%
Principais Parceiros Comerciais (valor)
2004-2005
Fonte: MAPA
No setor Agro-Alimentar, o Brasil é
mundialmente considerado uma
potência, e vem assumindo um papel
crescente de liderança. Nada menos
que excepcional inteligência estratégica
para gestão e validação deste processo
pode ser tolerada.
Assim, cada vez mais os
aspectos quantitativos são
condições essenciais mas não
suficientes para a Segurança
Alimentar
QUALIDADE e SEGURANÇA
SEGURANCA
SEGURANÇA
QUALIDADE
corsaborconsistência
tamanhotextura
perfil nutricional
Controle de perigosbiológicos,
químicos e físicos
DESAFIOS DA SEGURANÇA DE ALIMENTOS
• Perigos tem distribuição variada (desconhecida)
• Difícil localização e ou detecção
• Visibilidade e tangibilidade baixas
• Fator surpresa; eventos esporádicos
• Complexidade e multiplicidade dos mecanismos de ação (crônicos, agudos, sub-agudos)
• Cenários epidemiológicos complexos
PESCADOPESCADO
PesticidasPesticidas
MedicamentosMedicamentos
Contaminantes AmbientaisContaminantes Ambientais
OVOSOVOS CARNECARNE
LEITELEITE
�Metais pesados�Radionucleotídeos�Nitrato, nitrito�Micotoxinas�Outros
�Antimicrobianos�Sulfonamidas�Antiparasitários�Hormônios�Outros
CULTURASCULTURAS
ANIMAIS
MELMEL
ANTIBIÓTICOS
HORMÔNIOS
ANTIPARASITÁRIOS
OUTROS FÁRMACOS
PESTICIDAS
METAIS PESADOS
SUBSTÂNCIAS RADIOTIVAS
ALERGIAS
LESÕESHEMATOPOIETICAS
(LEUCEMIA)
TRANSTORNOS DE FECUNDIDADE/FETO
ANOMALIAS DO CICLO SEXUAL
TUMORES
LESÕES HEPÁTICAS
LESÕES RENAIS
TRANSTORNOSNERVOSOS
RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS
PERFIL DO PROBLEMA: quantificando os danos
• Nacional: questao crítica de saúde pública e gestão ambiental – “Quanto vale a vida?” –Incomensurabilidade da vida!
• Internacional: principal barreira ao comércio internacional de alimentos: > R$ 37 bilhões/ano
ameaçados; 13 bilhões UE
• Nacional e Internacional: perda de credibilidade
QUESTÕES
• Complexidade de controle de distribuição e uso
• Sucessivas questões toxicológicas – necessidade
de novos ensaios de alto custo, eg., bacitracina
de zinco, avilamicina (FAO- Codex Alimentarius; CCRVDF, 2007)
• Alto custo de plataformas analíticas e alto nível de treinamento do pessoal requerido – políticas
públicas baseadas em conhecimento para
maximizar recursos
ESTRUTURA BÁSICA DE CONTROLE• Otimização do desenvolvimento, pesquisa e inovação em
drogas veterinarias, pesticidas, insumos (PD&I), incluindo estudos toxicológicos
• Fiscalizacao efetiva do desenvolvimento, produção e distribuição de drogas veterinárias, pesticidas e insumos
• Treinamento e conscientização
• Fiscalização para verificação do emprego e validação do uso das ferramentas essenciais de autocontrole (BPA, BPDV, BPF, PPHO, APPCC ao longo da cadeia produtiva (campo-mesa). CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA.
• Validacao e verificacao analitica (laboratorial) da adocao dos autocontroles e da seguranca resultante
• Vigilância epidemiológica - feedback para a cadeia!
O uso pro-ativo, preventivo e sistemático dos autocontroles pelos
componentes do continuumprodutivo de insumos e alimentos constitui pré-requisito inexorável, incondicional e inegociável para
maximizar a segurança dos alimentos, bem como documentá-la
de forma transparente.
O efetivo uso e a qualidade dos
autocontroles devem ser :
• Primarimamente impostos, verificados e validados por fiscalização oficial treinada, suficiente e ética
• Secundariamente (mas necessariamente) verificados e validados por resultados analíticos
• Associados à vigilância epidemiológica para feedback e validação global conjunta
Limitações da Amostragem-Ánalise
• Planos amostrais assumem distribuição estatística normal do analito e variâncias homogêneas (ex. castanha do Brasil)
• Mas distribuição frequentemente desconhecida!
• Limitações inerentes ao plano amostral – poder inferencial.
• Custos (coleta, transporte de amostras; análises)
• Tempo requerido
• Pessoal altamente qualificado
Mas procedimentos de
amostragem-análise sao cada vez
mais necessarios e requeridos
para auxiliar a validação e
verificação da qualidade e
segurança dos alimentos, o uso
dos autocontroles, a eficácia da
fiscalização e a interatividade
entre os agentes do processo.
Boas Práticas de Fabricação
• Pessoal
• Instalações
• Operações
• Controle de Pragas
• Registros & Controles (Rastreabilidade!)
O Tripe Critico:Controles Oficiais, PD&I, Extensão
• Treinamento a campo deficiente• Fiscalização deficiente (BPA, BPF, APPCC?)• Fiscalizaão frequentemente entende que laboratórios são
capazes de determinar, isoladamante, a qualidade e seguranca dos produtos
• Laboratórios indevidamente utilizados• Desperdício de tempo, recursos humanos e dinheiro• Dificuldade de adequado fomento, foco e demanda para
PD&I• Papel suplementar dos processos de certificação
voluntária
DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE
DROGAS VETERINÁRIAS, PESTICIDAS, INSUMOS
AUTOCONTROLES
USO DE DROGAS VETERINÁRIAS, PESTICIDAS E INSUMOS
FISCALIZAÇÃO P&D&I
EXTENSÃO
Os Domínios do Estado e sua Interação Conceitual no Controle dos Alimentos
PRODUÇÃO PRIMÁRIA (CAMPO)
PROCESSAMENTO
TRANSPORTE DE PRODUTOS FINAIS
DISTRIBUIÇÃO / VENDA
USO DOMÉSTICO
InsumosLegislação
Capacitação
InspeçãoFiscalizaçãoAuditoria
LegislaçãoCapacitação
Vigilãncias (“surveillance”) Sanitária e Epidemiológica
Uma arquitetura nacional bem
sucedida em qualidade e
segurança de alimentos
requer grupos
multifacultativos e
interdisciplinares constituídos
na melhor base técnica-
científica disponível.
Critérios de Seleção de Pessoal
• Estrategicamente inclusivos• Baseado em credenciais pessoais objetivas• Encorajamento da pós-graduação• Avaliação contínua• Treinamento contínuo• Formação de capital intelectual• Registros, História!
Como estabelecer as estruturas,
padrões e os requisitos
fundamentais de nossos
sistemas?
“Form Follows Function”
Mas como definir a função?
Há necessidade da introdução de variáveis quantitativas e de sua
abordagem estatística
ANÁLISE DE RISCO: uma resposta sólida
• AVALIACAO DE RISCO: caracterização do perigo, estudos de dose-resposta, avaliação de exposição e caracterização do risco.
• GERENCIAMENTO DE RISCO: intervencões para alcance do nível adequado de proteção (ALOP) da população via definição de Objetivos de Segurança dos Alimentos (FSO).
• COMUNICAÇÃO DE RISCO: interativo; envolve consumidor
PERIGO E RISCO
• PERIGO – agente biológico, químico ou físico presente no alimento, ou condição do alimento, capaz de provocar efeitos adversos à saúde.
• RISCO – função da probabilidade de ocorrência de efeitos adversos à saude, e a severidade dos efeitos, causados por perigos no alimento.
FAO/CODEX ALIMENTARIUS, Manual de Procedimentos, 14a Edicao
Perguntas a Responder• O que pode dar errado?
• Qual a probabilidade do problema acontecer?
• Como mitigar o risco?
• Qual o impacto do problema caso ele ocorra?
• Como comunicar o problema (antes/depois)?
Autocontroles no Brasil: breve histórico
• Início dos anos 90: BPF e APPCC. SBCTA, UNICAMP, UFV, USP, outros
• 1993-1994: uso do APPCC nas indústrias, MAPA; PRP
• Ca. 1994: SBCTA dispõe sobre BPF e APPCC
• 1995: Embrapa começa treinamentos; “Seguranca dos Alimentos” em voga
• 1996: PAS; CTAA, Senai: Problemas com pré-requisitos.
• 1998-1999: Projeto Embrapa-UNICAMP (APPCC sucos)
• Atualmente: evolução do PAS; ampliação institucional.
Progresssos Suficientes?• Uso efetivo dos autocontroles ainda limitado
• Ênfase insuficiente em perigos quimicos (APPCC)
• Treinamento insuficiente em APPCC para inspetores e fiscais; multiplos conflitos de interesse na fiscalizacao
• Legislação confusa
• Dificuldade ocorre já em seus pré-requisitos (BPA, BPF, PPHO)!
• Pré-requisitos bem especificados desde os anos 90 pela SBCTA!
• Pré-requisitos: Condições mínimas para produção e processamento de alimentos – mesmo sem APPCC, resolveriam muitos problemas!
“J Food Prot. 2007 May;70(5):1220-9
Using expert elicitation to link foodborne illnesses in the United States to foods.
Hoffmann S, Fischbeck P, Krupnick A, McWilliams M.Resources for the Future, 1616 P Street N.W., Washington, DC 20036, USA. [email protected]. foodborne illness risk analysis would benefit greatly from better information on the relationship between the incidence of foodborne illness and exposure to foodborne pathogens. In this study, expert elicitation was used to attribute U.S. foodborne illnesses caused by the nine FoodNet pathogens, Toxoplasma gondii, and noroviruses to consumption of foods in 11 broad categories. Forty-two nationally recognized food safety experts responded to a formal written expert elicitation survey. For each pathogen, respondents gave their best estimate of the distribution of foodborne illnesses associated with each of the food categories and the 90% confidence bounds on each of their estimates. Based on the work of Paul Mead and his coauthors, food attribution percentage estimates from this study were used to attribute case, hospitalization, and death incidence estimates to foods
according to pathogen. These attribution estimates indicate that 15 food-pathogen pairs account for 90% of the illnesses, 25 pairs account for 90% of hospitalizations, and 21 pairs account for 90% of deaths.”
Conciliações Nacionais Impossíveis?
• De Paracelso (“a dose faz o veneno”)…
• Passando pela melhor ciência disponível…
• A Para-ciência (ex. “os agrotóxicos” e “aditivos químicos tóxicos nos alimentos”)…
• Ao Consumidor de alimentos (para-informado?)
As Opções do Consumidor e os Escândalos em Alimentos: onde
estão o Gerenciamento, a Avaliação e a Comunicação de
Risco?• Deixar de consumir os alimentos implicados;
• Consumir menos (Quem? Quanto? Onde? Atéquando?);
• Não fazer coisa alguma.
EVENTOS RECENTES
• Embargo do mel pela UE em fevereiro de 2006
• Diminuição de credibilidade por promessas não-cumpridas; questões cientificas passam a segundo plano
• Recomendacao para desembargo em abril de 2007 pela FVO apos evidência de segurança do produto
• Decisão final para desembargo em fevereiro de 2008
• Extensos impactos sociais e econômicos
• Ameaças (evitáveis) de vários outros embargos
• Pressões indevidas sobre a Rede Oficial de Laboratórios
• Progressos no controle ocorreram por pressão externa
Resultados
• Maior envolvimento científico no MAPA e ANVISA
• Elevação do nível das negociações internacionais, PRP Salmonella spp.
• Reversão de embargos relativos a perigos quimicos
• Elaboração do Primeiro Plano Estratégico do MAPA
• Planejamento estratégico, controle, treinamento agressivo, implantação da ISO 17025 e re-estruturação dos Laboratórios Nacionais Agropecuários (ameaçados de fechamento em 2006)
• Aumento da credibilidade
Em 2006, o orçamento dos
Laboratórios Nacionais
Agropecuários (Lanagros) era de
ca. R$15m; em 2007 evoluiu
para R$ 39m e em 2008, para
R$ 85m (planejado).
“…setting up a system like this is not easy and certainly there is no quick fix. We were
impressed by the progress being made in the LANAGROs we visited - especially MG which
really is a great laboratory with very commited and competent staff. Indeed, the progress made in the LANAGROs has been much more impressive than that seen in the
private laboratories…”Correspondencia pessoal, 17.03.2008, Food and Veterinary Office,
Comunidade Europeia
A missão do Labex é
promover oportunidades de
cooperação internacional
em pesquisa agropecuária
acompanhando os avanços,
tendências e atividades
cientificas de interesse do
agronegócio dos paises
parceiros
A missão do Labex é
promover oportunidades de
cooperação internacional
em pesquisa agropecuária
acompanhando os avanços,
tendências e atividades
cientificas de interesse do
agronegócio dos paises
parceiros
EMBRAPA-Labex: Interfaces Internacionais
em PD&I
EMBRAPA-Labex: Interfaces Internacionais
em PD&I
Grandes Áreas
Nutrição, Qualidade e Segurança dos Alimentos
ProduProduççãoão e e ProteProteççãoãoVegetalVegetal
RecursosRecursos NaturaisNaturais e e SistemasSistemasAgrAgríícolascolas SustentSustentááveisveis
ProduProduççãoão e e ProteProteççãoãoAnimalAnimal
NPLNPL
G e no maS a nida de M e lho ra me ntoR e s íduosIns trume nta ç ã o
S a nida deG e no ma de pa tó ge nos
Av e s S uínos S a nida deF is io lo giaS e gura nç a Alime nta r
S a nida de (D oe nça s c o nta gio sas )F is io lo gia do pa rto
P ro duç ã o a nima lS a nida deTe c no lo gia de c a rne sR e s íduosM e lho ra me nto
C o mpo rta me ntoa nima l
P ro duç ã o de a ve sIm pa c to a mbie nta l
R e s íduos químic o s
S a nida de de av es
23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento 9
Ações e instrumentos
Lei Lei AgrAgríícolacola
Crédito Fundiário
EletrificaçãoRural
Credito Rural
PlanejamentoAgrícola
Informação Agrícola
Proteção doMeio
Ambiente
PesquisaAgrícola
TecnológicaMecanização
Agrícola
Produção,Comercialização,
Abastecimento eArmazenagem
Garantia daAtividade
Agropecuária
Associativismo eCooperativismo
Tributação eIncentivos
Fiscais
HabitaçãoRural
Irrigação eDrenagem
Investimentos Públicos e
Privados
SeguroAgrícola
Formação Profissional e
Educação
Assistência Técnica e Extensão
Rural
DEFESADEFESAAGROPECUAGROPECUÁÁRIARIA
O Decreto 5741
23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento 19
Três Instâncias
InstânciaInstânciaCentral eCentral eSuperiorSuperior
InstânciasInstânciasIntermediIntermediááriasrias
InstânciasInstânciasLocaisLocais
Fundos Organizados
Fundos Fundos OrganizadosOrganizados
Base - MunicípiosBase Base -- MunicMunicíípiospios
Sistema Unificado de Sistema Unificado de AtenAtençção ão
àà Sanidade AgropecuSanidade Agropecuááriaria
23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento 21
Instância Central e Superior
LegendaLegenda
Sede
SFA
Laboratórios
Portos
Aeroportos
Barreiras
Destaques:Destaques:•• Secretaria de Defesa Secretaria de Defesa
AgropecuAgropecuááriaria•• Superintendências Superintendências
FederaisFederais•• LANAGROsLANAGROs•• FISCAIS FEDERAIS FISCAIS FEDERAIS
AGROPECUAGROPECUÁÁRIOSRIOS
23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento 28
Instâncias Locais
Parte de 1 município
1 município
1 município
vários municípios
ANÁLISE DE RISCO• Lei 9712/98 (Decr. 5741)
• Fóruns Internacionais (FAO, OIE, CIPP) – LMR!
• Valoração e priorização das ações de controle e certificação
• Intervenções alternativas
• Delimitação/especificidade geográfica das intervenções
• Validação científica; consistência e equivalênciade medidas sanitárias - OMC
• Educação do consumidor; visibilidade de ações
O Impacto das Decisões –quantificando os danos
• Qual o prejuízo de não fazer?• Qual o prejuízo de fazer parcialmente?• Qual o prejuízo de fazer no momento
errado?• Qual o prejuízo de fazer errado?• Qual o prejuízo de fazer sem condições
humanas e materiais adequadas?
Um avanço singular: o métodoADMRP e a concepção do
Núcleo de Análise de Risco Agropecuário(NARAGRO)
• Ambiência• Dados• Modelos• Risco• Processos
Resultados Antecipados do NARAGRO
• Valoração econômica objetiva das atividades requeridas de controle e PD&I
• Direcionamento dinâmico-estratégico das ações de controle e PD&I
• Promoção de ações preventivas, pró-ativas
• Comunicação com consumidor
• Transparência via documentação e embasamento
• Depolitização de decisões à luz de evidências, particularmente no tocante às intervenções visando segurança dos alimentos
Leite : uma cadeia especial
• Transversalidade e universalidade de demanda e consumo
• Perfil nutritivo; alimento básico
• Dimensões econômica, social, ética e ambiental
• Múltiplas complexidades
• Sensibilidade intrínseca e extrínseca dos produtos lácteos
• Sensibilidade social; eventos negativos recentes
• Espaço para expansão brasileira no mercado externo
• Recente alvo do PNCRC, MAPA
• Padrões IDF (1903) precipitaram as normas Codex
Alem do clamor nacional, a
melhoria da qualidade média do
leite brasileiro constitui o fator
mais decisivo para o desejado
aumento de sua participação no
mercado internacional.
Cronologia da Literatura• H. Katznelson and E. G. Hood. Influence of Penicillin and other Antibiotics on Lactic Streptococci in Starter Cultures used in Cheddar CheesemakingJ Dairy Sci 1949 32: 961-968.
• F. V. Kosikowsky, R. W. Henningson, and G. J. Silverman. The Incidence of Antibiotics, Sulfa Drugs and Quaternary Ammonium Compounds in the Fluid Milk Supply of New York State J Dairy Sci 1952 35: 533-539.
• F. J. Doan. Antibiotics in Milk from FarmsJ Dairy Sci 1956 39: 1766-1767.
• M. R. Stephens. Policies and Programs concerning Antibiotic and Pesticide Residues in MilkJ Dairy Sci 1960 43: 580-583.
• F. A. Vorhes, Jr. Symposium: Use and Control of Pesticides and Antibiotics in Milk Production and Manufacturing. Federal Recommendations: Pesticide Residues in Dairy Practice J Dairy Sci 1959 42: 196-198.
Cronologia da Literatura – cont.
• H. de Iongh, R.O.Vles, and J. van Peltj. Milk of Mammals Fed an
Aflatoxin-Containing Diet. Nature. 1964 May 2;202:466-7.
• R. Allcroft et al. Metabolism of aflatoxin in sheep: excretion of
the "milk toxin".Nature. 1966 Jan 8;209(5019):154-5.
1. Necessidade de Apoio em Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação (PD&I) para as Demandas de Controle Oficial (PNCRC-MAPA)
Nossas Respostas
• Formacao do “Laboratorio de Inteligência em Resíduos e Contaminantes para a Cadeia Leiteira” na Embrapa Gado de Leite
• Participacao ativa em Proposta de Macroprograma I (Grandes Desafios) da Embrapa
Demandas
• Treinamento de analistas• Treinamento de multiplicadores (assist. técnica)• Treinamento de fiscais/inspetores• Análise de Risco (esp. avaliação de risco)• Métodos mais baratos• Métodos mais rapidos• Métodos mais simples• Geração de conhecimento/capital intelectual
nacional
Perfil do Laboratorio
• Laboratorio de Resíduos e Contaminantes
• Demanda imediata; estrategicamente localizado
• Agenda de PD&I: desenvolvimento, prospecção e otimizacao de métodos (metodologia)
• Focado na cadeia leiteira, incluindo água e efluentes
•C. A. Oliveira et al. Aflatoxin M1 and cyclopiazonic acid in fluid milk traded in São Paulo, Brazil. Food Addit Contam. 2006 Feb;23(2):196-201. (co-produção; citotoxicidade CPA)
•J. Weiss et al. A worldwide survey of polychlorinated dibenzo-p-dioxins, dibenzofurans, and related contaminants in butter. Ambio. 2005 Dec;34(8):589-97. (manteiga brasileira)
•J. V. Assuncao & C. R. Pesquero. Dioxinas e Furanos: origem e riscos. Rev Saude Publica. 1999 Oct;33(5):523-30. (leite, similar a Alemanha, mais exames!)
•J. B. Stevens & E. N. Gerbec. Dioxin in the agricultural food chain Risk Anal. 1988 Sep;8(3):329-35. (leite e carne indicadores primários)
•V. Lobato et al. Occurrence of ivermectin in bovine milk from the Brazilian retail market. Food Addit Contam. 2006 Jul;23(7):668-73. (ca. 17% detecção)
•C. H. Ciscato et al. Pesticide residues in cow milk consumed in São Paulo City (Brazil). J Environ Sci Health 2002 Jul;37(4):323-30. (ca. 10% endosulfan!)
2. Séries Históricas da Eficácia de Acaricidas sobre o
Rebanho Leiteiro Nacional (1997-2006)
Drs John Furlang e Marcia Prata
Embrapa Gado de Leite
Carrapatos na Pecuária: perfil
• Prejuízos diretos (produção) estimados em US$ 2 bilhões/ano
• Produto, época, qualidade do uso (“Banho Bem Dado”, MP4)
• Carrapaticidas são hoje candidatos a maior foco de pressão internacional sobre a pecuaria brasileira e tropical
• Frequentes aumentos progressivos de resistência detectados
• Aumento de dose e múltiplos ativos: maior dificuldade de controle e aumento do risco
• Foco em ativos (e associações) mais promissores economica-, técnica-, farmacologica- e toxicologicamente
Rumo a Inovação e Gestão Integrada do Conhecimento
• Reativo
• Defensivo
• Simplista
• Imediatista
• Politicamente
orientado
Pró-ativoColaborativoSimplificado Dinâmico-PreditivoTécnica-, Científica- e
Estrategicamente orientado
Impacto nas Necessidades Nacionais
• Auto-suficiência estratégica• Integração intra- e internacional• Aumento de credibilidade do sistema• Desenvolvimento científico e tecnológico• Inovação• Otimização da formação de cientistas e de
mão de obra crescentemente qualificada
Nunca duvide da vontade de um
grupo comprometido de cidadãos
em melhorar o mundo. Na verdade,
eles são os únicos que o fazem.
Margareth Mead