IMPORTÂNCIA DAS PASTAGENS NOS CENÁRIOS MUNDIAL, NACIONAL E REGIONAL
Porquê estudar pastagens?
Aproximadamente 1/4 da superfície terrestre é
composta de pastagens !
No mundo existem mais de 10 000 espécies de gramíneas e 12 000
espécies de leguminosas !
Valor econômico das pastagens nos EUA é de 18 bilhões de dólares !
Benefícios das pastagens• Leite, queijo, manteiga, sorvetes....• Lã, roupas...• Couro, sapatos...• Carne ...• Combustível...• Produtos medicinais...• Turismo...• Proteção ambiental...
Eventos históricos relevantes associados às pastagens
• 10 000 AC : domesticação dos animais• 500 a 150 AC : introdução da alfafa na
Grécia e Roma• 800 DC : Uso dos trevos pelos Saxons• 1600 DC : Sir Richard Weston introduz
o trevo vermelho na Inglaterra• 1600 DC : Pastagens são introduzidas
na América
• 1600 DC : As bermudas são itroduzidas nos EUA
• 1700 DC : Panicum é introduzido no Brasil
• 1873 DC : Construção do primeiro silo nos EUA
• 1886 : Descoberta da fixação simbiótica
Eventos históricos relevantes associados às pastagens
Como é o nosso Ecossistema?
Estamos num ambiente potencialmente produtivo!
Porém com baixo histórico de herbivoria!
Portanto, resistência sensível a pastejo...
Funcionamento básico do Ecossistema Pastoril
• A pastagem vista sob um prisma de fluxo de energia
Fluxo de nutrientes num Ecossistema Pastoril(Wilkinson e Lowery, 1973)
Componentes do Sistema Energiacontida
Eficiência de Conversão
- Energia Solar
Total
Radiação fotossintética
- Produção primáriaParte aérea
Raízes
Total
- Produção secundária
Fluxo de energia (MJ/ha/ano) e eficiências de transferência paraprodução primária e secundária num Ecossistema Pastoril
(Briske e Heitschmidt, 1991)
Quais são os atores neste cenário?
A planta
O crescimento vegetal
O animal
Como interagem?
Cap
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da
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Intensidadede pastejo
Intensidadede pastejo
Intensidadede pastejo
Intensidade de pastejo
Pro
du
ção a
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al
Produção/área
Produção/animal
Produção animal no Ecossistema Pastoril(Briske e Heitschmidt, 1991)
O pastejo promove diversidade?
Intensidade de Pastejo
Pro
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o P
rim
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ão
0
a
um
ento
Respostas potenciais da produção primária à intensidadede pastejo indicada pela Hipótese da Otimização do Pastejo
(MacNaughton, 1993)
Sub-húmidoSemi-árido
Intensidade de Pastejo Intensidade de Pastejo
Intensidade de PastejoIntensidade de Pastejo
Umidade
His
tóri
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volu
ção a
o P
aste
jo
Div
ers
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Div
ers
idad
e
Cu
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Lon
go
Milchunas et al. (1988)
A diversidade promove o Ecossistema?
Bio
massa a
ére
a (
g/m
2)
1500
1000
500
0
1500
1000
500
0
1500
1000
500
0
1500
1000
500
0
1500
1000
500
0
1500
1000
500
0
1500
1000
500
0
1500
1000
500
032 16 8 4 2 1 32 16 8 4 2 1 32 16 8 4 2 1 32 16 8 4 2 1
32 16 8 4 2 1 32 16 8 4 2 1 32 16 8 4 2 1 32 16 8 4 2 1
Decréscimo em biodiversidade (log2)
Alemanha Portugal Suiça Grécia
Irlanda Suécia UK (Sheffield) UK (Silwood)
Hector et al. (1999)
Decréscimo em biodiversidade
32 16 8 4 2 1 (log2)
Bio
massa a
ére
a (
g/m
2)
Bio
massa a
ére
a (
g/m
2)
1500
1000
500
0
800
700
600
500
400 300
3 2 1
Hector et al. (1999)
AlIrlandaUKSuíça
PortugalSuéciaGrécia
8 sp.4 sp.2 sp.11 sp.
Contribuições ao conhecimento do
Ecossistema Pastoril
A ação antropogênica através do pastejo
Baixa pressão de pastejo
Alta pressão de pastejo
Relação entre oferta de forragem e respostas produtivasem pastagem nativa (Maraschin, 1998)
Taxa de acúmulo de MS (CORRÊA, 1993)
Prim = 7,6 + 0,5025x
R2 = 0,95
Verão = 4,05 + 0,85x
R2 = 0,94
68
101214161820
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
OF (kg de MS/100 kg de peso vivo)
kg d
e M
S/h
a/di
a
Figura 2. E feito do n ível de ofer ta de forragem n o cam po n ativo sobre o teor de m atéria orgân ica do solo, ataxa de in filtração de água e os n íveis de cá lcio e m agn ésio (B E RT O L et a l., 1998)
M O = -0 .0156O F 2 + 0 .3275O F + 1 .15
R 2 = 0 .9926
M O = -0 .0219O F 2 + 0 .4975O F + 0 .8
R 2 = 0 .9605
M O = -0 .0062O F 2 + 0 .13O F + 1 .55
R 2 = 0 .7
2
2 .4
2 .8
3 .2
3 .6
4
2 4 6 8 10 12 14 16
F O R A G E A L L O W A N C E - % P V
SOIL
OR
GA
NIC
MAT
TE
R (
%)
10 a 15 cm
3 a 6 cm
0 a 3 cm
0
5
10
15
20
25
30
35
0 20 40 60 80 100
TIM E (m inutes)
WAT
ER N
FILT
RAT
ION
RAT
E (c
m/h
ora)
4%
8%
12%
16%
Ca = -0.0225OF2 + 0.5167OF - 0.6532
R2 = 0.94
Ca = -0.0245OF2 + 0.5285OF - 0.9314
R2 = 0.82
Ca = -0.0177OF2 + 0.3945OF - 0.6272
R2 = 0.83
0.5
1
1.5
2
2.5
2 4 6 8 10 12 14 16
FORAGE ALLOWANCE - % PV
Ca
- me/1
00m
L
0 a 3 cm
3 a 6 cm
10 a 15 cm
M g = 0 .07O F + 0 .2492
R 2 = 0 .96
M g = 0 .0424O F + 0 .3008
R 2 = 0 .78
M g = 0 .0352O F + 0 .2018
R 2 = 0 .79
0 .2
0 .4
0 .6
0 .8
1
1 .2
1 .4
1 .6
2 4 6 8 10 12 14 16
F O R A G E A L L O W A N C E - % P V
Mg
- me/
100
mL
0 a 3 cm
3 a 6 cm
10 a 15 cm
Sustentabilidade de Ecossistemas Pastoris em função da intensidade de pastejo (adaptado de THUROW, 1991)
Diminuiçãoda taxa de infiltração
Deterioraçãoda estruturado solo
Diminuição da coberturado solo e da matéria orgânica
Diminuição da coberturado solo e da matéria orgânica
EQUILÍBRIO
Aumento na intensidadede pastejo
Diminuição na intensidadede pastejo
Aumento da coberturado solo e da matéria orgânica
Melhoria daestruturado solo
Aumento da coberturado solo e da matéria orgânica
Aumento dataxa de infiltração
SU
ST
EN
TÁ
VE
L
NÃ
O S
US
TE
NT
ÁV
EL
Tabela 1. Efeito da intensidade do pastejo sobre o fluxo e a eficiência de transformação deenergia numa pastagem natural do Rio Grande do Sul, (NABINGER, 1998).
Intensidade de pastejo(kg MS/100 kg de peso vivo/dia)Componentes do sistema
4,0 % 8,0 % 12,0 % 16,0 %
Conteúdo de energia
Energia solar total incidente(MJ/ha) 48.000.000
Radiação fotossinteticamenteativa RFA incidente (MJ/ha) 20.600.000
Produção primária aérea (MJ/ha) 40.877* 68.714 73.343 66.842
Produção secundária (MJ/ha) 1.835* 3.144 3.415 2.738
Eficiência de transformação
RFA/Prod. primária aérea 0.20 0.33 0.36 0.32
RFA/ Prod. secundária 0.009 0.015 0.017 0.013
Prod. primária/Prod. secundária 4.48 4.53 4.66 4.10* considerando-se a concentração de energia nos tecidos vegetal e animal de 19,7 e 23,5 MJ/kg,
respectivamente.
• Pastejo moderado aumenta a produção e a diversidade do Ecossistema
• Pastagens são componentes essenciais do Bioma
• Importância econômica e ecológica
Conclusões