Você escavou o sepultamento de um sambaquieiro!Quais destas características de sambaQui você observou?
Colar de dente de macaco Conchas forrando covaOssos de peixe
Crânio humano com ocre
Sambaqui litorâneo
Conchas
Moedor de pedra Zoólito para ritualSepultamento fletido
Bipontas para furar Diferentes sedimentos
Cemitério com marcas de estaca
CerâmicaSeixos grandes
Monumentalidade de sambaqui
Peso de
rede Contas de colar
INFORMAÇÕES SOBRE O CONTEXTO DO SEPULTAMENTO
sambaquis (do Tupi: amontoado de conchas) são sítios arqueológicos datados entre 6000 antes de Cristo até o século X. Eles medem de 2 a 30 metros de altura e alcançam até 400 metros de comprimento.Imagine a trabalheira que era amontoar conchas até formar verdadeiras montanhas! Já que sambaquis, “shellmounds” ou “cerritos” ocorrem em todos os continentes, acredita-se que rotas costeiras teriam facilitado migrações. De fato, ao se deslocar, é muito mais fácil uma população viver de pesca do que ter de aprender a explorar os recursos terrestres tão contrastantes quanto os de desertos, cadeias montanhosas e florestas tropicais.
Os sambaquieiros constituíram um complexo de culturas muito mais longevo que o do antigo Império Egípcio. Eles viviam como pescadores-coletores-caçadores, próximos a grandes corpos d´água e não eram nômades. Como cada grupo contava com centenas de indivíduos, as pessoas dividiam entre si os trabalhos diários de pesca, coleta de vegetais, caça de pequenos mamíferos, produção de redes, cestaria, adornos, pequenas embarcações, moedores para tubérculos, pontas de lança ou estatuetas e machados de pedra polida. Enquanto uns lideravam rituais, outros apanhavam lenha, faziam comida ou preparavam sepultamentos. Os sambaquieiros eram baixos, fortes e atarracados e se assemelhavam aos indígenas atuais. Embora apresentassem algumas doenças infecciosas e nutricionais, tinham poucos traumatismos. Esse povo milenar e pacífico está na base da nossa história.
Você escavou uma urna da Cultura marajoara!INFORMAÇÕES SOBRE O CONTEXTO DO SEPULTAMENTO
marajoara Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, o que significa que é um território cercado por rios (o Amazonas e o Tocantins) e pelo Oceano Atlântico. É também a maior ilha do Brasil, e tem quase o tamanho da Suíça!
Esta ilha foi lar de uma importante sociedade que viveu durante mais de mil anos (entre os 400 e 1400 d.C.) e que fez grandes avanços em construções para proteger as casas dos alagamentos e que desenvolveu uma arte cerâmica extraordinária.
Os grupos Marajoara desenvolveram um avançado sistema de subsistência baseado nos recursos aquáticos que eram abundantes nos rios que a circundam. Eles não eram agricultores, é por esse motivo que esta cultura é conhecida pelos arqueólogos como um exemplo de “aquacultura”.
Desde crianças, os Marajoaras aprendiam a modelagem da argila e desenhavam nela muitas coisas do ambiente natural. A cerâmica era um material tão importante para eles, que até faziam uma espécie de tapa-sexo para cobrir a genitália das moças, a “tanga”. Eles sepultavam as pessoas de maior prestígio em grandes urnas decoradas, de várias formas e tamanhos. Algumas vezes os ossos eram pintados com pigmentos vermelhos.
Vale fértil
Deserto Costeiro
Pesca
Pirâmides abandonadas
Sepu
ltam
ento
Sa
linar
com
cão
Escavação Restos Alimentares
América do Sul
Peru
Forno subterrâneo de pedras
Cerâmica salinar Bebida de milho Chicha
Você escavou um sepultamento de um Pescador-agricultor
saliNar da costa do Peru!AlimentosBatata-doce
INFORMAÇÕES SOBRE O CONTEXTO DO SEPULTAMENTO
os salinar possivelmente migraram para a costa norte peruana por volta de 2400 anos AP, muito antes do Império Inca (1440-1532 AD) se alastrar por grande parte da região andina e a costa pacífica da América Latina. Naquela região desértica encontraram antigos templos em forma de pirâmides encobertos por areia. Sobre estas plataformas construíram suas habitações e sepultaram seus entes queridos. Não mantinham ou construíam templos; assim seus rituais eram isolados. Como havia algumas poucas residências luxuosas, imagina-se que algumas das pessoas tinham muito mais poder do que todos os outros Salinar.
Os mortos eram enterrados em posição estendida e recebiam como oferendas algumas cabaças inteiras ou transformadas em recipientes. Um ou outro era acompanhado por um cão. As tigelas e vasilhames de cerâmica Salinar, ao contrário dos grupos mais antigos desta região, eram simples embora bem feitas: alguns ornamentos eram pintados em branco sobre fundo vermelho. Já que estas vasilhas contêm restos de animais marinhos, conclui-se que os Salinar eram pescadores. Mas eles já domesticavam milho, mandioca, batata-doce e amendoim. Isso é difícil numa região desértica, ainda mais se era necessário alimentar com isso um grupo cada vez mais numeroso. Assim, os Salinar mantinham uma organização guerreira para controlar as terras e a irrigação. Conflitos de fato não parecem ter sido raros, pois muitos dos esqueletos Salinar apresentam fraturas, marcas de uso de armas (cassetete) e um estado de saúde geral bastante precário.