EntrevistaCastelão Rodrigues: “Temos de tomar medidas em prol do ambiente”
WWW.ALGARVEVIVO.PT
As melhores festas da região
Portinado, uma referência na natação
Água ou falta d’água, eis a questão!
FIM DE ANO DESPORTO AMBIENTE
INÚMEROS EVENTOS PROGRAMADOS
Muita animação no Natal algarvio
ANO XIII • Nº 88 • DEZ 2019/JAN 2020 •1€DIRETOR RUI PIRES SANTOS . BIMESTRAL
3DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
ESTE MÊS
RUI PIRES SANTOS DIRETOR
20PORTIMÃO
Portimão eleita a melhor Cidade Europeia do Desporto
23ALBUFEIRA
Albufeira e Faro lideram no poder de compra
102019 FOI ASSIMPrincipais acontecimentos de 2019
Proprietário e Editor: PressRoma, Edição de Publ. Periódicas, Unip. Lda. Morada: Rua Dr. João António Silva Vieira, Urb. Vales, Lote 3, 3º Direito 8400-417 Lagoa NIF: 508134595 ALGARVE VIVO Diretor: Rui Pires Santos Redação: Ana Sofia Varela e Jorge Eusébio Colaboradores: Miguel Santos, Nuno Coutinho e Vera Matias Proprietário e Editor: PressRoma, Fotografia: Eduardo Jacinto e Kátia Viola Projeto e Edição Gráfica: Sérgio Pratas da Costa Paginação: Vanessa Correia Sede: Rua Dr. João António Silva Vieira, Urb. Vales, Lote 3, 3º Direito 8400-417 Lagoa Composição do Capital: 100% propriedade Rui Pires Santos Telefone: 967 823 648 E-mail: [email protected] Nº do Depósito Legal: 260121/07 Nº de registo na ERC: 125192 Tiragem: 1750 exemplares Periodicidade: Bimestral Impressão: Litográfis - Artes Gráficas, Lda. – Pavilhão AA, VaLe Paraíso, 8200-567 Ferreiras (Albufeira) Estatuto Editorial: http://algarvevivo.pt/sobre-nos/
12LAGOA
Lagoa melhora percursos na natureza
Ano relâmpago, saúde ‘coxa’
Estamos a chegar ao final de mais um ano e a sensação de muitos de nós é que 2019 passou num ápice. Para uns, é sinal de muita ocupação que quase nem deu tempo para grandes períodos de férias ou de lazer, ou para desligar de um dia-a-
dia sempre igual e rotineiro.
É também o burburinho do consumismo natalício que nos faz des-pertar para a realidade do final do ano, com as iluminações da época e a corrida às compras. Em jeito de balanço, 2019 foi um ano positivo para muitos portugueses e algarvios. O desemprego está em níveis historicamente baixos e o país, aparentemente, numa onda posi-tiva, ainda que para alguns mais informados preso por uma linha e pouco protegido para uma constipação (crise) que se adivinha.
Contudo, apesar do crescimento económico registado nos últimos anos, o setor da saúde continua cada vez pior. Nem os números mais cor de rosa que os governantes conseguem apresentar permitem fazer uma operação de cosmética no rosto desta saúde, que está mal e não se recomenda. Começa a ser quase incompreensível para os portugueses como é que, quase tudo no setor, está hoje pior do que há quatro, cinco ou seis anos. Essa é a verdade prática. Basta ir a um hospital público ou centro de saúde. E perante essa reali-dade crua, como é possível que os números sucessivamente avan-çados de mais contratações não produzam efeito no atendimento e a prestação de cuidados de saúde nas unidades hospitalares. Os números estão muito longe de serem o espelho da realidade e isso, para quem tem memória, é histórico na política portuguesa.
Mais do que nunca, para este governo este setor terá de ser uma verdadeira prioridade, muito para além das estatísticas. Caso con-trário, os políticos ficarão ainda mais desacreditados, se é que isso ainda os incomoda. E se num país em crescimento e com margem orçamental a saúde está neste estado, como será num período de crise e de contenção financeira? Fica a questão.
Esta é a última edição da Algarve Vivo em 2019, na qual fazemos uma breve revisão do ano em termos de acontecimentos na região, apre-sentamos algumas sugestões para o fim de ano e revelamos alguns dos principais eventos e espetáculos de Natal que vão decorrer de barlavento a sotavento. Além disso, como sempre, tentamos ter um conjunto de conteúdos próprios, de interesse geral, que contribuam para a formação e esclarecimento do nosso leitor, procurando cum-prir assim um papel que ainda é do jornalismo e dos jornalistas.
Assumimos o compromisso de que em 2020 continuaremos a fazer esta revista, em papel, tentando fazer diferente, surpreendendo os nossos leitores.
Votos de um feliz Natal e um 2020 com saúde e equilíbrio.
18ESPECIALConheça os principais eventos natalícios da região FOTO DE CAPA: KÁTIA VIOLA
4 DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
PELOS ALGARVES
227 MIL EUROS DE INVESTIMENTO
VOLTA A PORTUGAL
Oito mulheres partem de Lagoa em motorizadasOito mulheres preparam-se para dar a volta a Portugal em motori-zadas 50 cc. clássicas nacionais, em 160 horas e sete dias, sendo Lagoa o ponto de partida e che-gada.
A iniciativa sem fins lucra-
tivos, apoiada pela Câmara Mu-nicipal, decorre entre 15 e 21 de dezembro de 2019, com saída marcada para as 9h00, no Largo do Auditório Carlos do Carmo, rumo a Lisboa. As ‘guerreiras do asfalto’ têm estado a preparar-
A Câmara Municipal de Albufeira lançou um concurso público para adquirir mais seis veículos ligei-ros elétricos de passageiros, por cerca de 227 mil euros.
O objetivo da autarquia, com esta medida, é substituir as via-turas de combustão interna em fim de vida, contribuindo para a utilização eficiente da energia,
redução de emissões poluentes e diminuição do ruído.
O município terá, assim, 14 veículos elétricos em circulação, estando também a alargar a rede de carregamento através da ins-talação de postos públicos em diversas zonas do concelho. Para a autarquia de Albufeira este é mais um passo na sustentabili-
dade ambiental. A frota munici-pal terá assim mais seis veículos amigos do ambiente, juntando-se aos outros seis, adquiridos em 2018, por 166 mil euros. No total, a autarquia investe 394 mil euros na compra de viaturas elétricas, para substituir as antigas em fim de vida, mais poluentes e com um elevado consumo de energia.
CM ALBUFEIRA
Albufeira aposta em veículos elétricos
A região foi distinguida com nove estrelas Michelin, em sete restaurantes, segundo o novo Guia de 2020, apresen-tado na semana passada, em Sevilha, Espanha. Assim, no Al-garve foi atribuído o galardão de qualidade ao Ocean, no Vila Vita, em Lagoa, e ao Vila Joya, em Albufeira, ambos com duas estrelas cada, e com uma es-trela o São Gabriel e o Gusto, em Almancil, o Bon Bon, em La-goa, o Vista, na Praia da Rocha, e o Vistas, no Monte Rei Golf & Country Club, a nova entrada este ano.
A gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020 decorreu na noite de 20 de novembro, mar-cando também os 110 anos do conceituado guia ibérico. Na nota de imprensa divulgada durante a cerimónia, o diretor internacional dos guias Miche-lin, Gwendal Poullennec fez notar que os hotéis dão “cada vez maior valor estratégico às suas propostas gastronómi-cas”. Confirma-se ainda que as estrelas Michelin têm vindo a brilhar cada vez mais fora das grandes cidades, premiando cozinheiros que conjugam novas técnicas com sabores locais.
SETE RESTAURANTES
Algarve tem nove estrelas Michelin
PUB
-se para esta ‘aventura’ com via-gens de treino de menor duração.
O mesmo grupo organizador já concretizou três voltas a Por-tugal e uma à Europa em versões masculinas, mas desta vez o de-safio é feito no feminino.
BASTIDORES
GPS político avariado
Contratação de Inverno
Só se for eu…
Dedicação à causa pública
Esta situação de até os suplentes já corre-rem o risco de irem parar ao Parlamento está a deixar um presidente de Câmara algarvio com grande azia.
O homem cumpre o terceiro mandato, não pode, portanto, recandidatar-se, pelo que fazia grande
questão em ir na lista do PS em lugar elegível. Só que apenas lhe davam o 7º lugar, oferta que rejeitou por achar que essa posição nunca lhe permitiria dar en-
trada na Assembleia da República. Agora, sente um amargo de boca porque se tives-
se aceitado estaria, por esta altura, sentado no hemiciclo em vez de andar abatido a pen-sar se ainda terá futuro político quando acabar o mandato de autarca.
Paulo Morgado é uma pessoa muito ativa e dedicada à causa
pública. E deve descansar e dormir bem pouco, tendo em con-
ta os vários cargos de responsabilidade que exerce. Como se
sabe, é presidente da Administração Regional de Saúde do Al-
garve (ARS), atividade que lhe deve dar água pela barba.
Mas, como se isso não bastasse, também manda na Assem-
bleia Municipal de Lagos, que reúne quase todas as noites, e é
o homem-forte da Direção dos Bombeiros de Lagos.
Conscientes de que, se calhar, todo este labor pode ser prejudi-
cial à sua saúde, alguns lacobrigenses resolveram tomar medi-
das. Formaram uma lista e candidataram-se aos órgãos sociais
dos Bombeiros de Lagos para, pelo menos, livrá-lo dessa carga
de trabalhos.
Só que, para espanto seu, Paulo Morgado resolveu recandida-
tar-se a presidente da Direção à frente de outra lista. Pelos vis-
tos, o homem não consegue deixar de apagar incêndios.
Não é só no futebol que os sócios e adeptos suspiram pela contra-
tação de grandes craques. Nos partidos políticos, sobretudo da
oposição, com ganas de ganhar o campeonato, ou seja, de vencer as
eleições autárquicas, isso também acontece.
Em Lagoa, por exemplo, o socialista Francisco Martins ganhou gran-
de popularidade entre a claque do PSD assim que resolveu deixar a
Câmara e, sobretudo, de, numa entrevista, dar fortes caneladas nos
seus antigos colegas socialistas.
Em face de tudo isso há muito bom social-democra-
ta que não se cansa de insistir para que os dirigen-
tes locais do PSD o convidem para seu candidato às
próximas eleições autárquicas de 2021.
É que, argumentam, o homem já mostrou ser cra-
que na modalidade de sacar votos e até é capaz de
se conseguir a contratação a custo zero. Contudo,
parece que os sociais-democratas podem ter che-
gado atrasados! O PS já terá renovado contrato
com Martins, mas tendo em vista outros voos...
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 20206
O líder do PS/Algarve, Luís Graça, já pede por todos os santinhos a António Costa que não vá buscar mais deputados do Algarve para o Governo.
É que os socialistas elegeram cinco representantes pela região, mas como, entretanto, três foram para secretários de Estado, da lista de efetivos apresentada já só há um que não é deputado nem governante.
É claro que ainda sobram uns quantos suplentes que poderiam ser cha-mados em caso de necessidade, mas como se sabe, os suplentes foram inventados para enfeitar as listas e não para serem representantes da Nação.
Luís Graça só admite mais uma hipótese de desfalque da sua equipa parlamentar em eventual futura remodelação. A contragosto aceitará isso se for ele próprio – que também é deputado - chamado para o Go-verno.
Onde meter o dinheiro?
Um grande negócio
Estórias, rumores e boatos do nosso Algarve
Os autarcas algarvios andam à beira de um ataque de ner-vos. Têm os cofres cheios, precisam de lançar obras mas não o conseguem fazer. Isto porque não aparecem empre-sas a concorrer à maior parte dos concursos públicos que lançam.
Assim, não têm hipótese de cumprir as promessas e de desenvolver as obras de que os seus concelhos precisam. Mas, muito mais gra-ve do isso, correm o sério risco de perder as próximas eleições.
Sem saber onde guardar tanto dinheiro parado, cons-ta que alguns já pensam fazer generosas ofertas de compra à mãe de Sócrates. É que parece que ela tem dois cofres enormes em casa onde os autarcas podiam guardar uns bons milhões de euros enquanto não os conseguem transformar em obras.
A Câmara de Portimão comprou o direito de gestão dos lugares de estacionamento público que estavam concessionados a uma empresa privada por 850 mil euros. Tendo em conta o elevado montante envolvido e o facto da autarquia garantir que vai bai-xar o tarifário, houve quem achasse que se estava perante uma decisão financeiramente ruinosa.
Só que a autarquia entregou a fiscalização dos parquímetros à Empresa Municipal de Águas e Resíduos (EMARP) que não brin-ca em serviço. Ainda mal tinha recebido mais esta atribuição e já era possível ver enfiada nos pára-brisas de muitos carros uma autêntica chuva de multas.
De forma que, a este ritmo, a empresa municipal vai muito ra-pidamente recuperar o dinheiro investido e a partir daí será só lucro a entrar nos cofres da Câmara.
Às tantas é capaz de ter sido o melhor negócio que Isilda Gomes já fez.
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 20208
PASSAGEM DE ANO 2019/2020
Multimédia, concertos e fogo de artifício marcam réveillon no AlgarveAutarquias investem numa programação que pretende cativar residentes, mas também atrair os turistas a escolher a região algarvia para a despedida do ano velho.
O Algarve será palco de diver-sas festas que prometem uma passagem de ano memorável,
com propostas para todos os gostos, desde o circo, à multi-média, aos ritmos quentes ou brasileiros. Em comum há ape-nas os primeiros minutos de 2020 que serão iluminados por lançamentos de fogo de artifí-cio em diversos pontos.
ALBUFEIRAAlbufeira é o concelho que am-biciona ser a estrela da passa-gem de ano 2019/2020, tendo investido cerca de 400 mil eu-ros num espetáculo que preten-de ficar na memória de quem escolher a Praça dos Pescado-res para passar as primeiras horas do novo ano.
A autarquia até criou uma nova marca, Albufeira Carpe Nox 2020, e colocou a produção nas ‘mãos’ da empresa Tavola-nostra, responsável pelas ceri-mónias de abertura do Mundial de Futebol, no Brasil, a Missão
Olímpica, em Londres ou as Ma-ravilhas de Portugal.
Um palco, com 50 metros de frente, construído para encai-xar naquele espaço, interagirá com o público, com o mar, com o céu, com a falésia. A praia, o mar e os barcos serão os cenários principais, havendo várias tor-res que promoverão jogos de laser e de luz. O fogo de artifício será lançado também a partir da água, de frente para todo o público que estiver a assistir ao espetáculo na praia. Já a música ficará a cargo dos Amor Electro e The Black Mamba, em con-
FIM DE ANO
ANA SOFIA VARELA
certos únicos. O espetáculo aé-reo com oito para-motores em acrobacia, num espetáculo de dança sincronizada, iluminados e que lançam fogo e dois aviões de aerobática sincronizada, com pilotos da ‘Royal Air Force’, são outros dos atrativos.
LAGOSOs ritmos quentes do cantor an-golano Anselmo Ralph são per-feitos para a despedida de 2019. Temas tão conhecidos como ‘Não me toca’ ou a ‘Única Mu-lher’ fazem parte do repertório do músico, que entoará a partir
das 22h30, na Praça do Infante. À meia-noite, o céu da cidade irá iluminar-se de variadas co-res, com o fogo-de-artifício, que dará as boas vindas a 2020. A festa continua noite dentro com a animação a cargo do DJ Valex.
PORTIMÃOO réveillon será distribuído por quatro dias, entre 28 e 31 de dezembro, sempre a partir das 22 horas. Assim, no sábado, dia 28, sobe ao palco Agir e, a 29, o grupo Rock em Stock apresen-ta o concerto Marginália Live And Loud ‘Tributo ao Rock Por-
ALBUFEIRAAMOR ELECTRO
LAGOSANSELMO RALPH
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 20208
tuguês’. Fernando Daniel atua no dia 30 e a despedida do ano 2019 será com o grupo Dança Balança. Não faltará o fogo de artifício lançado na Praia da Rocha e nas zonas ribeirinhas de Portimão e Alvor.
LAGOAA principal festa de réveillon neste concelho é o ‘Arade Music Fest’ no Centro de Congressos, no Parchal. Conta com música de Vasco Ramalho, jantar, ani-mação de Som Brasil, Daddy Jack Band, seguido de fogo de artifício, e sons dos anos 70, 80 e 90 por DJ Beecuts. Há ainda
uma festa na Praia de Carvoei-ro, com atuação de duas ban-das e pirotecnia.
MONCHIQUEA festa baseia-se nas artes circenses, com a passagem de ano a ser organizada, como ha-bitual, pelo programa Lavrar o Mar. Este ano, o espetáculo que antecede o fim de ano começa às 21h30 de 31 de dezembro e intitula-se ‘Forever, Happily…’, cruzando-se assim com as per-sonagens dos contos, como é o caso da Branca de Neve e os 7 Anões, retratada neste espetá-culo. Pela noite dentro, haverá
a festa popular, com caldo ver-de e enchidos, e outras iguarias da serra.
LOULÉA Câmara Municipal de Loulé promove um programa de ani-mação para a noite de fim de ano com um concerto de Aurea e um espetáculo piromusical. A partir das 21h30, o Deejay Ro-driguez apresentará ao público as suas sonoridades.
OLHÃOMais uma vez, a passagem de ano será junto à Ria Formosa, a partir das 22h30 de 31 de de-
zembro. A festa começa com música ambiente a partir das 22h30, e a atuação do DJ Mel, às 23h00, numa tenda instalada no Jardim Pescador Olhanense. O habitual fogo de artifício, às 00h00, que marcará a entrada em 2020, acontecerá junto à zona poente do porto de re-creio de Olhão.
ALCOUTIMNo nordeste algarvio a festa faz-se junto ao cais de Alcou-tim, com um espetáculo da banda Energie, às 22h00, e o tradicional fogo de artifício às 00h00.
LAGOSANSELMO RALPH
LOULÉ AUREA
MONCHIQUEFOREVER HAPPY
PORTIMÃOAGIR
9DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202010
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DA REGIÃO
Política marcou 2019
2019 FOI ASSIM
Os dois atos eleitorais e as mudanças que se verificaram foram o grande destaque do ano que está a terminar. Houve, porém, muitos outros factos em diversas áreas que ganharam dimensão no Algarve, quer pela positiva, quer pela negativa.
ANA SOFIA VARELA
JANEIRO Portimão iniciou um ano dedicado ao desporto, com uma gala que se destacou por ser o maior espetáculo de ‘videomapping’ do país realizado no interior de edifício. Foram 12 meses de Cidade Europeia do Desporto 2019.
FEVEREIROAlbufeira recebeu o XIII Congresso Nacional das Misericórdias, que contou com Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, num evento com 700 participantes.
ABRILA greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas por melhores condições de trabalho gerou diversas dificuldades ao Algarve. Quase quatro dias com o abastecimento de combustível e gás limitado, provocaram o caos no fim de semana prolongado da Páscoa.
MARÇOA unidade Congelagos, em Odiáxe-re, um investimento de 20 milhões de euros do grupo Battaglia Capital, sediado em Lagos, tem capacidade de processar 300 toneladas diárias de peixe e armazenar 5400 tonela-das de congelados, foi inaugurada.
JUNHOUma tartaruga de couro, macho,
com cerca de 300 quilogramas foi resgatada na Meia Praia, em Lagos,
por nadadores-salvadores e Polícia Marítima numa operação que durou
duas horas. Foi transportada para o Zoomarine, em Albufeira, onde
esteve em recuperação, sendo depois devolvida ao mar, não sem antes
ser apelidada de Quinas.
MAIONuma roda viva de contactos com a população, os diversos candidatos às eleições europeias estiveram na região para apelar ao voto. A vitória foi para o PS. A Europa voltou a não convencer os recenseados, situando-se a abstenção nos 73,08 por cento no Algarve. Ou seja, de 380 mil inscritos só votaram 102 mil.
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202010
11DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
JULHOAlbufeira recebeu, pela primeira vez, a Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza do Algarve, na Marina. A XXIII edição do evento, recebeu mais de 40 mil visitantes em três dias. Com um programa recheado de atividades para toda a família, foi considerada “um sucesso” pela organização, expositores e visitantes.
AGOSTOA Feira de Artesanato, Turismo,
Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa (FATACIL) surgiu em 1980,
com a 1ª Feira Regional de Lagoa. Em 2019, foram assinaladas as 40 edições do certame, que continua
de pedra e cal no concelho e que tenta todos os anos encontrar novidades
para atrair novos públicos.
SETEMBROA hotelaria algarvia registou neste mês 445 mil hóspedes e 1,9 milhões de dormidas de estrangeiros. Os proveitos cresceram 7,2 por cento e as dormidas de residentes 7 por cento. Foram 624,2 mil hóspedes e 2,56 milhões de dormidas.
OUTUBROMais uma vez, a campanha eleitoral ganha destaque. Os algarvios escolheram os deputados que representam a região, com o PS a eleger cinco candidatos, o PSD a conquistar três e o BE a manter o único representante. Com o PS vitorioso e a formar governo, três dos representantes algarvios, Jamila Madeira, José Apolinário e Jorge Botelho sobem a secretários de Estado.
NOVEMBROApesar das temperaturas de Outono, a chuva não tem sido abundante para retirar o Algarve da realidade da seca, que se verifica há muitos meses na região. Até ao início do mês, grande parte estava em seca severa e a restante em seca extrema. Uma realidade que preocupa diversos setores de atividade e autarcas.
DEZEMBROO ano fecha com chave de ouro, com Portimão a consagrar-se como a melhor Cidade Europeia do Desporto 2019, de entre um total de 17 municípios que tiveram como missão promover a atividade física entre a comunidade local. A autarquia estima que tenham sido gerados 4,4 milhões de euros de retorno financeiro, para um investimento próximo dos 3,8 milhões.
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DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202012
OS SETE VALES SUSPENSOS É UM DOS CAMINHOS INTERVENCIONADOS
Trajetos cobrem cerca de 70% dos 17 quilómetros da faixa costeira do concelho.
Melhorados percursos na natureza em Lagoa
Os Caminhos dos Promontórios, do Algar Seco e os Sete Vales Suspensos es-tão a ser alvo de
melhoramentos por parte da Câmara Municipal de Lagoa.
Os três percursos são cenário para caminhadas de milhares de pessoas e um dos atrativos de muitos turistas que visitam o concelho e o Al-garve, pelo que estão a ser in-tervencionados para melhorar as condições de segurança e comodidade dos utilizadores.
Dos trabalhos, destaca-se a construção de várias esca-darias e passadiços, a poente da Praia da Marinha, incluídos no Percurso dos Sete Vales Suspensos. Pensadas para fa-cilitar a passagem de alguns obstáculos naturais e refor-çar a oferta de alternativas de paisagem, estas melhorias destinam-se ainda a aliviar a pressão sobre os trajetos.
Na zona nascente da Praia da Marinha foi também requalifi-cada uma passagem suspensa sobre a arriba. Esta apresenta-va muitos sinais de erosão.
Já perto do Vale Olival, jun-to à zona fronteira do concelho de Lagoa, foram implantadas guardas e pontes de madeira sobre os barrancos que atra-vessam o velho trilho sobre as arribas, percorrido por pesca-dores, caminhantes e banhis-tas.
Em curso está também a colocação de uma estrutura de madeira para facilitar e tornar mais segura a progressão, bem como proporcionar um local de descanso e contemplação na encosta nascente do Vale Figueira, entre Alfanzina e Vale Centeanes.
A autarquia lagoense refe-re que estes percursos de des-coberta da natureza já cobrem cerca de 70 por cento dos 17 quilómetros da faixa costei-ra do concelho. Quase toda a
Três percursos foram intervencionados criando mais condições de segurança
LAGOA
282 094 787 +351 916 846 990
CENTRO DE JARDINAGEMGarden Center
Construção e Manutenção de JardinsGarden Maintenance & Landscaping
Parchal - Lagoa
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extensão pode ser percorrida seguindo os velhos carreiros abertos pelos passos dos pes-cadores à linha até chegarem
aos pesqueiros empoleirados nas arribas alcantiladas, estan-do todos devidamente assina-lados.
CM LAGOA
13DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
CONSULTA PÚBLICA CONTOU COM MUITA PARTICIPAÇÃO
Documento irá incluir inúmeras sugestões dos cidadãos.
PDM será alvo de reajustes
O prazo para a dis-cussão pública do Plano Dire-tor Municipal (PDM) de Lagoa terminou a 26
de novembro, tendo obtido cerca de 250 participações de diversas entidades e cidadãos do concelho.
Luís Encarnação, presi-dente da Câmara Municipal, explica que, agora, terminado a consulta pública, todas as par-ticipações serão “compiladas e analisadas, para que o plano seja reajustado” e possa incluir as considerações viáveis no PDM.
Entretanto, a autarquia realizou uma apresentação pública da proposta de revi-
são deste documento de ges-tão territorial, que estava em vigor há 25 anos, no dia 19 de novembro, no Convento de São José, a poucos dias do término do prazo da consulta pública, o que mereceu algumas críticas. Luís Encarnação argumenta, porém, que haverá este rea-justamento e que o PDM será colocado de novo a escrutínio com esses novos contributos.
A sessão contou com gran-de afluência para ouvir o exe-cutivo e a empresa responsá-vel pela elaboração do PDM, a RTGeo, justificar esta revisão, tal como já tinha acontecido em outubro, na Assembleia Municipal, com a apresentação do plano aos deputados muni-cipais das diversas forças polí-ticas de Lagoa.
A intenção da autarquia, segundo o responsável da Câ-mara, sempre foi criar um do-cumento de gestão territorial
que conciliasse as vontades de cidadãos e de investido-res, alertando, porém, que há diversas condicionantes que impedem maior liberdade de escolha.
Isto porque é necessário ter em conta áreas de Reser-va Agrícola Nacional (RAN), Reserva Ecológica Nacional (REN), Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) e zonas de risco de fenómenos naturais ou zonas estuarinas, exemplifi-ca. E estas condicionantes são as principais culpadas de não existirem aumentos previstos, de forma considerável, dos perímetros urbanos, como é o caso de Estômbar.
Foi ainda sublinhado, du-rante a apresentação, que há novas possibilidades de lega-lização de edificações exis-tentes ou de deslocalização de
imóveis que se encontrem em zonas de perigo, como parti-lhas de estradas ou zonas inun-dáveis, e que coloquem em ris-co a segurança dos habitantes.
A autarquia optou por manter em vigor os Planos de Urbanização existentes, com imposição destes terem de ser revistos até junho de 2020.
Caso isso não aconteça se-rão suspensas as prescrições nas áreas delimitadas na Plan-ta de Ordenamento da Classi-ficação e Qualificação do Solo desta revisão do PDM, sendo aplicado o regime de uso do solo previsto no documento de gestão territorial.
A decisão de reajustar o PDM face à participação pú-blica, voltando a ser divulgado junto dos cidadãos, foi concer-tada com a Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, no final de novembro.
D.R.
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202014
CM LAGOA
CM LAGOA
TORNEIO INTERNACIONAL DE ANDEBOL CIDADE DE LAGOA
Benfica, Sporting e Leça são algumas das equipas presentes na competição, que decorre entre 19 e 22 de dezembro.
Craques da formação mostram potencial
Algumas das prin-cipais equipas nacionais e clu-bes espanhóis nos escalões de formação vão
marcar presença em mais uma edição do Torneio Internacio-nal de Andebol Cidade de La-goa, que se realiza entre 19 e 22 de dezembro.
Benfica, Sporting, Leça, bem como BM Solucar e Pan Moguer (Espanha) são alguns dos emblemas que não faltarão a esta prova, já uma referência a nível nacional nos escalões de formação.
RUI PIRES SANTOS Cerca de 400 participan-tes, num total de 22 duas equi-pas nos escalões de infantis (masculinos), iniciados (femi-ninos e masculinos), juvenis (masculinos) e juniores (femi-ninos), irão fazer a festa do andebol durante quatro dias. O Lagoa Académico Clube, uma das referências do Algarve ao nível da formação, é o clube anfitrião, organizando a com-petição com o apoio da Câmara Municipal.
Os 43 encontros previstos no calendário serão disputa-dos no Pavilhão Municipal e no pavilhão da Escola Jacinto Correia. Os jogos começam às 15h00 de quinta-feira, dia
Participantes
Números de jogos a disputar
Equipas de diferentes escalões em competição
Dias de duração do torneio
43
22
4
400
CLUBES PARTICIPANTES
LAGOA ACADÉMICO CLUBECA LEÇA SL BENFICA SPORTING BM SOLUCAR PAN MOGUER ALTO MOINHO GIL EANES SAMORA CORREIA SELEÇÃO NACIONAL JUNIORES C
FEIRA EM SANTARÉM
Tesouros da gastronomia em destaque
Lagoa sentou-se à mesa com os melhores sabores do país, na 39ª edição do Festival Na-cional de Gastronomia de San-tarém, que decorreu entre 24 de outubro e 3 de novembro. A gastronomia e a doçaria tra-dicionais mostraram uma re-lação de cumplicidade com os melhores vinhos produzidos neste território, a que se as-sociaram as interpretações do cancioneiro popular algarvio do Grupo de Cantares Fonte Nova.
Moreia Frita, Muxama de atum, Peixe Alimado, Ovas de Polvo Secas, Sardinha da Boa Morte, e Feijoada de Buzinas, os Florados de Lagoa, o Bi-queirão Estivado, a Cavala de Conserva com Cenoura Tem-perada, entre outros petiscos, foram as iguarias dadas a co-nhecer e que fizeram sucesso no evento. Ao nível dos vinhos, estiverem em destaque os néctares da Única, o Dona Niza, o Monte dos Salicos e a Quinta dos Vales.
19, num encontro que opõe os iniciados femininos do LAC. A organização refere que este é um torneio que vem ganhando cada vez mais importância no calendário nacional das com-petições de formação.
Prova decorre ao longo de quatro dias
16 DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
“Nunca mais chove”; “As barragens estão quase secas”; “Se não vier uma boa chuvada, a agricultura vai ser uma desgraça”; “Ainda vamos ter a água racionada…”
Estas frases e outras, no mesmo senti-do, ouvidas com frequência, demonstram que somos capazes de constatar o óbvio, mas parece difícil quando se trata de procu-rar soluções.
Julgo que contar com a boa-vontade do S. Pedro não é adequado, como o não foram as danças e os sacrifícios aos ‘deuses da chuva’ dos ancestrais Incas, Maias ou Azte-cas. E, no entanto, aqueles povos do ‘novo mundo’ souberam procurar e assinalar len-çóis de água de superfície e subterrâneos e formas de armazenar as chuvas quando caiam, segundo nos informa a actual ar-queologia – já, naquela altura, a água era considerada um bem precioso.
Pelas ‘nossas bandas’, o Al-Gharb de há mais de 12 séculos também passou por secas, tendo aprendido a lidar com elas – aprendeu a poupar e a recolher as escassas chuvas nas AÇOTEIAS, canalizando-as, por ALGEROZES, para ALGIBES (cisternas) ou ALBUHARIAS (albufeiras, lagos artificiais); e aprendeu a reter as águas de ribeiras, com os ASSUDA (açudes). Em artigo semelhan-te, de há algum tempo, já sugeria aos res-ponsáveis das autarquias que estudassem formas de promover a construção de casas com açoteias por cobertura e uma cisterna para armazenamento das águas. Seria um considerável reforço para o abastecimento público e privado.
Além de ter em conta o que a História
Água ou falta d’água, eis a questão !
nos ensina, devemos atentar, igualmente, aos avanços técnicos da actualidade. Vale, pois, a pena olhar ao livro ‘FAÇA-SE A ÁGUA’, do investigador americano Seth M. Seigel, de 2016. Nele, o autor narra como um país de poucos recursos hídricos, com 60% de área desértica, tem conseguido água para abas-tecer as populações e providenciar rega suficiente a uma agricultura digna de nota, vindo 50% da água utilizada de tanques de reciclagem. Este país é Israel.
De uma forma resumida, este plano as-senta em 3 pilares essenciais – EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA e POLÍTICA. Pela Educação, as populações adquirem a consciência do valor da água, devendo usá-la com parci-
mónia e sem desperdícios; pela Tecnologia, levando a sério e experimentando todas as ideias que surjam da sociedade civil no sentido de captar, armazenar, transformar ou reciclar aquele tão valioso líquido; pela Política, legislando e fiscalizando as medi-das tomadas para sua protecção como, por exemplo, a lei que determina que o dono de um terreno não é o dono da água que, even-tualmente, passe por ela – à superfície ou no subsolo; a água PERTENCE ao país e ao governo compete coordenar o que a ela diz respeito.
Fica o recado a quem de direito e de de-ver.
JOÃO REIS | PROFESSOR
OPINIÃO
D.R.
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202018
ATIVIDADES PARA TODOS
As diversas programações especiais de época natalícia levaram a Algarve Vivo a criar um roteiro, com algumas propostas para aproveitar o que vai acontecer nos diversos municípios algarvios.
Como aproveitar a magia do Natal no Algarve
ESPECIAL
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202018
Lagoa recebe a Feira de Natal, no Largo do Auditório Carlos do Carmo, até 8 de dezembro, das 11h00 às 20h00. A grande atração é a recriaçãohistórica de uma aldeia presépio ao vivo.
A parada do gelo com diversas figuras do mundo polar abre a Snowland Albufeira,às 10h00. O espaço na Praça do Município terá pista de gelo natural, zona de insufláveis e outras diversões. Estará aberto até dia 24 de dezembro.
A Associação de Dança de Lagos promove espetáculos de Natal, no Centro Cultural,
no dia 12, às 21h00, e a 13 e 14 de dezembro,
às 19h30.
6 DEZEMBRO
12 DEZEMBRO
ANA SOFIA VARELA
A peça ‘Um Sonho de Natal’, da Protagoniza Magia, com
entrada livre e para maiores de três anos, sobe ao palco
do Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves, às 15h30.
8 DEZEMBRO A animação de Natal em Lagos tem diferentes propostas até 24 de dezembro, desde uma Casa do Pai Natal, baloiços, um comboio que faz o itinerário entre a Rua Portas de Portugal, Praça Gil Eanes e Praça Luís de Camões, e uma pista de gelo na Praça do Infante.
9 DEZEMBRO
Em Faro, a programação de Natal inclui a hora do conto ‘Campeões Intergaláticos’ na Casa do Pai Natal, às 10h30, no edifício da ‘antiga Zara’.
10 DEZEMBRO
Um bom dia para aproveitar todas as animações de Natal será o feriado municipal. Do Largo da Mó até ao Jardim Visconde Bívar há presépio, casa do Pai Natal, árvore de Natal, trenó e um mercado, um carrossel, um comboio e uma pista com gelo verdadeiro.
11 DEZEMBRO
7 DEZEMBRO
19DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020 19DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
A Rua 25 de Abril e o Largo 5 de Outubro, em Lagoa, serão o cenário para as Estátuas Vivas, entre as 15h00 e as 18h00, e no dia 14, das 10h00 às 13h00.
O Coro e Orquestra Clássica do Sul atuam na Igreja de São Pedro do Mar, em Quarteira, às 16h00.
A Cerca do Convento, a Alcaidaria do Castelo, o Largo D. Afonso IIIe o Largo de São Francisco, em Loulé, acolhem várias áreas da ‘Aldeia dos Sonhos’ que estará aberta até 29 de dezembro, com diversas atividades.
A Classe de Dança do Conservatório Regional do Algarve atua, às 15h30, na Praça da Pontinha, em Faro.
O maior presépio do país está no Centro Cultural
António Aleixo, em Vila Real de Santo António, e tem
5500 figuras, podendo ser visitado até 6 de janeiro.
A Igreja Matriz de Monchique recebe, às 21h30, um concerto com José Barros (voz, viola braguesa e guitarra),Miguel Tapadas (piano e voz) e José M. David(acordeão, flautas e voz).
A Igreja Matriz da Nª Srª dos Mártires, em Castro Marim, recebe um concerto,
às 21h30, com a Banda Musical Castromarinense.
Decorre a II Mostra de Doçuras e Frituras Natalícias e Presépio ao Vivo, entre as 17h00 e as 22h00, nos dias 21 e 22, no Largo da Liberdade, em Odiáxere.
Anísa Firmino dinamiza um ateliê de ‘bolas decorativas
em madeira’ na Biblioteca Municipal de Castro Marim
aberta a crianças. As inscrições estão abertas
até dia 15 de dezembro.
13 DEZEMBRO
17 DEZEMBRO
18 DEZEMBRO
19 DEZEMBRO21 DEZEMBRO23 DEZEMBRO
16 DEZEMBRO
Esta será ‘Uma (Grande) Noite na Biblioteca’ Municipal de Lagos, com Admir Carvalho
e Joana Espiñal, das 20h30 até às 12h00 de dia 15,
dirigida a crianças dos 8 aos 12 anos.
14 DEZEMBRO
15 DEZEMBRO
A Casa do Pai Natal, em Faro, no edifício
da ‘antiga Zara’, em Faro, transforma-se num
estúdio de TV ‘A minha Cidade no futuro’, numa
ação para os ATL.
20 DEZEMBRO
22 DEZEMBRO
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202020
ACES EUROPE DISTINGUE MUNICÍPIO
Portimão foi reco-nhecida como a Melhor Cidade Eu-ropeia do Desporto 2019 de um total de 17 municípios que,
este ano, tiveram como missão promover a atividade física en-tre a comunidade local.
A avaliação foi efetuada pela ‘Fundación Deportiva Mu-nicipal de Valencia’, entidade independente escolhida pela Associação das Cidades Eu-ropeias do Desporto (ACES Europe) para analisar todas as candidaturas, da qual Portimão foi galardoada com o título de melhor.
“Esta distinção encerra com chave de ouro um ano extraor-dinário e premeia o empenho de todos quantos se dedicaram de corpo e alma para que o pro-jeto fosse um sucesso. Desde o movimento associativo local aos diversos parceiros, sem es-quecer o papel dos muitos vo-luntários e, sobretudo, da nossa equipa de dedicados funcioná-rios, nas mais diversas áreas”, elogiou Isilda Gomes, presiden-te da Câmara Municipal de Por-timão.
A responsável destaca ain-da a “qualidade e quantidade
Autarquia estima que tenham sido gerados 4,4 milhões de euros de retorno financeiro, para um investimento próximo dos 3,8 milhões.
Portimão é a melhor Cidade Europeia do Desporto 2019
dos eventos que a cidade rece-beu e promoveu, bem como o impacto que estes tiveram na vida dos portimonenses”. Até setembro, Portimão tinha sido palco de 614 atividades, das quais 344 foram de carácter po-pular e 146 foram de cariz com-petitivo. Estas iniciativas mo-bilizaram 556 mil pessoas, em 60 modalidades, das quais 22 foram novas e 20 direcionadas para portadores de deficiência.
Outro dos pontos fortes desta Cidade Europeia do Des-porto 2019 foi a promoção de ações de formação, num total de 82. Ainda, entre janeiro e setembro, houve 1947 colabora-
ções de voluntários, dos 16 aos 69 anos, nas mais de seis cente-nas de eventos.
A autarquia estima um po-tencial retorno financeiro de 4,4 milhões de euros, face a um investimento de 3,8 milhões de euros, uma verba elevada justi-ficada pela construção do Pa-vilhão Desportivo da Boavista, que será inaugurado este mês de dezembro, e a pista de BMX e Race, no Parque da Juventude de Portimão, que foi estreada em junho.
Isilda Gomes tem a convic-ção de que a Cidade Europeia do Desporto 2019 criará raízes duradoras no que diz respeito
à prática desportiva regular e inclusiva da população, em be-nefício da saúde e bem-estar das pessoas, tendo sempre presente o lema ‘Mais desporto para todos!’.
“Um aspeto que me apraz registar, neste momento de ale-gria, tem a ver com as manifes-tações de agrado que recebi por parte de diversos atletas e res-ponsáveis da esfera desportiva que passaram por Portimão, quer pela forma carinhosa como foram recebidos, quer pelas óti-mas condições para a prática do desporto aqui encontradas”, sublinha.
O certo é que a autarca
556 mil pessoas participaram em mais de seis centenas de atividades de 60 modalidades até setembro
PORTIMÃO
FOTOS: D.R.
21DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
tem razões para se mostrar satisfeita, pois o município foi o melhor de entre as outras 17 cidades concorrentes. É o caso de Coventry, na Inglaterra, Fuenlabrada, Granada, Igualada
e Soria, em Espanha, Livorno, Mantova, Oristano e Vercelli, em Itália, Ganja, no Azerbaijão, Batumi, na Geórgia, Kumanovo, na Macedónia do Norte, Micha-lovce, na Eslováquia, Paggaio, na
Grécia, Sisak, na Croácia, Torun, na Polónia, e Varna, na Bulgária, que foram assim ‘passadas para trás’, em detrimento da cidade algarvia que conseguiu mobili-zar toda a população local.
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NÚMEROS ENTRE JANEIRO E SETEMBRO
Atividades
Participantes
Modalidades
Modalidades para portadores de deficiência
Ações de formação
Colaborações de voluntários, dos 16
aos 69 anos
Milhões de euros de retorno financeiro
Milhões de euros de investimento
556 MIL
6020
82
1947
4,4
3,8
614
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202022
D.R.
Anterior concurso ficou deserto, por isso a autarquia volta a lançar procedimento
A Câmara de La-gos lançou um novo concurso de requalificação da Estrada Muni-cipal 537, que liga
as Quatro Estradas à vila da Luz.Esta é a segunda tentativa
que a autarquia faz para ad-judicar a obra. O anterior pro-cedimento, lançado em maio passado, teve de ser extinto por ausência de propostas que cum-prissem os pressupostos do concurso, em especial, o preço.
Em face disso, a autarquia lacobrigense viu-se, agora, na contingência de ter de aumentar substancialmente o valor que está disposta a pagar para ga-rantir a requalificação daquela importante via de comunicação.
Enquanto que, da primeira vez, o preço-base do procedi-mento era de 1,43 milhões de eu-
LANÇADO SEGUNDO CONCURSO PÚBLICO
Mais meio milhão para requalificar a Estrada da LuzA Câmara de Lagos está a sentir dificuldades em ‘convencer’ empresas de construção a ‘pegar’ na obra.
LAGOS
ros, agora é de 1,9 milhões, o que significa um aumento de quase meio milhão de euros – mais concretamente, 470 mil euros – um acréscimo de 33%.
Se o novo preço acabar por ‘seduzir’ alguma empresa de construção, uma vez adjudica-da, a empreitada deverá ficar concluída no prazo de 300 dias.
O projeto prevê uma inter-venção profunda naquela via de comunicação, que vai no sentido de conciliar os tráfegos auto-móvel, ciclável e de peões, o que implicará que a velocidade máxima seja limitada a 40 kms/hora.
As infraestruturas de água, luz e telecomunicações serão remodeladas e dispostas num dos lados da via, tal como o pas-seio para peões.
Este é um processo cujo prazo de execução está bas-tante atrasado em relação às previsões iniciais da Câmara de Lagos.
Aquando da apresentação pública do projeto, ocorrida em maio de 2018, na Junta de Fre-guesia da Luz, foi referido que se esperava iniciar a obra até ao final desse ano.
JORGE EUSÉBIO
A 17 DE DEZEMBRO
Duas listas em luta nos Bombeiros de LagosA Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de La-gos vai a votos no próximo dia 17 de dezembro.
Aos órgãos sociais concor-
rem duas equipas. A lista A tem Nídia Avelino como candidata a presidente da Direção e a B é liderada pelo atual titular do cargo, Paulo Morgado. Se a lista
A ganhar, o presidente da Mesa da Assembleia Geral será José Manuel Santos, enquanto que a liderar o Conselho Fiscal ficará Fátima Silva. A lista B tem Pau-
lo Morgado como candidato a presidente da Direção, António Santos como nº 1 do Conselho Fiscal e Carlos Pires à frente do Conselho Fiscal.
Entretanto, o processo atra-sou-se e só um ano depois é que o concurso seria lançado.
O facto dessa primeira ten-tativa não ter tido final feliz pro-vocou mais um deslizamento no
tempo, esperando a autarquia que, desta vez, haja pelo menos uma empresa a concorrer para que fiquem assim, finalmente, garantidas as condições para avançar com a obra.
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020 23
RUI GREGÓRIO | CM ALBUFEIRA
Estudo analisa 16 variáveis através de três indicadores
Albufeira é o segundo muni-cípio algarvio com o melhor poder de compra, de acordo com os dados divulgados em novembro pelo Institu-to Nacional de Estatística
(INE). Segundo os indicadores do poder de compra per capita (IPC), relativos a 2017, a liderança na região vai para Faro, com o maior IPC (132,5), logo seguido de Albufeira (112,04) e Loulé (105,92).
O estudo refere que em 2017, “o poder de compra per capita situava-se acima da média nacional em apenas 32 dos 308 muni-cípios portugueses”, sendo que a capital do turismo algarvio faz parte deste universo. Ocupando a 14ª posição a nível nacional, Albufeira faz parte dos 22 concelhos que concentram 50% do poder de compra. Faro, por sua vez, posicionou-se em 5º lugar, sen-do apenas suplantado por Lisboa, Porto, Oeiras e São João da Madeira.
Albufeira arrecadou também o 1.º lu-gar no indicador Fator Dinamismo Relativo (FDR). “É um dado que vem confirmar o dina-mismo da região a nível turístico”, destaca o presidente da autarquia, José Carlos Rolo, sublinhando que “os resultados refletem a estratégia e empenho do Município e dos empresários do concelho em criar as con-
DADOS DIVULGADOS PELO INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA
Albufeira e Faro lideram no poder de compraEstudo refere-se ao ano de 2017.
dições necessárias para que tal aconteça, em benefício do bem-estar da população, sendo, também, um fator de atratividade para quem deseje aqui viver ou fazer inves-timentos”.
A 13ª edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (EPCC), efetuado com base em 16 variáveis, disponibiliza três indicadores: o IPC, Indicador per capita do poder de compra, que traduz o poder de compra manifestado quotidianamente, em
termos per capita, nos diferentes municí-pios ou regiões, tendo por referência o valor nacional; a PPC, percentagem do poder de compra, que reflete o poder de compra ma-nifestado quotidianamente em cada municí-pio ou região no total do país, para a qual a PPC assume o valor de 100% e o FDR, Fator Dinamismo Relativo, que pretende refletir o poder de compra, geralmente sazonal, re-lacionada com os fluxos populacionais liga-dos à atividade turística.
ALBUFEIRA
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DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202024
A autarquia espera cerca de 1500 pessoas entre atletas, treinadores, árbitros e familiares
CM A
LBU
FEIR
A
EVENTO JUNTA CERCA DE 900 ATLETAS
Festa do Basquetebol Juvenil regressa em abril
A Festa do Bas-quetebol Juvenil já tem data mar-cada para 2020 em Albufeira.
De 2 a 7 de abril, a cidade transforma-se na capital nacional da modalidade, com todas as atenções viradas para a exibição dos jovens, que representam as 72 seleções re-gionais dos escalões de sub-14 e sub-16 masculinos e femininos. Perto de 900 atletas vão jogar durante cinco dias em seis pavi-lhões do concelho.
Desta forma, a 14ª edição desta festa está a aproximar-se e promete muita animação, con-vívio, solidariedade e ‘fair play’ e iniciam-se os preparativos para o maior evento do desporto ju-venil organizado em Portugal.
“Este é o décimo ano con-secutivo que Albufeira acolhe a Festa do Basquetebol Juvenil, que já se tornou num dos mo-mentos mais marcantes do ca-lendário desportivo da cidade. Assumimos o compromisso de apoiar esta iniciativa que, mais do que uma competição, e como o próprio nome indica, é uma festa do desporto e da juven-tude, que promove a amizade, o convívio, a troca de experiên-cias, a solidariedade e o despor-tivismo”, destaca José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira.
São esperadas cerca de 1500 pessoas, entre atletas, treinadores, árbitros, dirigen-
dos atletas. A calendarização do evento é realizada tendo em conta as férias escolares para permitir que os jovens e res-petivas famílias passem estes dias em Albufeira”, salienta o autarca.
A organização está a cargo
Iniciativa vai contar com 72 seleções regionais de todo o país.
tes e familiares dos participan-tes, num número que tem vindo a crescer.
“De ano para ano, temos assistido a um aumento do número de participantes indi-retos nesta festa, que é já uma tradição entre pais e familiares
da Federação Portuguesa de Basquetebol, em parceria com a Câmara Municipal de Albufei-ra, com o apoio da Associação de Basquetebol do Algarve e dos dois clubes do concelho: o Imortal Basket Club e o Clube de Basquete de Albufeira.
Seleções regionais
Atletas participantes
Dias de duração do evento
900
5
72
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202026
CLUBE ‘CUMPRE MISSÃO’ E CONTINUA A SER UMA REFERÊNCIA NA CIDADE
São 30 anos a for-mar pessoas, e, pelo meio, alguns campeões. Cien-te da sua missão desportiva e social
junto da população, a Portina-do – Associação de Natação de Portimão continua a ser uma re-ferência incontornável da cida-de, não obstante as limitações de espaço com que se debate nos dias de hoje.
Paulo Costa, diretor-técnico, treinador e vice-presidente, tem alunos que são filhos de antigos atletas e só lamenta que o espaço seja exíguo para tanta procura.
Portinado é escola de excelência
DESPORTO
HÉLIO NASCIMENTO Para Paulo Costa, diretor--técnico e elemento preponde-rante do desenvolvimento do clube, “é complicado fazer um resumo de 30 anos de ativida-de”. O mais relevante, acentua, “é poder reencontrar pessoas que por aqui passaram e sentir o reconhecimento da parte delas, constatando a importância do Portinado nas suas vidas”.
Paulo Costa, que também é treinador de natação e vice-pre-sidente, garante ser essa a sua maior satisfação. “Alguns filhos
de antigos atletas já estão ago-ra na piscina e são meus alunos”, acrescenta.
Ampliação do espaçoO nível de escola de excelência atribuído recentemente pela Federação Portuguesa de Nata-ção foi uma boa prenda, quase coincidindo com os festejos do 30º aniversário. Apenas outras cinco escolas em Portugal ob-tiveram este nível, o mais ele-vado, sinal do “esforço e com-petência”, na opinião de Paulo
Costa. De resto, prossegue, “não tenho dúvidas de que o Portinado cumpre a sua missão na cidade”. “Dentro das nossas condições, temos rentabiliza-do o espaço físico, com novos serviços e novas aulas, e a res-posta da população é bastante positiva, de tal modo que a lista de espera vai aumentando. Mas é impossível absorver mais in-teressados. Reconheço que a atividade está limitada, por não termos possibilidade de crescer mais”, lamenta, aludindo então
O talento dos nadadores da Portinado tem contribuído para a conquista de títulos
FOTOS: D.R.
27DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
ao projeto, já entregue à Câma-ra (proprietária da piscina), para ampliação do atual espaço.
“Uma obra de raiz demora cinco ou seis anos, mas é pos-sível aumentarmos e melhorar-mos estas instalações no prazo de um ano”. O projeto visa a cria-ção de outra piscina, balneários, ginásio e área de serviço, apro-veitando, por exemplo, o amplo terraço das atuais instalações, algo indispensável para que a
Portinado possa continuar a crescer.
“Altíssimo nível”Numa breve súmula dos maio-res feitos desportivos do clube, Paulo Costa começa por des-tacar o “altíssimo nível de dois nadadores que marcaram de forma expressiva o panorama nacional”, casos de Alexandre Agostinho, recordista várias vezes e presente em Europeus e
“Dentro das nossas condições, temos rentabilizado o espaço
físico, com novos serviços e novas aulas, e a resposta da população é bastante
positiva, de tal modo que a lista de espera vai aumentando”
Fundada em 1989, a Portinado celebrou em outubro passado
os 30 anos de existência, com uma gala que reuniu
mais de 200 pessoas e durante a qual foram homenageados atletas
e apresentadas as equipas
Os alunos, que frequentam vários níveis
de ensino e também de lazer, ultrapassam
o milhar, ocupando continuamente a piscina
Os eventos organizados pela Portinado no
âmbito de Portimão Cidade Europeia
do Desporto’2019: Campeonato Nacional
de Águas Abertas, de triatlo longo,
de estafetas mistas, o Congresso da APTN
e o torneio de polo no mar
É este o número de atletas federados,
distribuídos pelas várias categorias
e classes de natação e polo aquático
30
11005
220Tricampeões nacionais no polo aquático
Um dos momentos mais altos da história da Portinado está umbilicalmente ligado ao polo aquático e à conquista do tri-campeonato nacional de seniores, entre os anos 2010 e 2012. Tratou-se de um período de ouro, com os algarvios a travarem com o Salgueiros alguns duelos de cortar a respiração. A efe-méride, que é sempre de recordar, tem ainda a curiosidade de juntar no mesmo elogio o moldavo Evghenii Trubetcoi e o ucraniano Mykola Yanochko, que chegaram a Portugal entre 1998 e 1999 à procura “de uma vida melhor”. Trabalharam em fábricas e nas obras até ingressarem na Portinado e reinicia-rem a prática da modalidade que adoravam. Os dois, com a companhia de António Grácio, capitão de equipa e elemento sempre presente, acreditaram que era possível triunfar, con-tribuindo decisivamente para a expansão e implantação do polo aquático na cidade. Tanto Evghenii como Mykola repre-sentaram também a Seleção Nacional, depois de obterem a nacionalidade portuguesa.
Mundiais, e Miguel Nascimento (hoje atleta do Benfica), igual-mente figura de topo ao serviço da Seleção Nacional. “No polo aquático tivemos um período de ouro, com atletas de valor enormíssimo, traduzido em vá-
rios títulos nacionais, tanto em seniores como nos escalões de formação.
O Evghenii [ver outra peça] veio revolucionar a modalidade, inclusive a nível nacional, dei-xando um legado de êxito e su-cesso”. Depois da conquista do tricampeonato, o polo conheceu
um duro revés, na altura em que surgiu a crise e “os apoios foram cortados a zero”. Era impensá-vel fazer viagens semanais ao centro e sobretudo ao norte do país, onde a modalidade está fortemente representada, sem
apoios ou capacidade financei-ra que custeassem as despesas e suportassem a equipa. “Esta-mos agora na segunda divisão e abdicamos de subir de escalão.
O polo tem pouca expres-são no Algarve, mas ainda não desistimos de investir numa es-cola de iniciação à modalidade”.
DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 202028
JOAQUIM CASTELÃO RODRIGUES SENTE-SE À ALTURA DO DESAFIO QUE ASSUMIU EM MAIO
“Valorização do património natural do Algarve estará na linha da frente”Mais de seis meses após ter assumido o novo cargo de diretor regional do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) do Algarve, Joaquim Castelão Rodrigues afirma que não se arrepende de o ter feito, explica à Algarve Vivo quais são os próximos desafios e quais os projetos em curso.
ENTREVISTA
Quais são os prin-cipais desafios do ICNF?São, sobretudo, r e l a c i o n a d o s com a gestão
das 48 áreas protegidas per-tencentes à Rede Nacional, bem como dos Sítios Ramsar, Sítios
ANA SOFIA VARELA de Interesse Comunitários e Zonas de Proteção Especial. Os desafios centram-se ainda na sensibilização das populações para a importância dos valores naturais, na vigilância de habi-tats naturais classificados, no controle de espécies exóticas invasoras, assegurando uma atuação integrada no territó-rio, promovendo a valorização
económica, ambiental e social dos espaços florestais, da con-servação da natureza e da biodi-versidade.
E no caso da floresta?Estão ligados à contribuição para um melhor ordenamento dos nossos espaços florestais, criando condições para que possam ser geridos de forma
profissional, tornando-os mais produtivos e mais resilientes aos incêndios. O objetivo passa por aumentar o espaço flores-tal gerido de forma associada, quer através das Zonas de In-tervenção Florestal (ZIF), quer das Sociedades de Gestão Flo-restal (SGF). Com a recente pu-blicação do Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF)
“Sinto-me à altura do desafio, tendo a consciência que existe um caminho a percorrer na gestão da biodiversidade da região.”
FOTOS: ANA SOFIA VARELA
29DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
MARSW, dedicado a toda a área do PNSACV, coordenado pela LPN; o Plano de Salvaguarda dos Cavalos Marinhos na Ria Formosa, o Life Ilhas Barreira, liderado pela SPEA; o Proje-to Garveland, liderado pela AREAL.
E haverá outras intervenções?Temos em curso vários projetos nas matas e áreas públicas sob a nossa gestão que visam a pro-teção desses espaços contra os incêndios florestais, cofinancia-dos pelo PDR2020, POSEUR e Fundo Ambiental. Há ainda a aposta na prevenção de incên-dios florestais em continuida-de com os apoios já dados aos municípios para a abertura de Faixas de Interrupção de Com-bustível (FIC), e a execução, em breve, de uma empreitada para alargar essas faixas, construin-do aquilo que é a Rede Primária de Faixas de Gestão de Com-bustível na região. Em paralelo, há um aumento no Programa de Sapadores Florestais, com a criação de uma Brigada de Sa-padores da AMAL já equipada com trator e maquinaria flores-tal para aumentar a capacidade de intervenção na manutenção das faixas, agora executadas pelo DRCNF Algarve. Lançamos com algum sucesso na região o programa das ‘cabras sapa-doras’, onde temos já cerca de dez projetos em execução, em que as faixas de redução de combustível se fazem com o pastoreio de animais sendo os pastores remunerados por esse trabalho.
Há muito que se fala da refor-ma florestal. Qual é o ponto de situação?Muito se tem feito nestes dois últimos anos, com vários di-plomas legislativos e enqua-dramento nacional que visam ultrapassar alguns dos maiores estrangulamentos dos espaços florestais. É o caso da ausência de cadastro, da forma retalha-
da e pequena dimensão dos espaços florestais e o elevado absentismo. O reforço da figura das ZIF e a criação da possibi-lidade de serem criadas SGF são o maior contributo para que essa mudança ocorra na flores-ta. No entanto, como sabemos,
trata-se de uma mudança que demorará algum tempo para que possa ser percecionada pelas pessoas, como tudo o que acontece, de resto, nos espaços florestais. A nível regional foi publicado o Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF),
Algarve, também se deseja que este ordenamento florestal te-nha maior intervenção do poder autárquico com a transposição das orientações nele contidas para os Planos Diretores Muni-cipais (PDM).
Que projetos estão a ser pre-parados? A valorização do património natural do Algarve estará na linha da frente, passando pela recondução dos Planos de Or-denamento (PO) das Áreas Pro-tegidas a programas, bem como a revisão dos respetivos PO. Em breve, teremos em execução dois projetos de intervenção nas áreas protegidas que visam a recuperação e valorização de habitats naturais e de promo-ção de educação ambiental de áreas integradas na Quinta do Marim, Ludo e Pontal, do Par-que Natural da Ria Formosa. É o projeto ‘FlorFormosa’ que engloba cerca de 200 hectares. O outro é o projeto ‘Vicentiana’ que é de valorização de habi-tats mediterrânicos naturais no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e de habitats de espécies amea-çadas com intervenção na área específica do Pinhal Santo. Está prevista a colocação de sinali-zação nas entradas das áreas protegidas, no início e no final de percursos, com sistemas que permitam a recolha, a visualiza-ção e a gestão de dados de con-tagem de visitantes, através de sistemas informáticos. A intenção é também marcar os limites, territorial e visualmen-te, de forma inequívoca, eficaz e uniforme, em todas as entradas, sendo clara a respetiva identifi-cação da área protegida.
E quais são os projetos em exe-cução?De entre outros, estão em exe-cução a síntese e mapeamento da biodiversidade e avaliação de alterações nas comunidades marinhas no âmbito do projeto
“Os desafios centram-se ainda na sensibilização das populações para a importância dos valores
naturais, na vigilância de habitats naturais classificados, no controle
de espécies exóticas invasoras, assegurando uma atuação
integrada no território.”
“A presença dos caçadores e da atividade cinegética,
em especial no interior da região, é também das poucas atividades
que vai garantindo a presença humana, essencial na prevenção
de incêndios florestais.”
Projeto de preservação dos cavalos marinhos na Ria Formosa está em curso
30 DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
criadas mais equipas de Sapa-dores Florestais ao nível das au-tarquias e a AMAL, além de ter constituído um Gabinete Técni-
co Florestal, criou uma brigada de 15 elementos de Sapadores Florestais. Foram executados cerca de mil quilómetros de Faixas de Intervenção Florestal, cerca de 200 quilómetros da Rede Primárias Faixas, através PDR2020 pelos municípios, que foram fundamentais para um combate mais eficiente e célere no controle dos fogos que, este ano, assolaram a nossa região,
contribuindo para que apenas tenham sido consumidos este ano pouco mais de 500 hectares de floresta, matos e incultos.
Outra das preocupações são as consequências das alterações climáticas. Que medidas estão a ser tomadas?As alterações climáticas são uma realidade e o estudo ela-borado pela AMAL situa-nos no que poderá ser a região nos anos vindouros. As medidas não passam só pelo ICNF, mas por toda a comunidade, desde as autarquias, os empresários,
os cidadãos, não dispensando a comunicação social. Todos nós temos de tomar medidas tão simples como poupar água, reduzir as emissões de carbono, evitando o uso do automóvel, a combustão, e prevenindo os fogos florestais. No caso con-creto do ICNF, há medidas que vão das ações de Educação Ambiental, que desenvolve com as suas equipas nas escolas e em parceria com as autarquias e associações junto da popula-ção, passando pelos pareceres técnicos que emite no âmbito do ordenamento do território. Há projetos em parceria com a Universidade do Algarve, Fun-dação Oriente, entre outras entidades, que têm em atenção as alterações climáticas com o objetivo da preservação dos re-cursos naturais, a manutenção dos habitats e ecossistemas na manutenção da biodiversidade da fauna e flora.
Que projetos sob a tutela do ICNF no Algarve beneficiam de apoio?
Joaquim Castelão Rodrigues foi o escolhido para assumir o cargo regional criado pelo governo
Temos dois projetos aprovados pelo POSEUR para, pela primei-ra vez em vários anos, o ICNF in-tervir nas áreas protegidas nos Parques Naturais. Temos em execução um projeto POSEUR para prevenção de incêndios florestais nas áreas públicas, além de três projetos PDR2020 de beneficiação e recuperação da área ardida na Mata Nacional da Herdade da Parra, em Silves, e uma empreitada financiada pelo Fundo Florestal Perma-nente que se estenderá até 2022 para executar a faixa de gestão de combustíveis primá-ria em toda a região.
A proteção da natureza e ativi-dades como a caça e pesca são compatíveis?De modo nenhum considero que haja incompatibilidades entre a caça e a pesca com a proteção da natureza. A nossa visão é que é possível, na maioria dos casos vantajosa, a integração do Ho-mem como agente protetor da natureza, onde o ordenamento cinegético permite uma melhor gestão da fauna da vida selva-gem, gerindo e controlando os efetivos nesses espaços, ga-rantindo os equilíbrios neces-sários entre a predação e ca-pacidade de carga dos espaços naturais. A presença dos caça-dores e da atividade cinegéti-ca, em especial no interior da região, é também das poucas atividades que vai garantindo a presença humana, essencial na prevenção de incêndios flores-tais. São também os caçadores, que vão ainda garantindo no interior algumas sementeiras que alimentam a fauna cinegé-tica e criam descontinuidades necessárias num território que, infelizmente, tem sofrido um abandono acentuado nos últimos anos. Este abandono é também a causa do aumento do risco de incêndios florestais, pelo que a presença desta ativi-dade é essencial para a redução do risco.
“Todos nós temos de tomar medidas tão simples como
poupar água, reduzir as emissões de carbono, evitando o uso do automóvel,
a combustão, e prevenindo os fogos florestais.”
31DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
Há casos de sucesso?Um exemplo muito feliz do interesse e participação dos caçadores na prevenção de espécies em risco, está a acon-tecer na reintrodução do lince ibérico no Baixo Guadiana, só possível pelo interesse e parti-cipação dos caçadores na pre-servação dessa espécie.
Qual é o balanço destes pri-meiros meses à frente da Di-reção Regional do ICNF?Após um primeiro período para me inteirar sobre os di-ferentes parques nacionais, as paisagens protegidas e a reserva natural, sobre os ser-viços, os colaboradores e a constituição da equipa e os di-ferentes agentes que intervêm num território tão sensível e complexo, com diversos inte-resses, não me deixa arrepen-dido ter assumido este lugar. Sinto-me à altura do desafio, tendo a consciência que ainda existe um caminho a percorrer
na gestão da biodiversidade da região.
Qual tem sido a linha de atua-ção desde que tomou posse?Desde logo, promovi o diálogo com todos os ‘stakeholders’ que têm intervenção no território, como as diversas entidades
Investimento no reforço das equipas dos sapadores florestais tem sido uma preocupação constante
(autarquias, Polícia Marítima, Proteção Civil, GNR/UCC, Uni-versidade do Algarve, Instituto Português do Mar e Atmosfera), associações de pescadores e agrícolas, associações de de-senvolvimento local, investido-res. A intenção foi conhecer os problemas e anseios. Por outro
lado, internamente, a reorgani-zação dos serviços, uma vez que a passagem de departamento a direção regional, e sendo vogal do Conselho Diretivo do ICNF, implica mais competências e autonomia com o objetivo de os serviços serem mais céleres na resposta aos utentes.
DS FARO | Avenida Calouste Gulbenkian 12, loja F | 8000-072 Faro • +351 289 099 667 • [email protected] LAGOA | Rua da Liberdade, Nº 13 | 8400-369 Lagoa • +351 282 356 496 • [email protected]
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32 DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
NOVA INVESTIGAÇÃO
Espreitar para dentro da caixa negra da Inteligência Artificial
Durante décadas, os especialistas que procuram ex-plicar a emergên-cia de comporta-mentos de grupo
complexos, tais como como a formação de cardumes de pei-xes, têm-se dividido em dois campos de investigação. Agora, graças a um inédito modelo de inteligência artificial que esta-belece uma ponte entre os dois pontos de vista, esta divisão po-derá ter os dias contados.
Como é possível que surja, nos grupos de peixes, a forma-ção de cardumes com padrões de organização tão intricada-mente complexos? Para muitos cientistas, esta questão consti-tui um enigma matemático irre-sistível, envolvendo uma quan-tidade substancial de variáveis que descrevem a velocidade relativa e a posição de cada pei-xe e dos seus inúmeros vizinhos.
Diversos modelos matemá-ticos têm sido propostos para lidar com esta questão, mas segundo Gonzalo de Polavieja, que lidera o laboratório de Com-portamento Coletivo no Centro Champalimaud, em Lisboa, Por-tugal, os modelos caíam inevi-tavelmente num de dois extre-mos: ou eram muito simples, ou muito complexos.
“Os avanços da inteligência artificial (IA) e da aprendiza-gem automática têm permitido elaborar modelos muito preci-sos em termos da previsão do
CIÊNCIA
GIL COSTA
33DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
comportamento dos indivíduos dentro de um grupo”, diz de Po-lavieja. “Porém, estes modelos são como caixas negras: a ma-neira como processam os dados para gerar as suas previsões pode chegar a incluir milhares de parâmetros, muitos dos
quais talvez nem correspon-dam a variáveis do mundo real. Nós humanos somos incapazes de descobrir o sentido que se esconde nesta informação tão complexa.”
“No outro extremo”, prosse-gue, “temos modelos mais sim-ples, com poucos parâmetros, que nos permitem identificar regras associadas a um com-ponente principal, tal como a distância entre os peixes ou a sua velocidade relativa. Mas estes modelos são demasiado limitados quando se trata de prever o comportamento global do grupo.”
Inspirando-se num novo tipo de modelo de IA, chamado “rede de atenção”, Polavieja e a sua equipa conseguiram identificar uma solução intermédia: um modelo que ao mesmo tempo dá pistas para perceber o que se passa e é capaz de fazer pre-visões.
Desconstruir a caixa negraPara resolver o problema, a equipa decidiu utilizar técnicas de IA ligeiramente modifica-das, onde, em vez de construir a “caixa negra” intacta do cos-
tume, organizaram o modelo num grande número de módulos interligados, cada um dos quais simples o suficiente para poder ser analisado (por humanos).
Quando os cientistas estu-daram as funções geradas por cada módulo, descobriram que
as regras toscas que já conhe-ciam ainda eram válidas, mas que estas tinham ficado ago-ra muito mais apuradas. “Por exemplo, segundo os modelos anteriores, o espaço à volta de cada peixe está dividido em três áreas circulares concêntricas: a da repulsão, a do alinhamento e a da atração. Desta vez, tam-bém encontrámos as mesmas áreas, mas ao contrário dos modelos simples que tinham ini-cialmente permitido identificá--las, o nosso modelo mostra que essas áreas não são circulares nem concêntricas, e que se alte-ram conforme a velocidade do peixe”, explica Francisco Heras, o primeiro autor do estudo.
Para além das pistas que permite obter, o modelo tam-bém é bom a prever o compor-tamento dos peixes. “Podemos prever com 90% de precisão se um dado peixe vai virar para a direita ou para a esquerda no segundo que se segue”, diz Heras. “Isto pode não parecer um tempo muito longo à esca-la dos movimentos humanos, mas os peixes-zebra vivem num ambiente onde tudo anda mais depressa – e podem cobrir uma
CONSULTAS POR MARCAÇÃO
Rua da Gafaria, n.º 2, r/c esq., 8600 Lagos(junto à rotunda da Junta de Freguesia)
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distância equivalente a cerca de oito vezes o comprimento do seu corpo em apenas um se-gundo.”
Os resultados do modelo são extremamente robustos, o que permite perguntar porque é que esta abordagem não foi utilizada mais cedo. Segundo de Polavieja, a resposta tem “um pouco de sociologia e um pouco de matemática”. Como explica este investigador, “uma vez que ambas as abordagens que dominavam a especialidade eram tão diferentes uma da ou-tra, demorou algum tempo até se perceber que a construção de um modelo ao mesmo tempo informativo e bom na previsão fosse sequer possível.” Mas mal a equipa se apercebeu desta possibilidade, começou a ex-plorar diferentes arquiteturas e a afinar o seu conjunto de hi-póteses de base de forma a oti-
mizar a capacidade de previsão do modelo e ao mesmo tempo mantê-lo suficientemente sim-ples para ele ser informativo e fornecer pistas sobre a biologia do comportamento coletivo em causa.
Um outro elemento que possibilitou este avanço foi o sofisticado software de código--fonte aberto que o laboratório desenvolveu recentemente e que permite seguir o movimen-to de cada peixe individual num grupo. “Utilizando o idtracker.ai, fomos capazes de seguir em simultâneo cada peixe de um grupo de 100. Isto foi crucial para obter o grande conjunto de dados que são precisos neste tipo de pesquisas.”
Centro ChampalimaudCiência na Imprensa Regional Ciência Viva
“Os avanços da inteligência artificial (IA) e da aprendizagem
automática têm permitido elaborar modelos muito precisos
em termos da previsão do comportamento dos indivíduos
dentro de um grupo.”
34 DEZEMBRO 2019 | JANEIRO 2020
Organização quer duplicar números na próxima edição, chegando assim aos 16 concelhos algarvios
42 MIL ÁRVORES PLANTADAS
Operação Montanha Verde reflorestou oito concelhos
A Operação Montanha Verde, integrada no ‘Together We Protect’ do parque temático Zoomarine, conseguiu mi-lhares de voluntários para a plantação, nos dias 10 e 11 de
novembro, de um total de 42 mil árvores em Silves, Olhão, São Brás de Alportel, Lagoa, Portimão, Monchique, Loulé e Tavira.
Os espaços a renaturalizar foram indi-cados por cada um dos municípios parti-cipantes, bem como as espécies a plantar, tendo havido atenção, de cada Câmara Mu-nicipal, em escolher as que melhor se adap-tam ao território. Medronheiros, sobreiros, ciprestes, alfarrobeiras ou oliveiras foram algumas das árvores escolhidas.
No caso de Portimão, esta iniciativa do Zoomarine poderá dar um novo futuro a uma das zonas mais conhecidas da cidade, pela negativa, o antigo ‘Palácio’, no Barranco do Rodrigo. Um terreno povoado de barra-cas onde o tráfico de drogas ‘pesadas’ era frequente. Mais tarde, com as barracas desmanteladas, foi alvo de diversas preten-sões, uma delas, um complexo desportivo, com espaço comercial e habitacional, do Grupo Lena, que acabou por cair por terra. Desde aí está ao abandono, mas há alguns meses a Câmara Municipal avançou com a ideia de criar um corredor verde, com 80 hectares para servir o concelho.
“Fomos um bocadinho surpreendidos,
ANA SOFIA VARELA
porque nenhum de nós pertence a Portimão e quando soubemos esta historia, primeiro até ficámos apreensivos. Depois, realmen-te, achámos que estava na hora de darmos o nosso contributo”, avançou à Algarve Vivo Cátia Vieira, coordenadora de público do Zoomarine.
O projeto que a autarquia apresentou ao Zoomarine foi o de um parque de lazer para famílias, que será acrescido de pequenas infraestruturas como mesas de piquenique, parque para crianças e pequenos trilhos, descreveu a funcionária do Zoomarine.
A longo prazo o contributo dos voluntá-rios, cerca de cem no dia 10, e 650 no dia 11,
crescerá e criará espaços verdes, com som-bras. Foram plantados, por famílias, grupos escolares dos diversos agrupamentos do concelho, instituições como a CRACEP e empresas como a Servilusa, e centro co-munitários, convidados pelo Zoomarine, 3500 pinheiros-manso, 300 sobreiros, 150 oliveiras, 400 alfarrobeiras, 400 amieiros e 750 ciprestes. Agora, a autarquia ficará responsável pela gestão do espaço e por zelar pelas plantas para que estas vinguem no futuro. O Zoomarine promete duplicar a ambição na próxima Operação Montanha Verde que decorrerá a 8 e 9 de novembro de 2020 nos 16 concelhos algarvios.
Milhares de voluntários ajudaram a criar um futuro para diversas áreas no Algarve. Em Portimão, um terreno antes conhecido por ‘Palácio’ poderá renascer como Parque Verde.
AMBIENTE
ANA SOFIA VARELA