INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS
MATERIAL DE APOIO – JURISPRUDÊNCIA PREVIDENCIÁRIA
JULGADOS DO STF
“(...) O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente
nocivo à sua saúde, de modo que, se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade não
haverá respaldo constitucional à aposentadoria especial” e “tratando-se especificamente do
agente nocivo ruído, desde que em limites acima do limite legal, constata-se que, apesar do uso
de Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular) reduzir a agressividade do ruído a
um nível tolerável, até no mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais ambientes
causa danos ao organismo que vão muito além daqueles relacionados à perda das funções
auditivas”, de modo que “na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites
legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual - EPI, não
descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria” (ARE 664.335/SC, Rel. Min. Luiz
Fux, DJE 12.02.2015). (STF, ARE 664.335/SC, Rel. Min. Luiz Fux, DJE 12.02.2015 – repercussão
geral).
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO E
PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE INSALUBRE. CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PARA FINS DE
APOSENTADORIA. PERÍODO ANTERIOR À SUPERVENIÊNCIA DO REGIME JURÍDICO ÚNICO. 1.
Atividade insalubre, perigosa ou penosa. Contagem do tempo de serviço para fins de
aposentadoria. Possibilidade. O tempo de serviço exercido alternadamente em atividade que
seja ou venha a ser considerada perigosa, insalubre ou penosa é somado, após a respectiva
conversão, segundo critérios de equivalência fixados pelo MPAS, para efeito de qualquer espécie
de aposentadoria. Legislação previdenciária vigente à época da prestação laboral: Consolidação
das Leis da Previdência Social, artigo 35, § 2.º. 2. Superveniência do Regime Jurídico Único: novo
regime jurídico que, apesar de prever a edição de lei específica para regulamentar a concessão
de aposentadoria para os agentes públicos que exercerem atividade em condições insalubres,
perigosas ou penosas, não desconsiderou nem desqualificou o tempo de serviço prestado nos
moldes da legislação anterior (Lei n.º 8.112/90, artigo 103, V). Agravo regimental não provido
(STF, Ag. Reg. RE 431.200-0, Rel. Min. Eros Grau, DJ 29.4.2005).
1. O servidor público tem direito à emissão pelo INSS de certidão de tempo de serviço prestado
como celetista sob condições de insalubridade, periculosidade e penosidade, com os acréscimos
previstos na legislação previdenciária. 2. A autarquia não tem legitimidade para opor resistência
à emissão da certidão com fundamento na alegada impossibilidade de sua utilização para a
aposentadoria estatutária; requerida esta, apenas a entidade à qual incumba deferi-la é que
poderia se opor à sua concessão (RE 433305, 1ª Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
julgamento em 14.2.2006).
JULGADOS DO STJ
PREVIDENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE ESPECIAL APÓS 1998. MP N.º 1.663-14,
CONVERTIDA NA LEI N.º 9.711/1998 SEM REVOGAÇÃO DA REGRA DE CONVERSÃO.
1. Permanece a possibilidade de conversão do tempo de serviço exercido em atividades especiais
para comum após 1998, pois a partir da última reedição da MP n.º 1.663, parcialmente
convertida na Lei 9.711/1998, a norma tornou-se definitiva sem a parte do texto que revogava
o referido § 5.º do art. 57 da Lei n.º 8.213/1991.
2. Precedentes do STF e do STJ (STJ, REsp julgado como Repetitivo 1.151.363/MG, 3.ª Seção, Rel.
Min. Jorge Mussi, DJe 5.4.2011).
1. Trata-se de recurso especial interposto pela autarquia previdenciária com o escopo de
prevalecer a tese de que a supressão do agente eletricidade do rol de agentes nocivos pelo
Decreto n.º 2.172/1997 (Anexo IV) culmina impossibilidade de configuração como tempo
especial (arts. 57 e 58 da Lei n.º 8.213/1991) de tal hipótese a partir da vigência do citado ato
normativo.
2. À luz da interpretação sistemática, as normas regulamentadoras que estabelecem os casos de
agentes e atividades nocivos à saúde do trabalhador são exemplificativas, podendo ser tido
como distinto o labor que a técnica médica e a legislação correlata considerarem com
prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente, não ocasional, nem intermitente,
em condições especiais (art. 57, § 3.º, da Lei n.º 8.213/1991). Precedentes do STJ.
3. No caso concreto, Tribunal de origem embasou-se em elementos técnicos (laudo pericial) e
na legislação trabalhista para reputar com especial o trabalho exercido pelo recorrido, por
consequência de exposição habitual à eletricidade, o que está de acordo com o entendimento
fixado pelo STJ.
4. Recurso especial não provido. Acórdão submetido a regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução n.º 8/2008 do STJ.
(STJ, REsp 1.306.113/SC, 1ª Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe 7.3.2013).
“As normas regulamentadoras que estabelecem os casos de agentes e atividades nocivos à
saúde do trabalhador são exemplificativas, podendo ser tido como distinto o labor que a técnica
médica e a legislação correlata considerarem como prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho
seja permanente, não ocasional, nem intermitente, em condições especiais (art. 57, § 3º, da Lei
8.213/1991) (STJ – tese firmada em sede de recursos repetitivos – Tema 534).
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO.
EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ESPECIAL PARA FINS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL.
LEI ORGÂNICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. ARTIGO 162 DA LEI 3.807/1960 (LOPS).
RETROATIVIDADE. POSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.
(...) V – Se de fato ocorreu a especialidade do tempo de serviço, com exercício em data anterior
à legislação que criou a aposentadoria especial, é possível o reconhecimento da atividade
especial em período anterior a legislação instituidora.
VI – Interpretação diversa levaria à conclusão de que o segurado, sujeito a condições insalubres
de trabalho, só teria direito à aposentadoria especial após 15, 20 e 25 anos de trabalho exercido
depois da Lei n.º 3.807/60, desconsiderando, portanto, todo o período de labor, também
exercido em tal situação, porém em data anterior à lei de regência. (...) (AgRg no REsp n.º
1.015.694/RS, 6.ª Turma, Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 1.º.2.2011).
“O sistema previdenciário vigente após a Lei 9.032/1995, portanto, somente admite
aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de serviço previsto no art. 57 da Lei
8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física” (EDcl no REsp 1.310.034/PR, 1.ª Seção, j. 26.11.2014, DJe
02.02.2015).
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. FUNDAMENTOS NÃO IMPUGNADOS. SÚMULA 182/STJ.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. RE-CONHECIMENTO DE TEMPO ESPECIAL. POSSIBILIDADE.
ENTENDIMENTO PACIFICADO DO STJ.
1. É inviável a apreciação do agravo interno que deixa de atacar especificamente fundamentos
autônomos da decisão agravada, quais sejam: (I) a não ocorrência de negativa de prestação
jurisdicional no caso concreto; e que (II) a parte autora faz jus ao reconhecimento de tempo de
serviço especial no período posterior à vigência da Lei n. 9.032/95, por exposição a agentes
nocivos biológicos. Neste ponto, verifica-se a atração da Súmula 182/STJ. 2. A Primeira Turma
desta Corte, no julgamento do REsp 1.473.155/RS, Relator o Ministro Sérgio Kukina, firmou
entendimento no sentido de que o art. 57 da Lei n. 8.213/91, que trata da aposentadoria
especial, não faz distinção entre os segurados, estabelecendo como requisito para a concessão
do benefício o exercício de atividade sujeita a condições que prejudiquem a saúde ou a
integridade física do trabalhador. 3. O segurado individual não está excluído do rol dos
beneficiários da aposentadoria especial, mas cabe a ele demonstrar o exercício de atividades
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física, nos moldes previstos na legislação de
regência. 4. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1540963/PR, Rel. Ministro
SÉRGIO KUKINA, 1ª Turma, DJe 09.05.2017).
“Lícito se faz concluir que, apresentado o PPP, mostra-se despicienda a também juntada do
LTCAT aos autos, exceto quando suscitada dúvida objetiva e idônea pelo INSS quanto à
congruência entre os dados do PPP e do próprio laudo que o tenha embasado” (PET 10.262, Rel.
Min. Sérgio Kukina, julg. 08.02.2017).
SÚMULAS DA TNU
Súmula n.º 9: “Aposentadoria Especial – Equipamento de Proteção Individual: O uso de
Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de
exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado”.
Súmula nº 49: “Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29.4.1995, a
exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma
permanente”.
Súmula nº 50: “É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho
prestado em qualquer período”.
Súmula nº 55: “A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com
aplicação do fator multiplicativo em vigor na data da concessão da aposentadoria”.
Súmula nº 62: “O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade
especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à
saúde ou à integridade física”.
Súmula nº 82: “O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além dos profissionais
da área da saúde, contempla os trabalhadores que exercem atividades de serviços gerais em
limpeza e higienização de ambientes hospitalares”.
Enunciado n.º 21 do Conselho de Recursos da Previdência Social (atual Conselho de Recursos do
Seguro Social – CRSS): “O simples fornecimento de equipamento de proteção individual de
trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de exposição do trabalhador aos agentes
nocivos à saúde, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho”.
JULGADOS DA TNU
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. TEMPO ESPECIAL. RUÍDO ACIMA DE 80 DB.
PROVIMENTO. I – A jurisprudência da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, bem como esta
Turma Nacional (Súmula 32) admite, por força da repristinação do Anexo do Decreto nº
53.831/64 pelo art. 295 do Decreto n.º 357/91, a contagem, como especial, do labor
desempenhado sob ruído acima de 80 dB, desde que prestado até 05.03.1997. II – Pedido de
uniformização conhecido e parcialmente provido (PU n.º 2005.83.20.009948-4/PE, Rel. Juiz
Federal Edilson Pereira Nobre Júnior, Turma Nacional de Uniformização, Unânime, DJU
18.12.2006 – grifos nossos).
PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. RUÍDO. NÍVEIS VARIADOS DURANTE A JORNADA DE
TRABALHO. CÁLCULO PELA MÉDIA PONDERADA. NA AUSÊNCIA DESTA NO LAUDO PERICIAL,
DEVE-SE ADOTAR A MÉDIA ARITMÉTICA. APLICAÇÃO DA QUESTÃO DE ORDEM 20/TNU.
INCIDENTE CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Para fins de enquadramento da atividade
especial pela exposição a agente nocivo ruído com níveis de ruído variados durante a jornada de
trabalho do segurado, a técnica ideal a ser considerada é a média ponderada. 2. Não sendo
adotada tal técnica pelo laudo pericial, deve ser realizada média aritmética simples entre as
medições de ruído encontradas pela prova pericial. 3. Resta afastada a técnica de “picos de
ruído”, onde se considera apenas o nível de ruído máximo, desconsiderando-se os valores
mínimos. 4. Retorno dos autos à Turma Recursal de origem para adequação do julgado.
Aplicação da Questão de Ordem 20/TNU. 5. Incidente conhecido e parcialmente provido (PU
201072550036556, Rel. Juiz Federal Adel Américo de Oliveira, DOU 17.08.2012).
“A análise da especialidade em decorrência da exposição a agentes químicos previstos no Anexo
13 da Norma Regulamentadora (NR) 15, como é o caso dos hidrocarbonetos aromáticos, é
qualitativa e não se sujeita a limites de tolerância, independentemente do período em que
prestada a atividade pelo trabalhador.” (PEDILEF 5004737-08.2012.4.04.7108, Rel. Juiz Federal
Frederico Augusto Leopoldino Koehler, Sessão de 20.07.2016).
“É possível o reconhecimento de tempo especial prestado com exposição ao agente nocivo
periculosidade, na atividade de vigilante, em data posterior à vigência do Decreto n. 2.172, de
05.03.1997, desde que laudo técnico (ou elemento material equivalente) comprove a
permanente exposição à atividade nociva, com o uso de arma de fogo.” (Representativo de
Controvérsia 127, PEDILEF 0502013-34.2015.4.05.8302/PE, Rel. Juiz Federal Frederico Augusto
Leopoldino Koehler, DOU 29.07.2016).
“Poderia se argumentar, como é feito recorrentemente em matéria previdenciária, que o
reconhecimento da especialidade da atividade feriria o princípio do equilíbrio financeiro e
atuarial. Ocorre que o STF no julgamento do ARE 664335 - o qual versava sobre a
descaracterização da atividade especial quando o segurado recebe o EPI, analisou e afastou este
argumento com base nas seguintes premissas: a) a norma inscrita no art. 195, § 5º, CRFB/88,
veda a criação, majoração ou extensão de benefício sem a correspondente fonte de custeio,
disposição dirigida ao legislador ordinário, sendo inexigível quando se tratar de benefício criado
diretamente pela Constituição. Deveras, o direito à aposentadoria especial foi outorgado aos
seus destinatários por norma constitucional (em sua origem o art. 202, e atualmente o art. 201,
§ 1º, CRFB/88); b) desde a Constituição de 1988 até a edição da MP n. 1.729 (em 1998) as
aposentadorias especiais eram custeadas pelos instrumentos tradicionais de financiamento da
previdência social mencionados no art. 195, da CF/88, quais sejam, (i) recursos provenientes dos
orçamentos dos entes federativos e (ii) contribuições sociais pagas pelo empregador e pelo
segurado. A bem da verdade, o que a Lei 9.738/98 fez foi reformular o modelo de financiamento
(...)” (TNU, PEDILEF 50138641620114047201, Rel. Juiz Federal Daniel Machado da Rocha, DOU
06.11.2015).
JULGADOS DO TRF DA 2ª REGIÃO
“Ainda que a efetiva exposição a agentes biológicos pudesse não ocorrer durante todas as horas
da jornada de trabalho, o fato é que o risco de contágio inerente às atividades desempenhadas
– para o qual basta um único contato com o agente infeccioso – e, consequentemente, o risco
permanente de prejuízo à saúde do trabalhador, por certo caracterizam a especialidade do
labor”, afirmou o relator do acórdão (AC 0076417-97.2015.4.02.5101, Rel. Des. Fed. Messod
Azulay Neto, 2ª Turma Especializada, julg. 4.4.2017).
JULGADOS DO TRF DA 4ª REGIÃO
(...) – A restrição à continuidade do desempenho da atividade por parte do trabalhador que
obtém aposentadoria especial cerceia, sem que haja autorização constitucional para tanto (pois
a constituição somente permite restrição relacionada à qualificação profissional), o desempenho
de atividade profissional, e veda o acesso à previdência social ao segurado que implementou os
requisitos estabelecidos na legislação de regência.
– A regra em questão não possui caráter protetivo, pois não veda o trabalho especial, ou mesmo
sua continuidade, impedindo apenas o pagamento da aposentadoria. Nada obsta que o
segurado permaneça trabalhando em atividades que impliquem exposição a agentes nocivos
sem requerer aposentadoria especial; ou que aguarde para se aposentar por tempo de
contribuição, a fim de poder cumular o benefício com a remuneração da atividade, caso
mantenha o vínculo; como nada impede que se aposentando sem a consideração do tempo
especial, peça, quando do afastamento definitivo do trabalho, a conversão da aposentadoria por
tempo de contribuição em aposentadoria especial. A regra, portanto, não tem por escopo a
proteção do trabalhador, ostentando mero caráter fiscal e cerceando de forma indevida o
desempenho de atividade profissional.
(Arguição de Inconstitucionalidade 5001401-77.2012.404.0000, Corte Especial, Rel. Des. Federal
Ricardo Teixeira do Valle Pereira, Sessão de 24.05.2012).
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES. MOTORISTA DE ÔNIBUS.
ATIVIDADE PENOSA. RECONHECI-MENTO. SÚMULA 198 TFR. APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. CONCESSÃO. REVISÃO.
1. Comprovado que o trabalho foi exercido em condições prejudiciais à saúde deverá ser
considerado especial, ainda que a atividade não esteja arrolada nos Decretos 2.172/97 ou
3.048/99. Aplicação da Súmula 198 do TFR e de Precedente da 3ª Seção desta Corte.
(EINF - EMBARGOS INFRINGENTES 5006209-46.2014.404.7117, Relator Des. Federal Fernando
Quadros da Silva, julg. 23.08.2017).
MATERIAL DE APOIO – JURISPRUDÊNCIA TRABALHISTA
SÚMULAS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Súmula nº 39 do TST
PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade
(Lei nº 2.573, de 15.08.1955).
Súmula nº 47 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por
essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
Súmula nº 80 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo
órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
Súmula nº 85 do TST
COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02
e 03.06.2016
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito,
acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula nº 85 - primeira parte - alterada pela Res.
121/2003, DJ 21.11.2003)
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em
sentido contrário. (ex-OJ nº 182 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive
quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas
excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido
apenas o respectivo adicional. (ex-Súmula nº 85 - segunda parte - alterada pela Res. 121/2003,
DJ 21.11.2003)
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada.
Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como
horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais
apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-1 - inserida em
20.06.2001)
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na
modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que
estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade
competente, na forma do art. 60 da CLT.
Súmula nº 132 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais
nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de
indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ
11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002)
II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão
pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas.
(ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
Súmula nº 139 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 102 da SBDI-1) -
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos
legais. (ex-OJ nº 102 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
Súmula nº 191 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO (cancelada a parte final da
antiga redação e inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016, DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01
e 02.12.2016
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este
acrescido de outros adicionais.
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob a égide da Lei nº
7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é
válida norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do referido adicional sobre o
salário básico.
III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário promovida
pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a partir de sua vigência,
de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico,
conforme determina o § 1º do art. 193 da CLT.
Súmula nº 228 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (redação alterada na sessão do Tribunal
Pleno em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e
10.07.2008. SÚMULA CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo
Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo
critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.
Súmula nº 248 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente,
repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio
da irredutibilidade salarial.
Súmula nº 289 do TST
INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida)
- Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento
do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou
eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo
empregado.
Súmula nº 293 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO
NA INICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado
agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de
insalubridade.
Súmula nº 361 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao
empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de
20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento.
Súmula nº 364 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE
(inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT 01, 02 e 03.06.2016
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que,
de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-
se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido. (ex-OJs da SBDI-1 nºs 5 e 280)
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de
periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de
exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT).
Súmula nº 448 do TST
ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15
DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
(conversão da OJ nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – DEJT 21, 22 e 23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado
tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na
relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a
respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14
da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.
Súmula nº 453 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO
INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da
OJ nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda
que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao
máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da
CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.
ORIENT. JURISPRUDENCIAIS DA SDI-1 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
OJ SDI-1 103. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. REPOUSO SEMANAL E FERIADOS (nova
redação) - DJ 20.04.2005
O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feriados.
OJ SDI-1 121. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. DIFERENÇA DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
LEGITIMIDADE. (nova redação) - DJ 20.04.2005
O sindicato tem legitimidade para atuar na qualidade de substituto processual para pleitear
diferença de adicional de insalubridade.
OJ SDI-1 165. PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E
PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida em 26.03.1999)
O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de
caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do
laudo seja o profissional devidamente qualificado.
OJ SDI-1 171. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ÓLEOS MINERAIS. SENTIDO DO TERMO
"MANIPULAÇÃO" (inserida em 08.11.2000)
Para efeito de concessão de adicional de insalubridade não há distinção entre fabricação e
manuseio de óleos minerais - Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho, NR 15, Anexo XIII.
OJ SDI-1 172. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE OU PERICULOSIDADE. CONDENAÇÃO.
INSERÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO (inserida em 08.11.2000)
Condenada ao pagamento do adicional de insalubridade ou periculosidade, a empresa deverá
inserir, mês a mês e enquanto o trabalho for executado sob essas condições, o valor
correspondente em folha de pagamento.
OJ SDI-1 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL
E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res.
186/2012, DEJT 25, 26 e 27.09.2012
I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a
céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº
3214/78 do MTE).
II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao
calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas
condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.
278. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO (DJ
11.08.2003)
A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for
possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-
se de outros meios de prova.
324. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. DECRETO Nº
93.412/86, ART. 2º, § 1º (DJ 09.12.2003)
É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema
elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações
elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de
energia elétrica.
345. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA.
DEVIDO (DJ 22.06.2005)
A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção
do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do
Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade,
reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no
art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a
Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.
347. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE
20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO
DIREITO AOS CABISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM
EMPRESA DE TELEFONIA (DJ 25.04.2007)
É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de
linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem
expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema
elétrico de potência.
385. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL
NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. (DEJT 09, 10 e 11.06.2010)
É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas
atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde
estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do
limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical.
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA DA SDI-1 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO
TRABALHO
12. CSN. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE. SALÁRIO COMPLESSIVO.
PREVALÊNCIA DO ACORDO COLETIVO (inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005
O pagamento do adicional de insalubridade e periculosidade embutido no salário contratual
dos empregados da CSN não caracteriza a complessividade salarial, uma vez que essa forma de
pagamento decorre de acordo coletivo há muitos anos em vigor.
JULGAMENTO DE DEMANDAS REPETITIVAS – TST
O reconhecimento da insalubridade, para fins do percebimento do adicional previsto no artigo
192 da CLT, não prescinde do enquadramento da atividade ou operação na relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho ou da constatação de extrapolação de níveis de tolerância fixados
para agente nocivo expressamente arrolado no quadro oficial. 2. A atividade com utilização
constante de fones de ouvido, tal como a de operador de telemarketing, não gera direito ao
adicional de insalubridade, tão somente por equiparação aos serviços de telegrafia e
radiotelegrafia, manipulação em aparelhos do tipo Morse e recepção de sinais em fones, para
os fins do Anexo 13 da Norma Regulamentadora 15 da Portaria nº 3.214/78 do Ministério do
Trabalho. IRR - 356-84.2013.5.04.0007, Órgão Judicante: Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, Relator: Ministro Walmir Oliveira da Costa, publ. 02/06/2017.
SÚMULAS DO TRT 12
SÚMULA Nº 46 - INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS PÚBLICOS. A atividade de limpeza
de banheiros públicos, utilizados por grande fluxo de pessoas, equipara-se à coleta de lixo
urbano, sendo insalubre em grau máximo, nos termos da NR-15, Anexo 14, da Portaria nº
3.214/78 do Ministério do Trabalho.
SÚMULA Nº 48 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAIS DE
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. CUMULAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. I - Com a edição da
Súmula Vinculante nº 4 do STF, impõe-se a utilização do salário mínimo como base de cálculo
do adicional de insalubridade, salvo previsão mais favorável estabelecida em acordo ou
convenção coletivos. II - Em razão do disposto no art. 193, parágrafo 2º da CLT, não é possível a
cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade.
TESE JURÍDICA PREVALECENTE N.º 1 do TRT 12
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. É indevido o pagamento
de adicional de insalubridade aos agentes comunitários de saúde, por ausência de
enquadramento das atividades nas hipóteses constantes do anexo 14 da NR 15 da Portaria nº
3.214/1978 do MTE.
JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
1. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
FORNECIMENTO DE EPI. CONFISSÃO. PROVA PERICIAL. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO
COMPROVADA. ARESTOS INESPECÍFICOS. I - A despeito de o agravado ter confessado que fazia
uso de protetor auricular, o TRT, com esteio na prova pericial, sabidamente inamovível em
sede de recurso de revista, a teor da Súmula 126 do TST, concluiu pela ineficácia do aludido
equipamento de proteção na eliminação do agente insalubre durante todo o contrato de
trabalho. II - Isso porque de acordo com o laudo pericial, a insalubridade em grau médio (20%)
- agente físico ruído - não foi neutralizada no período de 20/10/2004 a 03/03/2009, à medida
que o protetor auricular CA nº 15.624 foi entregue pela primeira vez ao agravado em
04/03/2009. III - Nesse contexto, vê-se que os arestos trazidos a cotejo revelam-se
inespecíficos, à luz da Súmula nº 296, I, do TST, pois versam sobre hipóteses em que não havia
prova documental explícita a respeito do fornecimento de EPI, mas apenas a confissão do
empregado, não guardando similitude fática com a situação enfrentada na espécie. IV - Agravo
de instrumento a que se nega provimento. 2. RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS. I - O Tribunal
Regional ampliou a condenação ao pagamento do adicional de periculosidade para todo o
período contratual, ao verificar que o recorrido laborava em área de risco, na esteira do Anexo
2, item 3, alínea "s", da NR-16, em decorrência do armazenamento de líquidos inflamáveis, 60
litros de álcool etílico 70%. II - A Corte local externou o entendimento de que, não sendo a
atividade do autor o transporte de inflamáveis, o limite mínimo de 200 litros não tem
aplicabilidade, porque quando se trata de armazenagem em local fechado, a situação é
diferente e o risco é muito maior, motivo pelo qual a NR 16 não estabelece essa limitação
mínima. III - Assim, tendo o perito registrado que no "setor de spray", onde o recorrido
trabalhava, "havia o estoque de até 3 bombonas de 20 litros, sendo que no máximo era
estocado 60 litros de álcool etílico 70%", o Tribunal de origem houve por bem deferir o
adicional de periculosidade em toda a contratualidade. IV - No tocante à insurgência sobre a
quantidade mínima de líquido inflamável armazenado para a caracterização do risco, o recurso
de revista esbarra no óbice do § 7º do artigo 896 da CLT, pois os arestos colacionados estão
superados pela iterativa e notória jurisprudência do TST, segundo a qual a quantidade mínima
de 200 litros prevista na NR-16 restringe-se ao transporte de líquidos inflamáveis, e não ao seu
armazenamento. Precedentes da SBDI-1 do TST. V - De outro lado, colhe-se da fundamentação
do acórdão impugnado não se tratar da hipótese prevista na Orientação Jurisprudencial 385 da
SBDI-1 do TST, à medida que o adicional de periculosidade fora concedido em razão de o
armazenamento de líquido inflamável se dar no próprio setor em que recorrido desenvolvia
suas atividades, e não no edifício em que trabalhava. VI - Recurso de revista não conhecido. 3.
RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. PERCEPÇÃO SIMULTÂNEA DOS ADICIONAIS DE
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. INVIABILIDADE. I - Cinge-se a controvérsia à possibilidade
de percepção simultânea dos adicionais de periculosidade e de insalubridade, quando o
empregado exerce concomitantemente funções expostas a agentes agressivos à saúde e a
risco de vida. II - Preleciona o artigo 193, § 2º, da CLT que "O empregado poderá optar pelo
adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido." III - Do teor do dispositivo celetista
avulta clarividente a necessidade de o empregado, no exercício de atividades em condições
perigosas e insalubres, fazer a opção pelo adicional que lhe seja mais vantajoso. III - Com isso,
atento à regra de hermenêutica, agiganta-se a certeza de não ser possível o pagamento
cumulativo dos adicionais de periculosidade e insalubridade, em estrita observância ao teor
impositivo do artigo 193, § 2º, da CLT. IV - No mais, se o Poder Judiciário se abalasse a adotar a
tese da cumulatividade dos adicionais de periculosidade e de insalubridade, estaria a declarar a
inconstitucionalidade do artigo 193, § 2º, da CLT sem a observância da cláusula de reserva do
plenário prevista no artigo 97 da Constituição e da Súmula Vinculante nº 10 do excelso STF. V -
Nessa linha, a SBDI-1 desta Corte, recentemente, no julgamento do TST-E-ED-RR-58600-
23.2011.5.17.0004, publicado no DEJT de 11/4/2017, firmou o entendimento unânime de que
os adicionais não são acumuláveis, a teor do disposto no § 2º do artigo 193 da CLT,
independentemente das causas de pedir. VI - Assim, a decisão regional que repele o direito à
percepção cumulada dos adicionais de insalubridade e de periculosidade encontra-se em
sintonia com a mais atual jurisprudência desta Corte Superior, o que inviabiliza o
processamento do apelo, quer à guisa de violação do 7º, inciso XXIII, da CF, quer a título de
dissenso pretoriano, a teor da Súmula 333 do TST. VII - Recurso de revista não conhecido. (ARR
- 2323-43.2012.5.12.0019, Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data de
Julgamento: 24/05/2017, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/05/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA (APRESENTADO EM FACE DO TEOR DA
INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 40/2016 DO TST). APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO NOVO
CPC (LEI N.º 13.105/2015). EQUIPARAÇÃO SALARIAL. Não há como prover o Apelo quando o
intento da parte pressupõe necessariamente o revolvimento de fatos e provas. Incidência da
Súmula n.º 126 do TST. DA JORNADA LABORAL. SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA.
LABOR EM AMBIENTE INSALUBRE. DESCARACTERIZAÇÃO. Verificado que a questão
apresentada no Recurso Obreiro não foi objeto de exame pelo Regional, há de se aplicar como
óbice à análise pretendida o teor da Súmula n.º 297 do TST. Agravo de Instrumento conhecido
e não provido. RECURSO DE REVISTA. TEMA ADMITIDO NA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE.
APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO NOVO CPC (LEI N.º 13.105/2015). CUMULAÇÃO DOS
ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. POSSIBILIDADE. O art. 193, § 2.º, da CLT
veda a cumulação dos adicionais de periculosidade e insalubridade. A exceção ocorre apenas
quando o empregado opta pelo que lhe for mais benéfico, prevalecendo no âmbito desta Corte
o entendimento de que o referido dispositivo legal não foi derrogado pela promulgação da
Constituição Federal de 1988. Ademais, recentes decisões, firmadas no âmbito da SBDI-1,
sinalizam para a constatação de que "as Convenções nos 148 e 155 da OIT, em especial, não
contêm qualquer norma explícita em que se assegure a percepção cumulativa dos adicionais
de periculosidade e de insalubridade em decorrência da exposição do empregado a uma
pluralidade de agentes de risco distintos"(E-ARR-1081-60.2012.5.03.0064, Relator Ministro
João Oreste Dalazen, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação:
DEJT 17/6/2016). Registre-se que, conforme transcrição produzida pelo próprio Reclamante,
ao delimitar a tese recursal prequestionada, não se constata a abordagem, pelo Regional, da
possibilidade de cumulação ante a ocorrência de fato gerador diverso para os referidos
adicionais, o que faz atrair sobre a hipótese dos autos o clássico fundamento jurídico da
impossibilidade de cumulação dos adicionais epigrafados. Recurso de Revista não conhecido.
(TST, ARR - 259-37.2014.5.12.0004 , Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Data de
Julgamento: 04/10/2017, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/10/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PROVA TÉCNICA. MATÉRIA FÁTICA. ÓBICE DA SÚMULA 126 DO
TST. A jurisprudência deste Tribunal admite a utilização da prova emprestada como meio de
comprovação das condições de insalubridade, desde que haja identidade entre os fatos a
serem provados e, além disso, tenha a parte adversa participado da produção probatória.
Nessa esteira, a utilização de laudo pericial de outro processo, em que figurou como parte ré
outra empresa distinta da Reclamada, implica mácula a preceito insculpido no artigo 5º, LV, da
Constituição Federal, razão por que não inviável sua utilização como prova emprestada.
Ocorre, porém, que, embora o artigo 195, caput e §2º, da CLT determine a realização da prova
pericial quando arguida em juízo a insalubridade ou periculosidade, tal previsão não é
absoluta. Assim, a jurisprudência desta Corte também sinaliza a possibilidade de dispensa da
realização de perícia quando, nos autos, constem outros elementos de prova que seguramente
atestem as condições perigosas ou insalubres e formem o convencimento do magistrado
(artigos 371 e 472 do CPC/2015). Precedentes. No caso dos autos, o Tribunal Regional,
soberano na análise de fatos e provas, registrou que o PCMSO, o PPRA e o LTCAT, documentos
juntados pela própria Reclamada, "indicam que a atividade de motorista está sujeita aos riscos:
ruído, vibração, movimentos repetitivos, possibilidades de batidas e incêndio, sendo passível
de causar danos à saúde como perda auditiva, problemas na coluna, LER, dores diversas,
insônia, estresse e mal estar". Ressaltou que não restou comprovada a eliminação dos
referidos agentes nocivos, tampouco que a concentração destes agentes, durante o tempo de
exposição, não tenha prejudicado o empregado, consignando que "a reclamada não
comprovou adotar, de fato, as medidas de controle indicadas nos documentos técnicos, como:
monitoramento médico, vedação da tampa do motor, manutenção de molas e amortecedores
no sistema de suspensão, sistema de amortecimento de vibração em cadeiras, regulagem de
direção e sistematização hidráulica, dentre outros.". Registrado pelo Tribunal Regional que a
análise conjunta dos elementos de prova permitiu a verificação, de forma segura, da prestação
de serviços em condições insalubres, faz jus o Reclamante ao adicional respectivo. Nesse
cenário, para se chegar à conclusão diversa, no sentido de que o Reclamante não laborava em
condições insalubres, seria necessário o revolvimento de fatos e provas, o que não se mostra
possível ante o óbice da Súmula 126 do TST, inviabilizando a análise da apontada violação a
dispositivos da Constituição Federal e o processamento do recurso de revista. Agravo de
instrumento não provido. (AIRR - 476-63.2016.5.08.0120, Relator Ministro: Douglas Alencar
Rodrigues, Data de Julgamento: 10/05/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 19/05/2017)
AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE PRESIDENTE DE
TURMA QUE NEGA SEGUIMENTO A RECURSO DE EMBARGOS. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
TRABALHO A CÉU ABERTO (CORTE DE CANA). EXPOSIÇÃO AO CALOR EXCESSIVO. DIVERGÊNCIA
JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADA. Caso em que a Turma consigna a submissão do
trabalhador a níveis insalubres do agente calor, pela exposição a temperaturas excessivas, à luz
do Anexo 3, da NR 15, da Portaria n.º 3.214/1978 do Ministério do Trabalho, não se
confundindo com a exposição a raios solares, conforme a diretriz do item II da Orientação
Jurisprudencial 173 da SBDI-1. Em tais circunstâncias, inviável o reconhecimento de dissenso
jurisprudencial, uma vez que os arestos paradigmas, não partem das mesmas premissas
fáticas, encontrando óbice na Súmula 296, I, do TST. Agravo regimental não provido. (...) (AgR-
ED-E-RR - 104300-73.2008.5.09.0093 , Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, Data
de Julgamento: 09/03/2017, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de
Publicação: DEJT 30/06/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA A
PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EXPOSIÇÃO A
AGROTÓXICOS DENTRO DO PERÍODO DE CARÊNCIA. CONFIGURAÇÃO. O Tribunal Regional,
soberano na análise do conjunto fático e probatório, valorou no exercício do livre
convencimento motivado (art. 131, CPC/73) o conjunto da prova, indicando os motivos que o
levaram a desconsiderar as conclusões do laudo pericial (art. 436, CPC/73). Registrou que
embora o autor não aplicasse agrotóxicos, ingressava nas lavouras antes de findo o prazo de
carência desses produtos, sem ter recebido os EPIs necessários à redução do risco. Concluiu
que o autor estava exposto ao agente químico arsênico registrado no anexo 13 da NR 15 do
Ministério do Trabalho. O exame da tese recursal, em sentido contrário, esbarra no teor da
Súmula n° 126 do TST, pois demanda o revolvimento dos fatos e das provas. Incidência da
Súmula nº289 do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (AIRR - 1212-
63.2014.5.12.0048 , Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento:
17/05/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/05/2017)
RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N.º 11.496/2007. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. GRAU MÁXIMO. LIXO URBANO. VARRIÇÃO DE RUAS. 1. O Anexo 14 da NR 15
da Portaria n.º 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego refere-se ao trabalho ou
operações com esgotos (galerias e tanques) e lixo urbano (coleta e industrialização). Referida
norma não faz diferença entre o lixo urbano coletado pelos garis que trabalham em caminhões
de lixo e usinas de processamento, e o lixo recolhido das vias públicas, proveniente
exclusivamente de varrição. 2. Exercendo o reclamante a tarefa de varrição de ruas, tem-se por
caracterizado o contato permanente do autor com o lixo urbano, resultando devido o
pagamento do adicional de insalubridade, em grau máximo, nos termos do disposto no Anexo
14 da NR 15. Precedente da SBDI-I. 3. Recurso de embargos conhecido e provido. (E-RR - 272-
14.2010.5.03.0073 , Relator Ministro: Lélio Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 20/06/2013,
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 01/07/2013)
RECURSO DE REVISTA. LEI 13.015/2014. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. VIBRAÇÃO. LIMITE DE
TOLERÂNCIA. RISCO POTENCIAL À SAÚDE. 1. Nos termos do artigo 189 da CLT, são
consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 2. Quanto ao agente físico
vibração, o Anexo VIII da NR 15 do Ministério do Trabalho e Emprego determina que os limites
de tolerância são aqueles definidos pela Organização Internacional para a Normalização - ISO,
em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas. Considerando que o Anexo B da
ISO 2631-1/1997 apenas traça um guia dos efeitos nocivos da vibração sobre a saúde, o limite
de tolerância deve ser fixado em consonância com o item 15.1.5 da NR 15, segundo o qual
referido parâmetro deve corresponder à intensidade máxima ou mínima, relacionada com a
natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral. 3. Na hipótese dos autos, o reclamante, motorista de ônibus, estava
submetido a uma vibração de 0,688m/s2, nível de vibração situado na região "B" do gráfico
constante da ISO 2.631/97. Resulta, assim, devido o pagamento de adicional de insalubridade,
em grau médio. 4. Evidenciando-se que o obreiro, à época em que prestou serviços em favor
da reclamada, estava submetido a índice de vibração qualificado, nos termos da ISO 2631-
1/1997, como risco potencial à saúde, deve ser reconhecida a insalubridade, porquanto
referido patamar de exposição redunda, por si só, no exercício da função em condições mais
gravosas. Precedentes desta Corte. 5. Recurso de Revista não conhecido. (RR - 1244-
68.2013.5.03.0108, Relator Desembargador Convocado: Marcelo Lamego Pertence, Data de
Julgamento: 14/06/2017, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 19/06/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº
13.015/2014 (...) ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EMPRESA DE TELEFONIA. LABOR EM
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. BASE DE CÁLCULO. A jurisprudência pacífica desta Corte
Superior admite a extensão do adicional de periculosidade nos termos da Lei nº 7.369/85 a
empregados não pertencentes à categoria dos eletricitários, mas que laboram em contato
direto com sistema elétrico de potência. Nesse sentido a OJ 347 da SBDI-1/TST. Por outra face,
nos termos da parte final da Súmula 191 desta Corte "em relação aos eletricitários, o cálculo
do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza
salarial." Por sua vez, a Orientação Jurisprudencial n° 279 da SBDI-1/TST preceitua que "o
adicional de periculosidade dos eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto de parcelas
de natureza salarial (...). (AIRR - 20053-91.2013.5.04.0007, Relator Ministro: Alberto Luiz
Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 08/06/2016, 3ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 17/06/2016)
RECURSOS DE REVISTA INTERPOSTOS POR AMBAS AS RECLAMADAS - MATÉRIAS COMUNS.
EXAME CONJUNTO. (...) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. OPERADORA DE TELEATENDIMENTO.
USO DE FONE DE OUVIDO. ATIVIDADE NÃO CLASSIFICADA PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E
EMPREGO COMO INSALUBRE. O Anexo 13 da NR 15 da Portaria n.º 3.214/78 do Ministério do
Trabalho e Emprego dispõe que é devido o adicional de insalubridade, em grau médio, no
exercício de funções de telegrafia e radiotelegrafia, manipulação de aparelhos tipo Morse e
recepção de sinais em fones. Observa-se que as atividades desenvolvidas pela reclamante, na
função de operadora de teleatendimento, não se enquadram na descrição constante o referido
Anexo 13. De outro lado, a jurisprudência desta Corte superior, cristalizada na Súmula n.º 448,
item I, consagra tese no sentido de que somente é devido o adicional de insalubridade quando
a atividade insalubre encontra-se descrita na relação oficial elaborada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. Precedentes desta Corte superior. Recursos de Revista conhecidos e
providos. (...) (RR - 15600-27.2008.5.04.0331, Relator Desembargador Convocado: Marcelo
Lamego Pertence, Data de Julgamento: 02/03/2016, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT
04/03/2016)
RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI 13.015/2014. 1. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
FORNECIMENTO DE EPI. CERTIFICADO DE APROVAÇÃO INEXISTENTE. EXIGÊNCIA. SÚMULA 333
DO TST. O Tribunal Regional manteve a condenação ao pagamento do adicional de
insalubridade em grau médio (agente ruído), haja vista a constatação de que a empresa
fornecia equipamentos de proteção individual - EPI' s, sem o correspondente certificado de
aprovação. A jurisprudência do TST vem decidindo no sentido de que o fornecimento de EPI' s
desprovidos de certificado de aprovação, com o fim de demonstrar a observância dos padrões
especificados no normativo técnico pertinente, não elide o direito ao adicional de
insalubridade, em face das condições presentes no ambiente de trabalho. Nesse cenário, a
decisão regional encontra-se em consonância com a jurisprudência atual, interativa e notória
desta Corte. Incidência da Súmula 333/TST. Recurso de revista não conhecido. 2. RETIFICAÇÃO
DO PPP. A Reclamada não cuidou de dar a seu inconformismo o devido enquadramento legal,
mediante a alegação de afronta a dispositivo de lei ou da Constituição da República,
contrariedade a súmula deste Tribunal Superior, ou, ainda, de divergência jurisprudencial.
Desse modo, o apelo está desfundamentado porque não se enquadra nas hipóteses previstas
no artigo 896 da CLT. Recurso de revista não conhecido. (...) (RR - 1552-18.2014.5.12.0012 ,
Relator Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 21/06/2017, 7ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 23/06/2017)
RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PROVA
EMPRESTADA. VALIDADE. Esta Corte vem reiteradamente decidindo que não obstante seja
obrigatória a realização de perícia para a caracterização da insalubridade, tal como exige o art.
195 da CLT, a prova emprestada mostra-se admissível em caso de identidade absoluta entre os
referidos contextos. Recurso de Revista não conhecido. (RR 114200-04.2007.5.15.0011, Relator
Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, 8ª Turma, Publicação DEJT 08/05/2015)
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 – (...) ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE - BASE DE CÁLCULO - EDIÇÃO DA LEI Nº 12.740/2012 A modificação da Lei nº
12.740/2012 não alcança as situações constituídas anteriormente. Tratando-se de contrato de
trabalho celebrado antes de sua vigência, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser
efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial durante todo o período
imprescrito. Recurso de Revista conhecido e provido. (RR - 320-23.2015.5.12.0048 , Relatora
Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento: 15/06/2016, 8ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 17/06/2016)
RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014. (...)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. BASE DE CÁLCULO. ELETRICITÁRIO. A base de cálculo do
adicional de periculosidade encontra previsão expressa no art. 193 da CLT. Em relação aos
eletricitários, a matéria era regida especificamente pela Lei nº 7.369/85. Interpretando tais
preceitos, esta Corte firmou sua jurisprudência no sentido de que o adicional de periculosidade
incide sobre o salário básico, à exceção da categoria profissional dos eletricitários, que tinha
como base de cálculo todas as parcelas de natureza salarial (Súmula 191 e OJ nº 279/SBDI-1).
Posteriormente, a Lei nº 12.740/12 alterou a redação do art. 193 da CLT e revogou,
expressamente, a Lei nº 7.369/85. A SBDI-1 desta Corte entende que as disposições da Lei nº
12.740/2012 aplicam-se somente aos contratos de trabalho firmados após o início da sua
vigência. No presente caso, o Regional revela que o reclamante foi admitido em 1.2.1984,
muito antes da vigência da Lei nº 12.740/2012. Recurso de revista conhecido e provido. (ARR -
29-92.2015.5.03.0106 , Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de
Julgamento: 15/06/2016, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/06/2016)
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 - CONVENÇÃO
COLETIVA - PREVALÊNCIA SOBRE ACORDO COLETIVO - NORMA MAIS BENÉFICA Nos termos da
jurisprudência do TST, havendo conflito entre convenção coletiva e acordo coletivo de
trabalho, devem prevalecer as normas do instrumento que, como um todo, mostrar-se mais
benéfico para os trabalhadores. (...) ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 1. Esta Corte vem
entendendo que a exposição habitual, ainda que não permanente, não caracteriza o tempo
extremamente reduzido de que trata a exceção inserta na Súmula nº 364 do TST, em sua parte
final. Nessas condições, é devido o adicional salarial por labor em condições de risco. Julgados
da SBDI-1. 2. Não prevalece norma coletiva que reduz ou limita o percentual legal do adicional
de periculosidade, sob pena de restringir direito indisponível do trabalhador, assegurado por
norma de ordem pública, cogente, relativa à saúde e à segurança do trabalho, a teor dos
artigos 193 da CLT e 7º, XXII, da Constituição. Julgados desta Corte (...). (RR - 1273-
61.2014.5.03.0148 , Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento:
15/06/2016, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/06/2016)
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBIDADE. A disposição do art. 195 da CLT não é
absoluta. Se o juiz conclui pela fragilidade do laudo pericial e pela existência de prova
documental da insalubridade investigada, poderá concluir de forma diversa do aludido
laudo. Não há a alegada violação do art. 195 da CLT. Recurso de revista não conhecido
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. Após a edição da Súmula Vinculante nº 4
do STF, até que sobrevenha nova lei dispondo sobre a base de cálculo do adicional de
insalubridade, e não havendo previsão normativa nesse sentido, tal parcela deverá continuar
sendo calculada sobre o salário-mínimo. Recurso de revista conhecido e provido. HONORÁRIOS
PERICIAIS. Ante a sucumbência da reclamada, não se constata a alegada violação do art. 790-B
da CLT. Recurso de revista não conhecido. BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. Não se
confunde o benefício da gratuidade de justiça com a assistência judiciária. O pedido de justiça
gratuita, nos termos do art. 4º, § 1º, da Lei n.º 1.060/1950, é deferido à parte que se declarar
juridicamente pobre, ou seja, não possuir condições de demandar em Juízo sem comprometer
seu sustento ou de sua família, se referindo às despesas processuais. Importante ressaltar que
pode ser feito a qualquer tempo, desde que no prazo alusivo ao recurso. Inteligência da
Orientação Jurisprudencial n.º 269 da SBDI-1 desta Corte. Recurso de revista não conhecido.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Segundo a Súmula n.º 219 do TST, a condenação ao pagamento
de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a
parte, além de estar assistida por sindicato da categoria profissional, comprovar a percepção
de salário inferior ao dobro do salário-mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não
lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. Extrai-se do
acórdão regional que o reclamante não preenche as exigências para o deferimento de
honorários de advogado, visto não estar assistido por sindicado de sua categoria profissional.
Portanto, indevida a condenação da reclamada ao pagamento de 15% a título de honorários
advocatícios. Recurso de revista conhecido e provido. (RR - 271100-24.2005.5.09.0020, Relator
Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 02/03/2011, 6ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 18/03/2011)
RECURSO DE REVISTA - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. A decisão regional encontra-se em
harmonia com a OJ 385 da SBDI-1 do TST, segundo a qual é devido o pagamento do adicional
de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção
vertical), onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em
quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da
construção vertical. Recurso de Revista não conhecido. OBRIGAÇÃO DE FAZER. ENTREGA DO
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP). Conforme consignado pelo Regional, uma
vez demonstrada a existência de periculosidade nas atividades desenvolvidas pela Reclamante,
impõe-se ao empregador a entrega do perfil profissiográfico. Recurso de Revista não
conhecido. (TST - RR: 1303006520085020074, Relator: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de
Julgamento: 16/12/2015, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 08/01/2016)
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SÚMULA Nº 453 DO TST Nos termos
da Súmula nº 453 do TST, o pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera
liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou
em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica
exigida pelo art. 195 da CLT. Acórdão regional que reconhece o direito do empregado ao
adicional de periculosidade durante todo o pacto laboral, em face do seu pagamento no
momento da rescisão do contrato de emprego, encontra-se em consonância com referida
Súmula . Agravo de instrumento da Reclamada de que se conhece e a que se nega provimento.
(TST - ARR: 6440420115080003, Relator: João Oreste Dalazen, Data de Julgamento:
13/05/2015, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 22/05/2015)
RECURSO DE REVISTA - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - PROVA PERICIAL OBRIGATÓRIA. A
realização de perícia é obrigatória para verificação de insalubridade, salvo quando não for
possível sua realização, a exemplo do fechamento da empresa, o que não é o caso dos autos.
Orientação Jurisprudencial nº 278 da SBDI-1. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST -
RR: 5403020125080115, Relator: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento:
19/08/2015, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 21/08/2015)
RECURSO DE REVISTA - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - AUXILIAR DE SERVIÇOS DE RAMPA A
jurisprudência desta Corte firma-se no sentido de que o adicional de periculosidade é devido
aos empregados que exerçam suas atribuições na área de abastecimento de aeronaves, não se
limitando aos que trabalhem especificamente com a atividade de abastecimento. Precedentes.
HONORÁRIOS PERICIAIS Uma vez mantida a condenação quanto ao adicional de
periculosidade, não há falar em inversão de ônus. Inteligência do artigo 790-B da CLT. Não
conhecer do Recurso de Revista. (TST - RR: 17612220125030007, Relator: Desembargador
Convocado João Pedro Silvestrin, 8ª Turma, Data de Julgamento: 04/03/2015, Data de
Publicação: DEJT 06/03/2015)
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. TEMPO DE EXPOSIÇÃO. Ao contrário
do que decidiu o Tribunal a quo, o posicionamento desta Corte Superior é no sentido de que o
desempenho de atividade que implique exposição intermitente ao perigo, ainda que por
tempo reduzido, enseja o pagamento do adicional de periculosidade (Súmula 364, I). É a
hipótese dos autos. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (TST - RR:
1806003520095150106, Relator: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento:
06/05/2015, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 22/05/2015)
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. Verifica-se do acórdão recorrido que o
reclamante, embora permanecesse junto ao veículo quando do seu abastecimento, não era o
empregado que realizava tal atividade. Ocorre que a jurisprudência pacífica da SDI-1 desta
Corte é de que o mero acompanhamento do abastecimento do veículo não enseja o
pagamento do adicional de periculosidade. Precedentes. Recurso de revista conhecido e
provido. (TST - RR: 6753920125050531, Relator: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento:
03/05/2017, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 05/05/2017)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INFLAMÁVEIS. "Tem direito ao adicional de periculosidade o
empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições
de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o
fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido (Súmula 364 desta
Corte). Incidência na espécie da Súmula 333 do TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. A decisão
proferida pelo Tribunal Regional está em consonância com a Súmula 219, item I, desta Corte .
Recurso de Revista de que não se conhece. (TST - RR: 12148020115040203, Relator: João
Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 24/05/2017, 5ª Turma, DEJT 26/05/2017)
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. Verifica-se estar expressamente
consignado no art. 193 consolidado que as atividades de segurança pessoal ou patrimonial,
elencadas no inciso II, são consideradas perigosas "na forma da regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego", não havendo falar na aplicabilidade imediata de tal artigo.
Outrossim, a edição da Portaria nº 1.885/2013 pelo MTE, que aprova o Anexo 3 da NR 16,
corrobora a tese da não aplicabilidade imediata do citado dispositivo legal. Dispõe o artigo 3º
da Portaria em comento que "os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de
periculosidade serão devidos a contar da data da publicação desta Portaria, nos termos do art.
196 da CLT". Conclui-se, portanto, ser devido o adicional de periculosidade aos vigilantes
somente a partir de 3/12/2013, data de publicação da Portaria nº 1.885/2013 do MTE. Recurso
de revista conhecido e provido. (TST - RR: 109959420145150113, Relator: Dora Maria da Costa,
Data de Julgamento: 24/05/2017, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/05/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. SALÁRIO MÍNIMO. Conforme
entendimento do Supremo Tribunal Federal (Reclamação nº 6.830 MC/PR - Paraná, publicada
no DJE nº 217, em 21/10/2008), até que sobrevenha lei que disponha sobre a base de cálculo
do adicional de insalubridade, e não havendo previsão normativa nesse sentido, essa parcela
deve ser calculada com base no salário mínimo nacional. Trata-se de dar aplicação à Súmula
Vinculante nº 4 da Corte Suprema nacional, na interpretação que lhe foi dada na citada
Reclamação, levando-se ainda em conta que a Súmula nº 17 desta Corte foi cancelada pela
Resolução nº 148/2008 deste Tribunal Superior exatamente em função desses
pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal. Acrescenta-se, ainda, o novo posicionamento
consolidado desta Corte superior, aprovado na sessão do Tribunal Pleno de 14/9/2012, em
decorrência das discussões travadas na "2ª Semana do TST", realizada de 10 a 14 de setembro
daquele ano, em que foi aprovado, à unanimidade, o acréscimo à Súmula nº 228 do seguinte
adendo: "súmula cuja eficácia está suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal".
Recurso de revista conhecido e provido(...). (TST - RR: 72001320105170001, Relator: José
Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 25/02/2015, 2ª Turma, DEJT 06/03/2015)
RECURSO DE REVISTA. LAUDO PERICIAL. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. GRAU DE
INSALUBRIDADE. Conforme quadro fático delineado no acórdão regional, o reclamante
desempenhava a atividade de motorista de ambulância e não se encontrava exposto a
pacientes portadores de doenças infecto contagiosas em área de isolamento, cujo
enquadramento se daria em grau máximo. Assim, o grau de insalubridade previsto para o
trabalho efetivado pelo reclamante é o de grau médio (20%), como já vinha pagando o
Município. Importante ressaltar que nos termos do art. 436 do CPC o juiz não está adstrito ao
laudo pericial, podendo formar sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos
autos . Recurso de revista não conhecido. (TST - RR: 1319004020095150005, Relator: Augusto
César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 29/04/2015, 6ª Turma, DEJT 08/05/2015)
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. (...) ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE INDEVIDO. EXPOSIÇÃO A "ÁLCALIS CÁUSTICOS" DILUÍDOS EM PRODUTOS DE
LIMPEZA. A Corte de origem consignou que a reclamante, nas funções de auxiliar de cozinheira
e de cozinheira, ao realizar a limpeza de fogão, panelas, cuba e piso nas dependências da
empresa reclamada, tinha contato habitual com a substância "álcalis cáusticos", na sua forma
pura e composta. Todavia, esta Corte vem firmando o entendimento de que o manuseio de
"álcalis cáustico", constantes de produtos de limpeza de uso geral (inclusive doméstico), não
enseja a percepção do adicional de insalubridade, por não se enquadrar na hipótese do Anexo
13 da NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego. Os produtos utilizados para a realização de
limpeza em geral, a exemplo de saponáceos, água sanitária, detergentes e desinfetantes, que
são utilizados também em ambiente doméstico, detêm concentração reduzida de substâncias
químicas (álcalis cáusticos) destinadas à remoção dos resíduos, não oferecendo risco à saúde
do trabalhador, razão por que não asseguram o direito ao adicional de insalubridade. Recurso
de revista conhecido e provido. (...) (RR - 1322-35.2012.5.04.0281 , Relator Ministro: José
Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 28/06/2017, 2ª Turma, DEJT 30/06/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA. IN 40 DO TST. MULTA POR EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS. Diante do não atendimento ao disposto no art. 896, §1º-A,
incisos II e III, e §8º da CLT, não há como admitir o recurso de revista. Agravo de instrumento
desprovido. AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA. IN 40 DO TST. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. MANUSEIO DE PRODUTOS HABITUAIS DE LIMPEZA. AUSÊNCIA DE CONTATO
DIRETO COM ÁLCALIS CÁUSTICOS EM SUA COMPOSIÇÃO ISOLADA. Diante da provável ofensa
ao art. 192 da CLT, deve ser processado o recurso de revista para melhor exame. Agravo de
instrumento provido. RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. IN 40 DO TST. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. MANUSEIO DE PRODUTOS HABITUAIS DE LIMPEZA. AUSÊNCIA DE CONTATO
DIRETO COM ÁLCALIS CÁUSTICOS EM SUA COMPOSIÇÃO ISOLADA. Os produtos de limpeza, a
exemplo de saponáceos, água sanitária, detergentes e desinfetantes, de uso doméstico
inclusive, detêm concentração reduzida de substâncias químicas (álcalis cáusticos) destinadas à
remoção dos resíduos, não oferecendo risco à saúde do trabalhador, razão por que não
asseguram o direito ao adicional de insalubridade. Precedentes desta c. Corte Superior.
Recurso de revista conhecido e provido. (ARR - 45-82.2016.5.12.0034 , Relator Ministro:
Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 28/06/2017, 6ª Turma, DEJT 30/06/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - RECURSO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014 E CPC/2015 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - GRAU MÁXIMO - LIMPEZA E
HIGIENIZAÇÃO DE SANITÁRIOS - HOTEL. A higienização de instalações sanitárias de hotel, com
fluxo de uma diversidade de pessoas indeterminadas, não pode ser equiparada ao mesmo
serviço exercido em ambiente doméstico ou de escritório, o que torna devido o adicional de
insalubridade em grau máximo, conforme previsão do Anexo 14 da NR-15 do Ministério do
Trabalho e Emprego. Incidência da Súmula nº 448, II, do TST. Precedentes. Agravo de
instrumento desprovido. (AIRR - 88-47.2015.5.12.0036 , Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira
de Mello Filho, Data de Julgamento: 08/03/2017, 7ª Turma, DEJT 10/03/2017)
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS
RESIDÊNCIAS DA COMUNIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO ANEXO 14 DA NR-15 DA
PORTARIA MTE Nº 3.214/1978 1. Consoante a diretriz perfilhada na Súmula nº 448, item I, do
TST, a mera constatação de agentes insalubres no local de trabalho do empregado, sem a
inclusão da atividade na relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não
autoriza a percepção do adicional de insalubridade. Entendimento que se coaduna com a
norma do art. 190 da CLT, que atribui ao Ministério do Trabalho e Emprego a competência para
definir as atividades e operações insalubres e fixar os critérios de caracterização da
insalubridade, os limites de tolerância, os meios de proteção e o tempo máximo de exposição
aos agentes insalubres. 2. O Agente Comunitário de Saúde, cujas atividades encontram-se
discriminadas na Lei Federal nº 11.350/2006, presta orientação comunitária preventiva no
âmbito do Sistema Único de Saúde. Atua estritamente no meio doméstico/familiar da
comunidade, mediante ações de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da
saúde (art. 4º da Lei nº 11.350/2006). 3. O contato do agente comunitário de saúde com
enfermos, durante visitas nas residências da comunidade, sem que resulte cabalmente
demonstrado contato permanente com portadores de doenças transmissíveis, não gera direito
ao adicional de insalubridade. Precedente da SbDI-1 do TST (ERR-207000-08.2009.5.04.0231,
Red. p/ acórdão Min. Aloysio Corrêa da Veiga, julgado em 18/2/2016). 4. Recurso de revista de
que se conhece e a que se dá provimento. (RR - 10950-45.2014.5.15.0128 , Relator Ministro:
João Oreste Dalazen, Data de Julgamento: 08/03/2017, 4ª Turma, DEJT 17/03/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA A
PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. GRAU MÁXIMO.
LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE BANHEIROS DE USO PÚBLICO EM ESTAÇÕES DE TREM. A decisão
regional enquadrou acertadamente a situação como trabalho em condições insalubres porque
a autora atuava na limpeza da banheiros de uso público, localizados em estações de trens, cujo
lixo recolhido de suas dependências não pode ser considerado como doméstico ou de
escritório, o que torna devido o adicional de insalubridade em grau máximo, conforme
previsão do Anexo 14 da NR-15 do Ministério do Trabalho. Inteligência da Súmula nº 448, II,
desta Corte Superior. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (...) (AIRR - 51200-
69.2009.5.01.0069 , Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento:
21/06/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/06/2017)
AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO REVISIONAL. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EFEITOS. NÃO
PROVIMENTO. A egrégia Corte Regional reconheceu que a sentença proferida na presente
ação revisional tinha natureza constitutiva negativa, pois alterava a relação jurídica
continuativa constituída no Processo 0120300-69.2007.5.04.0014, consistente na obrigação de
pagamento, pelo reclamado, do adicional de periculosidade à empregada, pelo trabalho em
condições de risco, que de regra, produzia efeitos ex nunc, exceto em caso de existência de lei
dispondo de modo diverso, o que é caso do art. 194 da CLT, quanto ao adicional de
periculosidade. Assim, concluiu que os efeitos da sentença na ação revisional deviam retroagir
à data da eliminação do risco à saúde e integridade física da trabalhadora, porém, para que
não configurasse reformatio in pejus, mantinha-se o marco definido pelo Juízo de origem (a
partir de agosto/2013), o qual reconheceu a existência de coisa julgada, devido ao trânsito em
julgado da sentença homologatória dos cálculos de liquidação daquele processo, em que
computada a parcela do adicional de periculosidade relativa a julho/2013. Premissas fáticas
incontestes à luz da Súmula nº 126. Precedentes. Incidência da Súmula nº 333 e do artigo 896,
§ 7º, da CLT. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgR-AIRR - 20342-
66.2014.5.04.0014, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento:
26/10/2016, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/11/2016)
RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO ANTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014 -
NULIDADE POR CERCEIO DE DEFESA - AUSÊNCIA DE PROVA PERICIAL. AFASTAMENTO COM
AMPARO EM DOCUMENTOS ROBUSTOS - POSSIBILIDADE. Discute-se a possibilidade de
dispensa da prova pericial para a constatação das condições insalubres e perigosas, bem como
da ausência de adoção de condutas empresariais tendentes a eliminarem a agressão à saúde e
os riscos à integridade física. O art. 195, § 2º, da CLT impõe a realização da prova técnica nos
casos de alegação de trabalho insalubre ou perigoso. Tal determinação não é absoluta, uma
vez que o juiz pode formar o seu convencimento à vista de outros aspectos, como por fato
notório ou mediante admissão tácita da existência da condição adversa de trabalho
(respectivamente Súmulas nºs 39/TST - frentista e 453/TST - pagamento espontâneo do
adicional de insalubridade). Pode ainda, por prova robusta colhida de elementos colacionados
aos autos, que confirmem peremptoriamente o labor em condições adversas, como também a
ausência de condutas do empregador no sentido de neutralizar seus efeitos, com amparo nos
arts. 765 da CLT, 131 e 456 do CPC de 1973 (art. 464, II, do CPC de 2015). Consoante o artigo
130 do Código de Processo Civil, cabe ao magistrado determinar quais provas são essenciais à
instrução do processo, indeferindo as diligências que considere inúteis à elucidação da
controvérsia. A esse dispositivo soma-se o artigo 131 do CPC, pelo qual o juiz apreciará
livremente a prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias dos autos e motivando as razões
de seu convencimento. Conquanto disponha o artigo 195, §2º, da CLT sobre a necessidade da
realização de perícia para a aferição do labor em condições insalubres, essa regra não é
absoluta, podendo ser dispensada em situações excepcionais e suprida por outros elementos
de prova. No caso em exame, a Corte de origem manteve a condenação da empresa ao
pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade, após constatar a existência dos
agentes insalubres e perigosos, mediante a análise do PPRA e dos LTCAT' s, programas e
documentos esses que buscam justamente garantir a preservação da saúde e integridade dos
trabalhadores. Assim, a conclusão do Tribunal Regional, no sentido de ser prescindível a
produção de prova pericial, não viola os artigos 195 da CLT e 5º, II e LV, da CF/88, Precedentes.
Aresto inservível, porquanto inespecífico. Óbice da Súmula nº 296 do TST. Recurso de revista
não conhecido. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE - CARACTERIZAÇÃO. O Tribunal Regional,
ao analisar o recurso patronal, na fração de interesse, adotou o entendimento de que, diante
da comprovação tanto da insalubridade quanto da periculosidade pelos documentos PPRA e
LTCAT' s, bem como da "desídia da empregadora em apresentar toda a documentação
requerida referente a segurança no ambiente de trabalho, passa a ser da reclamada o ônus de
comprovar a regularidade das atividades exercidas pelo autor, ônus do qual não se
desincumbiu". A matéria, portanto, foi equacionada sob o viés do ônus da prova quanto à
regularidade do labor nos limites de tolerância, uma vez que os documentos apontaram a
existência de agentes agressores e de risco, de forma que não há ofensa ao art. 195 da CLT.
Cabe pontuar que o Tribunal não se manifestou sobre a alegação da reclamada de que os
níveis de exposição estavam dentro dos limites legais, incidindo o óbice da Súmula nº 297 do
TST nesse particular. Recurso de revista não conhecido. ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E DE
PERICULOSIDADE - POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO - ART. 11, "B" DA CONVENÇÃO 155/OIT -
DIREITOS HUMANOS - SUPRALEGALIDADE E EFEITO PARALISANTE. Discute-se a possibilidade
de a sujeição simultânea da trabalhadora a agentes insalubres e perigosos ensejar específicos
sobressalários de forma cumulativa ou se deve oportunizar a opção pelo adicional mais
vantajoso (art. 193, § 2º, da CLT). O art. 193 da CLT, que se reporta ao adicional de
periculosidade, dispõe, em seu § 2º, que o empregado pode optar pelo adicional de
insalubridade. Em exercício hermenêutico desse comando, usualmente procedido pelas Cortes
Trabalhistas, é comum concluir-se que, mesmo exposto o trabalhador, simultaneamente, a
agentes potencialmente nocivos à saúde e geradores de risco à integridade física ou à vida, não
acumularia dois adicionais, de periculosidade e de insalubridade, devendo observar a
determinação da lei quanto à opção. Ora, é cediço que as normas atinentes à saúde ostentam
caráter de ordem pública e, portanto, são inderrogáveis pela vontade das partes. E, por esse
viés, cabe ao empregador zelar pelo meio ambiente laboral saudável, buscando eliminar os
riscos que atentem contra a saúde do trabalhador (art.7º, XXII, da CF). Dessa forma, o
pagamento pelo trabalho em condições diferenciadas, dentre elas as de exposição a riscos à
saúde, integridade física e vida do trabalhador, não apenas visa a remunerar as condições
especiais do labor, como também a encarecer a mão de obra, objetivando a realização, pelo
empregador, da efetiva diminuição ou eliminação dos riscos. No entanto, em face da
impossibilidade de se alcançar um ambiente totalmente isento dos riscos à saúde, o
pagamento dos adicionais visa compensar o risco à saúde e à vida e preservar a integridade do
trabalhador. Os arts. 190 e 193 da CLT, que preveem o pagamento dos adicionais de
insalubridade e de periculosidade, embora sejam taxativos quanto à caracterização das
atividades insalubres e perigosas pelo Ministério do Trabalho, não trazem nenhuma vedação
para a sua cumulação, inclusive porque visam remunerar situações distintas de gravame à
saúde. Os referidos dispositivos, em especial o § 2º do art. 193, devem ser interpretados à luz
da Constituição da República, notadamente em face dos princípios nela insculpidos, tais como
os da dignidade da pessoa humana, da valorização social do trabalho, da proteção à saúde e
meio ambiente do trabalho e do princípio da redução dos riscos inerentes ao trabalho, visto
que a saúde e a integridade física não se vendem e não se compram, preservam-se, sendo
fundamentais à dignidade do ser humano. Sabido que a insalubridade compromete a saúde do
trabalhador, enquanto a periculosidade expõe a risco a sua vida ou integridade física, não
haveria sentido falar-se em opção por um deles, na medida em que a escolha de um dos
adicionais não elimina a incidência do outro. No momento em que o empregado é obrigado a
optar por um dos adicionais, com agentes agressores diversos, estar-se-ia precarizando o
postulado nos arts. 6º e 194 da Constituição Federal, de que a saúde é um direito social e no
art. 7º, XXIII, da Constituição Federal, que prevê o pagamento do adicional de remuneração
para as atividades penosas, insalubres ou perigosas. Convém ressaltar que as Convenções 148
e 155 da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil, recomendam
interpretação mais ampla, ou, ao menos, mais voltada ao aprimoramento das condições de
trabalho e extensão da proteção a que o empregado faz jus, estabelecendo limites aos riscos
profissionais. Assim, em face de a Constituição Federal, no artigo 7º, XXIII, ter garantido de
forma plena o direito ao recebimento dos adicionais de penosidade, insalubridade e
periculosidade, sem nenhuma ressalva quanto à cumulação, não estaria recepcionado o
dispositivo da CLT. Procurando, no entanto, estabelecer o sentido e alcance da norma celetista
à luz da Constituição de 1988, com interpretação conforme à Lei Maior, chega-se à conclusão
de que o intuito da norma, em relação à opção por um dos adicionais, diz respeito a fatos que
levam simultaneamente a uma situação de insalubridade e de risco. E aí a opção por um dos
adicionais se impõe, com recepção da norma celetista, a exemplo do trabalhador que opera
aparelho de raios X, hipótese dos autos, gerador de risco à saúde e à integridade física. Por
esse prisma, a interpretação a ser conferida à norma não pode ser a mesma quando os fatos
geradores da insalubridade e da periculosidade são diversos e não se confundem. Nessa
hipótese, a norma do art. 193, § 2º, da CLT não incide, pelo simples fato de que não há opção a
ser feita. São fatores distintos e cada qual faz incidir o adicional correspondente. Interpretação
distinta corresponderia a negar um direito fundado na Constituição Federal. Assim, por
quaisquer dos enfoques que se pretenda, seja pela não recepção do art. 193, § 2º, da CLT pela
Constituição Federal, seja pela sua interpretação conforme os princípios constitucionais,
entendo plenamente cabível a cumulação dos adicionais de periculosidade e de insalubridade
quando as circunstâncias que os ensejarem forem diversas. É precisamente a hipótese em
exame. Percebe-se que a autora fazia jus ao pagamento de adicional de insalubridade (a
reclamada alega apenas a impossibilidade de cumulação do adicional de insalubridade então
recebido pela atividade com técnica de enfermagem com o de periculosidade em face de sua
exposição habitual à radiação ionizante em razão da manipulação de raios X no exame de
pacientes). Como se vê, o reconhecimento do direito aos adicionais de periculosidade e
insalubridade cumulativamente se baseou em causas autônomas distintas. Destarte, impõe-se
a manutenção da decisão do Tribunal Regional que deferiu a cumulação dos adicionais.
Recurso de revista não conhecido. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO.
SÚMULA VINCULANTE Nº 4 DO EXCELSO STF. (Arguição de contrariedade à Súmula Vinculante
nº 4 e divergência jurisprudencial). O e. TRT entendeu que a base de cálculo do adicional de
insalubridade é o salário contratual do autor. Todavia, esta Corte, na esteira da jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, consolidou entendimento no sentido de que, não obstante a
inconstitucionalidade da utilização do salário mínimo como base de cálculo do adicional de
insalubridade, nos termos da Súmula Vinculante nº 4, este deve ser considerado como
indexador, até que nova lei seja editada disciplinando a matéria. Precedentes do STF e da SBDI-
1. Recurso de revista conhecido por contrariedade à Súmula Vinculante nº 04 do STF. (...) (RR -
110-93.2013.5.08.0131 , Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de
Julgamento: 26/10/2016, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 28/10/2016)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. VALOR ARBITRADO À INDENZAÇÃO POR DANOS MORAIS (R$
10.000,00). ANOTAÇÕES INCORRETAS NO PERIFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP).
DIFICULDADE NA AQUISIÇÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS
DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. Trata-se de controvérsia relativa ao valor
arbitrado à indenização por danos morais, no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais),
decorrentes das anotações incorretas no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), o que
dificultou a aquisição de aposentadoria especial pelo autor. Extrai-se do acórdão regional que a
reclamada deixou de cumprir o disposto no artigo 58, § 4º, da Lei nº 8.213/91, o qual prevê
que a empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as
atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer-lhe, na rescisão do contrato de trabalho,
cópia autêntica desse documento. Destacou-se que "restou provado que houve incorreção na
emissão do PPP, haja vista ter sido reconhecido o labor em condições insalubres e periculosas",
bem como que "a determinação de retificação do PPP se deu após realização de perícia técnica
que apurou as condições de trabalho a que esteve submetido o empregado, condições essas
nocivas à saúde, que repercutem no tipo e tempo de aposentadoria do empregado". Diante
das premissas fáticas descritas, notadamente quanto à responsabilidade da reclamada pela
emissão incorreta do PPP, o que dificultou a aposentadoria especial do reclamante, o valor
arbitrado à reparação pecuniária (R$ 10.000,00) não se mostra desprovido de razoabilidade ou
proporcionalidade, mas, sim, apresenta-se adequado à situação fática delineada nos autos e
apto a amenizar os aborrecimentos e os prejuízos sofridos pelo empregado. Atentou-se,
também, à extensão do dano e ao caráter pedagógico da reparação, sem homenagear o
enriquecimento ilícito do reclamante e a ruína da empregadora. Diante do exposto, verifica-se
que o Regional primou pela razoabilidade e proporcionalidade, não havendo falar em excesso
na fixação do quantum indenizatório. Agravo de instrumento desprovido. HIPOTECA
JUDICIÁRIA. APLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO. DETERMINAÇÃO EX OFFICIO.
POSSIBILIDADE. Na espécie, a Corte a quo manteve a determinação de hipoteca judiciária
prevista no art. 495 do CPC/2015, por entender que tal instituto é perfeitamente aplicável a
Justiça do Trabalho, por força do art. 769 da CLT, frisando que, "em se tratando de efeito
próprio e inerente à sentença, não se exige pedido expresso para a sua decretação". A decisão
regional foi proferida em consonância com a jurisprudência desta Corte uniformizadora, de
que a hipoteca judiciária, prevista no artigo 495 do CPC/2015, é compatível com o Processo do
Trabalho, não havendo óbice para sua declaração. Este Tribunal Superior também firmou a
tese de que essa medida pode ser determinada de ofício, por ser um efeito ope legis da
sentença condenatória, cabendo ao julgador apenas ordenar a inscrição na forma prevista na
Lei de Registros públicos. (precedentes). Agravo de instrumento desprovido. (AIRR - 10431-
55.2014.5.03.0047 , Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento:
24/05/2017, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 02/06/2017)
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. (...) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. RUÍDO. Verifica-se que o
Regional, mediante a análise da prova pericial acostada aos autos, concluiu que o ruído no
ambiente de trabalho era acima dos limites de tolerância, que os EPI' s não eram hábeis ao fim
pretendido e que não havia qualquer registro da entrega dos Equipamentos de Proteção
Individual. Nesse contexto, os arestos colacionados se mostram inservíveis ao dissenso de
teses, uma vez que não abordam todos os fundamentos constantes da decisão regional,
notadamente o de que não há qualquer registro de entrega dos equipamentos de proteção
individual adequados, de forma a atrair a incidência da Súmula nº 23 do Tribunal Superior do
Trabalho. Recurso de revista não conhecido. HORAS EXTRAS - TEMPO DESTINADO À TROCA DE
UNIFORME. No tocante às horas extras decorrentes do tempo destinado à troca de uniforme, a
decisão foi proferida em consonância com a Súmula nº 366 do TST, uma vez que tal período se
configura tempo à disposição do empregador. Recurso de revista não conhecido. (...)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. FRIO POR CONDUÇÃO. Embora o art. 436 do CPC de 1973 (art.
479 do NCPC) permita ao juiz chegar a entendimento diverso do expert, é necessário declinar a
sua convicção diante de outros elementos comprovados nos autos. No caso em exame,
constatou-se que "Para o trabalho na sala de cortes, o fornecimento de luvas de elanca ou de
lã, segundo o perito, elide os efeitos nocivos do frio, afastando a insalubridade.", sendo
necessária luva térmica apenas para os que laborassem no local denominado saída do
girofreezer. Nesse contexto, não obstante a irresignação da reclamante com a conclusão do
laudo pericial, não há outros elementos probatórios revelados em sede regional que permitam
a aplicação do art. 436 do CPC. Nesse contexto, a pretensão, tal qual exposta, implicaria o
reexame de fatos e provas na seara recursal extraordinária, o que esbarra no óbice da Súmula
nº 126 do TST. Recurso de revista não conhecido. (...) (RR - 810-27.2013.5.12.0012 , Relator
Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 28/06/2017, 3ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 03/07/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. LEI Nº 13.015/2014.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. FRIO, UMIDADE E ÁLCALIS CÁUSTICOS. HONORÁRIOS
PERICIAIS. SÚMULA 126 DO TST. 1 - Atendidas as exigências do art. 896, § 1º-A, da CLT. 2 - A
Corte regional, soberana na análise do conjunto fático-probatório, com amparo na prova
pericial, concluiu que ficou caracterizado que o ambiente de trabalho era insalubre, eis que a
reclamante estava exposta de modo habitual e permanente aos agentes insalubres: frio,
umidade e álcalis cáusticos, e que o EPI fornecido não era eficaz para elidir a nocividade dos
agentes, além de serem entregues de forma insuficiente, em quantidade incompatível com a
necessidade decorrente da atividade desempenhada. 3 - Nesses aspectos, para se chegar à
conclusão diversa da exposta pelo Tribunal Regional, forçoso será o reexame de fatos e provas,
o que é vedado nesta instância extraordinária, conforme inteligência da Súmula n° 126 desta
Corte, cuja incidência afasta a viabilidade do conhecimento do recurso de revista com base na
fundamentação jurídica invocada pela parte. 4 - Mantida a condenação ao pagamento de
adicional de insalubridade, resta prejudicada a análise acerca dos honorários periciais. 5 -
Agravo de instrumento a que se nega provimento. (AIRR - 20120-67.2015.5.04.0401, Relatora
Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 14/12/2016, 6ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 19/12/2016)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
CERTIFICAÇÃO DE APROVAÇÃO. PRAZO DE VALIDADE EXPIRADO. SÚMULA Nº 80 DO TST 1.
Para excluir o direito ao adicional de insalubridade, cumpre ao empregador demonstrar que o
equipamento de proteção individual fornecido neutraliza completamente o agente nocivo à
saúde e registrar na ficha de entrega ao empregado o respectivo Certificado de Aprovação
junto ao órgão competente do Poder Executivo. Não basta, pois, fornecer EPI: o equipamento
haverá de ser confortável e eficaz, o que se afere do controle de qualidade presumível da
aprovação pela autoridade competente. Inteligência da Súmula nº 80 do TST. 2. Nessa
perspectiva, o vencimento do prazo de validade do Certificado de Aprovação do EPI inviabiliza
a comprovação de que remanesce a eficácia do dispositivo ou produto para eliminar ou
neutralizar o agente insalubre a que exposto o empregado. 3. A propósito, a NR 6 do Ministério
do Trabalho, que dispõe sobre Equipamento de Proteção Individual - EPI, estabelece, no item
6.8.1, "c", que o fabricante nacional ou importador deverá solicitar ao órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde do trabalho a renovação do Certificado de
Aprovação na hipótese de expiração do prazo de validade estipulado. 4. Assim, o fornecimento
de EPI cujo Certificado de Aprovação esteja com prazo de validade vencido enseja o
reconhecimento do direito ao adicional de insalubridade, haja vista que não se prova a
eliminação do agente nocivo à saúde. 5. Agravo de instrumento da Reclamada de que se
conhece e a que se nega provimento. (AIRR - 63100-81.2014.5.17.0181 , Relator Ministro: João
Oreste Dalazen, Data de Julgamento: 10/08/2016, 4ª Turma, DEJT 19/08/2016)
RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR DOS SERVIÇOS.
DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER PELO EMPREGADOR. FORNECIMENTO DE
DOCUMENTO (PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO). MULTA DIÁRIA. EXTENSÃO AO
RESPONSÁVEL SUBSIDIÁRIO. POSSIBILIDADE. 1. O Tribunal Regional manteve a condenação ao
pagamento de multa diária no valor de R$ 30,00 (trinta reais), sem limitação quanto ao valor,
em caso de a empregadora não cumprir a obrigação de fazer no prazo de 30 (trinta) dias após o
trânsito em julgado. Consignou que "A multa diária a ser arbitrada em caso de inadimplemento
tem a natureza de ' astreintes' , com expressa previsão no art. 461, do CPC. Quanto ao valor da
multa e ao prazo para cumprimento, nenhum reparo deve ser feito, eis que suficientes ao
cumprimento e proporcionais à obrigação deferida". Registrou, ainda, que "é indubitável que
tais obrigações apresentam caráter personalíssimo, no entanto, sempre que convertidas em
indenização, a reclamada subsidiária arcará com o pagamento, uma vez que a obrigação
decorre do crédito principal reconhecido. Assim, as multas e indenizações que possuem cunho
econômico e derivam dos créditos ora reconhecidos são também de responsabilidade da
empresa subsidiária". 2. A jurisprudência deste Tribunal é no sentido de que, na hipótese de
descumprimento da obrigação de fazer pelo empregador, o pagamento da respectiva multa,
por constituir condenação em pecúnia, é extensível ao tomador dos serviços, nos termos do
item VI da Súmula 331/TST. Precedentes. 3. No tocante ao valor da multa, cumpre ressaltar
que a finalidade de astreintes é dar efetividade à tutela jurisdicional. Assim, o valor poderá
sofrer alteração quando se mostrar insuficiente ou excessivo, pelo juiz da origem (art. 461, §6º,
do CPC de 1973), até mesmo na execução, razão pela qual a decisão do Tribunal Regional que
manteve a multa diária de R$30,00, sem limitação do valor total, não implica ofensa ao citado
dispositivo legal. Recurso de Revista não conhecido. (RR - 599-30.2013.5.15.0069 , Relator
Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 10/05/2017, 1ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 12/05/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESCRIÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. ENTREGA DO PERFIL
PROFISSIOGRÁFICO E DO LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS. Ante possível violação
do art. 11, § 1º, da CLT nos termos exigidos no artigo 896 da CLT, autoriza-se o processamento
de recurso de revista. Agravo de instrumento provido para determinar o processamento do
recurso de revista. RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. ENTREGA DO
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO E DO LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS. Embora seja
imprescritível a pretensão declaratória, no caso dos autos não merece reforma o acórdão
recorrido em razão de o art. 11, § 1º, da CLT ter sido incluído pela Lei 9.658/98 e o término do
contrato de trabalho ter ocorrido em 1983. Inviável a pretensão recursal de ver reconhecida a
imprescritibilidade de pretensão que envolve obrigação de fazer com supedâneo em norma
vigente após rescisão contratual em razão de a prescrição já se ter consumado antes de a
pretensão tornar-se imprescritível. Intactos os dispositivos legal e constitucional indicados
como violados. Recurso de revista não conhecido. (RR - 554-10.2011.5.12.0027 , Relator
Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 10/05/2017, 6ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 12/05/2017)
RECURSO DE REVISTA. PRELIMINAR DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
Diferentemente do alegado pelo autor, observa-se que não há omissão no acórdão regional,
tendo o Tribunal Regional proferido fundamentação suficiente para o deslinde da controvérsia,
nos termos do art. 93, IX, da CF, configurando as alegações da parte mero inconformismo com
o julgado e não deficiência da tutela jurisdicional. Logo, restam incólumes os dispositivos
invocados. Recurso de revista não conhecido. PRESCRIÇÃO - EXPEDIÇÃO DO FORMULÁRIO DE
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP). A prescrição trabalhista, prevista nos arts.
7º, XXIX e 11 da CLT se refere apenas às pretensões condenatórias a créditos oriundos das
relações de trabalho. Na ação em que se objetiva o reconhecimento do exercício da atividade
sujeita a condições agressivas à saúde, para efeito de aposentadoria especial reduzida, prevista
no art. 57 da Lei nº 8.213/91, com a consequente entrega do formulário Perfil Profissiográfico
Previdenciário - PPP, incide a exceção prevista no § 1º do art. 11 da CLT, ante o seu caráter
declaratório. Precedentes. Recurso de revista conhecido por violação do art. 11, § 1º, da CLT.
CONCLUSÃO: Recurso parcialmente conhecido e provido. (RR - 478-73.2013.5.05.0006 , Relator
Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 15/03/2017, 3ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 17/03/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1. NULIDADE DO ACÓRDÃO REGIONAL
POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. O reclamante não opôs embargos de
declaração contra a decisão, a fim de suscitar a apreciação da matéria, o que afasta a alegada
nulidade, nos termos da Súmula n° 184 desta Corte, não se cogitando em violação dos arts. 93,
IX, da CF, 489 do CPC/2015 e 832 da CLT. 2. NULIDADE. CERCEAMENTO DO DIREITO DE
DEFESA. NOVA PERÍCIA. O indeferimento de nova perícia pelo Regional, com a finalidade de
aferir as condições laborais de todo o período contratual, consoante pretendido pelo
reclamante, com vistas à retificação do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), não
configura cerceamento de defesa, tendo em vista que, conforme constou do acórdão
recorrido, o pedido de retificação é acessório ao pedido de insalubridade/periculosidade, o
qual sujeita-se à prescrição qüinqüenal. Nesse contexto, não se vislumbra a indicada ofensa
aos arts. 5º, LV, da CF, 765 e 794 da CLT. (...) (AIRR - 11810-10.2014.5.15.0043 , Relatora
Ministra: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento: 26/04/2017, 8ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 28/04/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES
DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA
ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. (...) DEFERIMENTO DE ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE SEM REALIZAÇÃO DE PERÍCIA TÉCNICA. EXPOSIÇÃO A AGENTE NOCIVO
CONSTATADA POR PROVA DOCUMENTAL. CONDIÇÕES NOCIVAS À SAÚDE CONTIDAS NO PPP.
POSSIBILIDADE. Nos termos do artigo 765 da CLT, o Juiz tem ampla liberdade na direção do
processo, devendo velar pelo rápido andamento da causa. Ademais, de acordo com o disposto
no artigo 130 do CPC/73, cabe-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias à instrução do processo e indeferir as diligências inúteis ou meramente
protelatórias. Há, ainda, que se considerar a diretriz do artigo 427 do CPC/73, segundo a qual
constitui faculdade do juiz a possibilidade de dispensar a realização de perícia técnica, quando
presentes outros elementos de prova capazes de elucidar a questão de fato. Nesse contexto, a
jurisprudência desta Corte tem admitido a comprovação do trabalho em ambiente insalubre
mediante outros elementos de prova, em especial, os registros ambientais (PPRA e PCMSO), a
respaldar eventual pedido de adicional de insalubridade. Minimiza-se, desse modo, a ideia de
exclusividade da perícia técnica como prova documental hábil a atestar a nocividade do
ambiente de trabalho. No caso, o registro fático que se extrai do acórdão regional é o de que o
pleito de adicional de insalubridade, em grau máximo (40%), está respaldado nos registros
ambientais contidos no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). As normas do INSS que
disciplinam o seu preenchimento atribuem às informações nele contidas a presunção relativa
de veracidade quanto às condições de trabalho, motivo pelo qual se inverte o ônus de
desconstituir o que nele consta. Passa a ser do empregador, responsável pelo preenchimento,
o dever de demonstrar eventual equívoco no preenchimento, mesmo porque a finalidade
precípua é comprovar as condições de trabalho a que estava sujeito o empregado, inclusive
para, se for o caso, obter aposentadoria especial. Exatamente por isso, dele consta, logo acima
do espaço para assinatura do representante legal da empresa, a advertência no sentido de que
as informações nele contidas "são verídicas e foram transcritas literalmente dos registros
administrativos, das demonstrações ambientais e dos programas médicos de responsabilidade
da empresa". Como se não bastasse, também se encontra no formulário em questão mais
outro alerta: "É do nosso conhecimento que a prestação de informações falsas neste
documento constitui crime de falsificação de documento público, nos termos do artigo 297 do
Código Penal". Nesse contexto, considerando que a decisão regional pautou-se no exame da
prova documental carreada aos autos, admissível a dispensa da prova técnica. Recurso de
revista de que não se conhece. (...) (RR - 538-68.2013.5.08.0101 , Relator Ministro: Cláudio
Mascarenhas Brandão, Julgamento: 19/04/2017, 7ª Turma, DEJT 28/04/2017)
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA
VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. SALÁRIO COMPLESSIVO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E
PERICULOSIDADE. A discussão travada nos autos diz respeito à validade da norma coletiva que
autoriza o pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade embutido no piso da
categoria, tendo o Tribunal Regional concluído pela invalidade da cláusula 37 dos acordos
coletivos aplicáveis ao contrato de trabalho do autor. II. O posicionamento adotado pela Corte
Regional, que não reconhece os acordos coletivos trazidos aos autos, parece violar o art. 7º,
XXVI, da Constituição Federal. III. Demonstrada possível violação do art. 7º, XXVI, da CF/88.
Agravo de instrumento de que se conhece e a que se dá provimento. II - RECURSO DE REVISTA.
ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. SALÁRIO COMPLESSIVO.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. Havendo previsão em instrumento coletivo
de pagamento conjunto dos adicionais de periculosidade e insalubridade, não se cogita de
aplicação da Súmula 91/TST, que trata de salário complessivo. Prevalece os termos acordados
mediante negociação coletiva nos casos em que o agrupamento de parcelas deu-se mediante a
estipulação de cláusula de instrumento coletivo, não havendo se falar em salário complessivo.
Precedentes. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (RR - 2440-
86.2013.5.12.0055 , Relatora Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data
de Julgamento: 15/06/2016, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/06/2016)
EMBARGOS. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ARTIGO 57
DA LEI Nº 8.213/1991. MAQUINISTA. CONTATO COM RUÍDO. EFEITOS. MULTA DE 40% DO
FGTS. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 361 DA SBDI-1 DO TST. 1. Consolidou-se o
entendimento, no âmbito do TST, de que o empregado que se aposenta voluntariamente e
continua prestando serviços ao empregador, em caso de ulterior dispensa imotivada faz jus ao
pagamento da multa de 40% sobre todos os depósitos do FGTS, inclusive em relação ao
período posterior à concessão da aposentadoria (Orientação Jurisprudencial nº 361 da SbDI-1).
2. A aposentadoria especial prevista nas normas dos artigos 201, § 1º, da Constituição Federal
e 57 e seguintes da Lei nº 8.213/1991 constitui benefício sui generis, que o distingue dos
demais benefícios previdenciários. 3. A Lei Previdenciária, por razões óbvias relacionadas à
preservação da integridade do empregado, categoricamente veda a permanência no emprego
após a concessão da aposentadoria especial, ao menos na função que ensejou a condição de
risco à saúde, sob pena de automático cancelamento do benefício (arts. 46 e 57, § 8º, da Lei nº
8.213/91). 4. Contraria a Orientação Jurisprudencial nº 361 da SbDI-1 do TST, por má aplicação,
acórdão turmário que acolhe pedido de pagamento da multa de 40% sobre os depósitos do
FGTS, relativamente a contrato de trabalho cuja resilição deu-se por iniciativa do empregado,
por força da concessão de aposentadoria especial, reconhecida mediante decisão emanada da
Justiça Federal, com efeitos retroativos, em face do contato, por longos anos, com agente
nocivo - ruído intenso. 5. Embargos de que se conhece, por contrariedade à Orientação
Jurisprudencial nº 361 da SbDI-1 do TST, em face de má aplicação, e a que se dá provimento"
(Processo: E-ED-RR - 87-86.2011.5.12.0041 Data de Julgamento: 28/05/2015, Rel. Min. João
Oreste Dalazen, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT
05/06/2015).
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE
DA LEI Nº 13.015/14 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. FORNECIMENTO DE EPI. SÚMULA 126
DO TST - HONORÁRIOS PERICIAIS. VALOR ARBITRADO. SÚMULAS 296, I, E, 337, I, "A", DO TST -
EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. SÚMULA 221 DO TST.
Nega-se provimento ao agravo de instrumento que não logra desconstituir os fundamentos da
decisão que denegou seguimento ao recurso de revista. Agravo de instrumento a que se nega
provimento. II - RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ABASTECIMENTO DE
VEÍCULO. ACOMPANHAMENTO. O TST tem reiteradamente decidido que o mero
acompanhamento do abastecimento do veículo não se enquadra na previsão no Anexo 2 da NR
16 da Portaria MTE nº 3.214/78 e, assim, não gera direito ao recebimento de adicional de
periculosidade. Recurso de revista conhecido e provido. (TST, ARR - 10927-41.2015.5.15.0039 ,
Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 11/10/2017, 8ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 16/10/2017)
PRESCRIÇÃO. PEDIDO DE ENTREGA DE PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP, PARA
ALICERÇAR PEDIDO DE APO-SENTADORIA ESPECIAL PERANTE O INSS. AÇÃO QUE ENSEJA DE-
CISÃO DE CONTEÚDO DECLARATÓRIO. ARTIGO 11, § 1º, DA CLT. Na hipótese dos autos, o
Tribunal Regional entendeu que o pedido de entrega de documentos para fins de
requerimento de aposentadoria especial perante a Previdência Social não possuía natureza
meramente declaratória, razão pela qual entendeu que o pleito do autor não se inseria na
previsão contida no § 1º do artigo 11 da CLT e, portanto estava prescrito. O artigo 11, § 1º, da
CLT aduz que os prazos prescricionais do direito de ação quanto aos créditos resultantes das
relações de emprego não são aplicáveis às ações que tenham por objeto anotações para fins
de prova perante a Previdência Social. Desse modo, as ações meramente declaratórias que
tenham o objetivo de produzir provas perante o INSS não se sujeitam aos prazos prescricionais
previstos nos artigos 11 CLT e 7º XXIX, da Constituição Federal, portanto são imprescritíveis,
ante a ausência de conteúdo patrimonial. Nesse contexto, o pedido de fornecimento de
documentos que atestem fatos ocorridos durante a relação de emprego, indispensáveis para
fazer prova perante a Previdência Social, possui natureza declaratória, assim não implica o
deferimento de créditos trabalhistas e não se sujeita, pois, a prazo prescricional. Diante disso, a
Corte regional, ao manter a sentença em que se declarou a prescrição do direito de obtenção
de documentos e do perfil profissiográfico previdenciário, necessários para a produção de
prova perante o INSS, violou o artigo 11, § 1º, da CLT. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST, RR - 480-93.2012.5.01.0263, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma,
DEJT 01/09/2017).
JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO EM PARTE DO CONTRATO DE
TRABALHO. PERÍCIA TÉCNICA. DESNECESSIDADE. O pagamento espontâneo do adicional de
insalubridade em parte do contrato de trabalho e a confirmação de que o trabalhador sempre
exerceu as mesmas funções comprovam que o empregado laborou em ambiente insalubre por
todo o pacto laboral. Devido o adicional de insalubridade. Desnecessária a realização de prova
técnica. Aplicação da Súmula 435 do TST, por analogia. (TRT12 - RO - 0000079-
79.2016.5.12.0059, Rel. JOSÉ ERNESTO MANZI, 1ª Câmara, Data de Assinatura: 23/02/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIRO. USO RESTRITO. INDEVIDO. O
trabalhador que realiza a limpeza de banheiro do interior de agência bancária com o uso restrito
apenas aos funcionários não tem direito ao adicional de insalubridade, pois a atividade não se
equipara à coleta de lixo urbano. Inteligência da Súmula 448 do TST. (TRT12 - RO - 0001547-
24.2015.5.12.0056 , Rel. JOSÉ ERNESTO MANZI, 1ª Câmara, Data de Assinatura: 03/04/2017)
VIGIA. LEI N. 12.740/2012. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE INDEVIDO. O vigia, ao contrário do
vigilante, não tem direito ao adicional de periculosidade de que trata a Lei n. 12.740/2012, por
não exercer atividade própria de segurança pessoal ou patrimonial e também por ausência de
enquadramento de suas atividades no Anexo 3 da NR 16, aprovado pela Portaria n. 1885/2013
do Ministério do Trabalho e Emprego. (TRT12 - RO - 0000152-51.2016.5.12.0059, Rel.
ROBERTO LUIZ GUGLIELMETTO, 3ª Câmara, Data de Assinatura: 28/09/2016)
"PROVA PERICIAL EMPRESTADA. PRINCÍPIOS DA CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL. A
prova pericial em pedidos de adicional de insalubridade e periculosidade é obrigatória, a teor
do art. 195 da CLT. Contudo, a prova produzida em ações coletivas pode ser utilizada como
prova emprestada em ações individuais de empregados de uma mesma empresa, pois isso
representa ganho de tempo, de trabalho e de recursos, o que atende aos princípios da
celeridade e economia processual, além de evitar soluções díspares para conflitos individuais
homogêneos, o que representa um grande prejuízo para a coletividade de trabalhadores de
uma empresa." (Mandado de Segurança nº 0000330-85.2013.5.12.0000, Relator:
Desembargador José Ernesto Manzi). (TRT 12 – RO - 0001100-03.2014.5.12.0046, 1ª Câmara,
Rel. NARBAL ANTÔNIO DE MENDONÇA FILETI, pub. TRTSC/DOE em 24/02/2017)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU
PATRIMONIAL. O adicional de periculosidade previsto na Lei n. 12.740/12 para as atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial é devido a partir da publicação da Portaria n.
1.885/13, do Ministério do Trabalho e Emprego, que regulamentou as atividades abrangidas
pelo art. 193, inc. II, da CLT. (TRT12 - RO - 0000469-23.2014.5.12.0058 , Rel. ROBERTO LUIZ
GUGLIELMETTO , 3ª Câmara , Data de Assinatura: 14/09/2015)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LAUDO PERICIAL. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE
VERACIDADE. O laudo pericial goza de presunção juris tantum de veracidade, cabendo à parte
que porventura o impugnar comprovar a inveracidade dos pressupostos fáticos considerados
pelo perito e os vícios técnicos na formulação da conclusão. Não havendo nos autos provas
hábeis a desconstituir o laudo pericial, prevalece a conclusão deste, que trata da prova técnica
legalmente necessária para a comprovação da existência ou da inexistência da insalubridade
no ambiente de trabalho do empregado. (TRT12 - RO - 0001274-07.2015.5.12.0004, Rel. JOSÉ
ERNESTO MANZI, 1ª Câmara, Data de Assinatura: 29/06/2017)
MINEIRO DE SUBSOLO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE. O adicional de
insalubridade e de periculosidade já está incluído no salário dos trabalhadores em minas de
carvão, por força do que dispõe o Termo de Acordo de 1966, celebrado entre o Sindicato
Nacional da Indústria de Extração de Carvão e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de
Extração do Carvão de Criciúma, com ratificação dessa norma pelos acordos coletivos
posteriores. Nesse sentido é a OJ Transitória nº 12 da SDI-1 do TST. (RO 0003905-
83.2014.5.12.0027, 1ª TURMA, Rel. NARBAL ANTÔNIO DE MENDONÇA FILETI, publicado no
TRTSC/DOE em 04/05/2017)
TRABALHO EM MINAS DE SUBSOLO. NORMA COLETIVA QUE INSTITUI SALÁRIO MÍNIMO
PROFISSIONAL COM A INCLUSÃO DOS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE
PAGOS DE FORMA COMPLESSIVA. INVALIDADE. São inválidas as normas coletivas que
incorporam o disposto em instrumentos coletivos firmados em 1965 e 1966, dispondo estarem
inclusos no salário mínimo profissional os adicionais de insalubridade e periculosidade, pois
instituem o salário complessivo, modalidade de pagamento que resulta em incontáveis
prejuízos aos trabalhadores, uma vez que estes não tomam conhecimento das parcelas que lhe
estão sendo pagas, seus reflexos, alíquotas, base de cálculo e a que direitos se referem,
afastando-os da proteção que lhes é outorgada pela legislação trabalhista. Os adicionais de
insalubridade e periculosidade possuem faceta inibitória, que visa afastar o empregado dos
trabalhos que representem risco a sua saúde. Todavia, esse intuito, que vai ao encontro dos
princípios fundamentais da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho,
contribuindo com o comando do inciso XXIII do art. 7º da CRFB/88, é obliterado pelo salário
complessivo que, nesse caso, gera uma outra anomalia, pois ao prever um piso aplicável a toda
a categoria, neste incluído o valor do adicional de insalubridade, sem considerar as
peculiaridades do local e das condições de trabalho, atenta contra o princípio da igualdade
material e acaba por discriminar os trabalhadores sujeitos a condições severas que atacam sua
saúde. (TRT12 - RO - 0000626-93.2016.5.12.0003, Rel. VIVIANE COLUCCI, 1ª Câmara, Data de
Assinatura: 15/05/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PEDREIRO. MANUSEIO DE CIMENTO. INCIDÊNCIA DO ITEM I
DA SÚMULA Nº 448 DO TST. O Tribunal Superior do Trabalho pacificou entendimento no
sentido de que não se reconhece o direito ao adicional de insalubridade ao empregado que
exerce atividades relacionadas ao manuseio de cimento, argamassa e concreto, por falta de
enquadramento no Anexo 13 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, nos termos da Súmula
nº 448, I, do TST. (RO 0004635-60.2015.5.12.0027, 2ª TURMA, Rel. ROBERTO LUIZ
GUGLIELMETTO, publicado no TRTSC/DOE em 28/03/2017)
Empregado que trabalha na atividade de carga e descarga de sacos de cimento não tem direito
ao adicional, visto que essa atividade não se amolda à classificação estabelecida no Anexo 13
da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do MTE. Para a concessão do adicional de insalubridade ao
trabalhador, há a necessidade de que a classificação da atividade insalubre esteja
expressamente relacionada na norma administrativa elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, não bastando a simples constatação por laudo pericial. (TRT12 - RO - 0000575-
70.2016.5.12.0007, Rel. JOSE ERNESTO MANZI, 1ª Câmara, Data de Assinatura: 29/06/2017)
CUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. IMPOSSIBILIDADE. Na
dicção do § 2º do art. 193 da CLT, não é possível a percepção cumulativa dos adicionais de
periculosidade e insalubridade, ficando facultado ao empregado, no caso de exposição a
condições de trabalho insalubres e perigosas, optar pelo adicional mais vantajoso. (TRT12 -
RO - 0000624-14.2016.5.12.0007, Rel. MIRNA ULIANO BERTOLDI, 6ª Câmara, Data de
Assinatura: 29/06/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EXPOSIÇÃO A MAIS DE UM AGENTE INSALUBRE. CUMULAÇÃO
INDEVIDA. O artigo 192 da CLT apenas estipula o pagamento de adicional de insalubridade nos
percentuais de 10, 20 ou 40%. Inexiste previsão de cumulação da verba em decorrência da
exposição concomitante a mais de um agente deletério. (RO 0003874-38.2014.5.12.0003, 3ª
TURMA, Rel. TERESA REGINA COTOSKY, publicado no TRTSC/DOE em 22/11/2016)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. REFLEXOS. Enquanto percebido, o adicional de insalubridade
integra a remuneração para todos os efeitos legais, na forma da Súmula 139 do TST.
Entretanto, a Corte Trabalhista Superior também já consolidou entendimento, na Orientação
Jurisprudencial 103 da SDI-I, de que o adicional de insalubridade já remunera os dias de
repouso semanal e feriados, razão pela qual o referido plus não produz inflexões nos RSR. (RO
0003504-25.2015.5.12.0003, 3ª TURMA, Rel. TERESA REGINA COTOSKY, publicado no
TRTSC/DOE em 23/02/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LAUDO PERICIAL. A liberdade na apreciação da prova pericial
pelo Magistrado foi preservada pelo Novo Código de Processo Civil, bastando a indicação na
sentença dos motivos que levaram à consideração ou não das conclusões do laudo, tendo em
conta o método utilizado pelo perito (art. 479 do codex). (RO 0003471-73.2015.5.12.0055, 3ª
Turma, Rel. TERESA REGINA COTOSKY, publicado no TRTSC/DOE em 30/06/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TRABALHO A CÉU ABERTO. CALOR E UMIDADE. A simples
prestação de serviços a céu aberto, por si só, não autoriza o pagamento do adicional de
insalubridade pela ação do calor e da umidade. É necessário, na forma dos arts. 190, caput e
192 da CLT, que as atividades encontrem exata subsunção aos Anexos 3 e 10 da NR-15 da
Portaria nº 3.214/78 do MTE. Aplicação da OJ nº 173 da SDI-1 do TST. (RO 0001843-
36.2015.5.12.0027, 2ª TURMA, Rel. ROBERTO LUIZ GUGLIELMETTO, publicado no TRTSC/DOE
em 28/11/2016)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CONSTRUÇÃO CIVIL. CONTATO COM CIMENTO OU MASSA DE
CONCRETO. ATIVIDADE NÃO CLASSIFICADA COMO INSALUBRE PELO MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO. Atualmente predomina na jurisprudência o entendimento de que o
simples contato com cimento ou massa de concreto por trabalhadores do setor da construção
civil, como pedreiros, auxiliares de pedreiro e serventes de obra, entre outros, não autoriza o
enquadramento dessa atividade laboral no Anexo 13 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78 do
Ministério do Trabalho e Emprego, que classifica como insalubres somente as atividades de
"fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição a poeiras". (RO
0004586-19.2015.5.12.0027, 3ª TURMA, Rel. EDSON MENDES DE OLIVEIRA, publicado no
TRTSC/DOE em 25/05/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS. GRANDE FLUXO DE PESSOAS. A
Súmula nº 46 deste e. TRT considera banheiros públicos, para fins de insalubridade, aqueles
utilizados por grande fluxo de pessoas. Há subsunção da hipótese ao caso concreto, tendo em
vista o número de banheiros existentes no demandado e os locais onde se encontravam, quais
sejam, no interior de duas galerias comerciais. (TRT12 - RO - 0000744-60.2016.5.12.0006, Rel.
ALEXANDRE LUIZ RAMOS , 5ª Câmara , Data de Assinatura: 21/06/2017)
INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS PÚBLICOS. ESCOLA. ADICIONAL DEVIDO. De acordo
com a Súmula 46 deste Regional, "a atividade de limpeza de banheiros públicos, utilizados por
grande fluxo de pessoas, equipara-se à coleta de lixo urbano, sendo insalubre em grau
máximo". Assim, contatado ser a autora responsável pela limpeza e coleta de lixo dos
banheiros de escola infantil com 600 alunos e 110 funcionários, é devido o adicional por se
tratar de instalações sanitárias nos moldes da regra sumular. (RO 0002979-05.2014.5.12.0027,
3ª TURMA, Rel. LIGIA MARIA TEIXEIRA GOUVEA, publicado no TRTSC/DOE em 19/10/2016)
HONORÁRIOS PERICIAIS. REVERSÃO DA SUCUMBÊNCIA. EFEITO IMPLÍCITO. A exclusão, em
sede recursal, da condenação ao pagamento do adicional de insalubridade, importa,
implicitamente, na reforma também quanto à responsabilidade dos honorários periciais, uma
vez que a parcela acessória segue a sorte da principal. (TRT12 - AP - 0000447-
03.2015.5.12.0034, Rel. ALEXANDRE LUIZ RAMOS, 5ª Câmara, Data de Assinatura: 09/05/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. NECESSIDADE DE PROVA PERICIAL E DE PREVISÃO DA
ATIVIDADE INSALUBRE NA RELAÇÃO OFICIAL ELABORADA PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO. A
caracterização da insalubridade para fins de percepção do adicional correspondente depende
não apenas da constatação do agente insalutífero mediante prova pericial (art. 195 da CLT),
mas de previsão específica da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério
do Trabalho (Súmula 448, item I, do TST). (TRT12 - RO - 0000935-09.2016.5.12.0038 , Rel.
ALEXANDRE LUIZ RAMOS, 5ª Câmara, Data de Assinatura: 28/04/2017)
COMPENSAÇÃO DE JORNADA. ATIVIDADE INSALUBRE. NECESSIDADE DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO
ESTATAL. ART. 60 DA CLT. Desde o cancelamento da Súmula n. 349 do TST, para a validação de
qualquer ajuste compensatório de jornada, quando a atividade for insalubre, é imprescindível
a prévia autorização ministerial, nos termos do art. 60 da CLT. (TRT12 - RO - 0000741-
73.2016.5.12.0049, Rel. LIGIA MARIA TEIXEIRA GOUVEA, 6ª Câmara, Data de Assinatura:
28/06/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E
PERICULOSIDADE. CUMULAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Nos termos da Súmula n. 48 deste
Tribunal, "com a edição da Súmula Vinculante nº 4 do STF, impõe-se a utilização do salário
mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade, salvo previsão mais favorável
estabelecida em acordo ou convenção coletivos". (TRT12 - RO - 0000211-19.2016.5.12.0001,
Rel. GARIBALDI TADEU PEREIRA FERREIRA, 4ª Câmara, Data de Assinatura: 27/06/2017)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS. As atividades realizadas na limpeza
dos banheiros coletivos propiciam o contato com agentes biológicos, favorecendo o risco
potencial de aquisição de moléstias parasitárias e infectocontagiosas, de forma a caracterizar-
se condição insalubre, conforme o anexo 14 da NR-15, em razão de o material ali existente ser
o mesmo contido no lixo urbano. Inteligência da Súmula nº 46 deste Regional. (TRT12 - RO -
0000841-21.2016.5.12.0019, Rel. VIVIANE COLUCCI, 1ª Câmara, Data de Assinatura:
06/06/2017)
TRABALHADOR EM MOTOCICLETA. MOTOBOY. ATIVIDADE DE RISCO. ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE 1. Com o advento da Lei nº 12.997/2014, o legislador ordinário fez inserir um
4º parágrafo ao art. 193, da CLT, estendendo, assim, o direito à percepção de adicional de
periculosidade ao trabalhador que faz uso de motocicleta no desempenho de suas funções
laborais. Esta inovação legislativa, prescindindo de regulamentação ministerial, revestiu-se de
plena eficácia a partir da expedição da Portaria nº 1.565 de 13/10/2014 do Ministério do
Trabalho e Emprego. 2. O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera
liberalidade do empregador, em data anterior à regulamentação do § 4º do art. 193, da CLT,
torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. Inteligência da Súmula nº
453 do TST. (TRT12 - RO - 0000019-71.2016.5.12.0006, Rel. VIVIANE COLUCCI, 1ª Câmara, Data
de Assinatura: 18/04/2017)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ARMAZENAMENTO DE INFLAMÁVEIS. A interpretação
sistemática da NR 16 da Portaria n. 3.214/78 do Ministério do Trabalho autoriza a conclusão de
que o limite de tolerância de duzentos litros também deve ser considerado para fins de
armazenamento de inflamáveis. A corroborar a tese de que existe limite mínimo para
armazenamento de líquido inflamável, o texto da Orientação Jurisprudencial n. 385 da SDI-I do
TST. (RO 0002225-29.2015.5.12.0027, 2ª TURMA, Rel. ROBERTO LUIZ GUGLIELMETTO,
publicado no TRTSC/DOE em 02/06/2017)
LABOR EM PENITENCIÁRIAS. AGENTE DE CONTROLE. O art. 193 da CLT, com a nova redação
conferida pela Lei nº 12.740/2012, não estende o direito ao adicional de periculosidade aos
empregados que laboram em penitenciárias na função de agentes de controle, atividade que
não exige o uso de arma de fogo e que tampouco se confunde com segurança pessoal ou
patrimonial. O suposto perigo em potencial advindo do seu ambiente de trabalho não lhes
confere o direito à parcela postulada, máxime porque a existência, ou não, de periculosidade
está condicionada à expressa previsão legal e à devida regulamentação do Ministério do
Trabalho e Emprego. (TRT12 - RO - 0000968-47.2016.5.12.0022, Rel. ROBERTO BASILONE LEITE,
4ª Câmara, Data de Assinatura: 25/04/2017)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. VIGILANTES. O marco inicial para impor ao empregador o
pagamento do adicional de periculosidade a vigilantes que desempenhem atividades de
segurança pessoal ou patrimonial é a data da regulamentação aprovada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, qual seja, a data de edição da Portaria nº 1.885, de 3.12.2013. (RO
0002521-17.2015.5.12.0006, 2ª TURMA, Rel. GILMAR CAVALIERI, publicado no TRTSC/DOE em
14/06/2016)
CARTEIROS MOTOCICLISTAS. AADC. NÃO CUMULATIVIDADE COM O ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE. A verba denominada Adicional de Atividade de Distribuição e/ou Coleta
(AADC), instituída pela ECT no PCCS/2008, constitui uma contraprestação adicional pelo
exercício de atividades externas, consideradas menos atrativas por envolverem o trabalho a
céu aberto, em vias públicas, sujeitas a riscos os mais diversos. Em sua gênese, a norma foi
clara ao prever a supressão do direito se fosse criada por lei outra verba de mesma natureza
ou fundamento. Com o advento da Lei nº 12.997/2014, que deu nova redação ao art. 193, da
CLT, houve a superveniência de um novo adicional, desta feita pelo risco acentuado decorrente
do labor permanente em vias públicas, com o uso de motocicletas. A análise sistemática da
CLT, em cotejo com a norma interna instituidora da vantagem, permite a conclusão de que
ambas as verbas têm natureza de adicional de risco e, portanto, são inacumuláveis. (TRT12 -
RO - 0000790-22.2016.5.12.0015, Rel. ROBERTO BASILONE LEITE, 4ª Câmara, Data de
Assinatura: 27/03/2017)
ADICIONAL DE INALUBRIDADE. AGENTE FÍSICO. UMIDADE. FAZENDA DE PESCADOS. NÃO
UTILIZAÇÃO DE EPIS. CONFIGURAÇÃO. O trabalho em serviços gerais em fazenda de cultivo de
peixes e camarões, diuturnamente, assegura o direito ao reconhecimento de adicional de
insalubridade por exposição a agente físico - umidade - consoante arremate pericial.
Mormente quando não comprovada a utilização de equipamentos protetivos aptos a elidir os
malefícios do agente. Insalubridade reconhecida. (TRT12, RO 0000678-71.2013.5.12.0043, 3a
TURMA, Rel. LIGIA MARIA TEIXEIRA GOUVEA, publicado no TRTSC/DOE em 26/08/2015)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. RADIAÇÃO SOLAR. ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL Nº 173, I, DA SDI1 DO EGRÉGIO TST. Conforme o entendimento
consubstanciado no item I da OJ nº 173 da SDI1 do Eg. TST, é indevido, por ausência de
previsão legal, o adicional de insalubridade ao trabalhador que labora a céu aberto, por
sujeição à radiação solar, por não se enquadrar no disposto no Anexo 7 da NR 15 da Portaria nº
3214/78 do MTE. (TRT12 - RO - 0001847-54.2013.5.12.0056, Rel. ROBERTO BASILONE LEITE,
4ª Câmara, Data de Assinatura: 27/03/2017)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL AO AGENTE DE RISCO. DIREITO NÃO
RECONHECIDO. Evidenciado nos autos que o autor acompanhava o abastecimento da aeronave
da qual era piloto, em média, três a quatro vezes por mês, ou seja, de forma eventual, afastado
está o direito à percepção do adicional respectivo. Inteligência da Súmula nº 364 do TST. (RO
0005325-26.2014.5.12.0027, 3ª TURMA, Rel. HELIO BASTIDA LOPES, publicado no TRTSC/DOE
em 19/12/2016)
JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA – OUTROS TRIBUNAIS DO TRABALHO
EMPREGADA DOMÉSTICA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. A EC 72/2013, que estendeu
inúmeros direitos aos empregados domésticos, não contém previsão de pagamento de
adicional de insalubridade para a categoria. (TRT 4, RO 00215379520145040011, Rel. Brigida J.
C. Barcelos Toschi, 5ª Turma, DJ 15/12/2016)
EMISSÃO DO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO. Considerando que o conjunto
probatório demonstrou que o autor sempre laborou em condições insalubres e restando
comprovado que, à época da dispensa do trabalhador, já havia a obrigatoriedade de emissão
do Perfil Profissiográfico Previdenciário, deve ser a reclamada condenada à correspondente
expedição. Recurso autoral conhecido e parcialmente provido. (TRT 1, RO
00816007020055010016, Rel. Sayonara Grillo, 7ª Turma, publ. 21/07/2014)
ADICIONAL DE PENOSIDADE. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE
CUMULAÇÃO. Havendo Acordo Coletivo que expressamente estipule a não cumulatividade dos
adicionais de penosidade e de insalubridade, devido o adicional de penosidade por ser norma
mais benéfica ao reclamante. Não obstante, ainda que tais adicionais não se cumulem, nada
obsta o reconhecimento da condição insalubre do trabalho para fins de registro na CTPS do
empregado (artigo 29 da CLT ), inclusive tendo em vista à contagem do prazo para fins de
concessão de aposentadoria especial. (TRT 4, RO 0001392-06.2010.5.04.0028, Rel. Maria
Cristina Schaan Ferreira, julg. 22/08/2012)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. VENDEDOR. TREPIDAÇÃO. A atividade de vendedor não gera
nenhuma presunção quanto à exposição ao agente nocivo "trepidação". Some-se a isso o fato
do PPP juntado não consignar fatores de risco, e de não ter sido comprovado que o reclamante
dirigisse seu próprio carro, e que passasse por estradas esburacadas ao ponto de gerar a
trepidação prevista na NR-15, anexo VIII. (...) (TRT 1, RO 0010395-47.2015.5.01.0301, Rel. Vólia
Bomfim Cassar, 2ª Turma, pub. 20/06/2016)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PROFESSOR DE ENFERMAGEM QUE ATUA DENTRO DO
AMBIENTE HOSPITALAR. A insalubridade é matéria que encontra sua regência no art. 189, da
CLT, o qual estabelece que as atividades insalubres se caracterizam por natureza, condições ou
métodos de trabalho que exponham os empregados a agentes nocivos, acima dos limites de
tolerância, fixados de acordo com a natureza e intensidade do agente e tempo de exposição
aos seus efeitos, sendo obrigatória a perícia para sua aferição. O laudo pericial produzido em
juízo concluiu que o recorrido laborava em ambiente insalubre, de forma permanente, em
contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas e que os EPI's por ele
utilizados não eram suficientes para elidir o risco a saúde. Não trazendo as razões recursais
fundamentos técnicos que infirmem a conclusão pericial, o recurso não merece provimento.
(TRT 10, RO 01817-2011-010-10-00-9, Rel. Cilene Ferreira Amaro Santos, 3ª Turma, DEJT
26/04/2013)