Instrumento em Defesa da Educação Jurídica Brasileira
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
CONSELHO FEDERAL
OAB Recomenda
Instrumento em Defesa da
Educação Jurídica Brasileira
6ª Edição
Brasília – DF, 2019
© Ordem dos Advogados do Brasil
Conselho Federal, 2019
Setor de Autarquias Sul - Quadra 5, Lote 1, Bloco M
Brasília – DF CEP: 70070-939
Distribuição: Conselho Federal da OAB – GRE
E-mail: [email protected]
FICHA CATALOGRÁFICA
O65ide
OAB Recomenda : instrumento em defesa da educação jurídica
brasileira / organizador: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil. – 6. ed. – Brasília: OAB, Conselho Federal, 2019.
72 p.
ISBN: 978-85-7966-104-4.
1. Ensino jurídico, Brasil. 2. Cursos jurídicos, Brasil. 3. Direito, Brasil.
I. Ordem dos Advogados do Brasil (Conselho Federal). II. Título.
CDDir: 340
Elaborado por: CRB 1-3148.
Gestão 2016/2019
Diretoria
Claudio Lamachia Presidente
Luís Cláudio da Silva Chaves Vice-Presidente
Felipe Sarmento Cordeiro Secretário-Geral
Ibaneis Rocha Barros Junior Secretário-Geral Adjunto (licenciado)
Marcelo Lavocat Galvão Secretário-Geral Adjunto em exercício
Antonio Oneildo Ferreira Diretor-Tesoureiro
Conselheiros Federais
AC: Erick Venâncio Lima do Nascimento, João Paulo Setti Aguiar e Luiz Saraiva Correia; AL:
Everaldo Bezerra Patriota, Felipe Sarmento Cordeiro e Thiago Rodrigues de Pontes Bomfim; AP:
Alessandro de Jesus Uchôa de Brito, Charlles Sales Bordalo e Helder José Freitas de Lima Ferreira;
AM: Caupolican Padilha Junior, Daniel Fábio Jacob Nogueira e José Alberto Ribeiro Simonetti
Cabral; BA: Fabrício de Castro Oliveira e Fernando Santana Rocha; CE: Caio Cesar Vieira Rocha,
Francilene Gomes de Brito e Ricardo Bacelar Paiva; DF: Ibaneis Rocha Barros Junior, Marcelo
Lavocat Galvão e Severino Cajazeiras; ES: Flavia Brandão Maia Perez, Luciano Rodrigues Machado
e Marcus Felipe Botelho Pereira; GO: Leon Deniz Bueno da Cruz, Marcello Terto e Silva e Valentina
Jugmann Cintra; MA: José Agenor Dourado, Luis Augusto de Miranda Guterres Filho e Roberto
Charles de Menezes Dias; MT: Duilio Piato Júnior, Gabriela Novis Neves Pereira Lima e Joaquim
Felipe Spadoni; MS: Alexandre Mantovani, Ary Raghiant Neto e Luís Cláudio Alves Pereira; MG:
Eliseu Marques de Oliveira, Luís Cláudio da Silva Chaves e Vinícius Jose Marques Gontijo; PA:
Jarbas Vasconcelos do Carmo, Marcelo Augusto Teixeira de Brito Nobre e Nelson Ribeiro de
Magalhães e Souza; PB: Delosmar Domingos de Mendonça Júnior, Luiz Bruno Veloso Lucena e
Rogério Magnus Varela Gonçalves; PR: Cássio Lisandro Telles, José Lucio Glomb e Juliano José
Breda; PE: Adriana Rocha de Holanda Coutinho, Pedro Henrique Braga Reynaldo Alves e Silvio
Pessoa de Carvalho Junior; PI: Celso Barros Coelho Neto, Cláudia Paranaguá de Carvalho Drumond
e Eduarda Mourão Eduardo Pereira de Miranda; RJ: Carlos Roberto de Siqueira Castro, Luiz Gustavo
Antônio Silva Bichara e Sergio Eduardo Fisher; RN: Aurino Bernardo Giacomelli Carlos, Paulo
Eduardo Pinheiro Teixeira e Sérgio Eduardo da Costa Freire; RS: Cléa Carpi da Rocha, Marcelo
Machado Bertoluci e Renato da Costa Figueira; RO: Bruno Dias de Paula, Elton José Assis e Elton
Sadi Fülber; RR: Alexandre César Dantas Soccorro, Antonio Oneildo Ferreira e Bernardino Dias de
Souza Cruz Neto; SC: João Paulo Tavares Bastos Gama, Sandra Krieger Gonçalves e Tullo Cavallazzi
Filho; SP: Guilherme Octávio Batochio, Luiz Flávio Borges D’Urso e Márcia Machado Melaré; SE:
Arnaldo de Aguiar Machado Júnior, Maurício Gentil Monteiro e Paulo Raimundo Lima Ralin; TO:
Andre Francelino de Moura, José Alves Maciel e Pedro Donizete Biazotto.
Conselheiros Federais Suplentes
AC: Odilardo José de Brito Marques, Sérgio Baptista Quintanilha e Wanderley Cesário Rosa; AL:
Adrualdo de Lima Catão, Marié Lima Alves de Miranda e Raimundo Antonio Palmeira de Araujo;
AP: Lucivaldo da Silva Costa e Maurício Silva Pereira; AM: Alberto Bezerra de Melo; Bartolomeu
Ferreira de Azevedo Júnior e Diego D’Avila Cavalcante; BA: Antonio Adonias Aguiar Bastos, Ilana
Kátia Vieira Campos e José Maurício Vasconcelos Coqueiro; CE: Vicente Bandeira de Aquino Neto;
DF: Carolina Louzada Petrarca, Felix Angelo Palazzo e Manuel de Medeiros Dantas; ES: Cláudio de
Oliveira Santos Colnago, Dalton Santos Morais e Henrique da Cunha Tavares; GO: Dalmo Jacob do
Amaral Júnior, Fernando de Paula Gomes Ferreira e Marisvaldo Cortez Amado; MA: Antonio José
Bittencourt de Albuquerque Junior e Alex Oliveira Murad; MT: Josemar Carmelino dos Santos,
Liliana Agatha Hadad Simioni e Oswaldo Pereira Cardoso Filho; MS: Gustavo Gottardi, Marilena
Freitas Silvestre e Rafael Coldibelli Francisco; MG: Bruno Reis de Figueiredo, Luciana Diniz
Nepomuceno e Mauricio de Oliveira Campos Júnior; PA: Antonio Cândido Barra Monteiro de Britto,
Jeferson Antonio Fernandes Bacelar e Osvaldo Jesus Serão de Aquino; PB: Alfredo Rangel Ribeiro,
Edward Johnson Gonçalves de Abrantes e Marina Motta Benevides Gadelha; PR: Edni de Andrade
Arruda, Flavio Pansieri e Renato Cardoso de Almeida Andrade; PE: Carlos Antonio Harten Filho,
Erik Limongi Sial e Gustavo Ramiro Costa Neto; PI: Chico Couto de Noronha Pessoa, Eduardo
Faustino Lima Sá e Robertonio Santos Pessoa; RJ: Flávio Diz Zveiter, José Roberto de Albuquerque
Sampaio e Marcelo Fontes Cesar de Oliveira; RN: Aldo Fernandes de Sousa Neto, André Luiz
Pinheiro Saraiva e Eduardo Serrano da Rocha; RS: Luiz Henrique Cabanellos Schuh; RO: Fabrício
Grisi Médici Jurado, Raul Ribeiro da Fonseca Filho e Veralice Gonçalves de Souza Veris; RR:
Emerson Luis Delgado Gomes; SC: Cesar D’Avila Winckler, Luiz Antônio Palaoro e Reti Jane
Popelier; SP: Aloísio Lacerda Medeiros, Arnoldo Wald Filho e Carlos José Santos da Silva; SE:
Clodoaldo Andrade Junior, Glícia Thais Salmeron de Miranda e Kleber Renisson Nascimento dos
Santos; TO: Adilar Daltoé, Nilson Antônio Araújo dos Santos e Solano Donato Carnot Damacena.
Ex-Presidentes
1.Levi Carneiro (1933/1938) 2. Fernando de Melo Viana (1938/1944) 3. Raul Fernandes (1944/1948) 4.
Augusto Pinto Lima (1948) 5. Odilon de Andrade (1948/1950) 6. Haroldo Valladão (1950/1952) 7. Attílio
Viváqua (1952/1954) 8. Miguel Seabra Fagundes (1954/1956) 9. Nehemias Gueiros (1956/1958) 10.
Alcino de Paula Salazar (1958/1960) 11. José Eduardo do P. Kelly (1960/1962) 12. Carlos Povina
Cavalcanti (1962/1965) 13. Themístocles M. Ferreira (1965) 14. Alberto Barreto de Melo (1965/1967)
15. Samuel Vital Duarte (1967/1969) 16. Laudo de Almeida Camargo (1969/1971) 17. Membro
Honorário Vitalício José Cavalcanti Neves (1971/1973) 18. José Ribeiro de Castro Filho (1973/1975) 19.
Caio Mário da Silva Pereira (1975/1977) 20. Raymundo Faoro (1977/1979) 21. Membro Honorário
Vitalício Eduardo Seabra Fagundes (1979/1981) 22. Membro Honorário Vitalício J. Bernardo Cabral
(1981/1983) 23. Membro Honorário Vitalício Mário Sérgio Duarte Garcia (1983/1985) 24. Hermann
Assis Baeta (1985/1987) 25. Márcio Thomaz Bastos (1987/1989) 26. Ophir Filgueiras Cavalcante
(1989/1991) 27. Membro Honorário Vitalício Marcello Lavenère Machado (1991/1993) 28. Membro
Honorário Vitalício José Roberto Batochio (1993/1995) 29. Membro Honorário Vitalício Ernando Uchoa
Lima (1995/1998) 30. Membro Honorário Vitalício Reginaldo Oscar de Castro (1998/2001) 31. Rubens
Approbato Machado (2001/2004) 32. Membro Honorário Vitalício Roberto Antonio Busato (2004/2007)
33. Membro Honorário Vitalício Cezar Britto (2007/2010) 34. Membro Honorário Vitalício Ophir
Cavalcante Junior (2010/2013) 35. Membro Honorário Vitalício Marcus Vinicius Furtado Coêlho
(2013/2016).
Presidentes de Seccionais
AC: Marcos Vinícius Jardim Rodrigues; AL: Fernanda Marinela de Sousa Santos; AP: Paulo Henrique
Campelo Barbosa; AM: Marco Aurélio de Lima Choy; BA: Luiz Viana Queiroz; CE: Marcelo Mota
Gurgel do Amaral; DF: Juliano Ricardo de Vasconcellos Costa Couto; ES: Homero Junger Mafra;
GO: Lúcio Flávio Siqueira de Paiva; MA: Thiago Roberto Morais Diaz; MT: Leonardo Pio da Silva
Campos; MS: Mansour Elias Karmouche; MG: Antonio Fabricio de Matos Goncalves; PA: Alberto
Antonio de Albuquerque Campos; PB: Paulo Antonio Maia e Silva; PR: Jose Augusto Araujo de
Noronha; PE: Ronnie Preuss Duarte; PI: Francisco Lucas Costa Veloso; RJ: Felipe de Santa Cruz
Oliveira Scaletsky; RN: Paulo de Souza Coutinho Filho; RS: Ricardo Ferreira Breier; RO: Andrey
Cavalcante de Carvalho; RR: Rodolpho César Maia de Morais; SC: Paulo Marcondes Brincas; SP:
Marcos da Costa; SE: Henri Clay Santos Andrade; TO: Walter Ohofugi Junior.
CONCAD – Coordenação Nacional das Caixas de Assistências dos Advogados
Ricardo Alexandre Rodrigues Peres – Presidente da CAA/DF – Coordenador Nacional da CONCAD
Carlos Augusto Alledi de Carvalho – Presidente da CAA/ES – Coordenador Região Sudeste
Rosane Marques Ramos – Presidente da CAA/RS – Coordenadora Região Sul
Carlos Fábio Ismael do Santos Lima - Presidente da CAA/PB - Coordenador Região Nordeste – Vice-
Presidente do FIDA
Ronald Rossi Ferreira - Presidente da CAA/RR - Coordenador Região Norte
Membros Suplentes
Rochilmer Mello da Rocha Filho – Presidente da CAA/RO
José Erinaldo Dantas Filho – Presidente da CAA/CE
Presidentes Caixas de Assistência dos Advogados (CAA)
AC: Rodrigo Aiache Cordeiro; AL: Nivaldo Barbosa da Silva Junior; AP: Elias Salviano Farias; AM:
Aldenize Magalhães Aufiero; BA: Luiz Augusto R. de Azevedo Coutinho; CE: Jose Erinaldo Dantas
Filho; DF: Ricardo Alexandre Rodrigues Peres; ES: Carlos Augusto Alledi de Carvalho; GO: Rodolfo
Otávio P. da Mota Oliveira; MA: Diego Carlos Sá dos Santos; MG: Sergio Murilo Diniz Braga; MS:
José Armando Cerqueira Amado; MT: Itallo Gustavo de Almeida Leite; PA: Oswaldo de Oliveira
Coelho Filho; PB: Carlos Fábio Ismael dos S. Lima; PE: Bruno de Albuquerque Baptista; PR: Artur
Humberto Piancastelli; PI: Rafael Orsano de Sousa; RJ: Marcello Augusto Lima de Oliveira; RN:
Thiago Galvão Simonetti; RS: Rosane Marques Ramos; RO: Rochilmer Mello da Rocha Filho; RR:
Ronald Rossi Ferreira; SC: Marcus Antônio Luiz da Silva; SP: Braz Martins Neto; SE: Ana Lúcia
Dantas Souza Aguiar; TO: Marcelo Cézar Cordeiro.
FIDA – Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados
Luiz Viana Queiroz – Presidente do Conselho Seccional da OAB/BA Presidente do FIDA
Membros Titulares
Felipe Sarmento Cordeiro – Secretário-Geral do CFOAB
Antonio Oneildo Ferreira – Diretor-Tesoureiro do CFOAB
Marcos Vinicius Jardim Rodrigues – Presidente do Conselho Seccional da OAB/AC
Marco Aurélio Choy – Presidente do Conselho Seccional da OAB/AM
Luís Augusto de Miranda Guterres Filho – Conselheiro Federal da OAB/MA
Tullo Cavallazzi Filho – Conselheiro Federal da OAB/SC Secretário do FIDA
Sérgio Eduardo da Costa Freire – Conselheiro Federal da OAB/RN
Membros Suplentes
Leonardo Pio da Silva Campos – Presidente do Conselho Seccional da OAB/MT
José Augusto Araújo de Noronha – Presidente do Conselho Seccional da OAB/PR
Ary Raghiant Neto – Conselheiro Federal da OAB/MS
Pedro Henrique Braga Reynaldo Alves – Conselheiro Federal da OAB/PE
ENA – Escola Nacional da Advocacia
José Alberto Ribeiro Simonetti Cabral – Diretor-Geral
Conselho Consultivo:
Auriney Uchôa de Brito
Carolina Louzada Petrarca
Cristina Silvia Alves Lourenço
Eduardo Lemos Barbosa
Leandro Duarte Vasques
Luis Cláudio Alves Pereira
Moisés de Souza Coelho Neto
Valentina Jungmann Cintra
Diretores(as) das Escolas Superiores de Advocacia da OAB
AC: Igor Clem Souza Soares; AL: Marcelo Madeiro de Souza; AM: Paulo José Pereira Trindade
Júnior; AP: Edivan Silva dos Santos; BA: Thais Bandeira Oliveira Passos; CE: Marcell Feitosa Correia
Lima; DF: Rodrigo Frantz Becker; ES: Rodrigo Reis Mazzei; GO: Rafael Lara Martins; MA: Joao
Batista Ericeira; MG: Silvana Lourenco Lobo; MS: Ricardo Souza Pereira; MT: Bruno Devesa Cintra;
PA: Cristina Silvia Alves Lourenço; PB: Otto Rodrigo Melo Cruz; PE: Carlos da Costa Pinto Neves
Filho; PI: Naiara de Moraes e Silva; PR: Graciela Iurk Marins; RJ: Sergio Coelho e Silva Pereira;
RN: Marília Almeida Mascena; RO: Jose Vitor Costa Junior; RR: Michelle Evangelista Albuquerque;
RS: Rosângela Maria Herzer dos Santos; SC: Pedro Miranda de Oliveira; SE: Kleidson Nascimento
dos Santos; SP: Ivette Senise Ferreira; TO: Fabio Barbosa Chaves.
Comissão Especial para Elaboração do Selo OAB Recomenda
Felipe Sarmento Cordeiro – Presidente. Adriana Rocha de Holanda Coutinho – Membro. Felipe de
Santa Cruz Oliveira Scaletsky – Membro. José Alberto Simonetti Cabral – Membro. Mansour Elias
Karmouche – Membro. Marcia Regina Approbato Machado Melaré – Membro. Marisvaldo Cortez
Amado – Membro. Ricardo Ferreira Breier – Membro. Rodolpho Cesar Maia de Morais – Membro.
Rogério Magnus Varela Gonçalves – Membro.
Consultor Matemático
Mauro Luiz Rabelo
Apoio Técnico
Tarcizo Roberto do Nascimento (Gerente – GAC), Daniel da Luz Barros (Analista Pleno – GAC),
Allyny Ribeiro Martins (Assistente Técnico – GAC), Ana Laura Pereira Amaral (Assistente Técnico
– GAC), Robert Oliveira Monteiro (Assistente Técnico – GAC), Sirleny Rodrigues Silva Barcellos
(Assistente Técnico – GAC).
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 1
Claudio Lamachia
SELO DE QUALIDADE DA OAB: uma radiografia da educação
jurídica ................................................................................................................................. 5
Felipe Sarmento Cordeiro
UM ESTÍMULO PERMANENTE ........................................................................... 17
Ricardo Breier
OAB RECOMENDA: termômetro da qualidade da educação
jurídica .............................................................................................................................. 19
Marisvaldo Cortez Amado
NOTA TÉCNICA: metodologia de cálculo do indicador do selo
de qualidade da OAB 6a edição ....................................................................... 23
Mauro Luiz Rabelo
RELAÇÃO DOS CURSOS PREMIADOS COM O SELO DE
QUALIDADE DA OAB ................................................................................................ 41
1
APRESENTAÇÃO
Claudio Lamachia*
Conforme manifesta explicitamente a Constituição da
República Federativa do Brasil, o advogado é indispensável à
administração da justiça. Com isso, eleva-se à estatura constitucional o
reconhecimento de que o múnus público advocatício é pilar de
sustentação do Estado Democrático de Direito. Como tenho dito, sem
advocacia, não há cidadania, porquanto é essa a classe que, por vocação
e dever, promove a salvaguarda dos direitos e garantias fundamentais
dos cidadãos.
Inegavelmente, trata-se de um nobilitante mister, a ser exercido
por profissionais recrutados entre os mais valorosos e capacitados
membros de nossa sociedade. Nesse sentido, é categórica a necessidade
de proporcionar aos bacharéis de Direito uma formação técnico-
humanista do mais alto nível, de modo a habilitá-los a desempenhar
adequadamente as eminentes funções outorgadas à profissão.
Não obstante, assegurar a elevada qualidade do ensino jurídico
nacional tem sido um dos principais desafios enfrentados pelo Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, instituição incumbida pela
Lei n. 8.906/1994 de promover, com exclusividade, a seleção e a
disciplina dos profissionais da advocacia no País.
Por um lado, a formação ofertada nas faculdades de Direito
necessita urgentemente de modernização. Afinal, a última atualização
ocorreu há mais de 15 anos, por meio da Resolução n. 9/2004 do
Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior, que
instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Direito vigentes. Por essa razão, matérias imprescindíveis à realidade
jurídica contemporânea estão ausentes da grade, a exemplo de Direito da
Tecnologia da Informação, Direito Ambiental e Mediação, Conciliação
e Arbitragem.
A esse respeito, o CFOAB, contando com os valorosos esforços
de sua Comissão Nacional de Educação Jurídica, presidida pelo
* Advogado e Presidente Nacional da OAB.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
2
Conselheiro Federal Marisvaldo Cortez Amado, conquistou importante
vitória em outubro de 2018. Trata-se da edição do Parecer CNE/CES n.
635/2018, que promove a revisão da matriz curricular das graduações em
Direito, a fim de corresponder às demandas presentes da sociedade e da
advocacia.
Por outro lado, o ensino jurídico é vítima do processo de
mercantilização da educação. Em detrimento dos interesses dos
cidadãos, que precisam de profissionais qualificados para velar por seus
direitos, são favorecidas as demandas de grupos específicos, que,
despreocupados com a qualidade da formação, promovem a abertura
indiscriminada de cursos na área. Como resultado, entre 1995 e 2018,
esse número elevou-se em inacreditáveis 539%, saltando de 235 para
1.502 no período de apenas 23 anos. Não por acaso, o Censo da Educação
Superior aponta que, desde 2014, Direito é o curso com o maior número
de estudantes matriculados no País.
O Conselho Federal da OAB tem atuado de maneira incansável
junto às autoridades competentes para impedir a continuidade dessa
escalada. Paralelamente, tem implementado diversas medidas destinadas
a promover a qualidade da educação jurídica brasileira, entre as quais se
destaca o Exame de Ordem. Criado pela Lei n. 4.215/1963, esse
instrumento tornou-se absolutamente relevante, sobretudo, a partir de
1994, quando a aprovação na prova passou a ser requisito para a
inscrição como advogado. Tendo sua constitucionalidade declarada pelo
Supremo Tribunal Federal em 2001, no âmbito do RE 603.583, o Exame
exerce função imprescindível na salvaguarda contra o estelionato
educacional no País, garantindo que advogadas e advogados possuam a
capacitação esperada.
Nesse contexto, também se insere o Selo OAB Recomenda,
instituído em 2001 e que, em 2018, chega à sua sexta edição, na esteira
dos dedicados trabalhos da Comissão Especial para Elaboração do Selo
OAB Recomenda – Gestão 2016/2019, presidida pelo eminente
Conselheiro Federal Felipe Sarmento Cordeiro, Secretário-Geral deste
Conselho Federal.
Combinando dois critérios – o desempenho no Exame Nacional
de Desempenho dos Estudantes (ENADE/INEP) e o índice de aprovação
no Exame de Ordem –, representa um reconhecimento público da
3
qualidade de graduações em Direito no Brasil. Nesta edição, dos 1.212
cursos que atenderam às exigências para participar da pesquisa, foram
somente 161 os premiados com o Selo, evidenciando os efeitos deletérios
da referida abertura indiscriminada.
O Selo, por conseguinte, constitui um verdadeiro serviço
público prestado à sociedade pela OAB. É, acima de tudo, um manifesto
em defesa da cidadania brasileira, que será mais fortalecida na proporção
em que mais capacitados forem os profissionais encarregados de
defender seus direitos.
5
SELO DE QUALIDADE DA OAB: uma radiografia da educação jurídica
Felipe Sarmento Cordeiro*
A Educação Jurídica brasileira tem sido uma das principais
preocupações da OAB, pois é por meio da educação jurídica que
formamos os profissionais que exercerão o múnus público que é
advogar.
A Constituição Federal de 1988 inclui a advocacia entre as
funções essenciais à Justiça, e declara o advogado indispensável à sua
administração. Na mesma linha, a Lei Federal nº 8.906 de 1994
preceitua: “no seu ministério privado, o advogado presta serviço público
e exerce função social” (art. 2º, §1º). Cabendo à OAB a missão de
“promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a
disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil”.
Essa atribuição resulta do poder de polícia que a Ordem exerce
sobre a advocacia, o qual é desempenhado por meio da seleção dos
advogados, através da submissão ao Exame Ordem como requisito para
inscrição; e por meio da disciplina, materializada no Código de Ética e
Disciplina e no poder disciplinar outorgado à Instituição para processar
e julgar administrativamente as infrações disciplinares cometidas por
seus inscritos.
Em relação ao processo de seleção, o Estatuto da Advocacia e
da OAB determinou, em seu art. 8º, os requisitos necessários para a
inscrição como advogado. Entre eles, estabeleceu no inciso IV a
necessidade de aprovação no Exame de Ordem, com o louvável objetivo
de selecionar, mediante a aferição de conhecimentos jurídicos básicos,
os bacharéis aptos ao exercício da advocacia.
Constata-se nessa previsão legal uma perfeita adequação ao
disposto no art. 5º, inc. XIII, da Carta Constitucional, uma vez que o
* Advogado, Presidente da Comissão Especial para Elaboração do Selo OAB
Recomenda (2016/2019), Diretor Secretário-Geral do Conselho Federal da OAB
(2016/2019) e Presidente da Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado
(2016/2019).
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
6
Exame de Ordem avalia, justamente, a qualificação do bacharel para o
exercício da profissão de advogado, de forma que com isso a OAB
atende ao que dela é exigido pela Constituição.
O Exame de Ordem, portanto, trata-se de um exame de
suficiência, imprescindível para definir os profissionais que estão
qualificados a exercer a função pública da advocacia, tendo também a
finalidade precípua de valorização do profissional do Direito, e o
propósito de restabelecer a dignidade do status do advogado, o que só
haverá de trazer benefícios à realização da Justiça.
Por isso, averígua-se a exigência de Exame de Ordem em quase
todos os países do mundo. Segundo relatório divulgado pelo Conselho
da Europa sobre o funcionamento da Justiça dos Estados europeus, em
2012, apenas Andorra não fazia nenhuma avaliação dos bacharéis antes
de eles começarem a advogar. Na Alemanha, quem deseja exercer a
advocacia passa por treinamento e tem de fazer os mesmos exames que
aqueles que optam por uma carreira na Magistratura ou no Ministério
Público.
A existência e manutenção de um profissional não habilitado
provoca malefícios irreparáveis à advocacia. Infelizmente, existem
cursos jurídicos sem a mínima qualificação. Até o advento da exigência
do Exame de Ordem, na forma em que instituído pela Lei federal nº
8906/1994, estes mesmos cursos inseriam no mercado de trabalho
centenas de novos profissionais sem a menor condição de exercer a
atividade de advogado.
E, injustamente, os erros cometidos pelos profissionais
despreparados foram associados a toda a classe advocatícia; e também à
Ordem, pela impossibilidade de selecionar o profissional. Mas, acima de
tudo, perdia a sociedade, cujos direitos foram fragilizados em razão do
despreparo de bacharéis malformados.
Essa situação se agravou com a expansão da oferta de cursos e
vagas a partir da década de 1990. Conforme dados da FGV Projetos,
entre 1995 e 2013, o número de cursos de graduação em Direito elevou-
se de 235 a 1.149, o equivalente a 51 novos cursos a cada ano. Por isso,
ao longo desse período, a OAB assumiu um papel essencial, ao lado do
7
MEC, na adequação curricular do ensino jurídico às novas necessidades
da sociedade brasileira.
A celeridade com que se promoveu a expansão do ensino superior
no Brasil trouxe, em consequência, uma série de questões relativas à
garantia de padrões de qualidade, entendidos como condições adequadas de
infraestrutura, estrutura curricular e qualificação do corpo docente.
Até meados da década de 90, não havia um processo de
avaliação sistemática e continuada da qualidade do ensino superior no
País. O marco inicial desse processo se dá em 1995, ano em que é
aprovada a Lei nº 9131/95, que criou o Exame Nacional de Cursos
(ENC) – popularmente conhecido como “provão” –, teste que
possibilitou, entre 1996 e 2003, a classificação anual de cursos de
graduação selecionados segundo conceitos de “A” a “E”. Em 1996, a Lei
de Diretrizes Básicas da Educação, em seu art. 9º, passou a
responsabilizar a União por “autorizar, reconhecer, credenciar,
supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino”.
Com efeito, foi introduzida uma série de metas, instrumentos e
indicadores complementares para avaliar, credenciar e fiscalizar
instituições e cursos, atividades desempenhadas pelo Ministério da
Educação, suas secretarias e órgãos vinculados.
Especificamente, cabe destacar a criação do Sistema Nacional
de Avaliação de Educação (SINAES), em 2004, bem como os
instrumentos e indicadores associados ao Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (ENADE), do Conceito Preliminar de Curso
(CPC) e do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC).
Em particular, o Conceito Preliminar de Curso ofereceu uma
ótica que permitia avaliar de forma multidimensional a capacidade dos
cursos de oferecer condições adequadas para a boa formação do
bacharel. No caso específico do curso de Direito, a manutenção de
padrões mínimos de qualidade na graduação é uma pré-condição para
que os bacharéis tenham a formação necessária para obter um bom
desempenho no Exame de Ordem, e, por conseguinte, para que cumpram
a função pública que a advocacia representa.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
8
De acordo com pesquisa realizada pelo INEP em 2012, apenas
304 dos 853 cursos obtiveram desempenho satisfatório. Isso implica
reconhecer que uma parcela representativa dos cursos de Direito no País
não apresentou desempenho compatível com o ideal para o ensino
jurídico de qualidade. Não por acaso, em 2012, 38 cursos de Direito
avaliados tiveram seus vestibulares inabilitados para 2014. Com isso, o
curso de Direito respondeu por 14% do total de cursos inabilitados para
aquele ano.
Nesse cenário, o MEC suspendeu a abertura de cursos de
Direito até o estabelecimento de novos critérios de expansão e regulação,
incluindo inovações em termos de diretrizes curriculares. Ao final de
2014, foram anunciadas novas regras por meio da Portaria Normativa nº
20/2014, que impuseram maior rigor nos procedimentos para abertura e
credenciamento de novos cursos de Direito.
A portaria fortaleceu, igualmente, a importância dos pareceres
do Conselho Federal da OAB no processo de credenciamento. Desde a
década de 90, a OAB colabora no processo administrativo de autorização
e reconhecimento dos cursos de graduação em Direito, autorizada pelo
art. 54, inciso XV, da Lei federal nº 8.906/94, que estabelece como
competência do CFOAB “colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos
jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos órgãos
competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento desses
cursos”.
A aprovação no Exame de Ordem é mais do que simples
requisito formal, principalmente se levarmos em consideração a
proliferação de faculdades autorizadas a ministrar o curso de Direito.
Muitas vezes, esses cursos sequer atingem a nota mínima satisfatória
para sua existência, mas continuam formando e inserindo no mercado
bacharéis despreparados para atuar na importante missão que a
advocacia lhes reserva.
Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha em 2015 apontou
que 89% dos brasileiros são favoráveis à manutenção do Exame de
Ordem. Trata-se de claro reconhecimento da seriedade da avaliação e do
compromisso da OAB com a defesa dos interesses da população. Além
disso, pesquisas recentes demonstram que sociedade não só apoia o
9
Exame, como também se tem manifestado favoravelmente à aplicação
de exame semelhante para outras profissões.
A importância do Exame de Ordem foi amplamente debatida no
Recurso Extraordinário nº 603.583-RS, com repercussão geral
reconhecida, e por meio do qual o Supremo Tribunal Federal definiu a
sua constitucionalidade.
Os constituintes brasileiros, em todas as épocas e períodos de
nossa história, nunca deixaram de reconhecer o direito fundamental à
liberdade de profissão, da mesma forma, também, que sempre deixaram
aberta a possibilidade, em consonância com o princípio da legalidade, de
impor-lhe restrições decorrentes do interesse público.
Ressalta-se que a intervenção do Estado só é reconhecida
enquanto lastreada no objetivo de proteger os valores sociais. E é nesse
sentido que o Poder Legislativo tem atuado na aprovação de leis de
regulamentação das mais diversas profissões, criando direitos para os
que as praticam, bem como limites ao seu livre exercício, com a
preocupação de assegurar o respeito aos direitos dos cidadãos.
Ao analisar o âmbito de proteção da liberdade de exercício
profissional, o STF concluiu que a Constituição da República de 1988
segue um modelo de reserva legal qualificada também presente nas
Constituições anteriores. O Exame de ordem, por sua vez, trata-se de
uma exigência legal, prevista no art. 8º, inciso IV, da Lei nº 8.906/94.
Além disso, o próprio legislador concedeu à Ordem o poder
regulamentar, determinando que seja exercido por meio de provimento,
o qual, atualmente, dá-se pelas normas do Provimento nº 144/2011 e suas
alterações posteriores constantes do Provimento nº 156/2013, do
CFOAB, sendo que o Exame que era aplicado pelos Conselhos
Seccionais hoje é atribuição da Conselho Federal, de forma unificada.
A delegação conferida pela lei limitou-se, dentro da
competência atribuída, ao disciplinamento dos critérios técnicos de
avaliação a serem adotados.
O Exame de Ordem, portanto, não contraria o direito à liberdade
profissional1, visto que o exercício de qualquer trabalho é livre, desde
que atendidas as “qualificações profissionais” que a lei estabelecer.
1 Inciso XIII do art. 5º da Constituição.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
10
Trata-se de um direito fundamental de eficácia contida, que permite
restrições à sua incidência com o intuito de salvaguardar outros direitos
fundamentais. Esses limites decorrem da preocupação com os casos em
que o exercício profissional pode, potencialmente, acarretar riscos para
a própria coletividade, sendo imprescindível a devida regulamentação da
habilitação profissional.
No caso da advocacia, o poder público, ao valer-se da
prerrogativa regulamentar autorizada na parte final do inc. XIII do art. 5º
da Constituição da República, não viola nenhum direito fundamental.
E não só não se opõe, como também atende ao disposto no art.
133 da Constituição. É a combinação de ambos os requisitos
constitucionais que autoriza a intervenção regulatória do Estado, e
justifica o controle social sobre as “qualificações profissionais”
necessárias a quem pretenda exercer a advocacia.
É que a atividade do advogado não se limita às alegações no
foro, em processos judiciais; sua atuação vai além, porquanto é ele,
também, aquele profissional que orienta e aconselha os cidadãos quanto
aos aspectos jurídicos que envolvem o seu patrimônio, suas relações com
outros cidadãos, os seus espaços de liberdade – em suma, sua vida.
Pode-se dizer, desse modo, que, com efeito, o Estatuto da
Advocacia é uma lei elaborada para salvaguardar os direitos dos
cidadãos. Ao analisar a Lei nº 8.906/1994, observa-se que seus
dispositivos se referem muito mais à proteção do cidadão que do
profissional da advocacia. Mesmo no capítulo dedicado aos direitos do
advogado, o seu conteúdo material trata, na verdade, de prerrogativas
destinadas à garantia da defesa do cidadão, e não da pessoa do advogado.
São prerrogativas estabelecidas no intuito de resguardar a
independência e a inviolabilidade do exercício profissional, duas
garantias básicas decorrentes da norma constitucional prevista no art.
133 da Constituição.
Conforme assevera Ruy de Azevedo Sodré:
o advogado exerce função social, pois ele atende a uma
exigência da sociedade. Basta que se considere o seguinte:
sem liberdade, não há advocacia. Sem a intervenção do
advogado, não há justiça; sem justiça, não há ordenamento
11
jurídico; e sem este não há condições de vida para a pessoa
humana. Logo, a atuação do advogado é imprescindível
para que funcione a justiça. Não resta a menor dúvida de
que o advogado exerce função social.
Também na lição de Calamandrei se destaca a função social
desempenhada pelo advogado, que aparece
como um elemento integrante da organização judicial –
como um órgão intermediário entre o juiz e a parte, no qual
o interesse privado de alcançar uma sentença favorável e o
interesse público de obter uma sentença justa, se
encontram e se conciliam. Por isso, sua função é necessária
ao Estado, como servidor do Direito.
Desse modo, a exigência do Exame de Ordem contribui para
selecionar aqueles que comprovadamente se mostram capacitados ao
desempenho da advocacia, demonstrando-se detentores de um
patrimônio cultural minimamente apto a atender aos reclamos da
cidadania brasileira. Pois aquele que se submete ao Exame de Ordem não
concorre com ninguém além dele próprio, e tem seu esforço limitado a
um número mínimo de acertos. Além disso, como invoca o saudoso Ruy
Sodré: “O advogado luta usando como única arma a palavra. Se não sabe
como manejá-la, embora conheça o direito que ampara a pretensão de
seu cliente, já dá sinal de fraqueza”.
Por isso, quem escolhe a advocacia como profissão firma um
compromisso permanente com o estudo e a atualização. Quem escolhe
ser advogado sabe que seus estudos não se concluem junto com o curso
de graduação. Como ensina Eduardo Couture: “o direito está em
constante transformação. Se não o acompanha, serás cada dia menos
advogado”.
Por fim, é absolutamente equivocada qualquer alegação de que
a exigência do Exame de Ordem representaria uma tentativa de resgate
de privilégios corporativos, ou que estaria sendo utilizado como forma
de “reserva de mercado”. Em vez disso, trata-se de prova de habilitação
a que todos podem se submeter em condições de igualdade, tendo
previsão de isenção da taxa de inscrição para aqueles que não possuem
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
12
condições de pagá-la, bem como sem ter limitação de vaga, bastando que
se atinja a pontuação mínima para ser aprovado, demonstrando o
conhecimento sem o qual qualquer advogado fracassaria em sua atuação
profissional.
Além disso, o Exame de Ordem não implica nenhuma
discriminação, pois, atualmente, é aplicado de forma unificada, sendo o
conteúdo das provas homogêneo, não distinguindo nenhum candidato,
independentemente do local do País onde se inscreva. É importante
mencionar ainda que o valor da taxa de inscrição é meticulosamente
definido, a fim de cobrir os gastos de logística, em âmbito nacional,
advindos da aplicação do Exame e da metodologia, do transporte e do
plano de segurança para a prova. Busca-se custear:
(1) a elaboração das questões, as quais exigem a melhor
qualidade, para a composição do banco de questões das duas fases de
cada Exame de Ordem;
(2) a consolidação de estrutura administrativo-jurídica para
atendimento das demandas dos candidatos;
(3) os custos de produção referentes a papel, grampos,
embalagens, fitas adesivas, etiquetas etc.;
(4) transportadora e logística de segurança para entrega de
malotes;
(5) coordenadores/fiscais itinerantes, entre outros.
O Exame de Ordem é aplicado em 168 polos – abrangendo
capitais e o interior –, sendo que somente o ENEM tem uma
característica aproximada à logística que é empreendida pela OAB,
tendo em vista que, no caso dos concursos nacionais, as provas são
aplicadas apenas nas capitais.
Ao comparar as provas oferecidas pelo Governo mediante a
organização do Ministério de Educação e Cultura (MEC), como ENEM
e ENADE, percebemos que essas são realizadas anualmente, enquanto o
Exame de Ordem é realizado três vezes ao ano, em cumprimento à
definição constante do Provimento do CFOAB que regula o certame2.
Isso significa que o MEC possui, para cada edição do ENEM e
do ENADE, um período maior para planejamento, organização e
2 §2º do art. 1º do Provimento n.º 144/2011 do CFOAB.
13
adequação dos procedimentos envolvidos na aplicação dos exames
mencionados, enquanto a FGV e o Conselho Federal da OAB possuem
um prazo exíguo para a preparação logística dos Exames de Ordem.
Salientemos que o Exame de Ordem é executado pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV), instituição com notável seriedade e larga
experiência. A banca examinadora é integrada por professores
advogados (públicos e privados), membros da magistratura, da
defensoria pública, com vasta experiência jurídica e profissional.
Não obstante a necessidade do pagamento da taxa de inscrição
do Exame de Ordem para participar da prova, os examinandos que
estiverem inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal (CadÚnico)3 e, cumulativamente, forem membros de
família de baixa renda, possuem a possibilidade de concessão de isenção
da taxa.
A cada Exame realizado, o número de isenções deferidas vem
crescendo, tendo sido constatado que, na 1ª fase do XXIV Exame de
Ordem Unificado (2017), foi ultrapassado o total de 22.000
deferimentos. Vale ressaltar que, neste último Exame, mais de 70% dos
pedidos de isenção foram deferidos, o que significa que os examinandos
requerentes tiveram os custos de sua participação totalmente cobertos
pelo Conselho Federal da OAB (CFOAB).
Por todos esses motivos, não há qualquer privilégio na
aplicação do Exame de Ordem. Ele é aplicado em perfeita conformidade
com a isonomia, na medida em que a taxa cobrada é destinada ao
pagamento dos custos com a elaboração da prova; aqueles que não têm
condição de pagar possuem a possibilidade de isenção, garantindo-se a
participação de todas e todos de forma igualitária. Pois, conforme
apresentado pelo Deputado Federal Ulysses Guimarães na proposição
que deu origem ao Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei federal nº
8906/94):
A lei deve estabelecer mecanismos de seleção aos
bacharéis em direito que desejarem exercer a advocacia,
como ocorre com as demais funções necessárias à
3 Decreto 6.135, de 26 de junho de 2007.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
14
administração da justiça (magistratura e ministério
público). É assim nos países organizados no mundo.
Advocacia é serviço público indispensável, devendo o
interessado comprovar um padrão mínimo de
competência.
Constata-se, assim, que o espírito da lei nunca foi o de criar
privilégios, mas sim de zelar pelos interesses da sociedade, a qual merece
ter à sua disposição profissionais intelectualmente capacitados a atendê-la.
Diante dessas considerações, o que não é razoável é deixar para
o mercado a tarefa de seleção dos bons advogados, solução
absolutamente incompatível com a relevância dos bens e interesses
jurídicos que devem ser protegidos. Há uma perfeita congruência lógica
entre a qualificação profissional e a exigência do Exame de Ordem, no
contexto de uma lei amplamente discutida e votada pelos legítimos
representantes da soberania popular, e inspirada no propósito de dar
concretude e eficácia ao disposto no art. 133 da Constituição.
Portanto, é razoável admitir-se que a condição de bacharel em
Direito é apenas um dos requisitos exigidos para fins de habilitação à
função de advogado. Resta claro que a exigência da realização do Exame
de Ordem como requisito para a inscrição nos quadros da OAB não pode
ser confundida com óbice ao livre exercício profissional, mormente se
considerado ser do maior interesse público o credenciamento de
profissionais minimamente habilitados e qualificados.
Seguindo o entendimento do Ministro Marco Aurélio, Relator
no RE 603.583-RS, o Exame de Ordem serve perfeitamente ao propósito
de avaliar se estão presentes as condições mínimas para o exercício
escorreito da advocacia, almejando-se sempre oferecer à coletividade
profissionais razoavelmente capacitados.
O Exame de Ordem é, portanto, uma exigência lastreada no
interesse público, que contribui consequentemente com a melhoria da
educação jurídica no Brasil. É este o interesse legítimo da Ordem dos
Advogados do Brasil: a elevação da qualidade do ensino jurídico. Por
isso, além da colaboração com o credenciamento e a avaliação dos
egressos do ensino superior, por meio do Exame de Ordem, outras
modalidades e programas da OAB contribuem para o reconhecimento e
15
a certificação de indivíduos, organizações e programas de ensino. Um
exemplo desse tipo de certificação é o “Selo OAB Recomenda”, que,
desde 2001, reconhece e premia as instituições de ensino superior e os
cursos de Direito e ciências jurídicas que atendam aos critérios de
excelência, regularidade e qualidade mínima compatíveis com as
expectativas da OAB e da sociedade brasileira.
Sabemos da importância desses instrumentos para a regulação
profissional, que contribuem como referência para a construção de
parâmetros de aptidão necessários para atender adequadamente às
exigências da profissão e salvaguardar o conteúdo indispensável à
prática da advocacia.
Momentos como este reforçam ainda mais o nosso
comprometimento com a educação jurídica e contribuem para a
elaboração de importantes reflexões voltadas ao amadurecimento de
ideias em prol do ensino em nosso País. Colaboram não só com a
qualificação dos profissionais da advocacia, mas também com o
desenvolvimento de toda a sociedade brasileira.
17
UM ESTÍMULO PERMANENTE
Ricardo Breier*
Em sua brilhante trajetória, Rui Barbosa imaginou a educação
como uma alavanca capaz de impulsionar o desenvolvimento do país.
Engajado em uma proposta para modernizar o país, buscou a criação de
um sistema nacional de ensino, sendo este gratuito, obrigatório e laico.
Rui Barbosa foi adiante. A partir da leitura de seus escritos, fica
grifado que a educação foi posicionada como a solução para não
inviabilizar o futuro do Brasil. Em suas considerações, dotar a população
de inteligência por meio da instrução escolar seria decisivo para alicerçar
o caráter nacional.
A entrega do Selo de Qualidade “OAB Recomenda” a
faculdades e cursos de Direito de todo o Brasil está diretamente alinhada
aos princípios defendidos por Rui Barbosa há muitas décadas. A
educação, através do ensino de qualidade, continua posicionada como
elemento capaz de acelerar – ou frear – o desenvolvimento equilibrado
no país. É uma busca constante, a fim de contribuir com as novas
gerações de brasileiros, para que se sintam capacitados e motivados a
seguir em frente com seus estudos.
A distinção “OAB Recomenda” é um estímulo permanente. É
uma orientação a mais para estudantes brasileiros. Antes de algum
indevido constrangimento a quem não recebe, o Selo deve ser uma meta
a ser alcançada a partir de parâmetros e critérios estabelecidos e de amplo
conhecimento.
Uma das principais missões da OAB é oferecer à sociedade
brasileira advogadas e advogados cada vez mais capacitados para uma
atuação competente e compromissada com o Estado Democrático de
Direito. Nesse sentido, a qualidade do ensino jurídico é peça
fundamental.
Cabe também destacar outra importante missão da Ordem:
proteger os brasileiros de práticas que se confundem com estelionato
* Advogado Criminal, Integrante da Comissão Especial para Elaboração do Selo OAB
Recomenda (2016/2019) e Presidente da OAB/RS.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
18
educacional. A OAB vem há alguns anos alertando e denunciando o
inapropriado e nada saudável surgimento de cursos de Direito, que
acabam por oferecer apenas uma concorrência, em que se discute mais o
preço do que a qualidade do ensino. Esse enfrentamento precisa ser feito
permanentemente, e o Ministério da Educação terá de compreender que
essas práticas em pouco ou em nada contribuem para a qualificação do
ensino.
Que o estímulo do selo “OAB Recomenda” consiga inspirar
mais faculdades e cursos de Direito a buscarem novos patamares de
qualificação. O desafio a todas as instituições é permanente.
"Precisamos proteger a sociedade contra o estelionato educacional,
faculdades sem qualquer qualidade que vendem a ilusão de um ensino
bom.”
19
OAB RECOMENDA: termômetro da qualidade da educação jurídica
Marisvaldo Cortez Amado*
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil vem
exercendo desde a década de 90 um papel singular na defesa da educação
jurídica Brasileira, sendo um verdadeiro fiscalizador dos cursos
jurídicos, zelando diariamente pela qualidade da formação de novos
operadores do Direito no Brasil, por meio da opinião da Comissão
Nacional de Educação Jurídica – CNEJ, nos processos de abertura,
reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos de Direito.
Essa manifestação, ou melhor, esse sistema de avaliação surgiu
em 1991 com a criação da Comissão de Ciência e Ensino Jurídico1, sua
finalidade era se manifestar de forma voluntária sobre a criação de cursos
de Direito, uma vez que a legislação ainda não indicava a obrigatoriedade
da OAB se manifestar sobre a qualidade desses cursos.
Após inúmeras manifestações dessa Comissão e de trabalhos e
estudos realizados sobre o ensino do Direito ela passou a enviar suas
manifestações ao Ministério da Educação - MEC de forma oficial nos
processos regulatórios dos cursos jurídicos em tramitação no MEC,
surgia, assim, de fato e de direito a Comissão Nacional de Ensino
Jurídico.2
Contudo, a obrigatoriedade legal nasceu somente com advento
da Lei 8.906/94, que incluiu entre as atribuições do Conselho Federal da
OAB o texto inserto no artigo 54, inciso XV, afirmando que é
competência legal da OAB ‘‘colaborar com o aperfeiçoamento dos
* Advogado, Integrante da Comissão Especial para Elaboração do Selo OAB
Recomenda (2016/2019), Conselheiro Federal da OAB e Presidente da Comissão
Nacional de Educação Jurídica do Conselho Federal da OAB (2016/2019). 1 Rodrigues, Horácio Wanderlei. Ensino do direito no Brasil: diretrizes curriculares e
avaliação das condições de ensino/ Horácio Wanderlei Rodrigues, Eliane Botelho
Junqueira. – Florianópolis: Fundação Boiteux, 2002. 2 A Comissão Nacional de Ensino Jurídico passou a ser denominada Comissão
Nacional de Educação Jurídica conforme determinação do Conselho Federal da OAB
em fevereiro de 2011.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
20
cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos
órgãos competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento
desses cursos”.
Emerge daí o sistema de avaliação de cursos de Direito no
organograma do Conselho Federal da OAB, com o escopo de preservar
os pretensos candidatos ao curso de uma formação inadequada e não
alcançarem o almejado exercício da advocacia.
A Comissão, ao longo de sua luta, criou instrumentos para o
aprimoramento da avaliação os primeiros nasceram com as Instruções
Normativas (IN) da própria CNEJ nº 1/1997, nº 2/1997 que serviram
como marco inicial e posteriormente surgiram as Instruções Normativas
nº 5/2003 e nº 1/2008 para avaliação dos cursos jurídicos no sistema
OAB. Durante seus trabalhos a Comissão Nacional de Educação Jurídica
da OAB começou uma intensa luta em prol da melhoria do ensino
jurídico ofertado no Brasil e contra a multiplicação indiscriminada dos
cursos de direito os quais avançam ano a ano.
Como visto, a luta pelo aprimoramento da Educação Jurídica
é antiga, e a métrica utilizada pela OAB para avaliar o avanço é o
“Exame de Ordem”, amado por poucos e odiado por muitos que
não compreendem a função do ensino para o desenvolvimento de
uma nação. O baixíssimo desempenho dos egressos dos cursos de
Direito no citado exame é prova incontestável da qualidade ínfima do
ensino jurídico brasileiro, esse resultado diminuto representa a falta de
investimentos do próprio poder público na formação básica dos jovens
brasileiros que almejam alcançar as carreiras jurídicas, e a situação vai
ficando ainda pior pela intensa proliferação dos cursos de Direito, haja
vista que já ultrapassamos a marca dos 1.500 cursos em funcionamento,
sendo assim, um oceano de cursos jurídicos com um palmo de
qualidade.
Diante disso, o Conselho Pleno da OAB, acatou o pedido da
Comissão e criou o Selo OAB Recomenda em 19993, o qual nasceu com
a finalidade de premiar os cursos de Direito que alcançasse um
desempenho positivo na prova realizada pela OAB, o projeto também
3 Ata da 1.803ª Sessão Ordinária do Conselho Pleno do Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil.
21
surgiu com o propósito de demonstrar a importância do Exame de Ordem
na avaliação do egresso. Ao longo dos anos o programa foi sendo
aperfeiçoado e ganhando destaque entre as Instituições de Ensino
Superior que oferecem o curso de Direito, passando a ser um termômetro
da qualidade e uma arma na luta contra o surto de cursos de Direito.
Destarte, que a 6ª edição de premiação do Selo de Qualidade da
OAB ratifica a preocupação do Conselho Federal da OAB e a luta de sua
Comissão Nacional de Educação Jurídica pela evolução da qualidade da
educação jurídica ofertada no Brasil. A obra demonstra, ainda, que
precisamos melhorar a qualidade do ensino ofertado no Brasil, para isso
será necessário adequar a quantidade de vagas ofertadas à realidade da
sociedade brasileira a fim de evitar a desilusão de muitos compatriotas
jovens que conseguem um diploma, mas não conseguem conhecimento.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
22
23
NOTA TÉCNICA: metodologia de cálculo do indicador do selo de
qualidade da OAB 6a edição
Mauro Luiz Rabelo*
1 Introdução
1.1 Breve comentário sobre a avaliação da educação superior
brasileira
A avaliação é um tema complexo e que está presente nas ações
cotidianas. No âmbito da educação, toma diversos contornos e suscita
debates intermináveis entre os especialistas, com visões diferenciadas
acerca de suas funções e propostas metodológicas, quer seja na dimensão
das aprendizagens quer seja na dimensão institucional. A história da
avaliação do ensino de graduação no Brasil tem alguns marcos
importantes, que serão brevemente mencionados a seguir.
O crescimento da quantidade de matrículas na graduação
ocorrido na década de 70 do século passado e a experiência da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES) com a avaliação de programas de pós-graduação motivaram a
implantação, em 1983, do Programa de Avaliação da Reforma
Universitária (PARU). Naquela época, o Brasil contava com 65
universidades e mais de 800 estabelecimentos isolados dedicados
exclusivamente ao ensino. O objetivo principal do Programa foi
diagnosticar e avaliar o sistema de educação superior do país para propor
e implementar uma nova reforma. Segundo LIMA et al. (2013), o grupo
gestor do PARU compreendeu a avaliação como:1
* Doutor em Matemática, professor e pesquisador do Departamento de Matemática da
Universidade de Brasília (UnB) e Diretor de Desenvolvimento da Rede de IFES da
Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. 1 Martins Lima, M. A. M. L., Santos Gomes, C. A., Moreira Chagas Corrêa, D. M., &
Saraiva de Melo Pinheiro, T. (2013). História da avaliação institucional do ensino
superior brasileiro: um recorte entre os anos 1970 a 2010. Revista Iberoamericana de
Educación, 63(1), 1-14. Recuperado a partir de https://rieoei.org/RIE/article/view/787.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
24
[...] uma forma de conhecimento da realidade, como uma
metodologia de pesquisa que permitiria efetuar uma
reflexão sobre a prática, considerando uma abordagem
sistêmica da avaliação, a avaliação dos resultados da
gestão das IES, a avaliação institucional (externa e
interna), a participação da comunidade na realização de
autoavaliação, o enfoque qualitativo e a concepção de
avaliação formativa e emancipatória.
Apesar de sua concepção inovadora para a época, o PARU não
chegou a apresentar seus resultados, pois foi desativado um ano após em
decorrência da mudança de governo, não havendo tempo suficiente para
apresentar seus resultados e efeitos.
Com a mudança de governo em 1985, por meio do Decreto n.º
91.177, de 29 de março de 1985, instituiu-se a Comissão Nacional para
Reformulação da Educação Superior (CNRES, 1985-1986). Em seu
relatório final, intitulado “Uma nova política para a educação superior
brasileira” (CNRES, 1985), essa Comissão defendia o aumento
significativo da autonomia universitária, mas afirmava que isso deveria
ser acompanhado de um processo externo de avaliação embasado no
mérito acadêmico. A proposta mencionava que a utilização de
indicadores de eficiência e produtividade deveria ser o critério objetivo
da distribuição e gestão dos recursos públicos e da informação aos
usuários do serviço. No entanto, o grupo executivo criado em 1986 pelo
Ministério da Educação para efetivar a reforma da universidade
brasileira entendeu que isso somente seria viável após a aprovação da
nova Constituição, que veio a ser promulgada pela Assembleia
Constituinte em 1988. Em vista disso, esse grupo atribuiu à avaliação a
função principal de controle da qualidade do desempenho, especialmente
no caso das instituições públicas, uma vez que no entendimento de seus
integrantes as IES privadas eram reguladas pelo mercado.
No início da década seguinte, o MEC criou o Programa de
Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB, 1993-
1994), o que representou uma tentativa de implantação efetiva de um
sistema nacional de avaliação institucional da educação superior no país.
O Programa trazia como focos a melhoria dos processos educacionais e
a autoavaliação como instrumento para identificação das políticas
necessárias ao aprimoramento institucional. As funções de regulação e
25
controle também estavam presentes, mas apenas como complemento à
avaliação interna. Nesse modelo, o controle do processo era de
competência da universidade que fazia adesão ao Programa, cabendo ao
MEC a supervisão e o financiamento. No entanto, o Programa não se
consolidou principalmente porque, ao longo dos anos, o Ministério não
aportou recurso suficiente para sua efetivação.2,3
Por ser incapaz de prestar contas à sociedade sobre o
desempenho das instituições, uma vez não classificava as instituições e
não fornecia informações relevantes para a função de regulação do MEC
e para as agências de fomento, o PAIUB acabou sofrendo críticas durante
o governo de Fernando Henrique Cardoso. Nesse sentido, a partir de
1995, o MEC começou a esboçar nova política de avaliação, com
encaminhamentos distintos daqueles estabelecidos nesse Programa,
materializada na Lei n. º 9.131, de 24 de novembro de 1995, e no Decreto
n. º 2.026, de 10 de outubro de 1996. Foram, então, implantados a
Análise das Condições de Oferta (ACO), o Exame Nacional de Cursos
(ENC) e a avaliação das Instituições de Ensino Superior (IES) para
credenciamento e recredenciamento.
Em dezembro de 1996, entrou em vigor a nova Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (Lei n. º 9.394/1996), que estabelece, em
seu artigo 9o, inciso VIII, a competência da União de assegurar “processo
nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a
cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível
de ensino”, respaldando a política recém implantada pelo governo
federal.
A avaliação da educação superior passou a ganhar visibilidade
em toda a sociedade, já que seus resultados começaram a ter ampla
divulgação. O decreto acima referido estabeleceu regras para o processo
de avaliação dos cursos e das IES, incluindo a análise de indicadores de
desempenho global do sistema de ensino superior, a avaliação do 2 POLIDORI, M. M.; MARINHO-ARAUJO, C. M. & BARREYRO, G. B. (2006).
SINAES: Perspectivas e desafios na avaliação da educação superior brasileira. Ensaio,
v. 14, n.53, p. 425-436. https://doi.org/10.1590/S0104- 40362006000400002. 3 Martins Lima, M. A. M. L., Santos Gomes, C. A., Moreira Chagas Corrêa, D. M., &
Saraiva de Melo Pinheiro, T. (2013). História da avaliação institucional do ensino
superior brasileiro: um recorte entre os anos 1970 a 2010. Revista Iberoamericana de
Educación, 63(1), 1-14. https://rieoei.org/RIE/article/view/787.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
26
desempenho individual das instituições e a avaliação dos cursos de
graduação. Nesse contexto, o ENC, popularmente conhecido como
“Provão”, foi criticado por especialistas por considerar apenas os
resultados da aprendizagem dos estudantes sem levar em conta as
especificidades institucionais. Houve um movimento de boicote ao
exame principalmente pelos estudantes das IES públicas, o que era
esperado, já que a cultura da avaliação de egressos do ensino superior
estava apenas começando. Por outro lado, cursos que recebiam o
conceito máximo no exame começaram a explorar isso como
instrumento de marketing, reforçando o caráter classificatório do Provão.
Assim, a cultura da avaliação foi pouco a pouco sendo incorporada pela
comunidade acadêmica e pela sociedade em geral, principalmente após
a criação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em 1998, que
se transformou, hoje, em uma das maiores avaliações do planeta em
termos de quantidade de participantes.
A partir de 2004, o processo avaliativo ganhou novos contornos
com a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES), instituído pela Lei n.o 10.861/2004, de 14 de abril de 2004, e
regulamentado pela Portaria MEC/INEP 2.051/2004. De acordo com o
artigo 1.o dessa Lei,
O SINAES tem por finalidades a melhoria da qualidade da
educação superior, a orientação da expansão da sua oferta,
o aumento permanente da sua eficácia institucional e
efetividade acadêmica e social e, especialmente, a
promoção do aprofundamento dos compromissos e
responsabilidades sociais das instituições de educação
superior, por meio da valorização de sua missão pública,
da promoção dos valores democráticos, do respeito à
diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da
identidade institucional.
Dessa forma, o objetivo principal do SINAES é assegurar um
processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, dos
cursos de graduação e do desempenho acadêmico dos estudantes, tendo
se institucionalizado enquanto sistema de avaliação que integra diversos
instrumentos, tanto de coleta de dados quanto de avaliação. Destaca-se,
em 2007, a instituição do e-MEC, um sistema eletrônico para fluxo de
27
trabalho e gerenciamento de informações relativas aos processos de
regulação da educação superior do sistema federal de educação.
A concepção do SINAES abrange três dimensões, que se
constituem nos pilares do sistema: avaliação institucional, avaliação de
cursos e avaliação de desempenho dos estudantes. A terceira dimensão
diz respeito ao Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade),
que trata da avaliação dos processos de desenvolvimento das
capacidades dos estudantes dos cursos de graduação, na perspectiva
descrita no art. 5.o da Lei n.o 10.861/2004:
O Enade aferirá o desempenho dos estudantes em relação
aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes
curriculares do respectivo curso de graduação, suas
habilidades para ajustamento às exigências decorrentes da
evolução do conhecimento e suas competências para
compreender temas exteriores ao âmbito específico de sua
profissão, ligados à realidade brasileira e mundial e a
outras áreas do conhecimento.
Cada prova do Enade contempla 10 questões de formação geral,
das quais 8 são objetivas e 2 discursivas, comuns a todos os cursos
avaliados, e 30 de conhecimentos específicos (Componente Específico),
sendo 27 objetivas e 3 discursivas. A aplicação para cada curso é feita
em ciclos de três anos. Por exemplo, a área de Direito foi avaliada em
2006, 2009, 2012 e 2015.
O desempenho dos estudantes na prova dá origem a diversos
indicadores, entre os quais se inclui o Conceito Enade. Esse conceito é
um número inteiro de 1 a 5, obtido por um processo de arredondamento
da Nota Enade, que é a média ponderada das notas médias padronizadas
dos concluintes de cada curso, transformadas na escala de 0 a 5 pontos,
tanto em Formação Geral quanto no Componente Especifico, usando-se
os pesos 0,25 e 0,75, respectivamente. Esses pesos correspondem à
proporção de questões na prova relativa a cada uma das duas partes que
a compõem. As notas médias padronizadas e a transformação para a
escala de 0 a 5 pontos são calculadas de acordo com as fórmulas (1) e (2)
explicitadas a seguir.
O cálculo da nota é feito em uma escala cuja unidade de medida
é o desvio-padrão com relação à média, considerando os cursos de
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
28
determinada área nacionalmente avaliada. Por exemplo, para a área de
Direito, calcula-se o afastamento padronizado (AP) de determinado
curso fazendo-se a diferença entre a média do desempenho dos
estudantes desse curso (X) e a média dessas notas considerando todos os
cursos da área de Direito do Brasil que fizeram a prova (��), dividindo-
se o resultado pelo desvio-padrão da medida (DP), de acordo com a
fórmula:
Após a padronização, para que todos os cursos tenham notas
variando de 0 a 5, é feito o seguinte ajuste algébrico: soma-se ao
afastamento padronizado de cada curso o valor absoluto do menor
afastamento padronizado (𝐴𝑃𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟) entre todos dos cursos de Direito
avaliados em nível nacional; em seguida, divide-se esse resultado pela
soma do maior afastamento padronizado (𝐴𝑃𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟) com o módulo
(valor absoluto) do menor afastamento4. Em seguida, multiplica-se o
resultado desse quociente por 5. Esse cálculo faz com que as notas
variem de 0 a 5 pontos5. Em termos matemáticos, a nota transformada
para cada curso é dada por6:
𝑵
= 𝟓 ×𝑨𝑷 + |𝑨𝑷𝒊𝒏𝒇𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓|
𝑨𝑷𝒔𝒖𝒑𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 + |𝑨𝑷𝒊𝒏𝒇𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓|
(2)
4 Os cursos que obtiverem valores de afastamento inferiores a -3,0 e superiores a 3,0
não são utilizados como ponto inferior ou inferior da fórmula, pelo fato desses cursos
terem resultados muito discrepantes dos demais da área, conhecidos como outliers. 5 Os outliers inferiores recebem nota 0, enquanto aos superiores são atribuídos nota 5,0. 6 RABELO, M. Avaliação Educacional: fundamentos, metodologia e aplicações no
contexto brasileiro. Rio de Janeiro: SBM (Coleção PROFMAT; 10), 2013. 268 p.
𝑨𝑷 =𝑿 − ��
𝑫𝑷
(1)
29
1.2 Indicador de Educação Jurídica de Qualidade
Não é razoável esperar que haja um único indicador capaz de
contemplar todos os objetivos propostos por um processo amplo e
complexo de avaliação como o SINAES e que seja capaz de capturar
toda a pluralidade de cada uma das IES brasileiras. Desse modo, ao se
buscar definir um indicador da qualidade da educação jurídica oferecida
no país, procurou-se, aqui, combinar o resultado da avaliação
coordenada pelo Ministério da Educação, por intermédio do SINAES,
com os resultados dos exames aplicados pela Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
Criado pela Lei n.o 4.215/1963, o Exame de Ordem foi
regulamentado pela Lei n.o 8.906, de 4 de julho de 1994 – que instituiu
o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, atribuindo à OAB a
competência para regulamentar os dispositivos do Exame.7 O Exame
passou a constituir etapa obrigatória da avaliação dos bacharéis em
Direito, como requisito ao exercício da advocacia. Ao longo dos anos, o
Exame sofreu modificações para se adequar ao expressivo aumento de
instituições de ensino jurídico no Brasil e de bacharéis em direito,
objetivando garantir o nível de conhecimento necessário para que os
advogados exerçam a profissão.
Em 2001, a Ordem dos Advogados do Brasil criou um indicador
associado à qualidade da educação jurídica oferecida pelos cursos da
área existentes no país. Denominado inicialmente Selo OAB
Recomenda, ou, simplesmente, Selo OAB, o indicador considera o
percentual de aprovação dos bacharéis egressos das instituições que
ofertam o curso, em relação ao total de participantes presentes nos
Exames da Ordem dos Advogados no Brasil.
A primeira edição do Selo OAB Recomenda tomou como base
o percentual de aprovação dos bacharéis de cada curso inscritos nos
Exames da OAB, tendo sido contemplados com o Selo 52 cursos de
Direito entre os 380 existentes à época. O processo se repetiu em 2004,
resultando em 60 cursos contemplados do total de 733 existentes. Em
2007, a terceira edição levou em consideração, além dos percentuais de
7 NETO, P. E. M. Vestibular e Exame de Ordem: uma análise crítica. Ensaio: Aval.
Pol. públ. Educ., v. 3, n. 8, pp. 317-322, 1995.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
30
aprovação, o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Curso
(ENC), aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Do universo de 1.046 cursos, 87
foram contemplados com o Selo. Já em 2011, por ocasião da sua quarta
edição, 89 dos 1.210 cursos de graduação em Direito no país foram
recomendados.8 Naquela edição, o Selo OAB passou a utilizar os
conceitos obtidos pelos cursos no Enade, além dos percentuais de
aprovação nos Exames de Ordem. Tendo em vista que nem todas as
Seccionais da OAB faziam a mesma prova até o início de 2009, a análise
até a terceira edição do Selo OAB era feita por unidade da federação. No
entanto, a partir da quarta edição, pelo fato de a prova ter sido unificada
no Brasil no terceiro Exame de 2009, o desempenho para atribuição do
Selo passou a ser analisado no conjunto das IES brasileiras, resultando
em uma classificação nacional.9
Em relação ao esforço da unificação do Exame, Marcus
Vinícius Furtado Coelho afirma que:
A Comissão Nacional de Exame de Ordem, desde a
determinação da obrigatoriedade do certame, desenvolveu
um trabalho continuo de avaliação dos egressos das IES, o
que culminou com a Unificação da prova em todo o
território brasileiro. Tudo isso foi feito com o intuito de
colaborar com o aperfeiçoamento do ensino do Direito em
solo pátrio.10
A quinta edição do Selo OAB, em 2015, contemplou 142 cursos
de um universo de mais de 1.200 cursos existentes à época. Como critério
inicial de admissibilidade, exigiu-se a participação em pelo menos três
de quatro Exames da OAB (XII, XIII, XIV, XV) e média mínima de 20
participantes presentes nesses exames. A aplicação desse critério reduziu
o universo de análise a 1.071 cursos de Direito. Foram utilizados para
8 GELLER, R. H et al. OAB Recomenda: indicador de educação jurídica de qualidade.
4. ed. Brasília: OAB, Conselho Federal, 2012. 58 p. 9 Idem. 10 COÊLHO, M. V. F. Educação Jurídica de Qualidade: Garantia Constitucional. In:
OAB Recomenda: Educação jurídica de qualidade – garantia constitucional. 5. ed.
Brasília: OAB, Conselho Federal, 2016. 79 p.
31
geração do indicador os conceitos obtidos pelos cursos no Enade de 2012
e os percentuais de aprovação nesses exames. 11
Agora, na sua sexta edição, 161 cursos foram contemplados com
o Selo OAB, de acordo com os critérios de análise estabelecidos a seguir.
2 Método de análise
2.1 Participantes
A sexta edição do Selo OAB utilizou informações de 1.212
cursos de IES de todos os estados brasileiros. Essas informações dizem
respeito aos resultados de desempenho no Enade dos concluintes dos
cursos de Direito, refletido nos conceitos Enade dos cursos que foram
avaliados em 2015 pelo INEP, e dos resultados de participação e
aprovação em sete Exames da OAB, aplicados de 2016 a 2018, mais
especificamente do Exame XIX (2016.1) ao Exame XXV (2018.1).
Os dados referentes ao Enade foram extraídos do sítio do INEP,
www.inep.gov.br, e as informações referentes aos Exames da Ordem
foram disponibilizadas em planilhas eletrônicas pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), responsável atualmente pela aplicação do Exame
unificado.
O primeiro passo do processo, após a depuração dos dados, foi
a escolha de um critério mínimo de admissibilidade para participação da
análise estatística feita como subsídio para atribuição do Selo OAB. Para
isso foram impostas as seguintes condições:
(1) ter participante presente em pelo menos cinco dos
sete Exames da OAB aqui considerados como variáveis de
análise (XIX ao XXV);
(2) ter um total mínimo de 100 participantes presentes
nos sete exames utilizados na análise.
A aplicação desse critério resultou na admissibilidade de 1.093
cursos de Direito, aqui considerado como o universo de estudo.
Assim como foi feito na edição anterior do Selo OAB, não foi 11 RABELO, M. R. Nota Técnica. In: OAB Recomenda: Educação jurídica de qualidade
– garantia constitucional. 5. ed. Brasília: OAB, Conselho Federal, 2016. 79 p.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
32
estabelecido critério de exclusão relativo ao desempenho dos estudantes
no Enade, mas tão-somente decidiu-se atribuir Conceito Enade igual a
zero àquele curso que, por algum motivo, não constava da planilha do
INEP referente ao ENADE de 2015 ou que nela tenha sido listado como
“sem conceito”. Assim, para os cálculos aqui considerados, o Conceito
Enade e um número inteiro que varia de 0 a 5 pontos, diferentemente do
praticado pelo INEP, que varia de 1 a 5.
2.2 Tratamento dos dados e cálculo do indicador
A exemplo do que foi feito na quinta edição do Selo OAB,
também não foram utilizadas diretamente as notas obtidas pelos
examinandos nas provas do Exame da Ordem, mas somente o resultado
final de aprovação ou reprovação de cada um. O fato de o Exame ser
aplicado nacionalmente, de maneira unificada, torna possível a
comparação entre os cursos de IES diferentes, o que facilita a escolha de
um indicador associado ao desempenho dos estudantes.
A metodologia é muito semelhante àquela adotada na edição
anterior do Selo, com adaptações resultantes principalmente do fato de
ter sido utilizado nesta edição o desempenho dos examinandos em sete
exames em vez de apenas quatro. Isso refletiu nos pesos utilizados para
os conceitos obtidos no Enade e os percentuais de aprovação nos Exames
da Ordem.
O ponto de partida para o cálculo do indicador é a taxa de
sucesso no conjunto de exames considerados na análise, definida como
o percentual de aprovação correspondente à quantidade de aprovados nos
sete exames em relação ao total de presentes. Esse percentual será
simplesmente denominado de taxa de aprovação.
Para a realização dos cálculos, os percentuais de aprovação no
Exame da Ordem foram multiplicados por 100, transformando-se cada
percentagem em um número puro, o que simplifica o cálculo das
medidas estatísticas envolvidas, sem alterar a ordem dos valores. A
análise estatística dessa série de dados para os 1.093 cursos admissíveis
conduz ao seguinte resultado:
33
Média = 20,1350 Valor mínimo = 3,4722
Mediana = 16,5179 Valor máximo = 76,9784
Intervalo modal = [9,60; 15,73] Desvio-padrão = 12,4473
O gráfico 1 a seguir ilustra a distribuição percentual dos cursos
de acordo com a taxa de aprovação nos sete exames.
Gráfico 1: Distribuição dos cursos em relação às taxas de aprovação nos
Exames da Ordem
Fonte: O autor (2018).
A concentração nas classes inferiores evidencia a assimetria da
distribuição dos percentuais de aprovação. Verifica-se que a grande
maioria de valores se situa abaixo da média, já que 745 cursos obtiveram
percentual de aprovação abaixo de 20,135%, ou seja, 68% do total de
cursos admissíveis, enquanto apenas 9 deles (0,8%) obtiveram
aprovação superior a 70%.
A assimetria dessa distribuição não permite que seja feita a
padronização dos valores semelhantemente ao cálculo utilizado pelo
INEP para obtenção do Conceito Enade. Uma vez que o objetivo final
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
Pe
rce
ntu
al d
e c
urs
os
Taxas de aprovação
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
34
será combinar os valores oriundos dos Exames da Ordem e do Enade,
deve-se buscar a aproximação das metodologias utilizadas no cálculo de
ambos os indicadores, para que sejam manipulados valores que estejam
na mesma escala de medida. Assim, optou-se por um procedimento de
“suavização” das variações dos percentuais encontrados, de forma a
tornar a distribuição mais simétrica, ao mesmo tempo em que são
aproximados os índices mais altos dos mais baixos, reduzindo-se as
grandes discrepâncias.
Esse procedimento estatístico segue o padrão utilizado na
edição anterior do Selo OAB. O objetivo da transformação dos dados e
conseguir uma distribuição que se aproxime da distribuição normal.
Desse modo, procedeu-se à logaritmacao dos índices de aprovação, ou
seja, foram substituídos os valores por seus respectivos logaritmos
naturais. A transformação dos valores em uma escala logarítmica
compensa as diferenças de magnitudes dos percentuais de aprovação
encontrados. Pelo fato de a função logaritmo ser crescente, não haverá
alteração na hierarquia dos valores, que é o objetivo principal de
ordenamento das instituições de acordo com o desempenho de seus
estudantes nos exames. Assim, ajustam-se os dados ao tratamento
estatístico, sem prejuízo para nenhuma instituição.
De posse dos logaritmos dos dados, a distribuição percentual
dos cursos em relação às taxas de aprovação torna-se mais simétrica e
com variação mais “suave”, como se infere dos dados estatísticos e do
gráfico apresentados a seguir.
Média = 2,8630 Valor mínimo = 1,2448
Mediana = 2,8044 Valor máximo = 4,3435
Intervalo modal = [2,54; 2,80] Desvio-padrão = 0,5024
35
Gráfico 2: Distribuição percentual dos cursos em relação aos logaritmos
naturais das taxas de aprovação nos sete Exames da Ordem
Fonte: O autor (2018).
Após esse procedimento, com os dados seguindo uma
distribuição aproximadamente normal, pode-se avançar para a
padronização dos índices. Essa padronização visa criar um sistema de
escores, medindo-se o afastamento com relação à média, conforme
explicitado na fórmula 1.
Os resultados encontrados estão sistematizados no quadro e no
gráfico a seguir.
Média = 0,0000 Valor mínimo = -3,2210
Mediana = -0,1166 Valor máximo = 2,9468
Intervalo modal = [-0,61; -0,10] Desvio-padrão = 1,0000
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
1,37 1,63 1,89 2,15 2,41 2,67 2,93 3,19 3,45 3,71 3,97 4,23
Pe
rce
ntu
al d
e c
urs
os
Logaritmo das taxas de aprovação
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
36
Gráfico 3: Distribuição percentual dos cursos em relação aos
afastamentos padronizados dos logaritmos das taxas de aprovação
Fonte: O autor (2018).
Após essas transformações, os dados evidenciam que a mediana
e a média da série de valores são bem próximas, o que não ocorria nas
duas situações anteriores.
O problema inerente ao processo de padronização e que ele gera
resultados negativos e positivos — negativos para índices abaixo da
média e positivos para índices acima da média. Uma vez que,
culturalmente, não estamos acostumados com conceitos negativos, pode-
se, para contornar esse problema, utilizar algumas estratégias que não
interferem na ordenação dos números da série. Optou-se pela
transformação desses valores para a escala de 0 a 5 pontos, utilizando-se
transformação semelhante àquela feita pelo INEP para o cálculo do
Conceito Enade, de acordo com a fórmula 2. Aqui foram considerados
atípicos ou outliers afastamentos inferiores a -3,0 e superiores a 3,0.
Desse modo, atribuiu-se o valor -3,0 para 𝐴𝑃𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 e o valor 3,0 para
𝐴𝑃𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟, o que resultou na seguinte fórmula para o cálculo da nota de
cada curso no conjunto formado pelos sete Exames da Ordem, aqui
representada por 𝑁𝑒𝑥𝑎𝑚𝑒𝑠:
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
-2,96 -2,44 -1,92 -1,40 -0,88 -0,36 0,16 0,68 1,20 1,72 2,24 2,76
Pe
rce
ntu
al d
e c
urs
os
Afastamento padronizado dos logaritmos das taxas de aprovação
37
𝑵𝒆𝒙𝒂𝒎𝒆𝒔 = 𝟓 ×𝑨𝑷 + 𝟑, 𝟎
𝟔, 𝟎 (3)
Ao término desse procedimento, o passo seguinte consiste no
cálculo da nota referente ao Selo OAB, conforme critério que se segue.
3 Critérios para escolha dos cursos recomendados
3.1 Cálculo da nota do Selo OAB
De posse dos Conceitos Enade (𝑁𝑒𝑛𝑎𝑑𝑒) e das notas no conjunto
formado pelos sete exames (𝑁𝑒𝑥𝑎𝑚𝑒𝑠), obtidas pela fórmula 3, calcula-se
a nota do Selo OAB, definida como a média aritmética ponderada desses
valores, com pesos 1 e 9, respectivamente, multiplicada pelo fator 2. Isso
faz com que se obtenha um valor numérico situado na escala de 0 a 10
pontos, aqui denominado de 𝑁𝑆𝑒𝑙𝑜 (𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑎). A escolha dos pesos 1
e 9 está associada à quantidade bem superior de Exames de Ordem
utilizada. Esse procedimento conduz à formula que se segue.
𝑁𝑆𝑒𝑙𝑜 (𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑎) = 2 × (0,1 × 𝑁𝑒𝑛𝑎𝑑𝑒 + 0,9 × 𝑁𝑒𝑥𝑎𝑚𝑒𝑠)
= 0,2 × 𝑁𝑒𝑛𝑎𝑑𝑒 + 1,8 × 𝑁𝑒𝑥𝑎𝑚𝑒𝑠
Utilizando-se a regra de arredondamento estabelecida na tabela
1 a seguir, foram atribuídos conceitos correspondentes aos números
inteiros de 0 a 10, obtendo-se o indicador final denominado
𝑁𝑆𝑒𝑙𝑜 (𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑖𝑡𝑜), utilizado para escolha dos cursos agraciados com o
Selo OAB.
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
38
Tabela 1: Conversão da nota contínua para conceito na escala de 0 a 10
NSelo (contínua) NSelo
(conceito)
NSelo menor que 0,495 0
NSelo maior ou igual a 0,495 e menor que 1,495 1
NSelo maior ou igual a 1,495 e menor que 2,495 2
NSelo maior ou igual a 2,495 e menor que 3,495 3
NSelo maior ou igual a 3,495 e menor que 4,495 4
NSelo maior ou igual a 4,495 e menor que 5,495 5
NSelo maior ou igual a 5,495 e menor que 6,495 6
NSelo maior ou igual a 6,495 e menor que 7,495 7
NSelo maior ou igual a 7,495 e menor que 8,495 8
NSelo maior ou igual a 8,495 e menor que 9,495 9
NSelo maior ou igual a 9,495 10
A Comissão Especial para Elaboração do Selo OAB
Recomenda estabeleceu que seriam contemplados, em sua sexta edição,
os cursos que obtiveram NSelo (conceito) maior ou igual a 7, excluindo-
se aqueles com parecer desfavorável da CNEJ/CFOAB (reconhecimento
e renovação de reconhecimento) no período de 2016 a 2018.
Do universo de cursos considerados na análise, 161 atendem
aos critérios estabelecidos e integram a lista final de cursos
recomendados.
3.2 Exemplo de cálculo do indicador para escolha dos cursos
A título de ilustração da metodologia utilizada para cálculo do
indicador, apresenta-se o exemplo fictício a seguir.
Exemplo: Suponha que 33,50% dos examinandos presentes de
um curso de Direito tenham sido aprovados nos Exames XIX (2016.1)
ao XXV (2018.1) da OAB e que esse curso tenha recebido conceito 3 no
Enade de 2015.
Passo 1: Transformação do percentual
𝑥 = 0,3350 × 100 = 33,50
39
Passo 2: Cálculo do logaritmo natural do percentual
𝑌 = ln 𝑥 = ln(33,50) = 3,5115
Passo 3: Obtenção do afastamento padronizado em relação à média
𝐴𝑃 = 𝑌 − 2,8630
0,5024=
3,5115 − 2,8630
0,5024= 1,2907
Passo 4: Transformação para a escala de 0 a 5 pontos
𝑁𝑒𝑥𝑎𝑚𝑒𝑠 = 5 × 𝐴𝑃 + 3
6= 5 ×
1,2907 + 3
6= 3,5756
Passo 5: Cálculo da Nota no Selo (contínua)
𝑁𝑆𝑒𝑙𝑜 = (0,2 × 𝑁𝐸𝑛𝑎𝑑𝑒 + 1,8 × 𝑁𝑒𝑥𝑎𝑚𝑒𝑠)= 0,2 × 3 + 1,8 × 3,5756 = 7,0361
Passo 6: Cálculo do conceito referente ao Selo, segundo o critério de
arredondamento.
A esse curso fictício seria atribuído o conceito 7, sendo elegível
para o Selo OAB se não tiver parecer desfavorável da CNEJ/CFOAB no
período considerado.
41
RELAÇÃO DOS CURSOS PREMIADOS COM O SELO DE QUALIDADE DA OAB
ACRE
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
RIO
BRANCO
UNIVERSIDADE FEDERAL
DO ACRE - UFAC
CAMPUS UNIVERSITÁRIO 6637 BR 364, KM 04 -
DISTRITO INDUSTRIAL - RIO BRANCO
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
42
ALAGOAS
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
ARAPIRACA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS
- UNEAL
RUA GOVERNADOR LUIZ CAVALCANTE - ALTO CRUZEIRO - CAMPUS GOVERNADOR RONALDO
LESSA - ARAPIRACA
MACEIÓ UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
AV. LOURIVAL DE MELO MOTA S/N CAMPUS A.
C. SIMÕES - CIDADE UNIVERSITÁRIA -
TABULEIRO DO MARTINS - MACEIÓ
43
AMAPÁ
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
MACAPÁ UNIVERSIDADE FEDERAL
DO AMAPÁ - UNIFAP
RODOVIA JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA - KM 2 - S/N - ZERÃO - CAMPUS
MARCO ZERO - MACAPÁ
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
44
AMAZONAS
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
MANAUS UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS -
UEA
AVENIDA PRESIDENTE CASTELO BRANCO, 504 - ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS (ESO)
- CACHOEIRINHA - MANAUS
MANAUS UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM
AV. RODRIGO OTÁVIO 6200 - CAMPUS UNIVERSITÁRIO - COROADO II - MANAUS
45
BAHIA
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CAMAÇARI UNIVERSIDADE DO ESTADO
DA BAHIA - UNEB
RODOVIA BA 512, KM 1,5 - FAZENDA OLHOS D'AGUA - SANTO ANTÔNIO -
CAMPUS XIX - CAMAÇARI
FEIRA DE SANTANA
FACULDADE NOBRE DE FEIRA DE SANTANA - FAN
AVENIDA MARIA QUITÉRIA, 2116 - KALILÂNDIA - FEIRA DE SANTANA
FEIRA DE
SANTANA
UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE FEIRA DE SANTANA - UEFS
AV. TRANSNORDESTINA - NOVO
HORIZONTE - CAMPUS UNIVERSITÁRIO - FEIRA DE SANTANA
ILHÉUS UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE SANTA CRUZ - UESC
KM 16 DA RODOVIA ILHÉUS ITABUNA
S/N - SALOBRINHO - ILHÉUS
JACOBINA UNIVERSIDADE DO ESTADO
DA BAHIA - UNEB
RUA J.J. SEABRA, 158 - ESTAÇÃO -
CAMPUS IV - JACOBINA
JUAZEIRO UNIVERSIDADE DO ESTADO
DA BAHIA - UNEB
RUA EDGARD CHASTINET GUIMARÃES
S/N - SÃO GERALDO - CAMPUS III - JUAZEIRO
PAULO
AFONSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO
DA BAHIA - UNEB
RUA DO BOM CONSELHO, 179 - ALVES DE
SOUSA - CAMPUS VIII - PAULO AFONSO
SALVADOR FACULDADE BAIANA DE DIREITO E GESTÃO
RUA DOUTOR JOSÉ PEROBA 123 - STIEP - SALVADOR
SALVADOR UNIVERSIDADE DO ESTADO
DA BAHIA - UNEB
RUA SILVEIRA MARTINS 2555 - CABULA -
CAMPUS I - SALVADOR
SALVADOR UNIVERSIDADE FEDERAL DA
BAHIA - UFBA
RUA DA PAZ S/N - GRAÇA - CAMPUS
UNIVERSITÁRIO CANELA - SALVADOR
SALVADOR
UNIVERSIDADE SALVADOR –
UNIFACS - CAMPUS
TANCREDO NEVES
AVENIDA TANCREDO NEVES 2131 - CAMINHO DAS ÁRVORES - SALVADOR
VALENÇA UNIVERSIDADE DO ESTADO
DA BAHIA - UNEB
RUA CECÍLIA MEIRELES S/N - CENTRO -
CAMPUS XV - VALENÇA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
46
BAHIA
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
VITÓRIA DA
CONQUISTA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
SUDOESTE DA BAHIA - UESB
ESTRADA DO BEM QUERER - KM 04 S/N - ZONA RURAL - VITÓRIA DA
CONQUISTA
47
CEARÁ
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CRATO UNIVERSIDADE REGIONAL DO
CARIRI - URCA
RUA TEODORICO TELES 645 - SÃO
MIGUEL - CRATO
FORTALEZA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
RUA METON DE ALENCAR - CENTRO - FORTALEZA
FORTALEZA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
CHRISTUS – UNICHRISTUS – CAMPUS DOM LUÍS
AVENIDA DOM LUÍS, 911 - MEIRELES -
FORTALEZA
FORTALEZA CENTRO UNIVERSITÁRIO SETE DE SETEMBRO - UNI7 – CAMPUS
SUL
RUA ALMIRANTE MAXIMIANO DA FONSECA, 1395 - ENG. LUCIANO
CAVALCANTE - FORTALEZA
IGUATU UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
RUA DOM QUINTINO, 73 - SÃO
SEBASTIÃO - UNIDADE DESCENTRALIZADA DE IGUATU -
IGUATU
SOBRAL UNIVERSIDADE ESTADUAL
VALE DO ACARAÚ - UVA
AVENIDA DA UNIVERSIDADE 850 -
BETÂNIA - SOBRAL
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
48
DISTRITO FEDERAL
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
BRASÍLIA ESCOLA DE DIREITO E DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO IDP -
EDAP
SGAS 607 MÓDULO 49 L2 SUL -
MÓDULO 49 - ASA SUL - BRASÍLIA
BRASÍLIA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DARCY
RIBEIRO S/N - ASA NORTE -
BRASÍLIA
49
ESPÍRITO SANTO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
VILA
VELHA
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
DE VILA VELHA - FESVV
RUA CABO AYLSON SIMÕES LOTES 01 A 06, 67 ESQUINA COM RUA CHARLES DARWIN-
CENTRO - VILA VELHA
VILA VELHA
UNIVERSIDADE VILA VELHA - UVV
AV. COMISSÁRIO JOSÉ DANTAS DE MELO 21 - BOA VISTA II- VILA VELHA
VITÓRIA CENTRO UNIVERSITÁRIO
ESPÍRITO-SANTENSE/FAESA
RUA ANSELMO SERRAT 199 - ILHA DE
MONTE BELO - VITÓRIA
VITÓRIA FACULDADE DE DIREITO DE
VITÓRIA - FDV
RUA DR. JOÃO CARLOS DE SOUZA 779 -
SANTA LÚCIA - VITÓRIA
VITÓRIA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO ESPÍRITO SANTO - UFES
AV. FERNANDO FERRARI, 514, GOIABEIRAS -
CAMPUS UNIVERSITÁRIO - VITÓRIA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
50
GOIÁS
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
GOIÂNIA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS - UFG
PRAÇA UNIVERSITÁRIA S/N - REGIONAL GOIÂNIA - CAMPUS COLEMAR NATAL E SILVA -
GOIÂNIA
GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG
AVENIDA BOM PASTOR S/N - REGIONAL GOIÁS - GOIÁS
JATAÍ UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS - UFG
RUA RIACHUELO 1.530 - SAMUEL GRAHAN -
REGIONAL JATAÍ - JATAÍ
51
MARANHÃO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
IMPERATRIZ UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARANHÃO - UFMA
RUA URBANO SANTOS, S/N-
CENTRO - IMPERATRIZ
SÃO LUÍS
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIDADE
DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO -
UNDB
AVENIDA COLARES MOREIRA 443 -
DOM BOSCO - RENASCENÇA - SÃO
LUIS
SÃO LUÍS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
MARANHÃO - UEMA
CIDADE UNIVERSITÁRIA PAULO VI
- TIRIRICAL - SÃO LUIS
SÃO LUÍS UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARANHÃO - UFMA
AVENIDA DOS PORTUGUESES, 1966
- VILA BACANGA - SÃO LUIS
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
52
MATO GROSSO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
BARRA DO
GARÇAS
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MATO GROSSO - UFMT
AVENIDA SENADOR VALDON VARJÃO, 6390 - DRURYS - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO
ARAGUAIA - BARRA DO GARÇAS
CÁCERES
UNIVERSIDADE DO
ESTADO DE MATO GROSSO
– UNEMAT
AVENIDA SÃO JOÃO S/N - CAVALHADA - CÁCERES
CUIABÁ UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MATO GROSSO - UFMT
AVENIDA FERNANDO CORREA DA COSTA,
2367 - CIDADE UNIVERSITÁRIA - BOA ESPERANÇA - CUIABÁ
53
MATO GROSSO DO SUL
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CAMPO
GRANDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO DO SUL - UFMS
AV. COSTA E SILVA S/N - CIDADE
UNIVERSITÁRIA - CAMPO GRANDE
CORUMBÁ UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - UFMS
AV. RIO BRANCO, 1270 - UNIVERSITÁRIO
- CAMPUS DO PANTANAL - CPAN -
CORUMBÁ
DOURADOS
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
FEDERAL DA GRANDE DOURADOS - UFGD
RUA QUINTINO BOCAIÚVA, 2100 -
JARDIM DA FIGUEIRA - UNIDADE IV - DOURADOS
DOURADOS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
MATO GROSSO DO SUL - UEMS
RODOVIA DOURADOS/ITAHUM S/N -
CIDADE UNIVERSITÁRIA - DOURADOS
TRÊS
LAGOAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO DO SUL - UFMS
AVENIDA RANULPHO MARQUES LEAL,
3484 - DISTRITO INDUSTRIAL - CPTL II -
TRÊS LAGOAS
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
54
MINAS GERAIS
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
BELO
HORIZONTE
ESCOLA SUPERIOR DOM HELDER
CÂMARA - ESDHC
RUA ALVARES MACIEL, 628 - SANTA EFIGÊNIA - BELO
HORIZONTE
BELO HORIZONTE
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS – UNIDADE PRAÇA DA
LIBERDADE
AVENIDA BRASIL 2023 UNIDADE
BH PRAÇA DA LIBERDADE (EDIFÍCIO DOM CABRAL) - BELO
HORIZONTE
BELO HORIZONTE
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS – CAMPUS CORAÇÃO
EUCARÍSTÍCO
AVENIDA DOM JOSÉ GASPAR 500
- CORAÇÃO EUCARÍSTICO - BELO
HORIZONTE
BELO
HORIZONTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MINAS GERAIS - UFMG
AV. JOÃO PINHEIRO, 100 -
CENTRO - BELO HORIZONTE
CONTAGEM FACULDADE UNA DE CONTAGEM
- FUNAC
AVENIDA JOÃO CESAR DE
OLIVEIRA, 5775 - BEATRIZ -
CONTAGEM
FORMIGA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA - UNIFORMG
AVENIDA DOUTOR ARNALDO DE
SENNA 328 - ÁGUA VERMELHA -
FORMIGA
FRUTAL UNIVERSIDADE DO ESTADO DE
MINAS GERAIS - UEMG
AVENIDA PROFESSOR MÁRIO
PALMÉRIO 1001 - UNIVERSITÁRIO - UNIDADE DE FRUTAL - FRUTAL
GOVERNADOR
VALADARES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA - UFJF
AVENIDA DOUTOR RAIMUNDO
MONTEIRO REZENDE 330 -
CENTRO - GOVERNADOR VALADARES
JUIZ DE FORA FACULDADE METODISTA GRANBERY - FMG
RUA BATISTA DE OLIVEIRA - 1145- GRANBERY - JUIZ DE FORA
JUIZ DE FORA FACULDADES INTEGRADAS
VIANNA JÚNIOR - FIVJ
AVENIDA DOS ANDRADAS, 415 -
CENTRO - JUIZ DE FORA
JUIZ DE FORA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA - UFJF
CAMPUS UNIVERSITÁRIO - CIDADE UNIVERSITÁRIA - SÃO
PEDRO - JUIZ DE FORA
LAVRAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - UFLA
PRAÇA PROF. EDMIR SÁ SANTOS
S/N - CAMPUS UNIVERSITARIO -
LAVRAS
55
MINAS GERAIS
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
MONTES
CLAROS
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. DARCY RIBEIRO - AVENIDA RUI BRAGA S/N CAIXA
POSTAL 126 - VILA MAURICÉIA - MONTES
CLAROS
NOVA LIMA FACULDADE DE DIREITO
MILTON CAMPOS - FDMC
RUA SENADOR MILTON CAMPOS 202 - VILA
SERRA - NOVA LIMA
OURO PRETO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP
RUA PAULO MAGALHÃES GOMES S/N - MORRO DO CRUZEIRO - OURO PRETO
PATOS DE
MINAS
CENTRO UNIVERSITÁRIO
DE PATOS DE MINAS - UNIPAM
RUA MAJOR GOTE 808 - CAIÇARAS - PATOS
DE MINAS
POUSO
ALEGRE
FACULDADE DE DIREITO
DO SUL DE MINAS - FDSM
AVENIDA DOUTOR JOÃO BERALDO 1075 -
CENTRO - POUSO ALEGRE
UBERLÂNDIA FACULDADE ESAMC UBERLÂNDIA - ESAMC
AVENIDA VASCONCELOS COSTA, 270 - MARTINS - UBERLÂNDIA
UBERLÂNDIA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE UBERLÂNDIA - UFU
AVENIDA JOÃO NAVES DE ÁVILA 2121 -
CAMPUS REITORIA - SANTA MÔNICA - UBERLÂNDIA
VIÇOSA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE VIÇOSA - UFV
AV. P.H. ROLFS S/N CAMPUS
UNIVERSITÁRIO - VIÇOSA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
56
PARÁ
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
BELÉM CENTRO UNIVERSITÁRIO DO
ESTADO DO PARÁ - CESUPA
AVENIDA ALCINDO CACELA, 980 - UNIDADE ALCIDO CACELA II -
UMARIZAL - BELÉM
BELÉM UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA
RUA AUGUSTO CORREA, 01 - GUAMÁ -
CIDADE UNIVERSITÁRIA JOSÉ DA
SILVEIRA NETTO - BELÉM
MARABÁ UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL
E SUDESTE DO PARÁ - UNIFESSPA
FOLHA 31, QUADRA 07, LOTE ESPECIAL
- NOVA MARABÁ - MARABÁ
SANTARÉM UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA –
UNIDADE AMAZÔNIA
AVENIDA MENDONÇA FURTADO 2946 - ALDEIA - UNIDADE AMAZÔNIA -
SANTARÉM
57
PARAÍBA
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CAMPINA
GRANDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL
DA PARAÍBA – UEPB
AVENIDA DAS BARAÚNAS 351 -
BODOCONGÓ - CAMPINA GRANDE
JOÃO PESSOA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB – CAMPUS I
CIDADE UNIVERSITÁRIA, S/N - CAMPUSA I - CASTELO BRANCO - JOÃO PESSOA
JOÃO PESSOA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA – UFPB – CAMPUS CENTRO
PRAÇA PRESIDENTE JOÃO PESSOA,
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, S/N, CAMPUS I - CENTRO - JOÃO PESSOA
SOUSA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
CAMPINA GRANDE - UFCG
RODOVIA ANTÔNIO MARIZ, BR 230, KM 466,5, S/N - SÍTIO FAZENDA CESÁRIO -
SOUSA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
58
PARANÁ
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CASCAVEL CENTRO UNIVERSITÁRIO
ASSIS GURGACZ - FAG
AVENIDA DAS TORRES, 500 -
LOTEAMENTO FAG - CASCAVEL
CURITIBA CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA - UNICURITIBA
RUA CHILE, 1678 PRÉDIO - MILTON
VIANA FILHO - REBOUÇAS -
CURITIBA
CURITIBA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
RUA IMACULADA CONCEIÇÃO, 1155
- PRADO VELHO - CURITIBA
CURITIBA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO PARANÁ - UFPR
PRAÇA SANTOS ANDRADE 50 PRÉDIO HISTÓRICO - CENTRO -
CURITIBA
CURITIBA UNIVERSIDADE POSITIVO –
UP – CAMPUS SEDE
RUA PROFESSOR PEDRO VIRIATO
PARIGOT DE SOUZA, 5300 - CAMPO
COMPRIDO - CURITIBA
FOZ DO IGUAÇU
UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
AV. TARQUINIO JOSLIN DOS
SANTOS, 1300 - JARDIM POLO UNIVERSITÁRIO - FOZ DO IGUAÇU
FRANCISCO
BELTRÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ -
UNIOESTE
RUA MARINGÁ, 1200 - VILA NOVA -
FRANCISCO BELTRÃO
GUARAPUAVA CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL
RUA COMENDADOR NORBERTO,
1299 - SANTA CRUZ - BLOCO 1 -
GUARAPUAVA
JACAREZINHO
UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO NORTE DO PARANÁ - UENP
RUA MANUEL RIBAS 711 - CENTRO -
JACAREZINHO
LONDRINA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ -
PUCPR
AV. JOCKEY CLUB, 485 - VILA HÍPICA
- LONDRINA
LONDRINA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL
RODOVIA CELSO GARCIA CID, PR
445, KM 380 - CAMPUS
UNIVERSITÁRIO - LONDRINA
MARECHAL
CÂNDIDO RONDON
UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
RUA PERNAMBUCO, 1777 - CENTRO -
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
59
PARANÁ
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
MARINGÁ CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
MARINGÁ - UNICESUMAR
AVENIDA GUEDNER, 1610 - JARDIM
ACLIMAÇÃO - MARINGÁ
MARINGÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM
AVENIDA COLOMBO, 5790 - ZONA 07 - MARINGÁ
PONTA GROSSA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA - UEPG
PRAÇA SANTOS ANDRADE, 01 -
CAMPUS CENTRAL - CENTRO - PONTA GROSSA
TOLEDO FACULDADE ASSIS GURGACZ -
FAG TOLEDO
AVENIDA MINISTRO CIRNE LIMA 2.565 -
JARDIM COOPAGRO - TOLEDO
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
60
PERNAMBUCO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
RECIFE FACULDADE DAMAS DA
INSTRUÇÃO CRISTÃ - FADIC
AVENIDA RUI BARBOSA, 1426 - BAIRRO
DAS GRAÇAS - RECIFE
RECIFE FACULDADE NOVA ROMA - FNR
ESTRADA DO BONGI, 425 - PRADO - RECIFE
RECIFE UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
PERNAMBUCO - UNICAP
RUA DO PRÍNCIPE, 526 - BOA VISTA -
RECIFE
RECIFE UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO - UFPE
AVENIDA PROFESSOR MORAES REGO,
1235 - CIDADE UNIVERSITÁRIA - RECIFE
61
PIAUÍ
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
FLORIANO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
PIAUÍ - UESPI
BR 343, 1281 - CAMPO VELHO - CAMPUS
DRA. JOSEFINA DEMES - FLORIANO
PARNAÍBA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
AVENIDA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA,
S/N - CAMPUS PROF. ALEXANDRE ALVES
DE OLIVEIRA - PARNAÍBA
PICOS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
PIAUÍ - UESPI
RODOVIA BR-316 S/N KM 299 - ALTAMIRA
- PICOS
TERESINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PIAUÍ - UFPI
CAMPUS UNIVERSITÁRIO MINISTRO PETRÔNIO PORTELA S/N SG - 07 - ININGA
- TERESINA
TERESINA
FACULDADE PITÁGORAS
INSTITUTO CAMILLO FILHO -
PITÁGORAS ICF
RUA NAPOLEÃO LIMA, 1175 - JOCKEI
CLUBE - PRÉDIO 1 - TERESINA
TERESINA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
PIAUÍ – UESPI – CAMPUS CLOVIS MOURA
RUA DESEMBARGADOR BERILO DA
MOTA, S/N, CAMPUS CLÓVIS MOURA - ITARARÉ - TERESINA
TERESINA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI – CAMPUS POETA
TORQUATO NETO
RUA JOÃO CABRAL, 2231 - PIRAJÁ -
TERESINA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
62
RIO DE JANEIRO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CAMPOS DOS
GOYTACAZES
UNIVERSIDADE CÂNDIDO
MENDES - UCAM
RUA ANITA PEÇANHA, 100 - PARQUE SÃO CAETANO - CAMPOS DOS
GOYTACAZES
MACAÉ UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
RUA ALOÍSIO DA SILVA GOMES, 50 -
GRANJA DOS CAVALEIROS - ICM- INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA
SOCIEDADE - MACAÉ
NITERÓI UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE - UFF
RUA PRESIDENTE PEDREIRA, 62 -
FACULDADE DE DIREITO I - INGÁ - NITERÓI
NOVA
FRIBURGO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO
MENDES - UCAM
RUA PROFESSOR FREEZE, 38 -
VILLAGE - NOVA FRIBURGO
NOVA IGUAÇU
UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DO RIO DE JANEIRO -
UFRRJ
AV GOVERNADOR ROBERTO SILVEIRA
, S/N - INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR -
MOQUETÁ - NOVA IGUAÇU
PETRÓPOLIS UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE PETRÓPOLIS - UCP
RUA BENJAMIM CONSTANT, 213 -
CENTRO - PETRÓPOLIS
RESENDE UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE
SÁ - UNESA
RUA ZENAIDE VILELA , S/N- JARDIM
BRASÍLIA - RESENDE
RIO DE JANEIRO CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMEC – UNIDADE CENTRO
AVENIDA PRESIDENTE WILSON, 118 - CENTRO - RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO ESCOLA DE DIREITO DO RIO
DE JANEIRO - DIREITO RIO
PRAIA DE BOTAFOGO 190, 13º ANDAR -
BOTAFOGO - RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE
JANEIRO - PUC-RIO
RUA MARQUÊS SÃO VICENTE, 225 -
GÁVEA - RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ
RUA SÃO FRANCISCO XAVIER, 524 - MARACANÃ - RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE
SÁ – UNESA – UNIDADE CENTRO I – PRESIDENTE
VARGAS
AV. PRESIDENTE VARGAS 592-914
CENTRO I - PRESIDENTE VARGAS - RIO
DE JANEIRO
63
RIO DE JANEIRO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
RIO DE
JANEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO - UNIRIO
RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, 107 -
BOTAFOGO - RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO -
UFRJ
RUA MORCOVO FILHO, 8 - CENTRO - RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE VEIGA DE
ALMEIDA – UVA – CAMPUS BARRA DA
TIJUCA
AV. GEN. FELICÍSSIMO CARDOSO, 500 - BARRA DA TIJUCA - RIO DE JANEIRO
SEROPÉDICA
UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DO RIO DE JANEIRO - UFRRJ
ROD BR 465, KM 7, S/N - CENTRO
UNIVERSITÁRIO - SEROPÉDICA
TRÊS RIOS
UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DO RIO DE
JANEIRO - UFRRJ
AVENIDA PREFEITO ALBERTO DA SILVA
LAVINAS, 1847 - INSTITUTO TRÊS RIOS -
CENTRO - TRÊS RIOS
VOLTA REDONDA
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
RUA DESEMBARGADOR ELLIS HERMYDIO
FIGUEIRA 783 BLOCO A - CAMPUS ATERRADO: ICHS - INSTITUTO DE CIÊNCIAS
HUMANAS E SOCIAIS - VOLTA REDONDA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
64
RIO GRANDE DO NORTE
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CAICÓ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
- UFRN
RUA EVARISTO DE MEDEIROS - CENTRO - S/N
- PEDEDO - CAICÓ
MOSSORÓ
UNIVERSIDADE DO
ESTADO DO RIO GRANDE
DO NORTE - UERN
BR 110, KM 46, RUA PROFESSOR ANTÔNIO
CAMPOS, S/N - CAMPUS UNIVERSITÁRIO CENTRAL - PRESIDENTE COSTA E SILVA -
MOSSORÓ
MOSSORÓ
UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA
BR 110 - KM 47 S/N - PRESIDENTE COSTA E
SILVA - MOSSORÓ
NATAL UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO NORTE - UERN
AVENIDA DOUTOR JOÃO MEDEIROS FILHO 3419 ZONA NORTE - CAMPUS AVANÇADO DE
NATAL - POTENGI - NATAL
NATAL
UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO NORTE
- UFRN
AVENIDA SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - LAGOA NOVA - NATAL
65
RIO GRANDE DO SUL
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
PELOTAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS - UFPEL
PRAÇA CONSELHEIRO MACIEL, 215 - UNIDADE DISPERSA - CENTRO -
PELOTAS
PORTO ALEGRE
FACULDADE DE DIREITO DA
FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO
MINISTÉRIO PÚBLICO
RUA CORONEL GENUÍNO 421, 6º ANDAR - CENTRO - PORTO ALEGRE
PORTO
ALEGRE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL - UFRGS
AV. JOÃO PESSOA 80 PRÉDIO 11108 -
FACULDADE DE DIREITO - CENTRO - PORTO ALEGRE
RIO GRANDE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE - FURG
AVENIDA ITÁLIA - KM 08 -
CARREIROS - RIO GRANDE
SANTA
MARIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA MARIA - UFSM
RUA MARECHAL FLORIANO
PEIXOTO 1184 - DE 1148 AO FIM -
LADO PAR - SANTA MARIA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
66
RONDÔNIA
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CACOAL FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL
DE RONDÔNIA - UNIR
RUA MANOEL VITOR DINIZ 2380 CAMPUS
PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES
QUILES - RESIDENCIAL PARQUE BRIZON - CACOAL
PORTO VELHO
FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE RONDÔNIA - UNIR
BR 364 KM 9,5 ZONA RURAL - CAMPUS JOSÉ RIBEIRO FILHO - PORTO VELHO
67
RORAIMA
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
BOA VISTA UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE RORAIMA - UERR
AVENIDA SETE DE SETEMBRO, 231 -
CANARINHO - BOA VISTA
BOA VISTA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA - UFRR
AVENIDA CAPITÃO ENE GARCEZ 2413 -
CAMPUS PARICARANA - AEROPORTO - BOA
VISTA
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
68
SANTA CATARINA
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
CRICIÚMA UNIVERSIDADE DO EXTREMO
SUL CATARINENSE - UNESC
AV UNIVERSITÁRIA, 1105 - BLOCO ADMINISTRATIVO -
UNIVERSITÁRIO - CRICIÚMA
FLORIANÓPOLIS FACULDADE CESUSC
ROD. SC 401, KM 10 - TREVO
SANTO ANTÔNIO DE LISBOA -
FLORIANÓPOLIS
FLORIANÓPOLIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA - UFSC
CAMPUS UNIVERSITÁRIO REITOR
JOÃO DAVID FERREIRA LIMA - TRINDADE - FLORIANÓPOLIS
JOINVILLE
CENTRO UNIVERSITÁRIO -
CATÓLICA DE SANTA CATARINA
EM JOINVILLE - CATÓLICA EM JOINVILE
RUA SENADOR FELIPE SCHMIDT
S/N - JOINVILLE
JOINVILLE CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC
RUA GOTHARD KAESEMODEL 833
-CAMPUS MARQUÊS DE OLINDA -
SEDE - JOINVILLE
TUBARÃO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL
AV. JOSÉ ACÁCIO MOREIRA, 787,
DEHON. 787 CAMPUS UNIVERSITÁRIO - UNISUL -
TUBARÃO
69
SÃO PAULO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
ARAÇATUBA CENTRO UNIVERSITÁRIO
TOLEDO - UNITOLEDO
RUA ANTONIO AFONSO DE TOLEDO, 595 - TERREO - JARDIM SUMARÉ -
ARAÇATUBA
CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - FACAMP
ESTRADA MUNICIPAL TELEBRÁS-
UNICAMP KM 1 - BARÃO GERALDO -
CAMPINAS
CAMPINAS
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE CAMPINAS - PUC-CAMPINAS
RUA PROFESSOR DOUTOR EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI 1516
GLEBA 1 - QT. 06422 (PUC - DOM
PEDRO) - CAMPINAS
CAMPINAS UNIVERSIDADE PRESBITERIANA
MACKENZIE - MACKENZIE
AVENIDA BRASIL, 1220 - JARDIM
GUANABARA - CAMPINAS
FRANCA FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA - FDF
AVENIDA MAJOR NICÁCIO, 2377 - SÃO JOSÉ - FRANCA
FRANCA
UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA
FILHO - UNESP
RUA MAJOR CLAUDIANO 1488 -
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - CENTRO -
FRANCA
PRESIDENTE
PRUDENTE
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO EUFRÁSIO DE TOLEDO
DE PRESIDENTE PRUDENTE -
TOLEDO PRUDENTE
PRAÇA RAUL FURQUIM, 09 - VILA
FURQUIM - PRESIDENTE PRUDENTE
RIBEIRÃO
PRETO
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO -
ESTÁCIO RIBEIRÃO PRE
RUA ABRAÃO ISSA HALACK, 980 -
RIBEIRÂNIA - RIBEIRÃO PRETO
RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
AV. BANDEIRANTES 3.900 AV. PROF.
AYMAR BAPTISTA PRADO (835), FACULDADE DE DIREITO DE
RIBEIRÃO PRETO - RIBEIRÃO PRETO
SÃO
BERNARDO DO
CAMPO
FACULDADE DE DIREITO DE
SÃO BERNARDO DO CAMPO -
FDSBC
RUA JAVA, 425 - JARDIM DO MAR - SÃO BERNARDO DO CAMPO
SÃO PAULO ESCOLA DE DIREITO DE SÃO
PAULO - FGV DIREITO SP
AVENIDA NOVE DE JULHO 2029 -
RUA ROCHA 220 E 233 - BELA VISTA - SÃO PAULO
SÃO PAULO FACULDADE IBMEC SÃO PAULO
- IBMEC SP
ALAMEDA SANTOS 2356 CAMPUS
PAULISTA - SÃO PAULO
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
70
SÃO PAULO
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
SÃO PAULO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO -
PUCSP
RUA MONTE ALEGRE, 984 - PERDIZES -
SÃO PAULO
SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
LARGO DE SÃO FRANCISCO, 95 - FACULDADE DE DIREITO FD - SÉ -
CENTRO - SÃO PAULO
SÃO PAULO UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE - MACKENZIE
RUA DA CONSOLAÇÃO, 896 - CONSOLAÇÃO - SÃO PAULO
SÃO PAULO
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
TADEU – USJT – UNIDADE BUTANTÃ
AVENIDA VITAL BRASIL - UNIDADE
BUTANTÃ - 1000 - BUTANTÃ - SÃO PAULO
SOROCABA FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA - FADI
RUA DOUTORA URSULINA LOPES TORRES, 123 - VERGUEIRO - SOROCABA
SOROCABA FACULDADE ESAMC SOROCABA - ESAMC
RUA ARTHUR GOMES, 51 - CENTRO - SOROCABA
71
SERGIPE
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
SÃO
CRISTOVÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE - UFS
AVENIDA MARECHAL RONDON - JARDIM
ROSA ELZE - SÃO CRISTOVÃO
OAB Recomenda 6ª edição: instrumento em defesa da educação jurídica brasileira
72
TOCANTINS
MUNICÍPIO NOME ENDEREÇO
PALMAS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL
DO TOCANTINS - UFT
AVENIDA NS 15 AL C NO14 -
CENTRO - PALMAS
PALMAS UNIVERSIDADE DO TOCANTINS -
UNITINS
108 SUL ALAMEDA 11 - LOTE 03
- PALMAS