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EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA – EAD
COORDENAÇÃO CENTRAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CCEAD
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
ESPECIALIZAÇÃO: TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: Informática e Sociedade - IS
ATIVIDADE: Seminário Virtual
MEDIADOR (A): Neia Guedes
TURMA: PB01IS
DATA: 10/10/2012.
GRUPO A - INTEGRANTES: Amélia Sayonara Regis de Meneses/ Edith de Oliveira Santiago/
Januario Cordeiro Filho/ Maria de Fátima Vasconcelos Leite/ Sergio Nilson de Faustino/
Suzane Keilla da Silva Machado/ Winadyjario Barreto dos Santos
GRUPO B - INTEGRANTES: Elma Silvanda Dantas/ Everaldo da Silva Santana/ Grazielli
Martins Pereira – Coordenadora/ Izabel Cristina Costa de Araújo Rodrigues/ Izaltina Maria dos
Santos/ João Genarte de Araújo Cavalcante/ José Ivaldo Donato Nóbrega/ Norma Menezes de
Almeida
CONSOLIDAÇÃO: Documento – proposta
Partindo do princípio que a educação deve atribuir no indivíduo saberes que
desenvolvam competências e habilidades para uma vida ativa no futuro, daí a importância de
organizar a educação dentro de quatro pilares que ao longo da vida servirão de base para o
indivíduo que é aprender a conhecer que é a base da compreensão, aprender a fazer para
poder interagir no meio social, aprender a viver juntos para participar e cooperar de todas as
atividades humanas e aprender a ser que integra os três conceitos. Na escola o que se é mais
aprofundado são os conceitos de aprender a conhecer e a fazer, muitas vezes de forma
distorcida e não associado a uma vida em sociedade.
Ao aprender a conhecer o indivíduo deverá apropriar-se do conhecimento
sistematizado com a finalidade de aplicabilidade em sua vida humana, a fim de viver
dignamente, compreendendo o mundo em que rodeia na incessante busca do descobrir. O
aumento do saber permite a compreensão de determinados conceitos, compreendendo melhor
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o ambiente que vivemos alem de desenvolver o conhecimento crítico e a autonomia na
capacidade de emitir opiniões.
No século XXI o educador precisa desenvolver a aprendizagem significativa no aluno
para que este pilar possa ser atingido na sua intenção, tendo a tecnologia ao seu alcance é
imprescindível o desenvolvimento na autonomia do aluno no que se refere a pesquisas onde o
aluno possa desenvolver a sua autonomia na busca por conhecimento, pois a educação não se
dá só dentro da escola, se o educador conseguir instigar ao aluno a buscar o conhecimento
fora dos muros da escola como também ao longo da vida este pilar será atingido com sucesso.
O segundo pilar refere-se a aprender a fazer que seja indissociável ao pilar aprender
a conhecer, pois a exemplo da revolução industrial as pessoas foram “programadas” ou
treinadas para aprender a realizar uma atividade mecânica como nas fábricas, sendo um erro
que deve ser superado na medida em que as aprendizagens evoluam não como simples
transmissão de práticas existem outras competências atreladas ao saber fazer que seja tão
importante como a formação técnica, qualidades como o saber comunicar-se, controle
emocional associado às relações interpessoais, saber gerir conflitos enfim atitudes que deve
compor o ser humano.
O terceiro pilar refere-se a aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros
que é um grande desafio na educação, pois em meio a tanta violência, competitividade,
exclusão, a escola deve combater todos esses conflitos através da igualdade de
oportunidades, objetivos e projetos comuns, onde os preconceitos podem ser extintos através
da descoberta e respeito do outro e em um segundo momento a participação em projetos
comuns. A educação tem por missão transmitir conhecimentos, levar as pessoas a tomar
consciência das semelhanças e da interdependência de todos os seres humanos do planeta.
Ao desenvolverem objetivos comuns a partir de projetos comuns os conflitos individuais
tendem a reduzir tomando lugar à valorização do que é comum e não as diferenças.
O quarto pilar é o aprender a ser que é um princípio fundamental da educação que é
o desenvolvimento total da pessoa, onde o ser humano estará preparado para interagir na
sociedade como sujeito da sua história, com responsabilidade, autonomia e crítica. Daí a
importância da escola em preparar as crianças para compreenderem o mundo e participar dele
como sujeitos responsáveis e justos.
Assim a educação ao longo da vida baseia-se nos quatro pilares da educação:
aprender a conhecer aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
Aprender a conhecer:
Desenvolver atividades que estimule os alunos a buscarem o conhecimento fora do
muro da escola, tento a tecnologia como parceira nesse processo através de projetos
que desenvolvam a autonomia dos alunos. O indivíduo precisa aprender a aprender ao
longo de toda a vida.
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Aprender a fazer:
Adquirir não somente a qualificação profissional, mas competências que torne a pessoa
apta a enfrentar várias situações e a trabalhar em equipe. Oportunizar experiências aos
jovens com trabalho em campo, estágios, pesquisas que os permita refletir sobre essas
vivências adquiridas.
Aprender a viver juntos
Realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos tendo como base o respeito,
pluralismo de ideias e compreensão mútua.
Aprender a ser
Oportunizar uma educação igualitária, que valorize as diferenças e as potencialidades
dos alunos, está em constante construção de novos programas e políticas públicas que
melhorem a qualidade na educação e desenvolva a sua missão que é formar o ser
humano para viver na sociedade.
Políticas públicas de Gestão voltadas para a Educação
O ser humano produz conhecimento, técnicas, habilidades, comportamentos e
atitudes que perpetua o saber historicamente produzido que é mediado através da educação.
Sabe-se que a educação se faz por meio do processo pedagógico, necessariamente dialógico
e a gestão democrática como prática educativa deve abarcar os problemas enfrentados pela
escola como forma de reflexão e organização de objetivos que impliquem a solução dos
problemas enfrentados através de uma prática participativa.
Muitas são as discussões sobre a qualidade do ensino, duas tendências marcam a
nossa era: globalização da informação e participação. Conceitos básicos citados na
constituição de 88 art.206 retrata “o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas" e a
"gestão democrática do ensino público" princípios que embasam a autonomia da escola e a
gestão democrática.
Para se pensar em uma gestão democrática é preciso mudar o pensamento das
pessoas onde toda a comunidade escolar tem responsabilidade na construção e manutenção
do projeto da escola uma vez que a escola deve formar para a cidadania e proporcionar um
melhor conhecimento tendo o aluno como sujeito da aprendizagem. Para verificar se a escola
implantou uma gestão democrática basca analisar como é organizado o seu planejamento, o
conselho escolar, a escolha do livro didático, as reuniões administrativas, pedagógicas, de pais
e alunos. Não é avaliado pela quantidade de atividade e sim pelo efetivo engajamento das
decisões em comum.
O professor do século XXI deve adotar atitudes importantes como:
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Ter o conhecimento necessário sobre a função social da escola e as formas mais
adequadas de condução do trabalho pedagógico.
Ter a capacitação como ferramenta para o conhecimento tecnológico e assim inovar a
sua metodologia e inserir o currículo na vida do aluno de forma significativa.
Reconhecer as complexidades humanas e buscar o conhecimento humano,
questionando a sua posição no mundo e valorizando a diversidade.
Conhecer a cultura da escola.
Preparar as mentes para a espera do inesperado e enfrentar as incertezas com
coragem e determinação.
Pensar e trabalhar com e no coletivo da escola levando em conta a diversidade e as
diferenças entre os sujeitos e suas implicações e posicionamentos com o trabalho
coletivo.
Interação com os pais, todos os educadores e toda comunidade escolar.
Superação dos obstáculos através da troca coletiva e flexibilidade.
Sabedoria e conhecimento para lidar com diferentes tipos de conflitos dentro da escola.
Estudar a incompreensão humana como exemplo, o preconceito, violência para então
desenvolver a compreensão humana.
Proporcionar atividades de planejamento, acompanhamento, e avaliação do trabalho.
Favorecer o diálogo e as ações coletivas na tomada de decisões.
Contribuir com a construção da autonomia dos estudantes proporcionando uma relação
de respeito, dignidade, diálogo, mútuo e reconhecimento.
Formar mentes com base na consciência de que o ser humano é parte de uma
sociedade.
Deve-se despertar nos profissionais da educação a necessidade de
buscar o conhecimento continuamente por cursos, grupos de estudos, etc. para que
possam aprimorar os seus conhecimentos, sempre de forma cíclica, não somente em
relação a sua formação, mas, sobretudo a sua valorização como ser humano e
profissional.
Formação e valorização do professor
Mobilização para a valorização do professor: remuneração, condições dignas e
humanas para o exercício da profissão;
Incentivo a formação continuada, estudos e o acompanhamento dos avanços e
transformações da sociedade para formar cidadãos críticos, participativos e
com o conhecimento contextualizado para as situações cotidianas, e de acordo
com a realidade profissional, cultural e familiar do aprendiz;
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Analise avaliação dos avanços na prática educativa, permitindo momentos de
discussão para o crescimento e apontamentos nas mudanças necessárias para
melhor ensino;
Acompanhamento, monitorar e orientar as situações de ensino/aprendizagem
visando à compreensão e a formação do aluno integral, globalizado, solidário-
preparando-o para a tomada de decisões e mediações na sociedade;
Preparar para o trabalho docente com vistas a estar em consonância com a
sociedade tecnológica e comunicacional;
Promoção de formação continuada de educadores para a educação em um
mundo digital, considerando o novo perfil do aluno e o uso das TIC;
Criação e fortalecimento de redes de aprendizagem, garantindo assim o
acesso a diferentes conteúdos e a colaboração entre educadores e alunos;
Discussão com os gestores, visando garantir os recursos necessários para o
desenvolvimento de projetos utilizando as TIC na escola.
ENSINO APRENDIZAGEM – TRÊS EIXOS
Na nossa concepção podemos destacar três obstáculos prioritários, um tripé
que nos posiciona no estudo desta pesquisa: um deles é o currículo, que se encontra
ultrapassado e se confrontando em gênero, grau e número com este acervo diferenciado e
dinâmico que chegara a Escola; como podemos afirmar na citação de MARINHO, 2006.
“mas essas máquinas convivem com matrizes curriculares que praticamente lembram a escola da Idade Média. O novo e o muito velho. Lado a lado, buscando formar cidadãos do século XXI.”
HERNANDEZ, nos contribui a seguir um pouco mais sobre currículo:
O currículo (...) não seria o que esta em um documento oficial nem o que contem um livro-texto ou o que o professor decide que vai ensinar a cada dia. O currículo, deste ponto de vista, se amplia e passa a ser o que vivemos, as relações que mantemos ou desejamos, os saberes que construímos ao nos apropriarmos da informação transformando-a em conhecimento quando a transferimos a situações novas ou o papel que desempenhamos em nosso ambiente social. Como trama de relações e representações, não como espaço físico. (2006, p. 51)
O segundo obstáculo é o professor, por ser responsável neste eixo –
ensino-aprendizagem – faltando à capacitação adequada a cada nível de conhecimento
tecnológico específico ao mesmo, na inovação de instigação desta prática diferenciada; Terá
uma atuação satisfatória? Ele sabe que sua responsabilidade é de grande valia para a
Educação fluir, portanto, podemos vê em Ramal a imensa responsabilidade de este ser
Educador:
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O professor... Nos conteúdos atitudinais, como educador, comprometendo-se com o desafio de estimular a consciência crítica para que todos os recursos desse novo mundo sejam utilizados a serviço da construção de uma humanidade também nova, com base nos critérios de justiça social e respeito à dignidade humana. (RAMAL, 2000).
O terceiro é a metodologia, o caminho e atuação deste professor
capacitado, praticando o currículo atualizado; pois este obstáculo, nós consideramos, o grande
trunfo do mundo midiático; contanto, mudar o currículo, capacitando o professor e não adequar
e direcionar as metodologias aos novos caminhos trilhados para o ensino aprendizagem é
planejar uma viagem, se preparar com os vestuários adequados a tal localidade e por fim não
saber como chegar ao destino objetivado.
REFERÊNCIAS
DELORS, Jacques. EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: O
RELATÓRIO DELORS. Disponível em: http://www.eproinfo.mec.gov.br. Acesso em: 12 set.
2012.
GADOTTI, MOACIR. O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA na perspectiva de
uma educação para a cidadania
GANDIN, D. A Prática do Planejamento Participativo. Petrópolis. Editora Vozes, pp 98-102.
Disponível em http://danilogandin.blogspot.com.br/2011/07/planejamento-participativo.html
acesso em 17 jul.2012
HERNÁNDEZ, Fernando. Por que dizemos que somos a favor da educação, se optamos por
um caminho que deseduca e exclui? In: SANCHO, HERNÁNDEZ et al. Tecnologias para a
transformar a Educação. Porto Alegre: ArtMed, 2006
http://www.conteudoescola.com.br/resenhas/89/ acesso em 09 set.2012
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf acesso em 08 set.2012
http://www.ead.fea.usp.br/semead/12semead/resultado/trabalhosPDF/473.pdf acesso em 16
jul.2012
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MORIN, Edgar. OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO.
Disponível em: http://www.eproinfo.mec.gov.br. Acesso em: 12 set. 2012.
PILARES DELORS.wmv. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ktTOxaZOtmM.
Acesso em:12 Set. 23012.
RAMAL, Andrea Cecília. O computador vai substituir o professor? Revista Aulas e Cursos
(UOL), mar. 2000. Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res
RODRIGUES, Izabel Cristina Costa de Araújo. ENSINO: RECURSOS TECNOLÓGICOS X
GEOGRAFIA - Inserção das Tecnologias na Prática de Ensino da Geografia no Município de
Dona Inês/PB – Guarabira: UEPB, 2012.
Sete Saberes Necessários par Educação do Futuro Edgar Morin. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=Ta8M5ii06zs. Acesso em: 10 Set. 2012.