À LA CARTE
Vera Ribeiro de Carvalho
(você poderá ver a explicação desse título clicando aqui)
ESCLARECIMENTO
TENHO RECEBIDO VÁRIAS RECLAMAÇÕES DE PESSOAS QUE NÃO CONSEGUEM
VER ONDE POSTAR OS COMENTÁRIOS PARA ESTA COLUNA.
SE QUISER COMENTAR, OBSERVE, LOGO QUE CLICA PARA ABRIR A COLUNA,
QUE ABAIXO ESTÁ ESCRITO: "POSTE COMENTÁRIOS ABAIXO QUANDO QUISER. "
ESSE “ABAIXO” FICA NA PÁGINA ANTERIOR A ESTA. ÀS VEZES O ESPAÇO
APARECE LOGO ABAIXO MESMO; ÀS VEZES, LÁ “EMBAIXÃO”, AO PÉ DO SITE. VEJA:
RÉPLICA. OU JÁ SERÁ TRÉPLICA??...
Um dia desses deparei-me com um interessante rol intitulado “11 coisas que aprendi com alguns
AMIGOS PETISTAS”, que publico abaixo (na verdade, acabei achando mais de um, e juntei todos):
“11 coisas que aprendi com alguns AMIGOS PETISTAS”
1. Se eu não sou petista, eu sou tucano.
2. Se eu não sou petista, nem tucano, sou a favor de um golpe militar.
3. Não posso me indignar com a corrupção petista, porque houve corrupção em outros
governos.
4. Não posso me indignar com a corrupção petista, porque o PT não inventou a corrupção.
5. Se eu pedir a volta da Ditadura, é porque nunca peguei um livro de História.
6. Só estou indignado porque o PT colocou pobres no mesmo avião que eu, e isso me dá nojo.
7. Não tenho estatura moral para criticar quem rouba da Petrobrás porque, quando eu tinha 7
anos, roubei um brigadeiro, antes da hora, na festinha de aniversário do meu coleguinha.
8. Se eu protestar de algum modo é porque sou elite branca e, consequentemente, odeio
negros, pobres, índios, nordestinos, gays, feministas, crianças feias e outros.
9. Se eu fico indignado com as atitudes do governo é porque eu sou coxinha e fascista (mesmo
sabendo que quem me chama de fascista não tem a menor ideia do que foi o fascismo).
10. Não interessa que o impeachment esteja previsto na Constituição Federal, se é contra um
governo de esquerda é golpe.
11. Se eu fui para a rua, é porque não aceito o resultado democrático da eleição e estou sendo
manipulado por meio da Globo golpista e pelas redes sociais através de movimentos do tipo “Vem pra
Rua”, “Revoltados on Line” e outros.
**
A postagem específica que me chamou a atenção, veio com o comentário: “Ah! Como petista é
idiota...”
É ÓBVIO que achei uma postagem correspondente, de “amigos petistas”, a qual aproveito em
parte, acrescentando coisas minhas:
15 coisas que aprendi com alguns AMIGOS AECISTAS (ou PSDBistas, ou ANTI-
PETISTAS – como queiram)
1. Se eu não sou anti-petista, sou petista.
2. Se eu não sou anti-petista, nem petista, estou me omitindo na gloriosa luta do bem contra o
mal.
3. Não posso dizer que houve corrupção no governo tucano porque isso é coisa de petista.
4. Não importa se quem governaria no lugar do PT é corrupto também. A prioridade é tirar o
PT. O resto a gente vê depois.
5. Se eu sou contra o impeachment, sou a favor da corrupção.
6. Quando fazia parte do governo tucano, o PMDB não era corrupto. Antes do PT chegar ao
poder, todas essas empreiteiras eram empresas honestas e idôneas. Foi o PT que corrompeu todo
mundo.
7. Tudo bem marchar com gente que pede a volta da ditadura, tudo bem votar no Aécio ou no
Bolsonaro, no Feliciano, no Malafaia, no João Campos (autor da “cura” gay), no Edir Macedo, No
Eduardo Cunha... tudo bem qualquer coisa. Porque o PT é pior.
8. O Lula é tão poderoso que ele foi capaz de comprar, subornar e subordinar todo o sistema.
9. Se eu sou petista, sou analfabeto, ignorante, imbecil, dependo do Bolsa Família e de outros
projetos, tenho orelhas de burro, sou uma pobre fedida e não posso morar numa casa boa nem ter
carro nem nenhuma mordomia.
10. Se artistas respeitados – alguns reconhecidamente ícones da Arte nacional – são a favor do
Governo, é porque são decadentes e só estão interessados em verbas do MinC.
Esses artistas “decadentes” foram marcados no face com o que disseram ser “a marca da besta”!!
11. O Nordeste afundou o Brasil votando em massa no PT (mesmo sabendo que o mapa real da
votação foi este):
12. o Nordeste é tão ignorante e pobre que não produziu talentos como Gal, Bethânia, Elba,
Alcione, Daniela, Ivete, João Gilberto, Caetano, Gil, Torquato, Tom Zé, Jorge Amado, Ariano
Suassuna, Graciliano Ramos, Aluisio de Azevedo, Castro Alves, José de Alencar, João Ubaldo Ribero,
entre outros, porque Cultura só existe no Sul.
13. O Nordeste é tão desprovido de recursos que não possui o maior complexo industrial
integrado do hemisfério sul, o Polo Industrial de Camaçari que conta com 90 empresas químicas, além
da fábrica da Ford, nem o maior polo tecnológico, o Porto Digital, que está em Recife, nem o polo têxtil
que está em Pernambuco. Também não exporta frutas, algodão, soja, cacau, feijão, guaraná e milho.
95% do sal também não é produzido no Rio Grande do Norte.
SP - 36% para Dilma (8,5 milhões de votos)
MG - 52% para Dilma (6,0 milhões de votos)
RJ - 55% para Dilma (4,5 milhões de votos)
ES - 46% para Dilma (0,9 milhões de votos)
PR - 39% para Dilma (2,4 milhões de votos)
SC - 35% para Dilma (1,4 milhões de votos)
RS - 47% para Dilma (3,0 milhões de votos)
14. A “sociedade decente e salvadora da Pátria” nunca deve acreditar no que um petista diz
que sabe ou que faz, porque os petistas nasceram mentindo e vão morrer mentindo e enganando, e
gostam mesmo é de destruir e roubar, além de serem pessoas imorais para os padrões sociais, culturais
e morais “dela”( a “sociedade decente e salvadora da Pátria”).
15. Não interessa se, desde que perderam, os anti-petistas políticos armaram todas, votando
contra projetos importantes propostos pela presidente, incitando manifestações ocultos em grupos das
redes sociais, provocando e promovendo a discórdia nacional... porque o impeachment está previsto na
Constituição Federal, então, como é contra um governo de esquerda, NÃO é golpe...
Tenho dito. Claro que eu poderia ir ironizando cada item acima, mas achei que os quinze itens
já são suficientemente irônicos – para bons entendedores.
Claro também que eu poderia começar esse rol de réplica (ou seria tréplica?) com o mesmo
“comentário” às avessas (aquele do “Ah! Como petista é idiota...”), mas nunca faria uma coisa dessas,
primeiro, porque tenho educação e depois, porque acho que todo ser humano merece respeito –
concordando ou não com as minhas ideias...
É isso...
PAINEL
Atenção!
Acessem! Um vídeo rápido e divertido ensina algumas “coisinhas” que “o povo” insiste em não
aprender!
https://www.youtube.com/watch?v=Uy_0zzOdgXo&app=desktop
Acho que já contei pra vocês que às vezes esses meus amigos diletos a quem mando questões
para uma entrevista, me “dão os canos” e eu fico “a ver navios”...
Tenho dado um jeitinho republicando as primeiras, que foram prejudicadas porque na
época eu quase não colocava fotos... Mas, nesta semana, acabei me descuidando e me vi, de última
hora, “sem pai nem mãe”. O que fazer?
O jeito era recorrer às grandes personalidades do meu País... Mas... fazer biografia? Tão
chato!
Aí pensei numa entrevista surreal e sui generis: viajei em pensamento até o céu, onde me
encontrei com um dos meus meus “gurus”... e não perdi a oportunidade! Bolei logo umas perguntas
para ele responder.
Vejam só:
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim
Tom Jobin
1) ONDE VOCÊ NASCEU? QUAL O NOME DE SEUS PAIS? TEVE IRMÃOS? QUAL
SEU NOME DE BATISMO? É CONHECIDO POR OUTRO NOME OU APELIDO?
Nasci no dia 25 de janeiro de 1927, no tradicional bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, mas ainda
criança fui morar em Ipanema, onde vivi com meus avós maternos, Mimi e Azor, meus pais e minha
única irmã, Helena Jobim, nascida em 1931. Meu pai, falecido precocemente, era Jorge de Oliveira Jobim
e minha mãe, Nilza Brasileiro de Almeida. Meu nome de batismo é Antônio Carlos Brasileiro de Almeida
Jobim, mais conhecido como Tom Jobin.
2) FOI CASADO? TEVE FILHOS? NOMES?
Sim, fui casado duas vezes. A primeira, em 15 de outubro de 1949, com Thereza de Otero
Hermanny (1930), com quem tive dois filhos, Paulo (1950) e Elizabeth (1957).
A segunda, em 30 de abril de 1986, com a fotógrafa Ana Beatriz Lontra, então com 19 anos,
mesma idade de minha filha Elizabeth. Tivemos dois filhos juntos, João Francisco (1979-1998) e Maria
Luiza (1987).
A parceria com minha esposa Thereza durou 29 anos e com Ana Beatriz, quase 20 anos até o
último dia de minha vida: 8 de dezembro de 1994.
3) SEUS ANTEPASSADOS ERAM BRASILEIROS?
Meu trisavô paterno, José Martins da Cruz Jobim, era natural de Jovim, Gondomar, Portugal. O
sobrenome de Jobim alude a essa localidade. Minha bisavó, Maria Joaquina, era meia-irmã do barão de
Cambaí, Antônio Martins da Cruz Jobim. Sou descendente, também, do bandeirante Fernão Dias Pais.
4) VOCÊ FICOU CONHECIDO COMO MÚSICO – COMPOSITOR, VIOLONISTA,
CANTOR, PIANISTA. TEVE OUTRAS OCUPAÇÕES? FALE UM POUCO SOBRE SUA
TRAJETÓRIA.
. Cresci ouvindo música, minha avó tocava piano e meu tio tocava violão e me dava aulas. Com
13 anos interessei-me pelo piano, fui aluno de professores renomados como Hans Joachim Koellrentter,
um jovem alemão que fugira do nazismo, mestre de muitos compositores eruditos, e Lúcia Branco, uma
das melhores professoras de música, na época. Nesse tempo eu preferia certas aventuras e a prática de
esportes.
Até pensei em trabalhar como arquiteto, chegando a cursar o primeiro ano da faculdade e até a
me empregar em um escritório, mas logo desisti e decidi ser pianista. Tocava em bares e boates em
Copacabana, como no Beco das Garrafas no início dos anos 1950, até que em 1952 fui contratado como
arranjador pela gravadora Continental, onde trabalhei com Sávio Silveira. Além dos arranjos, também
tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita
musical.
Depois da Continental, foi para a Odeon. Começava a deslanchar a minha carreira...
Meu primeiro disco foi gravado em 1954, mas o sucesso veio em 1956, quando, junto com o
poeta Vinicius de Moraes, elaborei a música da peça teatral "Orfeu da Conceição" (no cinema, "Orfeu
negro").
A bossa nova surgiria efetivamente em 1958, quando produzi o disco "Chega de saudade", no
qual João Gilberto toca e canta minhas músicas.
5) VOCÊ TEVE UM ESTILO SOFISTICADO E DIFERENTE PARA OS PADRÕES DA
ÉPOCA. QUAIS FORAM SUAS INFLUÊNCIAS?
Minhas raízes encontram-se no jazz, em Gerry Mulligan, Chet Baker, Barney Kessel e outros
músicos da década de 1950. Ao mesmo tempo, sofri influências da música erudita, principalmente do
compositor francês Claude Debussy, e dos ritmos do samba.
À minha maneira simples e melódica de tocar o piano, eu acrescentava sempre um toque de
invenção, uma sonoridade inesperada, enquanto minha voz, ligeiramente rouca, salientava os aspectos
emocionais das letras.
Além de Debussy, também tive influência de Ravel. Utilizei motivos impressionistas e estruturas
harmônicas semelhantes às desses compositores tanto nas músicas populares como nas eruditas, como no
caso de A Sinfonia da Alvorada.
Admirava e fui também influenciado por Villa Lobos e Ary Barroso, e também estudei de modo
aprofundado as obras de eruditos como Radamés Gnatalli e Guerra Peixe.
6) FALE DE SUA EXPERIÊNCIA NO EXTERIOR.
Minha fama se tornaria internacional em 1962, quando o saxofonista Stan Getz e o guitarrista
Charlie Byrd gravaram o LP "Jazz Samba", que permaneceria diversas semanas na lista de mais vendidos.
Numa das faixas, havia a versão instrumental de "Desafinado", que ganharia vários intérpretes nos EUA,
entre eles: Lalo Schifrin, Quincy Jones, Coleman Hawkins e Dizzy Gillespie. Um ano depois, eu e outros
músicos brasileiros nos apresentamos no Carnegie Hall, onde cantamos "Garota de Ipanema".
Durante as décadas de 1960 e 1970, gravei discos para os principais estúdios norte-americanos.
Quando o êxito da música brasileira nos EUA começou a dar sinais de esgotamento, eu me concentrei,
então, na televisão e no cinema brasileiros.
Meu sucesso fora do Brasil me fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes
mitos americanos, Frank Sinatra. O disco Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim, com arranjos
de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês das minhas canções (The Girl From Ipanema, How
Insensitive, Dindi, Quiet Night of Quiet Stars) e composições americanas, como I Concentrate On You, de
Cole Porter.
Em 1985, voltei ao Carnegie Hall, onde cantei diante de três mil pessoas, abrindo uma longa
temporada de shows no Brasil e na Europa. Temporada, aliás, que se prolongaria, no ano seguinte, com
uma apresentação no Avery Fisher Hall, de Nova York.
No ano de 1994, eu voltaria duas noites seguidas, em abril, ao Carnegie Hall: na primeira, para
comemorar os 50 anos da gravadora Verve, na companhia de Pat Metheny, Joe Henderson, Charles
Haden e Al Foster; na segunda, para promover a Rainforest Foundation, ao lado de Sting, Elton John e
Luciano Pavarotti.
7) QUAL FOI SUA PARTICIPAÇÃO NA BOSSA NOVA?
Fiz parte do núcleo embrionário da bossa nova. O LP Canção do Amor Demais (1958), em
parceria com Vinícius e interpretação de Elizeth Cardoso, foi acompanhado pelo violão de um baiano até
então desconhecido, João Gilberto. A orquestração é considerada um marco inaugural da bossa nova, pela
originalidade das melodias e harmonias. Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais, Chega de Saudade
e Eu Não Existo sem Você. A consolidação da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com
o 78 rotações Chega de Saudade, interpretado por João Gilberto, lançado em 1959, com arranjos e
direção musical meus, que selou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali para frente. No
mesmo ano foi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de Gente Moça, um disco com doze das minhas
canções, entre elas Só em Teus Braços, Dindi (com Aloysio de Oliveira) e A Felicidade (com Vinícius).
Fui um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York, em 1962. No
ano seguinte compus, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais
executada no exterior: Garota de Ipanema.
8) JÁ PASSOU POR UM GRANDE SUSTO? QUAL?
Passei por vários, mas um, particularmente, mudou a minha vida... No alto de uma pirâmide
humana na praia de Ipanema, em 1944, eu tentei me apoiar no ombro de um amigo. Escorreguei no corpo
suado e despenquei na areia, o que resultou numa crônica dor no nervo ciático. Foi aí que Ipanema perdeu
um jovem atleta que praticava capoeira, peteca e vôlei de praia, além de atravessar a nado a Lagoa
Rodrigo de Freitas, sem dificuldades... mas ganhou um músico...
9) VOCÊ RECEBEU ALGUNS PRÊMIOS E HONRARIAS, ALGUMAS MESMO
DEPOIS DE SUA MORTE. QUAIS FORAM?
Em 1959 recebi premiação de melhor compositor e recebi um “Disco de Ouro”, conferido pela
revista Radiolândia, pela agência O Globo e Rádio Globo.
Em 1964, competindo com os Beatles, os Rolling Stones e Elvis Presley, ganhei o Grammy de
Música do Ano com a "Garota de Ipanema".
No fim dos anos 1960, depois de lançar o disco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento, entre
outras instrumentais), participei de festivais no Brasil, conquistando o primeiro lugar no III Festival
Internacional da Canção (Rede Globo), com Sabiá, em parceria com Chico Buarque, interpretado por
Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy.
Em 1992 fui enredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira.
Eu fui agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Nova de Lisboa /
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, por volta de 1991.
O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado Aeroporto Internacional do Rio de
Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim junto ao Congresso Nacional por uma comissão de notáveis,
formada por Chico Buarque, Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antônio Cândido, Antônio Houaiss e
Edu Lobo, criada e pessoalmente coordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin.
Em 25 de janeiro de 2011, dia em que eu completaria 84 anos, o Google alterou o logo da sua
página inicial em minha homenagem.
Em 2014, em comemoração aos 20 anos de minha morte, foi inaugurada uma estátua minha em
tamanho real na orla da praia de Ipanema, próximo ao Arpoador, no Rio de Janeiro.
10) ALGUMAS DE SUAS COMPOSIÇÕES SÃO EXTREMAMENTE
MELANCÓLICAS... HÁ ALGUM MOTIVO ESPECIAL PARA ISSO?
Acho que foi a ausência do meu pai, que era um homem ciumento, separou de minha mãe e
morreu cedo. Eu tinha 9 anos. Essa perda na minha infância me impôs um contido ressentimento,
desenvolvendo em mim uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, que transferi
peculiarmente para as construções harmônicas e melódicas.
11) CITE ALGUMAS DAS SUAS CANÇÕES QUE FIZERAM MAIS SUCESSO.
“Samba do Avião”, “Só Danço Samba” (com Vinícius), “Ela é Carioca” (com Vinícius), “O
Morro Não Tem Vez”, “Inútil Paisagem” (com Aloysio), “Vivo Sonhando”, “Canção do Amor Demais”,
“Chega de Saudade” e “Eu Não Existo sem Você”, “Só em Teus Braços”, “Dindi” (com Aloysio de
Oliveira) e “A Felicidade” (com Vinícius), “Tereza da Praia”, “Luiza”, “Samba de uma nota só”,
“Corcovado”...e a tão tocada até hoje “Garota de Ipanema”. Melhor parar por aqui... Foram tantas!
12) QUEM FORAM SEUS MAIS FAMOSOS PARCEIROS MUSICAIS?
Fui um homem de grandes e fiéis parcerias. O carioca Newton Mendonça, amigo de infância,
com quem compus, entre muitas canções "Desafinado", foi um dos primeiros.
Com a carioca Dolores Duran, autora de "A Noite do Meu Bem", compus, em 1955, "Se É por
Falta de Adeus", gravada por Dóris Monteiro. Minha parceria com a Dolores Duran foi, por todos os
motivos, magnífica. Ela fez "Por Causa de Você" com um lápis de sobrancelha para não perder aquele
ótimo momento de inspiração.
Outros bons parceiros foram o paraense Billy Blanco, com quem compus "Tereza da Praia", o
carioca Luiz Bonfá e João Gilberto, com quem “inaugurei” a Bossa Nova.
A minha primeira valsa, chamada “Imagina”, composta em 1947, ganhou letra de Chico Buarque
alguns anos depois...
Então, num dia abençoado de 1956, conheci o poeta Vinicius de Moraes, o companheiro mais
importante de jornada, com quem criei cerca de 50 músicas e um dos maiores sucessos da Bossa Nova,
“Garota de Ipanema”.
Tive parceiros para compor, tocar, cantar e amar. Ilustríssimos, como o poeta português
Fernando Pessoa e o cantor americano Frank Sinatra. E amicíssimos, como Aloysio de Oliveira, Chico
Buarque e Elis Regina.
Pássaros, florestas, oceanos e rios também foram grandes parceiros meus em composições
belíssimas, como "Águas de Março" e "Matita Perê". A gente cata um galhinho daqui, uma folhinha ali,
uma semente, um papagaio e vai armando essas coisas até que elas viram "Águas de Março", "Boto". Sem
mato, ar e bicho não há música". Além das minhas musas... “Luísa”, “Tereza da Praia”, “Lygia”,
“Bebel”... Helô Pinheiro simbolizou a beleza, através da “Garota de Ipanema”.
13) CONTE PRA GENTE, TOM... COMO VOCÊ FOI PARAR AÍ NO CÉU?
Em 15 de setembro de 1995, viajei até Nova York para submeter-me a uma angioplastia. Num
dos vários exames realizados, os médicos detectaram um tumor maligno em minha bexiga - e a cirurgia
foi marcada para 6 de dezembro, no Mount Sinai Medical Center. No dia 8, enquanto convalescia da
cirurgia do câncer, eu tive uma parada cardíaca, às 8h. E uma segunda parada, duas horas depois, que foi
fatal.
Meu corpo desembarcou no Rio de Janeiro no dia 9 e foi velado no Jardim Botânico, dali
seguindo para o Cemitério de São João Batista, após desfilar em cortejo pela cidade...
14) TOM JOBIN POR DIVERSOS
Exímio tomador de uísque e apreciador de charutos, gostava de levantar cedo para trabalhar e ir
ao calçadão para ter inspiração. A hora, segundo ele, devia ser precisa: cedo o suficiente para os bandidos
já terem ido dormir e os amigos não começarem a chegar na praia, senão já o chamavam para tomar um
chope e estragavam tudo.
Mestre na música e na boemia, Tom era um brasileiro sábio, conhecia muito bem o seu país; seus
problemas e dificuldades, mas gostava mesmo era de retratar a verdadeira beleza do Brasil em suas
músicas.
“Moleque de praia, adepto de esportes, homem de enorme beleza física, aberto à natureza e à
vida, sedento de livros e de conhecimento, safo, excêntrico, bom de copo, inestancavelmente criativo e
com um senso de humor ideal para a grande especialidade de Ipanema: a conversa fiada”.
Tardes de conversa fiada. Cerveja sem fim. Dizia: “Bebo desde os 15 anos de idade 30 chopes
por dia”. Música solar, pele tostada ao sol
Era uma pessoa suave, não era ríspido. Mas firme. Sabia exatamente o que queria. E não deixava
que fizessem do jeito que ele não queria. Galhofava. Auto-ironia, constante.
“Tom foi pioneiro na preocupação ecológica.
Tinha paixão por Guimarães Rosa. Comungavam ambientes, personagens, ambientes
fantasiosos.
Compunha músicas de sal, sol, sul. Latitude exata: um cantinho, um violão. Longitude: a onda
que se ergueu no mar. Compôs todas as canções que fazem a biografia de um tempo. Entre Ipanema e
Copacabana.
Unanimemente o homem mais bonito da sua geração, e o mais talentoso. Um gênio.
Claro que não houve tempo para uma pesquisa profunda... claro que inúmeros fatos e
músicas importantes ficaram de fora... mas deixei o suficiente para aqueles que não o conheceram
(existe? SIIIIIM! A nova geração!...) terem uma ideia de quem ele foi e o que representou para
nós...
Obrigada, Tom, por me “salvar”! rsrsrs!
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Carlos_Jobim
http://www.memoriaviva.com.br/mpb/tomjobim.html
http://www.dicionariompb.com.br/tom-jobim/biografia
Fiquem agora com o...
Álbum de recordações
O homem mais bonito de sua geração
Com um de seus parceiros prediletos
Com mais dois dos parceiros prediletos: o piano e Vinicius de Morais
“Parceiraços” também ao violão!...
... no vício...
Vinícius com Baden Powell -à esquerda - e Antonio Carlos Jobim ao piano
Tom Jobim e Chico Buarque de Holanda; ao centro, Cynara e Cibele, intérpretes de Sabiá
Outra do mesmo evento
... e passa. Já em Nova Iorque, próximo ao fim...
A estátua em tamanho real na orla da praia de Ipanema, próximo ao Arpoador, no Rio de Janeiro.
Do fundo do baú...
1930 - Antonio Carlos Jobim com sua roupa predileta - a marinheirinha azul, aos três anos e sete
meses de idade
1931 - Antonio Carlos Jobim com a irmã Helena Isaura Jobim no colo, aos quatro anos de idade
Aos 5 anos
1933 - Antonio Carlos Jobim, aos seis anos e a irmã Helena Isaura Jobim, aos dois anos, no colo
do pai Jorge de Oliveira Jobim
Aos 7 anos, com a irmã
1936 - Aos nove anos de idade, sendo levantado pelo padrasto Celso Frota Pessoa
1938 - Aos onze anos e meio de idade
1945 - Aos dezoito anos de idade, ao lado da irmã Helena
1945 - Aos dezoito anos de idade, na casa da rua Redentor, 307, em Ipanema
1950 - Com Luiz Bonfá em foto tirada durante entrevista de Tom para a revista Mundo
Ilustrado, na casa da rua Nascimento Silva, 107, em Ipanema
1950 - Com Sylvia Telles e o maestro Gaya
1960 - Antonio Carlos Jobim, em frente ao Palácio da Alvorada, caminhando ao lado de
Oscar Niemeyer, por ocasião do lançamento de Brasília – “Sinfonia da Alvorada”
1960 - Ary Barroso, Antonio Carlos Jobim, Ronaldo Bôscoli e Carlos Lyra, no
apartamento do pianista Bené Nunes, na Gávea, durante entrevista concedida à revista O
Cruzeiro
Floricultura Quatro Estações
Já disse, mas vou repetir... é que você fica aí, na dúvida, precisando de decoração de ambientes,
presentes, flores em ramalhetes, em vasos, telemensagens, cartões, cestas de café da manhã,
presentinhos... às vezes até de coroas para funeral... Chega de dúvidas! Você tem a solução: é só ir à
FLORICULTURA QUATRO ESTAÇÕES, e seus problemas serão resolvidos! Para uma “amostra
grátis”, dê uma olhada em alguns dos buquês de noiva:
FLORICULTURA QUATRO ESTAÇÕES, no endereço abaixo:
E assim funciona uma sessão de microfisioterapia. O paciente traz um sintoma e investigamos a
origem da disfunção, seja ela qual for... Por mais suaves que sejam os toques da microfisioterapia,
podem ocorrer algumas reações após a sessão. Inclusive um aumento temporário do sintoma tratado.
Isso acontece devido ao processo de autocura do organismo que, segundo as leis biológicas, precisam de
líquido para reparar um órgão ou tecido lesado. Gerando inflamação e dor. O que é bom, pois faz parte
do mecanismo natural de cura!
Precisa de um tratamento? Agende uma consulta com o Dr. Rodrigo!
Veja no vídeo como o corpo é mapeado:
https://www.facebook.com/rodrigo.ribeirodecarvalho/posts/10205605019679000?notif_t=close_
friend_activity
Porque emagrecemos comendo...
Ah, comendo comida de verdade!
Tenha uma alimentação baseada na nutrição funcional e nunca mais precisará de medicamentos!
Nutriçao de verdade:
Dia 15 de abril, sexta-feira a Nutricionista Funcional e Esportiva Dra. Karina Tortelli estará
atendendo no Salute!
Para agendar sua consulta e mais informações entre em contato:
SALUTE - 3838-1700 ou 9906-1700
Em frente à Biblioteca Municipal –Goioerê – PR
Os ensaios já estão a pleno vapor!!
rsrsrs! A expressão é antiga, mas ainda hoje usada... e reflete com exatidão a realidade: o show
Ontem ao Luar está sendo ensaiado com algumas pequenas mudanças no elenco e arranjos musicais.
Detalhe: estão fazendo em benefício da Associação dos Pioneiros e projeto Viva a Vila!
Vá se preparando, para não se arrepender – como muita gente se arrependeu quando perdeu a
estreia! Olhe lá, hein?
O que há pelo Brasil que eu conheci...
Não poderia deixar de registrar o aniversário dessa minha amiga querida, Neusa Cavalcante...
Talvez eu até já tenha publicado essa foto, mas tenho tanto orgulho dessa amiga que amo “aparecer”
com ela! orgulho por sua competência, dinamicidade, garra! Neusa, que hoje você comemore com muita
festa e muito amor de todos os que a rodeiam e a admiram. Que tenha muita saúde... muitas felicidades!
Parabéns!
Noites de gala!
A homenagem na Câmara Eu toda feliz entre os talentosos atores Érika e Doni
FINALMENTE consegui realizar meu sonho de ver essa peça maravilhosa do meu amigo tão
querido! Infelizmente não pude ir à Câmara para vê-lo receber a linda homenagem (ele sabe por quê...)...
mas soube que falou super bem de mim. Fiquei muito tocada e agradecida! Mas hoje vou falar pouco...
porque o que tenho a falar será muito mais longo... na coluna que vem...
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QUESTÃO
Assinale a alternativa correta que faz parte de uma das concordâncias abaixo.
I. Como estava meio agitada com os fatos, foi dispensada do serviço.
II. As certidões anexas deverão ser encaminhadas ainda hoje.
III. O comentário entre os candidatos foi que os resultados foram os mais transparentes
possíveis.
a) se apenas I e II estiverem corretas
b) se apenas I e III estiverem corretas
c) se apenas II e III estivem corretas
d) se I, II e III estiverem corretas
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