LEVANTAMENTO DO DEGRAU ENTRE A PISTA E O ACOSTAMENTO E DA DECLIVIDADE DO
ACOSTAMENTO DAS RODOVIAS ESTADUAIS CONCEDIDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO –
BRASIL.
Octávio de Souza Campos Patricio Hurtado Díaz Paulo Ricardo Freitas VicenteJoão Gualberto F. Gurgel de MoraesFábio Nanni
LEVANTAMENTO DO DEGRAU ENTRE A PISTA E O ACOSTAMENTO
• OBJETIVO: criar um banco de dados e de imagens visando identificar e avaliar o atendimento das condições apresentadas nos Editais de Concessão.
• DIFICULDADE PRINCIPAL: Inexistência de um padrão para levantamentos contínuos de tais parâmetros.
LEVANTAMENTO DO DEGRAU ENTRE A PISTA E O ACOSTAMENTO
• MALHA RODOVIÁRIA ANALISADA• 12 Lotes de Concessão (existentes em 2007)• Aproximadamente 3.500 km distribuídos em
55 rodovias e suas marginais• Avaliação em ambos os sentidos do tráfego
das plataformas rodoviárias totalizando mais de 7.000 km de seções analisadas
MALHA RODOVIÁRIA ANALISADA
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• Geometria das seções transversais encontradas podem ser quaisquer, ou seja:• sem acostamento;• acostamento em nível com a pista;• degrau descendente para o acostamento;• presença da “cunha” para eliminação do degrau porém
mantendo o desnível médio entre a pista e o acostamento.• Necessidade de um procedimento capaz de medir de
forma contínua tais parâmetros e reconhecer essas diferentes situações
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• EQUIPAMENTO:Sistema dotado de um equipamento de medição direta a laser, capaz de reproduzir a seção transversal da plataforma formado pela pista e o acostamento com:• largura de aproximadamente 1.200 mm• 350 leituras de nível• captura seções transversais a cada 1 m de
rodovia
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• EQUIPAMENTO:Simultaneamente, capaz de capturar imagens do entorno e do acostamento, sendo assim possível dirimir as dúvidas que apareçam nas análises dos levantamentos
Sensor Laser
Captação de Imagens
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• Cálculo do degrau:
FAIXA DE BORDO
-550 mm
35º
-10º 25º
0º
980 mm
ACOSTAMENTO
PISTA DE ROLAMENTO
-35ºFEIXE DE MEDIDAS
FINAL DO PERFIL
SENSORLASER
Referência de nível na faixa de bordo
Média das leituras de nível sobre o final da seção transversal(550mm da faixa de bordo) descontada a inclinação do acostamento
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• Cálculo do degrau:
FAIXA DE BORDO
-550 mm
35º
-10º 25º
0º
980 mm
ACOSTAMENTO
PISTA DE ROLAMENTO
-35ºFEIXE DE MEDIDAS
FINAL DO PERFIL
SENSORLASER
Degrau pontual foi definido como a diferença entre essas duas cotas médias
Degrau característico foi definido como a média entre as 50 medidas pontuais acrescidos de 1 vez o desvio padrão
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• Imagens captadas pelo sistema
CADASTRO DO ACOSTAMENTO
PERFIL TRANSVERSALDA PISTA E ACOSTAMENTO
IMAGEM DE VIA VOLTADA AO DEGRAU DO ACOSTAMENTO
Degrau de 56 mm
Informações de posicionamento
Vista Superior
VistaPanorâmica à Montante
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• Integração do Perfil
Degrau
com 56 mm
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• LIMITES PERSEGUIDOS NAS CONCESSÕES PAULISTAS:• Limite exigido de altura do degrau - máximo
de 40 mm (Editais de Concessão);• Limite desejável de declividade transversal
em 5% em tangente (Manuais de Geometria)• Existência de acostamento pavimentado
LoteExtensão do
Lote(km)
Extensão dos Levantamentos
(km)
Extensão CotaExcedente
(km)
Média CotaExcedente
(mm)
% ComCota Excedente
Concessionária 1 315,9 629,4 2,5 10 0,4%Concessionária 2 156,0 307,0 48,5 11 15,8%Concessionária 3 236,6 473,9 10,3 8 2,2%Concessionária 4 368,8 737,3 76,9 15 10,4%Concessionária 5 218,2 436,8 14,1 17 3,2%Concessionária 6 442,2 880,2 30,5 14 3,5%Concessionária 7 316,5 631,2 26,7 13 4,2%Concessionária 8 345,4 684,8 35,5 16 5,2%Concessionária 9 178,1 358,7 24,8 22 6,9%Concessionária 10 306,9 613,0 8,3 19 1,4%Concessionária 11 505,7 1.014,2 175,2 17 17,3%Concessionária 12 204,0 397,0 3,0 9 0,7%
Malha Concedida Paulista
3.594,3 7.163,5 456,1 16 6,4%
RESUMO DE RESULTADOS DE DEGRAU
Baixa média da cota excedente de 16 mm
RESUMO DE RESULTADOS DE DEGRAU
456; 6,4%
6.707; 93,6%
Extensão CotaAcima de 40 mm (km)
Extensão CotaAbaixo de 40 mm (km)
Média da Declividade Equivalente do acostamento (%)
4,4%
7,2%
5,7%
6,3%
4,9%5,2%
5,5%5,8% 5,7%
5,3%
7,0%
4,1%
5,6%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
Conce
ssion
ária
1
Conce
ssion
ária
2
Conce
ssion
ária
3
Conce
ssion
ária
4
Conce
ssion
ária
5
Conce
ssion
ária
6
Conce
ssion
ária
7
Conce
ssion
ária
8
Conce
ssion
ária
9
Conce
ssion
ária
10
Conce
ssion
ária
11
Conce
ssion
ária
12
Malh
a Con
cedid
a Pau
lista
Dec
livid
ade
do
Aco
stam
ento
(%
)
limite desejável de 5%
Existência de Acostamento
7.032; 98,2%
131; 1,8%
Extensão sem acostamento (km) Extensão com acostamento (km)
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• Conclusões:• Só 6,4% das pistas (456 km) apresentam degraus
médio acima de 40 mm, com um excesso médio de 16 mm
• Nos levantamentos tradicionais realizados de forma descontínua, com uma amostra por quilômetro, a grande maioria desses pontos com excesso de degrau não era sequer cadastrado, impedindo que se realizasse a fiscalização
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• Conclusões:• Algumas das concessionárias estão com
declividades superiores que 5%, mesmo aquelas que apresentam valores baixos para degrau no acostamento (execução de “cunhas”)
• Existência de valores sem acostamentos (131 km) da malha, deve-se destacar que nestes trechos estão inclusos os antigos trechos em serra, ou com complicadores ambientais para sua implantação
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• Conclusões:• Tem-se como produto final o cadastro físico e as
informações visuais das condições dos acostamentos, ambos para o ano de 2007.
• Contribuição para a criação de uma referência no acompanhamento dos parâmetros ligados a segurança
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• BIBLIOGRAFIA:• AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION
OFFICIALS. Standard Practice for Quantifying Roughness of Pavements. AASHTO PP 37M-99. Estados Unidos, 2003b.
• AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION OFFICIALS. A police on geometric design of highways and streets. 4th ed. Washington, D.C., 2001. xlii, 905 p.
• DER/SP – DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução de Projeto Geométrico IP-DE-F00/001 – São Paulo fev/2005.
• DNER – DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais e – Rio de Janeiro, 1999 – 195p.
• OLIVEIRA, E. L. M. Considerações sobre o projeto de acostamentos para rodovias- São Paulo, 2007 – 135p..
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• BIBLIOGRAFIA:• GLENNON, J. C. Relationship between safety and key highway features: state
of the art report 6: effect of pavement/shoulder dropp-offs on highway safety. Washington, D.C.: Transportation Research Board, 1987. 110 p.
• GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SECRETARIA DOS TRANSPORTES. Editais de Licitação do Programa Estadual de Desestatização e Parcerias com a Iniciativa Privada, 1997.
• SAYERS, M. W.; KARAMIHAS, S. M. The Little Book of Profiling. University of Michigan. 1998.
• TRANSPORTATION RESEARCH BOARD. National Cooperative Highway Research Program. NCHRP Synthesis 63: design and use of highway shoulders. Washington, D.C., 2001. 26 p. (NCHRP Synthesis of Highway Practice).
• TRANSPORTATION RESEARCH BOARD. National Research Council. Design safer roads: practices for resurfacing, restoration and rehabilitation: special report 214. Washington, D.C., 1987. 319 p.