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Liber PPP
Pseudolivrode
Pseudomagia
Pseudocatica
Introduo Experimentao Mgica e
Protocolos de Magia
Ian Morais
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Dedicado a todos os buscadores solitrios da magia
No tema a solido. Scaminha verdadeiramente sozinho aquele
que se tranca dentro de si mesmo.
H.
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PREFCIO
Liber PPP no um livro bsico, nemintermedirio ou avanado. E ao mesmo tempo tudo isso.
Os protocolos, tema principal do livro, so uma forma de ver amagia dentro de um novo ngulo, ainda assim de formadescomplicada e natural. O objetivo do livro mostrar comoalgumas prticas podem ser desmontadas, entendidas eremontadas de acordo com a criatividade do magista. Isso facilita
e abre a mente do leitor para as novas possibilidades de criao.
Os caostas vo se sentir em casa, principalmente os iniciantes.L, vemos o alm do bsico to ensinado, passamos dos tobatidos sigilos e servidores e vamos para um universo mais
extenso e com infinitas possibilidades.
Iniciantes na magia, podero ter um bom apoiovendo um pouco da teoria bsica e explicao sobre o que magia.Logo aps isso, um bom nmero de diversas tcnicas para facilitarentendimento e tambm a ideia de construo dos prpriosprotocolos.
Yuri Motta.
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ndice
Introduo : Porque este Livro foi Escrito ................................ 6
O que Ma!ia ......................................................................... 11"ivis#es Equivocadas da Ma!ia ........................................ 13
E$%eri&entao &'!ica: Introduo (os Protoco)os de Ma!ia..................................................................................................2*
"iferenciando u&a +cnica de u& ,iste&a ........................ 23O -ue so Protoco)os e Para que ,erve& ................................ 2
"efini#es /'sicas .............................................................. 2E)e&entos 0'sicos dos %rotoco)os ....................................... 2
"iferenciando %rotoco)os de servidores e si!i)os ................31E$e&%)os de uti)iao de %rotoco)os ................................. 32
Linas de %rotoco)os ................................................................ 3( 5o&%osio de u& Protoco)o .............................................. 3E$e&%)ificando os E)e&entos de 7or&ao de u& Protoco)o
..................................................................................................46( 7onte de Ener!ia .............................................................. 4
Lina da Meta&a!ia 8 Os Protoco)os dos 12 ,i!nos .......... 45ave de evocao: Yantras9 Mudras e Mantras ................. 3Yantra9 Mudra e Mantra de (ssinatura ................................
Meta&a!ia: Yantras de 5o&ando ........................................6Porque Mostrar &eus Protoco)os ............................................. 6*
O Protoco)o do 5rcu)o de ,a) .............................................62O Protoco)o da ;
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Introduo : Porque este Livro foi Escrito
A maioria das pessoas nunca se dispe aescrever um livro porque tal ato algo que nos faz dar a cara atapa, no spara quem entende do assunto sobre o qual o livroversa, como por todas as geraes vindouras. O que falamos podeser esquecido, pode ser distorcido, j o que escrevemos podepassar incontveis sculos sem alteraes. Um texto que vocescreva e disponibilize, mesmo que apenas na internet, estarsempre depondo contra ou a favor do seu conhecimento.
No irei fornecer minha biografia ocultistaporque no pretendo que ela se sobreponha ao que vou escrever,mas preciso falar como minha vida ocultista se originou e seguiu
at escrita deste livro. Lembro-me de ter me interessado pormagia desde muito jovem, pois cresci em um ambiente de interior
relacionado crendices, simpatias, benzimentos e sortilgios. Masposso afirmar que tenho prticas de teor magstico desde criana.No era nada demais, coisas simples relacionadas a aprender adirecionar intenes boas ou ruins a um determinado alvo. Aosmeus 14 anos comprei meu primeiro Tarot, tambm no eranenhum super Tarot, era um conjunto dos 22 arcanos menores
que vinham em uma revista simples em bancas de jornais. Mas
aquele baralho junto com um livro de So Cipriano eram como o
meu tesouro mgico.Mas eu ainda sabia poucas coisas e resolvi
investigar. Aos 15 anos eu passei a criar meus prprios feitios,utilizando os mecanismos que via nos feitios que conhecia. Atento, eu achava que magia era uma coisa pr-determinada, sfuncionava se soubssemos uma receita exata descoberta em
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tempos antigos. Ento, para mim, quando inventava minhasprprias magias eu estava sendo um revolucionrio.
Com 17 anos conheci a Magia do Caos, e aquele
contato inicial foi para mim uma verdadeira revoluocopernicana. Percebi que minhas invenes de magia eram algovivel e existiam mais pessoas por afazendo a mesma coisa e eusno sabia disso porque no dispunha de acesso a um negciochamado internet.
Foi por essa poca que observando as tcnicasde magia do caos, percebi que todas as magias inventadas por
pessoas a partir da manipula
o de alguma fora existente
possua elementos bsicos. Eu poderia ter buscado algum estudosobre tais elementos, mas como eu j os utilizava, resolvi eumesmo criar minha teoria acerca do eram eles.
Escrevia no papel minhas tcnicas mas a ideiasobre aqueles elementos sficou na imaginao.
Quando tive minha experincia com Reiki astcnicas me fascinaram. Mergulhei ento em busca de tcnicas devrias culturas, vrios estilos de magia. rabe, hindu, oriental.Foi ento que foi surgindo e se solidificando a teoria dosprotocolos de magia.
Eu nunca havia associado minhas tcnicas aisso, mas desde meus 15 para 16 anos eu tinha sonhos com um
lugar interessante onde as pessoas tinham poderes mgicosdiversos. Aprendi a dormir mentalizando aquele local para sonhar
de novo. Eu conseguia mergulhar na terra e enxergar atravs delaquando estava l. E as tcnicas de magia l eu lembro seremchamadas de ordens ou protocolos.
Foi s durante meus estudos reikianos quenotei que uma coisa tinha tudo a ver com a outra e resolvi dar
esse nome s minhas tcnicas. Desde ento toda tcnica ou
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prtica nova que desenvolvo, procuro verificar como cadaelemento de constituio de um protocolo se manifesta nasmesmas.
Passaram-se alguns anos at eu comear afalar aos meus amigos magistas mais prximos acerca dosprotocolos. Eu tinha dificuldades em explicar oralmente a teoria e
atmesmo a prtica, ento passei a escrever algumas coisas. Otempo me levou a ver que podia transformar isso em um livro e
divulgar os protocolos para quem possa se interessar.
Ento, c est o Liber PPP, que basicamentefala sobre protocolos de magia e minhas ideias gerais sobre como
a magia se manifesta. Um volume pequeno, sinttico, fornecendodiretrizes bsicas e algumas tcnicas de diferentes nveis. Esselivro no explica tudo com relao aos protocolos, mas fornece comcerteza uma forte base para quem se interesse e deseje praticar.
Agradeo antecipadamente os que sedispuserem a ler este volume e mais ainda os que abrirem um
lugar nas suas prticas mgicas para experimentar os protocolos.
No uma teoria fechada nem um crculo de prticas slido. Soprincpios bsicos que deixo em aberto para quem desejar seaprofundar e criar suas tcnicas e claro, testar as minhas e meinformar que resultados obteve, com o intuito de sempre
aperfeioar.
Voc pode ver esse volume como um livro demagia genrico, com algumas tcnicas que vocpode testar. Comoum guia para iniciantes, porque ele elenca alguns princpiosbsicos ou apenas como o grimrio pessoal de um magista, queresolveu publicizar suas experincias.
Esta obra se divide em trs partes, a parte umapresenta os conceitos gerais de magia e minhas opinies pessoaisacerca deles. A parte dois trata da teoria dos protocolos de forma
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geral, seus princpios, elementos constituidores e etc e por fim, aparte trs apresenta alguns protocolos prticos que voc podeutilizar ou usar como base para criar os seus.
Boas prticas a todos,
Ian Morais.
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Parte IMagia
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O que Magia
A Magia, o prprio nome possui uma carga deseduo to poderosa, que eu gosto de as vezes pronunciar apenaspara ouvir o som que o mesmo provoca. Magia, para mim, a artede interagir e manipular as foras desconhecidas da natureza,interiores e exteriores ao homem, isso em sentido estrito. Em
sentido amplo, e eu gosto desse sentido amplo, Magia tudo quedum tapa na cara da realidade instituda, ou seja, que mostrao que estsob o vu do que as pessoas acham que real. Desseponto de vista, a apario de uma fada magia, a criao de umservidor magia, o acesso a um outro plano atravs da meditaomagia, atum milagre realizado por um religioso magia.
Creio que a magia possua dois processos
bsicos, interno e externo. Em primeiro lugar, voc precisa
acreditar internamente na magia, desenvolver sua mente, seu ser,para entender e acessar as foras desconhecidas, para entointeragir com elas. O poder de um mago se resume a dois
fatores: talento X estudo. Alguns nascem com prdisposio paraa coisa, mas no estudam e nunca desenvolvem, outros nascemsem praticamente nenhuma inclinao, mas se interessam e volonge.
O poder mgico ento, se d por umaconjugao de dois processos: desenvolvimento interno e o acesso energias externas (sem contar no acesso s energias internastambm, algumas pessoas possuem energias internas superpotentes e devem us-las com bom planejamento paradesenvolver ainda mais seu poder mgico).
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Considerando a magia como possuidora de
elementos exteriores ao indivduo, podemos afirmar que ela podeocorrer independente de sua vontade. A magia pode lhe atingir
quando voc menos esperar. Ela pode cham-lo para desvendarseus mistrios. Ela pode envolver sua vida at voc no terescolha seno explor-la. Ela esta na natureza, quer vocqueira,quer no. Esta na floresta, nas guas, no ar, na vida que pulsapor todas as partes.
Esta nos deuses, em Deus. Acho esta Magia
muito mais interessante, mais iluminadora e real que aquela que
se resume a tcnicas mentais para desenvolver a vontade
individual. Por isso considero a maioria das ordens to pobres deobjetivos. No me empolgam, reduzem a magia manipulao davontade humana, do uma supervalorizao ao homens,considerando-o grande demais. Sou contra isso, acho que para
crescer, o primeiro passo reconhecer-se pequeno.
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Divises Equivocadas da Magia
No decorrer da histria sempre estiverampresentes as ordens iniciticas, grupos que contm ensinamentosvelados acerca das leis ocultas e que as repassam para aqueles
que so considerados aptos. Com o advento da internet, muita
coisa antes considerada secreta, de difcil acesso a todos, agoraest exposta para quem quiser aprender. Isso fez com queproliferassem ocultistas, ou pseudoocultistas por toda parte. Isso
desejvel? Ou ser que foge ao objetivo inicial das antigasordens? Vou tentar dar minha opinio pessoal.
Eu creio que essa popularizao foi necessriapara a magia encarar um novo momento da histria dahumanidade, a abertura religiosa e filosfica. Ou seja, a evoluogradativa para uma condio geral de tolerncia aos preceitosreligiosos e filosficos de todas as pessoas, que nasce pelo mundo,apesar de estar longe de ser regra geral. Enfim, o renascimento do
ocultismo ocidental, dado na passagem da idade moderna para a
contempornea, mudou radicalmente a estrutura das velhasordens de magia.
Uma das consequncias destas mudanas
radicais foi a diviso da magia em faces diferentes e opostas.Magia Branca e Magia Negra so apenas um exemplo. Umadiviso bastante conhecida a do Caminho da Mo Direita (RHP)e Caminho da Mo Esquerda (LHP). A diviso entre LHP e RHPpara mim equivocada pelo seguinte motivo: fala-se que adiferena bsica entre tais caminhos que o RHP se baseia em
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seja feita a vossa vontade ou seja, a utilizao da magia para obem alheio, um caminho de auto sacrifcio e dedicao ao prximo;
jo LHP seria baseado em seja feita a minha vontade, ou seja, a
utilizao da magia com um fim egosta, de elevao e satisfaodo prprio eu. Dividir a magia de forma to grosseira no fazsentido algum porque a filosofia pessoal do magista vai muito
alm da questo entre se a minha vontade ou da dos outros deveprevalecer. uma questo entre qual o objetivo central da magia,para que ela existe.
Na magia encontramos dois caminhos, de um
lado temos a via da ascenso, ou seja, atravs da magia o ser
humano alcanar um estado superior de compreenso, com o fimde ajudar na evoluo de todas as pessoas, comparo-a busca pelailuminao no budismo e pela santidade no cristianismo. Com issono quero dizer que a magia no passa de uma religio, o queseria uma tolice do tamanho de uma galxia, quero dizer apenasque a superao da condio natural do ser humano, que seria aconscincia total sobre quem somos e o consequente despertar dospoderes inerentes nossa verdadeira natureza, pode ser
alcanado atravs da magia e da religio, a diferena queatravs da magia vocsabe o que estprocurando, faz uma buscaobjetiva, e atravs da religio essa busca turvada por dogmas,que mais destroem que constroem, e quando a religio escraviza ohomem no fundamentalismo, est pondo definitivamente porterra seu verdadeiro objetivo. O preceito bsico dessa linha conhece-te a ti mesmo.
Por outro lado, temos o segundo objetivo, que
pe a magia instrumento de poder. Considero que essa via bemresumida na frase faze o que tu queres. Qual o caminho correto?
Ora, se somos seres em uma busca, significa
que ignoramos muitas coisas sobre a real natureza humana e a
real natureza do universo, posso estar parecendo precipitado, mas
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diante disso creio que posso afirmar que fazer tudo que eu quero
no exatamente uma boa ideia. Creio que conhece-te a timesmo para entender seus desejos e realiza-los na medida em
que isso seja bom para voc e o mundo seria uma coisa maislgica. No faz sentido, portanto, fazer tal diviso e colocar unsmagistas de um lado e outros magistas do outro. Porque noposso conhecer a mim mesmo e fazer o que eu quero? Porque noum sorvete napolitano ao invs de apenas baunilha ou apenasmorango?
Enfim, o caminho da mo direita como sejafeita a vossa vontade e o caminho da mo esquerda (que
preconceito com os canhotos), como seja feita a minha vontade uma diviso to tola que no entendo como to difundida, talvezpara desviar nossa ateno da verdadeira diviso da magia.
Justificando minha crtica, no h o que sefalar em oposio minha vontade e a vossa vontade, por doisargumentos principais:
1. impossvel estabelecer qual a minha
vontade sem que eu conhea a mim mesmo;2. impossvel estabelecer a vossa vontade,
sem que eu conhea a real natureza humana;
Concluso: no posso dizer que fao a minhavontade ou a dos outros, se eu no sei nem estabelecer quevontades seriam essas. Minhas vontade minha mesmo? No seuma obsessor espiritual ou de uma entidade que invoquei dos
planos inferiores? Sua vontade sua mesmo? No estaria suavontade viciada? E mais: sacrificar-se pelos outros uma coisaboa? Os outros QUEREM que eu me sacrifique por eles? Se eles
no querem, ao me sacrificar no estou fazendo a vossa vontade esim a minha. Serque meu auto sacrifcio no apenas minhaforma egosta de impor minha vontade sobre os outros e ainda
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dizer que fiz a vontade deles? A diviso LHP e RHP parte dafalcia lgica do falso dilema, ao estabelecer o pressuposto de queminha vontade deve necessariamente ser oposta vontade alheia.
Poxa, no podemos todos nos dar bem?Outra questo importante que as pessoas
ditas da mo esquerda costumam ser associadas com o egoismo.Muitas vezes os que se dizem mo esquerda esto apenasquerendo expressar uma opo de vivncia mgica voltada para avalorizao do eu, e no para a supresso. Ou seja, o defensor damo esquerda pode ser apenas um humanista e um um servo domaligno encarnado.
Enfim, eu posso fazer a sua vontade, a minha
vontade, e todos podem ficar felizes. Quem disse que essas
vontade precisam ser opostas? A real questo se eu tenho amagia como instrumento para a ascenso ou como instrumentosde dominao. muito fcil fazer algum escolher entre moesquerda e mo direita dizendo que apenas uma questo de quevontade deve ser feita. Quem se importa com a vontade dos
outros? Pensa o jovem ocultista. Alm do mais, muito fcil fazerminha vontade, spensar nos meus desejos e realiza-los, melhordo que ficar pensando sobre o que diabos o ser humano quer
afinal.
A questo fica muito mais fcil quandoperguntamos se vocdeseja a magia como forma de ascender, ouseja, de superar o a condio comum do ser humano (o que nosignifica ser bonzinho o tempo todo), ou como instrumento de
dominao, de atender apenas aos desejos mais baixos do instintohumano, degradando o mago ao invs de constru-lo. uma penavermos inclusive grandes ocultistas confundindo preceitos tosimples, mas compreensvel, mais fcil repetir o que foi ditoantes por tantos, que parar para pensar e fazer seu prpriocaminho.
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Ser papagaio mais simples do que usar acabea. por isso que defendo uma magia livre, que preze ainteligncia do ser humano e no sua capacidade para se
submeter ao que foi estabelecido como certo antes dele. A magiado Caos em seus pressupostos bsicos nos possibilita isto. O Caosnos chama a olhar atravs do vu da mo esquerda e da modireita, e entender que eu quero minhas duas mos exatamenteonde elas esto. No nasci com ambas para desprezar uma epraticar tudo apenas com a outra. Ambidestria nunca deixou de
ser uma coisa interessante.
Outra dicotomia que considero falsa e que
muito alardeado a oposio entre magia do caos e magiatradicional. Dizem alguns que tradicional a magia das receitasprontas, dos rituais gravados em pedra em grimrios antigos e amagia do caos a magia livre e criativa, voltada a usar todas asexpresses da psiqu, do simbolismo e da realidade para alcanarefeitos mgicos.
Ora, a chamada magia tradicional seria a
magia das ordens mais antigas, solidificadas e a magia do caos foi
um movimento voltado revolucionar essas formas de praticarmagia.
de uma ignorncia que beira ao ridculo dizerque toda a magia pode ser enquadrada em uma dessas divises.Onde estariam ento os elementos de magia hindu? E magiarabe? E magia oriental? E se eu quero criar algo novo mas noacredito nos ditames do caotismo?
Essa tentativa de bipartir a magia to burraquanto um bipartidarismo poltico. Querer obrigar as pessoas apensar de uma forma ou de outra, quando a magia existe para
libertar o homem. Libertemos nossa mente, aprisionar-se em
conceitos criados em terras estrangeiras. Como posso me deixar
cegamente pelos conceitos de magia criados por magistas que no
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conhecem nossa umbanda, nossos batuques, nosso candombl,nosso catimb, nossa jurema, nosso velhos costumes e rituais detradio catlica. Quem so eles para dizer que nossa magia isso
ou aquilo. Eu me levanto e digo que no aceito tais conceituaes.Para mim, tudo isso e muito mais magia, se tradicional oucatica, que me importa? O que importa que eu sinto a energiade todas essas prticas.
Voc livre para concordar comigo ou no,respeito as opinies alheias. Vocpode praticar qualquer tipo demagia e dizer que tradicional ou caosta. Pode se dizer um magodo caos apenas porque acha o ttulo bonito. Pode se dizer
tradicionalista apenas porque sua avlhe ensinou que as coisasantigas so melhores, ou porque voc acha estiloso usar capa eespada.
Enfim, se eu quero e voc quer, tomar banhode chapu, ou esperar papai noel, ou discutir Carlos Gardel. Fazo que tu queres e me deixa continuar meu livro. Vamos manter
nossa opinio, respeitando a dos outros, pois o segredo daevoluo a diversidade, se todo mundo fosse igual, nuncairamos a lugar nenhum.
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Parte II
Teoria
dos
Protocolos
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Experimentao mgica: Introduo Aos Protocolos de
Magia
Existem duas formas bsicas de algum evoluirseu nvel de conhecimento: o estudo e a experincia. Nenhuma
superior a outra, so equivalentes e complementares entre si. Oestudo sem a experincia se torna esttico, crescendo apenasdentro daquilo que est gravado no papel, a experincia sem oestudo perde fundamento e se torna difcil de difundir para almda esfera de conhecimento pessoal de quem a teve. Na magia
esses dois conceitos so muito importantes, uma vez que o quedefine se algum um mago ou um estudante de ocultismo exatamente a forma como ele enriquece seu conhecimento acerca
de magia. O mago lida com estudo e experincia, o estudante deocultismo preocupa-se em apenas acumular conhecimento arespeito. Essa inclusive uma excelente questo para quem estiniciando ou estno meio do caminho refletir a respeito. O quevocquer com a magia? Apenas entende-la? Estud-la? Ou vocpretende praticar a magia, sentir a magia, ser a magia? Se vocescolheu a primeira opo, no algo que o diminua, cada um livre para conduzir seus conhecimentos para onde sua conscincia
o dirige. Mas se vocescolheu a segunda opo, preze sempre pormanter um equilbrio entre estudo e prtica.
E o que experimentao mgica? Aexperimentao mgica vai alm da prtica regular da magia. Omago comum pratica aquilo que estnos livros e nas tradies,aquilo que algum descobriu e escreveu como se faz. O mago
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experimentador vai alm disso, ele busca novas formas de realizara magia, novos caminhos mgicos para trilhar. Alguns diriam queo mago comum que falo o mago tradicional e o mago
experimentador seria o mago do caos. No concordo com isso peloseguinte fato: muitos que se dizem caostas so na verdade magoscomuns, apenas praticam os conhecimentos j estabelecidos pormagos do caos que vieram antes deles.
O cara que desenvolveu a forma de criar
servidores, ou de criar sigilos, era um experimentador, os que spraticam o que ele ensinou so magos comuns, mesmo sendomagos do caos. Isso at um contrassenso, considerando que
propsito da magia do caos vocdesenvolver sua prpria magia,usando os elementos que lhe convierem e se mostrem eficazes.
Digamos que esses propsitos maiores docaosmo sejam sim princpios da experimentao mgica, mas comuma anlise mais apurada, vemos que nem todos os magos docaos realmente o seguem. Falar que nada verdadeiro e tudo permitido timo para criticar as crenas alheias e os quechamam de magos tradicionais, mas na hora de arregaar asmangas, colocar a massa cinzenta pra funcionar e fazer sua
prpria magia, alguns caostas tossem, olham para o lado efingem que o assunto no com eles.
A experimentao mgica possui vrios nveis,vocpode apenas testar de uma orao em latim funciona se fortraduzida para portugus. Se o ritual para convocar o deus dotrovo grego funciona para o deus do trovo nrdico. Se a vela
branca pode substituir a vela azul em um ritual. Pode ir maisalm, criando um alfabeto mgico particular e o usando nos seusrituais. Criar uma forma diferente de elaborar sigilos, ou de criar
servidores. Ou pode realmente chutar o balde, criando uma nova
forma de manifestar a magia no mundo, um novo sistema de
magia, uma nova escola e etc.
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A experimentao tambm pode se dar a partirda reformulao de paradigmas existentes, interagindo entre siou com elementos completamente diferentes. Tambm podendo
partir do desenvolvimento de paradigmas completamente novos.
Porque a magia deve evoluir? Porque devemos
nos dedicar experimentao mgica pra produzir novosconhecimentos em magia? Simples, nada no mundo foi feito para
ser esttico, ainda mais a magia, que revolucionria por si saodar ao homem a funo de compreender e interagir com ouniverso e as foras que o rodeiam, no aceitando passivamenteas respostas pr-fabricadas que lhes forem fornecidas. Aos que
acham que tudo que havia para ser descoberto na magia jo foi,eu digo que se todos os magos do passado pensassem assim, a
prpria magia teria morrido antes mesmo de nascer. Queremossempre melhorar, seja de salrio, seja em conhecimento, seja decarro, seja de emprego, o que impulsiona o homem a evoluir, e oque evolui o prprio planeta. Porque a magia deveria serdiferente?
Esclarecido o que a experimentao mgica,posso agora falar dos protocolos de magia. Os protocolos so umaforma de experimentao mgica na qual venho trabalhando. Nose trata de nada revolucionrios nem nunca antes visto nateleviso, apenas uma sistematizao de alguns conceitosespaos de forma a permitir o uso de tal sistema para criar novasmaneiras de praticar magia, ou como alguns podem ver, praticar
velhas formas de magia adaptando-as a novos elementos que o
mago deseje usar.
No se trata de nada complicado, de incio podeser difcil separa-los de outros sistemas como os sigilos ou atmesmo os servidores, porm, superada esse etapa inicial osmesmos podem ser converter em um elemento til para utilizaonas mais diversas prticas e para os mais diversos fins.
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Protocolos podem ser classificados como mapas.
Imagine a magia como um territrio selvagem e no desbravado,seja onde for que vocentre, nunca saberonde vai chegar. Os
protocolos seriam mapas, que ao serem seguidos, te levarocertamente a um lugar pr-determinado. Traduzindo, imagineque voc realiza um ritual para se conectar com seu animalancestral ou uma divindade qualquer, esse ritual segue um
conjunto de passos, para alcanar um determinado fim, se ao finaldesse ritual, vocconseguisse gravar o caminho que ele percorreupara alcanar o resultado e o gravasse de alguma forma, vocteria um protocolo.
Protocolos tambm so em sntese uma receita.Digamos que o universo uma cozinha imensa, com inmerasenergias diferentes interagindo. A combinao de uma certaenergia com outra gera um efeito X, a combinao com umaterceira energia jcria a energia Y. Quando vocpega um certoconjunto de ingredientes e mistura, cria um prato. Se gostou do
prato voc anota a lista do ingredientes e a forma como foipreparado. Protocolos so exatamente a mesma coisa, mas
relacionado prticas mgicas. Se voc reuniu determinadosingredientes mgicos e chegou a um efeito, anota que elementosusou e a forma como foram utilizados para poder alcanar o efeitotantas vezes deseje no futuro ou fornecer a receita para que
outros possam vir a utiliz-la.
Diferenciando uma Tcnica de um Sistema
Quando falamos em experimentao mgica muito comum a confuso entre tcnica e sistema. Tal distinopara alguns pode ser considerada sem sentido, mas como estamos
procurando construir uma forma sistemtica para ver a magia de
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modo a facilitar o domnio sobre a mesma, consideroimprescindvel faz-la.
Uma tcnica um conjunto de instrues parase realizar determinado efeito. Por exemplo: uma tcnica de fazerbolo ensina como misturar os ingredientes, a temperatura correta
para assar e a forma onde se deve depositar a massa para que se
chegue a um determinado tipo de bolo.
Um sistema um conjunto de regras gerais queprocuram explicar de forma fechada um determinado tema.
Exemplo, o sistema mtrico decimal, um conjunto de regras queprocura nos ensinar como realizar medi
es dos mais diversos
tipos. A palavra sistema pressupe um conjunto de fatores queinteragem entre si de forma harmnica, independendo de fatoresexternos para funcionar. Lembrando que independe de fatores
externos para funcionar, porm, isso no significa que um sistemapara ser considerado como tal no interaja com quaisquer fatoresexternos.
Qual a aplicao de tais conceitos na magia e,
especialmente, na experimentao mgica. Ora, uma tcnica umfeitio, um ritual, um efeito mgico. Um sistema toda umaforma de explicar e gerar tais feitios, tais rituais e tais efeitosmgicos.
A Umbanda pode ser considerada uma sistema.
Uma oferenda para o Caboclo Sete Flechas uma tcnica dosistema umbandstico. Os servidores podem ser considerados umsistema. Um servidor voltado a ajudar voc a estudar para ovestibular uma tcnica do sistema dos servidores. Dentro daMagia ento, podemos dizer que um sistema uma elenco detcnicas e prticas afins conjugado a um conjunto de explicaessobre como tais tcnicas funcionam e que energias utilizam.
Feita tal distino, na esperana de que todos
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entenderam, podemos ento afirmar que uma tcnica maissimples de ser criada. Voc pode criar um servidor s seu, umsigilo s seu, um protocolo s seu, ou uma oferenda para uma
entidade que svocconhea. No entanto, criar todo um sistema,ou seja, um conglomerado de tcnicas aliado a regras sobre comofuncionam algo bem mais complexo.
Hquem diga que mago quem cria tcnicas efeiticeiro quem apenas as utiliza. Dificilmente quem realiza
prticas mgicas passa a vida inteira sem criar ao menos umpequeno ritual prprio. Hainda quem classifique como mago ocriador de sistemas e de feiticeiro quem apenas cria ou utiliza
tcnicas de sistemas jestabelecidos.
Particularmente no concordo com nenhumadas duas classificaes. Primeiro porque procurar rotular todos osmagistas utilizando um critrio pessoal no mnimo irnico paraquem se diz praticante de uma arte que busca a libertao do sere da mente (magia). Segundo porque acredito que a maioria das
pessoas no cria seus prprios sistemas no por falta decapacidade, mas apenas porque jalcanam todos os resultadosque desejam no uso de sistemas jexistentes.
Enfim, se eu alcano minha realizao pessoale espiritual dentro do sistema umbandista ou caosta: qual o malde passar minha vida utilizando apenas ele? Acredito que os
inventores de sistemas so movidos pela necessidade de construiralgo que no encontraram em sistemas que estudaram. Ouapenas para testar os prprios limites de tais sistemas. No h
nada de errado nem em criar um sistema todo dia nem em usarapenas sistemas alheios durante a vida toda. A nica coisa erradajulgar, querer anular a individualidade alheia querendo impornossas verdades ocultistas aos demais praticantes.
Este livro procura explicar como constru oSistema dos Protocolos. Que no pretende revolucionar nada nem
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se mostrar melhor que qualquer outro. Apenas foi a forma que
encontrei de fazer as coisas com base na experincia e nosrecursos de que dispunha.
Como no apresento apenas as tcnicas ou seumecanismo de funcionamento, mas procuro mostrar como ela pode
ser construda e desconstruda, alguns poderiam considerar osprotocolos uma tentativa de explicar outros sistema. Claro,
considerando seu carter caosta, ele no se prende a apenas umaviso de mundo. possvel construir tcnicas protocolares tendopor base o sistema umbandista ou o sistema de servidores ou de
sigilos ou hermetista. So muitas as possibilidades. Usando os
princpio que eu utilizo para os protocolos, vocpode construir seuprprio sistema pessoal e utiliz-lo da forma que melhor lheaprouver. Tambm pode mudar um mecanismo ou outro econstruir algo completamente diferente. Enfim, se nenhuma
tcnica ou mesmo o prprio sistema no lhe interessarem, talvezinteresse ver a forma como foi construdo. Em ltima anlise, esselivro antes de ensinar tcnica, pretende ser um chamado experimentao mgica.
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O Que so Protocolos e Para que Servem
Definies Bsicas
Falar de protocolos basicamente descreveruma frmula para a produo de certos resultados mgicos. Osprotocolos no so uma inveno, como jfoi esclarecido antes. Naverdade, so apenas a sistematizao de uma determinada formade produzir magia, que jutilizada hmuito tempo e presenteem praticamente todos os sistemas de magia conhecidos. Vocprovavelmente sabe realizar vrios protocolos, se j praticamagia. Porm, vocpratica protocolos prontos, que algum criouem algum momento do passado. Se vocpratica o Caos, jdeveter em algum momento criado seu prprio protocolo, ou atmaisde um.
Usando a definio clssica, protocolo sopadres estabelecidos. Se voc quer fazer um jardim, existempadres, protocolos estabelecidos que vocdeve seguir para criarum ambiente lotado de belas roseiras. Se vocquer fazer magia,pode seguir protocolos previamente estabelecidos, feitios,padres, formas de realizar as coisas que foram previamentetestadas, aprovadas e registradas para uso na posteridade. Ou
voc pode procurar entender como um padro estabelecido econstruir os seus prprio padres, dividindo-os com amigosmagistas, com companheiros de ordem ou guardando-os apenas
para si. Assim nasce um protocolo, a partir do momento em que
um mago cria dentro da magia um padro para alcanar algumefeito.
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Refazendo uma analogia que utilizei
anteriormente, como se a magia fosse um selva, ou uma grandemetrpole, na qual um mnimo passo em falso e voc pode se
perder, protocolos so seus mapas, os trajetos que vocregistroupara chegar em determinados locais. Voc pode no saber ondeficam todos os restaurantes da cidade, mas provavelmente sabe
que descendo 6 quadras esquerda de sua casa e mais duas direita, vocchegarem um local que serve uma excelente salada.Ou sabe que pegando determinada avenida, uma horchegaremum timo restaurante japons. Esses dois trajetos so seusprotocolos. Ressaltando que se chama protocolo, no o resultado,
mas o caminho traado para chegar atele.Vocpode materializar em um smbolo grfico
a sensao energtica que te faz entrar em estado alfa, e pronto,voctem um protocolo. Tambm pode criar um mantra que tragaatvocde forma imediata a energia do seu anjo guardio, e voctem outro protocolo. Pode ainda utilizar uma certa posio dasmos (mudra) e pronunciar uma frase previamente estabelecida,para evocar os efeitos de um feitio realizado previamente, e voc
jtem mais um protocolo. Voltaremos s utilidades e aplicaesdos protocolos em um tpico especfico para isso ainda neste texto.
Elementos bsicos dos protocolos
Esclarecido exatamente qual a natureza dos
protocolos, preciso dissecar seus elementos bsicos, ou seja,aquilo que necessrio para que um protocolo seja criado. Essa uma questo no muito fcil de ser definida, porque no hapenas um conceito de protocolo, e aps cada um aprofundar-sena criao de seus prprios protocolos, irnotar que os elementosque elencarei podem ser esticados ou mitigados de acordo com a
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situao em especfico. Enfim, no uma receita de bolo, apenasum recurso didtico porque precisamos de um ponto de partida.So trs os elementos bsicos de constituio dos protocolos, que
passo a explicar:
1. Manifestao multidimensional da magia:esse o primeiro elemento e provavelmente o mais bvio de todos.Considerando que dimenses so nveis de percepo, qualquerforma de magia poderia ser considerada multidimensional, entoporque colocar isso como o primeiro requisito dos protocolos? Pelo
fato de que em relao aos protocolos essa manifestaomultidimensional algo que salta aos olhos, to importante a
ponto de ser necessria essa repetio. Para evocar umdeterminado protocolo dimenso em que vocse encontra, eleprecisa estar previamente constitudo em uma outra dimenso.Em outras palavras, esse requisito significa que protocolos noso criados instantaneamente, eles necessitam de preparo. Parausar um mapa para chegar a algum local, vocprecisa ter o mapapreviamente desenhado, se for desenhando o mapa a medida que
caminha, no o estarseguindo e sim o criando. Fazer com que o
protocolo esteja manifestado multidimensionalmente exatamente seguir o processo de desenhar o mapa, para
posteriormente poder us-lo como guia.
2. Fonte de poder: ora, um protocolo gera um
efeito mgico, logo, utiliza energia. Essa energia precisa sair dealgum lugar. Seu protocolo pode estar conectado a uma divindade,
uma entidade dos mundos inferiores, um anjo, uma egrgora ouat um servidor que voc mesmo criou. Essa ser sua fonte depoder, sua base de alimentao.
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3. Chave de ativao/evocao: por fim, parausar o seu protocolo em qualquer situao, no ato de sua criaovoc precisa estabelecer a sua chave. A chave do protocolo pode
ser uma frase no estilo abracadabra, um mantra, uma posiocorporal ou das mos (mudra), um desenho traado no ar, ouvrios outros elementos que sua imaginao permitir, assim comoa combinao de vrios elementos.
Darei agora um exemplo de protocolo
explicando onde cada um dos requisitos acima se caracteriza, para
facilitar a compreens
o. Usei um protocolo simples que eu chamo
de protocolo de proteo do Crculo de sal (sim, eu gosto de nomesgrandes). realmente um protocolo simples e prtico de serealizar. Digamos que voc tenha um altar que utiliza parahonrar entidades que te protegem, e decide usar um instrumento
para que a energia daquele altar possa te proteger nas mais
diversas situaes do dia a dia, quando vocestiver sendo atacadovampiricamente, ou sentir que energia ruins das mais diversas
podem estar afetando voc. Vocdecide que protocolos so umaboa forma de fazer isso.
Primeiro voc precisa de um espao emespecfico no seu altar para o protocolo, voc arranja umacaixinha de vidro e coloca ela em cima do altar. Pega um pouco de
sal e faz um crculo dentro daquela caixa. Consagra o crculo desal para proteg-lo sempre que for necessrio, e solicita smesmas entidades presentes naquele altar que alimentem seu
crculo de proteo com a energia delas (nota: o sal por ser umelemento de limpeza por excelncia, pode ser usado para criar umcrculo assim sem outra fonte de alimentao alm dele prprio,depende de suas convices). Vocento cria a chave de evocaoe a grava no protocolo, vocdefine que a energia do crculo irsematerializar lhe protegendo quando voc juntar s mos em
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prece e falar venha a mim crculo de sal. A materializaomultidimensional foi estabelecida no ritual de criao doprotocolo, ao traar o crculo de sal consagrado e seguir os demais
passos. A fonte de energia foi definida ao escolher o elemento sal,que possui energias que geram proteo mgica e ao conectar ocrculo com a energia das entidades que regem o altar. A chave deativao mista, mos em prece e a frase venha a mim crculo dosal. Juntando os trs elementos, voc possui seu primeiroprotocolo prontinho para uso.
Diferenciando protocolos de servidores e sigilos
A grande disseminao de sigilos e servidoresentre os caoistas levou a uma espcie de engessamento daimaginao de muitos praticantes de magia. Contrariando osprprio princpios bsicos da magia do caos, muitos dos seusadeptos se recusam a reconhecer uma tcnica que no se encaixeem nada pr-estabelecido. No o caso dos protocolos, como jdeixei claro, no so uma coisa nova, apenas a sistematizao dealgumas coisas bem antigas, de modo a possibilitar ao uso dos
mesmos princpios que as geraram para criar novos efeitosmgicos. Porm, apesar de os protocolos terem pontos em comumcom vrios sistemas, eles possuem caractersticas que osdiferenciam claramente dos servidores e sigilos.
Vejamos, um servidor uma entidade viva,
um ser dotado de um nvel limitado de percepo e intelignciaencarregado de determinadas tarefas. Jo protocolo apenas ummapa para determinado efeito, no possui vida prpria nemexecuta nenhuma tarefa por contra prpria sem interveno deuma pessoa. J dos sigilos muito mais fcil diferenciar, umprotocolo no precisa ser esquecido para funcionar. O sigilo, em
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uma definio grosseira, funciona como um instrumento para quea energia do seu subconsciente trabalhe a seu favor para atingir
determinado fim, o uso dos protocolos algo imensamente mais
amplo, podendo ser usado como chave de evocao mgica, comoinstrumento de ativao de um objeto mgico, etc. Por fim, o sigilotende a possuir um fim, que ao ser alcanado, faz com que percasua utilidade. Protocolos, a rigor, tendem a ser permanentes, uma
vez desenhado o mapa, ele tende a ser vlido por muito tempo.
Se formos estabelecer um nvel decomplexidade, poderamos dizer que os protocolos so maiscomplexos que os sigilos e menos complexos que os servidores,
embora isso seja relativo, pois dependendo de que tipo deprotocolo vocirelaborar, ele se tornarmais complexo que umservidor, e um sigilo tambm pode possuir mais complexidade queum protocolo simples. Um diferena bsica de protocolos parasigilos e servidores, que os dois ltimos possuem uso contnuo,uma vez criado o sigilo e o servidor existiro atque seja desfeitosou atque atinjam seu objetivo. Jo protocolo fica adormecidoatque sua chave de ativao seja utilizada. Tratando-se de um
conceito mais amplo, protocolos abarcam vrias formas de sigilose servidores em sua definio.
Exemplos de utilizao de protocolos
1. Selamento de um objeto mgico: voccriou
uma varinha mgica para seu uso pessoal, e gostaria se proteg-lada influncia da energia de pessoas estranhas que possam vir atoc-la ou atmesmo roub-la de voc. Ento, no ato de confecode varinha, voccria um protocolo para selar a energia dela. Elafuncionarcomo um objeto qualquer, um mero pedao de madeirasem energia, a menor que algum a segure com firmeza e diga
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operari (operar/funcionar em latim), essa chave de ativao fazcom que a energia da varinha possa circular livremente pelo
objeto, permitindo seu uso em prticas mgicas.
A experincia a me do aprendizado,portanto, para fixar melhor as formas de utilizar protocolos, passo
a expor alguns exemplos de utilidade que eles podem ter no dia a
dia de um mago. Voctalvez jtenha utilizado algumas dessasformas em suas prticas, no seralgo estranho pois protocolos,digo mais uma vez, no so algo novo.
2. Uma crculo de magos cria um servidorpoderoso destinado a prote
o m
gica de seus membros. Esse
servidor lidar com energias bastante intensas e sua utilizaoprecisa ser protegida de diversas formas. O crculo cria ento umprotocolo de evocao do servidor. Spoderevoc-lo o membroque passar por uma iniciao para ser reconhecido pelo servidor etraar um smbolo de evocao entidade no ar e repetir seumantra de evocao. Ao ser desligado do grupo, o membro podeser desiniciado no uso do servidor, ficando impossvel para eleusar o protocolo de evocao.
3. Voc muito ligado a uma entidade doastral, que pode realizar os mais diversos efeitos mgicos,costumando voc realizar rituais para cada efeito que gostariaque a entidade realizasse. Voc ento registra 3 efeitos bsicospara os quais costuma utilizar a entidade, e os sela em 3
protocolos diferentes. Quando quer evocar cada um, utiliza a
chave convencionada dizendo primeiro protocolo da entidade X,
segundo protocolo da entidade X ou terceiro protocolo daentidade X, no esquecendo de zelar pelo relacionamento com aentidade para manter os protocolos vlidos.
4. Vocbruxo e segue determinado panteo,onde cada divindade possui uma funo especfica. Cadadivindade possui tambm sua prpria energia. Voc costuma
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realizar rituais para evocar a energia de cada divindade, quando
precisa de inspirao para escrever, energia para o amor e etc.Ento vocestuda a fundo as divindades que segue e decide criar
protocolos de evocao para as energias de cada uma. Vocexperimenta a melhor forma at alcanar o melhor resultadopossvel e ainda escreve um pequeno livro de instrues para queseus irmos de crena tambm possam usar os protocolos que voccriou para entrar em contato com a energia de cada deus.
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Linhas de protocolos
Por suas naturezas, os protocolos podem ser
divididos em linhas. Essa diviso meramente didtica, servepara melhor visualizar as utilidades dos protocolos e tambmdirecionar o mago que decidir utilizar esses instrumentos,
conduzindo-o a desenvolver protocolos na rea que mais lheagrada. Nas minhas experincias pessoais, j trabalhei com asseguintes linhas de protocolos principais:
1. Metamagia: os protocolos de metamagia
destinam-se a auxiliar a prpria prtica ou aprendizado de outrasformas de magia. Como exemplo temos os protocolos de selamento
de objetos mgicos ou de conexo de um grupo com sua egrgora.
2. Protocolos de Evocao: destinam-se acriar formas de conexo do usurio com determinadas energias,sejam de divindades, de elementais, de espritos ou entidadesdiversas.
3. Protocolos de defesa mgica: diversosinstrumentos destinados a bloquear ou refletir os efeitos
negativos de energias das mais diversas origens sobre seu usurioe sobre outras pessoas.
4. Alm dessas, h vrias outras: como osprotocolos sagrados (destinados a utilizar a energia da f),protocolos draconianos (magia dos drages), protocolos daconscincia (visando facilitar o acesso aos estados alterados),dentre vrias outras, sendo que cada usurio pode aprender os
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princpios bsicos e criar seus prprio protocolos seguindo suasprprias linhas de interesse.
Antes de qualquer coisa, imperioso salientarque as linhas de protocolos so apenas um recurso didtico com ofim de tornar mais fcil a compreenso dos diversos usos quepodemos fazer desses instrumentos mgicos. Nem de longe aslinhas aqui so as nicas possveis. Vocpode criar uma linha deprotocolos exclusiva para voc, exclusiva para seu crculo deamigos magos, ou exclusiva para uma ordem. Tambm pode criarlinhas para cada rea de seu interesse, protocolos dos santos,protocolos dos anjos, protocolos ligados a cartas do Tarot.
Procuraremos falar sobre vrias dessas possibilidades emseparado. Esclarecido isso, passemos a falar de cada uma das
linhas principais, que so linhas genricas e servem paraenquadrar uma vasta gama de protocolos.
Protocolos de Metamagia
A Metamagia a linha com a qual mais iremostrabalhar, porque quem lida com magia estsempre procurandonovas formas de tornar suas tarefas mais fceis de executar. Ametamagia so o grupo de protocolos voltados a melhorar aprpria prtica da magia. So aqueles protocolos voltados acaptao e manipulao de energia, selamento e criao deinstrumentos mgicos. A importncia da metamagia advm do
fato de que vocno poderser um bom praticante de magia seno domina a magia da magia, ou seja, se no conhece osinstrumentos necessrias prpria prtica da magia, o que incluismbologia, manipulao energtica, estados alterados deconscincia e etc.
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Evocao
Os protocolos de evocao talvez sejam os maistrabalhosos, embora alguns de defesa mgica disputem um preoduro com eles. O nome evocao meramente exemplificativo, notaxativo. O objeto de prtica desta linha no so evocaes nosentido estrito, e sim no sentido amplo. Na verdade so todos osprotocolos que criam uma ponte entre o campo energtico dopraticante e outro campo energtico. Vrios protocolos demetamagia so tambm de evocao. Como exemplo podemos
citar os protocolos de interao elemental. Ao mesmo tempo queinteragir com a energia dos elementos ajuda a prtica da mgia, por si s uma espcie de evocao. Em virtude disso podemosdizer que nosso primeiro objeto de estudo efetivamente tera vercom essas duas primeiras linhas.
Defesa Mgica
A defesa mgica no uma mera linha deprotocolos. uma doutrina, uma filosofia de vida, um modo de vera magia. Em qualquer sistema de magia existem as prticasrelacionadas com a defesa mgica, o combate a ataques, aanulao de influencias externas e etc. Os protocolos maisperigosos talvez sejam os que se enquadram nessa linha.
Outras linhas de Protocolos
Como jfoi falado mais de uma vez, essas trslinhas principais so apenas exemplos. As possibilidades de
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linhas de protocolos so praticamente ilimitadas, podendoinclusive cada um desenvolver a sua prpria linha. A presenteclassificao tem apenas o intuito de dar uma viso geral do que
so essas prticas mgicas, e explicar o que possvel fazer comelas. Porm, apenas falar indefinidamente sobre eles no tornarningum um praticante, e este o momento em que se faz atransio da teoria para a prtica. A teoria est longe de seesgotar, mas a partir de agora ela seracompanhada da prtica,de forma ntima e praticamente indissolvel.
Voc
est
sendo convidado a praticar os
protocolos, fazer uso deles, registar os resultados e comunicar.
Fornecer dicas, informaes que vocdescobrir com suas prticas.A ideia aqui no vocabsorver o conhecimento de algum que odetm por completo, porque eu tenho apenas em mos uma fascado que so os protocolos, com mais pessoas praticando tais fascaspodem ser convertidas em uma fogueira.
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A Composio de um Protocolo
Antes de falar passo a passo como estabelecer
um protocolo preciso dissertar de forma exaustiva sobre comoeles se compem. Isso implica em criar uma srie de classificaese divises entre os protocolos, com intuito didtico, ou seja, de
deixar claro como eles se constituem. Para alcanar tal objetivo, ocaminho a ser seguido analisar cada elemento dos protocolos eelencar todas as formas pelas quais podem se apresentar:
1. Manifestao Muldimensional da Magia
Considerando que quem est lendo aqui jpassou pelos textos anteriores, no nos cabe definir novamente oque seria cada elemento, basta expor suas diferentes formas de
caracterizao. Falar em manifestao multidimensional tocarem um ponto caro magia, o conceito de dimenso. O que umadimenso? Dimenses so nveis de percepo. Nosso mundo no3D, ou 2D ou 4D, ns que o percebemos assim. Isso significa queas demais dimenses que formam o universo, alm das 3 as quaisestamos acostumados, est
o ao nosso redor o tempo todo, n
s
apenas no as percebemos com nossos sentidos bsicos. O que nosignifica que no possamos us-las ou interagir com elas.
O que queremos dizer ao falar da
multidimensionalidade da magia? Simples, que a magia estalmdas limitaes bsicas das nossas 3 dimenses bsicas. Fazendo
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uma analogia, digamos que vocqueira cortar um po, e para issousa uma faca de mesa, essa faca de mesa um recurso de 3D,agora se voc realiza um ritual para criar um servidor que o
auxiliarnos estudos, estutilizando um recurso que estalmda 3 dimenso. Note que no caso do servidor, apesar de ele em siser um recuso que est acima da terceira dimenso, por seucriador ser algum que se encontra fisicamente nesta dimenso,elementos da mesma foram usados em sua criao. Em algummomento voc usou recursos da terceira dimenso para criar oservidor que se encontra em dimenso diversa. Esse recurso podeter sido sua varinha mgica, seu prprio corpo, o recipiente do
servidor, dentre outros. isso que torna o servidor um elementomultidimensional, ele possui um recipiente da terceira dimenso,foi criado usando elementos desta dimenso, assim como poralgum que possui seu corpo fsico na mesma, mas por suascaractersticas, ele supera a dimenso de onde saiu.
O exemplo acima funciona perfeitamente com
os protocolos. Eles podem possuir um veculo fsico para suamanifestao, so criados por um ser que possui o corpo fsico na
terceira dimenso, porm, por suas caractersticas bsicas, elestranscendem sua dimenso de origem. Esta a razo pela qualum servidor, assim como um protocolo pode ignorar o espao e otempo, dependendo do criador e da forma de criao. Assim comopodem atuar a nvel mental, a nvel astral, dentre outros nveis.
Passado esse momento inicial de explicao,que pode no ter sido claro o suficiente, passo a dar exemplossobre como se dessa manifestao multidimensional da magia.Quanto a ela um protocolo pode ser:
Protocolo com veculo fsico em terceira dimenso:o exemplo clssico o crculo de sal, para invoc-lo vocprecisater em algum lugar da realidade fsica, o seu crculo de salmontado, sempre a disposio para ser invocado.
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Protocolo com veculo em outra dimenso: soconstrues que existem apenas a nvel mental, astral, no sonhar,ou em outro plano. Voc pode criar apenas mentalmente uma
ncora para determinado sentimento, ou determinada energiainterna sua, e invocar em si essa ncora atravs de um processoprotocolar. Um exemplo seria quem possui o dom/maldio domau olhado, e sela essa habilidade atravs de um protocolo paraevitar causar dano s pessoas, podendo liber-la usando o mesmoprotocolo se achar necessrio. Tambm o caso de quem constriapenas em outra dimenso um protocolo sem utilizar um veculode 3D, um exemplo, digamos que voc tenha uma bom
desenvolvimento mental e resolva criar seu crculo de sal apenasna casa astral que voc construiu para ir visitar durante ossonhos. Ou ento que voc tenha acesso a um plano anglicoatravs dos sonhos e construa lo seu crculo mgico, pedindo aosanjos para guard-lo.
Protocolos sem veculos: esses so aquelesprotocolos que no possuem quaisquer veculos, nem nestadimenso nem em nenhuma outra. Um exemplo clssico seria o
seguinte: digamos que vocvisite uma outra dimenso cheias dedrages e conseguiu se tornar amigo de um, cria ento umprotocolo para evoc-lo nesta dimenso, sem usar nenhum objetofsico. Lembrando que no devemos confundir veculo fsico comforma de ativao, no caso do drago, a pessoa usaria um mantrapara evoc-lo, o mantra no o veculo fsico do protocolo, e simsua chave de evocao.
Essa manifestao multidimensional ento,algo inerente aos protocolos, so elementos que esto sempretransitando entre dimenses. Entender isso algo essencial nos para o presente estudo, mas creio que para toda a prticamgica e espiritual de forma geral, uma vez que somos porexcelncia seres multidimensionais.
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2. Fonte de Poder
Uma regra que aprendi ao longo do meu
caminho na magia e que levo muito a srio para identificar se algovale ou no a pena a seguinte: nunca acredite em um poder seno fica claro de onde vem. Se te ensinam a usar uma magia, umatcnica, sem dizer de onde vem a energia que a faz funcionar, noacredite, no siga. Ou a energia algo que pode comprometer vocou ela simplesmente no existe e a tcnica em questo no passa
de um efeito placebo para enganar os incautos. Ento, se eu sigoesse princpio e lhes afirmo que protocolos funcionam, imperiosoque fique explicado de onde eles tiram energia para funcionar.
Dependendo do protocolo, ele pode precisar de
mais ou menos energia para ser ativado. H aqueles maissimples, como um protocolo para selar uma varinha, onde a mera
energia que o mago libera ao usar a chave do protocolo jo fazfuncionar, tornando-o um protocolo com gasto energtico mnimo,h aqueles que exigem grandes quantidades de energia, comoseria o protocolo para evocar uma entidade de grande poder e hoque poderia ser chamado de protocolos de energia varivel, ouprotocolos resistidos, que so aqueles em que o nvel de energiautilizado ir depender da vulnerabilidade, necessidade ouhabilidade do alvo. Se vocpretende curar algum atravs de umprotocolo, a energia utilidade depender da necessidade dopaciente, se estusando um protocolo de vampirizao, a energiadependerda vulnerabilidade, e se estusando um protocolo deataque direto, a energia depender da habilidade do alvo paracontra atacar ou defender-se.
Falamos da quantidade de energia, mas o foco
do tpico de onde vem essa energia, podemos classificar os
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protocolos quanto s suas fontes de energia da seguinte forma:
Protocolos ativados por energia pessoal: como
se deduz logicamente pela leitura do nome, estes so os protocolosque so ativados com sua prpria energia. O poder deles limitado ao nvel de desenvolvimento do mago na liberao deenergia pessoal para a magia. Os protocolos mais simples noexigem que o mago busque uma forma externa de energia. comoimaginar que os protocolos so como cargas, para levantar 10kilos vocno procura nenhuma fora externa para ajudar, se ocaso levantar 2000 kilos, seria o caso de procurar um guindaste.
Protocolos ativados por energias de elementais
artificiais ou egrgoras: Vocpode criar um servidor apenas como fim de alimentar um protocolo, o servidor por sua vez, teria a
funo de acumular energia de alguma fonte especfica paradisponibilizar sempre que seu protocolo se tornar necessrio.Existem casos especiais onde isso pode ser recomendado, que
futuramente trataremos de abordar. Htambm a possibilidadede se criar um protocolo ligado a uma egrgora em especfico,nesse caso ele utilizara fora dessa egrgora para funcionar.
Protocolos energizados por entidades evocadas:
alguns protocolos mais poderosos, ou apenas alguns nos quais o
criador preferir essa forma de energizao, podem ser conectadosa uma entidade, que pode ser seu guia, um anjo, uma divindade e
qualquer outra entidade com a qual voc tenha familiaridadesuficiente para fazer uso de sua energia.
Protocolos conectados a fontes de energia
elementais: nada impede que voccrie protocolos especficos queevoquem elementais da natureza, e que, portanto, utilize a
energia desses seres.
H vrias combinaes de usos de energiasentre os tipos elencados acima, e outros modos que embora
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paream diferentes, acabam se encaixando neles. Duas coisasdevem ser ditas ainda sobre energizao. Primeiro, um protocolousado para concentrar ou sugar energia no alimentado pela
energia que suga, antes de comear a sugar, ele usa algumaenergia para se tornar ativo, apenas para que no confundam.Segundo, muito cuidado deve se ter com o tipo de energia
utilizado, se for usar a sua, prudncia, sua energia preciosa. Sefor usar energia externa, mais prudncia ainda, para no fugir docontrole, e muito respeito quando for usar a energia de alguma
entidade.
3. Chave de Evocao
Apesar de os dois elementos anteriores
mostrarem uma grande vastido de possibilidades deconfigurao, so as chaves de evocao que realmente semostram mais eclticas. A chave aquele elemento que torna oseu protocolo executvel, o meio de destravar o efeito que eleencerra. Guardar a chave do seu protocolo, seja pessoal, seja de
uma ordem, uma forma de evitar que utilizem as energias quevoctrabalhou para ter acesso. Por outro lado, trabalhar bem achave a melhor maneira de tornar o uso dos protocolos discreto eefetivo, e tambm tornar mais fcil seu compartilhamento se foresse o seu desejo. Para no fugir a regra da enumerao, vouelencar vrias possibilidades de chaves de evocao/ativao,lembrando que o mais comum que um protocolo possua mais deuma chave combinada, apesar de nada impedir que se utilize
apenas uma chave, se for o suficiente para tornar efetiva a
evocao:
1. Smbolos grficos: Um yantra/emblema,que pode ser visualizado ou traado no ar, assim como desenhado
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em papel ou qualquer outra superfcie.
2. Sons: mantras, msicas, qualquer som quevocassocie ao protocolo para traz-lo a atividade.
3. Posio corporal: um determinado mudra,posies das mos, dos braos, do corpo todo. Um exemplo clssicoseria a posio flor de ltus para evocar um protocolo de auxlio meditao, ou a posio de prece para ativar um protocolo deevocao a alguma entidade.
4. Movimentos corporais: parecido com o item
anterior, porm no uma posio parada e sim um movimento
com o corpo. Pode ser uma forma de saudao, um movimentocom os dedos, como um estalar, para evocar algum protocolo
simples, ou atmesmo um dos complicados, a depender do gosto ehabilidade do mago.
5. Ato: o protocolo pode ser evocado atravsde um ato, uma determinada ao que o mago configura paraativ-lo quando for realizada. Um exemplo seria um protocolo quepode ser invocado 12 vezes apenas, pelo seu ritual de criao,sendo cada vez ativada pela quebra de uma conta de vidro. Outro
ato seria um protocolo programado para ser evocao atravs dareza de um tero, do rasgamento de um papel, da quebra de umpedao de pau, so muitas as possibilidades.
6. Deixo neste ltimo item como um apelo asua criatividade. Use a imaginao, voe lentamente nas asas dosseus delrios mentais e crie novas formas de ativao. Talvez uma
determinada forma seja criada apenas para um protocolo emespecial. No se limite para o que foi escrito aqui, seja a magia,deixe a magia lhe preencher.
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Exemplificando os Elementos de Formao de umProtocolo
Existem muitas formas de fontes de energia, de
chaves de ativao e de manifestaes multidimensionais deprotocolos. Iremos fornecer um exemplo de cada um apenas ttulo de auxlio ao praticante iniciante, ou como forma de
esclarecimento a quem no entendeu com clareza os conceitos. Aquem pretende praticar protocolos, aconselho bastante que prestemuita ateno nestes exemplos. A falta de observncia sobre acorreta disposio de algum deles pode ser a causa da falha demuitos protocolos que vocvenha a tentar utilizar.
Voc construiu um protocolo e no obtevequalquer resultado? Ser que sua fonte de energia funcionou?Serque a chave de evocao falhou? Serque no foi seu veculo
fsico do protocolo que continha alguma falha? Todas essasperguntas precisam ser feitas antes que voc sentencie queprotocolos no funcionam e deixe de aproveitar os benefcios queuma ou outra tcnica poderia lhe fazer.
Certa vez eu conversava com um praticante de
magia do caos iniciante que dizia que servidores nofuncionavam. Ento perguntei a ele que elementos so necessrio construo de um servidor. Ele no soube nem comear aexplicar. Ser que essa pessoa tinha habilidade tcnica paraconstruir um servidor? Ele no obteve resultados porqueservidores no funcionam ou porque ele sequer se deu ao trabalhode entender como um funcionava antes de se aventurar a faz-lo?
A honestidade intelectual sempre deve ser
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valorizada. A palavra de algum acerca de algo funcionar ou nodeve ser ouvida apenas na medida em que tal algum entendeucomo o algo funcionava, ps em prtica e no obteve resultados.
Vocno vai saber se a gua estfria ou quente antes de pularnela. E no confie na palavra de quem estsequinho do lado dapiscina. Pule e sinta vocmesmo.
A Fonte de Energia
Como j do conhecimento de todos, osprotocolos precisam de 3 elementos bsicos, uma magiamanifestada multidimensionalmente, uma fonte de energia e uma
chave de ativao. Antes de comear a fazer protocolos precisamoster esses trs ingredientes em mos. A manifestaomultidimensional da magia esperado que todos os que jpraticam alguma forma de magia, todo mundo jdeve ter feito umfeitio, uma orao de proteo, confeccionado algum objetomgico, feito um ritual qualquer, etc. Enfim, mesmo que notenha feito, exemplos so o que no faltam, portanto, todo mundosabe fazer a magia, falta aprender como fornecer energia ao
protocolo e como desenvolver uma chave de ativao.
A chave de ativao ser trabalhadaposteriormente, quando, por exemplo, desenvolveremos nosso
alfabeto de ideogramas. Comearemos falando da fonte deenergia.
A prtica da magia pressupe um mnimo dedomnio sobre a manipulao e interao com as energias douniverso. Apesar de poucas coisas serem difceis de dar certezaneste meio, eu digo sem medo de errar que no possvel setornar um praticante de magia sem desenvolver um treinamento
bsico nesse campo. Inclusive, importante ressaltar que este
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um erro bsico de iniciantes, partem para a realizao de rituais,evocaes e invocaes, dentre outras coisas, sem sequer estudarcomo fornecer energia para essas coisas funcionarem. Magia
como um negcio, voc pode possuir um bom projeto, mas oprojeto no basta, vocprecisa de dinheiro para investir, mo deobra qualificada, dentre outros elementos para fazer as coisas
darem certos. Ser um mago conciliar todos esses fatores. Oequilbrio e a harmonizao um requisito bsico para opraticante, podendo ento ser estabelecido que sem tais fatoresqualquer caminho a ser trilhado na magia se encontrartravado.
Ora, estando claro a imprescindibilidade de tal
fator, como ento desenvolv-lo? A resposta que existem vrioscaminhos, e muito provavelmente vocjpelo menos arriscou-se atrilhar algum deles. Talvez voctenha praticado pranayama ou osexerccios da obra de Franz Bardon, talvez um guia bsico demagia do caos onde primeiramente era ensinando como meditar e
entrar em estados alterados de conscincia. So mtodos vlidos erecomendvel que, se no for treinar, vocpelo menos aprendaas definies bsicas de cada um. Porm, estamos aqui falando de
protocolos, e como existem vrios caminhos para desenvolver acriao da fonte de energia, nada mais adequado que comearmoscom uma fonte diretamente ligada aos protocolos.
Apesar de algumas definies soares um poucocomplicadas, protocolos so simples na prtica. E o mtodo defonte que passo a apresentar igualmente simples, podendo serconsiderado simples demais para alguns, mas eu peo que no osubestimem, porque ele busca uma conexo energtica de raiz,primal, e nada que primitivo deve ser subestimado. A linha deprotocolos voltados possibilitar o uso de outros protocolos se
chama linha de metamagia. Apresentaremos primeiramente os
protocolos dos 12 signos.
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Linha da Metamagia - Os Protocolos dos 12 Signos
A natureza possui diversos elementos. Nanossa concepo ocidental mais comum podemos citar terra, fogo,gua e ar. Tais elementos representam manifestaes da energiauniversal e a harmonizao e manipulao da energia dosmesmos buscada em diversas escolas de magia e talvez seja aforma mais limpa, potente e efetiva de interao energtica.
Para lidar com as energias elementais primeiro
voc precisa saber de um detalhe bsicos, umas so opostas as
outras, apesar de todas juntas formarem um todo. Como soopostas, voc no pode simplesmente sair treinando a interaocom todas elas, pois sem o devido cuidado isso, mesmo que se
realize, pode lhe trazer srios problemas.
Deve-se ento buscar uma interao paulatinacom as foras elementais. Para isso vocprecisa descobrir as suasafinidades elementais naturais. A primeira afinidade elemental
recebemos logo ao nascer, todo mundo possui um signo do zod acode acordo com sua data de nascimento, cada signo pertence a um
dos 4 elementos, esse elemento nossa primeira ligao ocultacom estas energias to preciosas. Para descobrir de qual elementoo seu signo, veja a relao abaixo:
FOGO: ries Leo - Sagitrio
TERRA: Touro - Virgem Capricrnio
AR: Gmeos - Libra - Aqurio
GUA: Cncer - Escorpio - Peixes
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Sabemos que existem outras classificaes deelementos, como a oriental que inclui o elemento madeira, e as
classificaes que incluem a luz e as trevas como energiaselementais. No as estamos ignorando, apenas precisamos de umponto de partida o mais simples possvel. da simplicidade queso construdas as coisas complexas. Aps dominar a energiaelemental do seu signo solar, signo ascendente e signo lunar, vocpode flertar com outros tipos de energias, baseado nos mesmos
princpios.
Existem v
rias formas de entrar em sintonia
com uma energia. Vocpode passar por uma iniciao, seja feitapor si mesma ou por algum, pode utilizar uma meditao voltadapara aquele elemento, uma meditao diante de uma vela acesa,ou de um copo de gua, como exemplo. Tambm pode meditarusando um yantra que represente aquele smbolo, um mudra,uma dana. Enfim, qualquer um com alguma vivencia de prticasmgicas ou esotricas jviu algo do tipo.
No nosso caso, no iremos buscar umainterao direta com cada um dos quatro elementos e sim umaconexo profunda com a energia do nosso signo solar, que por suavez possui uma profunda conexo com um determinado elemento,assim chegaremos ao elemento. Para os que no entendem oporque disso, digamos que voc queira pedir um favor a umapessoa, que voc conhece, mas no tem intimidade, porm voctem um grande amigo que um grande amigo dessa pessoa, qual
o melhor caminho para receber seu favor? Claro que atravs doseu grande amigo. O elemento a pessoa a quem vocquer pediro favor e o seu signo o seu grande amigo que amigo tambm dacitada pessoa. Aos que entenderam de primeira a analogia, me
perdoem se explico as coisas em duplicidade, possuo uma
verdadeira mania de procurar ao mximo me fazer compreendido,
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tenho um verdadeiro pavor de achar que escrevi algo para
ningum entender patavinas.
A questo como chegar a essa interao. Oprimeiro passo identificar o seu signo solar, o que com certezatodos sabem, aps isso identifique qual a energia elemental dele.Ento vocseguiros seguintes passos:
1. Identifique smbolos do seu signo e doelemento do qual ele faz parte, a imagem a seguir pode ser
utilizada.
2. Medite visualizando o smbolo do elementojuntamente com o smbolo do seu signo, que seguem:
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3. Medite visualizando a energia do seuelemento vindo at voc e lhe preenchendo, banhando-lhe comouma cachoeira, penetrando por seus chacras e lhe energizando,
pode usar outra visualizao de sua preferncia, o objetivo afinar a sua ligao com essa energia. Apresente-se a essa energiacomo um filho dela, a energia sua me, pois vocnasceu sob ainfluencia dela, no tenta domin-la como um conquistador,procure compartilh-la como um filho comunga com o que
pertence a sua me.4. Aps sentir os resultados da tcnica, voc
criar um emblema unindo seu yantra de assinatura com ossmbolos do signo e do elemento, o mais simples possvel para serfcil de visualizar. Esse emblema ser usado para evocar aenergia sempre que ela se fizer necessria, e recomendvel que
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voc medite regularmente utilizando o emblema, parafamiliarizar-se o mximo possvel. Utilize essa tcnica para ativarprotocolos simples, para que sua energia seja reposta da melhor
forma possvel aps o uso dela em protocolos.
Chave de evocao: Yantras, Mudras e Mantras
A chave de evocao talvez o elemento quepossua mais possibilidades. Voc pode criar uma forma todaparticular de ativar seus protocolos ou pode usar qualquer uma jexistente.
Ao criar um protocolo voc talvez j se sintatentado a associar um smbolo grfico a ele (yantra). Taissmbolos grficos podem ser construdos utilizando os mesmosmtodos dos sigilos. O mesmo pode ser feito para a criao de ummantra de ativao.
Um exemplo: quem reikiano entenderbem.No Reiki temos os chamados smbolos de Reiki. Existe um smbolochamado Hon Sha Ze Sho Nen que tem o papel de quebrar a
barreira do espao-tempo na utilizao da energia. Ou seja, aps autilizao do smbolo, a energia emitida pode ser direcionada parao passado ou o futuro ou para algum que no se encontraprximo fisicamente.
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O Hon Sha Ze Sho Nen um protocolo, seencaixa perfeitamente em todas as definies de um protocolo. OMantra Hon Sha Ze Sho Nen repetido trs vezes uma chave deativao. O ato de desenhar no ar seu smbolo grfico(reproduzido abaixo), tambm uma chave de ativao. Entoeste protocolo combina duas chaves simultneas, conferindomaior fora mental ao ato.
Outra espcie de chave de ativao que utilizo
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so os mudras. Mudras so gestos corporais, posies de mos ebraos, etc. Um mudra pode ser utilizado para cifrar a ativao deum protocolo, ao ser, por exemplo, utilizado na sua confeco e
primeira ativao.Outra possibilidade a utilizao de um
mesmo mudra toda vez que se for evocar um protocolo. Ele servircomo focalizador da mente. Ou seja, a partir do momento que vocfizer aquele gesto com as mos, sua mente saber que vocevocar uma energia e automaticamente passar a focalizar-seneste ato. essa a forma que particularmente utilizo mudras.
Apenas um protocolo meu tem um mudra prprio.
Um exemplo de mudra simples a posio deprece com as mos, to comum em imagens catlicas e em pessoasrezando.
Yantra, Mudra e Mantra de Assinatura
Assine seus protocolos criando um Yantra
prprio para isso. Esse Yantra servircomo um bloqueio para queoutras pessoas no utilizem suas manifestaes fsicas de umprotocolo. Tal Yantra pode ser criado a partir do seu nome, de um
nome magstico ou de algum smbolo que vocutilize como algopessoal. Sersua marca herldica mgica, com a qual vocvaigravar a fogo suas posses magsticas.
Voc tambm pode criar um mantra pessoal,que pode ser apenas a pronncia do seu yantra pessoal ou apronncia do seu nome arcano.
O mudra de assinatura j expliquei acima.Seria uma posio de mos que vocutiliza para focalizar a mentepara ativao de protocolos. Tal posio pode servir de assinatura
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tambm, criando um elemento a mais para fazer com que seusparceiros astrais ou servidores, por exemplo, estranhem quem
evoc-los sem utiliz-la.
Metamagia: Yantras de Comando
Citei em um texto anterior que haveriam dois
elementos essenciais para comear a passar protocolos prticospara todos. O primeiro era uma tcnica de controle energtico, no
caso, a interao elemental com o uso dos signos do zodaco.Aquela tcnica apenas um exemplo, uma forma de comeo paraaqueles que ainda no dominam essa parte da magia. Da mesmaforma, os yantras de comando so apenas uma alternativa para atransformao de comandos mentais em smbolos, havendo quemprefira utilizar os seus prprios. A vantagem dos yantras aquidescritos exatamente que eles foram organizados de forma aauxiliar o uso de protocolos, ento so diretamente mais teis queum smbolo meramente adaptado.
Quando se cria ou utiliza um protocolo, vocusa comandos, ordens, pode ser uma ordem para a energia ficar
selada, uma ordem para liber-la, uma ordem para o protocolo sedissipar, uma ordem para o protocolo se fazer presente e etc. Usar
uma espcie de alfabeto criado para esse fim melhor do que tertrabalho elaborando novos para cada protocolo que criar. Esse
smbolos podem ser criados gerando yantras a partir da escrita do
respectivo comando ou a partir de uma forma grfica que suamente associe com o comando. Vocpode usar a sua lngua meou uma lngua morta como o latim. O latim faz com que acompreenso dos conceitos seja efetiva por faladores de qualqueridioma, alm do fato de que, pelo fato de ser uma lngua morta, acarga de significao de cada palavra permanecerimutvel. Mas
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opto por fornecer selos usando palavras em portugus por ser aminha lngua me. Se a utilidade dos yantras no tiver ficadoclara o suficiente, ela ficarquando se observar o uso dos mesmos
na criao prtica de protocolos. Por hora, necessrio que elessejam observados e compreendidos.
Exercite-se criando yantras de comando para
as ordens abaixo. Utilize a escrita da ordem em portugus, latim,ingls ou outra lngua que melhor lhe aprouver. Tambm podeutilizar smbolos que lembrem o comando. Exemplos sero dadosem cada caso.
Evocar: um dos comandos mais bsicos,trata-se de fazer o protocolo vir atvoc, se fazer presente ao seulado. Caso clssico o protocolo do crculo de sal, voco mantmconstrudo em um lugar seguro. Ao sentir necessidade da proteodo mesmo, evoca-o atravs deste yantra. Utilize smbolos quelembrem um chamado, uma convocao.
Despedir: Realizado seu efeito desejado, horado protocolo recolher-se. Tal a funo deste comando. Utilizesmbolos relacionados despedidas, adeus. Uma analogiainteressante seria uma mo mostrando as costas como quemchama para evocar e a mesma mo mostrando a palma paradespedir.
Liberar: Estando voc com a mentalizao do
protocolo correta na mente ou seu veculo fsico preparado, horade fazer seu protocoloco abrir-se, sair de sua priso. A evocaoassemelha-se liberao, mas as duas tem uma diferena bsica.
Voc evoca quando est longe do veculo fsico do protocolo elibera quando estprximo mas o protocolo no estmanifestado.Evocaes basicamente so usadas para protocolos com veculos
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fsicos e liberaes para todos os tipos, incluindo estes.
Selar: O oposto de liberar, o yantra queprocura fazer a energia liberada de um protocolo retornar ao seu
recipiente ou se tornar inativa. Em caso de protocolos com
veculos fsicos, esse comando tem a funo de tranc-lonovamente no referido veculo.
Permanea: Esse um comando acessrio, noto importante quanto os outros dois primeiros, masindispensvel quando nos referimos a alguns protocolos. Ele tem
a funo de fortalecer a permanncia da manifestao de umprotocolo. Um exemplo, quando j estamos com um protocolomanifestado, usamos esse comando para fortalecer sua energia ou
impedir que ela se desfaa.
Evanesa: Tem a funo oposta ao comando depermanecer. Sua principal diferena, junto com seu comando par,para os demais yantras que os dois so utilizados em protocolos
j ativos, enquanto os outros possuem exatamente a funo deativar protocolos.
Por fim, gostaria de informar que esses
comandos podem ser usados em protocolos e magias alheias
diversas, dependendo do nvel de treinamento do utilizados.
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Parte III
Protocolos
Prticos
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Porque Mostrar meus Protocolos
Se eu exponho uma teoria e no digo como aaplico na prtica, no mnimo exigir demais do leitor incentiv-loa praticar. Em virtude disto, esta ltima parte deste volume sedestina a elencar alguns protocolos que eu mesmo utilizo,
mostrando passa a passo como foram construdos e como podemser utilizados.
Vocpode utiliz-los apenas como modelos paracriar seus protocolos e pode, claro, fazer uso deles. No final do
livro esto meus dados de contato, fique a vontade para relatar osresultados que obteve, ser muito enriquecedor para minhaexperincia com magia protocolar a informao sobre como cadauma das tcnicas de manifesta ao ser utilizada por diferentespessoas.
Antes de tudo, importante frisar que osprotocolos so bem mais numerosos do que os contidos aqui epossuem formas de manifestao tambm diferentes. O elenco detcnicas aqui fornecido no muito grande. Isso se deve ao fato deque este volume tem a funo principal de apenas apresentar osprotocolos. Tenho a inteno de lanar outros escritos detalhandotcnicas de defesa mgica, cura, metamagia e muitas outras,dependendo de muitas coisas, por exemplo, a recepo do materialpelo seu pblico-alvo.
A nica coisa que peo a quem ler este material: pense grande. Se achar essas tcnicas fracas, invente algumasmais fortes. Se ach-las simples, complique-as. Elas me foram eso muito teis e tenho uma verdadeira relao de afeto com
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alguns protocolo descritos aqui. Espero que sejam teis para vocscomo so para mim.
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O Protocolo do Crculo de Sal
O presente protocolo um dos mais genricosque existem e foi escolhido como o primeiro exemplo a ser dado
para o grupo por dois motivos principais. O primeiro que ele fcil de fazer e fcil de entender e o segundo que sua utilidade
universal, qualquer pessoa, mesmo um no-magista, pode fazeruso do presente protocolo ou por ele ser beneficiado, todo mundo
j esteve em uma situao em que precisou se defender oudefender algum da ao de foras energticas negativas.
Este protocolo pode ser criado utilizando
apenas a sua prpria energia ou vocpode criar uma conexo comuma entidade com a qual tenha afinidade, seja um anjo, um
santo, um caboclo ou orix, qualquer entidade que possa forneceralguma espcie de proteo a voc. Se usar apenas a sua energia,chame-o apenas de protocolo do crculo de sal, se contar com oapoio de alguma entidade, junte o nome da entidade ao nome da
tcnica, talvez Crculo de Proteo So Miguel, ou Crculo deProteo do Elemento gua, Crculo de Proteo de Thor e por aivai.
Material Necessrio:
1. Um local para guardar o veculo fsico doseu protocolo, pode ser uma caixa de sapato, uma caixinha de
vidro, um cantinho do seu altar ou atmesmo uma sala inteira
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onde vocconstrua o protocolo.
2. Sal.
3. Se for conectar a alguma entidade, umaoferenda para a entidade ou algo que se ligue a ela para
representar e concentrar sua energia.
Este protocolo consiste em um crculo feito desal, que um elemento de defesa, acrescido dos demais elementosque compem o protocolo. Forneceremos duas formas diferentes,uma para quem usar a prpria energia, outro para quemutilizara ligao com uma entidade ou fora elemental.
1. O crculo de sal usando a prpria energia
Pegue o recipiente onde ficaro seu protocolo edesenhe dois crculos, um dentro do outro. A parte de dentro sero campo de proteo do protocolo, o espao entre os crculos ser
onde voccolocarsua energia e os smbolos que caracterizam oprotocolo.
Cubra as duas linhas com sal, tomando cuidado
para no ficar brecha alguma.
1. Testemunho (ex: papel com nome e data de
nascimento da pessoa a quem se dirige o protocolo).
2. Sal
3. Recipiente de plstico, vidro ou madeira(evitar recipientes metlicos)
Modus operandi:
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Realizar banimento, para afastar energias
negativas do ambiente onde serconstrudo o protocolo.
Fazer um crculo de sal no recipienteescolhido.
Utilizar um signo mgico paraprogramar a permanncia/durao do protocolo(colocalo em cima).Uma sugesto seria o smbolo do infinito (o famoso 8 deitado oulemniscato).
Criar um smbolo de invocao que deverser colocado em baixo do recipiente.
Smbolo pessoal que deve ser colocado dolado direito(ex: smbolo criado com o nome do magista).
Consagrao a So Miguel Arcanjo.
smbolo da trilha do protocolo que deve sercolocado do lado esquerdo.
Observaes finais:
Aps ter criado o protocolo sagrado, guarda-loem um lugar seguro com boas vibraes(ex:altares).
Ativa-lo somente quando se sentir ameaado oupara proteger algum.
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O Protocolo da Gnese de Mundos
Creio que dificilmente encontraremos um
protocolo to trabalhoso quanto este, embora hajam alguns quecheguem bem perto. Esse protocolo possui mltiplas finalidades,ele se enquadra na linha raiz porque a funo dele facilitar aprtica de outros protocolos, e, porque no dizer, facilitar o uso damagia de forma geral. Trata-se, em suma, de um poderoso
exerccio de visualizao criativa, aplicado em vrios planos,
meditao, literatura, visualizao, dentre outras. Aspossibilidades para algo como ele so realmente to grandes quesozinho, este protocolo pode constituir todo um sistema.
Talvez o atributo mais importante a um
magista seja a criatividade. A realidade uma priso e a magianos ensina a quebrar as grades da mesma. Se vocno capaz deusar sua mente para fugir das limitaes da realidade, paravisualizar eventos que o senso comum diga que so impossveis,posso afirmar com segurana que vocno serum bom mago, despeito de toda a minha disposio de geralmente no imporrtulos s pessoas.
O protocolo de gnese de mundos podeconstituir sozinho um sistema porque na realidade ele jexistecomo um sistema e possui diversos nomes diferentes, alguns
chamam de tcnicas de visualizao outros de projeo mental.
So todas as tcnicas que utilizam a visualizao de umarealidade alternativa como forma de solucionar algum problema.
Lembre de suas brincadeiras de infncia,bandido e polcia. Filmes como Ponte para Terabtia tambmajudam a entender o conceito. Enfim, procure criar uma realidade
apenas sua, um lugar apenas seu na sua mente. Pode ser um
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planeta distante em que os habitantes so jegues falantes. Ou ummundo de cavaleiros jedai. Pode ser algo mais simples como um
pas de magos no meio do pacfico.
Mas claro que eu coloquei isso como um
protocolo, ento a coisa vai um pouco mais fundo do que apenasimaginar.
Para que voc entenda perfeitamente qual oobjetivo deste protocolo, precisa entender como uma realidade
alternativa pode servir de bateria para suas magias. Vamos
colocar como exemplo a Terra Mdia de Tolkien. Ela um mundoalternativo onde certas coisas acontecem, existem v
rios livros
descrevendo essas coisas. um mundo que funciona de formaindependente do nosso, tem um motor gerador prprio. Se Tolkienfosse um magista poderia ter programado a Terra Mdia paradirecionar para seus rituais as energias geradas por ela, que sograndes em virtude dos milhes de leitores que andam por acomo mundo dele na mente.
Mas eu no estou propondo que voc invente
uma nova Terra Mdia e se torne um escritor best seller apenaspara usar magia. Estamos falando de algo muito particular, a
criao de uma realidade alternativa ssua. No vou dar nenhumexemplo porque realmente algo muito particular que s suamente deve criar. Explicarei apenas que benefcios a tcnica irproporcionar.
A nossa mente um motor de energia depropores desconhecidas. Ningum faz ideia do potencial totalque nossa mente possui nem quais so os limites de seus poderes.Este protocolo uma forma segura de canalizar sua energiamental para seu prprio uso.
Quando voc construir uma realidadealternativa na mente que funcione de forma autnoma ela se
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desenvolver sozinha. Voc cria um reino habitado por magosdivididos em duas faces, escreve em papel as caractersticasbsicas e quando menos esperar essa realidade estar se
desenvolvendo sozinha. Sem que voc perceba sua mente serassaltada por novos eventos que ocorrero em seu mundoparticular.
Voc pode assumir um personagem nessemundo. Voc, por exemplo, o mago prncipe herdeiro do trono,filho do rei atual, que precisa lutar muito para realmente herdar
o trono do seu pai. algo semelhante a um RPG, mas onde vocmesmo cria o cenrio.
Sua energia mental alimentareste mundo, equando ele passar a desenvolver eventos de forma autnoma elereproduziressa energia, criando uma energia prpria.
Vocpode criar um protocolo de acesso a essaenergia para usar em rituais. Pode usar visualizaes desta outrarealidade como forma de atingir estados alterados de conscincia.Pode viajar para lapenas como forma de se divertir.
Algumas ideias:
1. Crie no seu mundo um mar de descarrego,
um local para onde vocpode direcionar suas energias negativas;
2. Crie uma hospedaria guardada por
seguranas onricos que protegem o sono de quem l dorme deinfluncias externas. Vdormir nessa hospedaria toda noite.
3. Crie uma loja de guloseimas que recarregam
energia psquica. Ser uma excelente form