2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
Comitê organizador
Dra. Allyne Christina Gomes Silva
Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas
LIVRO DE RESUMOS
2014.2
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científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
Faculdade São Lucas
Esp. Maricélia Messias Cantanhêde dos Santos
Docente do Curso de Biologia da Faculdade São Lucas
Supervisora dos Estágios Supervisionados em Bacharelado
M.e Renato Abreu Lima
Docente do Curso de Biologia da Faculdade São Lucas
Supervisor dos Estágios Supervisionados em Licenciatura
Elen Fonseca Façanha
Bióloga (Bacharelado e Licenciatura na Faculdade São Lucas)
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PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO ESTUDANTIL 2014.2 Acadêmico Título Horário
Aline de Oliveira Conceição O Lúdico no Ensino de Biologia
19:00
Diones Gonçalves dos Santos Microbiologia do Centro de Pesquisa em
Medicina Tropical -CEPEM, Porto Velho-
RO
19:15
Raimundo Leal Nascimento A importância da regência em Ciências
Naturais para a vida dos acadêmicos de
Ciências Biológicas, Porto Velho –RO
19:30
Alessandra Menezes Martins Desenvolvimento de atividade práticas no
Centro de Pesquisa em Medicina Tropical -
CEPEM – Rondônia
19:45
Elis Regina do Nascimento
Batista
O núcleo de arborização como ferramenta
na qualidade ambiental para os cidadãos de
Porto Velho-RO
20:00
Alisson Martins Albino Identificação de metabólitos secundários no
extrato etanólico das folhas de Amaranthus
viridis L. (Amaranthaceae)
20:15
Geilson Gomes Santos Utilização de Paródia musical como
estratégia no Ensino de Ciências
20:30
Felipe Sant’anna Cavalcante Identificação de metabólitos secundários
presentes no extrato etanólico dos frutos de
Solanum nigrum (Solanaceae)
20:45
Indiara Valente Queiroz Plantas medicinais utilizadas pelos alunos
da Escola Estadual de Ensino Fundamental
e Médio Araújo Lima no Município de
Porto Velho-RO
21:00
Maria Bernadete Vales A importância da horta escolar no Ensino de
Ciências: uma experiência inovadora
21:15
Marx Ferreira Mondêgo
Herborização e atualização das famílias no
herbário Dr. Ary Tupinambá pena Pinheiro
21:30
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Sumário
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES PRÁTICAS NO CENTRO DE PESQUISA EM
MEDICINA TROPICAL – CEPEM – RONDÔNIA .......................................................................... 6
EXPERIÊNCIAS OBTIDAS DURANTE O ESTÁGIO NO LABORATÓRIO DE
FITOQUÍMICA DA FACULDADE SÃO LUCAS (FSL)................................................................ 10
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO/ LICENCIATURA O LÚDICO NO ENSINO
DE BIOLOGIA .................................................................................................................................. 15
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO ETANÓLICO
DAS FOLHAS DE Amaranthus viridis L. (AMARANTHACEAE) ................................................ 20
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO ETANÓLICO
DAS INFLORESCÊNCIAS DE Amaranthus viridis L. (AMARANTHACEAE) ............................ 22
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
DO CENTRO DE PESQUISA EM MEDICINA TROPICAL-CEPEM, PORTO VELHO-RO. ...... 24
IDENTIFICAÇÃO ARBORIFERA NO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CARMELA DUTRA ..... 28
O NÚCLEO DE ARBORIZAÇÃO COMO FERRAMENTA NA QUALIDADE
AMBIENTAL PARA OS CIDADÃOS DE PORTO VELHO-RO ................................................... 32
O ESTÁGIO DENTRO PRÁTICA DE CONHECIMENTO DE CAMPO ...................................... 35
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DO EXTRATO ETANÓLICO
DAS FOLHAS DE Solanum jamaicense (SOLANACEAE) ............................................................ 43
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS PRESENTES NO EXTRATO
ETANÓLICO DOS FRUTOS DE Solanum nigrum (SOLANACEAE) ........................................... 46
PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL DE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARAÚJO LIMA NO MUNICÍPIO DE PORTO
VELHO – RO..................................................................................................................................... 48
RELATO DE EXPERIÊNCIA: UTILIZAÇÃO DE PARÓDIA MUSICAL COMO
ESTRATÉGIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS ................................................................................... 51
PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL DE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARAÚJO LIMA NO MUNICÍPIO DE PORTO
VELHO-RO ....................................................................................................................................... 55
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A IMPORTÂNCIA DA HORTA ESCOLAR NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA
EXPERIÊNCIA INOVADORA ........................................................................................................ 57
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO MÉDIO
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO – RO ............................................................ 59
A IMPORTÂNCIA DA REGÊNCIA NO ESTÁGIO EM CIÊNCIAS NATURAIS PARA A
VIDA DOS ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, PORTO VELHO – RO ................... 61
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO ETANÓLICO
DAS RAÍZES DE Solanum stramonifolium (SOLANACEAE)........................................................ 63
CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL: NO ENSINO DE BIOLOGIA ........................................... 66
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO ACETÔNICO
DAS FOLHAS DE Synadenium carinatum BOISS (EUPHORBIACEAE) ..................................... 71
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DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES PRÁTICAS NO CENTRO DE PESQUISA
EM MEDICINA TROPICAL – CEPEM – RONDÔNIA
MARTINS, A. M.¹; SOUZA, E. B. A.²; SANTOS, M. M. C. dos³
1 - Acadêmica do curso de Ciências Biológicas na Faculdade São Lucas (FSL) –
2 – Biólogo; Docente da Faculdade São Lucas, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia de
Fungos, Micologista do Centro de Pesquisas em Medicina Tropical (CEPEM) e da Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ Rondônia);
3 – Docente da Faculdade São Lucas; Especialista em Gestão Ambiental, Perícia e Auditoria
Ambiental – Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Coordenadora do Núcleo de Educação
Ambiental e Orientadora de Estado Supervisionado de Bacharelado em Ciências Biológicas na
Faculdade São Lucas (FSL).
INTRODUÇÃO
Os fungos sempre foram extremamente perniciosos para a humanidade. Das mais de
200.000 espécies que existem, aproximadamente cem costumam produzir micoses humanas.
A maioria dos fungos patogênicos provoca infecções crônicas dos tecidos superficiais,
cutâneos e subcutâneos que causam doenças de aspecto repugnante, porém não letais. No
passado, as infecções sistêmicas eram frequentes e em geral se restringirem a pacientes com
alguma imunodeficiência natural ou portadoras de doença debilitantes. Nos últimos tempos,
porém, com o maior uso de medicamentos imunossupressores, de antibióticos e de
quimioterapia, tornaram-se mais frequentes as micoses disseminadas e potencialmente letais.
Além dos patógenos sistêmicos clássicos, os agentes responsáveis muitas vezes são fungos
oportunistas que antigamente não costumavam estar associados a doenças importantes.
O micologista deve estar a par das mudanças ocorridas no papel etiológico dos fungos. Se
não forem usados os métodos corretos para a coleta, processamento de cultura, muitos
patógenos podem deixar completamente de ser detectados, com consequências fatais para o
paciente. Tão importante quanto isso é a capacidade de identificar corretamente os
organismos causadores da doença em tempo que favoreça tanto o médico quanto o paciente.
Como o crescimento de vários tipos de fungos exige um período prolongado, é imprescindível
realizar um exame atento e preciso da montagem direta da amostra. Com isso, obtém-se um
rápido diagnóstico presuntivo com o qual o médico já pode trabalhar. Não se faz Micologia
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Médica sem o contato com os doentes, de ambulatório ou de enfermaria, para se estudar o
mecanismo etiopatogênico da micose, a história natural da doença, os diversos quadros
clínicos que o fungo determina, bem como as reações imunológicas do hospedeiro.
MATERIAIS E MÉTODOS
O CEPEM é referência clínica e laboratorial em doenças tropicais no Estado e na Região
Amazônica para a população e profissionais da saúde, disponibilizando e aplicando os
conhecimentos científicos para a melhoria da saúde pública. Realiza exames micológicos
convencionais e de alta complexidade no atendimento clínico humano e veterinário; faz
investigação diagnóstica de casos isolados e surtos de micose sistêmica; recebe materiais
clínicos e espécimes de fontes ambientais de outros estados, através de solicitação dos Lacens.
A coleta dos espécimes clínicos é a primeira etapa do diagnóstico laboratorial e deve ser
feita corretamente, sob pena de inutilizar todo o procedimento laboratorial posterior, pois
amostras coletadas inadequadamente podem redundar em resultados falsos. Então, a
positividade e segurança de um exame direto dependem da obtenção de uma amostra
apropriada. O paciente deve suspender o uso de qualquer medicamento antifúngico oral por
20 (vinte) dias ou tópico por pelo menos 10 (dez) dias precedentes a coleta. É de suma
importância ressaltar que todos os pacientes encaminhados ao laboratório de micologia
médica, devem vir acompanhados de uma requisição constando a suspeita clínica, para que o
laboratório posa fazer uso dos meios e condições de cultivo mais adequados. E, além disso, no
momento do atendimento clínico deve ser feita uma ficha padrão, que deve conter no mínimo,
as seguintes informações: identificação, origem, residência, profissão, tempo de evolução da
doença, localização e aspectos clínicos da lesão, possível contato com animais, uso de drogas
antifúngicas nos últimos 30 dias e suspeita clínica, quando informado pelo médico. Contendo
todos os dados clínicos e epidemiológicos do paciente.
O procedimento de coleta varia segundo a região acometida, suspeita clínica e tipo de
material biológico. A quantidade de amostra coletada deve ser suficiente para permitir o
procedimento de identificação laboratorial do fungo: como exame microscópico direto e
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cultivos em vários meios, com eventuais repetições desses exames para confirmação dos
achados laboratoriais. O exame microscópico direto de material clínico é um dos
procedimentos mais simples e úteis para o diagnóstico laboratorial de infecções fúngicas.
Vários clarificadores podem ser usados, sendo KOH a 10 ou 20% o mais empregado. A
observação de elementos fúngicos em escamas de pele, pêlos ou unhas pode proporcionar
uma clara indicação do tipo de micoses envolvida: dermatofitose, candidíase ou pitiríase
versicolor. O exame microscópico direto de fluidos, biópsia ou outro material clínico pode
também estabelecer o diagnóstico de uma micose sistêmica, orientando a etiologia da infecção
como paracoccidioidomicose, histoplasmose, zigomicose, hialohifomicose, feohifomicose
entre outras. Além dos exames diretos e culturas são realizadas pesquisas científicas, tal como
levantamentos, que é de suma importância para a sociedade.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
No desenvolvimento do estágio pude adquirir importantes conhecimentos voltados para o
diagnóstico micológico, e colaborar com desenvolvimento de pesquisas, tal como o
levantamento de paracoccidioidomicose no município de Porto velho, no período de 13 de
Maio de 2010 a 12 de Setembro de 2014, sendo um quantitativo de 66 pacientes atendidos.
Além disso, participações em congressos como o 50º Congresso da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical (MEDTROP) e III Encontro Pernambucano de Micologia
(IIIEPEM).
CONCLUSÃO
A partir dos objetivos propostos foram desenvolvidas competências voltadas para a
prestação de serviços de apoio clínico-laboratorial ao atendimento de pacientes com micoses,
e promovendo o controle coletivo e individual das doenças relacionadas a fungos. Dessa
forma difundido a implementação de soluções científicas e tecnológicas para situações de
saúde e doenças que afetam a população da Região Amazônica.
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O estágio me proporcionou um grande ganho na minha formação profissional-acadêmica.
Sendo assim, tive um ótimo aproveitamento das oportunidades disponíveis no campo de
estágio, o que por sua vez, será muito útil na minha formação profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KERN, M. E.; BLEVINS, K. S. - Micologia Médica: texto e atlas. Premier, 2ª edição, 2003.
07 p.
LACAZ, C. da S.; PORTO, E. & MARTINS, J. E. C. - Micologia médica: fungos,
actinomicetos e algas de interesse médico. 8. ed. rev. e ampl. São Paulo, Sarvier, 1991. 695
p.
Micologia Médica. Rio de Janeiro, MEDSI, 1998. 434 p.
SIDRIM, J.J.C, ROCHA, M.F.G .Micologia Médica à Luz de Autores Contemporâneos;
2004, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ.
ZAITZ. ; MARQUES, S. A; RUIZ, L. R. B.; SOUZA, V. M. – Compêndio de
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EXPERIÊNCIAS OBTIDAS DURANTE O ESTÁGIO NO LABORATÓRIO DE
FITOQUÍMICA DA FACULDADE SÃO LUCAS (FSL)
CONCEIÇÃO, A. O. 1
; LIMA, R. A. 2
1- Acadêmica do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas;
2- Docente do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas;
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado compõe uma parte importante do processo de aprendizagem do
aluno. Nas atividades desenvolvidas no estágio o aluno vivencia a prática profissional,
constrói o conhecimento, desenvolve o senso crítico para a resolução de problemas
abrangendo os aspectos técnicos, culturais, científicos, éticos e humanos (UBEC, 2010).
É um período de permanência, absorção, elaboração e reelaboração do conhecimento em
ambiente real de trabalho, com a finalidade de vislumbrar possibilidades e desafios
(TOLEDO, 2005).
Nesta dimensão, a prática de estágio deve considerar essencialmente que: o estagiário
deve ser visto como um futuro profissional, que está se desenvolvendo num processo de
formação de competências e habilidades profissionais específicas, sem perda da totalidade; é
importante a busca da materialização dos processos de conhecimento produzidos no decorrer
do curso (UNC, 2003).
Com isso, este trabalho teve como objetivo relatar a experiência do estágio de
Bacharelado, no Laboratório de Fitoquímica da Faculdade São Lucas.
MATERIAL E METODOLOGIA
Realizou-se entre os dias 18 de fevereiro e 28 de maio do ano de 2014, o Estágio
Supervisionado de Bacharelado em Ciências Biológicas com a carga horária de 180 horas no
laboratório de Fitoquímica, localizado na Faculdade São Lucas (FSL), onde tem por Supervisor
geral o professor Dr. Anselmo Enrique Hernandez, e teve como supervisor no período de estágio
o professor Renato Abreu Lima. Teve como principais objetivos obter conhecimento dos
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princípios bioativos das plantas, bem como efetuar seu estudo através de coleta, preparo do
material vegetal através de secagem, trituração e elaboração e análise fitoquímica do extrato,
construindo assim com segurança e de forma alicerçada o conhecimento científico.
O Laboratório de Fitoquímica foi criado e implantado, dentro das dependências da
Faculdade São Lucas, conta com o supervisor geral o professor Dr. Anselmo Enrique Hernández.
O laboratório tem por finalidade a formação de pesquisadores, de forma organizada seguindo a
graduação, tendo em vista que esse seguimento possa aprofundar ampliar e desenvolver os
conhecimentos e aptidão adquirida pelo graduando. O ambiente do laboratório é pequeno, mas
acomoda grande quantidade materiais em processo de experimentos, organizado na medida do
possível (histórico do laboratório de fitoquímica).
O estágio foi desenvolvido com a carga horária de 180 horas, e realizado das 08:00 a
14:00 horas nos dias de sábado e durante a semana das 20:00 as 23:00,onde foram realizadas
atividades de organização,manutenção do ambiente do laboratório e limpeza através da
lavagens de vidrarias. De acordo com a proposta inicial de se realizar uma pesquisa científica
sobre Solanum rugosum oferecida pelo supervisor do estágio, para a construção de um livro
em longo prazo e em médio prazo a publicação em congressos, passou então a fazer uma
pesquisa bibliográfica onde primeiramente se pesquisou sobre a família Solanaceae, depois
sobre a espécie citada a cima especificamente, também realizou durante o período do estágio a
leitura de quatro artigos propostos pelo supervisor e elaboração por escrito de resumos
científicos dos mesmos. A revisão de literatura é definida como uma tomada de contas sobre o
que foi publicado acerca de um tópico específico. (TAYLOR & PROCTER, 2001).
Desenvolveu também a coleta de Solanum rugosum, na área da estrada dos japoneses, em
Porto Velho, após a coleta, o caule e as inflorescências foram levados ao Laboratório de
Fitoquímica da Faculdade São Lucas para análise, onde se iniciou a separação e pesagem do
mesmo, e em seguida separados em bandejas e colocados para secar em estufa elétrica a 50°C
durante três dias. Posteriormente, o caule e inflorescências secas, foram novamente pesados.
Para obtenção do extrato bruto, a amostra foi triturada, e, adicionaram-se dois litros de etanol
95%, por sete dias, em três repetições. Posteriormente, o extrato foi filtrado e submetido ao
processo de destilação em evaporador rotatório, ficando assim somente o extrato bruto. A
extração do extrato vegetal da planta foi realizada no Laboratório de Fitoquímica da Faculdade
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São Lucas, e no Laboratório de Pesquisa em Química de Produtos Naturais da Universidade
Federal de Rondônia (UNIR).
Em seguida, foram realizados testes fitoquímicos com o extrato etanólico, de acordo com a
precipitação e coloração baseadas na metodologia de Radi e Terrones (2007) para o
reconhecimento dos metabólitos secundários presente do caule e das inflorescências dessa
espécie.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com os extratos da inflorescência de S. rugosum os testes fitoquímicos revelaram a
presença de metabólitos secundários para alcaloides, glicosídeos cardiotônicos, e triterpenos
esteroidais, saponinas e ausência de flavonoides, de taninos, cumarinas voláteis, saponinas.
Com o extrato do caule os resultados obtidos foram positivos para alcaloides, glicosídeos
cardiotônicos, cumarinas, triterpenos e/ou esteroides e saponinas. Quanto aos ensaios que
resultaram negativos encontram-se o ensaio de alcaloides (WAGNER E MAYER),
flavonoides e glicosídeos cardiotônicos (BALJET E SALKOWSKI), Taninos, Triterpenos
e/ou esteroides (SALKOWSKI).
As principais substâncias antinutricionais encontradas em algumas plantas são as saponinas
(VIEIRA et al., 2001). Os metabólitos secundários já foram considerados produtos de
excreção vegetal. Entretanto, sabe-se que essas substâncias são responsáveis pela adaptação
do seu produtor ao meio. Portanto, possuem funções biológicas importantes. São de grande
importância nas seguintes áreas: farmacêutica, alimentar, agronômica e cosmética. Entre essas
se destaca a farmacêutica (GAMBETA, 2008).
A família botânica Solanaceae se caracteriza por apresentar aproximadamente 98 gêneros e
2.720 espécies. Muitas espécies do gênero Solanum são conhecidas como jurubebas. S.
rugosum é citado na literatura por possuir diversos compostos, como os alcaloides esteroidais,
que são de grande interesse farmacêutico e os flavonoides que são os mais frequentes dentro
do gênero, sendo bastante utilizados em doenças do fígado. (SILVA et al., 2010).A partir
desses resultados preliminares obtidos, realizou-se a confecção de resumos e Banners para a
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apresentação,no 65º Congresso Nacional de Botânica e VII Simpósio ibero americano de
plantas medicinais.
CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados, a experiência do estágio supervisionado no Laboratório
de Fitoquímica, foi enriquecedor, pois se obteve experiências e um contato mais próximo com
um ambiente de atuação futuro. Também pode aplicar os conhecimentos adquiridos na
graduação e obter novos e ricos conhecimentos da área da fitoquímica em geral. E através da
coleta de Solanum rugosum e preparo de testes fitoquimicos, pode se desenvolver resumos
científicos para a publicação no 65º Congresso Nacional de Botânica e VII Simpósio ibero
americano de plantas medicinais.
REFERÊNCIAS
Associação Paranaense de Cultura Pontifícia Universidade Católica do Paraná Centro de
Ciências, Tecnologia e Produção – CCTP. Manual de estágio supervisionado do curso de
bacharelado em ciências biológicas do CCTP. - campus TOLEDO. 2005.
GAMBETA, R. M. Perfil fitoquímico de diferentes extratos de Ilex paraguariensis st.
Hilaire. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Erechim,
2008.
RADI, P. A.; TERRONES, M. G. H. Metabólitos secundários de plantas medicinais. Revista
Brasileira de Farmácia, v.20, n.2, p18-22, 2007.
SILVA, A.G. et al; Análise fitoquímica do extrato etanólico do caule de Solanum
rugosum Dunal.2010.
TAYLOR, Dena; PROCTER, Margaret. The literature review: a few tips on conducting it.
2001.
União brasiliense de educação e cultura – UBEC.; Regulamento de estágio. Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais – unilestemg. Curso de ciências biológicas -
Bacharelado. 2010.
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Universidade do contestado – UNC pró-reitoria de ensino curso: ciências biológicas.
Regimento de estágio (bacharelado).2003.
VIEIRA, M. E. de Q. et al.; Porcentagens de Saponinas e Taninos em Vinte e Oito
Cultivares de Alfafa (Medicago sativa L.) em Duas Épocas de Corte - Botucatu – SP. Rev.
bras. zootec., 30(5): 1432-1438, 2001.
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO/ LICENCIATURA O LÚDICO NO
ENSINO DE BIOLOGIA
CONCEIÇÃO, A. O. 1
; RODRIGUES, R. F. 1; LIMA, R. A.
2
1- Acadêmicas do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas;
2- Docente do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas;
INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado nos cursos de formação de professores é um momento de
extrema importância para os acadêmicos que estão na transição de aluno a professor, pois
possibilita por em prática os conhecimentos adquiridos na universidade, bem como refletir
sobre a sua futura profissão. Contribui de maneira significativa para a construção da
identidade do profissional da educação que de acordo com Lima e Pimenta (2004) é
construída ao longo de sua trajetória como profissional do magistério.
A experiência do estágio é essencial para a formação integral do aluno, considerando que
cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e bem preparados. Ao chegar à
universidade o aluno se depara com o conhecimento teórico, porém muitas vezes, é difícil
relacionar teoria e prática se o estudante não vivenciar momentos reais em que será preciso
analisar o cotidiano (MAFUANI, 2011).
As atividades lúdicas, no ensino Fundamental e Médio, são práticas privilegiadas para a
aplicação de uma educação que vise o desenvolvimento pessoal do aluno e a atuação em
cooperação na sociedade. São também instrumentos que motivam, atraem e estimulam o
processo de construção do conhecimento, podendo ser definida, de acordo com Soares (2004),
como uma ação divertida, seja qual for o contexto linguístico, desconsiderando o objeto
envolto na ação. Se há regras, essa atividade lúdica pode ser considerada um jogo.
Com isso, este trabalho teve como objetivo relatar a experiência de uma aula sobre a
célula, em Biologia no ensino médio em uma escola pública em Porto Velho-RO.
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MATERIAL E METODOLOGIA
Com o intuito de aplicar uma aula de forma lúdica para alunos de Biologia realizou-se na
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marechal Castelo Branco, localizada na
Avenida Farquar nº 2739 bairro Arigolândia, primeiramente a observação, dos alunos e
professor e em seguida a regência resaltando a realizada no 1° ano regular, com o professor
José de Anchieta A. da Silva, onde se notou comportamento e aspectos distintos nos alunos.
Já na regência período em que se coloca a teoria aprendida na prática, descreve-se as aulas
dadas sobre célula, onde as acadêmicas regeram todas as aulas juntas, devido à extensão e
complexidade do conteúdo. Na primeira aula foi realizada uma dinâmica de levantamento dos
conhecimentos prévios onde a sala de aula era comparada, com uma célula, e as paredes
seriam a membrana plasmática, e alguns alunos representariam as organelas e conforme as
organelas iam sendo distribuídas, era explicada a sua função, dessa forma os estudantes
compreendiam, não só a estrutura da célula, mas também a função de cada organela. Durante
o decorrer da explicação da aula foram utilizados alguns recursos visuais como o molde de
uma célula eucariótica e o desenho em cartolina de uma célula procariótica, para uma melhor
compreensão dos alunos. Para a revisão do conteúdo da aula foi aplicado em grupos de quatro
pessoas o jogo da memória das organelas. Os jogos educativos se destacam como eficientes
instrumentos envolventes e estimulantes, promotores de aquisição de conceitos e de situações
desafiantes, que exigem criatividade, estratégia e utilização de conhecimento para alcançar
um objetivo lúdico, como ganhar o jogo, cumprir tarefas, construir alguma coisa, resolver um
mistério entre outros (GUIDETTI et al., 2007); Desta forma os alunos aprenderam o assunto
de forma lúdica e prazerosa, tendo um maior aproveitamento dos conhecimentos adquiridos.
Na segunda aula foi preparada outra dinâmica em grupo com uso de massinha de modelar
para construção de células eucarióticas, onde houve competição com prêmio para quem
fizesse a célula mais completa. Como o professor também participou e para não ter discussão
quanto aos melhores trabalhos, foi entregue a premiação em chocolate a ele que entregou para
cada aluno.
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante a fase de observação das aulas foi possível notar que a turma não tinha grandes
problemas de indisciplina e que relação entre os professores e alunos era de interação e
respeito. Porém o professor adotava a forma de ensino tradicional, onde o mesmo explicava o
assunto copiando-o no quadro branco, também realizava o uso de materiais didáticos como
data-show.
De acordo com, Oliveira, Gouveia e Quadros (2009) argumentam que a aprendizagem não
é garantida ao se utilizar uma metodologia tradicional para o ensino. De acordo com os
autores, mesmo que se considerem possíveis interações existentes no silêncio dos estudantes,
o professor terá dificuldade em identificar aprendizagens. Para eles, o ato de educar é
complexo e envolve, por exemplo, o desenvolvimento de formas de pensar, de estruturas
mentais e, para isso, não basta que o professor transmita ao estudante um número enorme de
informações.
Uma das chaves para o sucesso no desempenho escolar está sem dúvida no uso de
metodologias de ensino e materiais pedagógicos adequados que estejam centrados no aluno,
mas que mantenham sintonia com materiais, isso o que ocorreu nas aulas desenvolvidas na
fase de regência no 1º ano regular do ensino médio foram dadas aulas sobre célula, onde foi
realizada a explanação do conteúdo explicando a função de cada organela, comparando a sala
como uma célula e os alunos as organelas e para a revisão do conteúdo foi aplicado o jogo das
organelas. Desta forma os alunos aprenderam o assunto de forma lúdica e prazerosa, tendo um
maior aproveitamento dos conhecimentos adquiridos. Por contribuir para os processos de
ensino e aprendizagem, nesses níveis escolares, a utilização de jogos didáticos como prática
de ensino se faz presente por ser facilitadora do aprendizado e da compreensão do conteúdo
de forma lúdica, motivadora e divertida, possibilitando uma estreita relação dos conteúdos
aprendidos com a vida cotidiana, tornando os alunos mais competentes na elaboração de
respostas criativas e eficazes para solucionar problemas (LONGO, 2012).
Na segunda aula foi preparada outra dinâmica em grupo com uso de massinha de modelar
para construção de células eucarióticas, onde houve competição com prêmio para quem
fizesse a célula mais completa. (figura 1).
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Com a regência em sala, obteve-se o conhecimento de como funciona o sistema de
educação no ensino médio relacionando a teoria na prática, obtendo-se experiência e
aprendendo como agir em sala de aula e trabalhar de forma interdisciplinar e construtivista.
Segundo Longo (2012), hoje não se ensina mais como antigamente: professor falando e aluno
anotando. É preciso rever as formas de ensinar e aprender, para que sejamos capazes de
atender às demandas da sociedade do conhecimento.
CONCLUSÃO
O Estágio Supervisionado é muito importante para a aquisição da prática profissional, pois
durante esse período o aluno pode colocar em prática todo o conhecimento teórico que
adquiriu durante a graduação. Além disso, o estudante aprende a resolver problemas e passa a
entender a grande importância que tem o educador na formação pessoal e profissional de seus
alunos. E a partir dos resultados obtidos, pode-se afirmar que a introdução de jogos e
atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influência que os
mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos, emocionalmente, na
ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.
Figura 1. Alunos do 1º H elaborando célula de massinha de modelar caseira. (RODRIGUES, 2013).
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REFERÊNCIAS
GUIDETTI, R.; BARALDI, L. CALZOLAI, C.; PINI, L.; VERONESI, P. PEDERZOLI, A. Fantastic
animals as anexperimental model to teach animal adaptation.BMC Evolutionary Biology, v.7 n.13,2007.
LONGO, V.V.C.Vamos jogar? Jogos como recursos didáticos no ensino de Ciências e Biologia. Prêmio
professor Rubens Murilo Marques Incentivo a quem ensina a ensinar. p.129-157,2012.
MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário. Instituto de Ensino superior
de Bauru. 2011. Disponível em:
<http://www.iesbpreve.com.br/base.asp?pag=noticiaintegra.asp&IDNoticia=1259>. Acesso em: 10
Novembro, 2014.
MENDES, R.; MUNFORD, D. Dialogando saberes- Pesquisa e Prática de Ensino naformação de professores
de Ciências e Biologia. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências. UFMG, v.7, n.3, 2005.
OLIVEIRA, S.R.; GOUVEIA, V. de; QUADROS, A.L. de. Uma reflexão sobre a Aprendizagem Escolar e o
Uso do Conceito de Solubilidade/ Miscibilidade em Situações do Cotidiano: Concepções dos Estudantes.
Química Nova na Escola, v. 31, n. 1, p. 23-30, 2009.
P
IMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez.
2ºed.; p.296,2004.
SOARES, M.H.F.B. O lúdico em Química: jogos e atividades aplicados ao ensino de Química.
Universidade Federal de São Carlos (tese de doutorado, 2004).
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IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO
ETANÓLICO DAS FOLHAS DE Amaranthus viridis L. (AMARANTHACEAE)
ALBINO, A. M. 1
; AGUIAR, A. H.1; SOUZA, P. G.¹; SMOZINSKI, C. V.
1; LIMA, R. A.
2
1- Discente do Curso em Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil -
2- Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas; Pós-Graduação em Biodiversidade e
Biotecnologia da Amazônia Legal, Manaus, Amazonas, Brasil.
INTRODUÇÃO
A natureza é a maior fonte de inspiração para a ciência, que buscam na sua biodiversidade,
meios alternativos para o aproveitamento de seus recursos naturais. Amaranthaceae trata-se de
uma família cosmopolita com espécies encontradas em todos os continentes. É formada por
cerca de 2.360 espécies, sendo 145 delas encontradas no Brasil, podendo ser herbácea ou
subarbusto, e poucas são árvores. Amaranthus viridis L., conhecido popularmente na
Amazônia, como bredo, é uma planta medicinal muito utilizada em forma de cataplasma e/ou
chá no tratamento de problemas hepáticos e doenças crônicas como a Leishmaniose. Assim,
este trabalho teve como objetivo identificar os metabólitos secundários no extrato etanólico
das folhas de A. viridis.
METODOLOGIA
As folhas foram coletadas no município de Porto Velho-RO, sendo pesadas frescas,
obtendo 967,36g. Posteriormente, foram colocadas para secar em estufa a 30-50°C por 72
horas. A extração foi realizada a partir das folhas devidamente secas e triturada, obtendo-se
149,08g, sendo colocada em Erlenmeyer contendo 1.450mL de etanol, por sete dias, em três
repetições. Em seguida, o material foi filtrado e submetido ao processo de destilação simples,
resultando em aproximadamente 40 ml de extrato bruto. O extrato etanólico foi submetido ao
teste para identificação de metabólitos secundários baseados em precipitação e coloração,
sendo utilizados reagentes específicos de reconhecimentos de alcaloides (mayer, wagner e
dragendorff), glicosídeos cardiotônicos (kedde, keller-killiani salkowski, baljet e raymond-
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marthoud), cumarinas voláteis, flavonoides, taninos (hidrolisáveis e condensados) saponinas,
triterpenos (liebermann-burchard e salkowski) e derivados antracênicos livres (Börntraeger e
antroquinonas livres).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base no experimento realizado, observou-se a presença de alcaloides utilizando os
reagentes Mayer e Dragendorff, glicosídeos cardiotônicos utilizando os reagentes Kedde,
Keller-killiani, Salkowski e Raymond-Marthoud, cumarinas voláteis, flavonoides, taninos
(condensados), saponinas, triterpenos. Porém, resultados negativos foram para alcaloides
(wagner), glicosídeos cardiotônicos (Baljet), taninos (hidrolisáveis), e derivados antracênicos
livres com todos os reagentes. Verificou-se que a referida espécie possui metabólitos
secundários de grande importância e que estes podem ser alvos de futuros estudos para ajudar
a medicina nas mais variadas afecções por meio do isolamento e identificação dos compostos.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o extrato das folhas da espécie estudada apresenta metabólitos secundários
de grande valor medicinal podendo servir como matéria-prima para a produção de fármacos
devido à presença de alcaloides, glicosídeos cardiotônicos, taninos e triterpenos. É uma planta
importante para a área da agricultura devido sua atividade toxica que pode atingir a criação de
gado.
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IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO
ETANÓLICO DAS INFLORESCÊNCIAS DE Amaranthus viridis L.
(AMARANTHACEAE)
ALBINO, A. M. 1
; FIALHO, S. N.1; SOUZA, P. G.
2; CHAVES, R. C.¹; LIMA, R. A.
2
1- Discente do Curso em Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil -
2- Bióloga;
3- Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil; Pós-
Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, Manaus, Amazonas, Brasil.
INTRODUÇÃO
Atualmente, os olhos do mundo estão voltados para a Floresta Amazônica tanto pela sua
imensa biodiversidade e quanto pela sua tamanha importância no equilíbrio ecológico.
Amaranthaceae trata-se de uma família cosmopolita com cerca de 2.360 espécies, sendo 145
delas encontradas no Brasil. Amaranthus viridis L. conhecido popularmente na Amazônia,
como bredo, é uma planta medicinal muito utilizada contra afecções em geral. Além disso, as
folhas são utilizadas em forma de cataplasma e chá e são recomendadas como preventivo no
tratamento de problemas hepáticos e doenças crônicas como a Leishmaniose. Assim, este
trabalho teve como objetivo identificar os metabólitos secundários no extrato etanólico das
inflorescências de A. viridis.
METODOLOGIA
As inflorescências foram coletadas no município de Porto Velho-RO, e em seguida, foram
pesadas frescas, obtendo 371,66g. Posteriormente, colocados para secar em estufa a 50°C por
72 horas. A extração foi realizada a partir das inflorescências devidamente secas e triturada,
obtendo-se 66,36g, sendo colocada em Erlenmeyer contendo 800 ml de etanol, por sete dias,
em três repetições. O material foi filtrado e submetido ao processo de destilação simples,
resultando em aproximadamente 33 ml de extrato bruto. O extrato etanólico foi submetido ao
teste para identificação de metabólitos secundários baseados em precipitação e coloração,
sendo utilizados reagentes específicos de reconhecimentos de alcaloides (Mayer, Wagner e
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Dragendorff), glicosídeos cardiotônicos (Kedde, Keller-Killiani, Salkowski, Baljet, Raymond-
Marthoud), de cumarinas voláteis, flavonoides, taninos (hidrolisáveis e condensados)
saponinas, triterpenos (Liebermann-Burchard e Salkowski) e derivados antracênicos livres
(Börntraeger e antraquinonas livres).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base no experimento realizado, observou-se a presença de alcaloides com todos os
reagentes testados, glicosídeos cardiotônicos utilizando os reagentes (Keller-Killiani,
Salkowski, Baljet, Raymond-Marthoud), cumarinas voláteis, flavonoides, taninos
condensados, saponinas, triterpenos e derivados antracênicos livres utilizando o reagente
Börntraeger. Porém resultados negativos foram para glicosídeos cardiotônicos (Kedde),
taninos (hidrolisáveis) e derivados antracênicos livres (antroquinonas livres). Com isso,
pretende-se em estudos posteriores, isolar e identificar compostos que possam servir como
alvo no tratamento de problemas hepáticos e doenças crônicas como a Leishmaniose in vitro e
in vivo.
CONCLUSÃO
A partir dos ensaios de identificação dos metabólitos secundários do extrato das
inflorescências da espécie estudada, pode-se concluir que tal planta apresenta uma série
compostos responsáveis pelo efeito aleloquímico, e dentre estes, destaca-se os alcaloides, em
que sobressaíram na quantidade de metabólitos secundários que são compostos de grande
interesse na medicina tradicional.
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO NO LABORATÓRIO DE
MICROBIOLOGIA DO CENTRO DE PESQUISA EM MEDICINA TROPICAL-
CEPEM, PORTO VELHO-RO.
SANTOS, D. G.¹; SANTOS, M. M. C.²; MATOS, N. B.³
1- Discente na Faculdade São Lucas (FLS);
2- Docente e supervisora de estágios na Faculdade São Lucas (FSL);
3- Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (CEPEM).
INTRODUÇÃO
A microbiologia é a ciência que estuda os microrganismos microscopicamente, que podem
ser encontrados como células únicas ou em agrupamentos celulares. Dentre os
microrganismos estão também incluídos os vírus – seres microscópicos de natureza acelular.
A partir dessas definições, os microrganismos podem ser diferenciados das células de origem
animal ou vegetal, incapazes de sobreviver de forma unicelular na natureza, sendo sempre
encontradas como parte de organismos (PARKER, 2004).
Observando que a prática laboratorial está constantemente relacionada com o exercício da
função de um microbiologista, o estágio realizado no laboratório de Microbiologia do
CEPEM propõe e oferece grande aprendizado nessas práticas, sendo que os objetivos em
realizar o estágio no seguinte laboratório e aprender a rotina que é levado neste meio e
aprender a técnicas utilizadas para a realização de um ótimo trabalho. Vendo a necessidade de
aprendizado, foi proposto como objetivos deste trabalho alcançar o êxito nas atividades
rotineiras do laboratório que entre elas está o preparo de meios de culturas para crescimento
de bactérias; realização de teste bioquímica para a identificação de cada bactéria sendo a
Coloração Gram e Antibiogramas alguns destes testes; aplicação da técnica de extração de
DNA para posteriormente estar realizando PCR e logo após a realização da técnica de
Eletroforese.
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MATERIAL E MÉTODOS
As metodologias aplicadas são padronizadas por protocolos sendo que toda atividade
possui o supervisiona mento de algum responsável do laboratório.
Extrações de DNA: O DNA é extraído a partir do material coletado. Esta extração segue
um critério de metodologia básico, que varia dependendo da amostra utilizada. Basicamente
utilizam-se substâncias desproteinizantes como o fenol-clorofórmio, capazes de desnaturar e
retirar as proteínas que estão acopladas ao DNA. A adição posterior de etanol, então, fará com
que o material genético precipite no tubo que posteriormente será solubilizado em tampão
apropriado para o uso na reação.
Identificações Bioquímicas: Esta etapa consiste na identificação das bactérias. Esta
identificação é feita com base em provas bioquímicas. Onde é realizados os testes com
Optoquina e Bactracina e também são feitos teste de Solubilidade em Bile e Bile esculina.
Testes Fenotípicos (Antibiograma): Nesta etapa iremos observar se tal bactéria é
resistente a determinados antibióticos. Para os testes fenotípicos para a detecção de β-
lactamases de espectro estendido, eram utilizados teste do disco combinado: cefpodoxima
(10μg), ceftazidima (30μg) e cefotaxima (30μg) isoladamente e em associação com ácido
clavulânico (10μg), Ceftriaxone (30 µg), Piperacilina (100µg), Piperacilina/Tozabactam
(100µg), Gentamicina (10µg), Amicacina (30µg), Imipenema (10µg) e Ciproxloxacina (5µg).
A produção de ESBL é verificada pelo aumento (≥ 5mm) no diâmetro do halo de inibição dos
discos contendo o antibiótico em combinação com o ácido clavulânico se comparados ao
mesmo antibacteriano sem a presença deste inibidor.
Coloração Gram: A coloração Gram é realizada em 4 processos, onde em um desses
estará sendo utilizado 4 reagentes distintos. O primeiro processo estar relacionado à aplicação
da bactéria em uma lamina estéreo para devida coloração, segundo processo consiste na
secagem dessa lamina em temperatura ambiente com a amostra que pretende-se realizar a
coloração, terceiro processo consiste na coloração, onde é aplicado por 1 minuto a solução
Cristal Violeta, passado o tempo se retira o excesso de solução e por 1 minuto se aplica a
solução de Lugol, passado o tempo se lava em água corrente e posteriormente descora com
álcool-acetona e por ultimo aplicamos por 30 segundos a solução Fucsina, passado o tempo
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lava-se em água corrente depois colocamos para secar, após a secagem levamos a lamina com
a amostra até o microscópio para a determinação se ela é uma bactéria Gram + (positiva) ou
uma Gram – (negativa).
Figura 01: Antibiograma realizado em placa Agar Sangue 5%.
RESULTADOS E DISCURSÃO
Todos os objetivos traçados para a realização do estágio foi alcançados com êxito, pois
toda a equipe colaborou para que tal fato fosse concluído. As práticas laboratoriais
contribuem para o desenvolvimento do acadêmico que ainda está em formação, assim com as
práticas extracurriculares poderá auxiliar para uma ótima formação. O estágio supervisionado
de bacharelado vem ao encontro das necessidades do aluno, que por sua vez, não teria a
oportunidade de aprender tais práticas, onde as aulas práticas da disciplina trarão apenas
alguns conceitos, pois a carga horária às vezes não permite que os professores passem mais
profundamente as práticas relacionadas à sua aula.
Figura 02: Placas de Ágar McConkey; Ágar TSA, preparadas para semear as culturas.
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CONCLUSÃO
O Estágio Supervisionado é uma ótima oportunidade para conhecer melhor a atuação do
profissional biólogo no campo da pesquisa. O referente estágio foi altamente proveitoso,
conseguindo associar o conteúdo aprendido em sala de aula (Disciplina de Genética, Química,
Bioquímica e principalmente Microbiologia) com as metodologias aplicadas no laboratório.
Além de aprender as principais técnicas utilizadas no laboratório: extração de DNA,
realização de BioFilme e realização de antibiograma. No estágio foi adquirido mais
conhecimento sobre a otite média aguda, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e
têm gerado grandes impactos sobre a população infantil, especialmente nos países em
desenvolvimentos, onde é responsável por 25 a 30% das mortes entre crianças menores de 5
anos de idade. Nestes, a taxa de incidência de casos de IRAS (Infecções Respiratórias
Agudas), estão sendo considerado um grave problema de saúde pública. A avaliação das
doenças respiratórias tem sido realizada em vários estados do país e mais recentemente, com
maior ênfase a identificação de genótipos de bactérias resistentes.
REFERÊNCIAS
ALBERTS, B. et all. Biologia Molecular da Célula 4a ed. Porto Alegre, Editora Artes
Médicas, 2004.
PARKE, J. Microbiologia de Brock. 10º ed. Pearson. São Paulo – SP. 2004.
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IDENTIFICAÇÃO ARBORIFERA NO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CARMELA
DUTRA
SANTOS, D. G. ¹; LIMA, R. A.²; STRUTHOS, M. H. T. ³
1- Discente na Faculdade São Lucas (FLS);
2- Me. Docente na Faculdade São Lucas (FSL);
3- Instituto de Educação Carmela Dutra (IECD).
INTRODUÇÃO
Educação Ambiental é um processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de
realidades e que garante um compromisso com o futuro. Uma ação entre missionária e utópica
destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais
alcançados. Trata-se de um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual como
coletivo (AB’SABER, 1993, p. 15).
A escola é a instituição que tem a missão não só de formar cidadãos críticos e pensadores,
mas também conscientes de seu papel diante da conservação da natureza, as escolas da zona
urbana carecem de vegetação dentro de seu ambiente escolar e na maioria das vezes os poucos
recursos verdes que ali se encontram são despercebidos pelos alunos e funcionários, a
identificação das árvores, arbustos e ervas existente dentro de todo o espaço físico da escola,
para fornecer aos alunos o conhecimento da rica flora que está presente no ambiente escolar,
valorizar o ambiente de estudo e conscientizar para a preservação da natureza e valorizar o
trabalho em grupo.
Apesar de estar rodeada pela Floresta Amazônica, que agrega a maior biodiversidade do
planeta, grande parte da população da cidade de Porto Velho desconhece a importância da
flora, não obstante, a vê como um obstáculo a ser retirado do caminho.
MATERIAL E MÉTODOS
Para a realização deste trabalho foi proposto uma apresentação previa sobre a taxonomia
vegetal e de como ela é realizada no mundo cientifico, ali sanando algumas duvidas presente
entre os alunos, após a apresentação, em outro momento foi proposto que os alunos se
dividissem em dois grupos, onde cada grupo seria responsável por uma área do IECD, foi
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passada algumas orientações de como deveria proceder as técnicas para chegar na
identificação da planta. Os alunos utilizarão seus celulares para a obtenção de fotos que ao
final do trabalho foi apresentado um banco de fotos de cada grupo.
RESULTADOS E DISCURSÃO
Este trabalho foi aplicado nas turmas B, D e F do 2º Ano do Ensino Médio do Instituto de
Educação Carmela Dutra. Primeiramente foi apresentado um slide falando sobre a
importância da taxonomia vegetal e como tal se aplicava ao mundo cientifico. Vendo que no
ambiente escolar possuía algumas plantas ali foi proposto que fosse realizado um
levantamento de plantas ali presentes na instituição de ensino. Após explicação previa de
como deveria ser realizada a identificação os alunos realizaram os procedimentos propostos,
chegando então na identificação de 19 espécies pertencentes à 12 famílias distintas, onde
estão divididas de acordo com a tabela 1 deste trabalho. As espécies foram identificadas pelos
próprios alunos e identificadas através de meios disponíveis, que é através da internet. Entre
algumas identificadas estão: Cocos nucifera L. da família Arecaceae; Carica papaya L. da
família Caricaceae; Dioscerea alata L. da família Araceae; Ixora coccínea L. da família
Rubiaceae. Com este trabalho os alunos puderam observar as plantas que estão no seu
ambiente escolar e aprenderam a importância que as mesmas têm para a sobrevivência de
todos os seres vivos.
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Tabela 1: Espécies identificadas pelos alunos.
Nome popular Espécie Família
Tromba de elefante Agave attenuata Agavaceae
Gravatinha Chlorophytum comosum Agavaceae
Inhame Dioscorea alata L. Araceae
Copo-de-leite Zantedeschia aethiopica L. Araceae
Comigo-ninguém-pode Dieffenbachia picta (Jacq) Schoot Araceae
Tinhorão Caladium bicolor Araceae
Açaí Euterpe sp. Arecaceae
Coqueiro Cocos nucifera L. Arecaceae
Dente de leão Taraxacum sp. Asteraceae
Mamão Carica papaya L. Caricaceae
Acerola Malpighia sp. Malpighiaceae
Cacau Theobroma cacao L. Malvaceae
Hibisco Hibiscus rosa-sinensis Malvaceae
Goiaba Psidium guajava Myrtaceae
Jambo Syzygium jambos (L.) Myrtaceae
Samambaia americana Nephrolepis exaltata Polypodiaceae
Juazeiro Ziziphus joazeiro Mart. Rhamnaceaea
Ixora Ixora coccinea L. Rubiaceae
Pingo-de-ouro Duranta erecta aurea Verbenaceae
CONCLUSÃO
Com este trabalho podemos concluir que a falta de conhecimento sobre as plantas que
estão em nosso meio o é muito poucas, todos sabem que em determinado local possui uma
planta mais ao menos sabem como ela é classificada, e também podemos observa que a
identificação dada através da internet pode ser errônea, sendo que o referido trabalho foi
realizado apenas por alunos do ensino médio com pouco conhecimento sobre o assunto, foi
relatada pelos os alunos esta dificuldade.
Este trabalho foi proposto pelo professor da Disciplina de Prática de investigação de
Ensino e Aprendizagem, realizando um projeto de intervenção com alunos do Ensino Médio,
tal trabalho reflete a importância do professor realizar trabalhos extracurriculares, assim
levando o conhecimento aos seus alunos através da prática direta com o ambiente de em qual
eles estão inseridos.
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REFERÊNCIAS
AB’SABER, A. A Universidade brasileira na (re) construção da Educação ambiental.
Educação brasileira, Brasília, v.15, n.31, p. 15 - 16, jul./dez. 1993.
BIONDI, D. Arborização urbana aplicada à educação ambiental nas escolas. Curitiba : O
Autor,2008.120p.
LANGOWSKI, Eleutério; KLECHOWICZ, Neuceli. Manual Prático de Poda e
Arborização Urbana. Cianorte: APROMAC, 2001.
REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2001.
Unirverde.org/.../EDUCACAO_AMBIENTAL_CONSCIENTIZAR_PARA_SALVAR.pd
f acesso em 13 de mar. 2014.
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O NÚCLEO DE ARBORIZAÇÃO COMO FERRAMENTA NA QUALIDADE
AMBIENTAL PARA OS CIDADÃOS DE PORTO VELHO-RO
BATISTA, E. R. N.¹; BATISTA, A. N.²; SANTOS, M. M. C.³
1- Graduada em Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL);
2- Graduação em Engenharia Florestal, Faculdade Rondônia (FARO);
3- Docente do curso de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL).
INTRODUÇÃO
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente localiza-se na Av. Duque de Caxias, nº 960,
Bairro: São Cristovão – Porto Velho/RO, atualmente realiza várias atividades voltadas ao
meio ambiente dentre elas o de Arborização das vias Urbanas do Município de Porto Velho,
como também a recuperação de áreas ambientalmente protegidas. A arborização urbana é um
componente na paisagem urbana. Além da função paisagística, proporciona outros benefícios
a população tais como: proteção contra ações dos ventos; diminuição da poluição sonora;
absorção de partes dos raios solares; sombreamento; ambientação a permanência dos pássaros
urbanos; diminuição da poluição atmosférica, neutralizando o excesso de dióxido de carbono
e purificando o ar; absorção de poeiras e sólidos em suspensão; melhora da saúde física e
mental da população (RELATÓRIO DE QUALIDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE
PORTO VELHO, 2011/2012). Apesar de contribuírem de forma significativa para a
reeducação de algumas condições adversas que ocorrem nos meios urbanos, é preciso
salientar que as árvores são parte da solução desses problemas, e o que o planejamento urbano
e a redução da emissão de poluentes são também fundamentais para se mitigar aspectos
desfavoráveis da ocupação antrópica nas cidades (MENDES, 2008). A ênfase na vegetação
nativa representa uma contribuição no sentido de melhoria da biodiversidade e da valorização
de referenciais ecológicos e paisagístico que vêm se perdendo, pela importação de padrões,
devido à falta de informação e pesquisa da flora regional. A arborização assim como os
demais componentes urbanos de uma cidade disputam espaço físico e recursos para a
manutenção. A situação mais frequente em áreas urbanas é a presença de espécies arbóreas
inadequadas exigindo do município atenção especial e a realização de podas periódicas, pois
estas, quando conduzidas de forma inadequada, podem comprometer a sanidade, o vigor e a
estética das árvores. (RELATÓRIO DE QUALIDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE
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PORTO VELHO, 2011/2012). Segundo Montenegro (1982), paisagismo é uma ciência e arte
que se ocupa do estudo e planejamento da paisagem ordenando os diversos elementos,
visando garantir a permanência do equilíbrio biológico em função das necessidades atuais,
futuras e dos desejos estéticos do homem. Silva (2007) afirma que arborização urbana
compreende a vegetação arbórea e de arvoretas existentes nos espaços públicos e privados
inseridos nos limites urbanos. O Núcleo de Arborização Urbana tem por objetivo atender a
população de Porto Velho, através de doação de mudas, bem como a emissão de laudos
autorizados para poda/erradicação de espécies de árvores dentro do município na zona
Urbana, bem como também recuperar áreas degradadas dentro do perímetro urbano,
produzindo espécies da melhor qualidade.
MATERIAL E METÓDOS
Ao chegar ao Núcleo de Arborização Urbana da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o
cidadão é instruído pelas atendentes a preencher o requerimento com dados pessoais e
informações do seu pedido, feito isso as servidoras do núcleo separam esse requerimento pela
zona o qual ele pertence (norte, sul, leste ou central), pois cada zona tem o dia específico para
ser efetuada vistoria, assim não ocorre o acúmulo de solicitações, durante a semana os
técnicos de vistoria recolhem os pedidos do dia e efetuam vistoria.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na vistoria in loco é observado a circunferência na altura do peito (CAP), estado
fitossanitário, localização no terreno, copa, entre outros fatores do indivíduo arbóreo. No
retorno à Secretaria os técnicos repassam esses laudos para análise que os digitam e repassam
para revisão do engenheiro florestal responsável que após aprovação de tal diagnóstico, assina
o laudo juntamente com o coordenador municipal de controle ambiental para que a
autorização seja entregue ao requerente (munícipe) Realizado levantamento no banco de
dados constantes nos arquivos das autorizações emitidas no 1º trimestre de 2014, foram
observados que houve 312 intervenções, das quais, 237 erradicações e 75 podas ;apresentando
em Janeiro 92 emissões, Fevereiro 136 e Março 84 autorizações expedidas Foram catalogadas
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45 espécies diferentes, a espécie com maior número de autorizações emitidas foi a Mangueira
com 52,17%, em segundo o Fícus com 40,13% e em terceiro o Jambeiro com 37,12%. Os
motivos que forma levados em consideração são: Construção civil, risco de queda, danos ao
patrimônio, estado fitossanitário; o motivo o qual apresentou maior número foi Danos ao
patrimônio com 148,63%, Porto Velho é caracterizada por sua arborização em pátios e
quintais de residências, em muitos casos as árvores são plantadas ou passam por um processo
de germinação e se desenvolve em locais inadequados tais como: próximo ao muro de divisa
das residências, fossas, tubulação de esgoto, abaixo da rede elétrica e outros equipamentos
públicos, fato este, motivo para intervenção através do manejo destas árvores.
CONCLUSÃO
Com base nos dados descritos acima podemos verificar que o município enfrenta
dificuldades na implantação de um sistema que gere dados e soluções para a sociedade de
Porto Velho para uma melhor qualidade de vida ambiental, com métodos que visam
contribuir para a retirada de árvores com consciência ambiental pois as atividades de
arborização urbana é de fundamental importância, servindo para nortear ações e projetos
futuros. É preciso considerar as dificuldades inerentes do setor ambiental, se por um lado,
oferece espaços a serem ocupados por novos negócios, por outro, carece de algumas
condições estruturais para fomentar atividades, em nível tanto setorial quanto governamental.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SEMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente; Relatório de Qualidade Ambiental;
Arborização Urbana. Pág. 17- 36; 2011/2012;
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O ESTÁGIO DENTRO PRÁTICA DE CONHECIMENTO DE CAMPO
BATISTA, E. R. N.¹; CIPRIANI, H. N.²; SANTOS, M. M. C.³
1- Graduada em Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL);
2- Engenheiro Florestal, M.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas, Embrapa Rondônia, Porto Velho,
RO, Brasil;
3- Docente do curso de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL).
INTRODUÇÃO
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa trata-se de uma empresa
pública federal, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento criado pela
força da Lei nº 5.851, de 07.12.1972 sediada em Porto Velho/Rondônia, BR 364, Km 5,5, que
tem o objetivo a pesquisa agropecuária nacional como nacional como para diversos âmbitos
da esfera social brasileira, busca valorizar sua identidade como um todo, e compreender seu
desenvolvimento no contexto histórico, sociocultural e econômico, uma vez que o passado e o
presente da Embrapa se misturam à própria história da pesquisa pública agropecuária do
Brasil. Compatibilizar as diretrizes e estratégias de pesquisa agropecuária com as políticas de
desenvolvimento, definidas para o País, como um todo, e para cada região, em particular.
Assegurar constante organização e coordenação das matrizes de instituições que atuam no
setor, em torno de programação sistematizada, visando eliminar a dispersão de esforços,
sobreposições e lacunas não desejáveis. Favorecer o desenvolvimento de um sistema nacional
de planejamento para pesquisa, acompanhamento e avaliação. Estabelecer um sistema
brasileiro de informação agrícola, com formação de banco de dados para a pesquisa e
desenvolvimento agropecuário, facilitando o acesso aos usuários e clientes da pesquisa
agropecuária. Promover o apoio à organização e racionalização de meios, métodos e sistemas
com desenvolvimento em informatização das instituições.
Proporcionar a execução conjunta de projetos de pesquisa de interesse comum,
fomentando uma ação de parceria entre instituições, no desenvolvimento de ciência e
tecnologia para a agropecuária. Coordenar o esforço de pesquisa para atendimento às
demandas de regiões, estados e municípios, a fim de proporcionar melhor suporte ao
desenvolvimento da agropecuária. Promover o intercâmbio de informações e documentação
técnico-científica, nas áreas de interesse comum. Favorecer o intercâmbio de pessoal, para
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capacitação e assessoramento interinstitucional. Possibilitar apoio técnico, administrativo,
material e financeiro entre instituições integrantes, na medida das necessidades e interesses da
programação e missões a desempenhar.
O Núcleo de Produção Florestal trabalha essencialmente com florestas nativas, silvicultura
e sistemas Agroflorestais, as principais pesquisas que são desenvolvidas neste laboratório são
sobre os sistemas que influenciarão em atividades econômicas relacionadas à sustentabilidade
em Rondônia. Alguns órgãos ligados ao meio ambiente trabalham em parceria com a
Embrapa, pois os seus dados são de grande importância e possuem muita veracidade por ter
grandes pesquisadores reconhecidos nacionalmente, e pelo governo está investindo neste tipo
de pesquisa.
A dormência das sementes é um dos principais problemas para produção de mudas de
espécies florestais nativas, principalmente de leguminosas (OLIVEIRA, 1998).
Segundo Black (1994, p.282):
Que reconhece três tipos de dormência em sementes: dormência imposta pelo
tegumento, dormência devido ao embrião (subdesenvolvido ou subdiferenciado) e
dormência devido a substâncias promotoras e inibidoras. A dormência imposta pelo
tegumento, comum em sementes da família Leguminosae, como a canafístula tem
trazido problemas aos viveiristas na formação de mudas.
Um dos problemas mais sérios nos estudos de germinação é a grande contaminação
fúngica das sementes, principalmente em testes realizados em incubadoras ou germinadores,
que dão condições ideais para o desenvolvimento e a disseminação de alguns dos fungos,
causando apodrecimento das sementes e dificultando o diagnóstico correto da qualidade
fisiológica do lote. Tal fato demonstra a necessidade de utilização de produtos que visam a
diminuição ou a eliminação destes patógenos. A recomendação de produtos que visam o
tratamento de sementes de espécies florestais deve considerar a população fúngica associada e
o respectivo método de aplicação (FERREIRA, 1989).
Além da dormência, outro fator que dificulta a germinação de sementes de canafístula, é a
alta incidência de fungos (MUCCI, 1986).
O estudo do fenômeno da dormência em sementes constitui-se em um dos temas mais
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amplos e mais fascinantes da Biologia Vegetal. A natureza foi pródiga e extremamente sutil
ao desenvolver mecanismos de dormência, de sorte a tornar complexa a tarefa do pesquisador
interessado em desvendar o mistério. A quase totalidade dos trabalhos de pesquisa acerca de
dormência em sementes preocupa-se com um dos seguintes aspectos: identificação, em vários
níveis, da causa de dormência e desenvolvimento de técnicas que eficiente e economicamente
permitam a quebra artificial da dormência das sementes (NIMER, 1983).
A primeira metodologia de trabalho deve-se procurar descobrir quais são as principais
causas da dormência na semente em si, isto é, procura-se identificar na semente que
mecanismos estão bloqueando sua capacidade de germinação. O segundo grupo de trabalhos é
uma consequência do primeiro e atende às necessidades práticas da agricultura: uma vez
identificado o mecanismo que bloqueia a germinação, procura-se desenvolver um método que
permita superar aquele mecanismo (NIMER, 1983)
Em alguns casos, uma única planta produz sementes com diferenças distintas no grau de
dormência inata, ou em outras palavras uma distribuição descontínua de períodos de
dormência em sementes individuais. O exemplo clássico disto está em Xanthium
pennsylvanicum, na qual duas sementes são produzidas em cada cápsula: a semente mais
inferior que está mais abaixo exibe muito pouca dormência inata, enquanto que a dormência
da semente mais acima é muito pronunciada (ROBERTS, 1974).
A demanda mundial por produtos de base florestal é crescente. Por outro lado, as florestas
nativas estão cada vez mais escassas e ameaçadas de desaparecerem, um grande exemplo que
podemos observar são os grandes desmatamentos que ocorrem anualmente nos estados da
região norte do Brasil, e outro fator já consumado é a pouca área ainda pertencente ao bioma
da mata atlântica que já quase não possui a sua mata original, o pouco de que resta é
indispensável para a manutenção da biodiversidade e de diversos serviços ambientais
(PEREIRA, 2009).
Nesse cenário de crescente escassez, as plantações florestais assumem papel de destaque
nos cenários nacional e internacional. Somente através dessas florestas plantadas serão
obtidas as matérias-primas para dar conta das necessidades sociais sem aumentar a pressão
sobre os remanescentes dos ecossistemas florestais (PEREIRA, 2009).
A conservação da biodiversidade representa um dos maiores desafios deste final de século,
em função do elevado nível de perturbações antrópicas dos ecossistemas naturais. Uma das
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principais consequências dessas perturbações é a fragmentação de ecossistemas naturais. Na
mata atlântica, por exemplo, a maior parte dos remanescentes florestais, especialmente em
paisagens intensamente cultivadas, encontra-se na forma de pequenos fragmentos, altamente
perturbados, isolados, pouco conhecidos e pouco protegidos (VIANA, 1995).
A fragmentação introduz uma série de novos fatores na história evolutiva de populações
naturais de plantas e animais. Essas mudanças afetam de forma diferenciada os parâmetros
demográficos de mortalidade e natalidade de diferentes espécies e, portanto, a estrutura e
dinâmica de ecossistemas. No caso de espécies arbóreas, a alteração na abundância de
polinizadores, dispersores, predadores e patógenos alteram as taxas de recrutamento de
plântulas, como também os incêndios florestais além das mudanças microclimáticas, que
atingem de forma mais intensa as bordas dos fragmentos, alteram as taxas de mortalidade de
árvores. As evidências científicas sobre esses processos têm se avolumado nos últimos anos
(BIERREGARD, 1997).
MATERIAL E METODOLOGIA
O estágio aconteceu no Núcleo de Produção Florestal, tem por objetivo produzir mudas de
espécies arbóreas e de recuperação de áreas de melhor qualidade é com esse intuito que
tecnicamente, a produção de mudas no sistema de tubetes representa um grande avanço, pois,
o emprego desse novo recipiente na formação de mudas por sementes revolucionou os
viveiros tradicionais de saco plástico e trouxe avanços excepcionais em termos de
rendimentos operacionais, redução de mão de obra, possibilidade de automação de várias
operações e diminuição dos problemas ergométricos. (STAP et al., 1987).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Preparação básica – conjunto de depósitos, equipamentos e atividades que desempenham
as tarefas básicas de preparação da linha de produção, tais como, depósito de materiais,
depósito de sementes, área de manuseio e beneficiamento de frutos e sementes, sementeiras,
canteiros de repicagem, equipamentos de lavagem de tubetes, preparo de substrato e
envasamento.
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A coleta de frutos e sementes é a atividade essencial em um viveiro de produção de mudas.
Devido à falta de oferta de sementes certificadas (em quantidade, qualidade e custo viável
para a aquisição por parte de viveiristas) a coleta representa o único caminho para a obtenção
dessa matéria prima.
A grande dificuldade é o acesso às informações, que embora existam, está disponível para
grupos restritos de pesquisadores, o que resulta na obtenção de lotes de sementes de qualidade
discutível, tanto no aspecto genético, que pode comprometer seriamente os projetos que
objetivam a conservação in situ dessas espécies, quanto em transtornos que trazem ao
planejamento da produção e elaboração das planilhas de custos.
Portanto, deve-se proceder à atividade de coleta de frutos e sementes de forma criteriosa,
seguindo-se rigorosamente as recomendações técnicas, a começar pelo necessário
conhecimento dos processos fenológicos. É fundamental que sejam feitas observações
rotineiras, em fichas de campo, quanto às seguintes características na tabela 01.
Tabela 1: ficha de campo
Ficha de campo
identificação da espécie estrutura do pericarpo (seco,carnoso,alado)
época de floração local de ocorrência
cor da flor tipo de solo
época de frutificação informações do clima
tipo de frutificação
Ressalte-se que ocorre grande variação na época de coleta, devido às variações de clima e
às características ecológicas das espécies (FIGLIOLIA et al., 1995), o que determina que a
atividade de acompanhamento seja realizada durante o ano todo e por vários anos seguidos, a
fim de que sejam elaborados os gráficos de maturação de sementes/condições climáticas,
específicos para cada localidade.
Preparo de sementeira é a atividade que consiste na mistura de componentes do substrato e
sua posterior desinfecção. A mistura destina-se às “sementeiras” que são definidas como
canteiros especiais, destinados a acomodar elevada densidade de plântulas/m2, onde serão
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semeadas as espécies, cujas sementes apresentam problemas de germinação, quando
colocadas diretamente no substrato dos tubetes.
Após a colocação do substrato, a sementeira deve ser irrigada periodicamente, para
promover a germinação das sementes das espécies indesejadas; passo seguinte: essas plantas
deverão ser eliminadas, seja manualmente (em poucos canteiros), ou ainda com o uso de
herbicidas pós-emergentes;
Há um método de desinfecção que é recomendado quando há tempo disponível no
planejamento de produção, uma vez que requer cerca de 20 a 30 dias para ser executado: do
contrário, quando é necessário acelerar o processo, pode-se usar substâncias fumegantes
indicadas para desinfecção de solos, sendo que esta opção apresenta vantagens quanto ao
espectro de ação e tratamento, agindo também sobre bactérias, fungos, nematoides e larvas.
Os efeitos negativos são citados por (CARNEIRO, 1995) que os classifica em três aspectos:
acúmulo do produto, injúria às mudas e injúria aos micro-organismos benéficos, tais como
micorrizos.
A primeira atividade realizada foi o levantamento de espécies no viveiro da Embrapa, além
da pesquisa sobre os 5 S, um conceito que é empregada pelos funcionários para um bom
relacionamento interpessoal e com o ambiente de trabalho.
As primeiras atividades realizadas dentro do viveiro foi contagem de mudas de morototó
nos tubetes suspensos e a contagem de todas as mudas da sacolas das seguintes espécies açaí
Oleraceae, banana, abacaxi, tauari, bandarra, cedro e outras variadas, a irrigação do viveiro e
a realização de fertilizar as mudas de taxis no tubetes.
A organização dos dados de contagem do viveiro, para as mudas serem transportadas para
outro viveiro do interior a repicagem de mudas de morototó, em 400 em uma mistura de
100% casca de cupuaçu, a repicagem de 20 sacolinhas com a mistura da terra preta, houve
orientação para medição açaí ( 500 pés em idade de frutificação).
Atividade de Medição dos açaís como altura, número de filhos, e cachos com frutos e com
Bagé, a coleta de sementes taberna Montana (saco de bode) experimento com sementes de
taberna Montana 50 sementes 100% sol e 50 sementes 50%a sombra foi realizada a
observação dos experimentos foi realizada experimentos com 50 sementes de gliricidia, com
teste de germinação na estufa foi realizada a observação desses experimentos, foi avaliada o
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teste de germinação, com resultado positivo sem alterações de cada 25 sementes germinaram
15 sementes de gliricidia..
No laboratório de sementes foi realizada a escolha de grãos de soja a pesagem e a umidade
dos grãos de soja limpos num total de 400 sacolas de 03 épocas de colheita.
A repicagem de 21 amostras de 150 sacolas de pupunha para separação de amostras à
medição de área de preservação permanente de um total de 530 pés de mudas variadas em
torno de 0,45 cm a 1.80m de altura.
CONCLUSÃO
Devido às observações e atividades realizadas fica o aprendizado de obter novos
conhecimentos, a cada atividade feita, como também a satisfação de fazer parte de uma
estrutura importante para o acadêmico como para a faculdade. As atividades de montar
experimentos, dentro do laboratório de sementes, fazer a repicagem de mudas de açaí e
pupunha, verificar o crescimento e a germinação das mesmas faz com que se obtenha
conhecimento experimental de mudas para futuros reflorestamento dentro das áreas de
recuperação de preservação permanente como a perspectiva econômica viável diante da atual
situação ambiental vivida dentro do estado de Rondônia. De modo geral todas as atividades
devem ser consideradas de grande relevância garantindo o acesso, de conhecimento aos
alunos através do estágio em bacharelado no Núcleo de Produção Florestal – Embrapa.
Devido ás atividades realizadas, poderá ser concretizadas atividades de grande valia dentro
do conhecimento, onde contribuirá de maneira mais equilibrada os conhecimentos sobre a
diversidade metodológica para desenvolver projetos voltados para florestas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology ofdevelopment and germination. New
York: Plenum Press,p. 445, 1994.
CESPE, Manual de Produção de mudas. São Paulo. p. 244, 2002.
FERREIRA, F. A. Patologia florestal: principais doenças florestais no Brasil.Viçosa:
Sociedade de Investigações Florestais, p. 570, 1989.
FIGLIOLIA,M. B. Colheita de semente In: Silva, A.;Pinã-Rodrigues, F.C.M;FIGLIOLIA, M.
B. Manual técnico de sementes florestais, Instituto Florestal, p.1-12, 1995
MUCCI, F. E. S.; LASCA, C. C. Flora fúngica de sementes de essências florestais nativas.
Fitopatologia Brasileira, v.11, n. 2, p. 352, 1986.
NIMER, R.; LOUREIRO, N, C, M, N.; PERENICE, D. Influência de Alguns Fatores da
Planta Sobre o Grau de Dormência em Sementes de Mucuna Preta. Revista Brasileira de
Sementes, vol. 05, nº 2, p. 111-119, 1983.
OLIVEIRA, L,M.; DAVIDE, A,C.; CARVALHO, M, L. Avaliação de Métodos Para
Quebra da Dormência e Para a Desinfestação de Sementes de Canafístula (Peltophorum
dubium (Sprengel) Taubert. Sociedade de Investigações Florestais v.27, n.5, p.597-603,
2003.
ROBERTS, E.H. Dormancy: a factor affecting seed survival in the soil. In: ROBERTS,
E.H., Ed. Viability of seeds. London, Chapman and Hall, p. 321-359, 1974.
SCHELLAS, J.; GREENBERG, R. Forest patches in tropical landscapes. Washington;
Island Press, p. 426, 1997.
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IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DO EXTRATO
ETANÓLICO DAS FOLHAS DE Solanum jamaicense (SOLANACEAE)
MELO, E. F.¹; LIMA, R. A.²
1- Acadêmico do curso de Ciências Biológicas - Faculdade São Lucas - Porto Velho/RO;
2- Docente na Faculdade São Lucas; Doutorando em Biodiversidade e Biotecnologia - Universidade
Federal do Amazonas - Manaus/AM.
INTRODUÇÃO
Desde o princípio da história do estudo de doenças e da busca de curas, o homem recorre à
natureza em busca de plantas que sirvam de medicamento. Tal conhecimento foi por muito
tempo considerado apenas como sabedoria popular sem preocupação de estudos mais
aprofundados sobre as propriedades das plantas. A família Solanaceae, consistindo de cerca
de 1.500 espécies, sendo um dos mais numerosos do mundo [1] é reconhecida por sua
importância econômica, e envolve vários gêneros de importância medicinal. Solanum
jamaicense Mill., é uma planta medicinal de sabor amargo, encontrada nos estados da Região
Norte, como Amazonas e Rondônia. Tradicionalmente, o chá das folhas dessa espécie é
utilizado para combater inflamações em geral, problemas digestivos, cicatrizante e
hipoglicemiante [2]. Neste contexto, temos investigado incessantemente plantas do gênero
Solanum, com vistas à identificação de metabólitos secundários e posteriormente, o
isolamento de seus princípios ativos. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo
realizar a identificação de metabólitos secundários no extrato etanólico das folhas de S.
jamaicense.
METODOLOGIA
As folhas de S. jamaicense foram coletadas no município de Porto Velho-RO. Após a
coleta, as folhas foram pesadas frescas, e em seguida, colocadas para secar em estufa a 100°C.
A extração foi realizada a partir das folhas devidamente secas e triturada, sendo
posteriormente colocada em Erlenmeyer contendo 2L de etanol 95%, por sete dias, em três
repetições. Posteriormente, o material foi filtrado e submetido ao processo de destilação em
evaporador rotatório até a obtenção de xarope. Em seguida, foram realizados testes
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fitoquímicos com o extrato etanólico das folhas, baseados em precipitação e coloração dos
extratos diluídos em solução e reativos específicos para cada teste conforme [3]. O extrato
etanólico foi submetido ao teste para identificação de metabólitos secundários e foram
utilizados reagentes específicos de reconhecimentos de alcaloides (Mayer, Wagner e
Dragendorff), glicosídeos cardiotônicos (Salkowski, Kedde, Keller-Killiani e Liebermann
Burchard), de cumarinas voláteis, flavonoides, taninos (acetato de chumbo e cloreto de ferro
III) saponinas, triterpenos (Liebermann-Burchard e Salkowski) e derivados antracênicos livres
(Börntraeger).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados foram positivos para alcalóides (Wagner), glicosídeos cardiotônicos (Keller-
Killiani, Lieberman, Salkowski,Raymond), Figura 1, cumarinas, taninos, saponinas,
triterpenos (Salkowski), derivados antracênicos livres (Raymond-Marthoud), e negativos para
alcaloides (Mayer, Dragendorff), glicosídeos cardiotônicos (Kedde, Baljet Raymond),
triterpenos (Lierbermann-Buchard) e derivados antracenicos livres (Borntraeger). A mesma é
rica em glicoalcaloides e saponinas que são compostos de grande interesse farmacêutico.
Figura 1. Teste de reconhecimentos para verificar a presença de glicosídeos cardiotônicos das folhas de S.
jamaicense.
Segundo [4], a maioria das plantas desse gênero apresenta alcaloides e saponinas
esteroidais que são compostos de grande interesse na medicina tradicional, pois é a matéria-
prima para a produção de vários fármacos com diferentes aplicações.
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CONCLUSÃO
As análises fitoquímicas apresentadas neste trabalho revelaram que a espécie estudada
apresentou metabólitos secundários como alcaloides que podem ser potencialmente ativos em
modelos biológicos e farmacológicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] AGRA, M. F. 1999. New Species of Solanum subgenus Leptostemonum (Solanaceae)
from Chapada da Diamantina, Bahia, Brazil. Novon, 9, 292–295.
[2] SOARES, E .L. C.; SILVA, M. V.; VENDRUSCOLO, G. S.; THODE, V. A.; SILVA, J.
G.; MENTZ, L. A. 2008. A família Solanaceae no Parque Estadual de Itapuã Viamão, Rio
Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v.6, n.3, p.177-188.
[3] RADI, P. A.; TERRONES, M .G. H. 2007. Revista Brasileira de Farmácia, 2:20.
[4] VAZ, N. P. 2010. Constituintes Químicos de Solanum caavaurana Vell.; Isolamento,
Mapeamento Fitoquímico por IES-EM/EM e sua aplicação no tratamento da
Hanseníase. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná, 25p.
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IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS PRESENTES NO
EXTRATO ETANÓLICO DOS FRUTOS DE Solanum nigrum (SOLANACEAE)
CAVALCANTE, F. S.¹; LIMA, R. A.²
1- Acadêmico do curso de Ciências Biológicas - Faculdade São Lucas - Porto Velho/RO;
2- Docente na Faculdade São Lucas; Doutorando em Biodiversidade e Biotecnologia - Universidade
Federal do Amazonas - Manaus/AM.
INTRODUÇÃO
A família Solanaceae se destaca entre as mais ricas em número de espécies, tendo ampla
distribuição geográfica e variabilidade genética. Essas espécies possuem em sua composição
química metabolismos secundários importantes, tais como: flavonoides, glicosídios,
cumarinas, entre outros, com funções de defesa, atração e também de importância comercial,
tanto na área agronômica, alimentar, e perfumaria como também farmacêutica [1]. O
metabolismo secundário está diretamente envolvido nos mecanismos que permitem a
adequação do produto ao meio, como defesa contra herbívoros e micro-organismos, proteção
contra raios UV. São compostos alelopáticos, de alta capacidade biossintética [2]. A espécie
Solanum nigrum é a mais variável das solanáceas. Por ser morfologicamente distinta e
variável das outras espécies, tem-se observado que S. nigrum apresenta vários compostos
metabólitos, e que de acordo com a literatura, apresentam importância nutricional como
também medicinal. Possui grande atividade biológica pelas características específicas e
também gerais das solanáceas [3]. O objetivo deste trabalho é apresentar a partir dos extratos
etanólicos dos frutos de Solanum nigrum os metabolismos secundários existentes nesta
espécie.
METODOLOGIA
Os frutos de S. nigrum foram coletados no município de Porto Velho/RO, onde foram
levados para o Laboratório de Fitoquimíca da Faculdade São Lucas. Os frutos foram pesados
frescos. Em seguida, colocou-se em estufa a 50-100º C por 48 horas para secagem, após isso,
os frutos foram colocados em um Erlenmeyer contendo 150 mL de etanol 95% por sete dias,
em três repetições. Após esse processo, o extrato foi filtrado e destilado em evaporador
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
rotatório até a obtenção de xarope. Para identificar os principais grupos de compostos vegetais
de interesse, foram realizados testes fitoquímicos com o extrato etanólico, baseados em
precipitação e coloração dos extratos diluídos em solução e reativos específicos para cada
teste conforme [4]. Foram utilizados reagentes de reconhecimentos de alcalóides (Mayer,
Wagner e Dragendorff), glicosídeos cardiotônicos (Salkowski, Kedde, Keller-Killiani e
Liebermann Burchard), de cumarinas voláteis, flavonoides, taninos (acetato de chumbo e
cloreto de ferro III) saponinas, triterpenos (Liebermann-Burchard e Salkowski) e derivados
antracênicos livres (Börntraeger).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos testes realizados, obtiveram-se resultados positivos para alcaloides,
glicosídeos cardiotônicos, cumarinas voláteis, saponinas, triterpenos, esteroides e derivados
antracênicos livres (Figura 1). Porém, obtiveram-se resultados negativos para taninos e
flavonoides, sendo esses dois compostos de ampla distribuição nos vegetais e de grande
importância para combater insetos, fungos, vírus e bactérias e de grande relevância em
atividades farmacológicas [5]. Os alcaloides encontrados nesta espécie possuem significativo
potencial para o uso no meio ambiente e para a sociedade, sendo um grupo extenso para
estudos. A maioria das plantas do gênero Solanum apresentam em sua composição química,
alcaloides, como: a solanina, solamargina e solasodina, que são utilizadas com grande
potencial no controle de insetos [6].
Figura 1. Teste de reconhecimentos para verificar a presença de alcaloides nos frutos de S.
nigrum
CONCLUSÃO
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
A análise fitoquímica realizada a partir do extrato etanólico de frutos de Solanum nigrum
obteve um resultado positivo para alcaloides, glicosídeos cardiotônicos, cumarinas voláteis,
saponinas, triterpenos, esteroides e derivados antracênicos livres, mostrando-se que esta
espécie possui metabólitos secundários de grande importância para a obtenção de produtos
naturais com utilizações terapêuticas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Lobo, A.M. Lourenço, A.M. 2007. Biossíntese de produtos naturais. Lisboa: Instituto
Superior Técnico. 63p.
[2] Rodrigues, V.G.G. 2004. Os princípios ativos e o metabolismo secundário das plantas
medicinais. Rondônia: Embrapa. 54p.
[3] Mory-Ud-Din, A. 2009. Chemotaxonomic significanc of flavonoids in the Solanum
nigrum complex. J. Chil. Soc.,54 n.4, p.34-37.
[4] Radi, P.A.; Terrones, M.G.H. 2007. Revista Brasileira de Farmácia, 2:20.
[5] Araújo, P.S. 2005. Estudos fitoquímicos e avaliação da atividade antibacteriana in
vitro de Solanum crinitum Lam. Solanum rugosum Dunal. 58p. Dissertação (Mestrado de
Biologia Experimental), Universidade Federal de Rondônia.
[6] Guntner, C.; Gonzales, A.; Reis, R.; Gonzalez, G.; Vazquez, A.; Ferreira, A.; Moyna, P.
1997. Effect of Solanum glycoalkaloids on potato aphid, Macrosiphum euphorbiae. Journal
of Chemical Ecology, v.23, n.2, p.1651-1659.
PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARAÚJO LIMA NO MUNICÍPIO DE
PORTO VELHO – RO
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
SANTOS, G. G.¹; QUEIROZ, I. V.¹; LIMA, R. A.²
1- Graduado do curso de Ciências Biológicas da Faculdade São Lucas - [email protected]
2- Laboratório de Pesquisa em Química de Produtos Naturais, Universidade Federal de Rondônia,
Porto Velho; Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, Manaus, Amazonas,
Brasil.
INTRODUÇÃO
A Humanidade utiliza plantas desde alguns séculos antes de Cristo, primeiro numa relação
de consumidor de plantas e mais tarde para cura de suas enfermidades. O conhecimento sobre
plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades
e grupos étnicos. As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas medicinais
contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais,
prescritos com frequência, pelos efeitos medicinais que produzem, apesar de não terem seus
constituintes químicos reconhecidos.
Considerando que a medicina tradicional represente um papel fundamental e
indispensável dentro da sociedade, na medida em que, por meio de seus elementos, emprega
os símbolos compartilhados por toda uma civilização, deve-se conjeturar acerca da percepção
dos alunos sobre a importância de plantas medicinais para a saúde humana com base em
práticas mantidas há milhares de anos por seus ancestrais, pois esta oferece uma contribuição
ao desenvolvimento da medicina moderna, a partir de conhecimentos e práticas de saúde de
caráter empírico, influenciadas pelo contexto sociocultural, econômico e físico, no qual se
encontram inseridos. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo desenvolver um projeto
escolar tendo a questão ambiental como tema transversal. Além disso, conscientizar de forma
educativa, através de recursos dinâmicos e práticos os cuidados que poderiam realizar no
meio em que integram após a compreensão da botânica e suas finalidades e funções.
MATERIAL E METODOLOGIA
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
Através de aulas expositivas para os alunos do 8º e 9º ano do Ensino Médio Regular, foram
elencados os elementos fundamentais e dinâmicos acerca do conhecimento de plantas
medicinais, levando em consideração: características, morfologia, partes a serem utilizadas,
dosagens, métodos, conservação, validade, dentre outros tópicos. Conceitos a respeito da
Fitoterapia como ciência, também foram abordados, já que os mesmos dizem respeito
diretamente ao cerne do assunto. Por fim, foi ensinada uma receita caseira, porém, alertando
os benéficos e malefícios, por meios descritivos e oralmente essa preocupação com a
qualidade da saúde em geral. É relevante salientar que através dos dados fornecidos pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), constata-se que o uso de plantas medicinais pela
população mundial tem sido muito significativo nos últimos anos, sendo que este uso tem sido
incentivado pela própria OMS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados e objetivos traçados foram positivos, pois trabalhar com adolescentes e
jovens permite um aproveitamento grande, pois eles se entregam ao conhecimento e busca
aprender sempre mais. Além disso, foi possível expor os principais riscos e benefícios do uso
de plantas medicinais, instruir os alunos acerca de um correto preparo caseiro com base em
plantas medicinais, observando a curiosidade dos mesmos e a preocupação em uma correta
utilização de plantas medicinais.
CONCLUSÃO
Através deste estudo, ficou clara a importância de explorar temas ligados à educação
ambiental e alimentar, uma vez que os alunos sofrem com falta de infraestrutura adequada em
suas casas e também nas escolas.
REFERÊNCIAS
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
FURASTÉ, P. A. Normas Técnicas para o Trabalho Cientifico: Elaboração e
formatação. Explicitação das Normas da ABNT. – 15. Ed – Porto Alegre: s.n., 2011.
JÚNIOR, Valdir F. V. e PINTO, Ângelo C., Plantas medicinais – Cura segura?, Química
Nova, Vol. 28, nº 3, p. 519-528, 2005.
MACIEL, Maria A. M. et. al., Plantas Medicinais: A necessidade de estudos
multidisciplinares, Química Nova, vol.25, nº 3, p. 429-438, 2002.
PEREIRA, Rozimar C. et. al., Plantas utilizadas como medicinais no Município de Campo
de Goytacazes – RJ, Revista Brasileira de Farmacognosia, v.14, supl. O1, p. 37-40, 2004.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: UTILIZAÇÃO DE PARÓDIA MUSICAL COMO
ESTRATÉGIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
SANTOS, G. G.¹; FEITOSA, A. M. C.¹; LIMA, R. A.²
1- Graduado do curso de Ciências Biológicas da Faculdade São Lucas; - [email protected]
2- Laboratório de Pesquisa em Química de Produtos Naturais, Universidade Federal de Rondônia;
Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, Manaus, Amazonas, Brasil.
INTRODUÇÃO
A disciplina de Pratica de Ensino em Ciências Naturais VI focou esse semestre nas praticas
pedagógicas que constitui oportunidade de aperfeiçoamento de profissionais na área da
docência, sendo o momento pelo qual os professores têm a oportunidade de se aperfeiçoar
continuamente por meio da seleção dos fatores que contribuem para a resolução dos
problemas advindos da realidade escolar e de ordem, não menor, que o social. É importante
que o professor consiga prender a atenção do aluno, e para isso ele precisa conhecer cada um
e a maneira como aprendem não só para ter uma boa relação professor-aluno como também
para que os alunos se interessem e consigam absorver o máximo da aula. Ninguém consegue
usar todas as técnicas e o docente tem que tirar o que é bom, tem que ser algo que ajude e de
forma fácil que facilite o entendimento dos alunos. Cabe ao professor ser mediador na
produção de conhecimento, administrar a aula, promovendo a produção de saberes, afinal ser
professor é educar, por isto ele é um sujeito, assim como aluno deste processo sabe-se
também que as ações deste profissional são limitadas por não disporem tempo para o
planejamento de suas aulas, pela escassez de recursos materiais e pela carga horária
insuficiente (CARDOSO & COLINVAUX, 2000).
MATERIAL E METODOLOGIA
A disciplina foi dividida em duas etapas: a primeira era a turma formarem trios e
apresentarem as técnicas que foi dividida para cada um, e a segunda foi desenvolver um jogo
didático ou parodia musical em uma escola aplicando as técnicas estudadas e em seguida
fazer um relatório com os resultados. Os grupos falaram sobre procedimentos de manejo de
sala de aula que podem transformar uma boa aula em uma aula excelente, sobre técnicas de
planejamento das aulas que dependem da inserção na realidade do professor, sobre como o
professor transfere de modo ordenado a responsabilidade do trabalho cognitivo em sala de
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
aula para o aluno, apresentaram sugestões de como usar o conteúdo de forma estimulante,
para participação dos alunos em debates e respostas a indagações coletivas, abordaram
também técnicas para a criação de uma cultura escolar, onde o envolvimento dos alunos se
aprofunda. A paródia foi feita extraindo a melodia da canção “How can i go on – Freddie
Mercury e Montserrat Caballé” e como o início desta atividade em sala de aula, cantamos as
músicas para eles conhecerem as letras, depois foi pedido que todos acompanhassem a letra,
prestando atenção no que estava sendo cantado. No final das musicas foi realizado, em forma
de diálogo, uma análise da letra da paródia para que os alunos entendessem o que dizia a
música e para o entendimento da disciplina.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados foram positivos, pois é possível observar o interesse dos alunos e o
entrosamento na aula proposta, tendo um maior conhecimento e aprendizagem dos conteúdos
contidos na paródia. Eles adoraram, tendo alguns mais tímidos que tiveram um pouco de
resistência, mas se divertiram com a dinâmica.
Vou salvar mil rãs - Paródia Musical
(Música: How can i go on – Freddie Mercury e Montserrat Caballé)
2014. LIVRO DE RESUMOS 2014 – 2
ENCONTRO ESTUDANTIL DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS “O Estágio como Ferramenta para a formação Tecnico-
científica” ISSN 2358-0453 FACULDADE SÃO LUCAS
Eu sempre quis ser um biólogo sim
E insistir vou.
Até pirei minha vó
Quando caçava aranhas pra brigar sim
"Botava" pra brigar, sim brigar pra mim.
E eu ria sim, "Yeahh", sempre, "Ohoo", Sim.
Não piro mais minha vó, porque cresci.
Hoje minha vó se honra de mim
Biólogo eu vou ser, e vou salvar mil rãs
Sim, as rãs me importam
E eu as quero sempre sãs e salvas
Pois na ecologia desempenham
Papel fundamental em qualquer habitat
Salvar rãs eu vou
Meu filho te via brincando com aquelas
aranhas
Eu via sim
E te colocava pra dentro sim
Eu dizia: Menino pra casa agora, senão vou
ter bater
Tá... Tá bom, tá bom eu já vou entrar... Vó...
Calma aí... "Péra"!
Hoje, meu neto pra mim, vai ser um grande
Biólogo.
(Sim, vó... eu vou.) Foi pro teu bem.
(Eu sei, eu sei.) Hoje tu pode estudar.
(Até as "Nanoranas".) Eu te falei.
(Eu sei, eu sei.) Vais te formar, bem sei.
(Eu também sei.) Tu vai salvar mil rãs.
(Sim, salvar mil rãs.) Quero te veeer.
(Coletando rãs, nos lagos) Sim, quero te ver
(E vai me ver.) Com "Staurois", "Huias" e
"Lanzaranas".
Cuidando de habitats.
Uhuuuu...
Uhuuuu, Uhuuuu, Uhuuuu, Uhuuuu...
Uhuuuu...
"SALVAR RÃS EU VOOOOU!"
Salvar rãs eu vou, eu vou, eu vou, eu vou...
Yeah
CONCLUSÃO
55
Esta disciplina é de suma importância, pois nos leva a aprender como ser um profissional de
excelência, mudando um pouco a dinâmica da aula, saindo do tradicionalismo e conseguindo lidar
com cada aluno. Também nos proporcionou conhecer na prática o ambiente de ensino
desenvolvendo habilidades essenciais e nos incentivou a querer buscar mais, aplicando as técnicas
estudadas em sala e tendo um grande sucesso e uma aula excelente, onde os alunos se interessam e
queiram buscar sempre mais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Ciências Naturais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.
CARDOSO, Sheila Presentin & COLINVAUX, Dominique. Explorando a Motivação para
Estudar Química. Química Nova, 23 (2), 2000.
FURASTÉ, P. A. Normas Técnicas para o Trabalho Cientifico: Elaboração e formatação.
Explicitação das Normas da ABNT. – 15. Ed – Porto Alegre: s.n., 2011.
PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL DE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARAÚJO LIMA NO MUNICÍPIO DE PORTO
VELHO-RO
56
QUEIROZ, I. V.¹; SANTOS, G. G.¹; LIMA, R. A.²
1- Discente do curso de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas, Porto Velho Rondônia, Brasil;
2- Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas; Programa de Pós-Graduação em
Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, Manaus, Amazonas, Brasil.
INTRODUÇÃO
Considerando que a medicina tradicional representa um papel fundamental e indispensável
dentro da sociedade, deve-se conjeturar acerca da percepção dos alunos sobre a importância de
plantas medicinais para a saúde humana com base em práticas mantidas há milhares de anos por
seus ancestrais, pois esta oferece uma contribuição ao desenvolvimento da medicina moderna, a
partir de conhecimentos e práticas de saúde de caráter empírico, influenciadas pelo contexto
sociocultural, econômico e físico, no qual se encontram inseridos. Dessa forma, este trabalho teve
como objetivo desenvolver um projeto escolar tendo a questão ambiental como tema transversal.
Além disso, sensibilizar de forma educativa, através de recursos dinâmicos e práticos os cuidados
que poderiam realizar no meio em que integram após a compreensão da botânica e suas
finalidades e funções.
METODOLOGIA
Através de aulas expositivas para os alunos do 8º e 9º ano do Ensino Médio Regular, foram
elencados os elementos fundamentais e dinâmicos acerca do conhecimento de plantas medicinais,
levando em consideração: características, morfologia, partes a serem utilizadas, dosagens,
métodos, conservação, validade, dentre outros tópicos. Conceitos a respeito da Fitoterapia como
ciência, também foram abordados, já que os mesmos dizem respeito diretamente ao cerne do
assunto. Por fim, foi ensinada uma receita caseira, porém, alertando os benéficos e malefícios, por
meios descritivos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
57
É relevante salientar que através dos dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), constata-se que o uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito
significativo nos últimos anos, sendo que este uso tem sido incentivado pela própria OMS. Com
este projeto, conseguimos alcançar os objetivos esperados, bem como despertar o interesse dos
alunos para o assunto, observando a curiosidade dos mesmos em relação à receita caseira e a
preocupação sobre os benefícios e malefícios à saúde. Conclui-se que os estudos de plantas
medicinais é importante para toda a sociedade, visando à valorização do reino vegetal. Entretanto,
é necessário sempre alertar aos alunos, quanto à forma de utilização correta, cuidados e
procedimentos dos fitoterápicos para a saúde humana.
CONCLUSÃO
Diante desta situação propõem-se intervenções pedagógicas que busquem melhorar o ensino de
Botânica, como atividades extraclasses, atividades práticas, atividades de leitura e escrita e
projetos de trabalho interdisciplinares, além da revisão dos módulos de Biologia e formulação de
planos de ensino para facilitar no ensino.
A IMPORTÂNCIA DA HORTA ESCOLAR NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA
EXPERIÊNCIA INOVADORA
58
VALES, M. B.¹; ROCHA, Q.¹; RAIZA, A.¹; PEREIRA, C.¹; LIMA, R. A.²
1- Acadêmica do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas;
2- Docente do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas.
INTRODUÇÃO
Preparar o aluno para a cidadania significa ensinar por competências, propondo situações de
ensino-aprendizagem que favoreçam a articulação entre conhecimentos prévios e conhecimentos
novos. O tema “Plantas Medicinais” faz parte dos conteúdos de Ciências, porém muitos
professores demonstram insegurança para sua abordagem, principalmente quanto à identificação
botânica das espécies e ao uso correto destas. Com isso, este trabalho teve como objetivo relatar
uma experiência na implantação de uma horta medicinal escolar, como instrumento didático,
substituindo os limites físicos da sala de aula por um ambiente natural, proporcionando ao aluno
uma situação interdisciplinar de aprendizagem, contextualizada e problematizadora. O estágio em
licenciatura consiste em aulas teóricas e práticas que buscam proporcionar aos acadêmicos o
contato com a sala de aula e aos alunos uma nova experiência com atividades diferenciadas sendo
que muitas vezes as aulas do dia a dia tornam se cansativas e rotineiras.
MATERIAL E METODOLOGIA
A construção da horta suspensa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e
Médio Araújo Lima com 30 alunos do 7º ano do ensino fundamental, sendo executada em dois
momentos, no qual o primeiro momento visou abordar por meio de aula expositiva o conteúdo da
importância de hortas escolares, taxonomia e propriedades medicinais, terapêuticas e
condimentares. Em seguida, solicitou-se aos alunos que individualmente realizassem um registro
escrito por meio de um texto, sobre o conhecimento que eles possuíam antes e após o
desenvolvimento dessa aula.
Enquanto que no segundo momento foi feita a construção da horta com o plantio de mudas de
cebolinha verde (Allium fistolosum L.), pimenta de cheiro (Capsicum chinense L.), salsa
(Petroselinum crispum (Mill.) Nym), hortelã (Mentha villosa L.), babosa (Aloe vera L.), almeirão
(Cichorium intybus L.), rúcula (Eruca sativa L.), gengibre (Zingiber officinale) e camomila
(Camomila recutita). Como resultado, evidencia-se uma participação efetiva dos alunos,
59
compreendendo: levantamento etnobotânico para seleção das plantas; preparo dos canteiros,
produção e plantio de mudas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O trabalho desenvolvido com a horta medicinal na escola faz com que os alunos se apropriem
de saberes no sentido de reconhecer o valor das plantas. A horta escolar juntamente com as plantas
medicinais e os condimentos foi um passo para gerar vários temas integrados, como higiene,
respeito e cooperação, alimentação alternativa, entre outros. O presente trabalho deverá ter
prosseguimento para que mais alunos possam vivenciar a experiência cooperativada, utilizando
nas atividades da horta técnicas alternativas de adubação e recuperação de solos.
CONCLUSÃO
A oportunidade no Estágio Supervisionado se fez de suma importância, pois as acadêmicas
puderam ter a oportunidade de ter o contato com a sala de aula para aprender na prática como
acontece e como dar uma boa aula, se preparando ao máximo para passar o conhecimento
adquirido para os alunos com a finalidade de fazer com que os mesmos aprendam a disciplina de
Biologia não somente através do método tradicional, mas do método que eles possam identificar a
ciências no dia a dia deles, além de possibilitar a atuação na área desenvolvendo produções
acadêmicas e Científicas e entender a importância que tem o educador na formação pessoal e
profissional de seus alunos.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO MÉDIO
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO – RO
NASCIMENTO, R. L.1; ROSA, G. S.
1; LIMA, R. A.
2
60
1- Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL), Porto Velho-RO;
2- Docente do curso de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL), Porto Velho-RO.
INTRODUÇÃO
A aplicação da teoria e a pratica em sala de aula, com ânimo e dedicação e acima de tudo, o
comprometimento com a responsabilidade do ensino, onde sabemos que não existe uma receita
específica, para o aprendizado dos alunos, esta experiência na vida de um acadêmico voltado para
o ensino traz uma gama de conhecimento no aprendizado do ensino e que mostra á vida cotidiana
de um professor. No entanto, apresenta o despertar para a educação e o quanto é plenamente
gratificante para facilitador a educação e o quanto estamos contribuindo para o ensino. O presente
trabalho teve como objetivo, desenvolver o educando assegurando-lhe a formação indispensável
pra o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir profissionalmente em estudos
posteriores, com liberdade, responsabilidade, igualdade, justiça e democracia, a educação
proporcionando o encontro do ser humano consigo e com o mundo.
MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marcos de
Barros Freire ficando dividido entre observação e regência nas turmas do 1º, 2º e 3º ano do ensino
médio. As aulas começaram com a observação da metodologia do professor ministrante da
disciplina de biologia em seguida foram ministradas as aulas dando continuidade ao conteúdo do
professor. A parte de regência foi desenvolvida com o auxilio dos livros e do quadro onde foram
explicado o conteúdo, atividades e dinâmicas em grupo de forma a fazer com que os alunos
interagissem uns com os outros e a aplicar o conhecimento no seu dia-a-dia.
RESULTADOS E DISCUSÕES
Durante a observação notou-se o quanto os professores é importante para vida humana, que ali
na orientação educacional esta auxiliando a condução de um bom cidadão, essa atividade realizada
61
na escola, teve seu objetivo alcançado na observação e na regência, e tivemos oportunidade de
aplicar o nosso conhecimento adquirido em sala de aula com nossos orientadores. Também
durante as aulas ministradas, não foram encontrados nenhuma dificuldade na explanação em sala
de aula e a convivência com os adolescentes.
CONCLUSÃO
O estágio é um meio que pode levar o acadêmico a identificar novas e variadas estratégias para
solucionar problemas que muitas vezes ele nem imaginava encontrar na sua área profissional. Ele
passa a desenvolver mais o raciocínio, a capacidade e o espírito crítico, além da liberdade do uso
da criatividade. Contudo, preparando na formação de cidadãos competentes, críticos, conscientes,
com valores éticos, justos e preparados para a realidade em que vivem. Por tanto, foi uma
experiência de grande importância acadêmica.
A IMPORTÂNCIA DA REGÊNCIA NO ESTÁGIO EM CIÊNCIAS NATURAIS PARA A
VIDA DOS ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, PORTO VELHO – RO
NASCIMENTO, R. L.1; ROSA, G. S.
1; LIMA, R. A.
2
1- Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL), Porto Velho-RO;
62
2- Docente do curso de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas (FSL), Porto Velho-RO.
INTRODUÇÃO
Um grande desafio com o qual o aluno de um curso de licenciatura tem de lidar é unir prática e
teoria. Se esse problema não for solucionado ou pelo menos reduzido durante a vida acadêmica do
educando, essa dificuldade se refletirá na sua prática como professor. Portanto é imprescindível
que os formandos passe pelo estágio supervisionado para superar seus medos, aprender novas
técnicas onde são obtidas através da prática do nosso cotidiano. O presente trabalho teve como
objetivo despertar nos acadêmicos a criatividade e o interesse pela educação. Além disso,
melhorar a comunicação e troca de experiências com professores e os alunos, estimulando um uso
mais efetivo e intenso de metodologias inovadoras que vão, de forma efetiva, auxiliar na captação
do conhecimento por parte do alunos.
MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Jorge Vicente
Salazar dos Santos, que esta situada na Rua Jerônimo Santana nº2940 Bairro Cohab Floresta. O
estágio ocorreu no período de 13 a 23 de maio de 2014, no turno da tarde com os alunos,
abrangendo turmas de 6º a 9° ano do ensino fundamental. Com isso os acadêmicos escolheram
junto com o professor ministrante, da disciplina de ciências da escola, uma turma de cada ano para
reger quatro aulas. Os conteúdos foram aplicados por meio de slides, demonstração prática e
atividades escritas e orais que facilitaram ao aluno entender de forma prática o conteúdo
apresentado.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante o estágio foi possível observar que o desempenho e o interesse dos alunos pelo
conteúdo aumentaram exponencialmente de forma que as aulas ministradas pelos estagiários se
63
tornaram algo prazeroso para ambas as partes, estagiários, alunos e o professor. Com o termino do
estágio notou-se que os alunos aprenderam de forma ampla o conhecimento apresentado e alguns
já estavam colocando em prática o que aprenderam durante as aulas. Também foi possível
observar o desempenho dos estagiários que usaram da criatividade para deixar a aula interessante
aos olhos dos alunos.
CONCLUSÃO
Com esses resultados é possível dizer que o estágio é uma atividade traz imensos benefícios
para a aprendizagem dos acadêmicos, e para a melhoria do ensino, no que diz respeito à sua
formação, certamente trará resultados positivos, além de estes tornarem-se ainda mais importantes
quando se tem consciência de que as maiores beneficiadas serão a sociedade.
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO ETANÓLICO
DAS RAÍZES DE Solanum stramonifolium (SOLANACEAE)
BANDEIRA, R. A.¹; CONCEIÇÃO, A. O.¹; LIMA, R. A.²
64
1- Acadêmica do curso de Ciências Biológicas - Faculdade São Lucas - Porto Velho/RO;
2- Doutorando em Biodiversidade e Biotecnologia - Universidade Federal do Amazonas - Manaus/AM.
INTRODUÇÃO
O estudo das plantas cresce anualmente no Brasil e no mundo. Juntamente com estes estudos,
aumentam o interesse e o conhecimento pelos componentes químicos das plantas, em especial
aquelas de utilizadas na medicina tradicional, úteis para a manutenção da saúde e da qualidade de
vida; mas também se considera a ocorrência eventual de toxicidade nestas plantas [1].
A Amazônia é hoje o centro da atenção mundial por seus abundantes recursos naturais,
biodiversidade, águas, florestas e pelo papel determinante no equilíbrio climático da Terra. O
gênero Solanum (Solanaceae) inclui aproximadamente 1700 espécies. S. stramonifolium conhecida
popularmente como falsa-jurubeba é uma espécie originária da África e das Antilhas, cresce
espontaneamente no Brasil, já que se adapta muito bem em clima tropical e é pouco exigente em
relação ao tipo de solo [2]. O estado de Rondônia conta com grande variedade de espécies do
gênero Solanum, sendo que muitas se encontram sem classificação botânica e sem estudos
fitoquímicos detalhados. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo verificar a presença de
metabólitos secundários no extrato etanólico das raízes de S. stramonifolium.
METODOLOGIA
O material vegetal foi coletado e identificado no Herbário Dr. Ary Tupinambá Penna Pinheiro
da Faculdade São Lucas, onde uma exsicata encontra-se depositada sob o número 5257. As raízes
de S. stramonifolium foram coletadas no município de Porto Velho-RO e após a coleta, as mesmas
foram pesadas frescas, e em seguida, colocadas para secar em estufa a 100°C. A extração foi
realizada a partir das raízes devidamente secas e triturada, sendo posteriormente colocada em
Erlenmeier contendo dois litros de etanol 95%, por sete dias, em três repetições. Após isso, o
material foi filtrado e submetido ao processo de destilação em evaporador rotatório até a obtenção
de xarope. Em seguida, foram realizados testes fitoquímicos com o extrato etanólico das raízes,
baseados em precipitação e coloração dos extratos diluídos em solução e reativos específicos para
cada teste conforme [3]. O extrato etanólico foi submetido ao teste para identificação de
metabólitos secundários e foram utilizados reagentes específicos de reconhecimentos de alcaloides
65
(Mayer, Wagner e Dragendorff), glicosídeos cardiotônicos (Salkowski, Kedde, Keller-Killiani e
Liebermann Burchard), de cumarinas voláteis, flavonoides, taninos (acetato de chumbo e cloreto
de ferro III) saponinas, triterpenos (Liebermann-Burchard e Salkowski) e derivados antracênicos
livres (Börntraeger).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos dos testes fitoquímicos realizados do extrato etanólico das raízes,
mostraram a presença de alcaloides, taninos, flavonoides, saponinas, tritepernos. Porém, não
foram encontrados no extrato etanólico das raízes, os glicosídeos cardiotônicos, derivados
antracênicos livres e cumarinas voláteis (Figura 1).
Figura 1. Teste de reconhecimentos para verificar a presença de alcaloides nas raízes de S. stramonifolium.
A identificação de metabólitos secundários em espécies vegetais pode ser uma fonte de
informação de grande interesse terapêutico, com grande potencial para aplicação em estudos que
envolvem a saúde humana. [4] em estudo fitoquímico dos compostos esteroidais dos frutos
maduros de S. stramonifolium Jacq., verificou a presença de quatro componentes fitoquímicos:
alcaloides esteroidais; Tomatideno, Diosgenina, Dieno de Diosgenina e um Esterol II, verificando
realmente a presença de alcaloides nesta espécie.
CONCLUSÃO
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Conclui-se que o extrato etanólico das raízes de S. stramonifolium apresenta compostos
secundários (alcaloides, taninos, flavonoides, saponinas e triterpenos) de grande valor medicinal
podendo ser utilizado na indústria farmacêutica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Barg, D.G. 2004. Plantas tóxicas. São Paulo: Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo.
[2] Agra, M.F.; Kiriaki, N.S. & Berger, L.R. 2009. Flora da Paraíba, Brasil: Solanum L.
(Solanaceae). Acta Botânica Brasílica 23(3): 826-842.
[3] Radi, P.A. & Terrones, M.G.H. 2007. Revista Brasileira de Farmácia 20(2): 18-22.
[4] Sinfontes, C.A.S. 2008. Estudo dos compostos esteroidais dos frutos de Solanum
stramoniifolium Jacq. (Família Solanaceae). 50p. Monografia de Graduação. Coordenação de
Ciências Biológicas da Faculdade São Lucas, Porto Velho.
CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL: NO ENSINO DE BIOLOGIA
67
BANDEIRA, R. A.¹; SILVA, S. G. ¹; LIMA, R. A.²
1- Acadêmicas do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas;
2- Docente do curso de Ciências Biológicas – Faculdade São Lucas.
INTRODUÇÃO
Se ficarmos olhando para o que nos apresenta o mundo agora, teremos uma previsão
desanimadora do futuro do planeta, mas se olharmos para o que podemos fazer (e devemos
começar já) verão as crianças de agora serão os pesadores de amanhã e é nelas que devemos
procurar incutir, passar e tentar modificar o comportamento diante da natureza, porque somos o
que aprendemos ser (VICTORINO, 2000).
Para entender melhor é preciso que o homem viva em harmonia com a natureza, na
participação de toda a comunidade nas soluções dos problemas ambientais e na relação dinâmica
existente entre os ecossistemas naturais e os sistemas sociais, criando soluções para o
gerenciamento racional dos recursos naturais e o destino das gerações futuras e a sobrevivência da
espécie humana. O grande problema da civilização moderna é ter percebido que ainda depende da
natureza, que a tecnologia ainda não conseguiu, e nunca conseguirá produzir artificialmente todo
oxigênio necessário à manutenção da vida na terra. Que ainda não foi descoberto o meio, e nem
será, de manter os ciclos naturais da água de modo a garantir a estabilidade do clima, as chuvas
nas horas e dias certos e a amenidade das temperaturas. O desenvolvimento econômico a qualquer
custo e o poder adquirido pelo crescimento fazem com que a destruição dos recursos naturais e do
patrimônio chegue a níveis preocupantes. A industrialização maciça e tardia, no Brasil, incorporou
padrões tecnológicos avançados para a base nacional, mas ultrapassados no que se refere ao meio
ambiente, com escassos elementos tecnológicos de tratamento, reciclagem e reprocessamento
(VICTORINO, 2000).
Todo problema do desequilíbrio do meio ambiente natural é decorrência do funcionamento de
uma sociedade específica. Seu sistema produtivo usa a madeira como combustível e,
principalmente como matéria-prima industrial; nas áreas mais industrializadas, os fósseis passaram
a fonte de combustível, os minérios são usados como matéria-prima e as florestas tiveram de ceder
seus espaços para campos agrícolas e áreas de pastagem. Todo o imenso problema que nossa
geração herdou decorreu do tipo de funcionamento de uma sociedade neurotizada pela ânsia do
acúmulo material e saturada por valores típicos de egocentrismo exacerbado (SOUZA, 2000).
68
MATERIAL E METODOLOGIA
Serão utilizados durante a aplicação do projeto diversos materiais como:
• Lixeira (coleta seletiva) personalizada;
• Papel sulfite;
• Caixa de lápis de cor;
• TNT;
• EVA;
• Brindes que serão sorteados para os participantes durante a atividade.
Para inicio da aplicação do projeto será apresentado o tema onde serão expostas informações
importantes para todo o percorrer da atividade citando os diversos impactos conhecidos e os que
mais atingem a sociedade juntamente com dinâmicas para que os alunos possam participar,
permitindo assim uma interação professor-aluno-professor durante toda a atividade. E ao final eles
deveram desenhar uma solução ou um problema ambiental, para isso será disponibilizado para os
alunos papel sulfite e lápis de cor. Ao final será feito sorteio de alguns brindes para os
participantes.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A aplicação da atividade visa à conscientização dos participantes do que diz respeito ao meio
ambiente. E que os alunos possam criar uma nova ideia de meio ambiente, preservando e
ajudando a salvar o planeta. Essas ideias também podem ser passadas de gerações em gerações,
para que nossas futuras crianças cresçam consigam ampliar os limites de compreensão sobre a
importância da natureza e preservá-la.
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Figura 1. Alunos do 7º ano elaborando desenhos, com uma solução ou um problema ambiental. (BANDEIRA, 2013).
Em comparação de estudo podemos observar, que a educação ambiental nas escolas: uma
estratégia de mudança efetiva, para que haja o desenvolvimento sustentável, tem que haver
consciência ambiental da sociedade como um todo, e as escolas como educadores têm que fazer
seu papel, para se chegar ao desenvolvimento sustentável. Acredita-se que uma eficaz ferramenta
para uma consciência ambiental se faz através do ensino formal, colocando em prática atitudes
ecologicamente correta para o bem estar das populações. Os alunos por geral apenas têm uma leve
percepção do que é meio ambiente, sem ter um conhecimento critico da importância o meio
ambiente em que vivem (LOPES, 2009).
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CONCLUSÃO
A aplicação do projeto visa à conscientização dos participantes do que diz respeito ao meio
ambiente. E que os alunos possam criar uma nova ideia de meio ambiente, preservando e
ajudando a salvar o planeta. Essas ideias também podem ser passadas de gerações em gerações,
para que nossas futuras crianças cresçam consigam ampliar os limites de compreensão sobre a
importância da natureza e preservá-la.
REFERÊNCIAS
GOWDACK, Demétrio; Martins, Eduardo. Ciências, Naturezas e Vida. FTD, São Paulo, 1996.
LOPES, W.; BISPO, W.; CARVALHO, J.; Educação Ambiental nas Escolas: Uma Estratégia
de Mudança Efetiva. Disponível em:
http://www.catolicato.edu.br/portal/portal/downloads/docs_gestaoambiental/projetos2009-1/1-
periodo/Educacao_ambiental_nas_escolas_uma_estrategia_de_mudanca_efetiva.pdf> Acesso em
13/11/14.
SOUZA, Nelson. Educação Ambiental: Dilemas da Prática Contemporânea. Thex, Rio de Janeiro, 2000.
VICTORINO, Célia. Canibais da Natureza: Educação ambiental, limites e qualidade de vida. Vozes,
Petrópolis, 2000.
71
IDENTIFICAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NO EXTRATO ACETÔNICO
DAS FOLHAS DE Synadenium carinatum BOISS (EUPHORBIACEAE)
FIALHO, S. N.¹; CHAVES, R. C.¹; ALBINO, A. M.¹; SILVA, R. R.¹; LIMA, R. A.²
1- Discente do Curso em Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil saara-
2- Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil; Pós-Graduação
em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, Manaus, Amazonas, Brasil.
INTRODUÇÃO
A medicina popular é uma alternativa, na maioria das vezes eficaz, para aqueles que não têm
fácil acesso a medicina convencional. A Synadenium carinatum Boiss, pertence à família
Euphorbiaceae, sendo conhecida popularmente como leiteira da Amazônia. Na medicina popular,
esta planta é referenciada no tratamento e na cura de diversos tipos de câncer, como o câncer de
mama. Devido à escassez de trabalhos fitoquímicos na literatura científica sobre esta planta, é que
este trabalho teve como objetivo identificar os metabólitos secundários das folhas de S. carinatum.
METODOLOGIA
As folhas de S. carinatum foram coletadas no município de Porto Velho-RO. Posteriormente a
coleta, as folhas foram pesadas frescas, e em seguida, colocadas para secar em estufa a 50°C
durante três dias. A extração foi realizada a partir das folhas devidamente secas e triturada. Em
seguida, colocadas com um litro de acetona 95% por sete dias, em três repetições. Posteriormente,
o material foi filtrado e submetido ao processo de destilação em evaporador rotatório até a
obtenção de xarope. Em seguida, foram realizados testes fitoquímicos com o extrato acetônico das
folhas, baseados em precipitação e coloração dos extratos diluídos em solução e reativos
específicos. O extrato acetônico foi submetido ao teste para identificação de metabólitos
secundários e foram utilizados reagentes específicos de reconhecimentos de alcaloides (Mayer,
Wagner e Dragendorff), glicosídeos cardiotônicos (Baljet, Kedde, Keller-Killiani, Liebermann-
Burchard e Salkowski), de cumarinas voláteis, flavonoides, taninos (acetato de chumbo e cloreto
de ferro) saponinas, triterpenos (Salkowski e Liebermann-Burchard).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados foram positivos para alcaloides (Dragendorff e Mayer), glicosídeos cardiotônicos
(Keller-Killiani, Baljet, Kedde, Salkowski), cumarinas voláteis, taninos (condensados), saponinas e
triterpenos. Porém, resultados negativos foram para alcaloides (Wagner), glicosídeos
cardiotônicos (Lierbermann-Buchard) e flavonoides. As análises fitoquímicas apresentadas neste
trabalho revelaram que a espécie estudada apresenta metabólitos secundários que precisam ser
isoladas e identificas para serem realizados testes farmacológicos in vitro e in vivo.
CONCLUSÃO
Conclui-se que houve a presença de compostos presentes no extrato acetônico das folhas da
espécie estudada e que estes podem ser utilizados como matéria-prima para beneficiar o meio
ambiente e à sociedade por meio da fabricação de medicamentos.
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