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Palmito
PROFESSOR: José Palmito Rocha
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O MODERNISMOO MODERNISMO• Século XX: estado de insatisfação do homem em relação à civilização (=caminho traçado pelo homem, pela humanidade);• Ruptura com o passado para levá-lo de volta às origens primitivas, a sua formação pura;• Estado de insegurança em relação aos aconteci- mentos dos últimos anos do século XIX: expansão e/ou industrialização dos países europeus;• Primeira Guerra Mundial - início do século XX =>transformações na maneira de pensar do homem moderno (idéia de nacionalismo / nazismo, fascismo ecomunismo => intensas agitações;•1939-1945: Segunda Guerra Mundial / (EUA x URSS).
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POÉTICA
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente [protocolo e manifestações de apreço ao sr.
Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o [cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
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Palmito
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si [mesmo.
De resto não é lirismo.
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante [exemplar com cem modelos de cartas e as
diferentes [maneiras de agradar às mulheres, etc.
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Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
-Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
(Manuel Bandeira)
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CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM MODERNISTA
No poema de Manuel Bandeira, percebemos algumas características da linguagem da poesia modernistas. Tais como:
Emprego do verso livre;
As palavras em liberdade;
A ausência de pontuação;
A irreverência;
O antipassadismo cultural;
A influência das correntes vanguardistas;
A liberdade de criação
A exaltação de estados inconscientes
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Conheça outras características tanto da poesia quanto da prosa modernista:
Fragmentação e flashs cinematográficos: influência da vida moderna.
O CAPOEIRA
-Qué apanhá sordado?
-O quê?
-Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada
Síntese: a busca de frase curta.
AMOR
Humor
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A busca de uma língua brasileira: desprezando o rigor das regras gramaticais, aproximam a língua literária escrita da língua falada pelo povo brasileiro.
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do BrasilNacionalismo: os primeiros modernistas se interessam
por temas brasileiros, buscando valorizar nossas tradições e cultura. Ironia, humor, piada, paródia: os modernistas procuravam ser críticos e bem-humorados.
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senhor feudal
Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia
Temas extraídos do cotidiano: os modernistas acreditavam na possibilidade de a arte ser extraída das coisas simples da vida e não apenas dos grandes temas universais.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi o cigarro e fiquei pensando...
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Urbanismo: nas duas primeiras décadas do século XX, os modernistas, influenciados pelo Futurismo, apreciaram os temas relacionados à cidade e suas modernidades.
Os caminhões rodando, as carroças rodando,
Rápidas as ruas se desenrolando,
Rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos...
E o largo coro de ouro das sacas de café!...
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A A SEMANASEMANA DEDE ARTEARTEMODERNAMODERNA
1922 -1922 - Marco do Modernismo no Brasil. Movimento:Movimento: artístico político social
Intenção de colocar a cultura
brasileira a par das correntes
de vanguarda do pensamento
europeu e pregava a tomadade consciência da realidade
brasileira.
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A SEMANA DE ARTE MODERNA
Não se conhece ao certo de quem partiu a idéia de realizar uma mostra de artes modernas em São Paulo. Contudo, sabe-se que, já em 1920, Oswald de Andrade prometera para 1922 – ano do centenário da Independência – uma ação dos artistas novos “que fizesse valer o Centenário!”.
Em 1921 o grupo modernista que realizaria a Semana estava completamente organizado e amadurecido para o evento.
A Semana de Arte Moderna ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, com a participação de artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
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OS SAPOS
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- “Meu pai foi à guerra!”
- “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”
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O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: -”Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
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Vai por cinqüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...
Urra o sapo-boi:
- “Meu pai foi rei” – “Foi!”
- “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.
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Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
-“A grande arte é como
-Lavor de Joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo.”
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas:
- “Sei!” – “Não sabe!” – “Sabe!”.
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Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Verte a sombra imensa;
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio... (Manuel Bandeira)
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A IMPORTÂNCIA DA SEMANA
A Semana de Arte Moderna, vista isoladamente, não deve merecer tanta atenção. Os jornais da época, por exemplo, não lhe dedicaram mais do que algumas poucas colunas e a opinião pública ficou distante. Seus participantes não tinham sequer um projeto artístico comum; unia-os apenas o sentimento de liberdade de criação e o desejo de romper com a cultura tradicional. Foi, portanto, um acontecimento bastante restrito aos meios artísticos, principalmente em São Paulo.
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Apesar disso, a Semana foi aos poucos ganhando uma enorme importância histórica:
1º - Representou a confluência das várias tendências de renovação que vinham ocorrendo na arte e na cultura brasileira antes de 22 e cujo objetivo era combater a arte tradicional.
2º - Conseguiu chamar a atenção dos meios artísticos de todo o país e, ao mesmo tempo, aproximar os artistas com idéias modernistas que até então se encontravam dispersos.
3º - Permitiu a troca de idéias e de técnicas, o que ampliaria os diversos ramos artísticos e os atualizaria em relação ao que se fazia na Europa.
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1922 a 1930 - 1ª Fase Modernista 1922 a 1930 - 1ª Fase Modernista
Tentativa de definir e marcar posiçõesTentativa de definir e marcar posições
CARACTERÍSTICAS
• Rompimento com todas as estruturas do passado, necessidade de definição.• Caráter anárquico => sentido destruidor.• Manifestação do nacionalismo => volta às origens, à pesquisas de fontes quinhentistas, procura de uma“língua brasileira”, as paródias, valorização do índioverdadeiramente brasileiro.Final da década de 20Final da década de 20 - - postura que apresenta duas vertentes distintas:• Nacionalismo crítico (denúncia da realidade brasileira/frente da esquerda)• Nacionalismo ufanista (utópico e exagerado - extremadireita).
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REVISTAS E MANIFESTOSREVISTAS E MANIFESTOS
KLAXONKLAXON - 1923 - 1923
A REVISTA - 1925A REVISTA - 1925
MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL - 1924MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL - 1924
Fruto das agitações do ano de 1921 e da Semana deArte Moderna. Tinha como proposta uma concepçãoestilística diferente, que anunciava a modernidade, oséculo XX, “buzinando”, pedindo passagem.
Escrito por Oswald de Andrade e tinha como propostauma literatura vinculada à realidade brasileira, a partirde uma redescoberta do Brasil.
Publicação responsável pela divulgação do movimentomodernista em Minas Gerais e tinha como um dos redatores Carlos Drummond de Andrade.
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MANIFESTO REGIONALISTA DE 1926MANIFESTO REGIONALISTA DE 1926
REVISTA DA ANTROPOFAGIA - 1928 / 1929REVISTA DA ANTROPOFAGIA - 1928 / 1929
Através do Centro Regionalista do Nordeste, lança-se o Manifesto, que procura desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste dentro dos valores modernistas. Tinha como proposta trabalhar em prol dos interesses daregião nos seus aspectos diversos: sociais, econômicos e culturais. Década de 30 - regionalismo nordestino resulta em brilhantes obras literárias com nomes que vão de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Raquel de Queiroz e Jorge Amado (romance)a João Cabral de Melo Neto (poesia).
Movimento antropofágico que surgiu como uma nova etapado nacionalismo Pau-Brasil e como resposta ao grupo verde-amarelista, que criara a Escola da Anta. Miscelânea ideológicaem que o movimento modernista se transformara, com artigosque vão de Oswald e Mário de Andrade, Alcântara Machado,Drummond (1ª “dentição”)/ 2ª “dentição”- Fase mais definida ideologicamente, uma vez que se via uma época de definições.Ruptura de Oswald com Mário de Andrade.
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MÁRIO DE ANDRADE - 1893 / 1945MÁRIO DE ANDRADE - 1893 / 1945
Há uma gota de sangue em cada poema => obra de estréia => influências de escolas anteriores (rigor à métrica, rima, vocabulário...)
Sua poesia manifesta-se modernista a partir do livroPaulicéia Desvairada (ruptura com os moldes do passado e objetivo de análise e constatação da cidade de São Pauloe seu provincianismo (=cidade multifacetada).
Lutou por uma língua brasileira, próxima do povo(cuspe = guspe, quese = quasi). Valorizou, também, obrasileirismo e o folclore brasileiro.
Obras: Clã do Jabuti / Remate de males / Amar, VerboIntransitivo/ Macunaíma (o anti-herói).
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OSWALD DE ANDRADE
• Trouxe idéias do Futurismo para o Brasil.• Idealizador dos principais manifestos modernistas.• Foi militante político.
Características de sua obra:• nacionalismo que busca as origens sem perder a visãocrítica da realidade brasileira.• A paródia como uma forma de repensar a literatura.• Valorização do falar cotidiano• Análise crítica da sociedade burguesa capitalista.• Inovação da poesia no aspecto formal.
Obras:O Rei da VelaSerafim Ponte Grande (*)Memórias sentimentais de João Miramar (*)(*) Há quebra de estrutura dos romances tradicionais: capítulos curtíssimos e semi-independentes, num misto de prosa.
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MANUEL BANDEIRA - 1886 / 1968MANUEL BANDEIRA - 1886 / 1968
As fatalidades da vida deixam em sua obra cicatrizesprofundas (morte do pai, da mãe e da irmã, convivência esofrimento com sua própria doença).
Buscou na própria vida inspiração para os seus grandestemas: de uma lado a família, a morte, a infância no Reci-fe, o rio Capibaribe; de outro, a constante observação darua por onde transitam os mendigos, as prostitutas, osmeninos carvoeiros, os carregadores das feiras, falandoo português gostoso do Brasil (humor, ceticismo, ironia,tristeza e alegria dos homens, idealização de um mundomelhor.
ObrasObras:A Cinza das Horas (0bra de estréia-influência parn./simb.)Carnaval / O Ritmo Dissoluto (engajamento moderno)Libertinagem (Modernismo)