Manejo de bacias hidrográficas e gestão de recursos hídricos em empreendimentos florestais
Manejo de bacias hidrográficas e gestão de recursos hídricos em empreendimentos florestais
II Encontro Brasileiro de Silvicultura
Robson LaproviteraGerente de Planejamento Florestal
Campinas, Abril de 2011
IP no MundoIP no Mundo
� Empresa global de Papel e Embalagens
� 60.000 profissionais
� Operações em mais de 20 países
Slide 2
� Exporta para 120 países
� # 92 na Fortune 500
� Uma das “Empresas mais admiradas do Mundo” – Revista Fortune
� Uma das “Empresas Mais Éticas do Mundo” – Revista Ethisphere
IP no BrasilIP no Brasil
TLLA
MG
Fábrica de Papel
São Paulo - Escritório Corporativo
MG
� 2 fábricas integradas de papel não revestido e celulose
� 1 fábrica de papel
� 2.559 colaboradores
� Exporta para 50 países
� Líder de mercado (linha Chamex)
� Está entre os produtores de papel não revestido de menor custo no mundo
� Capacidade de produção de 1 milhão de toneladas de papel não revestido
As florestas da IPAs florestas da IP
� 50 anos de Brasil, 101.000 ha em 32 municípios (SP e MG);
� 25% das terras estão destinadas a conservação da natureza;
� 01 Reserva Particular do Patrimônio Natural;
� 02 microbacias para avaliar os efeitos do manejo sobre as águas;
� Sistema de Gestão Integrado (ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001);
� Certificação Florestal (CERFLOR, PEFC, FSC).
Licenciamento e Gestão do Consumo D’águaLicenciamento e Gestão do Consumo D’água
Slide 6
Controle do consumo de água, em
atendimento à vazão especificada na outorga
de uso dos recursos hídricos
Sistema de cloração para garantir a
qualidade da água para consumo
humano
Controle e Monitoramento de Efluentes LíquidosControle e Monitoramento de Efluentes Líquidos
Slide 7
Monitoramentos de efluentes
líquidos no processo produtivo
Construção de fossas sépticas nas áreas
administrativas e residenciais nos hortos da empresa
Controle e Monitoramento de Efluentes LíquidosControle e Monitoramento de Efluentes Líquidos
Slide 8
Caixa de retenção de sedimentos na
lavagem de tubetes
Caixa separadora de água e óleo na oficina
mecânica
Controle e Prevenção da Poluição HídricaControle e Prevenção da Poluição Hídrica
Slide 9
Prevenção da poluição
quando da manutenção de
equipamentos
Armazenamento
e transporte de
combustíveis
Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e LíquidosSistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Líquidos
Slide 10
Tambores para coleta seletiva Baias construídas para o armazenamento
dos resíduos, antes dos mesmos serem
encaminhados ao destino final
Tanque para armazenamento de óleo usado,
que é encaminhado para reprocessamento
Armazenamento e Uso de Defensivos AgrícolasArmazenamento e Uso de Defensivos Agrícolas
Slide 11
Galpões para o armazenamento de
defensivos agrícolas, respeitando requisitos
ambientais e de segurança
Orientação técnica quanto ao
uso de defensivos
Treinamento e Capacitação Treinamento e Capacitação
Slide 12
Palestras sobre controle de impactos
ambientais e atendimento a situações de
emergênciasRealização de Simulados para vazamentos
de óleos, combustíveis e defensivos agrícolas
Conservação do Solo e da Água Conservação do Solo e da Água
Slide 13
Sistema de terraceamento
Procedimento para estradas, mini-terraço e
camaleão
Manejo de Bacias Hidrográficas em Plantações FlorestaisManejo de Bacias Hidrográficas em Plantações Florestais
1. Conceitos sobre:
� Ecologia e manejo da paisagem
� Manejo de bacias hidrográficas
Slide 14
2. Manejo de Bacias Hidrográficas
� Aplicação da ecologia da paisagem no MBH e planejamento florestal
� Aplicação do conceito de hidrossolidariedade nas relações com a comunidade
� Aplicação da hidrologia florestal no manejo de bacias hidrográficas
A Ecologia da Paisagem é a base do Manejo de Bacias HidrográficasA Ecologia da Paisagem é a base do Manejo de Bacias Hidrográficas
A ecologia da paisagem considera a natureza espacial dos ecossistemas, com o foco em
sua distribuição espacial e suas inter-relações funcionais (Rowe, 1988).
A silvicultura moderna deve reconhecer a importância do manejo ecossistêmico, incluindo
a manutenção da complexidade estrutural da paisagem e a provisão de uma variedade
Slide 15
significativa de habitats e nichos ecológicos (Franklin, 1992).
A proteção dos ecossistemas ripários, principalmente em regiões de maior densidade de
drenagem e nas cabeceiras de bacias hidrográficas, associada à conservação das áreas de
reserva natural existentes são estratégias a serem consideradas no manejo ecossistêmico
da paisagem florestal.
O MBH deve buscar a conciliação das visões conservacionista e preservacionistaO MBH deve buscar a conciliação das visões conservacionista e preservacionista
Visão “Preservacionista”
O manejo de bacias hidrográficas significa a proteção da vegetação que cobre regiões
montanhosas ou qualquer área natural, com o propósito de se produzir água de ótima
qualidade para consumo humano.
Slide 16
Visão “Conservacionista”
O manejo de bacias hidrográficas pode ser definido como o processo de organizar e
orientar o uso da terra e de outros recursos naturais numa bacia hidrográfica, afim de
produzir bens e serviços, sem destruir ou afetar adversamente o solo e a água (BROOKS et
al., 1991).
Aplicação da Ecologia da Paisagem no MBH e no Planejamento FlorestalAplicação da Ecologia da Paisagem no MBH e no Planejamento Florestal
A estratégia de localização da reserva legal em 05 propriedades (11.000 ha) no Município de
Brotas – SP, considerou a análise integrada de fatores como índice de sítio, propriedades físicas
dos solos, hidrologia na paisagem e distribuição espacial dos ecossistemas naturais.
Slide 17
Floresta das Águas Perenes (800 ha)
Após 45 anos de cultivo de eucalipto na bacia
a água continua a fluir e o ecossistema de
cerrado regenera naturalmente.
Criação de uma Floresta de Alto Valor de Conservação com Foco em ÁguaCriação de uma Floresta de Alto Valor de Conservação com Foco em Água
Slide 18
Esta área foi considerada FAVC por
fornecer serviço ambiental de proteção de
bacia hidrográfica e produção hídrica, pois
preserva um dos principais cursos d’água
que abastece o rio principal do município,
cuja principal atividade econômica é o eco-
turismo associado a esportes náuticos.
Produzindo Água em Parceria com a Comunidade - HidrosolidariedadeProduzindo Água em Parceria com a Comunidade - Hidrosolidariedade
Comunidade, CATI e IP , “plantando mudas” na maquete do Programa
de Microbacias.
Slide 19Reservatório de água do poço tubular profundo
construído com capacidade de armazenar 35.000 m³.
Reservatório de água do poço tubular profundo construído para abastecer 06 propriedades.
Áreas em amarelo representam a ampliação em 93 ha da reserva legal, cuja localização foi obtida a partir de consenso com a comunidade local.
Da Hidrologia Florestal para o Manejo de Bacias HidrográficasDa Hidrologia Florestal para o Manejo de Bacias Hidrográficas
� Por meio da diferença entre o deflúvio médio da microbacia e o excedente hídrico regional
obteve-se o valor de 193 mm. Este valor pode ser considerado como o consumo de água a mais
pela floresta plantada, se comparado com uma cobertura vegetal de porte menor, valor este que se
encontra próximo a média esperada de acordo com a literatura (JACKSON, ET AL. 2005).
� A questão que se coloca aqui é a seguinte: onde é possível inovar no processo produtivo afim de
que se mantenha a boa produtividade florestal mas que se melhore a oferta de água a jusante?
No processo de “destruição criativa” o velho dá lugar ao novo, o foco é na inovaçãoNo processo de “destruição criativa” o velho dá lugar ao novo, o foco é na inovação
O planejamento do novo ciclo de plantio na microbacia procurou enfrentar esse desafio.:
� Reserva legal x Zona Ripária: Aumento da proteção em duas cabeceiras de drenagem;
� Redução de estradas em áreas críticas da microbacia;
� Novo espaçamento de 6,00 x 1,40 m para reduzir a perda de água por interceptação do dossel.
O manejo deve ser adaptativo e a sustentabilidade dos negócios advém da inovaçãoO manejo deve ser adaptativo e a sustentabilidade dos negócios advém da inovação
� Resultados animadores obtidos nos dois primeiros anos de monitoramento com novo manejo;
� Incluindo os dois últimos anos no histórico de balanço hídrico da microbacia experimental, o
consumo de água a mais pela floresta plantada reduziu-se de 193 mm para 98 mm;
� Este resultado não é conclusivo, mas enseja boas perspectivas quanto ao aumento do deflúvio.