1
Marcos Vinícius Moreira de Castro
AFERIÇÃO DA PROPORÇÃO ÁUREA
EM SORRISOS AGRADÁVEIS
Dissertação apresentada para obtenção do Título de Mestre pelo Programa de Pós-graduação do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté. Subárea de Concentração: Periodontia
Orientadora: Prof. Dra. Lucilene Hernandes Ricardo
Taubaté - SP
2005
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MARCOS VINÍCIUS MOREIRA DE CASTRO
AFERIÇÃO DA PROPORÇÃO ÁUREA EM SORRISOS AGRADÁVEIS
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - TAUBATÉ, SP.
Data: _______________________________
Resultado: __________________________
.
COMISSÃO JULGADORA
Profa. Dra. Lucilene Hernandes Ricardo - UNITAU – Taubaté - SP
Assinatura _________________________________
Prof. Dr. José Roberto Cortelli - UNITAU – Taubaté - SP
Assinatura _________________________________
Prof. Dr. Cesário Antonio Duarte - USP – São Paulo - SP
Assinatura _________________________________
3
Dedico este trabalho a minha esposa Luciana Machado de Siqueira Castro e
minhas filhas Luma de Siqueira Castro e Marina de Siqueira Castro fontes de inspiração
e estímulo.
4
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar ao Grande Arquiteto do Universo, que sem ele nada somos.
Aos meus pais João Moreira de Castro (“In memorian”) e Lourdes Maria de Castro, o
princípio de tudo.
A Orientadora Profa. Dra. Lucilene Hernandes Ricardo pela segurança na condução
deste trabalho tornando este convívio em grande aprendizado.
Ao Coordenador Dr. José Roberto Cortelli, mais que um professor um novo e querido
amigo.
A Dra. Débora Pallos que representa um caminho curto para Periodontia atual.
Ao Professor Jobenil Luis Magalhães Junior pela firmeza e competência na Estatística.
Ao Professor José Cláudio Motão, um apoio forte e decisivo neste trabalho.
Ao meu sobrinho Marcus Vinícius Moreira Castro Silva pelo apoio e várias noites de
trabalho, o que tornou meu caminhar pela Ciência mais leve.
Aos colegas de Mestrado em especial a minha família de Periodontistas: Amilton,
Juliano, Marcelo, Mário, Paulo Marçal e Paulo Tavares.
Aos funcionários da UNITAU, em especial, Alessandra Borges Serra, Adriana Pellogia
e Geni de Fátima César, pela competência e apoio neste Mestrado.
Ao Professor Alexandre Lustosa Pereira sempre pronto a emprestar seus
conhecimentos, mais que um colega de docência, um amigo.
A bibliotecária Eliana Kobbaz pela revisão que tornou meu trabalho adequado às
normas.
5
CASTRO, M. V. M. Aferição da proporção áurea em sorrisos agradáveis. 2005. 50f.
Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Departamento de Odontologia, Universidade
de Taubaté, Taubaté, 2005.
Resumo
A literatura odontológica tem discutido referenciais anatômicos faciais e dentários para
caracterização do sorriso. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da
proporção áurea em portadores de sorrisos agradáveis. 260 universitários de 18 a 30
anos (130 de cada gênero) com incisivos, caninos e pré-molares superiores íntegros nas
cidades de Anápolis e Goiânia em Goiás e Palmas em Tocantins foram avaliados nesse
estudo. Foi considerado sorriso agradável, aquele que permitiu a exposição, no mínimo,
dos segundos pré-molares, ausência de retração gengival, preenchimento gengival por
papilas não hiperplásicas, exposição de 3 mm de gengiva, linha do lábio inferior
paralela à linha incisal e dos pontos de contato dos dentes superiores e, com simetria ao
exame visual. Desta amostra, 21 pacientes apresentaram este sorriso (11 do gênero
feminino e dez do masculino), e tiveram seus incisivos, caninos e pré-molares
superiores do mesmo hemiarco, mensurados, tanto no sentido cervicoincisal como no
mesiodistal, empregando-se sonda periodontal de 15 mm (sonda da Carolina do Norte),
paquímetro digital e análise informatizada de imagem digital. Os dados foram
submetidos a análise estatística para comparação entre os dentes contíguos considerando
como referência 1,618 (proporção áurea) com significância estatística de p < 0,05. Os
resultados alcançados mostraram prevalência da proporção áurea em 7,1% nos sorrisos
agradáveis, sendo a avaliação por análise informatizada a que mostrou maior
concordância entre as medidas observadas. A conclusão deste trabalho é que a
proporção áurea foi um achado pouco freqüente entre os dentes contíguos que se
mostram no sorriso na amostra estudada.
Palavras-chave: Epidemiologia, Estética, Medições, Sorriso.
6
CASTRO, M. V. M. Checking of Golden proportion in agreeable smiles. 2005. 50 f.
Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Departamento de Odontologia, Universidade
de Taubaté, Taubaté, 2005.
Abstract
Dental literature has discussed anatomical facial and dental references for the
characterization of the smiles. The aim of this study was to determine the prevalence of
golden proportion in subjects presenting agreeable smiles. Two hundred and sixty
subjects from eighteen to thirty years old (a hundred and thirty subjects of each gender)
from universities of Anápolis in the state of Goiás and Palmas in state of Tocantins with
upper incisors, canines and premolars presenting anatomical integrity were evaluated in
this study. It was considered agreeable smiles the ones that display at least second
premolars; have no gingival retraction in the smile area; in which interdental papilla fills
all interdental spaces and is not hyperplasic; showing less than three millimeters of the
upper gums; having the line of the lower lip parallel to the incisal line of the upper teeth
and also to an imaginary line linking contact points of this teeth; and, finally, presenting
symmetry at examination. Twenty one patients of this sample showing this kind of
smile (eleven female and ten male) had their upper incisors, canines and premolars of
same hemiarch measured in cervicoincisal and mesiodistal direction using a periodontal
probe of 15 mm length (North Caroline’s probe), a digital boley gauge and informatized
analysis. The data were submitted to statistical analysis for comparison of adjacent teeth
considering 1.618 (golden proportion) as a reference, with statistical significance of p <
0.05. The reached results had shown a prevalence of 7.1% of golden proportion in
agreeable smiles, being the evaluation for informatized analysis the one that showed to
greater agreement between the observed measures. The conclusion of this work is that
golden proportion was not often found in adjacent teeth shown at smile in the sample
studied.
Key words: Epidemiology, Esthetics, Measurements, Smiling.
7
SUMÁRIO
Resumo
Abstract
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
1 Introdução
2 Revisão da Literatura
2.1 Estética facial
2.2 Proporção dentária
2.3 Contorno e papila gengival
2.4 Análise do sorriso
2.5 Classificação do sorriso gengival
2.6 Altura da coroa clínica
3 Proposição
4 Metodologia
4.1 Critérios para inclusão e exclusão
4.2 Definição de sorriso agradável
4.3 Locais de desenvolvimento e efetuação do estudo
4.4 Coleta de Dados
4.5 Procedimentos estatísticos
5 Resultados
6 Discussão
7 Conclusões
Referências
Apêndice
Anexo
5
6
8
9
11
12
12
14
16
17
20
21
23
24
24
24
26
26
28
30
40
43
44
47
50
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Exposição, no mínimo, dos segundos pré-molares, ausência de
retração gengival na área do sorriso, papilas preenchendo todo
espaço interdental e não hiperplásicas
24
Figura 2 - Exposição de no máximo 3 mm de gengiva 25
Figura 3 - Linha do lábio inferior paralela à linha incisal dos dentes superiores
e a uma linha imaginária que passa pelos pontos de contato destes
dentes
25
Figura 4 - Aferição com sonda da Carolina do Norte 27
Figura 5 - Aferição com paquímetro 27
Figura 6 - Aferição informatizada 27
Figura 7 - Fórmula de cálculo do tamanho da amostra para populações infinitas 28
Figura 8 - Características de sorriso agradável no gênero feminino. Nenhum
indivíduo apresentou apenas uma característica; 12 mostraram duas
(9,2%); 34 mostraram três (26,2%), 52 mostraram quatro (40%); 21
mostraram cinco (16,2%); 11 apresentaram sorriso agradável, ou
seja, as seis características (8,5%)
33
Figura 9 - Características de sorriso agradável no gênero masculino. Um
indivíduo apresentou uma característica (0,8%); 16 mostraram duas
(12,3%); 54 mostraram três (41,5%), 43 mostraram quatro (33,1%);
seis mostraram cinco (4,6%); dez apresentaram sorriso agradável,
ou seja, as seis características (7,7%)
34
Figura 10 –
Características de sorriso agradável no gênero nos dois gêneros. Um
indivíduo apresentou uma característica (0,4%); 28 mostraram duas
(10,8%); 88 mostraram três (33,8%), 95 mostraram quatro (36,5%);
27 mostraram cinco (10,4%); 21 apresentaram sorriso agradável, ou
seja, as seis características (8,1%)
34
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Exposição de pelo menos os segundos pré-molares 30
Tabela 2 - Exposição de até 3 mm de gengiva durante o sorriso 30
Tabela 3 - Presença de paralelismo da linha do lábio inferior à linha incisal dos
dentes superiores e a uma linha imaginária que passa pelos pontos
de contato destes dentes
30
Tabela 4 - Ausência de retração gengival na área do sorriso 30
Tabela 5 - Papilas preenchendo todo espaço interdental e não hiperplásicas 31
Tabela 6 - Simetria ao exame visual 31
Tabela 7 - Características de sorriso agradável agrupadas 31
Tabela 8 - Exposição de pelo menos os segundos pré-molares versus gênero 32
Tabela 9 - Exposição de até 3 mm de gengiva durante o sorriso versus gênero 32
Tabela 10 - Presença de paralelismo da linha do lábio inferior à linha incisal dos
dentes superiores e a uma linha imaginária que passa pelos pontos
de contato destes dentes versus gênero
32
Tabela 11 - Ausência de retração gengival na área do sorriso versus gênero 32
Tabela 12 - Papilas não hiperplásicas preenchendo todo espaço interdental
versus gênero
32
Tabela 13 - Simetria ao exame visual versus gênero 33
Tabela 14 - Caracterização da quantidade de características de sorriso agradável
que ocorreram isoladas ou simultaneamente
33
Tabela 15 - Contagem e Proporções das diferenças significativas entre as
comparações por gênero e tipo de medida dos dentes contíguos que
são expostos nos sorrisos, ou seja, de segundo a segundo pré-
molares superiores
35
Tabela 16 - Comparação da largura dos incisivos centrais com os laterais no
gênero feminino
37
Tabela 17 - Comparação da largura dos incisivos centrais com os laterais no
gênero masculino
37
Tabela 18 - Comparação da largura dos incisivos com laterais os caninos no
gênero feminino
38
10
Tabela 19 - Comparação da largura dos incisivos com laterais os caninos no
gênero masculino
38
Tabela 20 - Aferição da largura pela altura dos incisivos centrais no gênero
feminino
39
Tabela 21 - Aferição da largura pela altura dos incisivos centrais no gênero
masculino
39
Tabela 22 - Somatória da aferição da largura pela altura dos incisivos centrais 39
11
1 Introdução
A beleza tem na face, especialmente no sorriso, razão de constante busca.
Analisar a estética e impor normas são tarefas difíceis, porém necessário faz-se
estabelecer os parâmetros que devem nortear procedimentos clínicos e cirúrgicos. Em
Periodontia, o refinamento e a delicadeza na manipulação tecidual possibilitam, muitas
vezes, criar ou devolver ao indivíduo o sorriso esperado.
A definição de parâmetros para sorrisos agradáveis baseia-se muito na
Geometria e na Fisiologia. Para Rufenacht (2003) desde a arte grega, que sempre
assumiu uma estética corporal perfeita, a beleza deveria ser expressa em fórmulas
matemáticas e físicas que envolvessem todas as partes do corpo. Na teoria de Pitágoras
encontramos matematicamente o corpo proporcional, que seria a definição da proporção
divina ou áurea, acreditando ser uma referência dada por Deus, pela perfeição
harmônica que representa.
A Proporção Áurea tem sido motivo de estudo desde os mais remotos tempos.
Representa a mais agradável proporção entre duas medidas. Há muito se observou essa
proporção como sendo equivalente a 1,618:1 e convencionou-se identificá-la pela letra
grega Phi. Tem nos sólidos regulares, especialmente no pentagrama, sua reprodução.
Esta proporção também aparece com uma constância notável na natureza; podemos
encontrá-la na disposição das folhas, flores, pássaros, insetos, caracóis, escamas de
peixes, corpo humano, e em tantos outros locais, quanto estejamos dispostos a
encontrar. O homem apropriou-se desta proporção para elaborar pirâmides, edifícios e
tantas outras obras de Arte e Arquitetura. Mesmo buscando na Matemática com Boyer
(2003), na Arte e na Arquitetura com Doczi (2002) não pudemos precisar efetivamente
quando foi descrita inicialmente.
A Estética em Odontologia busca a proporção entre as dimensões dentárias
para obtenção de harmonia e composição de sorrisos agradáveis. Desta maneira,
instrumentos de aferição sugerem (especialmente entre incisivos e caninos superiores)
uma relação de suas larguras condizente com a proporção áurea.
A aferição da dimensão dos dentes expostos durante o sorriso reveste-se de
importância quando são executadas técnicas cirúrgicas periodontais visando a exposição
ou o aumento de coroa clínica com finalidade estética.
12
2 Revisão da Literatura
2.1 Estética facial
Para Peck e Peck (1970), alternativamente, a linha dentária mediana deve ser
desviada para obter a aprovação estética, mostrando assim uma variação da
divisibilidade e simetria que envolvem a estética de uma maneira quase que universal. O
fato de a linha mediana corresponder exatamente ao centro pode contribuir para a
artificialidade.
Vig e Brundo (1978) observaram que, em posição estática, os lábios estão
ligeiramente separados, os dentes desocluídos e os músculos peribucais relaxados; neste
estado quatro fatores influenciam a exposição dentária: extensão (altura) labial superior,
idade, raça e gênero. A quantidade da exposição dentária em repouso é determinada
predominantemente pela ação muscular. A idade é inversamente proporcional à
exposição dos incisivos superiores e diretamente aos inferiores. O envelhecimento
fisiológico atua nos tecidos mostrando aumento da destruição e redução da reposição
progressiva. No caso de envelhecimento patológico a destruição tecidual ocorre de
maneira acelerada com determinadas doenças, como as periodontites, por exemplo.
Progressivamente, com o passar dos anos ocorre redução da tonicidade muscular
orofacial e flacidez tegumentar (da pele e mucosa) do terço inferior da face, provocando
menor exposição dos incisivos superiores e maior dos inferiores. Do ponto de vista
racial, há menor exposição dos incisivos superiores e maior dos inferiores em negros do
que em asiáticos e nestes menos do que nos caucasianos. O gênero feminino mostra
uma média de exposição dos incisivos maxilares de 3,4 mm enquanto que no gênero
masculino esta média fica em torno de 1,9 mm.
Miller, Boden Junior e Jamison (1979) observaram que não é usado um ponto
de referência para linha dentária mediana na mandíbula, porém a coincidência com a
mediana maxilar não ocorre em 75% dos casos. Se existe um ponto focal anterior (um
diastema, por exemplo), a linha dentária mediana pode ser colocada neste ponto como o
fulcro. A segunda razão para estabelecer a linha mediana exatamente no centro é para
que se desvie a atenção das assimetrias e desarmonias faciais.
Para Ferreira (1988) a definição de estética é ampla, podendo ser
filosoficamente entendida como "estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade
de sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções que ela suscita no homem".
13
Allen (1993) relatou que o equilíbrio parece ser necessário para busca da
harmonia facial e considerou a linha interpupilar como ponto de referência para
avaliação da simetria facial. Segundo o autor, a face pode ser dividida em três terços: o
superior, que freqüentemente é muito variável, dependendo do estilo de cabelo do
indivíduo, termina na glabela (ponto mais proeminente da testa localizado entre as duas
sobrancelhas); o terço médio, que tem início na glabela e termina no subseptonasal
(ponto diretamente abaixo do nariz) e o terço inferior que vai do subseptonasal até o
tecido mole do mento localizado na borda inferior da mandíbula.
Moskowitz e Nayyar (1995) definiram que o sorriso agradável, também
denominado de ideal, tem relação com as estruturas faciais e é aquele em que a linha
interpupilar tem eixo horizontal relativamente paralelo com a linha comissural,
apresenta bom contorno gengival (arco parabólico regular) e se caracteriza pela
ausência de diastemas e presença de papilas preenchendo as ameias.
Para Ahmad (1998), ainda que a estética tradicionalmente refira-se a um
conceito artístico, princípios científicos quantificados também podem ser usados. A
estética dentária governada por parâmetros matemáticos ocorre quando são aplicadas
técnicas clínicas e laboratoriais, que podem conduzir a restaurações com aparência
estética única. Essas leis geométricas não são imutáveis, porém são utilizadas para
fabricação em série de diversos produtos. Com respeito à harmonia facial, é importante
que seja avaliada a simetria radial, considerando-se linha labial, curvatura do lábio
superior, simetria do canto da boca e linha do sorriso referidas ao plano sagital. O autor
ainda afirmou ser importante salientar correlações geométricas dentofaciais mais
relacionadas à Ortodontia. No aspecto frontal os pontos destacados foram: linha
horizontal do cabelo, superciliar, interpupilar, interalar e comissural. Estas linhas
paralelas criam simetria horizontal e atuam como forças coesivas (harmônicas) para
unificar a composição facial. A linha mediana (vertical) é perpendicular a estas linhas e
opõe à coesividade destas. As forças coesivas são de fundamental importância na
obtenção de uma estética agradável. A derivação na linha mediana (forças segregativas)
é secundária e pode ocorrer em muitos indivíduos sem efeitos deletérios. A linha
interpupilar é usada como referência para os planos oclusal e incisal. As outras linhas
horizontais não atuam como referências definitivas, sendo usadas como acessórias. As
bordas incisais dos dentes anteriores devem ser paralelas à linha interpupilar e
perpendiculares à linha mediana. Uma inclinação no plano incisal pode ser atribuída a
14
fatores dentários (atrição, diferentes padrões de erupção e doenças periodontais) ou
esqueléticos (como exemplo maxila inclinada).
Guerra (1998) utilizou 240 fotografias coloridas de oitenta alunos de
graduação e submeteu a trinta julgadores, sendo 15 não leigos (da área de Ortodontia) e
15 leigos (jornalistas, advogados, engenheiros e funcionários públicos), selecionando 15
sorrisos considerados agradáveis e 15 não agradáveis. A conclusão foi que os sorrisos
agradáveis apresentam equilíbrio, proporção, composição e harmonia.
Para Rufenacht (1998) a posição dinâmica da composição dentofacial é
caracterizada pela exposição dentária durante o sorriso e varia com o grau de contração
dos músculos faciais, forma e espessura labial, o contorno esquelético e a forma e
dimensão dentária. O paralelismo do plano incisal com a linha comisural, tem
perpendicularmente a linha mediana fornecendo uma imagem de espelho balanceada.
Existe, porém controvérsias na literatura quanto à posição da linha dentária mediana na
maxila.
Vieira (2004) afirmou existir um aumento fisiológico do corredor bucal (espaço
negativo) durante o processo de envelhecimento. Este espaço negativo também pode ser
visualizado durante a formação do sorriso entre a comissura labial e as superfícies
vestibulares dos dentes superiores. Sua aparência é influenciada pela profundidade do
sorriso (quantidade de dentes expostos no sorriso), o arco maxilar e o tônus dos
músculos faciais. Quanto à linha média facial, recomendou estabelecer uma linha
imaginária dividindo o filtro labial em duas partes iguais.
2.2 Proporção dentária
Levin (1978) referenciou a proporção áurea, usada desde a antiguidade, com
exemplos na natureza e utilizada por artistas e designers. Recomendou a aplicação deste
sistema para estética dentária no segmento ântero-superior, de modo que, quando visto
frontalmente, o sorriso seja considerado mais agradável quando a largura do incisivo
lateral dividida pela largura do central resultar no número de ouro, ou seja, 0,618. O
mesmo número deve aparecer quando a largura do canino for dividida pela do incisivo
lateral. A face distal do canino não deve ser observada numa vista frontal. Estas
proporções são baseadas no tamanho aparente dos dentes vistos frontalmente e não em
seu tamanho real individualmente. O autor preconizou gabaritos de incisivos e caninos
15
seguindo esta proporção. Tempos depois, o mercado lançou um compasso de três pontas
que reproduz a proporção áurea.
Brisman (1980) elaborou pesquisa em que foram avaliados desenhos e
fotografias da forma e proporção de incisivos centrais superiores. Os avaliadores foram
112 dentistas, 215 estudantes de Odontologia, 399 pacientes do gênero masculino e 695
pacientes do gênero feminino. Concluiu que a grande diferença de opinião ocorreu entre
dentistas e pacientes. Não houve diferença significativa com relação ao gênero. Na
observação de dentes individualmente, os alongados foram os preferidos, mostrando
uma proporção ideal largura/altura de três para cinco. O autor definiu um incisivo
central superior proporcionalmente balanceado quando a largura for correspondente de
0,75 a 0,80 da altura
Mavroskoufis e Ritchie (1980) aferiram o diâmetro mesiodistal das coroas dos
incisivos centrais superiores de setenta alunos do curso de Odontologia da Universidade
de Londres, sendo 41 do gênero masculino e 29 do feminino. Concluíram que 86 a 90%
dos pacientes examinados mostraram dimensões e/ou formas diferentes de coroas entre
os incisivos centrais direitos e esquerdos. Observaram também que os homens
apresentam coroas destes dentes mais largas.
Com a inclinação mesial do ângulo incisal dos dentes anteriores superiores, os
pontos de contato coincidem tanto com curva incisal dos mesmos quanto com curvatura
do lábio inferior. Os caninos e incisivos superiores mais costumeiramente estão
envolvidos na estética do sorriso, embora durante este ato possam ser expostos até
molares superiores. O comprimento da coroa anatômica dos incisivos centrais e caninos
não desgastados varia de 11 a 13 mm, com média de 12 mm, da junção esmalte-
cemento até a borda incisal, enquanto a média para o incisivo lateral é igual a 10 mm
(MISKINYAR, 1983)
A análise do tamanho e forma dos dentes é fundamental para estabelecimento
de um sorriso adequado. Para Ahmad (1998), o tamanho do incisivo central é
determinado pela altura (inciso-gengival) dividida pela largura (mesiodistal). A largura
do incisivo central dividida por sua altura mostra valores ideais entre 0,75 e 0,8, valores
elevados mostram incisivos curtos e valores baixos incisivos longos.
Rufenacht (1998) definiu que a proporção áurea é descrita para os dentes
anteriores superiores, em especial os incisivos. Embora o canino possa quebrar
ligeiramente a regra, a relação proporcional áurea que se observa entre os elementos do
segmento anterior produz evidente expressão de harmonia. O autor relatou que na
16
relação dente a dente, os incisivos e caninos superiores devem ser analisados para
estabelecimento da proporção áurea. Os gregos acreditavam que o belo pode ser
quantificado e representado por fórmula matemática, já Pitágoras criou a proporção
áurea (1/1,618 = 0,618) e Platão a proporção bela (1/1,733 = 0,577). A proporção áurea
é a mais utilizada em Odontologia, especialmente comparando as larguras dos incisivos
centrais com os laterais e dos laterais com os caninos superiores.
Ward (2001) descreveu que a imagem obtida para uma avaliação digital deve
ser o mais paralela possível do plano facial para minimizar a distorção. Este autor,
também recomendou que observássemos a diversidade existente na natureza, raramente
o resultado final segue todas as regras matemáticas do desenho proporcional do sorriso.
Duarte et al. (2003) revisaram os parâmetros clássicos da literatura e
concluíram que as chamadas proporções áureas descritas por filósofos e matemáticos
gregos, se valeram de medidas de comprimento e largura para justificar a beleza e
harmonia na natureza, perpetuam até hoje, influenciando na concepção de monumentos,
casas e outros objetos de arte.
Mahshid et al. em 2004, avaliaram 157 alunos de Odontologia (75 mulheres e
82 homens), com idades variando entre 18 a 30 anos, cujo sorriso natural não
apresentava nenhuma tensão visual e classificados como pessoas que tinham um sorriso
estético. Um programa de medida da imagem foi usado para medir as larguras
mesiodistais aparentes de seis dentes ântero-superiores sobre as fotografias digitalizadas
destes indivíduos. Investigando as larguras destes dentes observaram que a proporção
áurea não foi encontrada. Os autores concluíram que a proporção áurea é uma
importante diretriz introduzida na criação de relações harmoniosas entre as larguras dos
dentes ântero-superiores.
2.3 Contorno e papila gengival
Segundo McGuire (1998) existe, de maneira geral, maior largura de gengiva
inserida na face vestibular dos incisivos laterais em relação aos incisivos centrais e esta
diferença equivale a 1 mm.
Levando-se em conta a previsibilidade no resultado do tratamento, a
classificação proposta por Nordland e Tarnow em 1998 definiu a papila gengival como:
normal – quando preenche todo o espaço interproximal, de apical até o ponto de contato
17
interdentário; classe I – quando o vértice da papila situa-se entre o ponto de contato e a
junção amelocementária na região interproximal, ou seja, a junção amelocementária na
face proximal não está visível; classe II – quando o vértice da papila situa-se apical ou
na junção amelocementária na face proximal, mas coronária à junção amelocementária
na região vestibular, estando a junção amelocementária na face proximal visível; classe
III – quando o vértice da papila situa-se apical ou na junção amelocementária na região
vestibular, estando toda junção amelocementária visível.
Rufenacht (1998) definiu que o contorno do tecido gengival normal, sem
retração ou hiperplasia, tem detalhes interessantes a serem evidenciados. O zênite
(ponto da curvatura máxima do contorno gengival) é variável, para os dentes anteriores;
este ponto nos incisivos laterais superiores é simétrico (no longo eixo), nos incisivos
centrais e caninos, se desloca ligeiramente para distal.
Para Duarte e Castro (2004b) a gengiva papilar deve preencher o espaço
interproximal, considerando o perímetro entre a área de contato, faces dos dentes
contíguos e o vértice da crista óssea alveolar interdentária. Tanto a hiperplasia quanto a
retração da papila gengival alteram dramaticamente a estética do sorriso. Ambas as
situações podem ocorrer como seqüela de doença periodontal. No caso de retração da
papila gengival, ocorre o que se conhece como espaços ou buracos negros, que geram
aspecto antiestético.
2.4 Análise do sorriso
Tjan, Miller e The (1984) determinaram que o sorriso padrão deve exibir: o
comprimento total dos dentes anteriores superiores expondo até os pré-molares; a curva
incisal dos dentes paralela à curvatura interna do lábio inferior; os dentes anteriores
superiores tocando ligeiramente ou deixando um mínimo espaço com o lábio inferior.
Ahmad, em 1998 demonstrou que alguns fatores podem influenciar o sorriso
gengival, como por exemplo, a natureza étnica. Indivíduos da raça negra costumam
mostrar menos os dentes e gengiva superiores, provavelmente devido à forma e ao
volume dos músculos labiais. A melhor avaliação do sorriso envolve, naturalmente, toda
a composição dentofacial, que permitirá caracterizá-lo como sorriso com conotação
agradável. O sorriso perfeito ocorre quando a dentição ântero-superior está alinhada
com a curvatura do lábio inferior, os ângulos dos lábios elevados na mesma altura
18
bilateralmente (simetria do sorriso) e os espaços negativos bilateralmente separados os
dentes dos ângulos dos lábios.
A relação entre o lábio superior e os dentes parece ser adequada quando atinge
a margem gengival nos incisivos centrais superiores durante o sorriso. Em indivíduos
que completaram seu crescimento e apresentam exposição gengival durante o sorriso de
2 mm segundo McGuire (1998) ou 3 mm conforme afirmou Ahmad (1998), considera-
se que sejam portadores de sorriso gengival.
Dong et al. (1999) analisaram por meio de fotografia digital o sorriso
completo de indivíduos coreanos que apresentavam oclusão normal. Correlacionaram
com condições bucais, personalidade, prática de exercícios para o sorriso e elementos
do sorriso, como a posição do lábio. Concluíram que para ser estético, o sorriso
completo deve apresentar o lábio superior curvo para cima ou reto, curva incisal dos
dentes ântero-superiores paralela ao lábio superior e expor até os primeiros molares
superiores. Os autores observaram que a quantidade de incisivos centrais superiores
exposta reduz gradualmente, à medida que há um aumento na exposição de dentes
incisivos inferiores. Pôde-se observar também que indivíduos extrovertidos e com
ansiedade baixa mostraram sorrisos mais atrativos e que exercícios contínuos para o
sorriso favoreceram sua estética. Baseados nos resultados de seus estudos os autores
estabeleceram alguns fatores que compõem o sorriso. Primeiramente consideraram a
posição do lábio superior (tipo de sorriso) classificando este sorriso como: a) sorriso
alto - caracterizado pelo excesso de gengiva e revela o comprimento cervicoincisal total
dos dentes; b) sorriso médio - borda vermelha do lábio superior tocando ou próxima à
linha gengival superior, revelando de 75% a 100% dos dentes anteriores superiores e
apenas a gengiva interproximal; c) sorriso baixo - lábio superior cobrindo parte dos
dentes maxilares, revelando menos que 75% dos dentes anteriores superiores durante o
sorriso. Outro aspecto considerado na composição do sorriso foi a curvatura do lábio
superior, classificada como: a) ascendente: a comissura labial localiza-se mais alta em
relação ao centro da borda inferior do lábio superior; b) retilínea: a comissura labial e o
centro da borda inferior do lábio superior encontram-se no mesmo plano (em linha reta);
c) descendente: a comissura labial localiza-se mais baixa em relação ao centro da borda
inferior do lábio superior. Da mesma forma, a relação entre a curvatura das bordas
incisais dos dentes ântero-superiores e o lábio inferior (Linha do Sorriso) também foi
classificada: a) paralela: a borda incisal dos dentes maxilares anteriores é paralela à
curvatura formada pela borda superior do lábio inferior; b) retilínea: a borda incisal dos
19
dentes maxilares anteriores está em linha reta em relação à curvatura da borda superior
do lábio inferior; c) reversa: a borda incisal dos dentes maxilares anteriores forma uma
curva reversa em relação à borda superior do lábio inferior. Outro aspecto analisado foi
a relação de contato da borda incisal dos dentes ântero-superiores e o lábio inferior que
poderia estar: a) levemente coberto: a borda incisal dos dentes maxilares anteriores é
levemente coberta pelo lábio inferior; b) com toque: a borda incisal dos dentes
maxilares anteriores apenas toca o lábio inferior; c) sem toque: a borda incisal dos
dentes maxilares anteriores não toca o lábio inferior. Já quanto ao número de dentes
expostos no sorriso, os autores consideraram como melhores resultados os sorrisos que
mostravam de primeiro molar a primeiro molar e, na análise dentária, verificaram a
presença de dentes conóides, diastema, apinhamento dentário e dentes com alteração de
cor, perceptíveis durante o sorriso.
Philips (1999) relatou que a primeira manifestação do sorriso é o estreitamento
dos lábios juntamente com extensão bilateral da comissura labial. À medida que o
sorriso se expande os lábios normalmente se separam, as comissuras curvam-se para
cima e os dentes ficam expostos. Durante este movimento há o desenvolvimento de um
espaço escuro entre os dentes maxilares e mandibulares, também chamado espaço
negativo. Este autor determinou estágios para o ciclo do sorriso como: 1- lábios
fechados; 2 - repouso labial; 3 - sorriso natural (três quartos); 4 - sorriso expandido
(completo). Classificou o sorriso: 1 - somente maxilar; 2 - maxilar e exposição de até 3
mm de gengiva; 3 - somente mandibular; 4 - maxilar e mandibular; 5 - nem maxilar nem
mandibular. A maioria dos casos é categorizada sob um único tipo, embora seja possível
a combinação. Por exemplo, um paciente pode ter um complexo sorriso mostrando os
dentes maxilares e mandibulares e ter um sorriso gengival expondo 3 mm de gengiva,
este sorriso seria um tipo 2, 4.
Jorgensen e Nowzari em 2001 analisaram anamnese e inventário de saúde e
concluíram que é necessário proceder ao exame clínico na elaboração do plano de
tratamento estético do indivíduo. Relataram ainda que, inicialmente, devem ser
observadas as condições extrabucais, com atenção para a simetria e altura da face,
comprimento e espessura do lábio, padrão e tipo de sorriso.
Para Morley e Eubank (2001) durante o sorriso devem ser avaliadas: estética
gengival e facial, microestética e macroestética. Em especial os autores avaliam a
macroestética relacionando os múltiplos dentes com cada dente, estes com os tecidos
moles adjacentes e finalmente o conjunto com as características faciais. Caracterizaram
20
assim a macroestética baseados em dois pontos de referência: a linha média e a
quantidade e posição que os dentes ficam expostos.
Em 2003, Duarte et al. definiram linha do sorriso como uma linha imaginária
que acompanha as bordas incisais dos incisivos superiores e paralela a curvatura dos
lábios inferiores. O desgaste destas bordas altera esta relação, sendo necessário restaurá-
las para restabelecer uma harmonia entre as duas referências anatômicas.
2.5 Classificação do sorriso gengival
A erupção passiva alterada (margem gengival coronária à junção cemento-
esmalte) foi classificada por Coslet, Varnarsdall e Weisgold em 1977 como: tipo I -
margem gengival coronária à junção cemento-esmalte, considerável largura gengival e
junção mucogengival apical à crista óssea e; tipo II - largura gengival diminuída em
relação à média e localizada na coroa anatômica, junções mucogengival e cemento-
esmalte geralmente concordantes. Além disso, os autores também consideraram como
subtipos o subtipo A, o qual apresenta cerca de 1,5 mm entre a junção cemento-esmalte
(coronariamente) e a crista óssea, e, o subtipo B, no qual a junção cemento-esmalte e a
crista óssea estão posicionadas no mesmo nível, geralmente observado na dentição
mista.
McGuire em 1998 propôs uma modificação na classificação de Coslet,
Varnarsdall e Weisgold (1977): a) tipo I - junção mucogengival apical à crista óssea; b)
tipo II - junção mucogengival no nível ou coronariamente a crista óssea. Os subtipos são
os seguintes: subtipo A - pelo menos 2 mm entre a junção cemento-esmalte e a crista
óssea; subtipo B - menos de 2 mm entre a junção cemento-esmalte e a crista óssea. A
classificação é conjugada mostrando I A, I B, II A e II B. Afirmou que o sorriso
gengival tem duas etiologias principais: alteração esquelética e erupção passiva alterada.
A alteração esquelética na seria avaliada com a definição das medidas normais das
relações dos lábios: a) entre os lábios em repouso até 0,3 mm; b) lábio superior até a
base do nariz (subseptonasal), em média, para o gênero masculino 22 mm e o feminino
20 mm; c) lábio superior até a margem gengival deve mostrar no máximo 2 mm.
Robbins, em 1999, definiu que a medida do subseptonasal à borda inferior do
lábio superior tende a aumentar com a idade, em mulheres jovens tem uma média de 20
a 22 mm, em homens jovens 22 a 24 mm.
21
Para Duarte e Castro (2004a) a modificação proposta por McGuire em 1998 na
classificação de Coslet, Varnarsdall e Weisgold (1977) dá uma previsibilidade de
resultado terapêutico cirúrgico para cada tipo estabelecido: tipo I A: gengivoplastia; tipo
I B: retalho mucoperiosteal com excisão da margem gengival e osteotomia; tipo II A:
retalho de espessura parcial deslocado apicalmente; tipo II B: retalho de espessura total
deslocado apicalmente com osteotomia.
2.6 Altura da Coroa Clínica
Löe e Listgarten (1983) consideraram erupção passiva alterada aquela em que
o nível apical da bossa vestibular da coroa dentária não se torna aparente durante a
erupção.
Volchansky e Cleaton-Jones (1974) definiram erupção passiva alterada como
relação dentogengival na qual a margem gengival, em pessoas com mais de 18 anos,
está posicionada coronariamente à junção cemento-esmalte a uma distância significativa
e ocorre em 12,1% dos indivíduos.
Para Volchansky, Cleaton-Jones e Fatti (1979) a posição da margem gengival
determina a altura da coroa clínica e não é estática, uma vez que a erupção passiva
retardada de uma maneira geral progressivamente diminui, com o passar do tempo
alguma retração fisiológica gradual da margem gengival parece ser inevitável. Com a
idade ocorre migração apical da gengiva determinado aumento na altura da coroa
clínica.
Evian et al. em 1993, também afirmaram que a margem gengival não é
estática. Observaram que ela sofre mudanças com idade deixando os dentes
progressivamente mais à mostra.
Ahmad (1998) relatou que a estética dentária anterior compõe a visão buco-
facial, constituída do orifício bucal, vermelho dos lábios altamente vascularizado e os
dentes que denotam estética da face adequando o sorriso. O contraste de cor entre os
lábios e os dentes também contribuem para esta composição. A otimização estética
desta aparência é determinada por diversos fatores incluindo posições musculares
estáticas e dinâmicas.
Volchansky e Cleaton-Jones (2001) definiram altura da coroa clínica como
medida observada entre a margem gengival e a incisal ou oclusal do dente. Os autores
realizaram pesquisa de literatura on-line utilizando as palavras-chave altura ou
22
comprimento da coroa clínica de janeiro de 1975 a agosto de 2000, encontrando 11
artigos publicados com medições, três abordavam todos os tipos de dentes e oito em que
somente os dentes anteriores eram examinados.
Em 2004, Al Wazzan, examinou 473 indivíduos com o lábio em repouso,
aferindo medidas dos dentes ântero-superiores (canino a canino) e do lábio, utilizando
um paquímetro modificado. O autor avaliou indivíduos na faixa etária de 20 a 60 anos,
divididos em árabes, negros africanos e asiáticos, atendidos na faculdade de odontologia
de Riyadh na Arábia Saudita. Os dados observados levaram o autor a concluir que o
gênero se apresentou como variação, estatisticamente significante em que, de maneira
geral, somente entre os homens ocorreu a exposição da porção incisal dos dentes
anteriores mandibulares e estes também apresentavam os dentes anteriores superiores
menos à mostra que no gênero feminino.
Para Duarte e Castro (2004a) após a erupção total dos dentes e tendo estes
atingido o seu respectivo antagonista, considera-se que houve estabilização das
dimensões anatômicas e histológicas do periodonto. É possível haver influência na
estética do sorriso, já que tais dentes comportar-se-ão como se tivessem dimensão
vertical menor, levando o indivíduo a queixar-se de "dentes pequenos".
A união dentogengival, representada pelo epitélio juncional e inserção
conjuntiva, pode pela resposta inflamatória (gengivite) ou pela agressão mecânica
(escovação), sofrer alterações anatômicas formando, como conseqüência, as chamadas
hiperplasias no primeiro caso e principalmente as retrações gengivais no segundo. Estas
alterações anatômicas constituem a razão da maioria das queixas estéticas de indivíduos
e, tornam-se mais problemáticas nos casos localizados e assimétricos. Caso o indivíduo,
durante o sorriso, exponha o tecido gengival, esta retração torna-se crucial, tanto quanto
mais próximo da linha mediana, maior a percepção. Independentemente de ocorrer
retração ou hiperplasia gengival, o contraste da assimetria é que leva a um aspecto
antiestético (DUARTE; CASTRO, 2004b).
23
3 Proposição
O objetivo deste estudo foi avaliar as dimensões cervicoincisais e mesiodistais
de incisivos, caninos e pré-molares de indivíduos considerados como portadores de
sorrisos agradáveis, para determinar a prevalência da proporção áurea em universitários
nas cidades de Anápolis e Goiânia em Goiás e, Palmas em Tocantins, respectivamente
regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.
24
4 Metodologia
4.1 Critérios para inclusão e exclusão
Foram avaliados indivíduos na faixa etária entre 18 e trinta anos, que
apresentaram incisivos, caninos e pré-molares superiores íntegros.
4.2 Definição de sorriso agradável
Considerou-se sorriso agradável, aquele que permitiu a exposição, no mínimo,
dos segundos pré-molares conforme Tjan, Miller e The (1984); de acordo com Duarte e
Castro (2004b) duas características: ausência de retração gengival na área do sorriso e
papilas não hiperplásicas preenchendo todo espaço interdental (Figura 1); a exposição
no máximo 3 mm de gengiva superior sugerida por Ahmad (1998) visto na Figura 2;
linha do lábio inferior paralela à linha incisal dos dentes superiores e a uma linha
imaginária que passa pelos pontos de contato destes dentes referenciando Rufenacht
(1998) como visto na Figura 3; e com simetria ao exame visual (MOSKOWITZ;
NAYYAR, 1995).
Figura 1 – Exposição, no mínimo, dos segundos pré-molares, ausência de retração gengival na área do sorriso, papilas preenchendo todo espaço interdental e não hiperplásicas
25
Figura 2 – Exposição de no máximo 3 mm de gengiva
Figura 3 – Linha do lábio inferior paralela à linha incisal dos dentes superiores e a uma linha imaginária que passa pelos pontos de contato destes dentes
≤ 3 mm
26
4.3 Locais de desenvolvimento e efetuação do estudo
A pesquisa foi realizada na Faculdade de Odontologia de Anápolis (Anápolis -
Goiás), Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista (Goiânia - Goiás), Centro
Universitário Luterano de Palmas (Palmas - Tocantins) e no Curso de Formação de
Oficiais da Polícia Militar do Tocantins (Palmas - Tocantins).
4.4 Coleta de dados
A coleta de dados foi feita sempre pelo mesmo examinador (Marcos Vinícius
Moreira de Castro) e constou de desenho epidemiológico transversal. Os indivíduos
incluídos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (Apêndice
A). A partir de então passaram por exame de avaliação visual dos elementos dentários e
fotografia digital, utilizando câmera Nikon Coolpix 4300. Os indivíduos pesquisados
foram induzidos a exercerem sorriso amplo, oportunidade em que era obtida fotografia
do terço médio e inferior da face. Para obtenção de sorriso espontâneo, o pesquisador
procurou criar um clima de descontração, por vezes estimulado por uma brincadeira ou
gracejo. A avaliação fotográfica informatizada foi realizada utilizando o programa
Adobe Photoshop CS (versão 8.0 de 2003) e complementou o exame visual
determinando quantos e quais parâmetros de sorrisos agradáveis definidos nos critérios
4.2 cada indivíduo apresentava. A presença de todos os quesitos definiu os sorrisos
agradáveis que foram submetidos à aferição da distância mesiodistal e cervicoincisal
dos incisivos, caninos e pré-molares superiores utilizando sonda milimetrada com
cursor da marca Trinity marcada de 1 a 15 mm com intervalo de 1 mm denominada
sonda da Carolina do Norte (Figura 4); paquímetro digital Digmess com exatidão de +/-
0,02 mm (Figura 5); aferição informatizada por meio do programa Corel Draw 11
Windows (versão 11.633 de 2002) obtida aplicando sobre as imagens a ferramenta
dimension tool horizontal, que permitiu medidas a partir de um plano fotográfico
frontal, desta maneira as mensurações comparadas com o tamanho real foram
decrescentes a partir da linha mediana, pois o sorriso expressa um arco convexo e o
programa traça medidas lineares horizontais (Figura 6).
27
Figura 4 – Aferição com sonda da Carolina do Norte
Figura 5 – Aferição com paquímetro
Figura 6 – Aferição informatizada
Os casos selecionados para tratamento periodontal responderam a um
questionário de anamnese (Apêndice C) contendo história médico-odontológica, hábitos
e comportamentos e foram tratados em consultório particular.
28
4.5 Procedimentos estatísticos
Como não foi encontrado na literatura estudo semelhante, foi realizado um
estudo piloto que analisou a prevalência de sorrisos agradáveis em uma determinada
população de universitários e a probabilidade de sucesso foi de 9%. Empregando erro
máximo admitido de 3,5% foi utilizada a fórmula de cálculo do tamanho da amostra
para populações infinitas apresentada na Figura 7.
84,256=5,3
91*9*96,1=
q*p*z=n 2
2
e
22/α
2
n = número de indivíduos 2
2/αz = número de desvios padrões para 95% de confiança.
p = probabilidade de sucesso q = probabilidade de insucesso e = erro máximo admitido
Figura 7 - Fórmula de cálculo do tamanho da amostra para populações infinitas
Para análise estatística os indivíduos incluídos apresentaram incisivos, caninos
e pré-molares superiores íntegros.
As características de sorriso agradável foram analisadas e definidas
percentualmente suas ocorrências. Nos indivíduos que apresentaram todas as
características seus dentes contíguos, que normalmente são expostos nestes sorrisos, ou
seja, de segundo a segundo pré-molares superiores foram mensurados. A aferição foi
realizada obtendo medidas da altura e largura empregando sonda da Carolina do Norte e
paquímetro digital, complementando com a análise informatizada, que aferiu somente a
largura.
Após tabulação dos dados encontrados foi aplicado o teste Kolmogorov-
Smirnov concluindo que as amostras possuem distribuição normal. Foi então
estabelecida a contagem e proporções das diferenças significativas por gênero e tipo de
aferição dos dentes contíguos para avaliar as medidas. O objetivo foi comparar, com
significância estatística de p < 0,05, se as médias obtidas das razões das larguras ou
alturas de incisivos, caninos e pré-molares superiores contíguos do mesmo hemiarco são
significativamente iguais ou diferentes da proporção áurea (1,618). A largura dividida
pela altura dos incisivos centrais comparando com a razão largura/altura de 0,75 a 0,8,
29
estabelecida por Brisman (1980) e Ahmad (1998), também foi avaliada com
significância estatística de p < 0,05.
30
5 Resultados
Partindo de teste piloto e empregando a fórmula de cálculo do tamanho da
amostra para populações infinitas foi determinado o número de 260 indivíduos com
incisivos, caninos e pré-molares superiores íntegros, sendo 130 do gênero masculino e
130 do feminino.
As características de sorriso agradável foram analisadas e definidas
percentualmente suas ocorrências, conforme descrito nas Tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6.
Tabela 1 - Exposição de pelo menos os segundos pré-molares Número de casos % casos
Sim 246 94,62 Não 14 5,38 Total 260 100
Tabela 2 - Exposição de até 3 mm de gengiva durante o sorriso Número de casos % casos
Sim 207 79,62 Não 53 20,38 Total 260 100
Tabela 3 – Presença de paralelismo da linha do lábio inferior à linha incisal dos dentes superiores e a uma linha imaginária que passa pelos pontos de contato destes dentes Número de casos % casos
Sim 78 30,00 Não 182 70,00 Total 260 100
Tabela 4 - Ausência de retração gengival na área do sorriso Número de casos % casos
Sim 228 87,69
Não 32 12,31
Total 260 100
31
Tabela 5 - Papilas preenchendo todo espaço interdental e não hiperplásicas Número de casos % casos
Sim 157 60,38
Não 103 39,62
Total 260 100
Tabela 6 - Simetria ao exame visual Número de casos % casos
Sim 46 17,69
Não 214 82,31
Total 260 100
Para comparação a Tabela 7 mostra todas as características de sorriso
agradável agrupadas, estabelecendo análise individual e coletiva, proporcionando
detalhes de todos os quesitos, mostrando assim uma visão dos 260 indivíduos.
Tabela 7 - Características de sorriso agradável agrupadas Sim Não Total %
casos Número de casos
% casos
Número de casos
% casos
Número de casos
Exposição de pelo menos os segundos pré-molares
94,62
246
5,38
14
100
260
Exposição de até 3 mm de gengiva durante o sorriso
79,62
207
20,38
53
100
260
Paralelismo das linhas 30,00 78 70,00 182 100 260 Ausência de retração gengival na área do sorriso
87,69
228
12,31
32
100
260
Papilas preenchendo todo espaço interdental e não hiperplásicas
60,38
157
39,62
103
100
260 Simetria ao exame visual 17,69 46 82,31 214 100 260
As características foram comparadas nos dois gêneros, como pode ser
observado nas Tabelas 8, 9, 10, 11, 12, 13.
32
Tabela 8 - Exposição de pelo menos os segundos pré-molares versus gênero Feminino Masculino Total
Sim 91,54% 97,69% 94,62%
Não 8,46% 2,31% 5,38%
Total 100% 100% 100%
Tabela 9 - Exposição de até 3 mm de gengiva durante o sorriso versus gênero Feminino Masculino Total
Sim 71,54% 87,69% 79,62% Não 28,46% 12,31% 20,38% Total 100% 100% 100%
Tabela 10 – Presença de paralelismo da linha do lábio inferior à linha incisal dos dentes superiores e a uma linha imaginária que passa pelos pontos de contato destes dentes versus gênero
Feminino Masculino Total
Sim 40,77% 19,23% 30,00%
Não 59,23% 80,77% 70,00%
Total 100% 100% 100%
Tabela 11 - Ausência de retração gengival na área do sorriso versus gênero Feminino Masculino Total
Sim 93,08% 82,31% 87,69% Não 6,92% 17,69% 12,31% Total 100% 100% 100%
Tabela 12 - Papilas não hiperplásicas preenchendo todo espaço interdental versus gênero Feminino Masculino Total
Sim 68,46% 52,31% 60,38% Não 31,54% 47,69% 39,62% Total 100% 100% 100%
33
Tabela 13 - Simetria ao exame visual versus gênero Feminino Masculino Total
Sim 23,08% 12,31% 17,69%
Não 76,92% 87,69% 82,31%
Total 100% 100% 100%
Da população estudada 21 indivíduos apresentaram sorrisos agradáveis (11 do
gênero feminino e dez do masculino). A Tabela 14 e as Figuras 8, 9 e 10 mostram a
quantidade de características (1 a 6) presentes nos indivíduos analisados.
Tabela 14 – Caracterização da quantidade de características de sorriso agradável que ocorreram isoladas ou simultaneamente
Número de Características
Gênero Feminino
Gênero Masculino
Ocorrências do total de indivíduos examinados
Percentual do total
1 0 0,0% 1 0,8% 1 0,4% 2 12 9,2% 16 12,3% 28 10,8% 3 34 26,2% 54 41,5% 88 33,8% 4 52 40,0% 43 33,1% 95 36,5% 5 21 16,2% 6 4,6% 27 10,4%
6 * 11 8,5% 10 7,7% 21 8,1% Total 130 100,0% 130 100% 260 100%
* A presença de 6 ocorrências caracterizou os sorrisos agradáveis
0
50
100
150
1 2 3 4 5 6 Total
Características de sorriso agradável
no gênero feminino
Figura 8 – Características de sorriso agradável no gênero feminino. Nenhum indivíduo apresentou apenas uma característica; 12 mostraram duas (9,2%); 34 mostraram três (26,2%), 52 mostraram quatro (40%); 21 mostraram cinco (16,2%); 11 apresentaram sorriso agradável, ou seja, as seis características (8,5%)
34
0
50
100
150
1 2 3 4 5 6 * Total
Características de sorriso agradável
no gênero masculino
Figura 9 – Características de sorriso agradável no gênero masculino. Um indivíduo apresentou uma característica (0,8%); 16 mostraram duas (12,3%); 54 mostraram três (41,5%), 43 mostraram quatro (33,1%); seis mostraram cinco (4,6%); dez apresentaram sorriso agradável, ou seja, as seis características (7,7%)
0
100
200
300
1 2 3 4 5 6 * Total
Características de sorriso agradável
nos 2 gêneros
Figura 10 – Características de sorriso agradável nos dois gêneros. Um indivíduo apresentou uma característica (0,4%); 28 mostraram duas (10,8%); 88 mostraram três (33,8%), 95 mostraram quatro (36,5%); 27 mostraram cinco (10,4%); 21 apresentaram sorriso agradável, ou seja, as seis características (8,1%)
Foram mensurados os 21 indivíduos para avaliação da presença de proporção
áurea comparando a largura e altura dos dentes contíguos que são expostos nestes
sorrisos, ou seja, de segundo a segundo pré-molares superiores. A aferição das medidas
comparando o paquímetro digital com a sonda milimetrada ocorreu de maneira regular
35
um número sempre maior na medida estabelecida com o paquímetro. A análise
fotográfica informatizada serviu para avaliar a largura aparente, uma vez que a imagem
fotográfica, projetada a partir do plano frontal, apresentou medidas menores em relação
ao tamanho real proporcional ao afastamento do centro da imagem. O critério para
comparação foi 1,618 (proporção áurea) com p < 0,05 (Tabela 15).
Tabela 15 - Contagem e Proporções das diferenças significativas entre as comparações por gênero e tipo de medida dos dentes contíguos
Há evidência de Igualdade
Há evidência de diferença
Comparações entre dentes contíguos
Gênero Tipo Medida nº casos % casos nº casos % casos
11A/12A Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 11A/12A Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 11L/12L Feminino Informatizada 1 9,1% 10 90,9% 11L/12L Feminino Paquímetro 1 9,1% 10 90,9% 11L/12L Feminino Sonda 1 9,1% 10 90,9% 12A/13A Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 12A/13A Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 12L/13L Feminino Informatizada 3 27,3% 8 72,7% 12L/13L Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 12L/13L Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 13A/14A Feminino Paquímetro 1 9,1% 10 90,9% 13A/14A Feminino Sonda 2 18,2% 9 81,8% 13L/14L Feminino Informatizada 4 36,4% 7 63,6% 13L/14L Feminino Paquímetro 1 9,1% 10 90,9% 13L/14L Feminino Sonda 1 9,1% 10 90,9% 14A/15A Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 14A/15A Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 14L/15L Feminino Informatizada 5 45,5% 6 54,5% 14L/15L Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 14L/15L Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 21A/22A Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 21A/22A Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 21L/22L Feminino Informatizada 1 9,1% 10 90,9% 21L/22L Feminino Paquímetro 1 9,1% 10 90,9% 21L/22L Feminino Sonda 1 9,1% 10 90,9% 22A/23A Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 22A/23A Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 22L/23L Feminino Informatizada 4 36,4% 7 63,6% 22L/23L Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 22L/23L Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 23A/24A Feminino Paquímetro 1 9,1% 10 90,9% 23A/24A Feminino Sonda 1 9,1% 10 90,9% 23L/24L Feminino Informatizada 1 9,1% 10 90,9% 23L/24L Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 23L/24L Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 24A/25A Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0%
36
Tabela 15 - Contagem e Proporções das diferenças significativas entre as comparações por gênero e tipo de medida dos dentes contíguos
Há evidência de Igualdade
Há evidência de diferença
Comparações entre dentes contíguos
Gênero Tipo Medida nº casos % casos nº casos % casos
24A/25A Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 24L/25L Feminino Informatizada 4 36,4% 7 63,6% 24L/25L Feminino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 24L/25L Feminino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 11A/12A Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 11A/12A Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 11L/12L Masculino Informatizada 0 0,0% 10 100,0% 11L/12L Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 11L/12L Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 12A/13A Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 12A/13A Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 12L/13L Masculino Informatizada 2 20,0% 8 80,0% 12L/13L Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 12L/13L Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 13A/14A Masculino Paquímetro 3 30,0% 7 70,0% 13A/14A Masculino Sonda 4 40,0% 6 60,0% 13L/14L Masculino Informatizada 0 0,0% 10 100,0% 13L/14L Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 13L/14L Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 14A/15A Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 14A/15A Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 14L/15L Masculino Informatizada 0 0,0% 10 100,0% 14L/15L Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 14L/15L Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 21A/22A Masculino Paquímetro 0 0,0% 9 100,0% 21A/22A Masculino Sonda 0 0,0% 9 100,0% 21L/22L Masculino Informatizada 1 10,0% 9 90,0% 21L/22L Masculino Paquímetro 1 10,0% 9 90,0% 21L/22L Masculino Sonda 1 10,0% 9 90,0% 22A/23A Masculino Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 22A/23A Masculino Sonda 0 0,0% 11 100,0% 22L/23L Masculino Informatizada 3 30,0% 7 70,0% 22L/23L Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 22L/23L Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 23A/24A Masculino Paquímetro 4 40,0% 6 60,0% 23A/24A Masculino Sonda 4 40,0% 6 60,0% 23L/24L Masculino Informatizada 2 20,0% 8 80,0% 23L/24L Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 23L/24L Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 24A/25A Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 24A/25A Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% 24L/25L Masculino Informatizada 1 10,0% 9 90,0% 24L/25L Masculino Paquímetro 0 0,0% 10 100,0%
37
Tabela 15 - Contagem e Proporções das diferenças significativas entre as comparações por gênero e tipo de medida dos dentes contíguos
Há evidência de Igualdade
Há evidência de diferença
Comparações entre dentes contíguos
Gênero Tipo Medida nº casos % casos nº casos % casos
24L/25L Masculino Sonda 0 0,0% 10 100,0% Total Global 60 7,1% 780 92,9%
O critério para comparação foi 1,618 (p < 0,05). L – largura; A - altura
Especificamente na largura dos incisivos centrais com os laterais a proporção
áurea no gênero feminino foi prevalente em 9,1% dos casos tendo exatamente a mesma
distribuição independentemente se a aferição foi estabelecida por sonda, paquímetro, ou
informatizada (Tabela 16); no gênero masculino a distribuição também foi independente
da aferição, porém mostrou prevalência de 5% (Tabela 17).
Tabela 16 – Comparação da largura dos incisivos centrais com os laterais no gênero feminino Há evidência de
igualdade Há evidência de
diferença Comparações entre
larguras dos incisivos centrais e laterais
Tipo Medida nº casos % casos nº casos % casos
Sonda 1 9,1% 10 90,9% Paquímetro 1 9,1% 10 90,9% 11L/12L
Informatizada 1 9,1% 10 90,9% Sonda 1 9,1% 10 90,9%
Paquímetro 1 9,1% 10 90,9% 21L/22L Informatizada 1 9,1% 10 90,9%
Total Global 6 9,1% 60 90,9% L – largura
Tabela 17 – Comparação da largura dos incisivos centrais com os laterais no gênero masculino
Há evidência de igualdade
Há evidência de diferença
Comparações entre larguras dos incisivos
centrais e laterais Tipo Medida
nº casos % casos nº casos % casos Sonda 0 0,0% 10 100,0%
Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 11L/12L Informatizada 0 0,0% 10 100,0%
Sonda 1 10,0% 9 90,0% Paquímetro 1 10,0% 9 90,0% 21L/22L
Informatizada 1 10,0% 9 90,0% Total Global 3 5,0% 57 95,0%
L – largura
Na comparação das larguras dos incisivos laterais com os caninos, a proporção
áurea ocorreu em 10,6% no gênero feminino, sendo que apenas a aferição informatizada
38
se mostrou prevalente, mostrando especificamente nesta comparação que foi
coincidente em 31,9% (Tabela 18); no gênero masculino o percentual foi de 8,3% e
também a aferição informatizada foi a única a se mostrar com uma prevalência,
considerando apenas este quesito, de 25% (Tabela 19).
Tabela 18 – Comparação da largura dos incisivos laterais com os caninos no gênero feminino
Há evidência de igualdade
Há evidência de diferença Comparações
entre larguras dos incisivos laterais e
caninos
Tipo Medida
nº casos % casos nº casos % casos
Sonda 0 0,0% 11 100,0%
Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 12L/13L
Informatizada 3 27,3% 8 72,7%
Sonda 0 0,0% 11 100,0%
Paquímetro 0 0,0% 11 100,0% 22L/23L
Informatizada 4 36,4% 7 63,6%
Total Global 7 10,6% 59 89,4%
L – largura
Tabela 19 – Comparação da largura dos incisivos com laterais os caninos no gênero masculino
Há evidência de igualdade Há evidência de diferença Comparações entre
larguras dos incisivos laterais e
caninos
Tipo Medida
nº casos % casos nº casos % casos
Sonda 0 0,0% 10 100,0%
Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 12L/13L
Informatizada 2 20,0% 8 80,0%
Sonda 0 0,0% 10 100,0%
Paquímetro 0 0,0% 10 100,0% 22L/23L
Informatizada 3 30,0% 7 70,0%
Total Global 5 8,3% 55 91,7%
L – largura
A mensuração da largura dividida pela altura dos incisivos centrais
comparando a relação largura/altura de 0,75 a 0,8 conforme Brisman (1980) e Ahmad
(1998) com p < 0,05 foi observada nas Tabelas 20, 21, 22.
39
Tabela 20 – Aferição da largura pela altura dos incisivos centrais no gênero feminino
Evidência de diferença Evidência de igualdade Dente Método
nº de casos % de casos nº de casos % de casos Sonda 4 36,36% 7 63,64% Dente 11
Paquímetro 5 45,45% 6 54,55% Sonda 5 45,45% 6 54,55%
Dente 21 Paquímetro 5 45,45% 6 54,55%
Igualdade comparando a relação largura/altura de 0,75 a 0,8 (p < 0,05)
Tabela 21 – Aferição da largura pela altura dos incisivos centrais no gênero masculino
Evidência de diferença Evidência de igualdade Dente Método
nº de casos % de casos nº de casos % de casos Sonda 4 40,00% 6 60,00% Dente 11
Paquímetro 5 50,00% 5 50,00% Sonda 4 40,00% 6 60,00%
Dente 21 Paquímetro 4 40,00% 6 60,00%
Igualdade comparando a relação largura/altura de 0,75 a 0,8 (p < 0,05)
Tabela 22 – Somatória da aferição da largura pela altura dos incisivos centrais
Evidência de diferença Evidência de igualdade Dente Método
nº de casos % de casos nº de casos % de casos Sonda 8 38,10% 13 57,14% Dente 11
Paquímetro 10 47,62% 11 57,14% Sonda 9 42,86% 12 57,14%
Dente 21 Paquímetro 9 42,86% 12 57,14%
Total Sonda / Paquímetro 36 42,86% 48 57,14% Igualdade comparando a relação largura/altura de 0,75 a 0,8 (p < 0,05)
40
6 Discussão
A análise das características de sorriso agradável e a relação da largura pela
altura dos incisivos centrais superiores utilizando indivíduos com presença de incisivos,
caninos e pré-molares superiores íntegros, foi objeto deste trabalho e não foi encontrado
similaridade literária, sendo para tanto realizado um teste piloto, no qual foi possível o
estabelecimento do número de 260 indivíduos divididos igualmente nos dois gêneros.
A faixa etária de 18 a 30 anos permitiu caracterizar a presença de tônus
muscular suficiente para deixar bem expostos os dentes superiores de acordo com o
trabalho de Vig e Brundo em 1978, esta faixa etária também foi utilizada por Mahshid
et al. (2004).
A presença de incisivos, caninos e pré-molares superiores íntegros como
critério de inclusão já possibilita um aumento da prevalência de sorrisos agradáveis. Foi
considerado como sorriso agradável aquele que apresentou as seis características
previamente definidas, ou seja: permitiu a exposição, no mínimo, dos segundos pré-
molares; houve ausência de retração gengival na área do sorriso; mostrou papilas
preenchendo todo espaço interdental e não hiperplásicas; expôs no máximo 3 mm de
gengiva superior; teve linha do lábio inferior paralela à linha incisal dos dentes
superiores e a uma linha imaginária que passa pelos pontos de contato destes dentes; e
houve simetria ao exame visual.
A exposição, no mínimo, dos segundos pré-molares de acordo com Tjan,
Miller e The (1984) já permite estabelecer uma das características, embora outros
autores façam esta relação com os primeiros molares superiores (MISKINYAR, 1983;
DONG et al., 1999). No presente estudo, esta característica foi a mais prevalente entre
as avaliadas (94,62%).
Ausência de retração gengival na área do sorriso é uma evidência de sorriso
estético (DUARTE; CASTRO, 2004b). Em nosso estudo, esta característica foi a
segunda mais prevalente (87,69%) considerando-se os dois gêneros.
Para caracterizar harmonia ao sorrir, a exposição gengival deve ter o limite
máximo 3 mm (AHMAD, 1998; PHILIPS 1999). McGuire em 1998 sugere que este
limite deve ser de 2 mm. Nos indivíduos relacionados em nosso estudo o critério de
exposição foi de 3 mm, sendo o terceiro mais prevalente (79,6%). Esta referência
anatômica é muito utilizada no planejamento de cirurgias periodontais e estes resultados
reforçam a sua importância na correção cirúrgica da linha do sorriso.
41
As papilas não hiperplásicas preenchendo todo espaço interdental possibilitam
um sorriso saudável sem a presença dos buracos negros (MOSKOWITZ; NAYYAR,
1995; DUARTE; CASTRO, 2004b). Este critério em nosso estudo foi prevalente em
60,38%.
O paralelismo da linha do lábio inferior à linha incisal dos dentes superiores e
a uma linha imaginária que passa pelos pontos de contato destes dentes é também fator
determinante de sorriso harmônico (RUFENACHT, 1998). Para Dong et al. (1999) o
lábio superior deve se apresentar curvo para cima ou reto e com a curva incisal dos
dentes ântero-superiores paralela ao lábio superior. Esta característica neste estudo foi
prevalente em apenas 30% da amostra estudada.
A simetria ao exame visual é característica importante para estética
(RUFENACHT, 1998). Existe controvérsia que chega a sugerir o desvio da linha
mediana do centro da face (PECK; PECK, 1970). Na verdade no presente estudo a
simetria absoluta aferida por sonda, paquímetro, análise informatizada não apareceu em
nenhum dos casos. Este detalhe se mostra de grande importância no planejamento
cirúrgico periodontal. Mesmo na análise visual (sem fotografia e sem qualquer
instrumento de aferição) esta característica foi a menos prevalente se mostrando em
apenas 17,69% dos casos.
A utilização da ocorrência simultânea dos seis critérios como referência de
sorriso agradável foi o principal fator para que se observasse a sua baixa prevalência.
Embora cada componente do sorriso tenha a sua importância dentro do aspecto de
harmonia, a ocorrência simultânea de quatro ou três dos seis critérios teria aumentado
esta prevalência. Porém, levando-se em conta que os indivíduos incluídos eram
portadores de dentes íntegros, podemos considerar que a maior associação possível
destes critérios pode representar um referencial clínico à ser utilizado em procedimentos
restauradores da estrutura dental e periodontal perdida.
Rufenacht (1998) fez referência à proporção áurea entre os dentes que
compõem o sorriso, especialmente da largura do incisivo central superior com o lateral e
deste com o canino. Mahshid et al. em 2004 avaliaram 157 alunos de Odontologia (75
mulheres e 82 homens), com idades variando entre 18 a 30 anos, cujo sorriso natural
não apresentava nenhuma tensão visual. Foram classificados como pessoas que tinham
um sorriso estético e, utilizando-se de um programa de medida da imagem, aferiram
larguras mesiodistais aparentes dos seis dentes anteriores superiores sobre as fotografias
digitalizadas. Como resultado, não encontraram proporção áurea nesta análise. No
42
presente estudo, especificamente, na comparação da largura dos incisivos centrais com a
dos laterais, a proporção áurea no gênero feminino foi prevalente em 9,1% dos casos,
tendo exatamente a mesma distribuição, independentemente se a aferição foi
estabelecida por sonda, paquímetro, ou informatizada; no gênero masculino a
distribuição também foi independente da aferição, porém mostrou prevalência de 5%.
Na comparação das larguras dos incisivos laterais com os caninos, a proporção áurea
ocorreu em 10,6% no gênero feminino, sendo que apenas a aferição informatizada se
mostrou prevalente em 31,9% dos casos. Já no gênero masculino, o percentual foi de
8,3% e também a aferição informatizada foi a única prevalente mostrando 25% dos
casos. Estes dados justificam o raciocínio de que a proporção áurea parece estar
relacionada com posição dos dentes no arco, observada de uma vista frontal como é
feito na análise da imagem na aferição informatizada e ratificada pelo estudo Levin
(1978) que analisou frontalmente o sorriso, considerando-o agradável quando a largura
do incisivo lateral dividida pela largura do central resulto no número de ouro, ou seja,
0,618. Este mesmo número deve aparecer quando a largura do canino for divida pela do
incisivo lateral, baseado no tamanho aparente dos dentes vistos frontalmente e não em
seu tamanho real individualmente. Assim, a harmonia global, e não somente aspectos
localizados, é que podem contribuir para o sorriso agradável.
Numa somatória global deste estudo, a observação da baixa prevalência de
proporção áurea entre os dentes contíguos do mesmo hemiarco observada em uma
amostra que atendeu aos seis critérios simultaneamente leva a um questionamento sobre
a importância de cada referencial anatômico periodontal e dental analisado para a
caracterização do sorriso agradável. Desta forma, podemos considerar que na amostra
estudada, a coincidência entre as razões das larguras e das alturas de incisivos, caninos e
pré-molares superiores contíguos do mesmo hemiarco e a proporção áurea, apresentou
pequena influência sobre a ocorrência de sorrisos agradáveis.
43
7 Conclusões
A ocorrência de sorrisos agradáveis foi prevalente em uma pequena
porcentagem da amostra.
As razões das larguras e das alturas de incisivos, caninos e pré-molares
superiores contíguos do mesmo hemiarco mostraram baixa coincidência com a
proporção áurea demonstrando a pequena influência desta característica para a
ocorrência de sorrisos agradáveis.
Estudos futuros são sugeridos para análise da prevalência de sorrisos
agradáveis e aferição comparativa de medidas dentárias nestes sorrisos.
44
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47
APÊNDICE
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
PROJETO SORRISO
-AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE EXAME E TRATAMENTO – Eu,___________________________________________, abaixo assinado, dou
pleno consentimento ao pesquisador Marcos Vinícius Moreira de Castro para analisar por meio de fotografia e se necessário medidas de meus dentes avaliação de meu sorriso, que tem por propósito determinar um padrão
Declaro que fui informado, em linguagem acessível sobre o projeto. Declaro ainda, que recebi todos os esclarecimentos sobre a possibilidade de na
dependência do diagnóstico o tratamento e quais os critérios de convocação para realização do mesmo.
Tenho pleno conhecimento que o questionário de saúde preenchido, tem a finalidade de auxiliar a Equipe Odontológica a conhecer minhas condições de saúde bucal e meu estado geral que podem influir no meu tratamento. Essas informações, por mim fornecidas, são confidenciais e resguardadas pelo Segredo Profissional (Art. 3º , II e 4º , IV do código de ética odontológico).
Estou ciente que serei atendido em uma Instituição de Ensino e que me submeterei a exames laboratoriais e radiológicos, quando necessário, com a finalidade de diagnóstico, que tem como principal objetivo o aprendizado para estudantes e profissionais de Odontologia.
Concordo, também, com a utilização de meus dados para o presente protocolo. Estou ciente que posso desistir do presente estudo quando bem entender. Declaro, sob as penas da lei, serem verdadeiras todas as informações
prestadas, para a realização do tratamento.
Local......................................................................./.........../200...... . _____________________________________________________________________
Assinatura do Paciente ou Responsável legal R.G.:________________________________________________________________
Testemunhas
_____________________________________________________________________ Nome:_______________________________________________________________ R.G.:________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Nome:_______________________________________________________________ R.G.:________________________________________________________________
__________________________________________________________
Marcos Vinícius Moreira de Castro – Pesquisador do Projeto Sorriso
Número do Prontuário:
48
APÊNDICE B – Esclarecimento aos pacientes
Esclarecimento aos participantes do Projeto Sorriso
A Periodontia é a parte da Odontologia que cuida do periodonto,
constituído pela gengiva e o conjunto que insere o dente ao osso: fibras que
promovem a ligação (ligamento periodontal), o cemento (parte do dente que
recobre a raiz) e a porção óssea que recebe estas fibras (osso alveolar).
O sorriso tem uma grande importância para muitos pacientes,
como exemplo algumas pessoas ficam muito descontentes quando ao sorrir
mostram uma grande faixa de gengiva, este fato pode estar relacionado com
dentes que não complementaram sua erupção (“não nasceram totalmente”).
Procuramos com esta pesquisa estabelecer um padrão de sorriso que possa
auxiliar no momento em que corrigimos cirurgicamente dentes que possuem
erupção retardada.
Nesta pesquisa realizamos fotografias e em alguns casos
medições com sondas periodontais totalmente esterilizadas e conferimos com
paquímetro digital. Estes procedimentos não provocam nenhum desconforto ao
paciente.
Agradecemos sua participação.
Marcos Vinícius Moreira de Castro – Pesquisador do Projeto Sorriso
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APÊNDICE C - Ficha de anamnese
- FICHA DE ANAMNESE - Número da ficha: Data do exame: ___/___/___ Nome: Centro: Gênero: ( ) feminino ( ) masculino Cor: ( ) Branca ( ) Preta ( ) Pardo ( ) Indígena ( ) Amarelo Idade (em anos): Data de nascimento(dd/mm/aaaa): __/__/____ Estado civil: ( ) solteiro(a) ( ) casado(a) ( ) viúvo(a) ( ) separado(a)
( ) divorciado(a) ( ) vive com parceiro(a) Naturalidade (estado aonde nasceu):______________________________________________________________ Local de residência: ( ) zona urbana ( ) zona rural Local de trabalho: ( ) zona urbana ( ) zona rural ( ) não trabalha Bairro:________________________________________________________________________ Município:___________________________________Estado:____________________________ Profissão:_____________________________________________________________________
INVENTÁRIO DE SAÚDE PARA PROFILAXIA ANTIBIÓTICA Alguma alteração cardiovascular ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei Qual? Tem ou teve endocardite bacteriana ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei Utiliza válvula cardíaca ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei Qual? É diabético(a) ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei Tipo? ( ) I ( ) II Foi submetido à cirurgia para colocação de prótese articular
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Quanto tempo ( ) Até 2 anos
( ) mais que 2 anos
( ) Não sei
Tipo da prótese ( )Cimentada ( ) Sem cimento
( ) Não sei
É imunossuprimido (a) ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei Por que? ( ) Doença ( ) Droga ( ) Radiação Citar É portador (a) de hemofilia ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei É portador (a) de artrite reumatóide ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei É portador (a) de lupos eritematoso ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei Possui subnutrição grave ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei OBSERVAÇÕES:______________________________________________________
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ANEXO
ANEXO A – Cópia da aprovação do protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade de Taubaté.
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Autorizo cópia total ou parcial desta obra,
apenas para fins de estudo e pesquisa,
sendo vedado qualquer tipo de reprodução
para fins comerciais sem prévia
autorização específica do autor.
Marcos Vinícius Moreira de Castro
Taubaté – SP, outubro de 2005.