Medidas de Prevenção e Medidas de Prevenção e
Controle Controle
Infecção de Sítio CirúrgicoInfecção de Sítio Cirúrgico
Silvia Alice FerreiraSilvia Alice Ferreira
Divisão de Infecção HospitalarDivisão de Infecção Hospitalar
ImportânciaImportância
• Nos EUA ocorrem cerca de 2 milhões de cirurgias por ano
• CDC estima que em 2.7% destes ocorrem ISC 486.000
ISC por ano• As ISC correspondem a 15% de todas as IHs 3a IH mais
freqüente• ISC corresponderam a 14% dos eventos adversos• Responsáveis por 42% dos custos adicionais• Aumentam a permanência em média 4 a 7 dias e os
custos em até 10 bilhões de dólares
ImportânciaImportância
• No Brasil, estudo realizado em1989 ISC em 11% das cirurgias realizadas
• O custo das internações é três vezes maior do que
para os pacientes que não apresentam ISC
DefiniçãoDefinição
Tempo de observação
Infecção que ocorre até 30 dias após a realização do procedimento.
No caso de cirurgias onde foram implantadas próteses, uma ISC pode ser diagnosticada até um ano após a data do implante.
Pele
Tecido celular subcutâneo
Tecidos molesprofundos
(fáscia e músculo)
Órgão e cavidade
ISCSuperficial
ISCprofunda
ISC de órgão ou cavidade
ClassificaçãoClassificação
Incisional profundaIncisional profunda
Órgão-espaçoÓrgão-espaço
Critérios diagnósticos (ISC)Critérios diagnósticos (ISC)
a)a) Drenagem purulenta da Drenagem purulenta da incisão superficialincisão superficial
b) Cultura positiva de fluídos b) Cultura positiva de fluídos ou tecido obtido da incisãoou tecido obtido da incisão
c) Pelo menos um dos sinais c) Pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) e (dor, eritema, calor) e incisão aberta pelo médico, incisão aberta pelo médico, exceto se a cultura for exceto se a cultura for negativanegativa
d) Diagnóstico de infecção pelo d) Diagnóstico de infecção pelo médicomédico
Incisional superficialIncisional superficialpelo menos um dos seguintespelo menos um dos seguintes
Incisional Incisional superficialsuperficial
Órgão-espaçoÓrgão-espaço
Critérios diagnósticos (ISC)Critérios diagnósticos (ISC)
a)a) Drenagem purulenta da incisão Drenagem purulenta da incisão profundaprofunda
b) b) Deiscência espontânea da incisão ou abertura pelo cirurgião e pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor)
c) c) Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda visualizado durante exame direto, re-operação, exame histopatológico ou imagem
d) Diagnóstico de infecção pelo d) Diagnóstico de infecção pelo médicomédico
Incisional profundaIncisional profundapelo menos um dos seguintespelo menos um dos seguintes
Órgão-espaçoÓrgão-espaçopelo menos um dos seguintespelo menos um dos seguintes
Incisional Incisional superficialsuperficial
Incisional profundaIncisional profunda
Critérios diagnósticos (ISC)Critérios diagnósticos (ISC)
a) Drenagem purulenta pelo dreno
b) Cultura positiva de fluídos ou tecido do órgão ou cavidade
c) c) Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda visualizado durante exame direto, re-operação, exame histopatológico ou imagem
d) Diagnóstico de infecção pelo d) Diagnóstico de infecção pelo médicomédico
Fatores Fatores predisponentes predisponentes
Relacionados ao paciente
Relacionados ao procedimento cirúrgico
Fatores Fatores predisponentes predisponentes
Relacionados ao paciente
Doenças crônicas (diabetes)
Obesidade
Tabagismo
Infecções à distância
Desnutrição
Imunodeprimidos
Natureza e local da cirurgia
Tempo de internação pré-operatório prolongado
Grau de contaminação
Classificação da ferida cirúrgicaClassificação da ferida cirúrgica
LIMPALIMPA
POTENCIALMENTE CONTAMINADAPOTENCIALMENTE CONTAMINADA
CONTAMINADACONTAMINADA
INFECTADAINFECTADA
LimpaLimpa
Operações eletivas
Primariamente fechadas
Sem utilização de drenos (drenagem fechada, se necessária)
Sítio cirúrgico onde não é encontrada inflamação
Não há abordagem de vísceras ocas (tratos respiratório,
genitourinário, digestivo ou orofaringe)
Não há quebra de técnica
taxa de ISC esperada : 2 a 5%taxa de ISC esperada : 2 a 5%
Classificação da ferida cirúrgicaClassificação da ferida cirúrgica
Há abordagem dos tratos digestivo, respiratório, genitourinário
e orofaringe
Situações controladas e sem contaminação não usual.
Cirurgia genitourinária: não há cultura de urina positiva
Cirurgia biliar: não há infecção de vias biliares
Cirurgias de apêndice, vagina e orofaringe quando não há
evidência de infecção ou quebra de técnica.
taxa de ISC esperada : 3 a 11%taxa de ISC esperada : 3 a 11%
Classificação da ferida cirúrgicaClassificação da ferida cirúrgicaPotencialmentePotencialmente contaminadacontaminada
Feridas traumáticas recentes, abertas
Contaminação grosseira durante cirurgia de trato digestivo,
manipulação de via biliar ou genitourinária na presença de bile
ou urina infectadas
Quebras maiores de técnica
É encontrada inflamação mas não purulenta
Classificação da ferida cirúrgicaClassificação da ferida cirúrgica
ContaminadaContaminada
taxa de ISC esperada : 10 a 17%taxa de ISC esperada : 10 a 17%
Durante a cirurgia: secreção purulenta, tecido
desvitalizado, corpos estranhos ou contaminação
fecal
Feridas traumáticas com atraso de tratamento
Classificação da ferida cirúrgicaClassificação da ferida cirúrgica
InfectadaInfectada
taxa de ISC esperada : 27%taxa de ISC esperada : 27%
Fatores Fatores predisponentes predisponentes
Relacionados ao procedimento cirúrgico
Retirada de pelos (tricotomia)
Preparo da pele do paciente
Técnica cirúrgica
Paramentação cirúrgica
Duração da cirurgia
Presença de drenos
Instrumental e campos cirúrgicos esterilizados
Profilaxia antimicrobiana
Ambiente
Medidas de controleMedidas de controle
Pré-operatório
Tempo de internação pré-operatória (<72 hs)
Controle de doenças crônicas e tratamento de infecções
Tricotomia
Preparo de pele: banho pré-operatório, degermação, anti-sepsia
Degermação e anti-sepsia das mãos e antebraço
Profilaxia antimicrobiana*
TricotomiaTricotomia
Quando necessária
Na menor área possível
Mais próximo do procedimento
Utilizar tricotomizador
Anti-sepsia da pele do paciente
Solução de amplo espectro com ação residual
Iodóforos
Clorexidina
Solução degermante seguida de solução alcoólica (pele
íntegra) mesmo princípio ativo
Solução aquosa para mucosas
Preparo da pelePreparo da pele
Medidas de controleMedidas de controle
Intra-operatório
Paramentação cirúrgica completa
Técnica cirúrgica
Uso de drenos
Cuidados com material esterilizado:
embalagem, armazenamento, validade, controle de
qualidade
manipulação asséptica
Manter a porta da sala fechada
Número de pessoas reduzido
Medidas de controleMedidas de controle Pós-operatório
Curativo
manter curativo estéril por 24 horas
manipulação asséptica
orientar o paciente quanto aos cuidados com incisão
Superfícies fixasPlanta física
Ar condicionado Equipamentos
Manutenção
Treinamento
Medidas de geraisMedidas de gerais
doença de base
diabetes
idade
tempo de internação
obesidade
tricotomia
drenostécnica cirúrgica
curativos
educaçãocontinuada
tabagismo
cuidados com ambiente
esterilização inadequada
Potencial de
contaminação
antibióticoprofilaxiaISC
planta física
I – ESTRUTURA SIM NÃO NA
Área física de acordo com a RDC n 50/02
Localização em área de circulação restrita
AREA ADMINISTRATIVA
Área exclusiva para a recepção de pacientes
Barreira física entre circulação externa e o centro cirúrgico, com sinalização
Vestiário
Condições estruturais Separado por sexo
Local para troca e guarda de roupa
Hamper
Barreira física
Condições de segurança e higienização Lavatório
Dispensador com sabão líquido
Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal
Suporte com papel toalha
Chuveiro
Instrumento Nacional de Inspeção em Serviços de Saúde - INAISS
( Fase de Validação )
Instrumento Nacional de Inspeção em Serviços de Saúde - INAISS
( Fase de Validação )
Avaliação de processos Avaliação de processos
• Vigilância epidemiológica das infecções segundo tipo de ferida (cirurgia limpa, potencialmente contaminada, contaminada e infectada) ou segundo especialidade.
• Vigilância intra-hospitalar
• Vigilância pós-alta
Critérios diagnósticos bem definidos
VigilânciaVigilância
• Cirurgias Limpas
• Especialidades mais graves
• Novos procedimentos
• Solicitação da administração
• Cirurgias mais frequentes
O que vigiarO que vigiar