METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS PARA A RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS
DEGRADADOS
Prof Dr Israel Marinho PereiraProf. Dr. Israel Marinho [email protected]
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri –
UFVJM
Departamento de Engenharia Departamento de Engenharia Florestal
Núcleo de Estudo em Recuperação de Áreas Recuperação de Áreas Degradadas - NERAD
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Áreas Degradadas
••ASPECTOS CONSIDERADOS NO ASPECTOS CONSIDERADOS NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO
AMBIENTALAMBIENTAL
•Aspecto ecológico
•Aspecto financeiro
•Aspecto técnico
•Modelos de recomposiçãoConceito básico de sucessão ecológicaConceito básico de sucessão ecológica
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••ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA RADESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA RAD
1. REGENERAÇÃO NATURALBanco de sementesBanco de sementes Banco de plântulasBanco de plântulas
2. REGENERAÇÃO ARTIFICIALPlantio de mudas Plantio de mudas Semeadura diretaSemeadura direta
3. NUCLEAÇÃOUso de topsoilUso de topsoil Condução da RNCondução da RN PoleirosPoleiros
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Condições do ambiente
Solos pouco degradados, com boas condições estruturais Solos degradados
Ausência de fontes de propágulos Presença de fontes de propágulos
REGENERAÇÃO ARTIFICIALREGENERAÇÃO NATURAL
Presença de espécies colonizadorasAdensamento
Enriquecimento
Inexistência de árvores na área
Presença de espécies colonizadoras
Inexistência de árvores na área
Plantio na área total
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••REGENERAÇÃO NATURALREGENERAÇÃO NATURAL
P i V t D tPremissas Vantagens DesvantagensImpacto inicial Baixo custo de
estabelecimentoNão há controle dadensidade
Presença de brotações
T abalho simplesPresença de banco de
Trabalho simplessementesChegada de sementesna área
Não depende dadisponibilidadena área disponibilidadede mudas Processo + lentoEliminação do fator de
degradação
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A regeneração natural constitui um alicerce para ab i ê i d l i t d i tsobrevivência e o desenvolvimento do ecossistema
florestal, devendo, portanto, constituir-se numa linhabásica de pesquisa para melhor compreensão dabásica de pesquisa para melhor compreensão dadinâmica da floresta, facilitando posterior estabelecimentode planos de manejo.j
Principais barreirasPrincipais barreiras
a falta de propágulos que possam originar novosindivíduos em uma área após sua degradaçãoindivíduos em uma área após sua degradação.
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••PLANTIO DE MUDASPLANTIO DE MUDAS
Premissas Vantagens Desvantagens
Qualquer tipode degradação
Controle da densidade Alto investimentoControle do espaçamento Necessidade dede degradação Necessidade de
mão de treinadaEliminação dofator de
Domínio da técnica Dificuldade debt ã ddegradação obtenção de
mudasCobertura + rápida
Alta sobrevivênciaAlta sobrevivência
Permitir a escolha dasespéciesespécies
Planejamento da regeneração artificialartificial
Avaliação das condições locais
topografia,
ç ç
p g
regime hídrico,
tipo de solo,
recomendações de
preparo e correção do tipo de solo,
fertilidade natural,
presença de processos erosivos
solo,
proteção da área, presença de processos erosivos,
atividade antrópicas circunvizinhas,
clima
p ç ,
seleção de espécies,
espaçamentoclima,
presença de pragas,
id d d ã
espaçamento,
disposição de plantio
capacidade de regeneração
natural.
manejo futuro
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Etapasa) identificar os objetivos da floresta,
Etapas) j ,
b) identificar as limitações gerais, que podem ser: econômicas
(mercado relação custo/benefício) ecológicas (estabilidade do(mercado, relação custo/benefício), ecológicas (estabilidade do
ecossistema), legais (áreas de preservação etc.) e silviculturais
(qualidade do sítio)(qualidade do sítio)
c) realizar um reconhecimento detalhado da área,
d) d fi i t t t ét d d ã l ã dd) definir os tratamentos método de regeneração, seleção de
espécies, época de plantio, preparo da área, controle de formigas,
espaçamento, fertilização e manutenção.
(BOTELHO, 2003)
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••Semeadura diretaSemeadura direta
Premissas Vantagens DesvantagensAmbiente compatívelcom a germinação
Método potencial paraflorestas tropicais
Permitir a escolha dasespécies
Ambiente adequado Uso para espécies Muito sensível aoqcom o crescimentoinicial
p ppioneiras clima
Qualidade das Menor risco de Predação deQualidade dassementes usadas
Menor risco dedeformação das raízes
Predação desementes
Características do solo Melhorestabelecimento das
Competição comgramíneasestabelecimento das
mudasgramíneas
Condiçõesi li áti
Redução dos custosd i i
Pouco conhecidamicroclimáticas de viveiro
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Semeadura direta
Fornecer sementes ao solo para formar um novo bancopde sementes e promover a cobertura inicial do solo.
Essencial para a retomada da resiliência ambientalEssencial para a retomada da resiliência ambiental.
lançamento manual de sementes diretamente sobre olançamento manual de sementes diretamente sobre o
solo,
i d tili d l d d tmecanizada utilizando um lançador de sementes para
maximizar sua aplicação em grandes extensões.(REIS el al., 2006)
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••PRODUÇÃO DE MUDASPRODUÇÃO DE MUDAS1. Produção de sementes de espécies 1. Produção de sementes de espécies
arbóreasarbóreas
ObterObter sementessementes dede qualidadequalidade
arbóreasarbóreas
qqfisiológicafisiológica ee genéticagenética;;
NºNº ee distribuiçãodistribuição dasdas árvoresárvoresmatrizesmatrizes ((1212 aa 1515))matrizesmatrizes ((1212 aa 1515))
PortePorte ee estadoestado fitossanitáriofitossanitário dasdasmatrizesmatrizes
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2. Coleta das sementes2. Coleta das sementes
QuandoQuando apareceraparecer osos primeirosprimeiros sinaissinaisdede maturação,maturação, comocomo::11 MudançaMudança dede coloraçãocoloração:: indicadorindicador dede maturaçãomaturação1.1. MudançaMudança dede coloraçãocoloração:: indicadorindicador dede maturaçãomaturação
fisiológicafisiológica
frutosfrutos carnososcarnosos:: verdeverde amareloamarelo ouou vermelhovermelhofrutosfrutos carnososcarnosos:: verdeverde amareloamarelo ouou vermelhovermelho
FrutosFrutos secossecos:: verdeverde pardaparda ouou marrommarrom
22.. InicioInicio dede quedaqueda espontâneaespontânea:: frutosfrutos secossecos antesantes dadaaberturaabertura
33.. VisitaVisita pelopelo dispersordispersor
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3. Beneficiamento das sementes3. Beneficiamento das sementes
DependeDepende dodo tipotipo dede frutofruto::1.1. FrutoFruto secoseco deiscentedeiscente meiameia sombrasombra
22 FrutoFruto carnosocarnoso comcom sementessementes grandesgrandes2.2. FrutoFruto carnosocarnoso comcom sementessementes grandesgrandesdespolpamentodespolpamento ee lavagemlavagem emem águaágua correntecorrente
3.3. FrutosFrutos carnososcarnosos comcom sementessementes pequenaspequenasmarceraçãomarceração ee lavagemlavagem emem peneirapeneira
4.4. FrutosFrutos durosduros aberturaabertura mecânicamecânica ee posteriorposteriorextraçãoextração
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4. Escolha do recipiente4. Escolha do recipiente
DependeDepende dada quantidadequantidade ee finalidadefinalidade::11.. SacoSaco plásticoplástico:: maismais utilizadoutilizado
22.. TubetesTubetes:: vemvem ganhandoganhando espaçoespaço nana produçãoprodução dedegg p çp ç p çp çmudasmudas dede espéciesespécies nativasnativas
TamanhoTamanho dodo recipienterecipiente:: tamanhotamanho dada sementesemente ee dadaTamanhoTamanho dodo recipienterecipiente:: tamanhotamanho dada sementesemente ee dadamudamuda queque sese pretendepretende levarlevar aoao campocampo
Finalidade Diâmetro do recipiente Altura do recipienteFinalidade Diâmetro do recipiente Altura do recipienteEspécies pioneiras 5 cm 18 cmEspécies clímax 10 cm 24 cmpReplantio ou enriquecimento
15 cm 30 cm
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Uso de sacos plásticos Uso de sacos plásticos
Vantagens DesvantagensBaixo preço Ocupa grande espaçoFácil de aquisição Pode causa enovelamento das raízesFacilidade na produção das mudas Maiores gastos no transporte
Uso de Uso de tubetestubetes
Vantagens dos tubetes em relação aos sacos plásticosVantagens dos tubetes em relação aos sacos plásticosFacilidade de manuseio Menor ocupação de espaço no viveiroMenor ocupação de espaço no viveiro Facilidade de transporte das mudas para o campoPode ser reaproveitado – reduzindo custos Menor incidência de pragas e doençasReduz a quantidade de substrato necessário para a produção das mudas
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Produção de mudas em Produção de mudas em tubetestubetes
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Produção de mudas em saco plásticoProdução de mudas em saco plástico
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5. Tipos de substrato5. Tipos de substrato
CompostoComposto orgânicoorgânicoVermiculitaVermiculitaEstercoEsterco bovinobovinoEstercoEsterco bovinobovinoMoinhaMoinha dede carvãocarvãoCC dd b i db i dCascaCasca dede arrozarroz carbonizadacarbonizadaAcículasAcículas dede pinuspinus trituradatrituradahúmushúmus dede minhocaminhoca
TerraTerra dede subsolosubsoloTerraTerra dede subsolosubsolo
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6. Composição do substrato6. Composição do substratoSacoSaco plásticoplástico:: TerraTerra dede subsolosubsolo ++ estercoesterco bovinobovino
DuasDuas partespartes dede terraterra dede subsolo+subsolo+ umauma dedeDuasDuas partespartes dede terraterra dede subsolo+subsolo+ umauma dedeesterçoesterço
6060%% dede estercoesterco ++ 4040 dede cascacasca dede arrozarroz6060%% dede estercoesterco ++ 4040 dede cascacasca dede arrozarroz
TubetesTubetes:: SubstratoSubstrato ++ leveleve
VermiculitaVermiculita
CascaCasca dede arrozarroz carbonizadacarbonizada
AcículasAcículas dede pinuspinus
TurfaTurfaTurfaTurfa
TerraTerra arenosaarenosa
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7. Forma de produção das mudas7. Forma de produção das mudas
1.1. SemeaduraSemeadura::
DiretaDireta nono recipienterecipiente
NaNa sementeirasementeira repicagemrepicagem
22.. ProduçãoProdução dede mudasmudas porpor estacasestacas
33.. ResgateResgate dede plântulasplântulasgg pp
ÁreasÁreas dede supressãosupressão emem empreendimentosempreendimentos
CondicionanteCondicionante ambientalambientalCondicionanteCondicionante ambientalambiental
AproveitamentoAproveitamento nono subsub--bosquebosque dede plantiosplantios
BancoBanco dede sementessementes dodo solosolo
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1. RESGATE DE PLÂNTULAS1. RESGATE DE PLÂNTULAS
Ato de resgatar as plântulas ou indivíduos jovens deAto de resgatar as plântulas ou indivíduos jovens de
espécies arbustivo-arbóreas nativas que regeneraram
dentro ou no entorno de fragmentos florestais ou de
reflorestamentos de espécies nativas ou exóticas, levando-p ,
os para adaptação e desenvolvimento em viveiro ou
diretamente para o campo com o objetivo de sua utilização
em áreas a serem restauradas.
(NAVE, 2005)
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1 P la as etapas
Importância da técnica: resolve alguns gargalos 1. Pula as etapas
coleta das sementes, 2 Falta de informaçõesbeneficiamento,
armazenamento,
2. Falta de informações
localização das matrizes,
germinação,
desenvolvimento da
ponto de maturação dos
frutos,plântula até o tamanho
ideal para sua repicagem,técnicas de beneficiamento,
armazenamentotempo de permanência
no viveiro.
armazenamento,
quebra de dormência.
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Repicagem DesenvolvimentoPlântulas
regenerantes de ambiente natural
p g(transferência das
plântulas para sacos plásticos ou
)
Desenvolvimento das mudas sob sombrite (água
com abundância)ambiente natural tubetes) com abundância)
R tifi ãRetirada das plântulas e
destorroamentoTransporte para o
viveiro
Rustificação(exposição das
mudas a pleno sol com restriçõescom restrições
hídricas e nutricionais)
Corte das folhas Imersão das raízes das
plântulas na água Expedição paraplântulas na água Expedição para plantio em campo
(NAVE, 2005 ; VIANI, 2005; CALEGARI, 2009)
(NAVE, 2005)
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3. RESGATE DE PLANTAS3. RESGATE DE PLANTASResgate de áreas
destinadas aconstrução
Cobertura média
Cobertura média67%
Cobertura média
??? construção
Espécies resgatadas:Peroba rosa
80% 67% ???
Peroba rosaCanela de emaArnica
Substrato usados
Redução foliarRedução foliar
Sombreamento