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O Brasil e a Superação da Crise Internacional
APRESENTAÇÃO ELABORADA PARA A XVI CONFERÊNCIA INTERAMERICANA DE MINISTROS
DO TRABALHO (XVI CIMIT)
Antonio Henrique P. SilveiraSecretário de Acompanhamento Econômico
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7 de outubro de 2009
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O Brasil no limiar da crise internacional
Crescimento acelerado, liderado pela demanda (5,1% de crescimento do PIB em 2008);
Taxa de investimento crescente (de 15,3% em 2003 para 19% do PIB em 2008)
Baixa alavancagem do sistema bancário;
Superávit primário de 4,07% do PIB em 2008;
Inflação baixa, em relação aos demais países emergentes em 2008 (IPCA = 5,9%)
Reservas internacionais na casa dos US$ 205 bilhões;
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Algumas Características Estruturais
Regulação prudencial e limites à alavancagem financeira (o índice médio de adequação de capital, ponderado pelo risco foi de 18%)
Importante sistema bancário estatal – BNDES, BB, Caixa e Bancos Regionais de Desenvolvimento (BNB e BASA);
Direcionamento de Crédito (Agricultura, Habitação, etc.);
Empresas estatais de grande porte no segmento energético – Petrobrás, Eletrobrás;
Razão crédito privado – PIB relativamente baixa(cerca de 40% in 2008).
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Impactos da Crise
Aumento das incertezas macroeconômicas;
Retração do crédito externo e interno;
Forte retração dos preços das ações;
Desvalorização cambial;
Retração do comércio exterior.
Queda da taxa de crescimento do PIB;
Queda na geração de empregos formais;
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IMPACTOS DA CRISE - CÂMBIO
Desvalorização abrupta causada pela brusca restrição da liquidez mundial e reversão dos fluxos de capital
1,59
2,39
2,06
1,96
1,85 1,83
1,50
1,60
1,70
1,80
1,90
2,00
2,10
2,20
2,30
2,40
2,50
set 07 nov 07 jan 08 mar 08 mai 08 jul 08 set 08 nov 08 jan 09 mar 09 mai 09 jul 09 set 09
Taxa Nominal de Câmbio (venda) - Média Mensal *R$ / US$
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IMPACTOS DA CRISE – INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Fonte: IBGE. Elaboração: MF/SPE
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Impactos da Crise - PIB
(Acumulado nos últimos 4 trimestres/ 4 trimestres imediatamente anteriores: em %)
Fonte: IBGE. Elaboração: MF/SPE.
Crescimento do PIB em relação ao trimestre anterior, com ajuste sazonal
-0,8
1,9
2,4
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
I.04 III.04 I.05 III.05 I.06 III.06 I.07 III.07 I.08 III.08 I.09 III.09
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CRIAÇÃO LÍQUIDA DE POSTOS DE TRABALHO(variação absoluta – em milhares)
Fonte: MTE/CAGED Elaboração: MF/SPE.
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TAXA DE DESEMPREGO*
*/ Nas 6 principais regiões metropolitanas.Fonte: IBGE. Elaboração: MF/SPE
8,28,5
9,0 8,9 8,8
8,1
8,0
6
7
7
8
8
9
9
10
10
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jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2006 2007 2008 2009
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10 Fonte: IBGE/PME. Elaboração: MF/SPE
TAXA DE DESOCUPAÇÃO (% da PEA)
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Folha de pagamento real por trabalhador e Produtividade*
(taxa de crescimento acumulada em 12 meses)
* Produção total / Horas trabalhadas na produção
Fonte: IBGE Elaboração: MF/SPE
4,3
-5,1-6,0
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
jul 05 jan 06 jul 06 jan 07 jul 07 jan 08 jul 08 jan 09 jul 09
Produtividade Real
Folha de Pagamento Real por Trabalhador
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Restauração das Condições de Crédito: Interbancário, crédito externo, capital de giro, crédito agrícola,
financiamento à exportação e ao investimento.
Reforço dos Estabilizadores Automáticos: Aumento do Bolsa Família, aumento do salário mínimo,
aumento dos prazos e valores do seguro desemprego
Programas de Investimento Público: PAC, Programa Minha Casa, Minha Vida (habitacional)
Desonerações e Compensações Tributária Imposto de Renda Pessoal Física, Imposto sobre Produtos
Industrializados, Imposto sobre Operações Financeiras, PIS/COFINS, Compensação a Estados e Municípios
Respostas do Governo
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IMPACTO EM 2009 DAS PRINCIPAIS MEDIDAS DE DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA ADOTADAS EM RESPOSTA À CRISE
Fontes: MF/SRFB. Elaboração: MF/SPE
TOTAL: 0,4% do PIB em 2009
Medidas Fiscais Em R$ Bilhões
IRPF 4,9
IPI 5,8
IOF - crédito ao consumidor 2,5
Cofins das motocicletas 0,2
Regime Especial de Tributação (RET) 0,2
Total Geral 13,6
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AUMENTO DOS GASTOS FISCAIS
14
R$ bilhões
2009
Compensação de FPM 2,0
Aumento do Seguro Desemprego 0,4
Programa Minha Casa Minha Vida 6,0
Ampliação dos Investimentos 9,0
TOTAL 17,4
Fonte: MF/STN Elaboração: MF/SPETOTAL: 0,6% do PIB em 2009
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ESTIMATIVA DE SUBSÍDIOS E DE DESPESAS COM EQUALIZAÇÃO DE JUROS
15
R$ bilhões
2009
BNDES 1,63
Agricultura 3,94
TOTAL 5,58
Fonte: MF/STN/COPEC/GERAGTOTAL: 0,2% do PIB em 2009
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RESPOSTAS DE POLÍTICA FISCAL À CRISE INTERNACIONAL
ESTÍMULO FISCAL * (% do PIB)
*/Medidas discricionárias relacionadas com a crise com efeitos fiscais em 2009 e 2010.Fonte: FMI Elaboração: MF/SPE
1,2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Itália
Turquia
Índia
Brasil
França
Argentin
a
Reino U
nido
Indonési
a
Méxi
co
Canadá
Alem
anha
Estados
Unidos
Japão
Austrá
lia
África
do Sul
Rússia
China
Arábia
Sau
dita
Coréia
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Considerações Finais
O Brasil teve sucesso em reverter os efeitos negativos da crise num período curto e a um custo baixo, quando comparado a outros países, em particular os industrializados;
O desempenho brasileiro deve ser creditado tanto às iniciativas de política econômica interna, quanto ao esforço coordenado, em escala global, para mitigar a possibilidade de depressão;
O sucesso inicial não deve, no entanto, diluir a percepção de que são necessários profundos ajustes na economia mundial: Mecanismos mais eficientes de regulação financeira; Maior coordenação das políticas econômicas para a
redução dos desequilíbrios globais; Maior ênfase nos desenhos anti-cíclicos das políticas
nacionais, respeitadas as especificidades de cada país.
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Obrigado!