Múltiplo, a arte para todos Aplicado na produção artística, o termo “múltiplo” se refere a obras
de arte que têm vários originais. O múltiplo tem um preço menor que
o da obra única. Desta forma, trata-se de arte mais democrática –
arte para todos. A possibilidade e acessibilidade do múltiplo ganhou
enorme importância e espaço na década de 60, associado às questões
sociopolíticas que definiram aquele período. A gravura em suas
diversas técnicas foi valorizada. O múltiplo enriqueceu o cenário
artístico, acrescido da vantagem de ter se tornado uma excelente
opção para colecionadores e apaixonados pela arte.
O Brasil possui grandes gravadores. Não é pretensão deste catálogo
discutir estilos, épocas ou nomes, mas sim proporcionar informações
de cunho educativo visando o diálogo entre público e artista.
A Câmara dos Deputados, com esta iniciativa, estimula a produção e
divulgação cultural brasileira para que se continue a produzir a arte
que é acessível a todos.
Lothar FidelisCurador
4Antonio Poteiro
5Antonio Poteiro
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Aldemir Martins
Darcy Penteado
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Fúlvio Pennacchi
Fúlvio Pennacchi
Francisco Rebolo
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GravuraTermo que designa, em geral, desenhos feitos em superfícies duras – como madeira, pedra e metal – a partir de incisões, corrosões e talhos realizados com instrumentos e materiais especiais. Ao contrário do desenho, os procedimentos técnicos empregados na gravura permitem a reprodução da imagem. Nessa medida, uma gravura é considerada original quando resultado direto da matriz criada pelo artista, que a partir dela imprime a imagem em exemplares iguais, numerados e assinados. Em função da técnica e do material empregados, a gravura recebe uma nomenclatura específica: serigrafia, litografia, xilografia, gravura em metal etc.
10Athos Bulcão
11Athos Bulcão
12Enrico Bianco
SERigRAFiA
Serigrafia, ou silk screen, é um processo de impressão em que a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou puxador, através de uma tela preparada. A tela, normalmente de seda, náilon ou poliéster, é esticada em um bastidor de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, em que a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto – matriz+fotolito – colocado por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta à luz.
É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante etc.), de várias espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas).
A serigrafia caracteriza-se como um dos processos de gravura, denominado de gravura planográfica.
A palavra planográfica pretende enfatizar que não há realização de sulcos e cortes com retirada de matéria da matriz. O processo se dá no plano, ou seja, na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos fotossensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado frequentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte).
O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a Anthony Velonis, que, influenciado por Carl Zigrosser, crítico, editor e, nos anos 1940, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), e graphos (escrever), para modificar os aspectos comerciais associados ao processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos trabalhos destinados ao uso comercial, industrial ou puramente reprodutivo.
13Enrico Bianco
14Carybé
15Carybé
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Edith Behring Djanira
LiTOgRAFiA
Em 1796 Alois Senefelder descobriu as possibilidades da pedra calcária para fazer impressões e, após dois anos de experimentações, desenvolveu a técnica da litografia. Essa técnica parte do princípio químico que água e gordura se repelem. As imagens são desenhadas com material gorduroso sobre pedra calcária, e, com a aplicação de ácido sobre essa mesma pedra, a imagem é gravada. Assim como a gravura em metal, essa técnica também necessita de uma prensa para transferir para o papel a imagem gravada na pedra.
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Ana Letycia Quadros
Ana Letycia Quadros Sônia Ebling
Lyria Palombini
gRAVuRA EM METAL
A técnica da gravura em metal começou a ser utilizada na Europa no século XV. As matrizes podem ser feitas a partir de placas de cobre, zinco ou latão. Estas são gravadas com incisão direta ou pelo uso de banhos de ácido. Água-forte, água-tinta e ponta seca são as técnicas mais usuais. A matriz é entintada, e utiliza-se uma prensa para transferir a imagem para o papel.
18Rubens gerchman
19Rubens gerchman
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Hércules Barsotti
Hércules Barsotti
Emanuel Araújo
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Eduardo Sued
Eduardo Sued
Luis Sacilloto
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Hansen Bahia
inos Corradin
inos Corradin
XiLOgRAFiA
A xilografia é a técnica mais antiga para produzir gravuras, e seus princípios são muito simples. O artista retira de uma superfície plana (matriz, geralmente é madeira) as partes que ele não quer que tenham cor na gravura. Após aplicar tinta na superfície, coloca sobre ela um papel. Ao aplicar pressão (com uma prensa) sobre essa folha, a imagem é transferida para o papel.
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inos Corradin
inos Corradin
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Marcos Coelho Benjamin
galeno
Angelo de Aquino
Juarez Machado
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Yves SerpaYves Serpa
Jjunior
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M. JorgeM. Jorge
Arte digital é aquela produzida em ambiente gráfico, utilizando-se o computador.Existem diversas categorias de arte digital tais como : desenho e pintura digital, gravura digital, pixel art, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, etc. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mídias tradicionais.Diversos artistas contemporâneos tem feito do computador seu instrumento de trabalho. Substituindo os pincéis e pranchetas pelo meio virtual. Este movimento ocorre com artistas do mundo inteiro, cada qual com seu estilo e técnica própria.
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Kazuo Wakabayashi
Kazuo Wakabayashi
Manabu Mabe
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E. Di Cavalcanti
Cícero Diasinimá de Paula
Burle Marx
29Asfaduroff Nibbes
Gravuras BrasileirasArte para todos
realizaçãoCâmara dos Deputados
Coordenação do ProjetoEspaço Cultural Zumbi dos Palmares
CuradoriaLothar Fidelis
ProduçãoCasimiro Neto
Projeto Gráfico e DiagramaçãoJúlia Violato
revisãoRonaldo Santiago
Expografia, Montagem e Conservação do acervoAndré Ventorim, Edson Pires, Ronaldo Silva
Wendel Fontenele, Paulo Titula, Patrícia Gadiaacervo
Multiplos Edições de Arteapoio
Coordenação de Projetos / DetecSiNDiLEGiS
agradecimentos EspeciaisDaniel Messias da Costa
Débora BeghiniGuilherme Ternes
Josuel OliveiraLincoln Reis
Maison TernesRafael Galante Guedes
Thania RezendeWaldecyr Estevão Borges
Wiliam de SchepperVerônica Hmeljevski
ImpressãoDepartamento de Apoio Parlamentar – DEAPA
Coordenação de Serviços Gráficos – CGRAFContato
www.multiplos.netInformações sobre as obras
Representantes São Paulo: (11) 8550.8866
Rio de Janeiro: (21) 8162.3939
SINDILEGIS
SINDILEGIS
SINDILEGIS
SINDILEGIS
MESa DIrETOra Da CÂMara DOS DEPuTaDOSPresidenteMarco Maia (PT-rS)
1º Vice-Presidenterose de Freitas (PMDB-ES)
2º Vice-Presidente Eduardo da Fonte (PP-PE)
1º SecretárioEduardo Gomes (PSDB-TO)
2º SecretárioJorge Tadeu Mudalen (DEM-SP)
3º SecretárioInocêncio Oliveira (Pr-PE)
4º SecretárioJúlio Delgado (PSB-MG)
SuplentesGeraldo resende (PMDB-MS)Manato (PDT-ES)Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE)Sérgio Moraes (PTB-rS)
Diretor-geralrogério ventura Teixeira
Secretário-geral da MesaSérgio Sampaio Contreiras de almeida
Brasília, dezembro de 2011