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Monitoramento Costeiro Aula 01 – 14/10/15
Eduardo Puhl
CTH – IPH - UFRGS
Prof. Eduardo Puhl
Eng. Civil – UFRGS
Mestrado e Doutorado IPH/UFRGS
Doutorado Sanduíche na Univ. de Illinois (EUA)
Contato: [email protected]
Telefone: 3308-7596
Sala no Pavilhão Fluvial
Monitoramento Costeiro
Monitoramento Costeiro
Monitoramento, de uma maneira geral, pode ser definido como uma coleção sistemática de dados físicos, ambientais, econômicos ou sociais, visando a tomada de decisões com respeito a:
operação, manutenção e performance de projetos em operação;
geração de informações para implantação futura de projetos;
geração de informações para elaboração de projetos.
Estes levantamentos consistem resumidamente dos seguintes itens:
levantamentos através de fotografias, aero-fotos, filmes;
levantamentos de perfis praiais;
levantamentos de linhas de costa;
levantamentos da zona costeira, envolvendo a planície arenosa e o campo de dunas;
levantamentos das condições físicas e desempenho de projetos;
medição de parâmetros físicos tais como:
ondas (altura, período, direção de proveniência),
marés (amplitude),
correntes (velocidade, direção de propagação)
ventos (velocidade, direção de proveniência),
temperatura (ar e água),
pressão atmosférica, precipitação, etc.
Monitoramento Costeiro
Compreensão dos fenômenos que ocorrem no mar, na interface mar/praia e na costa, fornecendo aos profissionais conhecimento (teórico/prático) suficientes para aquisição e coleta de informações que subsidiem projetos de obras costeiras e de monitoramento de ambientes costeiros.
Objetivo
Introdução à Dinâmica Costeira
Ambiente Costeiro
Ondas
Marés
Correntes Litorâneas
Correntes Oceânicas
Aquisição de Dados
Obras Costeiras
Morfologia e Processos Costeiros
Plano da disciplina
Porto de Rio Grande, RS
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A avaliação será baseada em três atividades com escala de zero (0,0) a dez (10,0).
𝑀𝑃 =𝑹𝑪𝟏 ∗ 15 + 𝑹𝑪𝟐 ∗ 15 + 𝑷𝑷 ∗ 70
100> 6,0
Datas Importantes
14/03 : Início das aulas 02/05: Saída de Campo para Tramandaí 30/05: Saída de Campo para Arambaré
Bibliografia Apostila Prof. Luiz Emílio no XEROX do IPH Livro Alfredini e Arasaki na Biblioteca
Avaliação, Datas e Bibliografia Saída de Campo
Saída de Campo
O que é o Ambiente Costeiro?
Definição mais simples:
“A costa é onde a terra, a água e o ar se encontram”
Definição mais formal:
“A zona costeira é um espaço onde os ambientes terrestres influenciam os marinhos e vice-versa”
Carter (1988)
Ambiente Costeiro Ambiente Costeiro
No Ambiente Costeiro, a atmosfera, a litosfera, a hidrosfera e a biosfera interagem (Short, 1999)
Atmosfera
Biosfera subaérea
Biosfera subaquática
Litosfera
Hidrosfera
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Características da zona costeira
Interface oceano + continente + atmosfera
Diversidade de ambientes
Concentração populacional (75% da pop. mundial irá morar na zona costeira, segundo ONU)
Geração de riquezas
Diretamente afetada pela variação do nível do mar
Conflitos
Zona de interação com as áreas vizinhas
O que é a zona costeira?
Princípios a serem seguidos para uso sustentável do ambiente costeiro. É fundamental levar em consideração a inter-relação de:
Processos costeiros
Defesas costeiras
Uso da terra
Ecossistema natural
Gerenciamento Costeiro
Possui 7.367 km de costa, 17 estados, 25% da população com alta densidade (87 hab/km², sendo a média nacional 17 hab/km²)
Ecossistemas: mangues, restingas, campo de dunas, estuários, recifes de corais, etc.
Rio ECO-92 – “todos os países devem implementar programas de gestão integrada da zona costeira e marinha, visando a utilização desses espaços de forma sustentável
Lei 7661 (1988) instituiu PNGC – Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro
Panorama Brasileiro
40 portos marítimos e 60 fluviais
Movimentação de 661 milhões de toneladas por ano
Engenharia Portuária – Paolo
Alfredini / Emilia Arasaki
Panorama Brasileiro Panorama Brasileiro
Engenharia Portuária – Paolo
Alfredini / Emilia Arasaki
Possui uma das maiores redes fluviais do mundo, cerca de 20.000 km (em condições), total de 50.000 km
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Ambientes Costeiros
Manguezais
Ilha de Marajó – Pará
Vegetação característica de Mangue
Dunas
Praia de Jenipabu, no litoral Norte
do Rio Grande do Norte é uma das
atrações (Foto: Canindé Soares)
Dunas migratórias em Peró, em Cabo
Frio (RJ). Alcançam até 130 metros
Recifes
Porto de Galinhas Recife saudável em Fernando de Noronha (PE).
A espécie na fotografia é a “Montastrea
Cavernosa, dominante na região de Noronha.
Costões Rochosos
Itapeva - Torres – RS
Falésias – Parnamirim - RN
Dunas
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Praias
Elementos Costeiros
Elementos Costeiros
Processos de formação
Deposição Erosão
Praia (Beach) Promontório (Headland)
Restinga (Spit) Falésia (Coastal Cliff)
Tômbolo (Tombolo) Plataformas Costeiras
(Shore platforms)
Delta (Delta)
Estuário (Estuary)
Plataforma de abrasão
(Wave-cut shore
platforms)
Barreira (Barrier)
Elementos Costeiros
Tipo de costa baixa, no contato terra-água, formada por acúmulo de areia, inclusive seixos. Delimitada, de um lado pela linha de baixa-mar e, do outro, por uma mudança do material ou por uma expressão fisiográfica, tal como falésia ou pela linha de vegetação permanente (Magliocca, 1987)
Praias (Beach)
“Praias são construídas, alteradas e erodidas com grande rapidez”.
(Guilcher, 1958)
Praia do Cassino
Depósito de areia emerso, baixo, em forma de língua, fechando ou tendendo a fechar uma reentrância mais ou menos extensa de costa (Magliocca, 1987)
Restinga ou Pontal (spit, bar, beachridge, barrier beach)
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Restinga ou Pontal (spit, bar, beachridge, barrier beach)
Rio Grande, RS
Massas arenosas paralelas à costa. Permanecem elevadas acima da maré mais alta (Magliocca, 1987)
Barreira (Barrier)
Depósito clástico, parcialmente subaéreo, construído por rios, que transportam sedimentos para um corpo permanente de água (Magliocca, 1987)
Delta (Delta) Delta do Rio Jacuí, Porto Alegre
Delta do Nilo
Delta do Amazonas
Cordão arenoso que, em geral, liga uma ilha ao continente ou à outra ilha (Magliocca, 1987)
Tômbolo (Tombolo)
Tômbolo (Tombolo)
Corpo de água semifechado com uma conexão livre com o oceano aberto, no interior do qual a água do mar é diluída, de uma forma mensurável, com a água doce drenada da terra (Magliocca, 1987)
Quando um estuário é preenchido e transporta sedimento diretamente para a costa ele se torna um delta (Short, 1999)
Estuário (Estuary)
Rio da Prata
Estuário
Oceano
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Estuário (Estuary)
Dominado pela Maré
Maranhão
Dominado por Ondas
São formados pela combinação de processos terrestres (intemperismo, correntes e perda de massa) e marinhos (ondas e correntes).
Alguns elementos podem ser renovados por soerguimento tectônico.
Elementos Costeiros de Erosão
Porção de terra elevada que, entrando pelo mar, forma saliência acima do nível das água (Magliocca, 1987). Pode ser formado por Erosão por correntes, intemperismo desigual das penínsulas costeiras, ação das ondas e movimento das rochas ao longo de uma falha
Promontório (Headland)
.
Designação comum à escarpa costeira originada pelo trabalho erosivo do mar. Rochas altas e íngremes (Magliocca, 1987)
Falésia (Coastal Cliff)
Praia da Guarita - RS
João Pessoa - PB
Quebra-mar natural que se forma nos cordões litorâneos (não confundir com plataforma continental). A plataforma costeira é constituída pelo acúmulo dos materiais derrubados que se juntam aos detritos transportados por escorregamento e por possíveis cursos de água.
Plataforma costeira ou litorânea (Shore platforms)
Exercício para casa
Busque imagens na internet de sua praia preferida e identifique os diferentes elementos costeiros que as compõem
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Ondas Capítulo 1
ONDAS
Escoamento Oscilatório
Definição
“Para uma oscilação ocorrer são necessárias três coisas:
Um estado de equilíbrio, sem perturbação
Uma força geradora de um desequilíbrio
Uma força restauradora do equilíbrio” (Kinsman, 1965)
Vento
Gravidade
Foto: Chico Buchmann
Tipos de Ondas
Mecânicas Necessitam de um meio físico
para se propagar
Ex.: ondas do mar, som, sísmica
Eletromagnéticas Não necessitam do meio físico
Ex.: luz, raio X, microondas, rádio
De Partículas Governadas pelas leis da física
quântica
(Qualitativo, não quantitativo)
Classificação das Ondas no Oceano (Kinsman, 1965)