DENISE ARANTES NUNES SOUZA
A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DO HALUX RiGID US
Monografia apresentada como requisitoparcial a obten<;§o do grau deEspecialista em Fisiolerapia, curso deFisioterapia Traumato-ortopedia eDesportiva, setor de Ciencias da Saudeda Universidade Tuiuti do Parana.Orientadores: Dr. Cezar Baggio e Prol"Sj~i(,alva Wawsyniok.
d 0' CURITIBA2000
CONSULTAINTERNA
AGRADECIMENTO
Aos meus pais e ao Alessandro, que sel11pre me acornpanllararn e
cornpartilharam dos meus ideais.
RESUMO
Ope humano devide-s8 em Ires partes: retrape-, mediope e antepe.
o retrope e composto pelos assos talus e calcanea e separa-se do mediope
atrav8S da imporlante articula~ao de CtlOpart. Ja 0 rnediope e formada pelos OS50S:
cunei formes .( medial, lateral e interrnedio ), navicular e cob6ide. E separado do 8ntepe
pela articular;:ao de Lisfranc. Estas duas regiues possuern articula<;:6es eslaticas, isla e,
sem movimento, cuja fUI1c;ao e a adaptaC;80 do pe ao solo.
o antepe e a regiao farmada por urn numero maior de ossos: sao cinco
metatarsos e calorze falanges. Nesta regiao as articular;:oes sao de rnovimento,
diniunicas, com importanta papel na dearnbulac;ao devido a mobilidade dos
podod.ktilos. E nesta regiao que S8 localiza a articulayao metalarsofalangeana do
halux, onde se origina 0 Halux Rigidus.
Esta articulaC;80 e formada pela cabeya do primeiro metatarso, a falange
proximal do tlalux e os ossos sesamoides 0 excesso de sobrecarga articular gera uma
condiy80 degenerativa, ocasionando uma artrose, que comeya corn um espessamento
do osso subcondral culminando na forrnaC;80 de proerninencias osseas, os osteofitos
periarticulares.
as osteofitos desenvolvidos dao origem a "joanete dorsa!", sinal patognomonico
do Halux Rfgidus. Todas estas alterac;oes articulares originam uma innama<;8o na
regiao, gerando dor e diminui~ao da amplitude de movimento e da funcionalidade
articular, 0 que nos faz compreender quae incapacitante e a patologia.
A Fisioterapia, atraves dos sells recursos, tern, como objetivos a elimina<;ao da
innamac;ao na regiao, 0 aumento da amplitude de movimento articular e,
consequentemente. 0 restabelecimento da fun980 do membro 0 mais proximo possivel
do normal.
Nesta pesquisa, loram selecionados quinze portadores de Halux Rigidus,
divididos da seguinte forma: cinco pacientes apresentavarn os primeiros sintomas da
patologia ( resumidamente. dar ao esfor90 e espessamento do osso subcondral),
outraas cinco pessoas encontravam-se numa fase interrnediaria do desenvolvimento da
patologia ( restriC;80 da dorsiflexao do halux, dar ao movimento, osteofrtose em
desenvolvimento ) e, par Jim, cinco portadores do Halux Rigidus em uma fase de
grande progress80 ( apresenlando "joane!e dorsal" evidente, grande restri<;80 de
movimento do halux e quadro algico de grande intensidade ).
No tratamento foram utilizados os recursos da crioterapia, do Laser e da
cinesioterapia, a fim de alcanc;aros objetivos propostos ern, no Illaximo vinte sess6es
de Fisioterapia.
Quanto aos resultados obtidos, estes foram parcialmente satisfatorios, uma vez
que a patologia possui uma evolu980, e esta e dificil de controlar apos urn longo
periodo de evoluc;80.Com relac;eoaos pacientes em inicio de sintomatologia e no qual
o Halux Rigidus nao tenlla causado urn grande comprornetimento articular, os
resultados foram muito bons com rela9ao tanto a mobilidade quanto ao quadro
inflamat6rio. Ponam, havendo um processo degenerativo instalado, os resultados do
tratamento frsioterapico deixaram a desejar, pois a diminui<;aodo quadro inOamatorio e
a melhora da funcionalidade foram minimos e, ate meSIllD,nulos.
Portanto, tais pacientes sem meillora foram encaminllados pelo cirurgiao
ortopedista ao tratamento cirurgico, 0 qual e reahnente 0 mais indicado naqueles casos.
5UMARIO
RESUMO .... . .. i
INTRODU!;Ao.. . 1
1 EMBASAMENTO TEQRICO 2
2 METODOLOGIA.... . 16
3 APRESENTA!;AO DOS DADOS... . 26
4 INTERPRETA!;AO DOS RESULTADOS.... . .45
CONCLUSOES... . ..46
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA .. ..... .47
INTRODUCAo
Esta pesquisa leve como objetivo estudar os resultados da Fisioterapia no
tratamento conservador do Halux Rigidus como forma de S8 evilar a cirurgia. Os
recursos fisioterapicos utilizados fcram a crioterapia e 0 Laser, como elementos
antinflamat6rios e analgesicos, e a cinesioterapia, com a meta de aumentar a
amplitude articular e a mabilidade da membra acametida.
Tal tema foi escolhido devido 0 Halux Rigidus ser uma patologia de cunha
debilitante. Ista porque a primeira articula9aa metatarsafalangeana e de suma
importancia na mareha, js que esla safre uma dorsiflexao passiva, assim como as
Qutras articula<;6es metalarsofalangeanas, a medida que 0 calcanhar vai deixando 0
solo, 0 que causa dar ao paciente a cada troca de passo e leva a uma marcl,a
claudicante.
Como urn fata leva a Qutro, a claudica<;ao provoca sobrecarga em Qutras
estruturas da pe e da perna, geranda autras patalagias, cama tendinites, talalgias e
outras. Entao, como a Fisioterapia possui recursos que podem devolver a
funcianalidade aquela regiao, fez-se urn estudo ern cada fase da patalagia: ern
pacientes em rase inicial, em rase moderada e numa rase mais adiantada do Hi3lux
Rfgidus, com 0 intuito de avaliar em que rase 0 tratamento fisioterapico e mais
eficiente e pode trazer um resultado mais satisfatorio.
1 EMBASAMENTO TEORICO
1.1 Anatomia osteo-articular do pi!
Anatomicamente, 0 pe e dividido em Ires partes: retrape. mediope e antepe.
a retraps e composto dos assos talus e calcaneo. 0 mediope e farm ada
pelos assos navicular, cub6ide e os cuneiformes: lateral, medial e intermedio. 0
antepe comp5e-se de cinco metalarsos e de quatorze falanges.
o retrape e 0 Inediope sao separados pela articulaC;r3o de Chopart, fannada
pelas seguintes eslruturas: superficies articulares anterior do calcaneo e posteriores
dos cub6ides de urn lado e face articular anterior do talus e pon;ao posterior do
navicular pela face interna do pe. Possui os ligarnentos glenoideos e calcaneo-
navicular, que ligam 0 calcanea ao navicular na poryaG inferior e aumentarn a face
articular deste ultimo ossa. Tambell1 possui a ligamenta inter6sseo ern Y de
Chapart, formado par dais fasciculos que partem do calcanea. diriginda-se
internamente aa navicular e externamente ao cub6ide.
Figura 1 - Ligamentos que mantem a ab6bada plantar
Entre 0 media e 0 antepe eneontra-se a articula<;ao de Lisfranc, situada entre
o tarso e 0 metatarso. Esta divide-se em Ires articulac;.6es tarsornetatarsianas:
interna ( formada pela primeira cunha e 0 primeiro rnetatarsiano ), media ( (armada
par duas cunllas e dais metatarsianos centra is ) e exlerna ( formada pelos dois
ultimos metatarsianas e pel a osso cub6ide ). Passui a ligamenta de lisfranc que une
02° metatarsa ao 1° cuneifarme.
Biomecanicamente, 0 pe divide-se em dais grupos de articula<;6es: as
articula96es de movimento e as articulac;:oes de apoio. As primeiras sao feitas para a
marcha e para a dillamica. Sao elas: 0 lorllozelo e as articulac;:oes
metatarsofalangeanas e interfalangeanas. As ariiculac;oes de apoio servem para a
amortiz8C;80 do choque do pe com 0 solo e para a adapla~aa as irregularidades do
terre no. Sao as articulac;oes do tarso.
Figura 2 - Articula~oes do pe
A primeira articulagiio metatarsofalangeana do pe localiza-se no antepe e se
constitui numa articula9ao de movimento. Passui uma amplitude de movimento que
varia entre 40· de plantifiexiio a 90· de dorsifiexiio. Eo formada pelo primeiro
metatarso·e pela falange proximal do halux, junto aos ossos sesam6ides. As
estruturas que se encontram em contato sao a cabec;a do metatarso, a cavidade
glen6ide da falange proximal e a sistema glenosesarnoideo, formado pela cavidade
glen6ide unida aos dais assos sesam6ides I e reforyada par um ligamento
intersesamaidea.
Alem destas estruturas, tambern compoem tal articulac;ao: cartilagem articular,
capsula articular, membrana sinovial e liquido sinovial.
A capsula articular e um tecida fibrosas Inuita resistente que envolve a
articulayao. E refon;ada par ligamentos que impedem movimentos anorrnais da
articulac;aa, como sobrecargas e luxa90es.
A cartilagem articular e farm ada par um tecido conjuntivo apropriado para
funcionar coma uma superiicie elastica absorvente de cl10ques e resistente ao
desgaste. Reveste as extremidades 6sseas que se contactam dentro da articulac;ao,
com a funyao de permitir adaptayao reciproca entre as extrernidades 6sseas
articulares. Apesar da carencia de vasas linfaticos e sanguineas e de nervos, e urn
lecido metabolicamente alivo. Compoe-se de condr6citos e rnatriz cartilaginasa,
elabarada de colagena tipa II e proteoglicanas2. as prirneiros sintetizam a matril
cartilaginosa, colagenases e outras proteinas, as quais podem submeter a
cartilagem a degradac;ao em situa90es patal6gicas.
A membrana sinovial. reveste 0 espac;a articular, exceto nas areas
cartilaginosas que sustentam a peso. Sua superficie contem inumeras
I A articula~ao metatarsofalangeana do pe tem na face plantar a sistema glenosesamoideo, formadopela cartilagem glen6ide e uma assifica~ao em seu interior farmada pelos dais sesamoides. Saocomo urn8 alavanca que leva conlra~ao muscular ao halux. devido aos musculas que se inseremneles.
2 Proleoglicanas sao glicosaminoglicanos ligados a urn nucleo proleico. Regulam a estrutura e aperrneabilidade do !eeida conjuntivo e modulam a diferenciat;ao celular
microvilosidades, farmadas par duas camadas. A primeira e coberta par sinoviocitos,
divididos em: tipo A ( fagocitico. sintetiza enzimas de degrada,ao. principalmente
colagenases ) e tipo 8 ( mucinoso, sintetiza acido hialur6nico ). A segunda camada ecomposta de tecido conjuntivo frouxo, com celulas mononucleadas, celulas
denlriticas entrela~adas,vasos sanguineos e linfaticos e termina<;oes nervosas.
o liquido sinovial tem a fun,ao de lubrificar as articula,6es diartrodiais. Eo
formado por um transudato vascular misturado corn mucina. Tem cor clara, e viscoso
e incolor. Possui menos de 200 leuc6citos/mm3.
1.20 papel do halux na marcha hUmana
Na marcha humana normal existem basicam8nte duas rases que se alternam
regularmente nos membros inferiores. Enquanto um membra esla suportando 0
peso, 0 outro esla em fase de balan~oou fase aerea.
Na progressao da fase de apaio inicia4se 0 "despegue" do calcanhar que gera
a transferemcia da carga para 0 antepe e, ao mesmo tempo, a medida que 0
calcanhar vai se afastando do solo, 0 antepe 56 consegue permanecer aplicado ao
solo se as articula~6esmetatarsofalangeanas forem se sujeitando passivamente a
uma dorsiflexao.
Prosseguindo nesta fase, as cabe~asmetatarsianas vao S8 tornando aereas e
deixando de participar da distribui,ao de carga em sequencia do quinto para 0
primeiro metatarsiano, de forma que no filial da fase de despegue do calcantlar toda
a carga estara nas cabe~as do primeiro e do segundo metatarsos, 0 retrope estara
em supina<;8o e a articula<;ao metatarsofalangeana do halux eslara em nexao
maxima darsal passiva. 0 angulo deste movimento depende do tamanho do passo,
sendo, em geral, de 15° a 20° de dorsinexao.
Seguindo nesta fase oco.rre a contra9ao da musculatura flexora curta e 10nga
do pe, terminando a fase de apoio e entrando em fase de balan90 alguns momentos
depois que 0 outra membra ja havia tocado 0 solo pelo calcanhar.
Figura 3 - Fases da marcha: ( a ) Contata COlli 0 calcanhar;
( b ) Contato com 0 antepe e 0 arca externo;
( c ) Apoio dos metatarsos;
( d ) Retirada do pe.
1.3 Hitlux Rigidus
1.3.1 Conceito
Halux Rigidus e urna enfennidade que areta a prillleira articuJayao
metatarsofalangeana do pe. Acontece principahnente devido a sobrecarga do
primeiro raio, levando a um desgaste da cartilagem articular corn consequente
evolu9~O para urn quadro de artrose.
Figura 4 - Sindrorne de sobrecarga do halux
Depois do Halux Valgus e a dor mais comum no grande dedo do pe, ocorrendo
em aproximadamenle 2% da popula~ao entre 30 e 60 anos.
1.3.2 Classificacao do Halux Rigidus
Esta patologia pode ser classificada de varias maneiras, entre elas:
a) Segundo a faixa etaria do paciente:3
a.1) Grupo adolescente: a patologia 5e forma devido a mudanC;:8s na cartilagem
articular, como, par exemplo, na osteocondrite dissecante."
8.2) Grupo adulto: ocorre em consequencia a urna artrose generalizada na
articula~ao.
b) Segundo a causa do Halux Rigidus:'
b.1) Prirnario: par sobrecarga do primeiro raia;
b.2) Secunda rio: par diversos falares, entre eles:
» Secundario ao Halux Valgus: pela subluxa~ao metatarsofalangica;
» pela osteomalacea da epifise distal do primeiro metatarso;6
". secunda rio a gota: pel a presen~a dos tofos gotosos; 7
};- secundario a traumatismos;
",. iatrogenico;
\ Mann, Roger A.; Couchlin, Michael J. Surgory of tho Foot and tho Ankle Volume 1.6" edit;;8o.SILouis: Mosby, 1993. (pagina 622)
4 Osteocondrite dissecante e a dissec9~o de urn fragmento osseo 5ubcondral, pertencente a urnaepifise, por uma distrofia cartilaginosa ou sob 0 efeilo de uma necrose assea asseplica,provavehnenle isquernica. Mais cOlnum em adolescenles
S Perice, A Viladot. Patologia del Ante·pic. 2n ediyao. Barcelona: Edicianes Toray, 1981. (paginas 156a 161).
I> Osteamalacea e um disturbio encantrada no adulto par deftciencia de vitamina 0, equivalente aoraquitismo na crian~. Manifesta-se com perda de massa esqueh~lica, predispondo os assos asfraluras.
~ outros.
1.3.3Etiologia
A origem principal da patologia e 0 desgaste da cartilagem articular, com
formal):aode artrose na prirneira articulal):aometatarsofalangeana. Mas, para que islo
aconteya, ha influencia de diversos fatores, como:
};> 0 primeiro metatarso e 0 halux devem encontrar-se em linha reta. Para
tanto, e preciso que haja potentes formal):oesmusculo-ligamentares para
manter esta posic;ao. Caso contrario, ocorrera urn desvio em varo do
metatarso com desvio em valgo do halux, forrnando urn Halux Valgus.
"r 0 primeiro metatarso deve ser bern desenvolvido, tipo index plus au index
plus minus6
).. Pe plano tall1bel11e urn fator predispanente a fonna'Y8odo Halux Rigidus.
» Em pessoas com metatarsus primus elevatus.
» Os pes tipos quadrado au egipcio9
» Achatamento congenito da cabe'Yametatarsiana au cabel):ametatarsiana
quadrada: aDcontriuia do formata oval, a cabel):ametatarsiana de formata
quadrado au achatado provoca urn constante trauma desta regiao com a
base da falange proximal e nlio permile que a parle medial do sapalo
provoque 0 valgisrno do halux.
7 Gala e uma patologia de ordem reumatica cuja consequemda e a deposicao de cristais de uratosdenlro e pr6ximos as articular;oes, produzindo a artdle golosa cr6nica, que muitas vezesincapadlanle.
R Em radiografias de anlepe sao enconlrados has lipas de lerlllinar;6es dos melalarsos: indexminus ( 1" melalarso e menor que 0 211 melatarso e as demais sao cada vez mais curios), index plusminus ( 0 1° melatarso tern 0 mesmo lamanho do 2° ) e index plus ( 1° melalarso e maior que a 2°metalarso ). .
'1 Existe uma c1assiricar;ao quanto a longitude relativa dos dedos do pe: pe grego ( 0 2° dedo e maiorque lodos as oulros dedos ), pe quadrado ( haJux e igual ao segundo dedo e os oulros dedos vaodecrescendo), pe egipcio (halux e maior que lodos as oulros dedos).
PC qU:1dr: •.,Io
Figura 5 - Formato dos dedos e dos metatarsos
Pc ccipcio
.,. Conlusao direta, hiperextensao articular ou fratura intrawarticular.
1.3.4 Patogenese
Por ser urn quadro de artrose da primeira articula~ao metatarsofalangeana do pe.
o Halux Rigidus e antes de tudo uma doen~a da cartilagem.
A lesao inicial consta de urna fibrilac;ao da cartilagern, que consisite em
fissurac;ao associ ada a deple980 de proteaglicanas.
Tal deple~ao esta relacionada ao excesso de destrui~ao ou a urn defeito na
de press6es.
forma<;ao das proteoglicanas, fragilizando a cartilagem, que sofre fissuras sob efeilo
Enfim, a cartilagem perde definitivamente sua rigidez e elasticidade, aumentando
o atrito entre as superficies articulares. Consequeritemente, sao encontrados:
>- Destrui<;80 cartilaginosa: a cartilagel11 e alterada e progress iva mente
articular;
destruid8. A interlinha articular reduz-se levando 8 urn pin<;arnento
,.. Osteosclerose subcondral nas zonas de hiperpressao: 00550 subcondral
espessa-se e condens8wse par mulliplica<;80 das trabeculas asseas. Em
10
seu seio aparecem cistos, talvez devido a fralura trabecular, que permite a
penetraIY80 do liquido sinovial no OSSO:
).- Osteofitose por atrito capsulo-sinovial:
~ Reac;:oes sinoviais por liberaC;:8o intra-articular de fragmentos
cartilaginosos, que podem provocar um derrame articular do tipo
mecanico.
1.3.5 Achados clinicos do Halux Rigidus
Sua evoluc;:ao e incidiosa. Os sintomas comec;:arn com uma leve rigidez
transit6ria au uma menor mobilidade, sentida rnais pela manila e 80 levanlar-se. Ao
reiniciar 0 movimento, a rigidez e a dor desaparecem, retornando com atividades
prolongadas da articulaC;:8o metatarsofalangeana do halux, como, por exemplo,
caminhadas.
Com 0 tempo, carnec;:a-s8 a restriC;:8o de amplitude articular aos movimentos,
sobretudo na dorsiflexao do halux, pequenos derrames e crepitay80 articular.
No exame fisico sao encontrados varios graus de espessamento na primeira
articulayao metatarsofalangeana, come9ando corn um espessarnento sinovial e
evoluindo com a formaryao de osteofitos na cabec;a do primeiro metatarso.
Ha uma restri9ao na dorsinexao devido a dor durante todo 0 movimento ou em
algum ponto especifico. A plantinexao torna-se desconfortavel devido a localiza9ao
do osteofito dorsal, que pin9a 0 tendiio extensor do halux, a capsula articular e a
membrana sinovial inflamada.
E possivel pal par urn calo osseo principalmente nas faces lateral intern a e dorsal
da primeira articula9ao metatarsofalangeana, conhecido como "Dorsal Bunion" au
""Joanete Dorsal", originario da coroa osteofitica e e 0 sinal patognomonico do Halux
Rigidus.
Sao encontradas calosidades na articular;30 interfalangeall8 do halux, devido asobrecarga, e na caber;8 do quinto metatarsQ, devido a rnarcha efetuar-se sobre a
borda extern a do pe.
A dor pode ser localizada au difuS8. 0 nivel da dor indica 0 grau de irritabilidade
articular ( inflamay80 ), mas naD necessariamente a ql!antidade de deteriorayao da
articula9ao.
A evoluy80 consla de agravamento progressivD, principalmente com fatores
mecanicos associados. Surtos innamatorios peri6dicos aumentam a impotencia
funcional.
1.3.6 Achados radiograficos do Hatux Rigidus
As incidemcias utilizadas sao: perfil, antero-posterior e obliqua.
Sao encontrados: estreitamento do espa90 articular, esclerose das extremidades
6sseas articulares, presenC;8 de osteofitas nas margens da cabec;a do primeiro
metetarso e de cistos no seio da esclerose, anomalias por malformac;6es
preexistentes.
1.3.7 Tratamentos
Os tratamentos variam de acordo com a gravidade do probtema.
o tratamento cHnico conservador e direcionado para os sintomas do paciente e
sua conduta consta de:
~ Medicamentos analgesicos e antinflamat6rios, principalmente para
reduyao da sinovile;
12
Y Orjenta~6es quanta aDs calyados, que devem ter pontas arredondadas au
quadradas, com pOl/CO au nenhum salta;
).> Infrltra.yoes intrarticulares podern proporcionar alivio temporario;
~ Usa de 6rteses au palmilhas, como, por eX8mplo, a colocat;ao de uma
barra transversal serni-cilindrica par baixo do apoio metatarsal na sola do
sapalo, a tim de compenras a diminui.y8o da dorsiflexao do grande dedo.
o tratamento flsioterapico cancenlra-S8 nos aspectos do eslado do paciente
referentes a sua funy8o, incluindo dar, perda de fum;ao e rigidez articular, dentro dos
limiles imposlos pelo eSlado das arlicula,oes afeladas e pelas necessidades do
eslilo de vida da pessoa. Baseando-se nesles falores, os pacienles silo lralados de
acordo com a estagio do processo degenerativD, S8 a patologia encontra-se em fase
inicial de forma98o, au numa fase moderada de acometimenta articular au se 0
quadro ja encontra-se instal ado de maneira muito comprometedora. Sao fornecidas
inslru,oes sobre corre,ilo de poslura, repouso adequado em posi,oes correlas,
programa gradual de exercfcios, sele<;:ao e uso apropriado de acess6rios.
Os objetivos do tratamento fisioterapico sao controlar a dor, prevenir lesao ou
tensao adicibnal na articula9aO afetada, melhorar os movimentos e a for<;:a muscular,
manter-e melhorar a independencia funcional.
No lr'l\amenlo lra,ado denlro desles objelivos ulilizou-se as seguinles condulas:
crioterapia, laserterapia e a cinesioterapia.
A crioterapia e 0 emprego da agua em baixa temperatura como forma
terapeutica, tendo como principais efeitos a analgesia e a diminui980 do quadro
inflamat6rio.
13
A analgesia aconteee devido a anestesia provocada pelo resfriamento da regiao
onde e feita a aplic8y80 da crioterapia, pois deixa a membrana celular menos
permecivel e estabiliza 0 potencial de membrana por algum tempo, reduzindo a
condug8o nervosa dos 1181VOS perifericos ( motores e sensitivQS ) ate 0 Sistema
Nervoso Central e diminuindo a transmissao nervosa pela junC;:8o mioneural.
diminuindo a 8y80 do mediador quirnico excitat6rio. a acetilcolina.
o efelta antinnamat6rio provocado pela crioterapia aearroe devido a diminuic;:ao da
circula980 de mediadores quimicos. principalmente a histamina, e tambern pel a
queda do metabolism a lecidual na regieo resfriada.
Alam desses efeitos. a crioterapia oeasiona lim aumento na viscosidade do
liquido sinovial. Acredita-se que este fator contribui para uma lubrificac;ao articular
mais eficiente, pois quanto menos Ouido 0 liquido, menos atrito havera entre as
superficies articulares e, consequentemente, haverc3 menos desgaste da cartilagem
articular.
Laser significa Arnplificac;aoda Luz par Emissao Estirnulada de Radiac;ao. Isto
quer dizer que 0 Laser constitui-se par ondas eletrornagm3ticas, visfveis ou nao de
acardo com 0 comprimento de ando de cada tipo de substancia que emite esta
radiac;ao.Sua unidade de rnedida e 0 Joule.
Este tipo de radiay80 apresenta sempre a mesma frequencia, e monocromatica
e polarizada, tendo urn diametro bern definido.
Na Fisioterapia, a radiac;ao utilizada nao tern potencial destrutivo, tendo dois
tipos: Helio-Neonio ( radiayao vermelha ). para regioes rna is prorundas e Arseniato
de Galio ( invisivel ), para regioes rnais superficiais.
14
Seus efeitos terapeuticos sao: analgesia, antinnamatorio. antiedematoso e
cicatrizante. Para isto ocorre: manuten~ao do potencial de membrana ( que
proporciona menor sens8980 dolorosa ), maior liberac;:ao de endorfina10, redu~o na
sintese de prostaglandinas ( que bloqueia a produ~ao de histamina e bradicinina, as
quais diminuem 0 limiar da dor ), estimulo iJ microcircula~o, a~ao fibrinolitica
antiedematosa ), estimulo a cicatrizac;:ao e formac;:ao de novas vasas sanguineos.
Fazendo-se 0 usa correto do Laser na articulac;:ao. diminui-se a degenerac;:ao da
cartilagem articular pela meillora do aporte sanguineo local. Para que ista acorra, a
posic;:ao articular sera a de maior abertura. favorecendo as efeitos sabre a
cartilagem' ,
A cinesioterapia e 0 usa dos rnovimentos do corvo humane como forma
terapeutica, podendo ser de forma passiva mobiliza~ao realizada pelo
Fisioterapeuta ) ou ativa ( exercicios realizados pelo proprio paciente).
A mobilizac;:ao consiste em deslizar passivamente 0 osso articulador distal sobre
o 0550 proximal que esta estabilizado na direyao da restri~o. Seus efeitos sao:
~ Movimenta~ao do liquido sinovial, a fim de trazer nutrientes para a
cartilagem articular;
~ Extensibilidade e for~a de tensao nos tecidos articulares e periarticulares;
)Jo> Percepc;ao de movimento e de posi~o pela transmissao de informayoes
ao Sistema Nervoso Central vindas dos receptores articulares.
A mobiliza~ao e indicada nos casos de dor, hipomobilidade articular reversivel,
limita~o articular progressiva ( a fim de manter a mobilidade existente e retardar
10 Endorfina e uma subslancia analgesica produzida pelo pr6prio corpo humano.II VECOSO, Marcos Cesar. Laser em Fisiolerapia. Sao Paulo: Lovise, 1993
restri90es mecanicas progressivas ) e irnobilidade funcional. Tern como contra-
indica,oes: hipermobilidade articular, edema e innama,ilo.
Os exercicios ativos tern 0 objetivo de incrementar 0 ganilO de amplitude
articular, melhorar a for98 muscular, manter e meillorar a independencia funcional e
reeducar a marcha do paciente.
o tratamento cirurgico e escolhido quando 0 grau de comprometimento articular
e muito grande, nem 0 tratamento clinico, nem a fisioterapia conseguem fornecer
melhora ao paciente. Existem varias lecnicas de diferentes cirurgias e a e1ei9<30da
me thor sera feita de acordo com 0 artopedista que acompanha 0 casa do paciente.
10
2 METODOLOGIA
A pesquisa realizada leve como sede a Clinica do Pe, localizada a Avenida
Sete de Setembro, n° 6056, no bairro Batel, em Curitiba. estado do Parana, no
periodo de selembro de 1999 a abril de 2000.
Para cada paciente estipulou~se urn maximo de vinle sess6es de Fisioterapia,
no periodo da manha, de segunda~feira a sexta~feira. com dura<;:ao de
aproximadamente uma hara.
Foi eleilo um grupo de quinze pacientes portadores de Halux Rigidus que foi
dividido em tres subgrupos, de acordo com a fase da patologia.
o primeiro subgrupo, com cinco pacientes, apresentava os pril11eiros sintomas
da patologia: dar e rigidez matinal ou apas algurn esfof'Yo, aliviando com 0 passar
das haras, com amplitude de movimento reduzida apenas nos ultimos graus de
dorsiflexiio do halux devido a algia e pouco comprometimento articular de acordo
com as radiografias.
o segundo subgrupo, tambem com cinco integrantes, possuia um
comprometimento articular de grau moderado, apresentando um quadro doloroso
rna is intense que 0 primeiro grupo, com amplitude de movimento diminuida tanto na
dorsiflexiio quanto na plantiflexiio e comprometimento articular instalando-se, com
um certo estreitamento articular e quadro inflamat6rio existente, nao sendo pal pavel
ainda a "joanete dorsal".
o terceiro subgrupo, com cinco integrantes, jil passava por uma rase
adiantada da patologia, com quadro doloroso intenso devido a uma infiamayao
cronica, amplitude de movirnento com muita restric;ao e um alto grau de
comprometimento articular, encontrando-se "joanete dorsal" em todos os casos.
17
AS Ires subgrupos tiveram como caracterislicas sernelhantes: possuirem tanto
pessoas do seXQ feminino como masculino, brancos e com faixas etarias variadas.
Fai tambem estipulado que, durante 0 tratarnento propos 10, todos fariam repouso
relativD, isla e, nao exerceriarn atividades que expusessem 0 membro acometido a
esfon;;os e usariam caryados com nenhurn saito e com bieD arredondado ( ou
quadrado e dentro da numera9iio correta para cada paciente ).
Para a separac;:ao e~ subgrupos. todos as pacientes passaram por uma
avaliaQ80 fisioterapica, an de eram recolhidas informac;:oes sobre as dados pessoais
do paciente, sua hist6ria pregressa quanta a patologias de origem traumato~
ortopedicas, suas queixas atuais e a !listoria da rnolestia alual. Alem dista, foi
realizado exame fisico dos mesmos, incluindo a inspey80 da pele do paciente ( a
procura de cicatrizes. edema. rubor e outros siflais ifldicadores de patologias ). a
palpa9ao da regiao afetada ( com objetivo de localizar pontos dolorosos. perceber a
existE!Ilcia da "joanete dorsal" e a comprometimento articular ) e a exame da
mobilidade articular ( incluindo mobiliza9ao passiva, aliva, 0 estudo da marclla do
paciente e a goniometria ).
Com islo foram propostos as seguintes objetivos: primeiramente, reduzir os
quadros inflamat6rio e doloroso e. numa segunda etapa. melhorar a amplitude de
movimento, a for9a muscular e a funcionalidade da articula98o.
Para a redu9iio dos quadros doloroso e inOamat6rio foram utilizados os
recursos da crioterapia e da laserterapia.
A temperatura ulilizada na criolerapia foi de 10° a 15°C, durante vinte minutos
no inicio da sesseo de Fisiolerapia. A tecnica usada e a colocayeo de uma bolsa
18
fabricada a partir de gelatina comestivel12. Para aplica-Ia, primeiramente passDu-se
uma camada de atadura, a tim de proteger a pele ( Figura 6 ). colocou-se a bolsa e
em seguida prendeu-a com 0 resto da atadura que protegia a pele ( Figura 7 ).
Figura 6 - Coloca~o da bolsa de gelo: prote~ao da pele com a atadura
Quanta a laserterapi8, foi utHizado 0 aparelho de Arseniato de Galio. para que
S8 alcan98sse 0 interior da articula~o. A aplicac;ao elelta foi pontual com
intensidade entre 4 e 5 J/cm2, em regi6es articular e periarticular.
A partir do momento em que a dar e a inflama920 comeyaram a diminuir,
adotou-se a tecnica da mobiliza~o passiva nos sentidos da plantiflexao e da
dorsifiexao ( Figuras 8 e 9 ), Nesta fase, ela auxiliou tambem na redu980 da dor.
I: Boisa de gelatins comestivel: dissolve.se urn pacote de gelatina em po em um copo de aguafervenle. Espera-se esfriar e co!oca-se em urn saco plastico para congelar alimenlos. Coloca-se nocongelador ale que congele eenlao e passive! utiliza-la.
20
Figura 9 - Mobiliza~ao do halux em dorsiflexao
Com isse foi passivel comeyar a aumentar a amplitude articular. A principia
era realizada de maneira lenta e oscilat6ria, durante cinco minutes apes a aplica.yao
do gelo e do Laser. Num proximo momento. com a cessao da dor, passou-se a
mobilizar a articulay80 realizando urna tensao nos tecidos periarticulares, alanga..ndo-
as, ate que se atinja a capsula articular, aumentando ainda rnais a amplitude
articular. Este passe tambem durara aproximadamente cinco minutos.
A ultima etapa do tratamento constou dos exercicios atlvQs. Esta fase tern como
objetivos: chegar a amplitude maxima permitida pelo quadro de cada paciente,
incrementar 0 ganho de amplitude articular, melhorar a fon;a muscular, manter e
melhorar a independE!Ocia funcional e reeducar a marcha do paciente. 56 foram
21
realizados a partir do momento em que a paciente naD sofria mais dares OU estas
eram minimas.
Os exercicios reahzados foram as seguintes:
,. Paciente sentado em urn banco ou cadeira, com urn pane fino embaixo do
pe acometido (Figura 10 ). Realizar movimentos de Hexao plantar da
primeira articulaQ8.o metatarsofalangeana do pe, a tim de "puxar" 0 pane,
durante tres minutos ( Figura 11 ). Os objetivos deste exercicio e 0
aumento da amplitude articular da dorsiflexao daquela articula~ao e 0
f6rtalecimento da musculatura Que realiza tal movimento.
Figura 10 - Colocac;ao dos pes sabre 0 pane para 0 exercicio de plantiflexao
do halux
22
Figura 11 - Paciente "puxando" 0 pane
,. Paciente em pe, em frente ao espaldar, subir ate ficar apoiado na ponta
dos pes, f1etindo a primeira articulac;:ao metatarsofalangeana dos pes (
Figura 12 ). 0 Fisioterapeuta deve acompanhar tal exercicio para que seja
executado da maneira correta e nao sobrecarregue as outras articulac;:oes
metatarsofalangeanas. 0 paciente deve subir ate a seu limite, pois
melhora a amplitude de movimento com a repetic;ao do exercicio. A cada
sessao foram realizados tres series de dez repetic;:6es cada.
23
Figura 12 - Paciente subindo nas pontas dos pes
:.- Descal90, paciente caminhando nas pontas dos pes sobre uma linha reta
no chao ( Figura 13 ), atentando para que se apoie a articula91io
metatarsofalangeana do halux, durante tres minutos, com intervalos de
descanso. Este exerdcio possui a mesmo abjetivo que a anterior.
,. Oescalr;o e sobre uma linha, orientava-se 0 paciente a caminhar de forma
correta, apoiando primeiramente 0 calcanhar ( Figura 14 ), depois 0
mediope e, par ultimo, 0 antepe, ate que as cabec;:asmetatarsianas vao
deixando 0 solo a partir do quinto ate 0 primeiro metatarso, que sofre uma
ftexao passiva dorsal maxima (Figura 15 ). Entao os dedos impulsionam 0
pe, que eleva-se do solo enquanto a outro come<;:aa cicio anterior.
24
Figura 13 - Paciente caminhando nas pontas dos pes
Figura 14 - Caminhada - apoio do calcanhar com 0 solo
26
3 APRESENTAt;:AO DOS DADOS
Neste capitulo serao apresentados tedas as caracteristicas do grupo estudado
referente a patologia em questao. Serao apresentados as dados relativos a
sintomatologia do H,lIux Rigidus, seus achados radiol6gicos e os resultados
encontrados com 0 tratamento fisioterapicQ, tendo como referemcias as tres
subgrupos, com cinco pacientes em cada, nas fases inicial, moderada e grave da
patologia.
3.1 Achados clinicos
3.1.1 Quanto ao sexo dos pacientes:
HOM ENS 07
MULHERES 08
1!
Grafico quanto ao sexo dospacientes em estudo
53%
I
Il[Jh~~~;1~~~~~sll
I___ J
Atraves destes dados, embora sendo uma populac;iio pequena, va-se que 0
Halux Rigidus afeta ambos os sexos de maneira quase igualitaria, derrubando a
teoria de que a principal causa do Halux Rigidus e 0 uso de cah;:adosinadequados
por parte do publico feminino. Niio e possivel descarta-Ia, pocem existem outras
causas importantes, as quais tambem comprometem e levam a patologia aos
homens.
27
3.1.2 Quanto a lase da patologia:
Fase inicial 05
Fase moderada 05
Fase grave 05
Esta tabela apresenta os subgrupos estudados, os quais possuem um
numera equivalente de participantes em cada lase da patologia, assim escolhidos
para uma melhor organizagao e uma melhor conclusao dos resultados da pesquisa,
ja que com a progressao da patologia as suas caracteristicas vao se diferenciando e
causando uma maior debilidade.
3.1.3 Quanto ao sexo em cada lase da patologia
HOMENS MULHERES
FASE INICIAL 03 02
FASE MODERADA 02 03
FASEGRAVE 02 03
- --- -------~Na lase inicial do Halux Rigidus, ha uma maior quantidade de homens ( 60% )
do que mulheres ( 40% ). Atraves da anamnese realizada com os pacientes, ha esta
difereng8 porque aos primeiros sinais dolorosos, as mulheres procuram adaptar seus
calgados, imaginando ser a melhor lorma de aliviar a dor. Enquanto os homens ja
28
procuram as servi<;os medicos, a tim de, atraves dos exames, descobrirem S8 existe
alguma patologia e, assim, na maioria dos casas, poderem voltar a sua priltica
esportiva.
Quanta ao sexo dos pacientesestudados na fase moderada da
patologia
~n;il~mulhe~i
~ ~ __ I
Numa fase moderada do Halux Rigidus, haviam 60% de mulheres e 40% de
homens. Seguindo a linha de raciodnio do grafico anterior, as mulheres observando
a progressao dos sintomas da patologia e concluindo que nao foi a adapta9ao dos
cal93dos que Ihes trouxe allvio, estas resolvem procurer 0 servic;:o medico devido ao
aumento dos sintomas dolorosos e a ume pequena limita~o articular.
Grafico quanta ao sexo dospacientes na fase grave da
patologia
Dhomens
Dmulhe--'!JI
Na fase grave da patologia, 0 publico maior e 0 feminino, com 60% em
compara9iio com 40% do publico masculino. Tambem segue-se as conclus6es
obtidas nas anamneses realizadas com todos as pacientes. Muitas vezes, a
atividade profissional do paciente exige uma certa apresentaryao pessoal au
movimentos que sobrecarregam a primeira articula9iio metatarsofalangeana do pe.
Isto resulta numa continua lesao cartilaginosa e a uma evolU9aOda patologia ate
'9
que as sintomas sejam continuos e a capacidade funcional da articulayao diminua
ate desaparecer. No caso das mulheres, 0 grande vilao e 0 saito alto e, quanto aos
homens, sao atividades que exijam movimentos repetitivQs ou de muita caminhada.
Nestes casas, a possivel saida e a cirurgia.
3.1.4 Quanta a faixa etaria dos pacientes:
21-30 ANOS 02
31-40 ANOS 03
41-50 ANOS 03
51 -ACIMA 06
~ Grcifico das faixas etarias dosI pacientes em estudo
I
14% r::!0::::2-:-, --=3::::0-an-o', II·44%~ 1:131 -40 anos I
~21% 1041-50an051
21% 1051 - acima I_________ ---=-=-144% dos quinze pacientes estudados possuiam idade acima de 50 anos. Este
dado tern relac;ao com a sintomatologia e nao com a instalayao da patologia, ja que
sua evolur;ao e incidios8. Portanto, e na terceira idade que as sintomas tornam-se
mais evidentes e ha maior procura pelos servic;os medicos. Qutros 42% dos
pacientes encontravam-se entre 30 e 50 anos de idade, quando as sintomas
comel):am a S8 manifestar, principal mente atraves da dar ao esfon;o. A minoria de
14% com men os de trinta anos de idade apresentou a patologia como sendo ou
secundaria a outra patologia ou devido a esfor90 fisico muito intenso 0 qual gerou
urn quadro doloroso.
30
3.1.5 Relac;iio das faixas etarias com as fases da patologia:
FASE FASE FASE
INICIAL MODERADA GRAVE
21-30 ANOS 01 01 00
31-40 ANOS 00 02 01
41 - 50 AN OS 02 01 00
51 -ACIMA 01 01 04
!~--GrttfiCO das faixas etarias dospacientes X fase inicial da
patologia
25% 25% ''''21-30 ano, \1~ 831-40ano'l
~~ __ r " 0% 041 _50 anos I~_ 50% D_51~-.:.~~J
50% dos pacientes dos pacientes na fase inicial da patologia tinham idade
entre 40 e 50 anos, concluindo mais uma vez que e a partir da meia idade que as
principais sintomas do Halux Rigidus comevam a se manilestar, mas que antes
disso a patologia ja come<;a a se instalar.
Grafteo das faixas eUirias dospacientes X fase moderada do
Halux Rigidus
20% 20%
20%t:=@P40%
l__ . _
31
a que chama a aten~o neste grafico e a maior incidencia dos pacientes na
lase moderada da patologia estarem entre os 30 e os 40 anos de idade ( 40% ).
Evoluindo para a lase grave da patologia antes dos 60 anos de idade.
Grafico das faixas etarias dospacientes X fase grave do Halux \'
Rigidus
0% r20% [E21 _30~os I~-O% \m31-40anosll~ D41-50anos:\80% D51-aci~a 11
80% dos pacientes em lase grave do Hillux Rigidus tinham idade acima de 50
anos de idade, concluindo, portanto, que 0 Halux Rigidus e uma patologia que
possui uma evolugao incidiosa e que os cuidados logo no inicio dos sintomas sao
muito importantes, alem do acompanhamento peri6dico com 0 medico.
3.1.6 Profiss6es dos integrantes do grupo estudado:
I Caminhoneiro !01
I Engenheiro 101
I Educador fisico 101
I Religioso 101
I Funcionario publico 102
I Aposentado/do lar 104
I Empresario 101
I Corretor de im6veis 101
32
Esta tabela apresenta como principal caracteristica 0 fato de que a maioria
dos pacientes estaa entre as aposentados e senhoras donas-de-casa. Confirmando
mais uma vez 0 fato da evolu,iio da patologia ser incidiosa e sua sintomatologia
aparecer depois da instala9iio do Halux Rigidus.
3.1.7 Quanto as causas do Halux Rigidus:
patologia, a qual e a sobrecarga articular da primeira articula,iio
metatarsofalangeana do halux. Os pacientes que apresentam a patologia como
causa secundaria sao: dais pacientes com Halux Valgus e urn paciente vitirna de
uma fratura na articula,iio de Lisfranc e que passou um tempo relativamente grande
com imobilizaC;8o do pe.
3.1.8 Quanto aos tipos de pes dos pacientes:
Grego 00
Egipcio 11
Quadrado 04
Grafico dos tipos de pes dospacientes portadores de Halux
Rlgldus
IOGrego ;'
iIllE9;Po;O Io Quadrado J
!-
33
Existe uma classifica,.ao quanto a longitude relativa dos dedos do pe: pe
grego ( 0 2" dedo e maior que todos os outros dedos ), pe quadrado ( halux e igual
ao segundo dedo e os outros dedos vao decrescendo) e pe egipcio ( hillux e maior
que todos os outros dedos) ( Figura 05 ). Estes dois ':'Itimos tipos de pes facilitam
que se forme 0 Halux Rigidus devido ao lamanho do primeiro dedo, que possibilila
uma maior sobrecarga sobre ele. Isto e comprovado alraves dos 73% dos pacienles
tendo pe tipo egipcio e 27% apresentando pe tipo quadrado.
3.1.9 Quanto a presen~ de 'joanete dorsal"
Fase inicial 00
Fase moderada 03
rase grave 05
Gnifico quanto a presem;a de'joanete dorsal' X fases do Halux
Rigidus
0%
57%~43%
,DFase iniclall.
;Iilfase moderada!;
IDrase grave ~INos pacientes na fase inicial do Halux Rigidus, a queixa principal e a dor e a
restri,.ao aos ':'Itimosgraus de dorsiHexaodo halux, ainda nao existindo tal evidencia
clinica. Dentre os pacientes em fase moderada da patologia, 43% ja possui este
sintoma, porem urn pouco menos evidente que os portadores em fase grave da
patologia, que sao um total 57% apresentando este sintoma.
34
3.1.10 Quanto II queixa de dor:
Sem dor Dor ao esfor~o Dor con stante
Fase inicial 00 05 00
Fase moderada 01 01 03
Fase grave 00 00 05
Graffeo dos sintomas doiorososdos pacientes
7%!
~ consiarite'l!t1dor ao esfon;:o l[Dsem dar It
~I
IEste grafico apresenta 66% dos pacientes como tendo dor constante, estando
estes nas lases moderada e grave da patologia. 27% apresentam dor ao esfon;:o,
estando a maioria dos pacientes na lase inicial da patologia. Dentre os 7% que niio
tem dor, inclui urn paciente vitima de uma fratura de Lisfranc, cuja rigidez articular eresultado da imobiliza9iio prolongada.
3.1.11 Quanto IIlimila9iio da dorsiflexiio do halux:
Devido it dor Limita~ao mecanica Dor + limitar;ao mecanica
Fase inicial 05 00 00
Fase moderada 03 01 01
Fase grave 00 00 05
35
Gnifico da limita.;ao da dorsiflexaodo halux nos pacientes estudados
I
IBOor I:40%~53% locausa mecan;ca I!
I~ 7% DDor~~ausa III me~:I~_~j
---------53% dos pacientes relatavam dor ao realizar a dorsiflexiio do halux, sendo
que 33,12% encontravam-se na lase inicial da patologia e 19,88% na lase moderada
da patologia. 7% dos pacientes possuiam apenas limita~o mecanica, nao existindo
dor a dorsiflexao. 40% dos pacientes apresentavam as duas causas de limitat;;ao da
dorsiflexao ( dor + causa mecanica ), sendo 33,34% encontravam-se na fase grave
da patologia e 6,66% na lase moderada.
3.1.11 Quanto a limitac;iioda plantiflexiio do halux ( devido a dor):
No grafico a seguir e observado que 57% dos pacientes com limitac;iio da
plantiflexiio estavam na lase grave da patologia e 43% na lase moderada,
concluindo que, com a evoluc;iio da patologia ocorre tambem um deficit luncional,
havendo diminuic;iio do grau de mobilidade do halux.
Fase inicial 00
Fase moderada 03
Fase grave 04
36
Grafico da limitac;ao da plantiflexaoquanta a fase da patologia
0%
I
L_~ __~43%
57%
3.1.13 Quanto a presenc;a de calosidades em cabec;a do quinto rnetatarso e
articulac;iio interfalangeana do halux:
Fase inicial 02
Fase rnoderada 04
Fase grave 05
As calosidades representam sobrecarga nas estruturas onde elas se
encontram a tim de se reduzir 0 usa da prime ira articula<;aometatarsofalangeana do
pe principalmente durante a rnarcha. Indicarn urna alterac;iio rnecenica da rnarcha
devido urna certa evolu9ao da patologia. Seu aparecirnento tern rela9ao com as
lases rnoderada ( 36% ) e grave ( 46% ) da patologia.
37
I!
Gratico quanta a presen/;;a decalosidades nos pes dos pacientesem estudo em relac;ao :'5 fases do
Halux Rigidus
18%, 46%biiiiifp~ . 36_0/,_, .
3.2 Achadas radialogicas:
3.2.1 Estreitamentado espa9aarticular:
Fase inicial 02
Fase moderada 04
Fase grave 05
------_.,Grafico do aparecimento do I
estreitamento do espat;o articular II
em cada fase da patologia
II 18% II 46%~ ~;:::~:~,ro'i! ~36% DFase grave Il J
o estreitamenta articular acorre devida a farma9aa das asleofitas
periarticulares, as quais aumentam de tamanho com a evoluc;ao da patologia. E
devida aa seu desenvalvimenta lenta que se tarna evidente principalmente nos
graus mais avan<;ados do Hillux Rigidus (46%), mas ja aparecendo, em menor
quantidade, na lase inicial do problema (18%). Nata-se, partanta, que quanta mais
adiantado 0 processo de osteofitose, maior 0 numero de pacientes apresentando tal
evidencia.
3.2.2 Densifica~o das estremidades 6sseas articulares:
! Fase inicial !05 !1 Fase moderada 104 I
I ~ase grave 105 I-- --------"I
Grafico do aparecimento dedensificar;ao das extremidades I
6sseas em relar;ao com as fases da .patologia
~a,e ;o;cia,,1Fase moderada \ :..Fase grave :.-- - --:J
Apenas um portador de Halux Rigidus nao apresenlou densifica9ao das
extremidades 6sseas articulares. Este paciente fai vitima de uma fratura na regiao
da articula9iio de Lisfranc e adquiriu a patologia pelo tempo prolongado de
imobiliza9iio do pe e nao devido Ii sobrecarga articular. 0 restante dos pacientes
estudados todos apresentaram tal evidencia, pois esta comp6em a fase inicial da
patologia.
3.2.3 Presen98de osteofitos:
I Fase inicial 100 I
1 Fase moderada 1 051
1 Fase grave 1051
39
Grflfico da presen~ade oste6fit~~~-~1periarticulares X fases da patologia
0%
~44%
56%~ ~
Fase iniciall~OFase moderada IiE.Fasegrave 1\
I
A formayao de osteofitas periarticulares na r'egiao em questao e 0 passe
anterior ao aparecimento da 'joanete dorsal', sinal patognomonico da patologia em
estado mais avanyado de comprometimento articular. E tambem 0 estagio posterior
ao estreitamento do espayo articular, comprometendo a maioria dos pacientes nas
fases moderada ( 44% dos pacientes estudados ) e grave ( 56% dos pacientes
estudados ).
3.3 Evolu.,ao do tratamento Fisioterapico nos pacientes em estudo - resultados:
3.3.1 Oiminuit;iio do quadro doloroso e inflamat6rio:
Fase inicial Fase moderada Fase grave
Ate 10a sessao 05 03 00
Ate 20a sessao 00 02 00
Sem melhora 00 00 05
40
: Grafico da melhora dos quadrosdoloroso e antinflamatorio na fase
inicial c.ia paioiogia:@O% ...__ '_" DAte 1()1sessao I
l ....--,"'"'"~At. 20" s."Oo \i~. . I~semmelhora i I100% -----~
-----------------Este grafico evidencia que 0 tratamento fisioterapico precoce e a melhor
alternativa. Em duas semanas, os pacientes naD queixavam-se de dar e naD havia
rubor e edema periarticulares ( sinais de inflama9iio ), Nesta fase, 0 tratamento
toma-se mais breve devido a patologia estar apresentando seus primeiros sintomas
( principalmente dor ao esfor90 ) e praticamente nao existir comprometimento
articular. Houve melhora de 100% dos pacientes logo nas primeiras 10 sess6es de
Fisioterapia,
Grafico da diminuic;ao dos quadrosinflamat6rio e doforoso nos
pacientes em fase moderada dapatologia
0"10DAte 10" sessao
mAte 20· sessao IOSem melhora
• .J
60% dos pacientes na fase moderada do Halux Rigidus obtiveram melhora
40%
dos quadros doloroso e inflamat6rio nas primeiras 10 sess6es de Fisioterapi8.
Qutros 40% relataram melhora destes sintomas ate a 20' sessao. Este grafico
evidencia que nesta lase a patologia ja reage mais lentamente ao tratamento,
embora com bons resultados.
41
Grflfico da diminuit;io dos q~adros-~Idoloroso e inflamat6rio na fase
grave do Halux Rigidus
Na lase mais adiantada do Hi!lux Rigidus observa-se que nao hi! melhora dos
quadros algico e inflamat6rio em nenhum caso. 100% dos pacientes apresentaram
tais sintomas ate completarem 20 sess6es de Fisioterapia. Com isso, eram
encaminhados novamente aos cuidados do medico ortopedista, 0 qual decidia sobre
o melhor caminho a percorrer. Em 80% destes casos ocorreu diminuic;ao do quadro
dolarosa, porem em escala minima. Ao primeiro esforc;o, esta aumentava
novamente.
3.3.2 Melhora da amplitude de movimento do hillux
Melhora da dorsiflexao Melhora da plantiflexao
Fase inicial Ate 10' sessao 05 Ate 10' sessilo 05
Ate 20' sessao 00 Ate 20' sessao 00
Fase moderada Ate 10' sessao 04 Ate 10a sessao 05
Ate 20' sessao 00 Ate 20' sessao 00
Fase grave Ate 10' sessao 00 Ate 10' sessao 01
Ate 20' sessao 01 Ate 20a sessao 02
Grafieo da melhora da dorsiflexaonos pacientes na fase inieial da
patologia
[0:"~
L 100%
Grafteo da melhora da piantifleX30do halux na fase inicial da
patologia
0%
100%
raat;ffi. sess"iolla ale 20a sessao I'Osem melhora
-~I
Nos pacientes em fase inicial do H<ilux Rigidus, h<i 100% de melhora da
amplitude de movimento tanto em dorsiflexao como em plantiflexao, chegando 90' e
40° respectivamente, ja que ha pouco comprometimento articular e nao ha barreiras
mecanicas ( osteofitos ) que imp~m tais movimentos.
Grafteo do aumento da dorsiflexa~do halux nos pacientes em fase ,I
moderada da patologiaI
20% . ~ rnal~-1O;-;;S~~I• ~ 13010 20' SOS"'JO
20%~60% Osemmelhora
~--~~~ --_ .. -.~--
43
Grafieo do aumento da plantiflexaodo halux nos pacientes em fase
moderada da patologiaI
!
LI2~~ ~:::~~::::::: \
'" ~s~mmel~180% ~
---~.Quanta a dorsiflex8o, 60% dos pacientes obtiveram 0 maximo de
aumento nas primeiras 10 sess6es de Fisioterapia, evoluindo de 60° no inicio do
tratamento para cerca de 800 no final. Qutros 20% tiveram este ganho em 20
sess6es de Fisioterapia. 0 restante nao respondeu aos exercicios, naD havendo
aumento na dorsiflexao do halux.
Com relac;ao a plantifiexao, 80% dos pacientes evoluiram com aumento da
amplitude de movimento logo nas primeiras 10 sess6es de Fisioterapia, que
aumentou cerca de 5° a 10° e chegando a normalidade de 40°. Na lase moderada da
patologia, 0 ganho de amplitude e um pouco mais lento.
GrafieD do aumentD da dorsiflexaodo halux nos pacientes em fase
grave da patologia
~ I::;~::~.~~~ l~~mme'ho~
~.O~ ~~--'
44
Grafico do aumento da plantiflex30do halux nos pacientes em fase
grave do Halux Rigidus
20% I40%~ .• ~ • Date10"sess~~1~ mate 203 sessao i-----40% 0 sem melhor~.-J iL _~ __ ~
Nos pacientes com grande comprometimento. articular, he pouco au nenhurn
ganho de amplitude de movimento. Com rela9ao a dorsifiexao, 80% dos pacientes
nao obtiveram aumento algum, explicado pela dar associada a presen~ dos
osteofitas periarticulares que formam urna barre ira mecanica ao movimento. as
restantes 20% Obtiveram urna melhora minima, de cerea de 5°, devido a diminui~ao
do quadro algico. Sua amplitude de movimento estacionou entre 50° e. 60° de
dorsifiexao do halux.
Quanto a planlifiexao, foi obtido urn resultado melhor: 40% dos pacientes
evolufram em 20 sess5es de Fisioterapia, Qutros 40% naD evoluiram e cerca de 20%
ocorreu urn aumento de amplitude de movimento nas primeiras 10 sess6es de
Fisioterapia. Porem, a media de movimento nestes pacientes ainda permaneceu
diminuida em cerca de 10·, permanecendo em torno de 30· de plantifiexao do halux.
4 INTERPRETA<;Ao DOS RESULTADOS
Os objetivos visados foram atingidos parciahnente. E passivel afirrnar que
diante de urna fase inicial da patologia a Fisioterapia tern resultados mais s61idos e
fapidos, podendo devolver ao paciente urna vida normal sem dar au limitac;oes,
devido ao seu membra nao estar comprometido grandemente. Nos pacientes
tratadas em fase precoce, as metas quanta a limitac;ao articular e 0 quadro
inflama16rio foram totahnente atingidas.
Ja com relayeo aos pacientes corn uma certa evoluc;ao da patologia, 0
tratamento foi satisfatorio, mas concluiu-se que faz-s8 necessario urn
acompanhamento rigido e a manutenc;ao dos exercicios alivas para que 0 quadro
inflamat6rio e a dirninuiyao da amplitude de rnovirnento nao retornern Portanto, os
objetivas faram cumpridos parcialmente.
Quanta aos pacienles numa fase avan9ada da palologia, cOllclui-se que a
methor salda e a tralamento cirurgico, pOis a melhora com'O tratamento conservador
e minima ou, como na maiaria das vezes, nula. Desta forma, observou-se que a
tratamento fisioterapico nao e eficiente para tais casas, devendo 0 medico
ortopedisla encaminhar 0 paciente para cirurgia a fim de uma tentativa de
recupera9Bo da articulacao comprometida. Dos cinco pacienles em estudo, qualro
deles fizeram tratamento cirurgico com sucesso e boa recupera9Bo.
Alem disso, e preciso que se Irabaille na conscientizal'iio dos portadores do
Halux Rigidus no que se diz respeito aos cuidadas com cal9ados, os quais deverao
sempre ter bico largo e sem saito, e sobrecarga articular, durante loda a sua vida,
para que, independente do tratamento executado, possam levar urna vida normal
sem que 0 problema volte a incomodar.
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CONCLUSOESSe procurar precocemente 0 serv;<;:o medico. 0 paciente tera maiores chances
de, corn 0 tratamento conservador, manter a funcionalidade da sua articula<;:8o
metatarsofalangeana do halux. Pori!lll, 0 Halux Rigidus e lIlll tipo de artrose, e como
toda artrose, tern uma evolury8o que culmina na perda da fun<;ao da articula<;ao.
A Fisioterapia, atraves dos seus recursos, lem a capacidade de adlar a
evoluc;ao da patologia, tratando-a logo no illicio e propondo urn acompanhamento
peri6dico para que a fUIl<;:80 do membra rnantenl18-se integrahnente.
Porem, numa fase mais evoluida do cornprometimento articular, perde-s8 urn
pOllea a atu8ry8o fisioterapica, onde e passivel aliviar parcialmente os sintomas, mas
sem a possibilidade de atua<;ao na funcionalidade arlicular, devido seu alto grau de
comprometimento.
Portanto atraves desta pesquisa (oi passivel cancluir que, em bora a
Fisiorterapia seja uma ciencia avanc;ada e com urn alto indice de crescimenta, as
vezes naa e passivel competir e vencer uma alterac;ao no corpo humano apenas
com os meios fisicos, faz-se necessaria uma intervenc;ao cirurgica para que 0
paciente retorne a normalidade de sua vida.
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