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“NÃO SE PREOCUPE. NADA VAI DAR CERTO” O TEMA CONTEMPORÂNEO
José Vilhena
Federal Reserve (Fed) anunciou hoje (09/08) que vai manter a taxa de juros "excepcionalmente baixa" até meados de 2013, num esforço para apoiar a frágil economia em um momento de lenta recuperação e temores de uma recessão. Atualmente, a taxa de juros dos EUA está no menor nível da história, entre 0% e 0,25%. A informação do Fed ocorreu no mesmo dia em que o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que a produSvidade da mão de obra estadunidense caiu 0,3%. O dado do primeiro trimestre foi revisado em forte baixa: da alta de 1,8% anunciada inicialmente, a revisão apresentou agora uma queda de 0,6%. A produSvidade na indústria de transformação cedeu 2% no segundo trimestre, revertendo a alta de 4,2% do primeiro trimestre. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (acima), tentou acalmar o mercado criScando a análise feita pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s (S&P). “Os mercados vão subir e descer. Mas estes são os Estados Unidos da América. Não importa o que uma agência possa dizer, nós sempre fomos e sempre seremos uma nação ´AAA´. Apesar de todas as crises que passamos, temos as melhores universidades, as melhores empresas e os mais invenSvos empreendedores”, disse Obama, em pronunciamento na Casa Branca. Ele afirmou que não precisa dos conselhos de uma agência de risco para determinar suas posições econômicas e apontar deficiências políScas nem para saber que o país necessita de uma abordagem equilibrada para alcançar a consolidação fiscal. “Nosso problema não é nossa nota de risco, o mercado sabe que nossa economia é uma das mais seguras do mundo. O problema é a falta de vontade políSca de Washington”, explicou. “Nenhum emissor fica saSsfeito com um rebaixamento feito por nós. E já enfrentamos ataques de governos”, reagiu David Beers, diretor de raSng soberano da S&P. O diretor-‐gerente da agência, John Chambers, afirmou que os “políScos eleitos, não importa o parSdo, são incapazes de agir de forma proaSva para colocar os Estados Unidos num caminho sustentável”. A nolcia do rebaixamento deu mais munição para a oposição. O senador Jim DeMint, importante entre os círculos conservadores, disse que o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, deveria renunciar. Geithner, no entanto, afirmou que vai conSnuar no cargo. Para o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, a decisão da S&P é a "mais recente consequência do gasto sem controle que ocorreu em Washington durante décadas". O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse que o anúncio da S&P "reafirma a necessidade de um enfoque equilibrado para uma redução do déficit que combine cortes de gasto com medidas para elevar a arrecadação". Já Obama culpou o antecessor, George W. Bush, pela herança maldita. O líder estadunidense disse que recebeu um governo com dívida pública e déficit altos, indicando que o tema vai dominar sua campanha eleitoral em busca da reeleição em 2012. Enquanto Washington se divide para a solução da crise, Pequim culpou os gastos militares dos Estados Unidos pela crise econômica mundial. Em editorial distribuído pela agência de nolcias chinesa Xinhua, a China disse é hora de os estadunidenses refleSrem sobre sua posição hegemônica, para o bem-‐estar das demais nações. Paralelamente, arSgo publicado no jornal do ParSdo Comunista chinês frisou que a atuação militar estadunidense no mundo está minando sua economia e pode “seriamente impedir o desenvolvimento estável da economia global”. A China detém US$ 1 trilhão em ltulos do Tesouro dos EUA, sendo atualmente o maior credor da dívida estadunidense. “Desde o colapso da União SoviéSca, os Estados Unidos, como única superpotência mundial, confiaram no seu poderio militar para se intrometer em todos os assuntos internacionais, avançando na sua hegemonia, sem a devida atenção de sua economia poderia sustentar isso”, disse o editorial da Xinhua.
“Agora é a hora certa para que os Estados Unidos, presos em dificuldades econômicas, reflitam sobre o seu pensamento dominante e sobre suas ações”, acrescentou o texto. Pequim acusa Washington se intrometer nas disputas por ilhas com grande potencialidade de petróleo e gás no mar da China da China Meridional. Os Estados Unidos já realizaram manobras em conjunto na área junto com o Vietnã. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-‐Claude Trichet (acima), confirmou hoje (9) que a autoridade monetária da zona euro conSnuará a comprar dívida pública no mercado secundário, mas se recusou a dizer até quando. As declarações de Trichet surgem um dia depois de o BCE ter comprado dívida pública de Espanha e de Itália. A intervenção teve uma repercussão posiSva nos mercados, baixando as taxas de juro de dez anos dos dois países em mais de 70 e 80 pontos, e sustentando a decisão do BCE em manter a mesma políSca. Trichet jusSficou que a medida, apesar de não ser “convencional”, transmite um recado ao mercado sobre as taxas de juros. Ele adverSu, no entanto, que os governos da zona do euro devem fazer a sua parte, como foi acordada na primeira conferência europeia no dia 21 de julho quando foi discuSdo o pacote de ajuda financeira à Grécia. Na semana passada, o presidente do BCE criScou as notas das agências de classificação de risco, afirmando que ignoraria a avaliação dessas empresas na elaboração de planos de socorro aos estados membros. Para Trichet, tais grupos atuariam em regime de oligopólio, fortalecendo ondas pró-‐cíclicas durante crises que seriam desfavoráveis às economias nacionais. Pressionado, o presidente português, Cavaco Silva, já classificou as agências de raSng de “ignorantes” e pediu que “estudassem mais”. Na úlSma quinta-‐feira (4), os escritórios da Moody´s e da S&P na Itália foram revistados pela polícia, como parte de uma invesSgação conduzida por procuradores mobilizados por associações de defesa do consumidor. Diante do fraco crescimento econômico e do endividamento italiano, a S&P havia reduzido a perspecSva de raSng do país, de estável para negaSva. Já a Moody´s anunciara em junho que iniciaria um processo de avaliação da nota da Itália, sinalizando possível redução, assim como a de dezesseis bancos nacionais. Uma carta enviada ao primeiro-‐ministro Sílvio Berlusconi, assinada por Trichet com a chancela do futuro presidente do BCE, o italiano Mário Draghi, provocou uma onda de nacionalismo na Itália. Muitos formadores de opinião acusam a autoridade monetária da zona do euro de “interferência externa”. O jornal “Corriere della Sera” classificou o documento como “um verdadeiro programa de governo”, com calendário e instrumentos legislaSvos a serem adotados. Berlusconi e o ministro da Economia, Giulio TremonS, não se manifestaram sobre a carta, mas Umberto Bossi, líder do parSdo de extrema-‐direita Liga do Norte, e amigo de Berlusconi, declarou: “Não temos de fazer o que manda a Europa”. A oposição também criScou as medidas determinadas pelo BCE. “Isso (a carta) configura uma aStude demasiado invasiva na vida políSca e democráSca de um país”, reagiu Francesco Boccia, do ParSdo DemocráSco, para quem a carta revela ter havido negociações entre Roma e Frankfurt. Entre as medidas determinadas pelo BCE estão a privaSzação radical da economia italiana e a flexibilização trabalhista para facilitar as demissões de trabalhadores. No sábado (6), Berlusconi negou que cogite a possibilidade de antecipar eleições, como ocorreu na Espanha, diante da pressão dos mercados sobre a dívida pública do país. "Nunca se falou disso. É uma hipótese que nunca exisSu", declarou Berlusconi ao sair do Palacio Grazioli -‐ sua residência em Roma -‐, quesSonado pelos jornalistas sobre a eventual realização de eleições gerais em 2012, em vez do prazo natural previsto para 2013.
O jornal “The Guardian” publicou hoje (9) que Mark Duggan, morador de Tozenham, periferia de Londres, cuja morte serviu de estopim para a série de revoltas que sacode o Reino Unido desde sábado, não trocou Sros com os policiais que o mataram. Segundo o jornal, a Comissão Independente de Reclamações da Polícia concluiu, a parSr de testes de balísSca, que o Sro em cima da polícia não foi disparado pela arma encontrada com Duggan. Os primeiros indícios dão a crer que o Sro saiu da pistola de um agente da polícia metropolitana e a arma de Duggan pode nem ter sido usada durante o incidente. Hoje um parlamentar britânico defendeu a suspensão do serviço de mensagens do BlackBerry, depois que manifestantes usaram o celular para organizar os tumultos que ocorrem em Londres. David Lammy, Membro do Parlamento por Tozenham, onde Sveram início no sábado os piores distúrbios de Londres em décadas, pediu no Twizer e na rádio BBC que a Research in MoSon (RIM), fabricante do smartphone, suspenda o BlackBerry Messenger (BBM). "Ele (o BBM) é uma das razões pelas quais os criminosos pouco sofisScados estão superando uma força policial que seria sofisScada," twizou o parlamentar. "O BBM é diferente, pois a mensagem é encriptada e não pode ser acessada pela polícia", acrescentou. A Scotland Yard informou também que pode prender internautas que usaram o Twizer para insSgar os ataques em bairros do subúrbio de Londres. O vice-‐comissário da polícia londrina, Stephen Kavanagh, confirmou que policiais usaram o microblog como ferramenta para idenSficar suspeitos. “Essa invesSgação já está sendo feita e isso (os autores dos tweets) é exatamente o Spo de coisa que estamos procurando”, afirmou Kavanagh. Segundo o policial, algumas mensagens no Twizer Snham um caráter "realmente inflamatório, incorreto". Ele declarou ainda que essas pessoas estão sendo invesSgadas e podem ser presas pelos seus tweets. Mas a mobilização para os distúrbios não se limitou ao microblog. No Facebook, um grupo criou uma página prometendo vingar a morte de Mark Duggan, morador de Tozenham. O perfil, que já conta com 7.500 fãs, foi lançado por volta das 22h30m de sábado, apenas cinco horas depois do primeiro ataque. Às 22h45m, quando manifestantes colocaram fogo em um ônibus, foi postada na página a seguinte mensagem: "Por favor, publiquem fotos e vídeos que Sverem feito desta noite em Tozenham. ComparSlhem com as pessoas ao enviar a mensagem porque isso virou um moSm”. Ontem à noite novos distúrbios voltaram a acontecer em outras cidades inglesas, enquanto a população de Londres aguarda ansiosamente para ver se o reforço policial colocado nas ruas evitará a repeSção dos saques e incêndios vistos nas três noites anteriores. Em Salford, parte da Grande Manchester, no noroeste inglês, manifestantes aSraram Sjolos contra policiais e incendiaram edi�cios. Um cinegrafista da BBC foi agredido. Imagens de TV mostraram lojas e veículos em chamas em Salford e Manchester. A polícia disse que uma loja de roupas foi incendiada no centro de Manchester, e que 200 jovens que parScipavam de tumultos foram perseguidos, sendo que sete foram deSdos. Mais ao sul, em West Bromwich e Wolverhampton, carros foram queimados e lojas invadidas. Em Londres, usuários dos transportes públicos se apressaram em ir para casa ao final do expediente. O comércio fechou mais cedo, e muitos comerciantes reforçaram com tábuas os acessos aos seus estabelecimentos. A polícia prometeu quase triplicar sua presença nas ruas. Líderes comunitários dizem que os incidentes refletem as crescentes disparidades de renda e oportunidades, principalmente após cortes feitos pelo governo conservador na área social. "O povo não tem dinheiro e não pode se dar ao luxo de ter arSgos que deseja. Além disso, por culpa das altas taxas de desemprego, vemos muitos jovens sem fazer nada, mas se envolvendo cada vez mais facilmente neste Spo de aSvidade", disse o sociólogo Paul Bagguley. Gangues têm saqueado lojas, de onde saem levando roupas, sapatos e produtos eletrônicos, incendiado carros, casas e estabelecimentos comerciais, causando prejuízos de milhões de libras; e provocado intensamente as forças policiais. O primeiro-‐ministro David Cameron, que voltou mais cedo de suas férias na Toscana para lidar com a crise interna, disse a jornalistas que "se trata de criminalidade pura e simples, e ela precisa ser confrontada e derrotada". "As pessoas não devem duvidar de que faremos tudo o que for necessário para restaurar a ordem nas ruas da Grã-‐Bretanha", disse ele após presidir uma reunião do comitê governamental de reação a crises.
O jornal eletrônico "Diário da Rússia" informou hoje (9) que uma invesSgação do governo chegou a conclusão de que os soldados russos não cometeram irregularidades na Guerra da Geórgia ocorrida em 2008. Mais de 600 georgianos entraram com queixa contra os militares em mais 60 aldeias do país vizinho. Foram interrogados 1.100 soldados das forças armadas da Federação Russa, assim como foram ouvidas testemunhas, víSmas, funcionários e agentes operacionais. O porta-‐voz do Comitê de InvesSgação, Viktor Markin, disse que não foi encontrada qualquer prova objeSva de irregularidade sobre o envolvimento das tropas russas em quaisquer ações ilegais nos territórios da Geórgia ou da República da OsséSa do Sul. Ontem, durante a cerimônia que lembrou os três anos da guerra com a Geórgia, o presidente Dmitry Medvedev afirmou que a Rússia nunca teve o objeSvo de derrubar o seu colega georgiano, Mikhail Saakashvili, mas apenas conter os conflitos surgidos no país, devido à proclamação de independência da OsséSa do Sul e da Abkhazia. Em agosto de 2008, a Rússia lutou contra as forças da Geórgia quando o país vizinho tentou retomar à força as duas regiões dissidentes. As emancipações políScas de ambas foram reconhecidas pela Rússia e por poucos países, como a Venezuela. Segundo Medvedev, a operação serviu para manter a paz no Caúcaso e disse que cabe ao povo da Geórgia decidir sobre o desSno do país através do voto democráSco. Na úlSma sexta-‐feira (5), Medvedev, chamou os senadores dos Estados Unidos de "senis" por defenderem a reSrada das tropas de Moscou das regiões separaSstas. “A resolução do Senado norte-‐americano reitera a postura habitual dos EUA, segundo a qual a Rússia deve cumprir os termos de um cessar-‐fogo que encerrou uma guerra de cinco dias contra a Geórgia em agosto de 2008, e se reSrar das regiões separaSstas da OsséSa do Sul e Abkházia”, disse o líder russo. Em sua primeira entrevista à imprensa georgiana desde a guerra, Medvedev disse que a resolução do Senado dos EUA reflete apenas "as visões de alguns dos seus membros senis". "Esse é um Parlamento estrangeiro, e isso é problema deles", disse numa primeira entrevista à imprensa georgiana, que incluía também uma rádio e uma TV de Moscou. Ele disse que a guerra de 2008 foi provocada pela decisão do governo georgiano de tentar retomar o controle da OsséSa do Sul, que na práSca já era um protetorado russo. Às vésperas do terceiro aniversário da guerra, uma série de incidentes diplomáScos, como acusações de espionagem e a ameaça georgiana de vetar a adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio, aumentam as tensões entre os dois governos. Na semana passada, a chancelaria russa disse que a resolução do Senado dos EUA alimenta um "clima revanchista" em Tbilis. Moscou argumenta que tem o direito de manter tropas nas duas regiões georgianas rebeldes, já que a Rússia as reconheceu como países independentes depois da guerra. Analistas ouvidos pelo jornal eletrônico “Voz da Rússia” também elogiaram a atuação do governo russo durante a guerra. “Nesta operação a Rússia desempenhou exclusivamente o papel de defensor e não de agressor”, disse o analista políSco Serguei Markov. “Em agosto de 2008, a Europa declarou que Moscou teria atacado Tbilis, mas teve que reconhecer mais tarde o fato da agressão da Geórgia contra a OsséSa do Sul. Porém, muito mais eloquente foi a reação dos habitantes da capital da OsséSa do Sul à vinda das tropas russas”, contou Yana Amelina, chefe do setor de pesquisas caucasianas do InsStuto russo de Pesquisas Estratégicas, que presenciou o conflito. “Recordo os dias 10 e 11 de agosto de 2008: os habitantes de Tskhinval, ao ver as tropas russas percorrendo ruas da cidade, portaram-‐se exatamente da mesma maneira que os habitantes da Europa Central e Oriental há 50 ou 60 anos, ao receber o Exército vitorioso da União SoviéSca. Foi algo impossível de se esquecer. Eles lançavam flores a nossos soldados, choravam...”, acrescentou. Cerca de cem jovens da Rússia, Bielorrúsia e Ucrânia vindos de regiões separaSstas georgianas da Abkházia e OsséSa do Sul estão parScipando de um curso formação militar na Ucrânia (acima). O exercício durará um mês nas montanhas da Criméia, perto de Bakhchisarai. Segundo os organizadores, os alunos aprendem, além de técnicas de montanhismo, artes marciais e sobrevivência. Na quarta-‐feira (3), o primeiro-‐ministro russo, Vladimir PuSn, em conversa com jovens moradores do Cáucaso, adverSu contra qualquer alteração de fronteiras entre os membros da Federação Russa, o que, segundo ele, poderia causar uma reação em cadeia de disputas territoriais. "Por nenhum moSvo deve ser aberta essa caixa de Pandora em nosso país", -‐ disse PuSn, numa reunião realizada na cidade de Kislovodsk. PuSn admiSu que na Rússia "existem cerca de 2 mil potenciais disputas territoriais, incluindo as repúblicas do Cáucaso do Norte. "Basta começar a reparSr algo e não terminaremos nunca", alertou. O primeiro-‐ministro pediu que aqueles que falam de disputas territoriais tenham harmonia, usando uma frase de um personagem popular de uma série de animação soviéSca. "Garotos, vivamos em paz."
Israel enviou hoje (9) aviões não tripulados para patrulhar a fronteira maríSma do país com o Líbano, no Mediterrâneo, onde existe um campo de gás natural no fundo do mar cuja posse é reivindicada pelos dois países. A informação parSu de um militar da defesa de Israel. O oficial não revelou quantos aviões teleguiados, também chamados de drone, realizam as missões de patrulha. As declarações foram feitas logo após novas ameaças do grupo libanês Hezbollah, que ameaçou usar a força se Israel tentar extrair reservas naturais libanesas. Durante os úlSmos dois anos, Israel descobriu dois campos de gás natural, os quais possuiriam reservas suficientes para abastecer o país durante décadas. O Líbano afirma que os campos ficam em suas águas territoriais. "Nós alertamos Israel e não tocar essa área do mar ou tentar roubar as reservas libanesas", afirmou o secretário-‐geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Israel afirma que usará a força se os campos de gás que afirma serem seus forem atacados. Líbano e Israel não possuem relações diplomáScas e a fronteira maríSma entre os dois países não foi demarcada. A região conSnua tensa depois que Israel decidiu construir 900 novas casas judaicas na Cisjordânia ocupada. Hoje o governo dos Estados Unidos se declarou "profundamente preocupado" com a decisão unilateral de Israel. "Achamos que, através de negociações diretas de boa-‐fé, as partes deveriam chegar a um acordo que compreenda as aspirações de ambos sobre Jerusalém", declarou o escritório de imprensa do Departamento do Estado em comunicado. A nova ampliação das colônias israelenses nos territórios ocupados também foi condenada pela União Europeia (UE) e pela Liga Árabe, que pediu ontem à comunidade internacional que intervenha imediatamente para deter as construções. Os palesSnos se reSraram da mesa de negociações no final de setembro, quando Israel retomou as construções nas colônias judaicas na Cisjordânia após o fim de uma moratória parcial que manteve durante dez meses. Além da condenação da comunidade internacional, o governo de Benjamin Netanyahu enfrenta problemas internos. Ontem, o Parlamento israelense (Knesset) decidiu convocar uma sessão extraordinária para debater sobre os protestos, que conSnuam se intensificando e levaram 300 mil pessoas às ruas no sábado, contra o “custo de vida” (acima). A maior preocupação é com a alta dos preços dos alimentos e do valor dos imóveis. O serviço secreto interior israelense (Shin Bet) proibiu seus empregados de unirem-‐se aos protestos sociais. "O governo impositor de Netanyahu está desligado do povo e ignora seu protesto social", criScou a oposição. "O Knesset não pode iniciar o recesso, deve conSnuar trabalhando. As reformas que respondam ao que está ocorrendo nas ruas devem vir do Knesset. Não é o momento de Srar férias", pediu a líder do Kadima, Tzipi Livni, sem sucesso. Na manhã de ontem, centenas de aposentados e idosos protestaram em Tel Aviv para mostrar seu apoio aos jovens "indignados" que realizam manifestações por todo o país. Eles pedem a diminuição do preço dos remédios, o cancelamento do imposto sobre valor agregado (IVA) aos produtos de primeira necessidade e que não haja redução nos valores das aposentadorias. Na vizinha Síria o problema é o aumento da repressão. Hoje o presidente da Síria, Bashar al-‐Assad, disse que não vai "ceder" a quem chamou de "terroristas", referindo-‐se aos opositores que há três meses vão às ruas do país pedir reformas democráScas. A declaração foi feita após seis horas de reunião com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, que havia pedido ao presidente sírio o fim repressão militar contra manifestantes civis. Davutoglu disse que os métodos uSlizados pelas forças sírias são inaceitáveis. Segundo os aSvistas, tanques sírios ocuparam hoje a cidade de Binnish, perto da fronteira turca. No domingo, a Arábia Saudita reSrou seu embaixador do país. No dia seguinte, o Bahrein e o Kuwait também chamaram de volta seus diplomatas, em protesto contra a escalada da violência na Síria.
Os capitalistas Tico e Teco voltaram a conversar sobre o mundo contemporâneo, acompanhados pela diarista Aparecida e pela filha Bytes, no dia 09 de agosto, Dia dos Povos Indígenas. • Tico: No dia de hoje Richard Nixon, 37º presidente dos Estados Unidos, renunciou ao cargo para escapar do impeachment
após ser comprovada a sua parScipação no escândalo do Watergate. No dia 18 de junho de 1972, o jornal “Washington Post” noSciava na primeira página o assalto do dia anterior à sede do Comitê Nacional Democrata, no Complexo Watergate, em Washington. Durante a campanha eleitoral, cinco pessoas foram deSdas quando tentavam fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta no escritório dos democratas. Bob Woodward e Carl Bernstein, dois repórteres do Washington Post, começaram a invesSgar o caso Watergate. Durante muitos meses, os dois repórteres estabeleceram as ligações entre a Casa Branca e o assalto ao edi�cio de Watergate. Eles foram informados por uma pessoa conhecida apenas por Garganta profunda (Deep Throat) que revelou que o presidente sabia das operações ilegais. Por muitos anos a idenSdade de "Garganta Profunda" foi desconhecida, até que a 31 de maio de 2005 o ex-‐vice-‐presidente do FBI, W. Mark Felt, revelou que era o Garganta. Bob Woodward e Carl Bernstein confirmaram o fato. Com a renúncia, Nixon só retornaria à vida pública 20 anos depois do fiasco de Watergate, ao qual está permanentemente ligada a sua declaração: I'm not a crook (Eu não sou um criminoso). A renúncia do 37º presidente dos Estados Unidos transformou a imprensa em “quarto poder”, impulsionou o chamado “jornalismo invesSgaSvo” e impediu que a ala mais conservadora do ParSdo Republicano permanecesse eternamente no poder a parSr do uso da máquina repressiva do Estado. A queda de Nixon ocorreu há 35 anos.
• Teco: No dia de hoje os Estados Unidos lançaram sobre a cidade de Nagazaki a bomba atômica “Fat Man” (Homem Gordo). Foi a segunda das duas bombas atômicas lançadas na Segunda Guerra Mundial contra o Japão. A esSmaSva do número de mortos nas duas explosões varia de 100 mil a 220 mil. Nagasaki foi fundada pelos portugueses em 1570. Os fundadores criaram um centro comercial que durante muitos anos foi a porta do Japão para o mundo, principalmente devido ao porto que facilitava a comercialização com os ingleses, holandeses, coreanos e chineses. Em 1637, no entanto, os portugueses foram expulsos, assim como outros povos que quiseram dominar os japoneses. A bomba atômica lançada contra Nagasaki ocorreu há 66 anos.
• Aparecida: Os moradores de Nagasaki estão lembrando hoje a explosão da bomba nuclear. O cenário para explicar a poderosa energia foi resumido na frase: “Um cemitério sem uma única lápide de pé”. A cerimônia teve a presença, pela primeira vez, de um representante dos Estados Unidos e a defesa da energia limpa. "Não importa quanto tempo leve, é necessário promover o desenvolvimento das energias renováveis em lugar da energia nuclear para nos tornamos uma sociedade com uma base energéSca mais segura", disse o prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue. Segundo ele, o país não quer mais “hibakusha”, como são conhecidas no Japão as víSmas da bomba atômica. Na semana passada, os moradores de Hiroshima também lembravam as “hibakusha” com muitas orações (acima).
• Bytes: O Tokuda me twizou dizendo que a percepção da sociedade japonesa sobre o governo mudou radicalmente. Hoje a convicção de que o acidente em Fukushima foi muito mais grave do que a ocorrida na anSga União SoviéSca. A população está fazendo as suas próprias medições, o que vem revelando a farsa. Eu respondi para o Tokuda: “Foi assim que ocorreu com o Nixon. O orgulho estadunidense foi ferido ao constatarem que um governante pode menSr. Mas os Estados Unidos deram a volta por cima ao se reafirmarem como democracia. As insStuições funcionaram na República”. Bons tempos.
• Tico: Como você está vendo a crise econômica mundial? • Teco: Os capitalistas sabem que crise é igual à oportunidade. Nós estamos calmos porque o conteúdo capitalista será, enfim,
valorizado num mundo que caminha para o nacional-‐socialismo. Apesar de na Bolsa de Valores nossos papéis não estarem sendo valorizados, temos “crédito”, o que nos garante “liquidez”.
• Bytes: Lá na facû a gente estava comentando sobre a perseguição que a oligarquia brasileira vai fazer ao Eike BaSsta, igual ao que foi feita ao Barão de Maurá. Tudo começou quando alguém leu o ltulo da “Folha Online”: “2 bilhões mais pobre, Eike BaSsta bate boca na Internet”. Se você ler a nolcia, sem ser manipulado pelo escriba, vai descobrir que ele apenas explicou que “não perdeu nada” porque não vendeu os seus aSvos. Mas a “torcida” é muito grande para que ele fique de “mãos vazias”. Dizem que brasileiro não gosta que o compatriota faça sucesso porque quer nivelar a sociedade pela “mediocridade”. Já eu tenho outro “ponto de vista”: O Eike não acompanha o pensamento da oligarquia nacional.
• Aparecida: Aparecida: Ele disse sobre a crise: “O mundo real está bombando; não tem lugar em avião no Brasil, não tem gente para trabalhar e eu vou pagar dissídio de 8,5% para meus funcionários porque tenho medo de que eles vão embora. Que bom que a Europa e os Estados Unidos não vão crescer. Vai sobrar gente qualificada e equipamento para comprar”, disse ele. Aliás, como pensa o governo dos Estados Unidos?
• Bytes: Não nos intereça porque eles não estão podendo dar palpites por terem que resolver os seus desafios internos. Eu quero é resolver o “nenhenhém dos anciãos” que alonga o espaço-‐tempo. Muitos nacional-‐socialistas dirão que a culpa é da “Folha” ou do “Globo”, porque a culpa é sempre do outro, enquanto para nós o problema reside na falta de “formação de capital” no Brasil. O exemplo é que muitos ainda dão ouvido aos escribas e fariseus, cegos e hipócritas. É apenas uma questão de “óSca” e principalmente “frequência”, �sica contemporânea.
• Aparecida: O seu Carlos disse, comemorando: “Agora este País vai receber o casSgo que merece. A emergente classe C vai ser demiSda em massa, não vai poder mais andar de avião e a crise baterá à nossa parte. O dólar vai disparar trazendo de volta à inflação”. Ele só ouve e vê as nolcias divulgadas pelas Organizações Globo porque diz: “Temos o mesmo ponto de vista”.
• Aparecida: Por que o Eike BaSsta disse que o seu sangue está “geladérrimo” ao responder a uma inquisição da reportagem se Snha sangue frio?
• Bytes: Porque a Bolsa é de “Valores”, mexe com “papéis”, hoje apenas byte. Da mesma forma que a Bovespa já operou nos 20 mil pontos, ela já foi a 70 mil. Na crise de 2008, ela caiu drasScamente, mas recuperou na mesma proporção, voltando ao patamar anterior. Quem não vendeu os seus papéis, não perdeu nada. A volaSlidade faz parte da sua história natural. Por isso, os gerentes de banco recomendam aos burocratas que invistam na poupança porque os rendimentos são pré-‐fixados. A Bolsa de Valores é terreno para os capitalistas porque gostam de “correr riscos” e têm visão de “longo prazo”. Por isso, a manchete econômica do jornal “O Globo” da úlSma quinta-‐feira foi “Bolsas têm tombo de US$ 2,6 tri no mundo”. Por que? Porque elas podem se levantar amanhã. Quantas vezes você já viu a bolsa descer drasScamente e subir muito mais no dia seguinte? Quem vendeu na baixa perdeu dinheiro, mas quem está vendendo na alta e comprando na baixa está ficando bilionário de um dia para o outro. É claro que “O Globo” não deu o mesmo tratamento ao Eike que deu ao mundo. Foi na mesma linha “negaSva”. Como diria o gênio Einstein sobre a �sica contemporânea: Tudo é “relaSvo”.
• Aparecida: Ah, entendi! A dona Márcia, que é gerente de banco, disse outro dia: “Se o cliente é jornalista eu recomendo logo que invista na poupança”. Ela disse que a categoria é a que mais sofre do “medo do desconhecido”, o medo da “evolução natural” que dizimou os dinossauros.
• Bytes: O medo é a principal causa para as crises. Mas nós, jovens capitalistas brasileiros e contemporâneos, já eliminamos até o temor em relação a um novo golpe de Estado no Brasil. A única defesa à Comissão da Verdade é entendermos a ditadura militar. Naquele tempo o Mário Wallace Simonsen, proprietário da Pan Air, era bombardeado pela imprensa, sempre querendo denegrir a sua imagem e a da sua empresa, admirada pelos brasileiros. Não saSsfeito, o “regime” mandou aplicar multas para tentar a falência. Como não conseguiu, fechou a empresa na “mão grande” porque na época não havia Estado de Direito. A Comissão da Verdade será mais úSl neste senSdo porque não conseguirá apagar as marcas das torturas sofridas pela Dilma nem trazer de volta o policial que foi morto pelos guerrilheiros. A evolução brasileira pelo “sangue derramado”.
• Tico: O que você achou do rebaixamento das notas da dívida dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poors?
• Teco: Muito “técnica”. O problema é que os Estados Unidos não crescem e nem vão crescer no médio prazo. Isso cria um ambiente de incerteza no mercado por ser a maior economia do mundo. Concordamos com a S&P que a recuperação só acontecerá em 2015. Como temos certeza que o Obama será reeleito, porque os candidatos republicanos estão divididos e são fracos, ele ainda vai colher os louros no final. No meio do caminho há uma pedra, diríamos uma rocha. E lhe desejamos: “Boa sorte!”
• Bytes: A gente estava comentando lá na facû: “A esquerda domina na América, mesmo que os atores variem de acordo com o nível de capitalismo avançado. A direita é a grande perdedora neste processo em que os esquerdistas acabaram se transformando na “grande novidade”. O duelo vai se acirrar em todos os países americanos, o chamado “Novo Mundo”.
• Aparecida: O que você acha da alta do dólar? • Bytes: No mercado futuro o contrato de setembro opera em queda. Para os capitalistas, meia palavra basta. • Tico: Por que a Bovespa desce mais do que as bolsas das nações endividadas? • Teco: Nenhum analista consegue responder, mas podemos afirmar que a causa é que somos “dependentes” dos invesSdores
externos, assim como uma colônia depende da matriz. Mas a crise não é de “liquidez”, mas de “crédito”. Por isso não gostamos da palavra “guerra cambial”, mas “test-‐drive”. Elementar, meu caro Watson.
• Tico: Qual é a visão capitalista da história? • Teco: É o da evolução natural. Uma questão darwiniana. Os burocratas, com salário garanSdo no fim do mês, descobrirão
por que a crise é oportunidade. O Brasil mudará radicalmente, assim como os Estados Unidos e até a Rússia.
• Aparecida: Na Rocinha há muitos capitalistas crescendo baseado na “economia das sobras” e na “economia da atenção”. No interior do estado as moedas sociais estão impulsionando a economia da localidade. A Cidade de Deus, visitada pelo Obama, já vai começar a usar a moeda CDD.
• Bytes: Viva a dinâmica do capitalismo brasileiro! Viva! • Aparecida: E Londres? O Irã tripudiou pedindo que o Reino Unido não casSgue os seus “indignados”. • Bytes: No Chile, os estudantes voltaram a enfrentar hoje a polícia (acima). • Aparecida: Aqui nós já estamos acostumados a enfrentar a periferia. Incêndio em ônibus e pânico é uma norma do
terrorismo da periferia. • Bytes: Como a Inglaterra lidará com o mulSculturalismo após a ação dos vândalos? • Aparecida: O seu Carlos disse, exaltado, após ler as nolcias de lá fora: “O mundo está se abrasileirando!” Mas eu
acho que o Brasil está sendo construído pelos seus capitalistas. • Bytes: Como duvidar do futuro do Brasil? Como duvidar que tudo vai dar certo? Como duvidar que a malandragem
será colocada para escanteio?
O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e servidores da Polícia Federal foram hoje (9) ao Acre para invesSgar as denúncias de que os índios isolados estão cercados por narcotraficantes vindos do Peru. Segundo a assessoria da fundação em Brasília, policiais militares do governo do Acre chegaram no domingo e fazem buscas na floresta. Na base, um grupo de cinco funcionários da Funai se diz "cercado" por traficantes armados. Um dos servidores é o coordenador-‐geral de Índios Isolados, Carlos Travassos. Ele disse ao jornal “Folha de S.Paulo” que há a possibilidade de o grupo de invasores já tenha travado contato violento com os isolados. "Um mês atrás os (índios da etnia) ashaninka brasileiros receberam uma mensagem via radiofonia de seus parentes (outros índios ashaninka) que moram no Peru dizendo que um grupo fortemente armado estaria descendo o rio Envira em direção a base de vigilância em busca do português". O Brasil tem interesses no Peru após a construção da rodovia Transoceânica que ligará o Acre ao Pacífico via território peruano por onde os produtos brasileiros podem ser escoados para a Ásia, principalmente a China. A presença de empresas brasileiras em território peruano tem gerado críScas no país vizinho. Lima informou que trabalha com a hipótese de que os engenheiros da empreiteira Leme Engenharia foram assassinados por moradores da região contrários à implementação de uma usina hidrelétrica no local. Os corpos de Mário Bizencourt e Mário Guedes foram encontrados no úlSmo dia 27 sem sinais de violência. O laudo da autópsia apontou como causa das mortes edema pulmonar e cerebral. Esses problemas podem surgir de várias maneiras, inclusive por envenenamento. Segundo as invesSgações, os suspeitos Juan Zorrilla Bravo e Jesús Sánchez agiram de maneira suspeita durante as invesSgações iniciais. Eles teriam oferecido água aos funcionários da Leme Engenharia e uma das hipóteses é de que o líquido estava envenenado. Os dois peruanos invesSgados seriam contrários à construção de usina hidrelétrica no local e um deles teria atrapalhado as invesSgações, ao apontar caminho diferente da rota dos brasileiros. A contradição surgiu com os depoimentos do geólogo e engenheiro peruanos. Em setembro de 2010, o jornal peruano “Diario Ahora” noSciou que Zorilla seria um dos líderes de uma manifestação contra a construção de uma hidrelétrica. Na ocasião, cinco funcionários da empresa Vera Cruz e um funcionário do Ministério de Minas e Energia do Peru foram expulsos de um distrito em Yamon, região em que Bizencourt e Guedes foram encontrados mortos. Para eles, os estudos de impactos ambientais não eram confiáveis e o empreendimento traria consequências negaSvas para a população ao longo dos anos. Logo após ganhar a eleição no Peru, o presidente Humala Ollanta visitou a colega brasileira, Dilma Rousseff, para discuSr as relações bilaterais (acima). Na coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, publicada hoje, a presidente Dilma tratou do conflito com os índios em relação à construção de hidrelétrica, mas no Brasil. Ela garanSu que Belo Monte, no Rio Xingu (PA), não irá aSngir nenhuma das dez terras indígenas localizadas nas proximidades do empreendimento. "Belo Monte será fundamental para o desenvolvimento da região e do País, e o reservatório não vai aSngir nenhuma das dez terras indígenas da área. Os povos indígenas não serão removidos de suas aldeias", afirmou a presidente em resposta a uma leitora que perguntou sobre as consequências da construção da usina. Segundo Dilma, o projeto de construção passou por aprimoramento e a área de inundação foi reduzida em aproximadamente 60%. A hidrelétrica terá um canal ou escada de peixes, para não interromper a piracema e serão invesSdos R$ 32 milhões em ações de compensação e miSgação dos impactos socioambientais. No úlSmo dia 3 o governo deu início, em Altamira (PA), ao primeiro muSrão da Operação Cidadania Xingu para minimizar os impactos regionais da construção da usina, alvo de manifestações de indígenas e integrantes de comunidades tradicionais. Além de Altamira, 11 municípios receberão os muSrões.
• Tico: No dia de hoje o Império Britânico prendeu o pacifista Mahatma Gandhi após deixar claro que não apoiaria a causa britânica durante a Segunda Guerra Mundial. Pela posição, ficou preso por dois anos. A militância políSca começou quando foi descriminado num trem por sua cor de pele quando era um advogado na África do Sul, também colônia britânica. Ao se recusar ir para um vagão de terceira classe, foi jogado para fora do trem. O episódio fez com que ele começasse a advogar contra as leis discriminatórias no país sul-‐africano. Durante a Primeira Guerra Mundial, retornou à Índia e, após o seu término, envolveu-‐se com o Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência. Ganhou notoriedade internacional pela sua políSca de desobediência civil e pelo uso do jejum como forma de protesto. Por esses moSvos, sua prisão foi decretada diversas vezes pelas autoridades inglesas. Outra estratégia de Gandhi pela independência era o boicote aos produtos importados. Todos os indianos deveriam usar vesSmentas caseiras, em vez de comprar os produtos têxteis britânicos. O tear manual, símbolo de afirmação, viria a ser incorporado à bandeira do Congresso Nacional Indiano e à própria bandeira indiana. Gandhi posicionou-‐se ainda contra qualquer plano que dividisse a Índia em dois Estados, o que acabou acontecendo, com um Estado denominado Índia, predominantemente hindu, e o Paquistão, predominantemente muçulmano, por causa da guerra religiosa travada no país. A prisão de Gandhi ocorreu há 69 anos.
• Teco: No dia de hoje morreu o aSvista palesSno Mahmud Darwish. Nascido num vilarejo, a 10,5 quilômetros de Acre, na Galiléia, era o segundo dos oito filhos de uma família sunita de proprietários de terras. A vila árabe foi inteiramente arrasada pelas forças israelenses, durante a guerra de 1948 e a família Darwish refugiou-‐se no Líbano, onde permaneceu por um ano, e, ao retornar clandesSnamente e descobrir que o vilarejo havia sido subsStuído em colônica judaica. Entre 1961 e 1967 foi preso diversas vezes até que em 1970 passou a viver como refugiado. Em maio de 1996, Darwish se tornou o autor da Declaração de Independência PalesSna, escrita em 1988 e lida pelo líder palesSno Yasser Arafat, quando declarou unilateralmente a criação do Estado PalesSno. Na obra do poeta, além da angúsSa do exílio, a PalesSna aparece como metáfora do "paraíso perdido", dividido entre nascimento e ressurreição. Darwish morreu há 3 anos.
• Bytes: Me lembrei do seu poema “Árvore dos Salmos”: “No dia em que minhas palavras forem terra/Serei um amigo para o perfilhamento do trigo/No dia em que minhas palavras forem ira/Serei amigo das correntes/No dia em que minhas palavras forem pedras/Serei um amigo para represar/No dia em que minhas palavras forem uma rebelião/Serei um amigo para terremotos/No dia em que minhas palavras forrem maças de sabor amargo/Serei um amigo para o oSmismo/Mas quando minhas palavras se transformarem em mel…/Moscas cobrirão meus lábios!”
• Aparecida: No dia de hoje morreu no Rio de Janeiro o sociólogo Herbert de Souza, o BeSnho. Hemo�lico, foi víSma da AIDS ao receber um sangue contaminado. Lutou até o fim trabalhando no programa Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, movimento em favor dos pobres e excluídos. Há 14 anos.
• Bytes: Ontem, eu fui assisSr ao filme “Não se preocupe, nada vai dar certo” (acima), do Hugo Carvana. Para quem pensou que seria uma comédia como “A casa da mãe Joana” se decepciona. Mas o tema é contemporâneo: um filho que ouviu do pai que não adianta fazer nada certo porque nada vai dar certo. Dentro da filosofia paterna, levar a vida a sério é a maior roubada. De cagada em cagada, vivendo como se esSvesse num espetáculo, ele soluciona, no entanto, um crime. Não é tão culpado assim dentro do sistema no qual o mau impulso, o yester-‐ra-‐há judaico, é a base do mundo. Afinal, se o espaço-‐tempo cria a matéria, a missão de todos na Terra é “ganhar dinheiro”. Se o enredo é contemporâneo, o roteiro é irregular e simplório. A metade do filme prende mais atenção do espectador por ser mais ágil e por despertar o suspense já que não acha graça nas situações apresentadas. Os desempenhos do Tarcísio Meira e do Gregório Duvivier estão impecáveis. Aliás, como o Duvivier parece em muitas cenas com o Peter Sellers. A melancolia, no entanto, está nos olhos do Carvana, quase beirando a depressão. Não adianta nem a música-‐tema no final para alegrar o produtor.
• Aparecida: O Carvana é “socialista”. • Bytes: Quando saí do cinema, pensei: “Não dá nem para o Xexéu dizer que o filme é uma mistura da “Casa da mãe
Joana” com “Vai trabalhar vagabundo”. Mas se lembrar da ingenuidade dos filmes da AtlânSda não será mera coincidência.
• Aparecida: O Xexéu chamará os filmes “Pork´s”, “Virgem de 40 anos” e “América Pie” de “pornochanchada americana?”
• Bytes: Vou esperar para ver se ele fala alguma coisa sobre “Amizade Colorida”. AssisS o trailer na Internet. • Aparecida: Afinal, o que gerou a decadência do Simonal? Inveja, pilantragem ou entreguismo? • Bytes: O tempo do regime militar no Brasil. Ah, o espaço-‐tempo! • Aparecida: O filme “Assalto ao Banco Central” já chegou a mais de um milhão de expectadores. • Bytes: E o Banco Central Europeu está comprando as dívidas soberanas dos países da zona do euro. • Aparecida: Quem vai socorrer o BCE? As seguradoras privadas? • Bytes: Não será o Federal Reserve. Mas não se preocupe. Nada vai dar certo. • Aparecida: É caso para ser invesSgado pelo FMI. Ou será FBI? • Bytes: A ChrisSne Lagarde vai ser invesSgada pela jusSça francesa. Vamos chamar o inspetor falso interpretado
pelo Tarcísio Meira para pôr ordem na casa. • Aparecida: O Caetano cantou: “Alguma coisa está fora da ordem/Fora da nova ordem mundial”. • Tico: O que você achou da saída do ministro da Defesa, Nelson Jobim? • Teco: Ele deu um “Sro no pé”. O problema não foi o que ele disse, mas a demonstração de insaSsfação. Ninguém
sabia dizer até onde ele iria. Uma coisa é o Datena mudar de emissora em menos de um mês por não gostar de seus pares, outra coisa em quem exerce um cargo público no ExecuSvo. Quer aSrar vá para o LegislaSvo porque o mandato foi lhe dado pelo povo e pode-‐se viver em “si mesmo”. A manchete correta foi “Jobim ataca e fica sem defesa”. A “imprensa velha” não conseguiu nem alimentar o noSciário porque para o povo a saída era uma “página virada”.
• Aparecida: Até o seu Carlos concordou com a exoneração dele. Ele disse, comentando a informação de que o Jobim disse a Dilma que quem decidia sobre a nomeação do Genoíno era ele: “Como um ministro pode dizer isso para o seu superior hierárquico: Quem sabe se ele vai ser úSl ou não sou eu”.
• Tico: O que você achou da declaração da Dilma para os chefes militares que quem manda é ela? • Teco: Foi firme. Afinal, é a comandante-‐em-‐chefe das Forças Armadas e todos têm que bater conSnência como
sinal de respeito hierárquico. Foi uma resposta às nolcias da imprensa de que os militares estavam insaSsfeitos com a nomeação do diplomata Celso Amorim. Assim é em todo o lugar do mundo, até nos Estados Unidos. Quando o general MacArthur quis botar as manguinhas de fora, o presidente Truman o demiSu, mesmo sendo ele um “mito” para a opinião pública dos EUA. Como o Jobim não pode cair?
• Aparecida: O secretário-‐execuSvo do Ministério do Turismo foi deSdo pela Polícia Federal. Até onde vai a faxina? • Bytes: Deu no jornal “O Globo” de 9 de agosto de 1961, há exatamente meio século: O “The Times” disse ontem
que o presidente Jânio Quadros tem, mais do que qualquer outro dirigente brasileiro, a possibilidade de tornar-‐se um verdadeiro líder nacional, democraScamente eleito. Sob o ltulo “Uma vassoura varre o Brasil”, o presSgioso periódico afirma que não obstante sua esmagadora vitória eleitoral, Jânio Quadros mantém a constante preocupação de conservar o apoio popular, atuando de forma rigidamente conservadora no campo interno, enquanto que no exterior atua de maneira agressivamente nacionalista. “É provável que êle esteja próximo a tornar-‐se o maior líder nacional que o Brasil já conheceu, não obstante seus antagonistas afirmarem que certas medidas que adotou são as de um demagogo, à beira da ditadura”. Em editorial, “O Globo” escreveu sobre o presidente da República: “O presidente Jânio Quadros, dando prova de grande coragem cívica, revogou, ontem, o decreto que estabelecia o horário de dois turnos para o funcionalismo público civil da União. Recebendo, nas atuais circunstâncias, a inconveniência do nôvo horário, S. exa não hesitou em restabelecer a anSga jornada de trabalho de laboriosa classe”.
• Tico: O que o Jobim e o Chávez têm em comum? • Teco: O uso do uniforme militar. Elementar, meu caro Watson. • Bytes: O meu colega lá da facû, gaiato, comentou a respeito da exoneração do Jobim após encontro com a Dilma:
“Os militares têm sangue quente”. Já o Lula disse que foi um fato normal entre dois “gaúchos”. Pensei: “Mas a Dilma não é mineira?” Depois conclui: “A alma precede a carne”.
• Tico: O que você acha da violência no período do Ramadã? • Teco: A palavra Ramadã encontra-‐se relacionada com a palavra árabe ramida, “ser ardente”. Talvez isso explique
as ocorrências num período de jejum e de reflexões, em busca da paz e da concórdia. • Bytes: Quando me perguntam o que acho da crise na Síria, eu digo: “Ninguém impede o processo histórico. Aqui,
sem auxílio de Washington, nós conseguimos acabar com a ditadura, mesmo que a abertura tenha sido lenta, gradual e segura. Quase 10 anos. O Roberto Marinho era contra porque achava que o povo ainda não estava preparado para o exercício da democracia. A mesma coisa deve pensar o presidente Assad sobre a Síria. Mas quem vai decidir o impasse será a história, a soberana”.
• Aparecida: A Globonews começará a exibir uma série sobre os 10 anos do 11 de setembro. • Bytes: Qual foi a sua reação após assisSr na TV ao ataque às Torres Gêmeas, em Nova York? • Aparecida: Na hora pensei: “É o início do fim do mundo”. Mas não fiquei horrorizada porque me lembrei das
palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Naqueles dias os escribas e fariseus, cegos e hipócritas, ficarão escandalizados com tudo verão. Já os que serão chamados filhos e filhas de Deus enxergarão o Reino e serão dele o seu fruto”. Hoje constato que o meu senSmento estava correto.
• Aparecida: Londres está pegando fogo, literalmente. O seu Carlos perguntou: “Como estarão agora as famílias brasileiras que enviaram os seus filhos para morar em Londres por considerarem um lugar seguro?”.
• Bytes: A Adriana me mandou um twiiter dizendo que eles se organizam pelas redes sociais, chamando o movimento de “Verão Britânico” em alusão à “Primavera Árabe”. Ela disse que a caresSa e o desemprego são os culpados pela desordem urbana.
• Aparecida (cantando): E o cano da pistola/Que as crianças mordem/Reflete todas as cores/Da paisagem da cidade/Que é muito mais bonita/E muito mais intensa/Do que no cartão postal/Alguma coisa está fora da ordem/Fora da nova ordem mundial.
• Bytes: Como muito bem disse a Hillary Clinton: “Há hoje um abismo entre poder, economia e sociedade”.
• Aparecida: O seu Carlos disse depois que o jornal “Em cima da hora” da Globonews divulgou no fim do noSciário a festa da cerejera pela comunidade japonesa, após várias “más nolcias” sobre o mundo. “Tem que aliviar um pouco”. Eu gostei mais da nolcia do jornal “Hoje” sobre a Orquestra Juvenil da Bahia. Do Pelourinho, a imagem da malandragem, para Berlim, o símbolo da organização.
• Tico: As Organizações Globo divulgaram os seus princípios editoriais. O que é jornalismo? • Teco: Jornalismo é a capacidade do produtor de conteúdo em decifrar o inconsciente coleSvo porque
naturalmente entenderá para onde estão indo os ventos do capitalismo. O trabalho começa a parSr do editor que recorta os fatos relevantes do princípio da realidade para a produção de conteúdo. Assim sendo o material nunca ficará “velho” dentro da nova ordem mundial: a Era digital, de compressão tempo-‐espaço.
• Bytes: Na aula de jornalismo comparado, o pessoal da facû estava discuSndo o sucesso das Organizações Globo. Eu citei novamente o livro do Bonder para explicar a dissociação do yester-‐ha-‐rá com o “mundo real”: “Tudo que derivamos da vida vai para a nossa presença. Se ganharmos o sustento, o Eu se apodera dos méritos; se obSvermos prazer, já pensamos em como tornar a repeS-‐os; olhamos para o bolo e imaginamos guardá-‐los para quando Svermos fome. Os desejos se vesSram de fins e a paisagem mudou completamente”. Na visão de Bonder, a saída do Paraíso não foi uma retaliação, mas uma consequência de nosso impulso de começar a olhar e vesSr o mundo. A mesma coisa eu poderia dizer sobre o Lula. Afinal, a direita e a esquerda não aceitam a ciência contemporânea: o espaço-‐tempo que cria a matéria.
• Tico: Qual será o futuro das Organizações Globo? • Teco: Não vemos a Globo sendo enxotada pela “economia de mercado” na visão anglo-‐saxã. Nem a sua concessão
cassada, como na óSca hispânica. E sim será recebida no “clube dos pecadores”, como a tradição portuguesa. Será uma imagem mais próxima do Mano Menezes passando a mão na cabeça dos jogadores que chutaram para fora nos pênalSs, perdendo as chances de gol.
• Bytes: Em cima do novo livro do Nilton Bonder, os cariocas dirão para a Globo por causa de suas “segundas intenções”: “Fica nua porque vesSda você cai sempre no yester ha-‐rá”.
• Aparecida: É coisa de velho, igual ao seu Carlos. Pensa que eu me estresso com ele? Quando ele está muito exaltado, eu canto a música “Jorge Maravilha”, do Chico Buarque. A filha dele gosta do Lula. No Natal, saiu uma briga séria. Ela saiu batendo portas exclamando: “Imperialista!”.
• Bytes: Falando em Bonder, um colega ficou com “olhos de escândalo” ao me ver lendo o seu novo livro. Ele perguntou: “Mas você não é cristã?” Eu respondi: “Sou, por que?” “Porque você está lendo o livro de um rabino. Deve ser por causa da Cabala. Está na moda. A Angélica e o Luciano Huck são adeptos, assim como a Madona”. Na tréplica, disse: “Não, eu gosto de pensadores inteligentes e profundos, principalmente os que estão conectados com os desafios do mundo contemporâneo. Estou ansiosa à espera do novo livro do Leonardo Boff”. Mas entendi o espanto. Eu alterei os códigos e estereóSpos que ele Snha em relação à minha “idenSdade”. Por uma questão de “segurança”, eu não poderia nunca olhar para outras tribos no aperfeiçoamento do meu “conteúdo” porque me levaria ao “medo do desconhecido”. Tentei lhe explicar: “As religiões têm a mesma linha de raciocínio sobre como se religar ao Todo: misericórdia, controle da vaidade e preocupação com o próximo”. Sou cristã porque entendo a ciência contemporânea, assim como a importância da crucificação e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Jerusalém, e de sua ressurreição ao Terceiro Dia. Isso é o que diferencia de Moisés, Maomé, Buda, Gandhi e até mesmo de Elias que ressuscitou o filho da “viúva incrédula”, como está descrito na Torá, o Velho Testamento para os cristãos. Mas nada me impedirá de apreciar um novo livro de Bonder. Quando ele cita as metáforas judaicas, parece que estou ouvindo as parábolas do meu Mestre. Ele não fugiu à tradição de seu povo.
• Tico: Quem estará em alta no mundo? • Teco: Dentro do espaço-‐tempo os nacional-‐socialistas. O discurso nós conhecemos através do livro “Minha Luta”, de Adolf
Hitler: “O sistema financeiro, controlado pelos judeus, impulsiona a economia e depois a retrai para comprar baraSnho os aSvos do capital emergente através da escravidão dos juros”. Por isso patrocinou a guerra contra os “infiéis”: capitalistas e marxistas. Nesta hora deve ter algum nacional-‐socialista na mesa do bar dizendo: “A crise só se resolverá em setembro depois que a ONU decidir se vai ou não conceder o direito dos palesSnos de ter um Estado nacional”.
• Bytes: O Japão e a Suíça desvalorizaram a sua moeda unilateralmente. Está um salve-‐se quem puder, sem qualquer coordenação na “ordem mundial”. O Mantega defendeu livre-‐comércio na América LaTna. O que pensa a ArgenSna?
• Aparecida: A polícia prendeu um grupo neonazista no Rio Grande do Sul. Eles pregam o ódio e a discriminação no sul do País. O delegado deu a sua versão sobre o fenômeno. "A origem do povo gaúcho é colonial e, além disso, a ArgenSna, que abrigou oficiais nazistas após a Segunda Guerra Mundial, está aqui do lado e preocupa. Para a consolidação dessa ideologia, deve exisSr um meio viável, caso do Rio Grande do Sul. O neonazismo é uma coisa que jamais vai acabar. É um senSmento, uma ideologia, e não se pode acabar com ideologias, mas evitar suas consequências e ações".
• Bytes (cantando): “Eu vejo o futuro repeSr o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades”. • Aparecida (cantando): “O tempo não para. Não para não. Não para!” • Bytes: Viva Cazuza! • Todos: Viva! Viva! Viva!
EM MEMÓRIA DO BETINHO Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2011