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NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONALPor Antônio Ribas Paiva 13/11/2008 às 09:19
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O Jornal "Folha de São Paulo", no dia 05 de novembro, noticiou que:
"LULA passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da Multinacional Molycorp... A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de MG e é a maior exploradora do metal do mundo. Por meio de uma ONG a empresa financiou projetos do "Instituto Cidadania", presidido por LULA, inclusive o "Fome Zero", que integra o programa de governo do presidente eleito. (Folha de São Paulo de 05/11/02, pg. "A" 4.)
A matéria obriga à reflexão, porque evidencia a aliança anterior às eleições presidenciais entre um político, supostamente de esquerda, e uma multinacional, que de acordo com os dados do I.B.G.E, da Secretaria do Comércio Exterior e da "CPRM" subfatura exportações de nióbio, causando prejuízos anuais de bilhões de dólares americanos ao Brasil.
O raciocínio é simples: o Brasil, considerando as reservas de São Gabriel da Cachoeira AM, não computadas pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), detém 98% (noventa e oito por cento) das reservas mundiais exploráveis de nióbio. O mundo consome anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente retiradas do Brasil. O nióbio bruto, é comprado no garimpo a 400 dólares americanos o quilo.
Portanto, sem contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos países do primeiro mundo, e o acréscimo do preço em razão do beneficiamento do minério, feito em Araxá MG e Catalão Goiás, deveríamos contabilizar, pelo menos, 14 bilhões e oitocentos milhões de dólares, a mais, em exportações anuais, ou seja: cerca de 30% (trinta por cento) a mais no total de todas as exportações brasileiras.
US$ 400 x 1000 = US$ 400.000 a ton.
US$ 400.000 x 37000 ton. = US$ 14.800.000.000,00
Esses valores não aparecem no balanço comercial, logo, está provado que os exportadores estão subfaturando as exportações de nióbio, em detrimento dos interesses do país e da Nação Brasileira.
Os preços do nióbio, cotados na Bolsa de Metais de Londres(50 libras esterlinas o quilo), são meramente simbólicos, porque o Brasil é o único fornecedor mundial, portanto, quem deveria determinar o preço é o vendedor (mercado do vendedor). Mal comparando, nióbio a 50 libras o quilo é o mesmo que petróleo a três dólares o barril. No caso do petróleo, a OPEP estabelece o preço do mineral, equilibrando os interesses dos consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma "questão de Estado".
O mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente, quem estabelece o preço de venda do produto são os compradores, em conluio com as empresas que exploram o minério no Brasil e que nessa ação deletéria contam com a conivência "oficial", de políticos cujas campanhas e "projetos" financiam.Tanto os preços de venda como as quantidades exportadas são subfaturados, há décadas.
Os dados sobre o nióbio fornecidos pelo DNPM estão eivados de vício, porque tanto as quantidades do minério quanto os preços apontados pelo departamento
são subfaturados, fornecidos pelos próprios interessados, da conspiração Araxá/Catalão.
Uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio "exportado" seria suficiente para erradicar a subnutrição da população carente, e livrar o Brasil da desfavorável condição de devedor, além de financiar o desenvolvimento.
Estados Unidos, Europa e Japão são 100%(cem por cento) dependentes das reservas brasileiras de nióbio, minério que é tão essencial como o petróleo, só que muito mais raro.
Sem nióbio não existiria a indústria aeroespacial, de armamentos, de instrumental cirúrgico, de "gilete azul", de ótica de precisão e etc... Os foguetes não iriam à lua e os vetores atômicos transcontinentais seriam ficção científica, assim como a "Guerra nas Estrelas" dos americanos.
Ora, se por petróleo as potências vão à guerra, imagine-se o que não fariam para garantir o nióbio grátis, que retiram do Brasil, com a complacência de governantes, cujas campanhas políticas e projetos são previamente financiados.
O governo FHC tentou "privatizar" as reservas de nióbio "a céu aberto", de São Gabriel da Cachoeira AM, em outubro de 1.997, pelo miserável "preço mínimo" de R$ 600.000,00(seiscentos mil reais), quando a avaliação da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) é, pasme-se, 1 trilhão de dólares americanos(Fio da Meada V e VII- Revista Carta Capital de 19/3/97, pg. 70/72)"
Tudo isso comprova, irrefutavelmente, que existe uma conspiração internacional antiga, para espoliar o Brasil de seus minérios, que impede o acesso da Nação Brasileira às riquezas do seu território. É o paradoxo do povo pobre de país riquíssimo.
A intimidade de vários governos com a "Conspiração de Araxá"(Collor já era assíduo freqüentador da cidade), sinaliza que a estrutura político-institucional vigente é incompatível com a autodeterminação do país.
O "tratamento VIP"(segundo a Folha de São Paulo) dispensado a Lula e ao seu vice, em Araxá, bem como os financiamentos que sua campanha presidencial e seus "projetos" mereceram, são exemplos marcantes dessa falha institucional.
Evidenciando a "conspiração Araxá", Lula, após hospedar-se na CBMM, reuniu-se com governadores do PSDB, em Araxá, entre os quais Aécio Neves-MG, cujo tio, Gastão Neves é a "eminência parda" dos minérios no Brasil.
"ARAXÁ - Foi produtiva a primeira reunião de trabalho do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, com os 7 novos governadores do PSDB, feita ontem em Araxá. Os governadores de sete Estados(SP, MG, CE, PB, PA, GO e RO) acenaram com proposta de parceria e apoio de suas bancadas no Congresso para aprovar propostas de interesse do futuro governo, como a que mantém a arrecadação nos níveis atuais, sem reduzir de 27,5% para 25% a alíquota do imposto de renda pessoa física. Me senti numa reunião de amigos, diz o Presidente eleito" (O Estado de São Paulo - 26/11/2002).
Lula pode até não esposar a ideologia esquerdista, mas o seu partido objetiva estatizar a economia através do confisco tributário, ação que conta com a complacência do Poder Judiciário, que depende do aumento da arrecadação para custear os seus orçamentos. É o mesmo processo comunizante aplicado na Romênia em 1947/48.
Todo esse retrocesso histórico poderia ser evitado observando-se os erros de países que viveram essa amarga experiência político-econômica e adotando-se os acertos
das economias capitalistas, rincipalmente, aproveitando-se, adequadamente, o potencial de recursos naturais do território brasileiro, ao invés de exaurir a população e as empresas com impostos e juros escorchantes.
Por outro lado, se o Brasil receber pelo nióbio que é contrabandeado e subfaturado pelos exportadores, poderá autofinanciar o seu desenvolvimento sem dívidas, garantindo empregos, renda, alimentação e oportunidades a todos os brasileiros.
Nessa medida, o programa "Fome Zero", cujos "estudos" foram financiados pela CBMM, não passa de manobra diversionista da "CONSPIRAÇÃO ARAXÁ", com claro objetivo de manter a dominação do NIÓBIO, a custa de outros segmentos econômicos e sociais brasileiros, que serão demonizados e tributados, ao exaurimento, pelo governo supostamente esquerdizante do PT, que já demonstrou, com a "aliança ARAXÁ", que está a serviço de interesses transnacionais.
O mesmo pode-se dizer do MST(apêndice guerrilheiro do PT) que está a serviço do agronegócio internacional e tem como missão desestabilizar o agronegócio no Brasil, país com vocação agrícola e mineral insuperável.
Essas estratégias não são novidade histórica. O Império Britânico, por exemplo, ganhou a "guerra fria" contra a Rússia Czarista, pelo domínio da Ásia, financiando a Revolução Bolchevic de 1.917. O único caminho para a nação brasileira é autodeterminar-se, reintegrando-se na exploração dos seus recursos.
O subsolo é propriedade da UNIÃO FEDERAL, os recursos minerais estão sendo desviados, em detrimento do interesse nacional, logo, o governo federal, por dever de ofício, deverá encampar a comercialização e a exportação do nióbio, ficando a cargo das mineradoras apenas a extração e a transformação do minério, remunerando-se-as, pelos mesmos preços que praticam atualmente.
Coordenando as exportações de NIÓBIO, terras raras e outros minérios(quartzo), a administração federal poderá alavancar as exportações brasileiras, para a Europa, E.U.A e Japão que são os maiores mercados mundiais em poder aquisitivo.
Utilizando, adequadamente, suas potencialidades minerais, como "moeda de troca", o Brasil poderá exportar, rapidamente, 300 bilhões de dólares anuais e importar 250 bilhões, por exemplo, criando empregos e fortuna na mesma proporção.
Partindo-se da premissa que o aprimoramento institucional é um processo de outorga, é imprescindível que os brasileiros responsáveis dediquem toda a sua capacidade, na busca de soluções, que adequem as instituições à preservação dos interesses nacionais.
A questão do nióbio e a reserva Raposa do Sol
Está explicado porque tantos interesses internacionais na demarcação da Reserva Raposa do
Sol. Lá existe a maior reserva de diamantes do mundo e também grandes reservas de
Nióbio ( talvez a maior do mundo). Após a demarcação, as terras serão solicitadas pelos
índios como área independente do Brasil, formando um novo país. O governo Lula, através
do seu ministro de Relações Exteriores, Celson Amorim, ratificou em 2007 a concordância do
Brasil com a Declaração dos Direitos dos povos índigenas que concede poderes aos índios
para solicitar a sua indepedência. Jorge Roriz
A questão do nióbio. Diga não à doutrina da subjugação nacional
Por Ronaldo Schlichting – 04/10/2008
O Brasil durante toda a sua história teve as sucessivas gerações de seus cidadãos
escravizados pela abominável doutrina da subjugação nacional.
Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica,
humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica,
assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um
inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus “testas de ferro” locais.
Salvo raríssimas exceções, tanto no Império quanto na República, todos os homens e
mulheres das elites que serviram ou servem aos poderes constituídos trabalharam e vêm
trabalhando, conscientemente ou não, para que esta doutrina se mantenha e se fortaleça.
Ao longo do tempo foi disseminada e implementada também, através do uso de “inocentes”
organizações, como as ONGS, fundações, igrejas, empresas, sociedades, partidos políticos,
fóruns, centros de estudo e outras arapucas.
Para se poder entender o alcance ilimitado e a potência do poder do braço dessa doutrina,
vamos nos reportar ao século passado, mais precisamente até a segunda metade dos anos
50.
A AVRO, fabricante do famoso bombardeio lancaster, usado durante a II Guerra Mundial, era
uma próspera indústria aeronáutica estatal canadense, assim como a Embraer.
Em 1955, com o recrudescimento da “guerra fria”, o governo canadense encomendou à
AVRO, para a sua Força Aérea, o projeto, desenvolvimento e a construção de um caça a jato,
totalmente nacional, capaz de interceptar e destruir quaisquer tipos de aviões soviéticos
“que tentassem um ataque contra o Canadá ou aos EUA” via seu território.
Assim, nasceu o Arrow, milagre tecnológico, um jato 30 anos avançado no tempo, fruto do
gênio e do patriotismo dos canadenses.
Fuselagem, motores, computadores de bordo, sistema de armas, todos nacionais.
Foi o primeiro avião no mundo a voar pelo sistema fly by wire e com velocidade superior a
mach 2, isto é, duas vezes superior à velocidade do som, aproximadamente 2400 km por
hora.
Porém, em 19 de fevereiro de 1959, a terrível mão da Doutrinaesmagou a soberania do país
com toda a sua força.
Canadá também
Intempestivamente, o primeiro-ministro do Canadá decretou o cancelamento do
projeto Arrow. Com uma ordem determinou a destruição imediata de todos os protótipos,
motores, plantas, informações, ferramentas, patentes e a demissão de milhares de
engenheiros, técnicos e operários para que o botim fosse repartido entre a França, a
Inglaterra e os EUA, que obviamente ficou com a parte do leão.
Assim, a nova tecnologia adquirida com o desenvolvimento do Arrowfoi totalmente rapinada
e aplicada, de graça, pelos franceses e ingleses na fabricação do primeiro avião supersônico
de passageiros, oconcorde.
Uma tragédia, com prejuízos incalculáveis para a economia, para o desenvolvimento e para o
destino do povo canadense.
Entretanto, a construção desta maravilha tecnológica não teria sido possível sem a utilização
de um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, o nióbio: o mais leve dos metais
refratários.
Descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles Hatchett — na época o denominou de
colúmbio. Posteriormente, o químico alemão Heinrich Rose, pensando haver encontrado um
novo elemento ao separá-lo do metal tântalo, deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a
Níobe, filha do mitológico rei Tântalo.
Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito a procura pelo nióbio.
Ligas de nióbio, foram desenvolvidas para utilização na indústria espacial, nuclear,
aeronáutica e siderúrgica.
A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir melhoria de
propriedades em produtos de aço, especialmente nos aços de alta resistência e baixa liga,
além de superligas que operam a altas temperaturas em turbinas das aeronaves a jato.
O nióbio também é utilizado na produção do aço inoxidável, na de ligas supercondutoras
usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de ressonância magnética. Encontra
aplicação, da mesma forma, em cerâmicas eletrônicas, em lentes para câmeras, na indústria
naval e, na ferroviária para a fabricação dos “trens bala”.
Dezenas de superligas estão em uso nos mais diversos meios abrasivos ou operando em
altas temperaturas.
Essas ligas são a alma dos motores a jato e de foguetes, tanto comerciais quanto militares.
Um dos motores a jato mais comuns usado hoje em dia, contém cerca de, no mínimo, 300
quilogramas de nióbio de alta pureza. A maior parte desse precioso metal é proveniente da
mina da CBMM, em Araxá, Minas Gerais.
Talvez, por isso, o jornal Folha de São Paulo, no dia 5 de novembro de 2002, tenha noticiado:
“Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da
multinacional Molycorp…”
A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de Minas Gerais e é a maior exploradora do
metal do mundo.
O caso é antigo. Por meio de uma ONG, a empresa financiou projetos do Instituto Cidadania,
presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive oFome Zero, que integra o programa de governo
do presidente eleito.
A matéria evidencia uma aliança anterior às eleições presidenciais entre um político,
supostamente de “esquerda”, e uma multinacional.
O Brasil detém 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio e o mundo consome
anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente retiradas do Brasil.
O minério de nióbio bruto é comprado no garimpo a 400 reais o quilograma, portanto, sem
contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos países do primeiro mundo, e
o acréscimo do preço em razão do beneficiamento do minério, feito em Araxá, Minas Gerais,
e Catalão, em Goiás, deveríamos contabilizar, pelo menos, 6 bilhões e 580 milhões de
dólares, a mais, em nossas exportações anuais.
“Eu não sabia”…
O preço do metal refinado, 99,9% puro, cotado na Bolsa de Metais de Londres a 90 dólares
o quilograma, é meramente simbólico, porque o Brasil é o único fornecedor mundial.
Portanto, é ele quem deveria determinar o seu preço. E por que não o faz?
Mal comparando, nióbio a 90 dólares o quilograma é hoje o mesmo que petróleo a menos de
um dólar o barril.
No caso do petróleo, a OPEP estabelece o preço do óleo, equilibrando os interesses dos
consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma “questão de Estado”. O
mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente, quem estabelece o preço de venda do
produto são os seus compradores. Por quê?
Apenas uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio “exportado” seria suficiente
para erradicar a subnutrição da população explorada e empobrecida, e livrar o Brasil da
desfavorável condição de devedor, além de financiar o seu desenvolvimento.
Os Estados Unidos, a Europa e o Japão são 100% dependentes das reservas brasileiras de
nióbio, metal que é tão essencial como o petróleo, só que muito mais raro.
Como já demonstramos, sem nióbio não existiria a indústria aero-espacial, de armamentos,
de instrumental cirúrgico, de ótica de precisão e os foguetes e os aviões a jato não
decolariam.
Ora, se por petróleo as potências vão à guerra, imagine-se o que não fariam eles para
garantir o nióbio grátis, que retiram do Brasil, com a conivência de governantes, cujas
campanhas políticas e projetos são previamente financiados, como muito bem estão a nos
provar as CPI’s em andamento no Congresso Nacional.
O “tratamento VIP”, segundo a Folha de São Paulo, dispensado a Luiz Inácio, em Araxá, bem
como o financiamento de seus “projetos” pessoais, são no mínimo suspeitos e merecem uma
investigação urgente e criteriosa por parte do Ministério Público Federal.
Porém, quem voltou ao assunto no dia 6 de julho de 2005, foi o jornal O Estado de São Paulo:
“Brasília – O empresário Marcos Valério Fernandes disse na CPI dos Correios … ‘É mentira a
afirmação de que eu discuti cargos‘, insistiu. (…) Ele (Marcos Valério) confirmou ter
agendado um encontro do banco Rural com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. ‘Não foi
um encontro comercial nem financeiro. O banco Rural foi informar ao ministro José Dirceu
que pretendia explorar uma mina de nióbio no Amazonas‘,disse. …”.
No dia 17 de julho de 2005, foi a vez da Coluna do jornalista Cláudio Humberto voltar a
carga:
— “Nióbio é a caixa-preta na CPI — Especialista na comercialização de metais não-ferrosos
alerta que a CPI dos Correios comeu mosca quando Marcos Valério disse ‘ levei o pessoal do
BMG ao José Dirceu para negociarem nióbio‘ — minério usado em foguetes, armas,
instrumentos cirúrgicos etc. Explica que 100% do nióbio consumido no mundo é brasileiro,
mas oficialmente exportamos só 40%. Suspeita de décadas de subfaturamento, com prejuízo
anual de bilhões de dólares. Fonte milagrosa — a CB MM, do grupo Moreira Salles e da
multinacional Molycorp, exporta 95% do metal retirado em Minas. Em 2002, Lula se
hospedou na casa do diretor da CBMM, José Alberto Camargo, em Araxá, terra de Dona
Beija.”
Surpreendente foi o próprio José Dirceu, que durante o programa Roda Viva, levado ao ar, em
rede nacional ao vivo, pela TV Cultura, no dia 24 de outubro de 2005, confirmou ter tratado
“a questão do nióbio” com banqueiros mineiros…
Ato falho ou um recado para o presidente?
Na manhã de 22 de fevereiro de 2005, a comentarista econômica da Rede Globo e da rádio
CBN, Miryan Leitão, em sua “análise” matinal para as duas emissoras, fazia o tipo da mulher
desinformada sobre as constantes noticias da contínua valorização do real frente ao dólar,
não sabendo explicar o paradoxo da manutenção do ritmo das nossas exportações mesmo
com a moeda nacional super valorizada.
“Governantes” nossos, prepostos deles
Dizia que não tinha explicações para o fenômeno, mas, gaguejando, dava a entender que a
política econômica do “governo” estaria no rumo certo, etc.
No cassino das finanças internacionais o jogo da moda é chamado demico preto, cujo
perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do mico, denominada dólar.
A vítima, aqui no Brasil, é o povo por causa da má fé, da incompetência ou da burrice do seu
jogador, o ministro da Fazenda.
O mico preto, também conhecido como papel pintado, moeda sem lastro, dinheiro falso,
massa podre, etc., emitida, sem lastro e sem limites, por 12 bancos particulares “norte-
americanos” — de que as grandes economias do mundo como a chinesa, a japonesa, a
coreana, inglesa, são possuidoras de gigantescas somas desse “dinheiro”, tanto na forma de
reservas líquidas como em títulos do tesouro norte-americano —, estando portanto com a
carta fatal nas mãos.
Uma corrida intempestiva em direção à conversão dessa “moeda” em euros, por exemplo, ou
à venda antecipada desses títulos precipitaria rapidamente o fim do jogo, não dando tempo
suficiente para se passar adiante o “mico” para os outros players.
Então, sem chamar a atenção, se valendo do artifício da compra de matérias primas,
insumos básicos, etc, usando o “papel pintado”, estão, inteligentemente, transformando
esterco em ouro. Por isso, no momento, pouco importa o valor relativo do dólar frente ao real
porque, mesmo assim, eles vão continuar importando tudo o que puderem.
Perante ao apresentado não restam dúvidas, podemos afirmar que o Brasil está pagando
para ter todo o seu nióbio roubado e que os nossos últimos “governantes”, para não
perderem os seus assentos em Davos, Washington, Zurick, Frankfurt, Nova Iorque, Amsterdã
e…, vão continuar fiéis discípulos e feitores da pavorosa doutrina da subjugação nacional.
Ronaldo Schlichting – Administrador de empresas e membro da Liga da Defesa Nacional.
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Nióbio: riqueza desprezada pelo Brasil
Edvaldo Tavares.’. (*)
Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo enquanto o Brasil
dispensa pouca importância a esse mineral com tão vastas qualidades e
de incontáveis aplicações.
O nióbio, símbolo químico Nb, é muito empregado na produção de ligas de
aço destinadas ao fabrico de tubos para condução de líquidos. Como
curiosidade, o nome nióbio deriva da deusa grega Níobe que era filha de
Tântalo que foi responsável pelo nome de outro elemento químico,
tântalo.
O nióbio é dotado de elasticidade e flexibilidade que permitem ser
moldável. Estas características oferecem inúmeras aplicações em alguns
tipos de aços inoxidáveis e ligas de metais não ferrosos destinados a
fabricação de tubulações para o transporte de água e petróleo a longas
distâncias por ser um poderoso agente anti-corrosivo, resistente aos
ácidos mais agressivos, como os naftênicos.
Inúmeras são as aplicações do nióbio, indo desde as envolvidas com
artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego
em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na
produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes,
devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades
do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor.
O elemento nióbio recebeu inicialmente o nome de “colúmbio”, dado por
seu descobridor Charles Hatchett, em 1801. Não é encontrado livre no
ambiente, mas, como niobita (columbita). O Brasil com reserva de mais de
97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio e o
consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais do
minério totalmente brasileiro.
As pressões externas que subjugam o povo brasileiroRonaldo Schlichting, administrador de empresas e membro da Liga da
Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do
desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a “Questão
do Nióbio” e convoca todos os brasileiros para que diga não à doutrina da
subjugação nacional. Menciona que a história do Brasil foi pautada pela
escravidão das sucessivas gerações de cidadãos submetidos à vergonhosa
doutrina de servidão.
Schlichting, de forma oportunista, desperta na consciência de todos que
“qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza
tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética,
de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna
importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo
de transferência para outras mãos ou para seus ‘testas de ferro’ locais”.
Identificam-se, nos dizeres do membro da Liga de Defesa Nacional, as
estratégias atualmente aplicadas contra o Brasil nesta guerra dissimulada
com ataques transversais, característicos dos combates desfechados
durante a assimetria de “4ª. Geração”. Os brasileiros têm que ser
convencidos que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um
país pacífico. Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo
brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica,
de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e
bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-
reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas,
corruptos, lobistas e traidores. O povo na sua esmagadora maioria
desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não
esboça algum tipo de reação. Por trás, os países hegemônicos, mais ricos,
colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações
nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas)
para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais
para conseqüentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade
popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil.
As ações objetivas efetuadas
A sobretaxação do álcool brasileiro nos USA; as calúnias internacionais
sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de
carne bovina para a União Européia (UE); a acusação do jornal inglês “The
Guardian” de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a
Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da
Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII),
96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2,
em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de
Roraima; e, incontáveis números de outras tentativas, algumas
ostensivas, outras insidiosas, deixam claro que estamos no meio de uma
guerra assimétrica de quarta geração, que para o desfecho poderá ser o
ataque de forças armadas coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados
Unidos da América do Norte.
É importante a chamada de atenção dos brasileiros que a RII é para 5.000
indígenas e que a RIRSS é para 15.000 indígenas. Somando as duas
reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias
diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e
não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam
256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma
população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.
Esta subserviência do Brasil vem de longa data conforme o administrador
de empresas Ronaldo pontifica, desde “o Império”, sendo adotada já no
alvorecer da “República”. Exemplifica com as “ONGs, fundações, igrejas,
empresas, sociedades, partidos políticos, fóruns, centro de estudos e
outras arapucas”.
As diversas aplicações do nióbioEntre os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a
siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear.
Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de requisição de
superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas como ocorre
nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima
importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida
moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas
eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-
bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos,
e óticos de precisão.
O descaso nas negociações internacionais
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior
exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional
Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.
Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha de
São Paulo, 5 de novembro de 2003: “Lula passou o final de semana em
Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional
Molycorp…” E, complementa que “uma ONG financiou projetos do Instituto
Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o ‘Fome Zero’, que
integra o programa de governo do presidente eleito”.
O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no
mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a 90
dólares o quilograma na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que
totalmente bruto, no garimpo o quilograma é de 400 reais. Na cotação do
dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 – $ 90,00
= $ 138,57. Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações
é “sucesso de enganação”. O brasileiro é totalmente ludibriado com
propagandas falsas de progressos nas exportações, mas, em relação aos
negócios internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus
negócios.
Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa
228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é
que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a
população do país, é muito descaso com as questões do país e o
desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e
o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único
fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação
total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente
resolvidos.
Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do
desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas
deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões
externas são demasiadas e visam à desmoralização das instituições
brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas
políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às
universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de
valores morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem
do país. Uma gama extensa de processos que permitam os traidores
obterem vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença,
anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito.
A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo
consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram
como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem
acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais.
Ronaldo Schlichting, no seu artigo publicado, ressalta que “no cassino das
finanças internacionais o jogo da moda é chamado de ‘mico preto’, cujo
perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do mico,
denominada dólar”. É, devido à incompetência do governo brasileiro e do
ministro da Fazenda, quem ficou com o mico preto foi o povo brasileiro, o
papel pintado, falso, sem valor, chamado de dólar.
O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo todas as suas riquezas
de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem
qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo
brasileiro.
Fonte:http://www.roraimaemfoco.com/site/content/view/1043/50
(*)Tenente-Coronel Médico do Exército Brasileiro. Especialista e Perito em Medicina de
Tráfego (ABRAMET). Autor do livro “Sucesso na vida é para qualquer um. Inclusive para
você!”. Ex-diretor do Hospital de Guarnição de Tabatinga, Tabatinga/
“A criação da Reserva Indígena Balaio foi feita depois que o Serviço Geológico do Brasil
(CPRM), órgão do Ministério de Minas e Energia, identificou Seis Lagos, um imenso depósito
de nióbio logo a norte de São Gabriel da Cachoeira. Esse depósito pode ser até maior que o
maior depósito de nióbio hoje conhecido no mundo, que é o de Araxá, em Minas Gerais, que
produz 95% do nióbio consumido no mundo. Aliás, antes mesmo de criar a reserva indígena
foi criado um parque nacional sobre o depósito, para impedir seu estudo. A quem interessa
isso?”
Avro Arrow, como seria o supersônico em vôo
O Brasil durante toda a sua história teve as sucessivas gerações de seus
cidadãos escravizados pela abominável doutrina da subjugação nacional.
Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica,
científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de
transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é
imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência
para outras mãos ou para seus "testas de ferro" locais.
Salvo raríssimas exceções, tanto no Império quanto na República, todos os
homens e mulheres das elites que serviram ou servem aos poderes constituídos
trabalharam e vêm trabalhando, conscientemente ou não, para que esta
doutrina se mantenha e se fortaleça.
Ao longo do tempo foi disseminada e implementada também, através do uso de
"inocentes" organizações, como as ONGS, fundações, igrejas, empresas,
sociedades, partidos políticos, fóruns, centros de estudo e outras arapucas.
Para se poder entender o alcance ilimitado e a potência do poder do braço
dessa doutrina, vamos nos reportar ao século passado, mais precisamente até a
segunda metade dos anos 50.
A AVRO, fabricante do famoso bombardeio lancaster, usado durante a II Guerra
Mundial, era uma próspera indústria aeronáutica estatal canadense, assim
como a Embraer.
Em 1955, com o recrudescimento da "guerra fria", o governo canadense
encomendou à AVRO, para a sua Força Aérea, o projeto, desenvolvimento e a
construção de um caça a jato, totalmente nacional, capaz de interceptar e
destruir quaisquer tipos de aviões soviéticos "que tentassem um ataque contra
o Canadá ou aos EUA" via seu território.
Assim, nasceu o Arrow, milagre tecnológico, um jato 30 anos avançado no
tempo, fruto do gênio e do patriotismo dos canadenses.
Fuselagem, motores, computadores de bordo, sistema de armas, todos
nacionais.
Foi o primeiro avião no mundo a voar pelo sistema fly by wire e com velocidade
superior a mach 2, isto é, duas vezes superior à velocidade do som,
aproximadamente 2400 km por hora.
Porém, em 19 de fevereiro de 1959, a terrível mão da Doutrina esmagou a
soberania do país com toda a sua força.
CANADÁ TAMBÉM
Intempestivamente, o primeiro-ministro do Canadá decretou o cancelamento do
projeto Arrow. Com uma ordem determinou a destruição imediata de todos os
protótipos, motores, plantas, informações, ferramentas, patentes e a demissão
de milhares de engenheiros, técnicos e operários para que o botim fosse
repartido entre a França, a Inglaterra e os EUA, que obviamente ficou com a
parte do leão.
Assim, a nova tecnologia adquirida com o desenvolvimento do Arrow foi
totalmente rapinada e aplicada, de graça, pelos franceses e ingleses na
fabricação do primeiro avião supersônico de passageiros, o concorde.
Uma tragédia, com prejuízos incalculáveis para a economia, para o
desenvolvimento e para o destino do povo canadense.
Entretanto, a construção desta maravilha tecnológica não teria sido possível
sem a utilização de um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil,
onióbio: o mais leve dos metais refratários.
Descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles Hatchett — na época o
denominou de colúmbio. Posteriormente, o químico alemão Heinrich Rose,
pensando haver encontrado um novo elemento ao separá-lo do metal tântalo,
deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a Níobe, filha do mitológico rei
Tântalo.
Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito a procura
pelo nióbio. Ligas de nióbio, foram desenvolvidas para utilização na indústria
espacial, nuclear, aeronáutica e siderúrgica.
A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir
melhoria de propriedades em produtos de aço, especialmente nos aços de alta
resistência e baixa liga, além de superligas que operam a altas temperaturas
em turbinas das aeronaves a jato.
O nióbio também é utilizado na produção do aço inoxidável, na de ligas
supercondutoras usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de
ressonância magnética. Encontra aplicação, da mesma forma, em cerâmicas
eletrônicas, em lentes para câmeras, na indústria naval e, na ferroviária para a
fabricação dos "trens bala".
Avro Arrow sendo desmontado com o fim do projeto
Dezenas de superligas estão em uso nos mais diversos meios abrasivos ou
operando em altas temperaturas.
Essas ligas são a alma dos motores a jato e de foguetes, tanto comerciais
quanto militares.
Um dos motores a jato mais comuns usado hoje em dia, contém cerca de, no
mínimo, 300 quilogramas de nióbio de alta pureza. A maior parte desse
precioso metal é proveniente da mina da CBMM, em Araxá, Minas Gerais.
Talvez, por isso, o jornal Folha de São Paulo, no dia 5 de novembro de 2002,
tenha noticiado:
"Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira
Salles e da multinacional Molycorp..."
A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de Minas Gerais e é a maior
exploradora do metal do mundo.
O caso é antigo. Por meio de uma ONG, a empresa financiou projetos do
Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o Fome Zero,
que integra o programa de governo do presidente eleito.
A matéria evidencia uma aliança anterior às eleições presidenciais entre um
político, supostamente de "esquerda", e uma multinacional.
O Brasil detém 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio e o mundo
consome anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente
retiradas do Brasil.
O minério de nióbio bruto é comprado no garimpo a 400 reais o quilograma,
portanto, sem contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos
países do primeiro mundo, e o acréscimo do preço em razão do beneficiamento
do minério, feito em Araxá, Minas Gerais, e Catalão, em Goiás, deveríamos
contabilizar, pelo menos, 6 bilhões e 580 milhões de dólares, a mais, em nossas
exportações anuais.
"EU NÃO SABIA"...
O preço do metal refinado, 99,9% puro, cotado na Bolsa de Metais de Londres a
90 dólares o quilograma, é meramente simbólico, porque o Brasil é o único
fornecedor mundial. Portanto, é ele quem deveria determinar o seu preço. E por
que não o faz?
Mal comparando, nióbio a 90 dólares o quilograma é hoje o mesmo que
petróleo a menos de um dólar o barril.
No caso do petróleo, a OPEP estabelece o preço do óleo, equilibrando os
interesses dos consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma
"questão de Estado". O mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente, quem
estabelece o preço de venda do produto são os seus compradores. Por quê?
Apenas uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio "exportado" seria
suficiente para erradicar a subnutrição da população explorada e empobrecida,
e livrar o Brasil da desfavorável condição de devedor, além de financiar o seu
desenvolvimento.
Os Estados Unidos, a Europa e o Japão são 100% dependentes das reservas
brasileiras de nióbio, metal que é tão essencial como o petróleo, só que muito
mais raro.
Como já demonstramos, sem nióbio não existiria a indústria aero-espacial, de
armamentos, de instrumental cirúrgico, de ótica de precisão e os foguetes e os
aviões a jato não decolariam.
Ora, se por petróleo as potências vão à guerra, imagine-se o que não fariam
eles para garantir o nióbio grátis, que retiram do Brasil, com a conivência de
governantes, cujas campanhas políticas e projetos são previamente
financiados, como muito bem estão a nos provar as CPI's em andamento no
Congresso Nacional.
O "tratamento VIP", segundo a Folha de São Paulo, dispensado a Luiz Inácio, em
Araxá, bem como o financiamento de seus "projetos" pessoais, são no mínimo
suspeitos e merecem uma investigação urgente e criteriosa por parte do
Ministério Público Federal.
Porém, quem voltou ao assunto no dia 6 de julho de 2005, foi o jornal O Estado
de São Paulo: "Brasília - O empresário Marcos Valério Fernandes disse na CPI
dos Correios ... ‘É mentira a afirmação de que eu discuti cargos', insistiu. (...)
Ele (Marcos Valério) confirmou ter agendado um encontro do banco Rural com o
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. ‘Não foi um encontro comercial nem
financeiro. O banco Rural foi informar ao ministro José Dirceu que pretendia
explorar uma mina de nióbio no Amazonas',disse. ...".
No dia 17 de julho de 2005, foi a vez da Coluna do jornalista Cláudio Humberto
voltar a carga:
— "Nióbio é a caixa-preta na CPI — Especialista na comercialização de metais
não-ferrosos alerta que a CPI dos Correios comeu mosca quando Marcos Valério
disse ‘levei o pessoal do BMG ao José Dirceu para negociarem nióbio' — minério
usado em foguetes, armas, instrumentos cirúrgicos etc. Explica que 100% do
nióbio consumido no mundo é brasileiro, mas oficialmente exportamos só 40%.
Suspeita de décadas de subfaturamento, com prejuízo anual de bilhões de
dólares. Fonte milagrosa — a CB MM, do grupo Moreira Salles e da
multinacional Molycorp, exporta 95% do metal retirado em Minas. Em 2002,
Lula se hospedou na casa do diretor da CBMM, José Alberto Camargo, em Araxá,
terra de Dona Beija."
Surpreendente foi o próprio José Dirceu, que durante o programa Roda Viva,
levado ao ar, em rede nacional ao vivo, pela TV Cultura, no dia 24 de outubro
de 2005, confirmou ter tratado "a questão do nióbio" com banqueiros
mineiros...
Ato falho ou um recado para o presidente?
Na manhã de 22 de fevereiro de 2005, a comentarista econômica da Rede
Globo e da rádio CBN, Miryan Leitão, em sua "análise" matinal para as duas
emissoras, fazia o tipo da mulher desinformada sobre as constantes noticias da
contínua valorização do real frente ao dólar, não sabendo explicar o paradoxo
da manutenção do ritmo das nossas exportações mesmo com a moeda nacional
super valorizada.
"GOVERNANTES" NOSSOS, PREPOSTOS DELES
Dizia que não tinha explicações para o fenômeno, mas, gaguejando, dava a
entender que a política econômica do "governo" estaria no rumo certo, etc.
No cassino das finanças internacionais o jogo da moda é chamado de mico
preto, cujo perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do
mico, denominada dólar.
A vítima, aqui no Brasil, é o povo por causa da má fé, da incompetência ou da
burrice do seu jogador, o ministro da Fazenda.
O mico preto, também conhecido como papel pintado, moeda sem lastro,
dinheiro falso, massa podre, etc., emitida, sem lastro e sem limites, por 12
bancos particulares "norte-americanos" — de que as grandes economias do
mundo como a chinesa, a japonesa, a coreana, inglesa, são possuidoras de
gigantescas somas desse "dinheiro", tanto na forma de reservas líquidas como
em títulos do tesouro norte-americano —, estando portanto com a carta fatal
nas mãos.
Uma corrida intempestiva em direção à conversão dessa "moeda" em euros,
por exemplo, ou à venda antecipada desses títulos precipitaria rapidamente o
fim do jogo, não dando tempo suficiente para se passar adiante o "mico" para
os outros players.
Então, sem chamar a atenção, se valendo do artifício da compra de matérias
primas, insumos básicos, etc, usando o "papel pintado", estão,
inteligentemente, transformando esterco em ouro. Por isso, no momento, pouco
importa o valor relativo do dólar frente ao real porque, mesmo assim, eles vão
continuar importando tudo o que puderem.
Perante ao apresentado não restam dúvidas, podemos afirmar que o Brasil está
pagando para ter todo o seu nióbio roubado e que os nossos últimos
"governantes", para não perderem os seus assentos em Davos, Washington,
Zurick, Frankfurt, Nova Iorque, Amsterdã e..., vão continuar fiéis discípulos e
feitores da pavorosa doutrina da subjugação nacional.