CONGRESSO BRASILEIRO DE TÊNIS
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NORMAS PARA A SUBMISSÃO DE TRABALHOS
1. Os trabalhos submetidos deverão estar correlacionados com o tênis, dentro das seguintes
orientações temáticas do evento:
a) Preparação Física;
b) Técnica e Biomecânica;
c) Tática e Análise de Desempenho de Jogo;
d) Periodização e Formação a Longo Prazo;
e) Promoção e Detecção de Talentos;
f) Formação de Treinadores;
g) Políticas Públicas e Gestão Esportiva;
h) Pedagogia do Esporte e Métodos de Ensino dos Esportes;
i) Nutrição Esportiva e Medicina do Esporte;
j) Psicologia do Esporte;
k) Valores e Aspectos Socioculturais.
2. Todos os trabalhos (comunicações orais e pôsteres) enviados ao evento deverão ser
oriundos de PESQUISAS INÉDITAS.
3. Os textos dos trabalhos deverão estar, obrigatoriamente, no formato de RESUMO
EXPANDIDO (ver normas de formatação). O texto do trabalho submetido deverá ser
redigido em um dos idiomas a seguir: português, inglês ou espanhol.
4. Os trabalhos aceitos poderão ser apresentados na forma de pôster ou comunicação oral.
A definição da forma de apresentação será determinada pela Comissão Científica, tendo
por critério principal a qualidade e pertinência do trabalho em relação à orientação
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temática selecionada pelo autor. A forma de apresentação será informada pela Comissão
Científica, juntamente com a aprovação do trabalho.
5. Serão aceitos até dois trabalhos científicos para cada autor responsável (1º autor), não
havendo limitações para coautorias.
6. Cada trabalho poderá ter, no máximo, 5 (cinco) autores/coautores.
7. Os trabalhos serão avaliados por, pelo menos, dois membros da Comissão Científica do
evento, cujos pareceres finais não serão enviados aos autores.
8. Os resumos expandidos serão de responsabilidade exclusiva dos autores; e os direitos,
inclusive de tradução, são reservados. É permitido citar parte de artigos sem autorização
prévia, desde que seja identificada a fonte. A reprodução total do artigo é interditada.
9. Os trabalhos aprovados serão publicados nos anais do evento, e os direitos autorais
transferidos para a organização do evento.
10. As pesquisas enviadas deverão levar em consideração os aspectos éticos vinculados às
experiências científicas com seres humanos ou animais. Deve-se indicar no texto que os
consentimentos dos sujeitos estudados (amostra) foram obtidos e os procedimentos
éticos (humanos e animais) foram respeitados e estão de acordo com legislação vigente.
11. Os trabalhos deverão ser submetidos exclusivamente por meio do e-mail
[email protected], em arquivo Word for Windows, versão 7.0
ou superior.
12. Última data para submissão: 30 DE SETEMBRO DE 2016. O aceite do trabalho será
divulgado na página do evento a partir do dia 14 DE OUTUBRO DE 2016. Recomenda-se
que o(s) autor(es) conserve(m) uma cópia original do trabalho.
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13. O PRAZO LIMITE para o pagamento da taxa de inscrição para o trabalho ser publicado
nos anais é 17 DE OUTUBRO DE 2016.
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DIRETRIZES PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS
Cada trabalho apresentado no congresso (comunicação oral ou pôster) receberá apenas
um certificado, independente do número de autores inscritos no evento.
Diretrizes para apresentação de comunicações orais:
1. As apresentações orais serão realizadas nas salas designadas pela comissão
organizadora do congresso e conforme a programação publicada na página oficial do
evento.
2. A duração máxima de cada comunicação oral será de 15 minutos, sendo disponibilizados
até 10 minutos para exposição oral e 5 minutos para discussão.
3. Os apresentadores terão disponíveis um equipamento de informática (PC) e um projetor
de multimídia.
4. Os apresentadores de todas as comunicações orais previstas para cada sala deverão
estar presentes, no mínimo, 15 minutos antes do início da respectiva seção para inserção
e testagem dos slides. Após o início da seção não será permitido inserir e testar os slides.
5. Em cada seção haverá, no mínimo, um coordenador de mesa para organizar e auxiliar
nas apresentações.
6. Os certificados das apresentações realizadas serão entregues aos respectivos
apresentadores somente ao final do evento.
Diretrizes para apresentação de pôsteres:
1. As apresentações de pôsteres serão realizadas nas dependências do Clube Curitibano,
em Curitiba-PR, conforme a programação oficial do evento.
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2. Cada pôster deverá ter 0,90m de largura e 1,20m de altura.
3. Na organização do pôster os autores deverão incluir: Título do trabalho; Autores; E-mail
para contato (primeiro autor); Introdução; Objetivos; Métodos; Resultados; Considerações
Finais; e Referências.
4. Os apresentadores deverão cumprir com os horários de fixação, apresentação e retirada
dos pôsteres. Essas informações serão divulgadas no site oficial do evento
(www.congressobrasileirodetenis.com.br), após o fechamento do prazo de inscrições para
autores - 17 DE OUTUBRO DE 2016.
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NORMAS PARA FORMATAÇÃO DOS RESUMOS EXPANDIDOS
1. Os resumos expandidos, submetidos ao evento, deverão ter entre 3 e 5 páginas, A4 (210
x 297 mm), no modo retrato, digitados em Word for Windows versão 7.0 ou superior.
2. Deverá ser utilizada fonte Arial 12, com espaçamento entre linhas 1,5 e de uma linha
entre títulos. Margens superior e inferior, esquerda e direita de 2cm. A partir do segundo
parágrafo (este incluso) de cada título inserir parágrafo especial de 1cm à margem
esquerda.
3. O texto deverá ter alinhamento “justificado”, exceto os itens: Título, Autores, Palavras-
chave e Referências.
4. As ilustrações (quadros, tabelas ou figuras) deverão ter a qualidade necessária para uma
boa reprodução gráfica, sendo inseridas no texto e compatíveis com o Word 2003 ou
superior.
5. As ilustrações deverão ser identificadas com legenda (abaixo da ilustração) e citadas no
texto, com a inicial em letra maiúscula, tais como Quadro 1, Quadro 2, Tabela 1, Tabela 2,
etc.
6. O trabalho completo deverá conter os seguintes itens: Título, Autores, Resumo,
Introdução, Métodos, Resultados, Conclusão e Referências. Todos descritos em
sequência, com espaço de uma linha entre eles, conforme abaixo:
TÍTULO: caixa alta, negrito e centralizado.
AUTORES: após o título, alinhar à margem direita, colocar o nome completo do
primeiro autor, seguido pela sigla da instituição a qual está filiado, na mesma linha.
Nas linhas subsequentes, citar o nome de cada coautor, e as respectivas siglas
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institucionais a que estão filiados. Após os autores, citar em linha nova o e-mail do
primeiro autor.
RESUMO: deverá ser constituído por no máximo 200 palavras, em texto único,
contendo descrição breve do objetivo, métodos, resultados e conclusões.
PALAVRAS-CHAVE: imediatamente após o resumo, alinhado à margem esquerda,
com até três termos.
INTRODUÇÃO: deverá apresentar o tema do estudo acompanhado do(s)
objetivo(s).
MÉTODOS: colocar a caracterização do estudo, indicar o método de pesquisa,
instrumentos, amostra (ou sujeitos) e os procedimentos utilizados para atingir os
objetivos do estudo.
RESULTADOS: descrever e discutir/confrontar com a literatura os achados mais
relevantes.
CONCLUSÃO: apresentar a contribuição para o avanço da área e estudos
posteriores.
REFERÊNCIAS: devem seguir as normas da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas), expressas na norma NB66 (NBR 6023). Nas referências citar
todos os autores, não usar o termo “et al.”
Orientações para referências bibliográficas
Para livro
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Autores (SOBRENOME, Prenome; SOBRENOME, Prenome). Título do livro (destacar
com negrito): subtítulo (se houver). Edição. Local: Editora, ano.
Para capítulo de livro
Autores do capítulo (SOBRENOME, Prenome). Título do capítulo. In: Autores do livro
(SOBRENOME, Prenome). Título do livro (destacar em negrito). Local: Editora, ano.
Página (inicial e final do capítulo).
Para artigo de revista e/ou periódico
Autores (SOBRENOME, Prenome). Título do artigo. Título da revista (destacar com
negrito), volume, número do fascículo, páginas (inicial e final do artigo), mês (abreviado) e
ano.
Para texto retirado da internet/sites
Autores (SOBRENOME, Prenome). Título do artigo. Informações complementares (Título
da revista ou dos anais (destacar com negrito), coordenação, desenvolvida por,
apresentada, etc. (quando houver).
Disponível em: <endereço do site>. Acesso em: dia, mês (abreviado) e ano.
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MODELO PARA ELABORAÇÃO DE RESUMO EXPANDIDO
O PERCURSO COMPETITIVO DE TENISTAS TOP50 DO RANKING PROFISSIONAL
Gabriel Armondi Cavalin / UNISUAN
Caio Corrêa Cortela / NP3 – Esporte – UFRGS
Roberto Tierling Klering / NP3 – Esporte – UFRGS
Gabriel Henrique Treter Gonçalves / NP3 – Esporte – UFRGS
Carlos Adelar Abaide Balbinotti / NP3 – Esporte – UFRGS
RESUMO: A presente pesquisa aborda o percurso competitivo de tenistas bem sucedidos
no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). O objetivo do estudo é
descrever o percurso competitivo percorrido pelos tenistas profissionais de sucesso
enquanto participantes do Circuito Júnior Internacional de Tênis (ITFJC), apresentando
um panorama de desempenho e das competições internacionais que precedem a entrada
no circuito profissional de tênis. Para tanto, fizeram parte do estudo os 50 melhores
tenistas classificados no ranking de simples da ATP, conforme visualizado em 16 de junho
de 2014. A idade média observada para a amostra foi de 28,9±3,2 anos de idade, tendo a
idade mínima e máxima, respectivamente, de 23 e 36,2 anos. Os resultados mostram
que: a) 48 tenistas do Top50 disputaram as competições do ITFJC; b) estes tenistas
atingem seu melhor ranking no ITFJC, em média, aos 17,4±0,7 anos; c) disputam, em
média, 19±13,7 torneios ao longo de, aproximadamente, 3,2±1 temporadas; d) disputam,
em média, 62,5±45 partidas de simples e 39,4±31,2 partidas de duplas; e) atingem como
melhor colocação, em média, a 91,4ª±139,4ª posição no ranking do ITFJC. Por fim, o
estudo permite concluir que o ITFJC possui grande relevância como opção competitiva
para os tenistas Top50 do ranking da ATP no momento de transição do tênis juvenil ao
profissional.
Palavras-chave: Tênis, Tenistas, Competição.
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INTRODUÇÃO: A organização dos principais torneios mundiais de tênis está sob a
chancela de três entidades: a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), a Associação
de Tênis Feminino (WTA) e a Federação Internacional de Tênis (ITF). Enquanto a ATP e
a WTA gerenciam o ranking mundial do circuito masculino e feminino profissional,
respectivamente, a ITF é a responsável pelo circuito júnior (ITFJC).
Para Vicario (2003) e Reid et al. (2007), as competições de tênis possuem um papel
essencial na formação integral de tenistas de sucesso. Conforme McCraw (2011), o
planejamento das competições deve adequar-se ao estágio de desenvolvimento dos
tenistas. Neste caminho, observa-se que no período de transição entre o circuito juvenil e
o profissional o planejamento do percurso competitivo deve levar em consideração o
desenvolvimento técnico, tático, físico e mental destes jogadores, bem como fazer com
que distribuam, conforme necessidade, as competições juvenis e profissionais. Com isso,
este se torna um período bastante delicado e que requer muita atenção dos profissionais
que auxiliam os jovens tenistas a tornarem-se tenistas de sucesso.
Neste contexto, o objetivo do presente artigo é descrever o percurso competitivo
percorrido por tenistas profissionais de sucesso enquanto participantes do ITFJC,
apresentando um panorama de desempenho e das competições internacionais que
precedem a entrada no circuito profissional de tênis.
MÉTODO: O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva quantitativa.
De acordo com Thomas, Nelson e Silverman (2012), esse tipo de pesquisa visa conhecer
e interpretar a realidade sem nela interferir.
Fizeram parte do estudo os 50 melhores tenistas classificados no ranking de simples
da ATP, conforme visualizado em 16 de junho de 2014. A idade média observada para a
amostra foi de 28,9±3,2 anos de idade, tendo a idade mínima e máxima, respectivamente,
de 23 e 36,2 anos.
Para a análise dos dados foi considerada como fase de transição o período de
quatro temporadas. Esse critério de corte foi adotado tendo em vista que apenas cinco
jogadores disputaram mais de quatro anos de competições no ITFJC. Assim, os sete
torneios e os 12 jogos realizados por esses tenistas foram adicionados na primeira das
quatro temporadas analisadas.
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Para a coleta das informações foi realizado o acesso ao site oficial da ITF
(http://www.itftenniscom/juniors). O acesso ao perfil dos tenistas ocorreu por meio da
inserção do sobrenome utilizado pelos mesmos no ranking da ATP.
Após a extração dos dados, a análise descritiva foi realizada por meio do software
SPSS versão 15.0.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul sob o número de protocolo 2007721.
RESULTADOS: Analisados os dados encontrados, verifica-se que o ITFJC apresentou-se
como uma opção competitiva importante na transição para o circuito profissional, haja
vista que 48 dos 50 tenistas observados participaram desse circuito em algum momento
da carreira.
Devido a sua relevância, diversos estudos (REID et al., 2007; REID; CRESPO;
SANTILLI, 2009; CORTELA et al. 2010; REID; MORRIS, 2011; CORTELA et al. 2012;
BROWERS; DE BOSSCHER; SOTIRIADOU, 2012) têm buscado estabelecer uma relação
entre o sucesso no ITFJC (Top20) e as classificações obtidas posteriormente no circuito
profissional da ATP.
No presente estudo verificou-se que 77% dos tenistas estiveram entre os 93
melhores classificados do ITFJC, 50% estiveram entre os 21 melhores classificados, 38%
estiveram entre os 8 melhores classificados e 10% dos tenistas lideraram o ranking do
ITFJC. No entanto, os dados publicados até o momento na literatura reforçam a
necessidade de haver cautela na interpretação dessas classificações, especialmente
quando visam o estabelecimento de prognósticos com relação aos resultados futuros.
Reid et al. (2007), e Reid, Crespo e Santilli (2009), apontam que estar classificado
no Top20 do ITFJC permite prognosticar, de forma significativa, a entrada no ranking
profissional. Porém, essa predição explica apenas cinco por cento das variações
observadas nos rankings obtidos no circuito profissional (REID et al., 2007). Brouwers, De
Bosscher e Sotiriadou (2012) ao examinarem o desempenho de mais de 4000 tenistas,
concluíram que os resultados nas categorias sub-14 e sub-18 não são bons indicadores
para predição das classificações atingidas no circuito profissional, em ambos os sexos.
Nessa mesma direção, Cortela et. al. (2012), ao investigar os marcos esportivos de
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tenistas Top100, observou que a correlação entre a melhor classificação no ranking ITFJC
e a melhor classificação no ranking da ATP é tênue (+0,07).
Analisando a Tabela 1, observa-se que a melhor classificação no ranking ITFJC e a
idade de ocorrência apresentam-se em concordância com os resultados dos trabalhos
que investigaram o percurso esportivo de tenistas profissionais de sucesso (CORTELA,
et. al., 2010; REID; MORRIS, 2011; CORTELA et. al., 2012).
Tabela 1: Estatística descritiva das variáveis relacionadas ao percurso competitivo no
ITFJC.
Variáveis do percurso
competitivo
Tendência Central e Dispersão
X Desvio
Padrão Mediana Moda
Amplitude
Minimal Maximal
Melhor ranking 91,4 139,4 22,5 1 1 525
Idade melhor ranking 17,4 0,74 17,4 17,5 15,1 18,6
Número total de torneios 19 13,7 19 1 1 47
Número total de jogos de
simples 62,5 45 64 5 1 167
Número total de jogos de
duplas 39,4 31,2 33 14 1 132
Número total de temporadas 3,2 1 3,5 4 1 4
A idade do melhor ranking ITFJC encontrada demonstra que essa classificação foi
alcançada no penúltimo ano em que os tenistas poderiam participar do ITFJC. De acordo
com Cortela et. al. (2010), isso ocorre porque no último ano do ITFJC muitos tenistas
priorizam o calendário profissional, jogando apenas as grandes competições do ITFJC.
Outro fator que corrobora para esse cenário é a qualidade dos jogadores pertencentes à
amostra, que possibilitou a obtenção de resultados expressivos em idades relativamente
mais baixas. De acordo com Cortela et. al. (2012), os tenistas que atingem a melhor
classificação no ITFJC em idades mais baixas tendem a alcançar os demais marcos da
carreira esportiva mais cedo do que os seus pares. Nessa mesma direção, Brouwers, De
Bosscher e Sotiriadou (2012), relatam que os tenistas que alcançaram o Top20 do ITFJC
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até os 16 anos demonstraram maior propensão para atingir os Tops200, 100 e 20 do
ranking profissional da ATP.
No que diz respeito à participação em torneios no ITFJC, observa-se que 64% dos
tenistas analisados participaram de 12 ou mais eventos. Nessa mesma direção, verifica-
se que mais da metade dos jogadores, 52% e 51%, respectivamente, disputaram mais de
63 partidas em simples, e mais de 33 em duplas.
Quanto ao âmbito de competição, observa-se a preferência pelos torneios com
maiores pontuações no ITFJC (GA, G1 e G2). No momento de transição do juvenil para o
profissional, verificou-se que muitos tenistas priorizam a disputa somente dos maiores
eventos do ITFJC, dividindo, assim, essas competições com as de nível profissional.
Por fim, verificou-se que os eventos em quadras de saibro ou duras,
respectivamente, são os que recebem maior atenção por parte dos jogadores. Esses
resultados reforçam a importância da superfície de jogo no desenvolvimento dos tenistas.
De acordo com Reid et. al. (2007), os tenistas que se desenvolvem em quadras de saibro
ou em combinação entre saibro e quadras duras, apresentam melhores classificações no
ranking profissional da ATP.
CONCLUSÃO: O presente estudo investigou o percurso competitivo traçado por tenistas
Top50 da ATP durante a etapa juvenil. Buscou abranger todo o período de transição
competitiva realizado pelos tenistas no intuito de identificar a importância do ITFJC na
trajetória de tenistas bem sucedidos.
Os resultados encontrados apontam que o ITFJC apresenta-se como uma opção
competitiva importante para os tenistas em fase de transição, verificando-se que 96% dos
atletas Top50 da ATP participaram desse circuito.
Os dados apresentados corroboram com os de outros estudos que investigaram o
percurso competitivo de tenistas profissionais de sucesso internacional. Dessa forma,
ressalta-se a importância do ITFJC como opção competitiva na fase de transição. No
entanto, os resultados obtidos nesse circuito devem ser analisados com cautela quando
se tem como objetivo prognosticar os resultados no ranking profissional da ATP.
REFERÊNCIAS
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BROUWERS, J.; DE BOSSCHER, V.; SOTIRIADOU, P. An examination of the importance
of performances in youth and junior competition as an indicator of later success in
tennis. Sport Management Review, v. 15, n. 4, p. 461-475, 2012.
CORTELA, C. C.; SILVA, M. J. C.; FUENTES, J. P. G.; ROCHA, D. N. Tenistas top 100-
um estudo sobre as idades de passagens pelos diferentes marcos da carreira desportiva;
Pensar prática, v. 13, n. 3, 2010.
CORTELA, C. C.; SILVA, M. J. C.; FUENTES, J. P. G.; ROCHA, D. Resultados esportivos
no escalão junior e desempenhos obtidos na etapa de rendimentos máximos. Uma
análise sobre a carreira dos tenistas top 100. Revista Mackenzie de Educação Física e
Esporte, v. 11, n. 1, 2012.
MCCRAW, P. D. Making the Top 100: ITF Top 10 junior transition to Top 100 ATP tour
(1996 – 2005). ITF Coaching and Sport Science Review. v. 19, n. 55, p. 11-13, 2011.
REID, M.; CRESPO, M.; SANTILLI, L.; MILEY, D.; DIMMOCK, J. The importance of the
International Tennis Federation’s junior boys’ circuit in the development of professional
tennis players. Journal of Sports Sciences, Inglaterra, v. 25, n. 6, p. 667-672, 2007.
REID, M.; CRESPO, M.; SANTILLI, L. Importance of the ITF Junior Girls’ Circuit in the
development of women professional tennis players. Journal of Sports Sciences,
Inglaterra, v. 27, n.13, p.1443-1448, 2009.
REID, M; MORRIS, C. Ranking benchmarks of top 100 players in men's professional
tennis. European journal of sport science, v. 13, n. 4, p. 350-355, 2011.
THOMAS, J. R., NELSON J. K.; SILVERMAN S. J. Métodos de pesquisa em atividade
física. Artmed, 2012.
VICARIO, E. S. High level tennis in Spain: The Sanchez Casal Academy. In: CRESPO,
M.; REID, M.; MILEY, D. Applied sport science for high performance tennis. Londres:
ITF ltd, 2003. p. 79-92.