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O Protagonismo do Oficial de Justia Avaliador Federal
O OFICIAL DE JUSTIA AVALIADOR FEDERAL:TEMAS CONTEMPORNEOS
Temas Transversais:Democracia
Direitos humanosDignidade humana
O trabalho do Oficial no contexto da Justia do Trabalho e da justia social
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Quando voc pensa que sabe todas as respostas,
vem a vida,
e muda todas as perguntas
(autor desconhecido)
A) Tendo em vista as limitaes funcionais impostas pela lei, alm de uma culturaorganizacional hierarquizada, possvel falar-se em protagonismo do Oficial de Justia?Como servidor pblico- como cidado como ser humano.
B) Em que medida o contato direto com a sociedade torna o Oficial de Justia Avaliador
Federal um ator social relevante para o aprimoramento da Justia do Trabalho?
C) Como a funo d@ Oficial de Justia Avaliador Federal pode se articular com osprincpios ticos e jurdicos que do fundamento aos direitos humanos, em particular oprincpio constitucional da dignidade humana?
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Longa manus da Justia Qual o significado dessa expresso? Cumpridor de mandados,
ordens, diligncias determinadas por uma autoridade judicial.
O brao da Justia- o alcance da Justia: quando a justia toca,alcana materialmente/ concretamente as partes- instrumento deefetivao da Justia.
representao da Justia para o cidado ( imagem da instituio).
o lugar da Justia: onde ela se d, onde se efetiva: na casa, naempresa, l onde acontecem os conflitos.
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Impedimentos funcionais: no podemos ser parciais,nem orientar as partes.
No estamos autorizados a fazer nada alm do que
determina o mandado. No entanto, ns ouvimos as partes. Muitas vezes,
somos os nicos que ouvimos as partes. Muitas sedizem ressentidas, revoltadas, indignadas por noterem tido seus argumentos, suas provas ou suas
razes considerados. A louca rotina das audincias nemsempre permite uma escuta pelo Juiz. Mas para nseles contam a sua verso dos fatos.
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So muitas as tramas, muitos os jogos que se criam, sereproduzem, proliferam, reinventam... O tempo da audincia muito pequeno para tanta realidade... A realidade muitas vezespassa longe...
Os acordos podem ser o fim de um conflito ou o incio de outro...O resultado desses encontros e desencontros vem depois, naExecuo...
Onde entra o Oficial de Justia nesse panorama? Ele um operadordo Direito do Trabalho. Nessa qualidade, ele tem um papel adesempenhar. Que papel seria este?
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As mudanas operadas pela funo A primeira coisa que acontece com quem tem contato direto com
as partes, como ns, perder toda parcialidade na viso sobre osdireitos, sobre a justia, em termos de relaes trabalhistas.
O maniquesmo no tem lugar quando se tem a chance de entrarem contato com as pessoas e com a realidade da vida do mundo dotrabalho... As dicotomias no conseguem sobreviver perante as
novas prticas desses atores sociais... qualquer que seja ofundamento, o que se descobre que cada caso um caso, e quequalquer generalizao traz mais risco de injustia...
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Os desafios estar vinculado(a) a um comando legal x ter a expectativa de tornar
sua atuao o mais eficiente possvel. fazer escolhas: entre cumprir a ordem stricto senso (doa a quem
doer, seguir o padro predeterminado), x cumprir a ordem levando
algo de seu, dentro da sua margem de liberdade. entrar em contato com os bastidores de um processo judicial
trabalhista. Somos uma espcie de Ouvidores (de fato, no dedireito). Os relatos que so narrados todos os dias... E ns ouvimos,passivos ou incomodados. Faz parte do processo de aproximao,pois permite um nvel de dilogo e possibilita o cumprimento da
diligncia.
Histria de uma Oficiala: solidariedade x eficincia.
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A Oficiala que no queria ser: uma tragicomdia
Pr-conceitos: direitos humanos x sistema de justia
Dicotomia: solidariedade x eficincia
Fuga
Treinamento emprico
Envolvimento inicial: o excesso
Distanciamento como autodefesa
Equilbrio, o caminho do meio - releitura
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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
DIGNIDADE COMO EXIGNCIA DE RESPEITO Constitui um a priori, desvinculado das situaes nas quais se
manifesta? Traduz a tenso entre o reconhecimento de um trao inerente
condio humana e de uma ao posta em conformidade com ele.
Este trao o fato de o ser humano precisar de se realizar, na basede sua natureza biolgica assim como dos seus condicionamentosscio-culturais, graas ao sentido que confere s suas aes e lhesreconhece. O primeiro dever tico consiste em preservar, em mimtal como nos outros, a possibilidade de conferir um sentido existncia. O ser humano no pode renunciar dimenso do
sentido, porque a sua existncia nunca um dado biolgico inerte,mas vivida como a tarefa, a exigncia de um sentido assumido.
(RENAUD, Michel. A Dignidade do Ser Humano como Fundamentao tica dos Direitos do Homem. Brotria, nr.148, p.142).
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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Respeito: respicere olhar o outro ser humano, ou olhar-me amim prprio, de tal modo que seja preservada e promovida apossibilidade de dar sentido existncia. O respeito restitui o
outro ser humano sua condio especificamente humana.
Oposto do respeito: objetivao do homem; quando, tornadoobjeto, o outro negado enquanto pessoa que pode e deveassumir o sentido da sua existncia. uma alienao dooutro, visto como um puro dado biolgico desprovido destaexigncia ou desta tenso tica que o constitui como homem.
(RENAUD, Michel. A Dignidade do Ser Humano como Fundamentao tica dos Direitos do Homem. Brotria, nr. 148, p.142).
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DIREITOS HUMANOS:
Conquistas histricas discursivas que decorrem de exignciasou aspiraes ticas de liberdade, igualdade e dignidade
humana, defendidas em processos de lutas e resistnciapoltica e projetos de emancipao do ser humano contra adesigualdade, a violncia o arbtrio e a injustia, nas suasvariadas formas.
AIEXE, Egidia Maria de Almeida. Et all. Dicionrio de Trabalho, Profisso e Condio Docente;Organizadores: OLIVEIRA, Dalila Andrade; DUARTE, Adriana Maria Cancella; VIEIRA, Lvia Maria Fraga. Local deEdio: Belo Horizonte MG.Editora ou Produo: Faculdade de Educao Universidade Federal de Minas GeraisTipo de Suporte: compact disk. Ano da edio: 2010 ISBN: 978-85-8007-007-1
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Direitos humanos contextualizados
Marco econmico: modelo econmico produtor/reprodutorde desigualdade e injustia social
Marco scio-cultural: racismo, machismo, homofobia,elitismo, etc.
Marco jurdico-poltico: Estado Democrtico de Direito.Participao. Cidadania ativa. Controle social.
Marco tico: dignidade da pessoa humana. igualdade na
diferena. Utopia da solidariedade entre as naes, respeito alteridade. Justia social.
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DIREITOS HUMANOS E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Os direitos humanos pormenorizam e exemplificam, em relao asituaes concretas e a determinados campos de ao, esta exignciageral de respeito pelo ser humano.
No possvel deduzir do conceito de dignidade do homem todas ascircunstncias em que ela se realiza, nem todas as aes que ela devepromover. preciso o encontro com o tecido dos acontecimentoshistricos que constituem o nosso presente para que esta exigncia tica
fundamental seja mais do que letra morta. As geraes humanas devemdescobrir, sob o pano de fundo desta exigncia tica, os comportamentosprivados, sociais e polticos que fornecem um contedo vivo e concreto aorespeito pelo ser humano.
(RENAUD, Michel. A Dignidade do Ser Humano como Fundamentao tica dos Direitos do Homem. Brotria, nr. 148, p.143).
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O Protagonismo do Oficial de Justia Avaliador FederalDIREITOS HUMANOS E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Direitos Humanos: marcados pelas condies culturais,temporais e histricas da sua emergncia; mas enquantocontedo concreto de uma exigncia inerente existnciahumana, so atravessados por um dinamismo que lhesconfere um valor absoluto. (RENAUD, Michel. A Dignidade do Ser Humano comoFundamentao tica dos Direitos do Homem. Brotria, nr. 148, p. 143).
Habermas, os direitos humanos tm um carter duplo, ao
mesmo tempo moral e jurdico: como normas constitucionais,gozam de uma validao positiva, mas como direitos cabveisa cada ser humano enquanto pessoa, tambm se confere aeles uma validao sobrepositiva (2002, p.213-215).
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Falando de futuro... Com o avano da informtica, um computador pode fazer muitas
tarefas que nos cabem. Somos, ento, uma espcie de dinossauros,antecessores de robs? Seguiremos o destino dos bancrios, queforam substitudos pelas mquinas em mais de 70%aproximadamente? possvel.
Reconhecimento: necessidade humana vital; como sujeito, cidado,
ser humano implicaes, as relaes. Do outro conosco, de ns com o outro.
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Reconhecimento Somos assediados por previses pessimistas, como a de que nossa
funo vai desaparecer para dar lugar a uma justia (execuo) online. Dois olhares sobre esta questo:
1) ser que so os Oficiais que ficaro obsoletos, ou este modelode Justia aplicado s relaes de trabalho, que ter tambm quese reinventar?
2) ressignificar - Homem do serto boiadeiros disco vinilofuturo o passado. Mas possvel pensarmos tambm numaperspectiva protagonista. Nessa novela/ romance, que papel seriaeste? Nem vilo, nem mocinho. Mas tambm no de figurante.
A vida muito curta para ser pequena
Certides (BO para o policial, laudo para o perito). A informao, oesclarecimento que faltava. A lacuna que ficou. O detalhe queescapou. Um outro olhar.
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Constituio Federal
A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unioindissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem comofundamentos:a soberaniaa cidadania
a dignidade da pessoa humana
os valores sociais do trabalho e da livre iniciativao pluralismo poltico
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Art. 3. Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa doBrasil:
I
construir uma sociedade livre, justa e solidria.
IIgarantir o desenvolvimento nacional.
IIIerradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir asdesigualdades sociais e regionais.
IVpromover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa,sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao.
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Constituio como um projeto de sociedade
Dispe sobre os fundamentos do pas, seusobjetivos fundamentais e os princpios queregem essa sociedade.
Para refletir: qual a participao dos cidados neste
projeto?
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A QUESTO DA SOLIDARIEDADE COMO COMPROMISSOGERACIONAL
Direitos Difusos.
Nova tica- Crimes de lesa-humanidade: racismo, genocdio,escravido, tortura.
Famlia Humana. Comunidade Planetria.
Criana como patrimnio universal.
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GRATA PELA OPORTUNIDADE DE PARTILHA E APRENDIZAGEM!!!
Egidia Maria de A. [email protected].
Mestre em Direito Constitucional pela UFMG. Membro da Coordenao do Comit Mineirode Educao em Direitos Humanos. Oficiala de Justia Avaliadora Federal Aposentada.
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mailto:[email protected]:[email protected] -
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