Download - Oferta e Demanda Agregada-cap.7
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“ Oferta e demanda agregadas (o modelo AS/AD), inflação e flutuações
econômicas ”
Livro “Macroeconomia: Teoria e Prática no Brasil”, cap.7
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Causas de deslocamentos das curvas:
1) OAcp � “choques de oferta”
2) OAlp � aumento do estoque de fatores de produção e avanço da tecnologia.
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Os efeitos de um aumento das exportações
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Há rigidez de preços no cp � movimento de convergência ao pleno emprego pode ser lento
� por isso, a atuação da política econômica é importante para aumentar os níveis de emprego e de renda da economia.
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Importante:
i) política monetária expansionista � para qualquer nível de P, haverá i menores associadas a um mesmo nível de Y � o aumento da DA ocorrerá com um aumento do I.
ii) política fiscal expansionista � para qualquer nível de P, haverá i mais altas associadas aos respectivos níveis de Y � o aumento de Y se dá com uma maior participação do setor público na DA � I se retrai em decorrência do aumento de i.
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Os keynesianos e a primeira versão da curva de Phili ps
�Curva de Philips � explicação do processo inflacionário, ausente do modelo IS/LM;
�Com a incorporação da curva de Philips, a síntese neoclássica conseguiu juntar sua teoria de determinação do nível de renda e de emprego a uma teoria da inflação de preços e salários;
�A partir dela, indicavam políticas fiscal e monetária como instrumentos para estimular a demanda baseando-se no trade-off entre inflação e desemprego.
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�Principal expoente: Milton Friedman
�Idéia central: a moeda afeta variáveis reais no curto prazo, mas no longo prazo a política monetária é neutra
�Cria as condições necessárias para a evolução da teoria econômica e as bases conceituais sobre as quais Lucas e Sargent formulam a teoria das expectativas racionais e erigem o arcabouço teórico novo clássico
A escola monetarista
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�Artigo de 1956 de Friedman restaura a teoria quantitativa da moeda ("The Quantity Theory of Money: A restatement" (1956));
� Inicia-se um contra movimento neoclássico, que se contrapõem á síntese neoclássica;
�Este movimento, inaugurado na década de 50, consagra-se na década de 70;
�Realiza nos anos 1960 uma crítica ao pensamento hegemônico (ou seja, à síntese neoclássica), mas somente na década de 1970, ao longo do período de estagflação, passa a preponderar como corrente teórica hegemônica
A escola monetarista
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� A crítica monetarista contesta a síntese neoclássica em dois flancos (teórico e empírico).
� A síntese neoclássica caminhou desde o início em direção àassimilação do pensamento keynesiano na corrente neoclássica
� Críticas à síntese neoclássica baseadas em evidências empíricas
�Uma das preocupações de Friedman é explicar empiricamente a aderência de sua teoria á realidade e a insuficiência da síntese neoclássica keynesiana em explicá-la
�A principais críticas à síntese neoclássica baseadas em evidências empíricas decorrem da interpretação keynesianada crise de 1929 e da limitação da síntese neoclássica em explicar e propor políticas para debelar a estagflação.
A escola monetarista
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A crise de 1929
� Keynes buscava compreender as razões que levaram a crise de 1929.
� Segundo o corolário neoclássico, a explicação de Keynes sugeria, ao concluir pela existência de desemprego involuntário, a existência de uma falha de mercado.
� Friedman contesta Keynes e argumenta que não houve uma falha de mercado, mas sim uma falha de governo.
� No caso da depressão de 1929, Friedman atribui a culpa pela gravidade da situação ao governo, que ao invés de conter a crise a realimentou contraindo a liquidez da economia.
A escola monetarista
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� Expectativas adaptativas e a racionalidade implícita à Curva de Philips:
�A formação das expectativas de preços é dada por:
∆ Pet = ∆ Pet−−−−1 + α ( ∆ Pt−−−−1 −−−− ∆ Pet−−−−1);
onde ∆ Pet é a taxa de inflação esperada em t, ∆ Pet−1 é a taxa de inflação esperada no momento t − 1, α é uma constante
que mede o quanto do erro de previsão é incorporado à estimativa da inflação futura, ∆ Pt−−−−1 é a inflação efetiva
ocorrida em t − 1 e ∆ Pet−−−−1 é a inflação esperada em t − 1.
� Taxa natural de desemprego, com implicações sobre a definição de pleno emprego
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Expectativas Adaptativas e Crítica à Curva de Philip s
� Segundo a análise de Friedman e de Phelps, a racionalidade dos agentes econômicos levava a que estes negociassem salários reais e não salários nominais.
� Portanto, a curva de Philips por considerar salários nominais e não salários reais, era desprovida de microfundamentos.
� Introduz o conceito de expectativas adaptativas, segundo o qual agentes racionais considerariam a inflação passada como uma aproximação da inflação futura para a construção dos salários reais, portanto (backward looking).
A escola monetarista
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Taxa Natural de Desemprego e Pleno Emprego
� Reflete uma taxa de desemprego que seria estrutural e friccional
� Pode se considerar a taxa natural de desemprego como uma taxa que representa uma situação de pleno emprego
A escola monetarista
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Síntese do pensamento monetarista� Defende que há uma relação estável entre oferta de moeda e
inflação no longo prazo
� Rejeita a utilização da política fiscal como um instrumento para impulsionar a demanda, preconizando o uso da política monetária como principal mecanismo de política econômica
� Políticas monetárias discricionárias-ativas são capazes de reduzir a taxa de desemprego ou diminuir as taxas de juros temporariamente.
� A melhora provisória do desempenho das variáveis reais acarreta inflação.
� Segundo o monetarismo, o equilíbrio da economia é estável e único� o saldo final de toda e qualquer política monetária ativa énulo, já que a economia tende a retornar à sua posição original de equilíbrio (ou seja, retomar a taxa natural de desemprego).
� Cabe às autoridades monetárias perseguir a estabilidade da moeda.
A escola monetarista
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Os monetaristas e a segunda versão (aceleracionista ) da curva de Philips
�A hipótese aceleracionista da segunda versão da curva de Philips implica que os agentes precisam ser surpreendidos por uma expansão monetária maior do que a anterior para que seja possível manter permanentemente a taxa de desemprego abaixo da natural.
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� Conforme os pressupostos monetaristas, políticas macroeconômicas não repercutem sobre a taxa de desemprego de longo prazo (a taxa de desemprego natural).
� O aumento do desemprego não implicaria uma redução da atividade econômica por insuficiência da demanda efetiva
� O modelo de Friedman é focado na oferta:
�A demanda efetiva não é um problema e a economia tende a operar no pleno emprego (taxa natural de desemprego)
�Retomada do pensamento econômico fundamentado sobre o supply side
A escola monetarista
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� Retoma as hipóteses básicas do modelo clássico (ver o início do cap.4).
� Ou seja, prevalece o chamado market clearing, tanto no curto quanto no longo prazo (preços e salários flexíveis).
�A escola rejeita a possibilidade de desequilíbrio e que as políticas econômicas possam ajudar ou acelerar os processos naturais de estabilização.
� Introduz o conceito de expectativas racionais (forward looking)
Os novos clássicos e a terceira versão da curva de Philips
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�A equação das expectativas racionais é dada por:
∆Pet+1 = ∆Pt+1 + єt+1
– onde ∆Pet+1 é taxa de inflação esperada em t + 1; ∆Pt+1 é a inflação observada em t + 1 e єt+1representa uma componente de erro aleatório, com uma média igual a zero e correlação igual a zero
� Curva de Philips é sempre vertical, no nível da taxa natural de desemprego
Os novos clássicos e a terceira versão da curva de Philips
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� Mercado de trabalho � choque monetário inesperado + informação imperfeita � o aumento dos salários nominais é interpretado erroneamente como um aumento do salário real. �os trabalhadores confundem um aumento do nível geral de preços que mantém os preços relativos inalterados com um aumento do salário real.
� Mercado de produtos � choque monetário inesperado + informação imperfeita � as firmas podem confundir o aumento do nível geral dos preços com o aumento dos seus preços relativos e aumentar a produção � Nessa situação, a oferta agregada poderia atingir um nível acima do produto potencial, e a taxa de desemprego ficaria abaixo da taxa natural.
A curva de oferta agregada de Lucas com “supresa” monetária.
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A equação da curva de oferta de Lucas é dada por:Yi = Ypi + α (Pi −−−− Pei )
onde Yi é a produção efetiva da firma i, Ypi é a produção potencial (de pleno emprego) da firma i, Pi é o preço do produto da firma i, Pei
é o nível geral de preços da economia esperado pela firma i e α é uma constante que mede o quanto da diferença entre Pi e Pei se reflete no montante da produção efetiva da firma.
� Quando o nível de preços efetivo tende a ser maior do que o esperado, os agentes econômicos são surpreendidos e confundem o aumento da inflação com a elevação dos preços relativos.
� Isso resulta no aumento da oferta e do emprego da economia.
A curva de oferta agregada de Lucas com “supresa” monetária.
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A curva de oferta agregada de Lucas com “supresa” monetária.
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A curva de oferta agregada de Lucas com “supresa” monetária.
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Lucas e os ciclos monetários de negócios
� As flutuações econômicas resultam de choques monetários
� A oferta agregada que depende dos preços relativos é central para a explicação novo-clássica das flutuações do produto e do emprego.
� Choques de demanda não antecipados causam erros nas expectativas de preços e fazem com que o nível de produto e emprego se desviem dos seus níveis de equilíbrio de longo prazo
� Esses erros são cometidos tanto por trabalhadores quanto por firmas que têm informação incompleta/imperfeita e, por isso, confundem as mudanças do nível geral de preços com alterações dos preços relativos.
� Como resultado dessa confusão, os agentes econômicos reagem alterando tanto a oferta de trabalho quanto a de produtos.
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Lucas e os ciclos monetários de negócios
� Isso acontece porque existe informação incompleta/imperfeitaquanto à evolução dos preços relativos.
� Se os agentes econômicos estão habituados a uma situação de estabilidade de preços, eles tenderão a interpretar um aumento dos preços de mercado de um produto ou um serviço como uma elevação dos preços relativos e, assim, terão incentivo para aumentar a oferta.
� Se todos os agentes cometem o mesmo erro, observa-se um aumento da oferta agregada como resultado do aumento do nível geral de preços. Nesse caso, a moeda não é neutra no curto prazo.
� A principal implicação de política econômica é que uma política monetária “benigna”/bem comportada e previsível eliminaria uma grande fonte de instabilidade do sistema econômico. Por isso, oseconomistas novo-clássicos defendem a adoção de regras claras na condução da política monetária.
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Os novos clássicos e os ciclos reais de negócios
� No início dos anos 1980 surgiu uma nova interpretação da escola novo-clássica sobre as causas dos ciclos econômicos.
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� Segundo o modelo dos ciclos reais de negócios, são os choques reais com destaque para os de origem tecnológica que explicam as flutuações econômicas.
� Ou seja, os choques partiriam do lado da oferta e não da demanda, como ocorria no modelo dos ciclos monetários de negócios.
� O modelo do ciclo real de negócios elimina totalmente o papel dademanda agregada no processo: as flutuações econômicas decorreriam de fatores reais associados à oferta agregada.
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Os novos clássicos e os ciclos reais de negócios
� Tendo em vista que a instabilidade é o resultado de agentes econômicos racionais respondendo de forma ótima a mudanças no ambiente econômico, as flutuações observadas devem ser consideradas como posições de equilíbrio ótimas de Pareto.
� A flutuação do produto nada mais é do que um contínuo equilíbriode pleno emprego que se move como resultado de choques de oferta.
� O produto está sempre no nível de pleno emprego, mas isso não quer dizer que o produto não flutue: não há flutuações em torno do produto potencial, mas flutuações do próprio produto potencial.
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OS NOVOS KEYNESIANOS E A RIGIDEZ DE PREÇOS E SALÁRIOS REVISITADA
� Os novos keynesianos surgem como contraponto à escola novo-clássica.
� A nova escola propõe um modelo macroeconômico mais condizente com a realidade capitalista do que o modelo novo-clássico.
� Por isso, descarta as hipóteses de concorrência perfeita e marketclearing contínuo, fundamentais à abordagem novo-clássica. A escola novo-keynesiana retoma as ideias da síntese neoclássica, mas confere um foco especial aos microfundamentos.
� A escola novo-keynesiana tem como objetivo mostrar que reduções de demanda somente provocam quedas de oferta porque os preços são rígidos e que a rigidez dos preços possui rigorosos microfundamentos teóricos e empíricos.
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OS NOVOS KEYNESIANOS E A RIGIDEZ DE PREÇOS E SALÁRIOS REVISITADA
As principais hipóteses do modelo novo-keynesiano são : i) existe concorrência imperfeita entre as empresas;
ii) da primeira hipótese decorre que as firmas são formadoras e não tomadoras de preços, ou seja, têm uma parcela de poder sobre o mercado;
iii) as decisões de preço são tomadas sempre levando em conta o comportamento do concorrente;
iv) as alterações de preços têm um custo superior ao ganho de alterá-los continuamente. Assim, eles serão alterados apenas periodicamente, o que conduz a ajustes não sincronizados, com implicações sobre o ciclo econômico;
v) agentes individuais racionais dotados de expectativas racionais;
vi) agentes maximizadores do próprio bem-estar; vi) busca de fundamentos microeconômicos para justificar flutuações
macro; e
vii) abordagem matemática.
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OS NOVOS KEYNESIANOS E A RIGIDEZ DE PREÇOS E SALÁRIOS REVISITADA
� Os novos keynesianos acreditam que flutuações do produto, assim como a existência de desemprego involuntário, ocorrem em função basicamente da existência de falhas de mercado.
� A principal falha de mercado é a existência de rigidez de preços e salários, o que quer dizer que essas variáveis se ajustam lentamente ao longo do tempo.
� As diferenças dos resultados do modelo novo-keynesiano em relação ao modelo novo-clássico só existem no curto prazo.
� Isso ocorre porque o modelo novo-clássico trabalha com a hipótese de preços flexíveis, enquanto os novos keynesianos defendem a existência de preços rígidos no curto prazo.
� No longo prazo, os resultados esperados pelas duas escolas são os mesmos: equilíbrio com pleno emprego, inexistência de desemprego involuntário e inexistência de flutuações econômicas.
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OS NOVOS KEYNESIANOS E A RIGIDEZ DE PREÇOS E SALÁRIOS REVISITADA
Os novos keynesianos elegem os seguintes fatores como determinantes da rigidez de preços e salários no curto prazo:
i) a existência de contratos nominais;
ii) falhas de coordenação;
iii) custos de menu;
iv) a existência de insiders/outsiders;
v)a defasagem temporal dos reajustes salariais; e
vi) o salário eficiência.
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OS NOVOS KEYNESIANOS E A RIGIDEZ DE PREÇOS E SALÁRIOS REVISITADA
� Ou seja, as flutuações econômicas decorrem da hipótese fundamental de rigidez de preços e salários: como não há um ajuste imediato dos preços e salários, qualquer mudança de curto prazo no PIB nominal explica-se através de uma alteração na produção.
� Isso justifica a atuação governamental, posto que, em um mercado problemático ou ineficiente, ações corretivas podem beneficiar o sistema econômico como um todo. Ou seja, há um retorno, em termos de resultado teórico, ao keynesianismo.
� No longo prazo, entretanto, a rigidez de preços e salários deixade existir, e as políticas de gerenciamento da demanda agregada perdem a sua eficácia.
� Entretanto, vale destacar que, para os novos keynesianos, a velocidade de ajuste do curto prazo para o longo prazo pode ser muito lenta, o que justifica o ativismo da política econômica para acelerar o processo.