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CINEMARK BRASIL.15 ANOS DE FINAIS FELIZES.E ISSO É SÓ O COMEÇO.
A rede Cinemark está completando 15 anos de Brasil. E podemos dizer que, nesse tempo todo, ajudamos a mudar o jeito do brasileiro ver cinema. Temos orgulho da nossa história e agradecemos a todos que fi zeram e fazem parte dela.
Cinemark. Há 15 anos levando a magia do cinema para a vida dos brasileiros.
cinemark.com.br
cinemarko� cial
Cinemark 15 anos Revista 20.2x26.6.indd 1 27/08/12 12:08
editorial sumário
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Memes
Colabs
Tirinhas
Literatura
Teatro
Cinema
Moda
Crônicas
Poster
Crônicas
Música
Cotidiano
Começo o editorial desta edição questionando: Você é feliz com o que escolheu fazer da sua vida profissional?
Acredito que muitas pessoas ainda não tem certeza de suas escolhas profissionais, tanto que muitos decidem mudar de curso durante a universidade e outros mudam a atuação em uma fase já avançada de uma carreira sól-ida. Mas, como saber o que fazer da vida? É só responder as perguntas: Você tem talento pra que? Tem afinidade com qual disciplina? Qual carreira quer seguir afinal? Será que vai dar dinheiro? O que faz, te deixa feliz? Pode ser que você faça essas perguntas em todas as fases da sua vida.
Ouvimos muitas vezes que precisamos tomar uma decisão definitiva e sabemos o quanto é difícil faze-la. Porém, sempre há a chance de escolher a opção errada, e aí, teremos de lidar com a insatisfação, aprender com nossos erros e tomar uma atitude que acerte o rumo da nossa vida.
Atitude é a palavra chave para a conquista da independência individual. Devemos alcançar me-tas, conquistar objetivos. E quando você tiver prazer em fazer algo que o torna uma referência profissional, tenha certeza que esse é o caminho para uma carreira de sucesso.
Acredito que segredo do sucesso, em qualquer profis-são, é fazer, mostrar do que você é capaz, sempre deix-ando claro sua missão, visão e valores. Nunca se venda por nada, as ideias e ideais devem sair da sua cabeça, depois do papel e finalmente se tornarem obras, assina-das por você.
Para esta edição, teremos matérias de colaboradores que fazem o que acreditam, nas mais variadas áreas de atuação. Eles estão aqui na Offline simplesmente para mostrarem quem são e o que pensam, publicando e dis-seminando suas ideias para várias mentes universitárias de todo país.
Se você tem ideias para compartilhar, está convidado para se juntar a nós.
Um abraço.
Jonas FalascoEditor
Ex
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Publisher Comercial
Planejamento Financeiro
Recepção
Serviços geraisOperações
Edição
Arte
Redação
Rodrigo Clemente Fabíola ToschiAline PereiraMayara Clemente
Representante DFUlysses [email protected] 9975 6660
Ano 5 - Edição nº31Impressão: LeografAuditoria de tiragem: Baker Tilly
Rua General Jardim, 846, 5º andar
Vila Buarque - São Paulo - SP
CEP 01223-010 tel.: 3125 0200
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principais campi do Brasil, em
cerca de 300 instituições de ensino.
Felipe Abramides Murilo Oliveira
Fabio Fernandes
Nilza Merçês
Luciana Ferreira
Natalia Costa
Jonas Falasco
Nat de AbreuLeonardo FlauzinoThomas Omarsson
Fábio Noro
Thomas Omarsson – #memes – memes@offl ine.com.br
Gerson Couto – #literatura – l i teratura@offl ine.com.br
Patrícia de Souza – #teatro – teatro@offl ine.com.br
Micael Bretas – #cinema – cinema@offl ine.com.br
Mariana Santiloni – #moda – moda@offl ine.com.br
Lívia Marselha – #moda – moda@offl ine.com.br
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YouDoMeToo – #música – facebook.com/youdometoo
Swing da Vovó – #música – facebook.com/swingdavovo
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Renata Longhi – #web 2.0 – web2.0@offl ine.com.br
Pedro Junior – #cotidiano – cotidiano@offl ine.com.br
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São vocês que fazem a offline:
O Bicicleta Sem Freio é um estúdio de criação focado em ani-mação e ilustração.
Executamos as ideias de nossos clientes com soluções criativas e inovadoras para que suas marcas se destaquem. Temos proje-tos desenvolvidos para AlmapBBDO, Sony, Converse, Abrafin, Bolshoi Pub, Abril Editora, Computer Artes, Levi’s, Globo Editora, Monstro Discos, MTV, Nike, Vh1, MultShow, C&A, Revista TRIP e entre outros.
Nosso trabalho também ilustra o material gráfico de diversas bandas do cenário independente internacional e grandes festivais de cultura.
O estúdio se tornou referência na região Centro-Oeste pela forma inovadora com que abordamos os projetos.
Conseguimos a admiração da comunidade nacional e internac-ional, graças à sedimentação da comunicação on-line.
www.novomeio.com.br
Comoeumesintoquando
Comédia de Gamers
Gerador de Dubstep
Uma boa Ação
Memeismo
http://comoeumesintoquando.tumblr.com
http://www.dorkly.com/
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Trata-se de um tumblr muito divertido que está na moda há algum tempo. O mais legal, é que várias faculdades se inspiraram na ideia desse tumblr para criar um semelhante, só que com piadas e referências da própria faculdade. Procure saber se a sua tem.
Com certeza o Dorkly é um dos sites mais legais para quem joga, ou jogou muito video game nessa vida. O site reune tirinhas e vídeos muito engraçados, cujo tema sem-pre são games de sucesso. Passe lá e confira o Mario, o Link, a galera do Mortal Kombat, o pessoal do Pokemón e muitos outros em situ-ações totalmente inesperadas.
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A música Ainda Espero, da banda Holdana, foi composta em hom-enagem à mãe de dois inegrantes da banda, que sofre de Alzheimer. Os cachês de toda a produção do clipe desta música será doado para a ABRAZ (Associação Brasileira de Alzheimer). A música é bem legal, vale a pena ouvir.
É uma página no Face recém inaugurada, cujo propósito é fazer montagens contendo o rosto do Cristo restaurado na Espanha. Bom, basicamente é isso, mas é bem legal. Vai lá ver!!!
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Fabio Coala - Vencedor do Concurso Joãos e Joanas
Marco Oliveira - www.overdosehomeopatica.com
Wesley Samp - oslevadosdabreca.com.br
Dica da Offline
Joãos & Joanas – Primeiras Impressões
Autor: Pedro Hutsch Balboni Editora: Meu Bolso (independente)
Contatos: Pedro Hutsch Balboni [email protected]/joaosejoa-
[email protected] (11) 99659-5612
memes tirinhas
[email protected]@offline.com.brThomas Omarssontexto:
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Não morrer como nos filmes de terror? Como
assim? Todo mundo em algum momento já
pensou nisso, fosse durante o filme, quando
o protagonista começa a agir de forma não muito
inteligente ou durante uma conversa num grupo
amigos, twitter ou qualquer outro lugar. Não acender
a luz antes de entrar no recinto, adentrar em casas
abandonadas e evocar espíritos são apenas algumas
dentre as milhares de ações que resultaram na
morte de uma infinidade, desde o primeiro filme de
terror até às produções atuais. Se devido à repetição
transformaram-se, por ordem do público, em regras,
trata-se de outra questão. A verdade é que aqueles
que seguem tal caminho quase sempre morrem.
A ideia, altamente curiosa e que percorre o
imaginário dos cinéfilos transformou-se em realidade
a partir do momento em que o autor Gerson Couto
decidiu fazê-lo. Mas por que terror? Gerson se
assume como fã do cinema, mas primeiramente como
fã do gênero terror, o qual acompanha desde quando
criança. O primeiro filme que lembro ter assistido foi
Gremlins. Toda aquela confusão, criaturas, morte e
ironia me encantaram. Eu tinha quatro anos, estava
na cama dos meus pais e cada vez um dos Gremlins
matava alguém eu pulava empolgado, com se fosse
fazer parte da cena. Lembro-me perfeitamente da
vontade de ter um deles e causar o pandemônio
na cidade onde vivia. Cresci assistindo todos os
filmes que conseguia alugar e que passavam na TV.
Aos oito anos, ganhei de aniversário dos meus pais
uma assinatura da extinta revista SET e também a
possibilidade de alugar 6 filmes a cada 15 dias. Ao
completar 29 anos, tendo por 25 acompanhando o
gênero, numa noite, enquanto re-assistia A Vingança
de Jennifer, tive a ideia. Revisitei várias obras,
estudei, pesquisei as anotações que fazia para mim
sobre os filmes e fui trabalhando sem pensar no
produto final, pois em vários momentos achei que
não conseguiria fechar o material. Até que, sem
imposição por um determinado número, cheguei ao
3355. Acredito no meu trabalho por uma questão
muito simples: Vivência e paixão. Talvez por isso não
me arrisque a fazer trabalhos semelhantes fora do
gênero terror. Foram anos assistindo e criando, como
espectador, conexões e entendimentos acerca dos
filmes, o que me permitiu apresentar, no final, um
livro de conteúdo denso. E isso somente a vivência
sobre o tema pode dar a alguém, aliado à disciplina
e foco. Aproveito também para dizer que nunca
matei ninguém, após tantos anos de terror, rssss.
Ao término do trabalho, Gerson pensou em
ninguém menos que José Mojica Marins, bastante
conhecido com Zé do Caixão, para prefaciar seu
trabalho. Ao meu ver, ninguém além dele poderia
prefaciar o 3355. Cresci assistindo seus filmes, o
extinto Cine Trash (TV Bandeirantes) e sua figura
sempre permaneceu forte em meu imaginário. Ao
terminar o livro, imprimi uma cópia e junto enviei-
lhe uma carta, convidando-o e explicando por que
somente ele e mais ninguém poderia prefacia-lo.
Para minha felicidade (e dos fãs do gênero também)
ele aceitou. Sinal de que aprovou o trabalho. E se ele
aprovou, é a certeza de que realizei um bom trabalho.
“Como pai do terror e representante maior
em nosso país, apresento a você, leitor, 3355
Situações Que Você Deve Saber Para Não Morrer
Como Nos Filmes de Terror. Um trabalho atual,
original e ousado...” - José Mojica Marins
Não se prendendo a nacionalidades e épocas,
passando por filmes como Gremlins, Shakma, O
Cérebro, O Maníaco, À Meia Noite Levarei Sua
Alma, O Hospedeiro, O Ataque das Formigas
Gigantes, Carmilla, O Chamado, Ju-On (O Grito),
Mestre dos Brinquedos, Sexta-Feira 13 e muitos
outros, Gerson aborda as situações apresentadas
pelos mais de 800 filmes analisados deixando de
lado qualquer semelhança com um guia de cenas
de morte. As situações foram colocadas de forma
que muitos as reconhecerão em um ou mais filmes,
e mesmo aqueles que não assistiram mais que
cinco filmes do gênero não ficarão perdidos pelo
trabalho, tendo sua diversão garantida num dos
maiores livros do gênero já publicados no Brasil.
Separados por capítulos um tanto quanto curiosos
(Ala Psiquiátrica, Animais e Insetos, Bullying,
Mortos-Vivos, Relações Sexuais e muitos outros),
apresentamos abaixo algumas das situações citadas
no livro, mantendo também sua numeração.
04. Nada de internar alguém numa clínica psiquiátrica com uma nova proposta, como a de viver e trabalhar numa comunidade rural. Pode parecer interessante, mas não é. (Ala Psiquiátrica).
1816. Evite carregar um espantalho, mesmo que o esteja levando à plantação. Pode estar vivo. Mande alguém fazê-lo. (Espantalhos)
1817. O sobrenatural pode se passar por você, em todas as possibili¬dades. Seja esperto para saber a diferença! (Espíritos, Demônios & Fatos Sobrenaturais)
2033. Caminhões do exército, quando passam a recol-her o lixo das casas das pessoas periodicamente, pode ter certeza de que algo acontecerá. E quase sempre tem ligação com extraterrestres. (Extraterrestres)
2132. Irmãs muito unidas sempre carregam algo perigoso. Um vírus, maldição, parto, segredo e, quando tudo não parece ser suficiente, transformam-se em lobisomens. Afaste-se delas. (Lobisomens)
2178. Certos cinemas contêm câmaras secretas desti-nadas ao culto ao demônio. (Lugares)
2506. Não seja uma mãe relapsa, do tipo que transa com qualquer vagabundo e ainda por cima alcoólatra. Seu filho será tão humilhado na escola que cultivará um ódio pelo mundo. (Mães)
2814. Nada de aproveitar que a garota está desmaiada num milharal para satisfazer suas vontades carnais. O assassino tudo vê e vocês morrerão. (Relações Sexuais)
Site do autor: http://www.gersoncouto.com/Blog: http://www.quandooescritorparadeescrever.com/Book-trailer: http://www.youtube.com/watch?v=fIEdmbJ3M1Q
Janet Leigh, em Piscose, de Alfred Hitchcock. Uma das mais famosas cenas do cinema
874. Não seja radical em atrair ratos com pedaços de queijo em sua boca. Você pode se dar mal. (Animais e Insetos)
123. Encontrando o corpo assassinado de sua mãe dentro do armário, cuidado ao tentar tirá-lo. O armário cairá, prendendo você junto ao corpo e, devido ao peso e tudo mais, você não resistirá. (Amizade, Pessoas & Família)
1314. Assassinos conhecem muito bem o truque da vítima que joga algo numa direção e corre para outra. Portanto, seja mais esperta.(Assassinos Mascara-dos, Sobrenaturais e...)
1495. Certas entidades maléficas surgem até mesmo num telefone público. (Comunicação)
1601. Crianças são curiosas, e curiosidade mata. (Crianças)
1698. Você é um traficante de animais e alguém te con-trata para levar uma criatura que você nunca viu antes. Não aceite. Ela vai te matar durante a viagem e causará destruição aos demais. (Criaturas)
literatura
[email protected] Coutotexto:
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Imagine postar em uma rede social um
comentário pessoal. Seu chefe, que usa a
mesma rede e é um dos seus contatos, pede
para retirar o comentário, para não passar
a impressão de que estaria reclamando da
empresa, apesar do comentário não se referir à
sua vida profissional. Alguns dos seus colegas
interpretaram o ocorrido como uma invasão de
privacidade por parte dele. E agora, como lidar
com essa situação?
Viver em rede é um fato. Compartilhar, curtir,
comentar, todos já se tornaram verbos comuns
em nosso cotidiano online e offline. É o virtual
interferindo no real e vice-versa. A situação
descrita é um exemplo dessa interferência e é
por isso que alguns colegas interpretaram como
invasão de privacidade, e talvez outros, podem
ter achado correta a atitude do seu chefe. Não
há um único código de conduta nas redes sociais
e algumas regras, usadas como parâmetros de
bom comportamento, estão sendo construídas
através da prática e do dia a dia do usuário.
O bom senso ainda é o melhor amigo de todos
nós que enxergamos vantagens em fazer parte
destas redes de contato.
À medida que você aceitou pessoas do
trabalho como “amigos” nas redes sociais,
automaticamente, passa a ter uma postura
a zelar. Ou seja, terá que se policiar com
os conteúdos que posta e comenta, pois
comentários sem contexto podem gerar um
problema de interpretação e como conseqüência,
uma situação delicada em relação à sua imagem
no ambiente profissional. Uma alternativa pode
ser ter dois perfis, um em que tem contatos
profissionais e outro que tem só amigos e
contatos pessoais. Mais uma alternativa é
adicionar contatos do trabalho apenas em redes
sociais que você definiu que tem um uso mais
profissional como, por exemplo, o LinkedIn e
os contatos pessoais no Facebook. Aí caberá a
você direcionar suas postagens e comentários
de acordo com essa definição. O limite e o uso
que fará das redes sociais é você quem deve e
pode estabelecer.
Excluir seu perfil dessas redes sociais não
é a única solução e você deve refletir sobre as
conseqüências antes de agir nessa direção. O
problema de não estar nas redes sociais é estar
fora do que é uma tendência de comportamento,
fundamental para compreender hábitos de
consumo de clientes e consumidores. Já tiveram
outras tendências de comportamento e outras
novas ainda virão, no entanto, acredito que não
acompanhá-las e não vivenciar como usuário
essa nova maneira de se relacionar e conectar
pode prejudicar sua carreira. Além disso,
atualmente, as redes sociais têm se configurado
como um dos canais mais importantes
para atração, captação e identificação de
profissionais para as empresas, sem contar
a possibilidade de construção de networking
e futuras indicações para oportunidades de
carreira que vão de encontro aos seus interesses.
Então, antes de excluir o seu perfil ou ficar
chateado com a postura do seu chefe, foque no
aprendizado importante que essa situação te
trouxe sobre o seu uso das redes sociais. Veja
como quer se posicionar e quem você quer ter
como contato e aonde. Depois de ter feito isso,
se você ainda tiver dúvida se deve ou não postar
algo, reflita se você falaria aquilo ao vivo.
Sofia Esteves é psicóloga com especialização
em recursos humanos e presidente do Grupo
DMRH
cia de talentos
www.ciadetalentos.com.brSofia Estevestexto:
Falar da profissão do ator não é tarefa fácil, mas
o que interessa aqui é abordar mais do que uma
simples discussão sobre a profissão. Por isso,
talvez seja melhor se referir ao “ofício” do ator e àquilo
que o move a escolher esse caminho, tão delicado,
árduo, encantador e intenso, e consequentemente aos
obstáculos que existem quando se opta por essa via.
No meu caso, por exemplo, tenho desde criança uma
simpatia, um bem-estar, uma admiração por teatro,
como qualquer criança quando apresentada a esse
universo. Por acaso ou por destino, como queiram, o que
aconteceu foi que esse encantamento nunca foi quebrado,
havia sempre um desejo de continuar fazendo parte
daquilo, como espectadora ou como uma pequenina
acompanhante e sobrinha (assim mesmo espectadora)
de uma grande atriz que só tinha como opção levar sua
sobrinha ao seu “trabalho” para poder tomar conta dela
(o que para mim era a melhor opção que poderia haver).
O que não imaginaram é que essa vontade persistiria e
com ela nasceria uma atriz.
Hoje, e somente hoje, percebo que a resistência
da própria família em relação a essa escolha tinha
total fundamento, zelo e preocupação (como toda
família que se preze), afinal, não é um “ofício” fácil,
também não existe uma fórmula, um caminho a
seguir, como, onde, por onde.
A própria Fernanda Montenegro, quando questionada
numa entrevista à Globo News sobre qual conselho daria
a alguém que está começando, não hesitou em dizer:
“Desista!” E ela mais do que ninguém sabe perfeitamente
quão desafiante é seguir essa carreira.
Alguns dizem que o melhor é estudar em uma boa
escola de teatro e depois “ir à luta”, o que pode significar
milhões de coisas, dependendo da sua afinidade, das
oportunidades e da sua vontade; pode-se fazer desde
publicidade para TV, passando por novelas, testes para
peças e filmes (tanto amadores como profissionais) até
dublagem (uma deliciosa opção). Outro caminho, por
que não, é passar a frequentar diversas festas para fazer
amigos e conhecer pessoas do ramo e assim aumentar
o seu QI (quem indica), por exemplo. Também vale
fazer novos cursos e participar de workshops. Você
também pode criar seu próprio projeto teatral e ir atrás
para realizá-lo. Não descartamos ainda dar aulas em
escolas, trabalhar como freela em outro trabalho visando
conseguir certa estabilidade financeira para ir atrás do
seu “real” objetivo, entre tantas outras possibilidades. O
importante é não ficar parado!
Para entender melhor ou simplesmente saber
como funciona a carreira de ator atualmente, fomos
atrás de excelentes atrizes de três gerações diferentes
para nos contar um pouco do começo, da trajetória e
das dificuldades e dar algumas dicas para quem está
começando agora.
Patrícia Scalvi (atriz, dubladora e diretora)
É a voz de Angelica Houston no filme Convenção das
bruxas, a de Mortícia em A família Addams, a da mãe da
Angélica no desenho Os Anjinhos, a de Elvira no filme
Elvira, a Rainha das Trevas, entre milhares de outros
sucessos. Atualmente faz a voz da fofa da tia Nastácia no
desenho Sítio do Picapau Amarelo da TV Globo.
“Quando assisti a ‘Rei Momo’ (teatro popular levado
à periferia) aos 14 anos, peça do César Vieira, fiquei
com muita vontade de atuar. Pedi muito para entrar
no grupo e, de tanta insistência, consegui entrar para o
coro. Depois de um tempo, consegui um papel. Logo em
seguida, conheci o Arthur Leopoldo, que me levou para
um grupo de teatro, o Timol, em que estavam Marcos
Caruso e Iacov Hillel.
Você acaba se habituando com a instabilidade
econômica. Fui fazendo teatro, teatro, teatro, mas pintou
um teste, acabei entrando para o cinema e lá fiz 40
filmes. Tive muitas dificuldades, fiquei sem grana, mas
você acaba se habituando, por incrível que pareça. Você
planeja fazer outras coisas, mas ao mesmo tempo pensa:
‘Eu não sei fazer outra coisa’, então acaba ficando, e as
coisas vão acontecendo.
Eu aprendi ao longo de todos esses ano que, se você
quer, precisa insistir. Mesmo quando alguém lhe diz que
você não é bom, você não pode acreditar. Acho que as
pessoas tem que se preparar, embora eu não tenha feito
isso (mas as coisas antigamente eram muito diferentes
de hoje em dia), e, além disso, correr atrás. Também
acredito em contar um pouco com a sorte, na verdade é a
junção de esforço pessoal, aprendizado e sorte. E nunca
achar que sabe tudo!”
Alejandra Saiz Sampaioo
Integra o grupo A Velha Companhia, que surgiu
em 2003 de um trabalho paralelo às pesquisas sobre
a obra do autor Nelson Rodrigues, desenvolvido no
grupo Círculo dos Comediantes (1994/2002). A Velha
Companhia é formada também por Kiko Marques e
Virgínia Buckowski.
“Sempre gostei de gente, histórias. De pequena
contava historinhas com meus brinquedos. Acho que
poderia ter seguido várias profissões. A decisão que tomei
depende de muitas circunstâncias: a geografia em que se
vive, o momento econômico, social, político, cultural...
No meu caso, eu vivia no interior (Votorantim), ia para
a escola por atalhos e atravessando rios e sonhava com
justiça. Então, estudei Direito, mas ainda não era ali,
pois as sessões nos cirquinhos que frequentei na infância
reverberavam por uma justiça na alma, uma justiça
subjetiva à qual não se pode atribuir valor. Uma justiça
em que, apesar de estar em lugares diferentes, pensar de
formas diferentes, os homens pudessem se amar, rir e
chorar juntos por uma mesma causa... Essa é para mim
a metáfora do público e o ator da vida. Então, fui para a
Escola de Artes Dramáticas e para o palco. Precisamos
de teoria e prática sempre.
As dificuldades são praticamente as mesmas da
maioria dos artistas no mundo todo, assim como as
dificuldades dos professores. A arte e a educação não
estão prioritariamente vinculadas ao lucro. Geralmente
avançam à medida que recebem incentivos. É importante
somar com núcleos e instituições que sustentem
afinidades para gerir coletiva ou individualmente seus
projetos e intentos. Afinal, teatro não é só a metáfora do
coletivo; literalmente é a representação do coletivo.”
Julia Bobrow
Integrante da Cia. de Teatro Os Satyros, está em cartaz
com a peça Cabaret Stravaganza no Espaço dos Satyros
Um, de quinta a sábado, às 21h; e domingos, às 20h.
“Eu sempre senti vontade de atuar. Quando era pequena,
minha brincadeira preferida era ensaiar peças e apresentar
nos jantares de família. Fazia aula de teatro na escola e com
uns 15 anos comecei a fazer curso livre de teatro.
Em nenhum momento pensei em outra profissão
que não fosse a de atriz. Eu me formei no colegial e não
prestei nenhum vestibular, só o (curso) Célia Helena,
que foi onde estudei teatro.
Sempre fui muito ao teatro, conversava com os atores
e escutava tudo o que eles tinham a me dizer.
Assim que terminei o Célia, produzi uma peça que
ficou três anos em cartaz. Acho que isso me ajudou a
começar a achar um espaço no meio teatral.
O que eu diria para quem é ainda mais novo do que eu
na profissão (afinal, também estou engatinhando!) é: ‘Corra
atrás. Não fique em casa esperando um convite. Coloque a
mão na massa, dê um jeito de mostrar o seu trabalho’.
Hoje sou integrante da Cia. de Teatro Os Satyros, que
admiro e acompanho desde os meus tempos de colégio.”
Não importa ao certo, portanto, quais serão as
estradas que vai tomar, e não cabe também um
julgamento ou preconceito em abrir o leque de opções
e exercer o seu trabalho de ator, mas precisa sim ter a
certeza de que tudo isso vale à pena em busca de ir atrás
de uma carreira, da sua carreira. Se só essa carreira te
fizer bem, e mais do que isso, se você realmente não
conseguir viver sem, então: não desista!
As atrizes: Patrícia Scalvi (1), Alejandra Saiz Sampaio (2) e Julia Bobrow (3)1 2 3
teatro
[email protected]ícia de Souzatexto:
15
Sobre ser e fazer“- O que você está querendo mesmo fazer com a sua vida?
- Por que sempre tem que ser ‘o que você vai fazer?’, ‘o que
ele vai fazer?’, ‘Meu Deus, o que ele vai fazer?’. Fazer, fazer
e fazer. Por que a questão não é ‘quem eu sou?’
- Porque, Maxwell, o que você faz define quem você é.
- Não, tio Teddy, quem você é define o que você faz.”
O diálogo é do controverso filme Across
the Universe . Controverso porque as
pessoas amam ou odeiam o filme. Eu,
pessoalmente gostei muito. A história parece
uma colagem de clichês que só servem para
preencher espaços vazios entre as músicas
dos Beatles. A direção de arte e a fotografia
são de primeiro nível, também para mascarar
a fraqueza do argumento. Mas, funcionou
comigo. Gostei das versões das músicas, e
fiquei deleitado com o espetáculo visual, sem
precisar de mais nada. E ainda tem algumas
pérolas perdidas no meio do roteiro. O que você
faz define quem você é, ou quem você define
o que você faz? Particularmente nesse filme o
lado do mal é o que defende o trabalho duro,
a carreira, o estudo formal. O lado do bem é a
liberdade, a possibilidade de dirigir a vida para
o que mais parecer estar afinado com os desejos
e as características natas.
O ponto defendido pelo filme funciona muito
bem para os artistas, o grupo retratado. Em
primeiro lugar se é um artista, depois é que se
produz arte. Mas para um artista, essa questão
nem existe, porque ele não se imagina fazendo
outra coisa. Um filme recente, ganhador do
Oscar, “O Artista” (ah, vá!), passa por essa
questão recorrente. O personagem, nos anos 30,
perde o emprego porque não quer fazer filmes
falados. No entanto, ao longo de toda a trama,
nem se cogita que ele arrumasse outra profissão.
Claramente seria o reencontro com a carreira,
ou a morte. Porque, afinal, ele é um artista!
Com ou sem arte, o cinema vive cheio de
histórias que dizem “você não pode fugir do
que você é”, de maneira positiva ou negativa.
O Palhaço mostra a busca de um... palhaço,
cheio de questionamentos sobre o que mais
poderia fazer da vida, e sobre como seria estar
em outra situação. A Noiva Assassina de Kill
Bill bem que tenta levar uma vida normal, mas
como o próprio Bill a lembra em certa altura,
ela não é uma abelha operária. Ela é uma abelha
assassina e renegada.
Do outro lado do espectro, temos filmes como
A procura da felicidade. Claro que é importante
para o fi lme “quem é” o personagem do Will
Smith. No entanto é igualmente claro que o
foco é o trabalho, e principalmente o trabalho
duro. Ao fim do filme o personagem se encontra
em uma posição em que ele foi evidentemente
definido pelo que ele fez.
Dom Vito Corleone de O Poderoso Chefão
é outra “vítima das circustâncias”. Seu filho
Michael também. Ambos viram chefes da máfia
por uma aparente falta de opção, e uma vez
dentro do crime, encontram dificuldade em
sair. Todos os atos de pai e fi lho vão lentamente
definindo quem eles são. No primeiro filme,
a mudança do personagem do Al Pacino é
espantosa. Mais espantosa é sua sutileza, o que
faz o espectador não perceber a extensão das
escolhas do personagem e como essas escolhas
o transformam pouco a pouco.
Esse mês corro o risco de parecer repetitivo,
mas quando eu lembrei, não tive como deixar
de implorar por um filme:
Do Mundo Nada Se Leva .
Mais um filme em preto
e branco do Frank Capra.
Aqui ele encontra outra
forma de abordar o seu
tema recorrente: “o que é
realmente valioso?”. Um
homem (Lionel Barrymore,
avô da Drew) tem uma
casa onde mora todo tipo
de gente que passa o dia
fazendo aquilo que ama. Um é inventor, uma é
dançarina e todos parecem loucos e anormais.
A casa está sendo ameaçada por um empresário
do ramo imobiliário que comprou todos os
outros imóveis da região para a construção de
um empreendimento. O problema maior é que a
fi lha do dono da casa está apaixonada pelo filho
do empresário.
Os atrativos do filme são os que sempre
fazem Frank Capra ser o nome acima do título:
o humor e principalmente a simplicidade, a
profundidade e a inventividade com que temas
tão fundamentais são abordados.
A questão do filme é clichê, quando começa,
você imagina como termina. As surpresas são
poucas. No entanto, os fi lmes do Capra são
exemplos de situações em que o importante as
vezes não é o lugar para onde se está indo, mas
o caminho até lá. Não é o que você faz, mas a
maneira como você faz.
Nos filmespelamordedeusassista#
Jerry Maguire é definido pelo que fez.
Will de Gênio Indomável , pelo que é. A Dama
de Ferro pelo que fez (e se esforça para isso),
o maestro Andrey Simonovich Filipov de
O Concerto pelo que ele é.
É importante saber que essa não é uma linha
rígida, e enquadrar um filme em uma ou em outra
categoria é uma decisão pessoal e arbitrária.
Provavelmente muitos de vocês estão discordando
e torcendo o nariz. Mas também, muitos devem
ter desistido de ler quando eu resolvi explicar
porque Across the universe é controverso.
Então, afinal, quem tem razão? O Maxwell
ou o tio Teddy? Se decidirmos que toda a
sabedoria do mundo está nos filmes - e eu
tenho a tendência de pensar assim - como será
possível chegar a uma conclusão? Existem
exemplos animadores e deprimentes tanto de
pessoas definidas pelos seus atos, quanto de
atos definidos pelo tipo de pessoa.
O que eu consigo identificar em comum nas
histórias de sucesso, é a paixão. Ela pode ser
natural, ou se desenvolver, mas para dar certo,
a paixão precisa existir. Fazendo o que se gosta
ou gostando do que se faz, me parece que que o
importante é fazer apaixonadamente.
Eu, pessoalmente, prefiro ficar com a conclusão
que o próprio Across the universe oferece:
“- Não, tio Teddy, quem você é define o que
você faz. Certo Jude?
- Bom certamente não é o quê você faz.. .
… Mas a maneira como você faz. ”
Esse é o espaço onde eu rogo para que você
veja um filme, e eu coloco minha credibilidade
em jogo apostando que, se você se dispuser de
verdade a seguir a minha recomendação, você
vai gostar muito da experiência. Se ainda assim
você não gostar, pode me mandar uma carta que
eu devolvo em dobro o dinheiro que você gastou
comprando a revista.
cinema
[email protected] Bretas texto:
17
O segredo para sempre se vestir bem no
trabalho sem gastar muito é ter peças
que sejam fáceis de combinar umas com
as outras. Assim, você pode sempre
abusar das sobreposições, criar looks
diferentes e passar a semana toda
com estilo.
D epois de muita procura até encontrar
o seu primeiro emprego, ou mesmo
um novo emprego, e de um acirrado
processo seletivo, você finalmente começa a
trabalhar. Parabéns! Mas você não vai querer
estragar tudo errando na escolha do que vestir,
certo? Nessas horas a aparência conta muito.
Se seu trabalho exige o uso de uniforme, é porque
a empresa acha que todas as pessoas devem
estar vestidas iguais para que os funcionários
sejam facilmente reconhecidos e também para
evitar gafes. Então nada de inventar moda com
o seu uniforme colocando um cintinho néon ou
um broche de pedrarias.
Porém, se você não tem esse azar, ou sorte para
alguns, vem a dúvida: então o que vestir nos
cinco dias da semana?
No início, repare nas roupas que as pessoas do
seu departamento usam diariamente. Isso pode
ajudar a não exagerar na produção.
Se for magro, usar camisa larga transmite uma
imagem de desleixo e pouca importância com a
aparência.
Considerando que muitas pessoas saem de
casa pela manhã e só retornam à noite, depois
da faculdade, o conforto deve ser levado em
consideração, e isso tem relação com tipo de
tecido, cor, corte e caimento da peça. Por isso,
aí vão algumas dicas:
Para o homem...
Aposte na camisa em ambiente corporativo. As
cores azul, preto, cinza e branco são básicas para
o guarda-roupa masculino. Você não precisa ter
o guarda-roupa inteiro nessas cores, então use
suas variações: um listrado azul ou um xadrez, por
exemplo, ficam ótimos.
Camisetas listradas ou com estampas divertidas são
sempre uma boa pedida se seu ambiente de trabalho for
mais descontraído. Ou mesmo camisa jeans.
A não ser que o seu trabalho seja mesmo muito
informal, não pega bem ir de moletom. Então, para
os dias mais frios, aposte em malhas e cardigãs.
Evite cores muito extravagantes. Uma dica legal
para atualizar o cardigã é usá-lo abotoado com
camisa e gravata, assim você consegue um look
social, confortável e moderno.
Apesar de existir o dress code em várias empresas,
o jeans ainda é uma peça bem-aceita. Se for usá-lo
para trabalhar, dê preferência à modelagem reta,
sequinha, sem lavagem e escuro. Esse tipo é mais
formal e, portanto, perfeito para o trabalho.
A calça de sarja é outra peça que não pode faltar
no seu guarda-roupa. É excelente para lugares que
não aceitam o jeans. As cores básicas são preto,
azul-marinho, cinza e bege/marrom. Fica ótima
quando combinada com a camisa certa.
Nos sapatos, aposte nos clássicos, de bico
redondo ou quadrado e com cadarço, que são
infalíveis. Vão bem com qualquer look, desde o
jeans até a mais tradicional alfaiataria. O preto
e o marrom ainda são as melhores opções, pois
as possibilidades de combinações são inúmeras e
dificilmente se cometem erros. O oxford é outro
modelo que também pode ser adotado.
Para a mulher...
Evite as rendas, os decotes, as
transparências, as peças muito curtas e/ou
justas e as calças com o cós muito baixo.
O “certo” é estar confortável, sentir-se
bem e à vontade dentro do look escolhido.
Aproveite que as saias longas ainda estão
em alta, elas são ótimas para o ambiente
de trabalho.
Aposte na calça de modelagem flare,
aquela que é justa e tem a boca um pouco
mais aberta. Ela é ótima para combinar
com camisas, principalmente com as de
seda, que também voltam com tudo. Sem
falar que a flare ajuda muito quem tem
um quadril um pouco maior a dar aquela
disfarçada. Use com salto.
Vestidos leves, no comprimento certo,
são ótimos para os dias de calor. Evite os
muito cavados.
Aproveite a volta das camisas e abuse
nas cores. Você só precisar saber combinar
camisas coloridas ou estampas com uma
calça de alfaiataria ou mesmo jeans com os
acessórios certos e já está pronta.
Um pretinho básico é sempre garantia de
estar bem-vestida no trabalho.
Se o seu ambiente de trabalho é menos
formal, você pode usar camisetas e
blusinhas, mas tome cuidado com o decote
e certifique-se de que a peça já não esteja
muito “podrinha”.
No inverno você pode se sentir l ivre para
combinar qualquer look com um blazer de
bom corte ou um trench coach.
Opte sempre por sapatos confortáveis,
sejam eles de salto ou não.
Na hora de se maquiar, deixe a pele o
mais natural possível. Protetor solar,
pó, blush, rímel e batom/gloss não
podem faltar.
moda
[email protected] Santilonitexto:
21
Num mundo como o de hoje, saturado de regras,
no qual pessoas estão o tempo todo dizendo
“faça isso, faça aquilo”, vestir-se para o trabalho
deve ser, justamente, uma exceção à regra. Preparar-se
para encarar as atividades do dia a dia, sejam elas quais
forem, pode, sim, ser mais prazeroso do que se imagina.
Por essa razão, vamos esquecer por um momento (pelo
menos ao longo deste texto) todas aquelas regrinhas
sobre o jeito correto de vestir-se para trabalhar e tentar
manter nossas mentes focadas em uma coisinha muito
simples: bom senso.
Se você tem certa dificuldade em fazer
combinações modernosas de peças e cores adequadas
ao seu ambiente de trabalho ou então em saber o que
está na moda e como usar os devidos itens, não tem
erro: seja básico! Ao contrário do que muitos pensam,
dá, sim, para ser simples, discreto e elegante sendo
básico. Muitas pessoas, por querer estar na moda,
seguindo as últimas tendências, acabam fazendo
algumas combinações um tanto quanto “exóticas”
e não muito felizes. Elas esquecem uma coisa que
devemos ter sempre em mente: não é tudo que
combina com todos, não é tudo que combina com os
mais variados tipos de corpos e, principalmente, não
é tudo que combina com a sua personalidade, com
você (e consequentemente com seu trabalho).
Ao contrário do que muitos acreditam, o básico não é
chato, e muito menos careta. Pelo contrário, as chances
de errar quando apostamos em peças mais simples e
coringas, daquelas que não saem nunca de moda, são
muito poucas. Por exemplo, um ambiente corporativo
mais sério pede uma vestimenta mais social; uma boa
saída para as mulheres é apostar nas já conhecidas
pantalonas de alfaiataria (prestando sempre atenção
ao quadril – cheinhas não devem marcar muito essa
parte do corpo), ou nas saias lápis e envelope, que são
superelegantes e vieram com tudo neste inverno.
Já aquelas que se sentem mais seguras e querem
fugir um pouco das peças convencionais, arriscando um
pouco mais, podem também apostar na já adotada, e
amada pelas brasileiras, saia longa ou então se jogar na
tendência das saias midi deste inverno. Vale combinar
todos esses tipos de saias com camisas bem levinhas, em
tons clarinhos e neutros ou terrosos, que também vieram
para ficar nesta estação.
Para os pés das trabalhadoras, valem os sapatinhos
flat (sem salto), como as sapatilhas ou os mocassins
femininos, que, além de superconfortáveis, são também
uma boa escolha para as mais altas. E para as eternas
amantes do salto, nesta estação, os scarpins vêm com
tudo, agora com o bico mais afinado e o salto mais grosso.
Como nas coleções passadas, o estilo étnico ainda
continua muito forte. Também é possível acrescentar
ao look básico uma trança diferente no cabelo,
um lenço estampado ou uma maquiagem em tons
terrosos, para dar um toquezinho de outono-inverno
2012. Para os meninos, uma dica: mesmo numa roupa
social, por que não acrescentar um cardigã colorido
ou com uma estampa étnica localizada? Diferente e
atualizado, sem sair do social.
Enfim, sendo mais simples ou arriscando mais, o
importante é sempre se sentir bem e seguro no trabalho.
Se você está vestido adequadamente e com bom gosto,
com certeza passará mais credibilidade em relação àquilo
faz. O importante é associar seu estilo de se vestir à sua
personalidade e poder ir acrescentando (aos poucos, se
preferir) alguns itens para deixar sua produção mais
moderna e, ainda assim, com a sua cara. Afinal, você
faz com as suas roupas exatamente o que faz com o seu
trabalho: adiciona o seu toque pessoal.
moda
[email protected]ívia Marselha de Sousatexto:
23
Naquele dia, levantei às seis horas da
manhã. O sono não foi dos melhores, mas
não foi isso que me fez acordar cedo. Foi a
entrevista de emprego.
Queria saber quem é o abençoado que marca a
entrevista às 7h da manhã de uma segunda-feira.
No banho, o sabonete caiu umas novecentas vezes.
“Melhor partir para o shampoo... Melhor ainda, vou me
apressar antes que atrase.”
Olhei para o relógio e vi que eram 6h 34. “Quase cinco
minutos no ponto e o ônibus ainda não passou. Aposto
os dedos da minha mão que está atrasado de propósito.
O mundo está conspirando contra mim!”
No caminho para a entrevista não aconteceu nada
demais. Talvez tenha puxado assunto com algum senhor,
mas não me lembro de ter perguntado o nome dele.
Os problemas começaram quando cheguei à sala
de espera. Os outros candidatosencararam-me e
intimidaram-me. Alguém mais corajoso teve a ousadia de
me desejar boa sorte. “Boa sorte? Posso tirar o sustento
da sua família, não me venha com formalidades.”
A entrevista teve início e não sabia se estava indo
bem ou não. Ri umas trezentos e oitenta e três vezes,
de nervoso. Tentei parecer simpático. “Ponto negativo
ou positivo?” Todas as respostas que decorei antes de
dormir não eram faladas e os argumentos pareciam
simples demais. Surgiram algumas hipóteses: “Quando
acabar a entrevista vou puxar outro assunto, talvez uma
piadinha...hmmm...melhor não!”
Na hora imaginei se o entrevistador não tinha
ido com a minha cara... “Xii... melhor nem pensar...
Outra conspiração!”
A pior sensação era pensar que outras pessoas
passaram pela entrevista e imploraram pela vaga.
Definitivamente, não sei pedir uma chance. Decorei
frases e frases, e a entrevista acabou como todas as outras:
tchau seco e boa sortede consolo. “Maldito boa sorte!”
- Assim que tivermos uma resposta nós ligaremos,
fique tranqüilo!
Ficar tranquilo nunca esteve nos meus planos. “Falei
que era ansioso, não ouviu?”
Quando o entrevistador estipula um prazo é ainda
mais torturante:
- Essa vaga é urgente, para começarmos no início
do mês. Qualquer resposta, seja positiva ou negativa,
entraremos em contato na semana que vem.
Ficar tranquilo nunca esteve nos meus planos. “Falei que era ansioso, não ouviu?”
Quando o entrevistador estipula um prazo é ainda mais torturante:
Na hora imaginei se o entrevistador não tinha ido com a minha cara... “Xii... melhor nem pensar...
Juro que acreditei na sinceridade do cara. Voltei para
a casa e travei batalhas intermináveis com o tempo e
o telefone. A cada toque um desastre, ou melhor, cada
telefonema era um grito diferente:
- Se for pra mim, estou acordado!
- Deixa que eu atendo!
- Quem é? É pra mim?
Não era para mim, não era da empresa e os outros
telefonemas também não seriam. A única opção que
restou foi ligar para RH da empresa:
- Alô?! Eu fiz uma entrevista há pouco tempo para
uma vaga, meu nome é...
- A vaga ainda está em aberto, não se preocupe
ligaremos assim que tivermos uma resposta.
“Obrigado por nada”
Passaram-se os dias e a angústia só aumentou. Sair
de casa era arriscado, as compras no mercado eram
obrigadas a esperar depois do horário de expediente.
Com o passar do tempo, tudo voltou ao normal. Seis
meses procurando emprego e nada.“Culpa do governo”.
Na televisão, a notícia de que a taxa de desemprego
é a menor em dez anos. “Culpa da Igreja, sei lá...
Conspiração contra mim!”.
Nessas horas os amigos não podem fazer nada. O
único pensamento que não saía da cabeça “Por que
fazem questão de mentir? Vaga aberta, até parece...”
Então a culpa é da empresa. Se não for da empresa,
é daquele profissional de RH “Qual dos dois? O
entrevistador ou a mocinha do telefone?”. Culpa dos dois
e não se fala mais nisso.
Foram duas semanas de pessimismo nas veias,
artérias, unha, pele... Era o pessimismo e a ansiedade
reinando sobre o corpo e a alma. Até que alguém se
apresentou como Juliana, do RH:
- Alô! Gostaria de saber se ainda tem interesse em
trabalhar conosco?
Com a voz trêmula e pernas bambas, afirmei o básico:
- Tenho sim, claro!
Com a resposta, muitos pensamentos vieram
simultaneamente:
“Se eu tenho interesse... Claro que tenho! Pergunta
mais idiota. Não foi você que esperou uma eternidade
para conseguir um emprego, né?”
Agradeci a Ju (agora colega de trabalho) por telefone.
Em seguida, uma lista de agradecimentos: a minha mãe,
pai, amigos, irmãos. A alegria foi tanta que reservei um
obrigado especial ao Cara Lá de Cima, por não ter me
deixado fazer aquela piadinha ao final da entrevista.
Tenha em mente seus pontos fortes e pontos fracos.
Escreva o que você almeja para a sua vida profissional.
Busque informações sobre a empresa. Pesquise!
Treine em casa. Pense nas perguntas que podem lhe
fazer e ensaie as respostas.
Prepare-se também para responder por que você é o
candidato ideal para a vaga.
Mostre autoconfiança e uma boa dose de entusiasmo.
Gírias são terminantemente proibidas!
Autenticidade e naturalidade sempre funcionam.
Não interrompa o entrevistador.
Pergunte quais serão as responsabilidades do cargo.
Aproveite, em seguida, para explicar porque suas
qualidades se encaixam perfeitamente no perfil descrito.
Algumas dicas para se dar bem numa entrevista
Fonte:abril.com.br
crônicas
crô[email protected] Zanontexto:
25
Quem já se formou sabe do que eu estou falando. Quem está começando a graduação agora, melhor ler este texto até o final
Sim, caro leitor, você passou a vida toda ouvindo que
“Quem não cola, não sai da escola”. O ditado é velho,
mas carrega em si uma boa dose de verdade, afinal
não importa qual bom aluno você tenha sido, uma vez ou
outra precisou recorrer àquela anotação básica feita à lápis
no canto da carteira, numa folha escondida debaixo da
perna ou simplesmente copiou a resposta do colega ao lado.
Eis que um dia o segundo grau termina e o terceiro
grau (assim como uma queimadura) chega causando
certo medo. Em alguns casos, como o meu, por exemplo,
o primeiro medo é com o boleto do mês seguinte, mas
graças aos financiamentos estudantis e ao limite do
cheque especial esse susto logo passa, dando lugar a
outro: o do trote. Este um pouco mais difícil de fugir,
de ter o cabelo raspado, a cara pintada e todas aquelas
brincadeiras que nós conhecemos muito bem.
Superados os medos iniciais, chegou a hora de você
usar pela primeira vez o tão sonhado RA, que você
guardou com orgulho em um lugar especial dentro da
carteira, e passar pela catraca da faculdade. A partir daí,
mais cedo ou mais tarde, você vai aprender que escolher
as suas próximas amizades é tão importante quanto a
escolha do seu curso.
Acredite! A escolha do seu grupo de estudos pode
facilitar, e muito, a sua vida acadêmica. E a primeira
decisão que influencia na escolha das suas amizades é
definir em qual lugar da sala sentar.
Ficar nas primeiras carteiras é procurar um ambiente
um pouco mais seguro, mas ficar com aquela fama de
fazer parte da chamada “turminha da frente”. Escolher
o fundão é mostrar um espírito mais aventureiro, já que
ali é maior a probabilidade de conviver com pessoas que
não querem nada com nada ou ainda estão na dúvida
se escolheram o curso certo. O meio da sala serve para
quem está em cima do muro e prefere fazer um “estágio”
antes de decidir se nos próximos anos fica de cara com
o professor ou assisti às aulas vendo a bela paisagem
formada pelas costas dos colegas.
Independente do lugar que escolher, aconselho que
você aproveite as primeiras semanas para conversar
e procurar conhecer ao máximo os novos colegas, sem
preconceito ao lugar em que eles estejam sentados. Os
bons valores estão espalhados por toda parte da sala.
Meus quatro anos de jornalismo serviu para ensinar
coisas sobre o capitalismo, a sociologia, o poder da
linguagem, a importância do lead e também para
para mostrar que um grupo de estudos, via de regra, é
formado por quatro perfis diferentes:
O pesquisador: É a pessoa responsável por anotar o
que o professor pediu, fazer toda a parte de pesquisa do
conteúdo e ver com as pessoas dos outros grupos o que
eles estão fazendo pra ver se aproveita alguma ideia.
O realizador: Recebe o material do pesquisador(a),
que fez a gentileza de mandar tudo sem formatação,
com as mais diversas fontes, cores e links em um único
arquivo de Word. Ele aproveita cerca de 5% da pesquisa,
faz outras, tira dúvidas com o professor, escreve todo o
conteúdo e prepara a bibliografia.
O pesquisador: É a pessoa responsável por anotar
o que o professor pediu, fazer toda a parte de pesquisa
do conteúdo e ver com as pessoas dos outros grupos o
que eles estão fazendo pra ver se aproveita alguma ideia.
O produtor: Faz toda a organização do grupo:
“divide” as tarefas, manda os e-mails, avisa sobre
os prazos e, se for o caso, negocia uma nova data de
entrega com o professor. Imprime o trabalho e leva
tudo no dia da apresentação.
O orador: Conhecido também como o “profeta”.
Recebe o trabalho dias antes da apresentação, más só
dá uma lida na última hora. Conversa com o realizador,
aproveitando para grifar alguns trechos do trabalho, e
apresenta (geralmente com uma fluência inacreditável)
o resultado para toda a classe.
Agora que você já conhece os perfis é só ver aquele
que mais combina com você e procurar entre os colegas
alguém que se encaixe nas outras três vagas! Ou você
consegue imaginar um grupo formado somente por
pesquisadores, realizadores etc.? Não daria certo.
Outra dica valiosa é que independente do perfil
que você se encaixe, procure fazer em cada trabalho
uma função diferente. Que tal meter a cara como
produtor? Fazer às vezes de realizador ou exercitar o
seu dom de profeta?
Além de fazer bem pra você, isso te ajuda na hora em
que as brigas no grupo começarem, afinal elas sempre
acontecem. Vai ser difícil alguém colocar o dedo na sua
cara e dizer que você é acomodado e faz sempre a mesma
coisa em todos os trabalhos.
E se a briga for feia, reúna o pessoal e leve todo
mundo pro bar. É lá que as amizades se renovam!
crônicas
[email protected] Mafratexto:
27
[email protected] sem FreioIlustração:
Sete de setembro, data tão festiva, mais uma piada
nessa terra tão querida. Sete de setembro, data tão
festiva, celebrar a farsa dessa terra tão querida.”
Diz o refrão da banda Blind Pigs em protesto ao desfile
cívico da independência e ao patriotismo efêmero
adotado pelos nativos durante o citado feriado.
Certamente poderíamos enumerar muito mais
heranças negativas do que positivas do colonialismo
português, mas o grito de liberdade brasileiro por sua
vez não se consolida como um marco revolucionário
nacional. Alguns até ousam afirmar que o imponente
quadro de Dom Pedro I, montado no cavalo, com a espada
em punho, dizendo a emblemática frase: “Independência
ou morte”, não passou de uma invenção de Dom Pedro
II a fim de proporcionar ao pai um momento de glamour
na história recente. Se houve ou não tal passagem a beira
do rio, ninguém atualmente poderá confirmar, porém o
que temos de certo é que a política da troca de interesses
é mais antiga do que podíamos imaginar.
Desde a independência do Brasil à abolição da
escravatura, passando pela proclamação da república,
decisões foram tomadas mediante a conchavos em
prol de beneficiários de elite. Consequentemente tais
aprovações trouxeram de forma ou outra aspectos
positivos para a população em geral.
Antes de sairmos levantando bandeiras e fazendo
juras de amor à república, devemos lembrar que já não
somos uma colônia, portanto possuímos livre poder de
governo teoricamente não explorador há quase duzentos
anos e se avaliarmos as condições sócio-econômicas em
que grande parte da população encontra-se, talvez não
tenhamos o que comemorar. Comparando o tempo de
independência brasileira, exatos 190 anos, com o período
em que a Rússia não faz mais parte do mal sucedido
sistema governamental comunistas, pouco mais de
20 anos, guardando as devidas proporções, verão que
governos corruptos e/ou inexpressivos juntamente com
uma população historicamente omissa não nos vêm
oferecendo um bom retrospecto.
Não se trata de ser paga pau de gringo e achar que
somente nosso país tem problemas, mas sim apontar
exemplos que em alguns segmentos detectamos serem
mais organizados e acreditar que também possamos
chegar lá.
Mesmo depois de ver que ainda temos muito que
percorrer para podermos ostentar nossa nacionalidade
sem asteriscos ou poréns, não sou eu quem vai ser
contra o tão aguardado feriado. O dia de recesso
transcende o seu significado, as pessoas querem dormir,
se divertir, esquecer da rotina, não importa se é dia da
independência, natal ou carnaval. Quanto ao desfile
cantado pelos punks do inicio do texto, não vá ver os
armamentos antiquados,soldados mal treinados e os
tanques enferrujados. Use esse sete de setembro para
chegar em casa as 8:00 dormir até as 16:00 e ao final do
dia questione seu governo sobre tudo que não concorda e
que precise de melhorias. Faça disso um hábito.
Pérolas aos porcos que pintam as ruas em monocromacia. Q uando eu estava na 7ª série, acreditava
que todas as pessoas que queriam
muuuito algo conseguiam. O Lucas,
menino por quem eu era apaixonadinha na sala,
brigava comigo em todas as aulas de história,
momento em que eu resolvia expressar minha
opinião. Dizia sempre: “Você vive num mundo
cor-de-rosa, um mendigo não deve conseguir
as coisas tão fáceis como você”. Passou-se o
tempo, e eu comecei a mudar meu pensamento,
vi que o tal garoto tinha lá seus motivos para
pensar assim, e o mundo não é algo tão simples
assim. Envolve todo um sistema complexo e
grandes situações desanimadoras por trás de
todos os sonhos.
Agora – depois de sete anos! – acho que
voltei para aquela ideia não tão absurda quanto
imaginava há um tempo.
Sério, não me julguem. Eu sei de todas as
dificuldades das pessoas, que nada é tão fácil
quanto parece, etc., mas dá para chegar lá. Claro
que alguns sonhos são mais viáveis que outros.
Ir para a Lua com certeza é bem mais difícil que
conseguir emprego numa agência X ou viajar o
mundo conhecendo peixes exóticos, mas não é
impossível. Para se realizar, os sonhos dependem
do esforço e da vontade de cada um, de quanto a
pessoa está disposta a abrir mão de determinadas
coisas para conseguir a outra. É tudo questão de
planejar, correr atrás e acreditar.
E eu me recuso a acreditar que isso que
estou dizendo (ou escrevendo) não é real.
Prefiro acreditar no lado cor-de-rosa da vida,
no Renato Russo e seu “quem acredita sempre
alcança” e coisas assim. Senão, que graça teria?
Eu sei, há vezes em que desejamos muito algo,
fazemos de tudo para dar certo, colocamos toda
a nossa força de trabalho e de vontade, e... não
rola. É frustrante e, na real, bem triste. Mas não
é o fim – ainda bem! Não dá para simplesmente
desacreditar na vida e matar um sonho. Às vezes
precisamos quebrar a cara para ficar mais fortes,
aprender truques e outras maneiras de fazer
a mesma coisa. Ou, quem sabe, ver que não é
sua praia mesmo e começar a almejar outros
caminhos. Não dá para saber que trilho irá
percorrer, mas, com certeza, serão aqueles que
trarão aprendizados e histórias para contar. Às
vezes, pensaremos em desistir, em jogar tudo para
o alto, em sair correndo, em gritar o mais alto que
conseguirmos, para chegar ao final e ver que lindo
começo temos pela frente. Porque, pelo pouco
que sei da vida, é assim com todo mundo. Quando
conseguimos o que queremos, imediatamente
já temos outros sonhos para traçar e colocar em
prática. Não nos contentamos com quase nada,
então não me contento com pessoas abdicando de
realizações (só se for para ter outras) e achando
tudo difícil, tudo confuso, tudo longe, tudo cinza.
O.k., as coisas podem ser difíceis, mas mesmo
assim são fáceis. Porque, quando amamos aquilo
que queremos fazer, por mais árduo que seja
o percurso, ele será também lindo. Cheio de
vitórias, sorrisos e amor. Então, não me venha
dizer que é impossível, que não é igual para todo
mundo ou aquele milhão de desculpas que você
vai arrumar só para deixar de batalhar. Porque,
para mim, é só preguiça e medo. E eu já estou de
saco-cheio de pessoas assim.
crônicas crônicas
[email protected] [email protected] Souza Giovanna Offertexto: texto:
31
facebook.com/youdometootexto: redação
33
música
O que levou vocês a criarem um projeto
Pop Folk sendo que no Brasil não é tão
comercial?
Tudo aconteceu como uma tentativa de
exteriorizar essas coisas que chamam por aí
de “inquietudes artísticas”. Não estávamos
preocupados em analisar o mercado ou em
fazer algo comercial para aparecer na
mídia. Só queríamos explorar nossa
criatividade, criando um universo
lúdico inspirados em músicas e fi lmes
alternativos que tínhamos em comum.
Isso aconteceu desde a criação de
alguns de nossos próprios instrumentos,
figurinos, até na idealização e produção
de vídeos bizarros, que tínhamos
como intuito mostrar para os amigos
e nos divertir. Talvez, fazer algo
despretensioso tenha feito a diferença e
nos dado essa identidade.
Qual a participação da internet na
construção e trajeto do YouDoMeToo?
Total! As redes sociais unem as pessoas, a
tecnologia acessível e os home studios dão a
possibi l idade delas gravarem suas músicas e a
própria internet vira palco para a divulgação
de seus trabalhos. As novas mídias sociais
ajudam a fortalecer esse ciclo. Nosso projeto
é um desses casos em que a internet nos abriu
portas para o contrato com uma gravadora
espanhola.
E o que está rolando no Playlist de
vocês?
É tanta coisa boa que achamos na internet
que a cada dia descobrimos novas bandas que
nos surpreendem. Ontem escutamos Angus
e Julia Stone o dia todo. É muito incrível o
poder de alcance que as bandas tem e como
elas aproveitam isso. A gente curti muito
Sweel Season, que fez a trilha sonora do filme
A dupla cria alguns de seus instrumentos, como o uku-lelê feito de lata de bolacha, uma forma de experimen-tação sonora.
Figurinos lúdicos funcionam como uma tentativa de transpor a arte além da própria música.
Utilizam de elementos cool, curiosos e abstratos na criação dos videos, que são idealizados, produzidos e dirigidos por eles mesmos.
A criatividade autêntica e a internet possibilitaram o contrato com a gravadora espanhola Elefant Records.
Apontada como tendência e artista que pode brilhar daqui a pouco no cenário musical
Capa do Vinyl 7 ‘’ lançado recentemente. O retorno da mídia é nova onda do cenário alternativo.
A dupla, que se conheceu pelas mídias sociais, Luna May e Nat de Abreu chega ao cenário de novas bandas como uma promessa do Pop Folk nacional. A criatividade lúdica, as vozes doces e a sonoridade tímida quase infantil, fizeram com que a música do casal voasse longe, ultrapassassando fronteiras culturais e pousando em ouvidos extrangeiros. Kawaii *-*
Assista aqui o videclipe Heart Skips a Beat
www.facebook.com/youdometoo
Once, motivo de grande inspiração e criação
do nosso projeto. Também somos apaixonados
por Bon Iver, Fiona Apple, Chico Buarque, Los
Hermanos.. . é muita coisa.
Quais novidades podemos esperar?
Estamos lançando um vinyl 7’ ’ para a coletânea
“ New Adventures in Pop” pela gravadora
Elefant Records, produzindo videoclipes
e nas horas vagas, tocamos nosso disco ao
contrário pra ver se descobrimos mensagens
subliminares.
“She & Him se encontrando com as esquisitices do Cocorosie, Bright Eyes temperado com muito açúcar, Regina Spektor dissolvida em um universo pueril. O projeto realça de maneira suave uma música folk cor de rosa que parece promover a trilha sonora exata para uma manhã ensolarada. O casal consegue em poucos segundos transportar o ouvinte para um universo mágico de sensações sempre acolhedoras...”
Depois de ter passado vergonha na festa da
noite anterior, você começa a raciocinar
e percebe que não sabe mais o que fazer
para atrair a atenção daquela veterana metida
pra caramba. Quer uma dica? Monte uma banda,
rapaz! Pronto, você vai tocar nas festas da facul,
entrar de graça, fingir que é o gostosão em cima
do palco... “as mina pira”... or not!
Chega segunda-feira. Todo mundo comenta:
“Nossa, vocês viram a fulana-que-caiu-da-
escada-e-quebrou-todos-os-dentes?”. Vem
aquele seu amigo e fala: “Velho, você é um
babaca, você lembra que você tentou mijar na
pista?”. Daí chega aquela veterana e comenta:
“Nossa, a festa tava SUPERLEGAL, MEO. Aquela
banda que tocou tava SUPERLEGAL, MEO!”
Bixetes bêbadas e histéricas à parte, o
sucesso de uma festa está ligado a duas coisas:
1. O que vai ter para beber e 2. O que vai tocar?
A primeira parte é fácil , é só falar que vai ter
open bar de gasolina e sais de banho que já está
tudo certo. Agora, escolher a música é sempre
aquela coisa: “Meu, sensacional, vamos colocar
uma banda de sertanejo e o Mr. Catra!”. Daí
vem aquele pessoal que não gosta de sertanejo
e fala: “Gusttavo Lima e você é o $%$#!!”
Mais uma vez, os organizadores sentam-se e
decidem: “Ah, vamos colocar então um cover de
uma banda de rock que todo mundo curte.. .” De
novo, aparece alguém e fala: “Rock, não. Festa
não tem que ter rock, tem que ter eletrônico!”
Nunca dá para agradar a todos, isso é fato.
Mas, normalmente, os centros acadêmicos
buscam bandas de alunos da própria faculdade
para, é claro, reduzir os custos da festa e, por
outro lado, dar uma chance para o pessoal
mostrar o seu trabalho, porque, como já diria
o Mussum, “num tá fácil pra ninguém negadz!”
Pensando nisso, fui atrás de bandas que
se formaram nas universidades para tentar
entender por que essa galera se uniu e decidiu
fazer um som juntos.
Nessa busca cheia de vocalistas emotivos e
bateristas deixados de lado, encontrei o Swing
da Vovó, uma banda formada por ex-alunos
da ESPM/SP. Daqui para frente, apresento a
entrevista que fiz com o pessoal.
offline: Como começou a história da
banda?
Swing da Vovó: A gente se conheceu no 1º ano
da faculdade, todos tocavam na Bateria ESPM.
Uns já tinham banda, outros sempre quiseram
ter, mas nunca tinham achado um pessoal que
tivesse os mesmos pensamentos.. . O tempo
passou, o contato diminuiu, e foi só depois de
todos se formarem que, em uma conversa de
fim de semana, decidimos começar o projeto.
offline: Swing da Vovó? Essa véia deve
ser danada né?
Swing da Vovó: Pois é, a velha é safada
mesmo. Ouvi dizer que participou de um
swing, lá naquele carnaval de 1940... Acontece
que gostou e ficou viciada. Ah, e perdeu umas
calcinhas por lá.. .
offline: Sei... Mas de onde surgiu esse nome?
Swing da Vovó: Na verdade, não faço ideia.
A gente se reuniu, pensou, pensou... Tudo o que
saía ficava ruim... Uma hora falaram: “Pô, vamo
falar que é o Open Bar da Vovó”, porque aí o
pessoal podia achar que era open bar e apareceria
nos lugares que a gente fosse tocar. Aliás, o nosso
primeiro show foi assim mesmo. Depois a gente
achou melhor mudar, com medo de apanhar da
galera que chegasse lá e visse que não era open
bar p* nenhuma... A gente tinha gostado da hist
ória da Vovó, então surgiu a ideia do nome ser
Swing da Vovó, para falar dessa velha safada que
ia sortear calcinhas nos shows.
offline: Vocês sorteiam calcinhas? Usadas?
Swing da Vovó: Na verdade, não; só calcinhas
novas, eu juro! No fim, o nome ajudou bastante,
porque a gente criou a personagem Dona Vovó,
que interage com o pessoal no Facebook, posta
foto de docinhos caseiros, dá resumos das
novelas e fica cutucando a galera com quem,
segundo ela, quer dar uns amassos em cima da
mesa do bingo.
offline: Vocês estão tocando em algum lugar?
Swing da Vovó: Atualmente, a gente toca às
quintas-feiras no Joaquina Bar, que fica em
frente à ESPM. O bar é um lugar muito bom
por diversos motivos, como a localização, por
exemplo. Lá, não tem erro: sempre vai ter
alguém da ESPM, ou da BA, ou algum mendigo
loucão que aparece para dançar. O público é
bom, e o pessoal do bar curte o nosso trabalho.
offline: E o que vocês tocam?
Swing da Vovó: A gente toca um pouco de
tudo. É uma suruba louca, por isso “Swing”. Tem
um pouco de Mamonas, Raimundos, Santana,
Britney, O Rappa, Led Zeppelin.. . Pode parecer
uma salada, mas a ideia é tentar fazer um set
que agrade a todos.
offline: Vocês pensam em fazer músicas
próprias?
Swing da Vovó: A princípio, estamos vivendo
só de covers.. . Mas a ideia é, com o tempo, criar
um material autoral para ajudar a divulgar
ainda mais a banda.
offline: Falando nisso, como vocês
fazem para divulgar a banda?
Swing da Vovó: Temos duas páginas no
Facebook, uma da banda e outra da Dona Vovó.
Esta semana a gente recebeu os cartões, e acho
que agora a coisa vai começar a ficar legal, com
uma cara um pouco mais séria. Um pouco, porque
com esse nome não dá para achar que a coisa vai
mudar totalmente...
offline: Cabe mais gente nesse swing?
Swing da Vovó: Com certeza! Posso vender
o peixe aqui? Curtam a página do Swing da
Vovó. Lá vocês ficarão sabendo de novidades
da banda, shows, fotos de quem ganhou as
calcinhas e promoções. Ah, curtam a página
da Dona Vovó também. Ela está louca para
conhecer mais netinhos, If u know what i mean.
Essa matéria foi o início de uma sessão que
trará histórias de bandas universitárias. Quer
ver sua banda aqui? Mande um email para off-
[email protected]. Vai que aquela veterana
pega a revista para ler!
Contatos:
www.facebook.com/swingdavovo
www.facebook.com/donavovo
música
facebook.com/swingdavovoRedaçãotexto:
37
A minha vida inteira foi ligada ao skate. Quando eu
tinha seis anos de idade em 1982, meu padrinho
chegou em casa e tocou a campainha, eu fui abrir
a porta e ele estava com um skate Bandeirantes e um par
de patins na mão, quando ele me viu falou pra escolher
rapidamente qual eu preferia, e lógico que escolhi o
skate. A partir desse dia nunca mais abandonei o esporte
e pode-se dizer que o skate direcionou minha vida. Com
mais ou menos dez anos de idade, eu comecei a levar mais
a sério apesar de ser um esporte quase desconhecido no
Brasil. Com doze pra treze anos o esporte entrou de vez
na minha veia, comecei a frequentar a pista QG, que
ficava em um beco embaixo da Henrique Schaumann
com a Artur de Azevedo e outras pistas por aí. A cena
do skate estava crescendo mesmo com o preconceito
por parte da sociedade e da prefeitura de SP, quando
era praticamente proibido praticar esse esporte taxado
de esporte de marginal. Nessa época eu tinha o sonho
de me tornar profissional assim como, Christian Hosoi,
Tony Hawk, Álvaro Porquê, Steve Caballero, Salba, Jeff
Kendall, Tony Alva e tantos outros...
Nos anos 90, o esporte mudou muito, principalmente
na modalidade street com a inclusão de manobras
de Flip (Giro) originais do freestyle, o que ocasionou
uma revolução no esporte em termos de variações de
manobras, apesar de não haver uma quantidade muito
grande de pistas boas como ZN, Prestige, São Bernardo
do Campo e São Caetano nessa década. Apesar de eu
sempre ter tido minha vida ligada ao skate, nunca tive
muita vocação para campeonatos portanto logo percebi
que não viveria desse esporte, infelizmente. Mas algo
bom disso tudo eu teria que tirar, o skate me ensinou o
respeito, formou meu caráter, me proporcionou um estilo
de vida que carrego até hoje inclusive em minha carreira
como músico, alem de ter feito inúmeras amizades que
mantenho até hoje no meu cotidiano e no meu trabalho.
Na música encontrei uma forma de viver alternativa
assim como esse esporte que amo tanto, pois comecei
a ouvir PunkRock justamente no contexto do skate, da
rua, etc... Sempre gostei de andar em qualquer lugar,
atualmente ando muito em São Bernardo do Campo,
gosto muito da pista de Piracicaba, as do litoral norte de
SP ou em qualquer pista que faz eu me sentir a vontade.
Hoje tenho 36 anos de idade, estou muito satisfeito
com o meu rolê e sou feliz por olhar pra trás e ver que tive
uma trajetória ligada a esse esporte mágico, sem muitas
dúvidas do que seria de mim, vencendo ou não na vida,
eu nunca teria largado esse lifestyle!!
Abraços
Badauí
universitários (Chalita, Mackenzie e Haddad, USP) e
uma delas, a Soninha, estudou comigo na ECA. Disso,
concluo que a universidade é uma fonte potencial para
futuros políticos. Fiquem de olho, vocês aí, que estão
freqüentando a faculdade. Nunca se sabe o dia de
amanhã... eu me tornei um baterista profissional e vivo
disso. E juro que não esperava.
Em breve, estaremos preparando algo inédito em
termos de punk-rock brasileiro. Um acústico. Isso
mesmo. Quem diria, o CPM22 fazendo um show acústico.
Pois é, o mundo dá voltas e nós estamos ficando menos
novos. E mais incrível, estamos com vontade de fazer
isso (algo que era inimaginável para nós, tempos atrás).
O que mais nos motiva é lembrarmos que todas as nossas
músicas, inclusive as que foram para o rádio e que têm
clipe (como Regina Let´s Go, Tarde de Outubro, Não sei
Viver, Um minuto para o fim do mundo e Irreversível)
foram compostas no violão. Dele saíram, foram para as
guitarras, e agora retornam ao formato original. Pra mim,
que toco bateria, vou ter que repensar alguns arranjos e a
forma ou intensidade para as músicas. Vamos ver como
vai ficar, estamos animados.
É mais uma vez um prazer estar aqui para falar
com vocês, leitores da Offline. Nesta edição, eu
vou contar um pouco o que tem acontecido com
a banda – as novidades, o que tem rolado de shows e de
curiosidades. Além disso, vou falar de um assunto que
está sendo bastante discutido, que são as eleições.
Nestes últimos meses temos viajado bastante para
alguns lugares diferentes, inclusive alguns onde nunca
tínhamos tocado e alguns outros pra onde fazia muito
tempo que não voltávamos. A cidade com o nome
mais improvável que visitamos chama-se “Catas Altas
da Noruega”, em Minas Gerais. Por que esse nome?
Fiz questão de descobrir, perguntei para o prefeito.
Catas: mineração (cata-se o ouro no rio), altas (fica na
montanha a cidade), Noruega (o significado etmológico
da palavra é uma terra que recebe pouco sol, na encosta
de montanhas).
Outra cidade interessantíssima pra onde fomos, mas
que já tínhamos ido, é São Luiz do Maranhão. A terra do
reggae no Brasil e a terra onde o Guaraná local, o “Jesus”
é mais consumido até que Coca-Cola (tanto que a Coca
comprou a marca). Lá você ouve reggae andando pela
rua, e dos bons, de raiz mesmo.
Um assunto que tem movimentado muito as
conversas são as eleições. Aqui em São Paulo, temos
uma bela briga de fortes candidatos, e o que mais
me chama a atenção é que dois deles são professores
música música
facebook.com/cpm22official facebook.com/cpm22officialBadauí Japinhatexto: texto:
39
.com
É importante manter seu currículo
virtual atualizado: Já ouviu falar no Linkedin?
É como um Facebook, só que com foco 100%
profissional. Lá, “amigos” são as pessoas com
quem você já trabalhou ou estudou, seu perfil
não inclui frases da Clarice Lispector, só a sua
experiência profissional, e os testimonials são
as recomendações de ex chefes e colegas de
trabalho. É enorme o número de empresas que
já estão usando essa rede para recrutar pessoas
e anunciar vagas. Além disso, participando de
grupos de discussão no Linkedin sobre assuntos
do seu interesse, você pode aumentar sua rede
de contatos. Fica a dica: www.linkedin.com
O emprego que você procura pode estar
na web: Existem diversos sites, blogs e perfis
no Twitter/Facebook que podem te garantir um
emprego. O @trampos , no Twitter, é um dos
exemplos mais famosos, mais focado em vagas
no mercado publicitário. Mas independente da
área, uma busca por vagas do seu ramo nesses
canais é um ótimo jeito de ficar por dentro.
. Seguir a empresa onde você quer
trabalhar é sempre útil: descubra se a empresa
que você mais ama no mundo tem perfil em redes
sociais. Muitas companhias usam as redes para
anunciar vagas, e mesmo que não façam isso, é
uma forma de estar sempre atualizado sobre a
firrrma caso você consiga uma entrevista – ou
esbarre no seu futuro chefe em um evento.
uando se fala na combinação entre trabalho e internet, o assunto vai longe. Afinal, quem
nunca morreu de inveja das webcelebridades que, depois de um vídeo engraçadinho,
começaram a cobrar fortunas por um tweet? Ou passou o dia acompanhando a vida dos
amigos no Facebook, e no fim do dia, se deu conta de que aquele relatório importantíssimo não ficou
pronto sozinho? Pois é.
A internet e as redes sociais podem te garantir o emprego dos seus sonhos – e provocar sua
demissão também. Por isso, vale lembrar que:
1
Q
2
3
A internet pode pagar suas contas:
A web é livre para você montar seu próprio
canal e mostrar seu trabalho para o mundo.
Sabe tudo de um assunto? Monte um blog! Tem
um portfólio pra mostrar? Hospede em uma
ferramenta como o Carbonmade.com . Quer
se aprofundar em um tema? Busque contatos,
tutoriais e grupos de discussão na internet.
Existe muita gente talentosa no mundo, e é
enorme a quantidade de coisas interessantes
que estão aí, a um Google de distância.
Seu futuro chefe vai te procurar no
Google: Seu desabafo sobre um ex-namorado
no seu blog, uma foto do último carnaval, e
os milhares de palavrões que você publicou
no último jogo do Corinthians – tudo isso
pode ser visto por alguém que está pensando
em te entrevistar. Todo mundo tem o direito
de expressar o que pensa, mas lembre-se que
sua imagem virtual engloba todas as suas
redes, não só a que você quer. Por isso, vale
pensar duas vezes antes de publicar uma foto
comprometedora, ou pelo menos filtrar seus
perfis para amigos e não amigos. Ou então,
torça pro seu entrevistador não ser corintiano.
Na hora do trabalho, a internet é uma
aliada: desde um dado importante para uma
apresentação até uma indicação de livro, a web
está recheada de coisas interessantes. Seguir
perfis de portais que falem de atualidades e da
área em que você atua ajuda você a ficar ligado
em tudo o que acontece.
Vale tomar cuidado com as distrações:
Quantas vezes você checa seu e-mail por dia?
E o Facebook? Se você deixar, vai passar o
dia inteiro Rindo no Face e não vai fazer nada
da vida. Separe alguns momentos pra isso –
por exemplo, 15 minutos antes do almoço,
15 minutos antes de ir embora – e no resto
do tempo, garanta o leitinho das crianças,
pelamordedeus.
Você pode relaxar quando for
necessário: Aquela reunião foi péssima?
Trabalhou feito louco a semana toda e não
está mais conseguindo? Está sem job? Todo
mundo merece um descanso, e a internet está
recheada de distrações. Se você já fez o que
tinha que fazer – ou está querendo ser demitido
mesmo – aproveite um pouquinho. Você vai até
render mais depois.
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8
web 2.0
[email protected] Longhi texto:
41
Fala ae pessoal!
Nessa edição da Revista Offline, estrearei minha
coluna falando das experiências de bike, das facilidades,
das roubadas, dicas e, porque não, das descobertas feitas
nas pedaladas por São Paulo.
Acho que essa coluna vem uma boa hora, já que o tema
“ciclista em São Paulo” está em pauta em sites, jornais,
revistas, na TV. Quase que diariamente, o assunto vem
cercado de polêmicas onde os ciclistas reivindicam o
direito ao seu espaço (isso é lei!), o Código Nacional de
Trânsito prevê uma série de artigos dedicados ao ciclista,
com seus direitos e deveres. Não vou abordar essas leis
aqui, mas vale dar uma conferida no site do próprio
Denatran (www.denatran.gov.br), que tem uma versão
em PDF do CNT.
Minha abordagem também não será de ciclo-
ativismo, já tem pessoas qualificadas e grupos que
fazem isso muito bem, e há bastante tempo. Atuantes,
eles escrevem blogs, colunas, organizam e divulgam
Bicicletadas, reuniões de ciclistas em determinado dia
e horário para reivindicações, protestos, divulgações do
uso da bicicleta como meio de transporte, etc.
Bom, vou relatar um pouco da minha experiência
com a bike, que “recomeçou” há pouco tempo, em uma
viagem à Paris. Há anos não pedalava, quando sugeri a
duas amigas: “por que não utilizarmos o Vélib (sistema
de aluguel de bike por hora) para rodar pela Cidade Luz”.
Aprendi duas coisas nesse dia: a primeira, é que eu
realmente gostava de bicicleta, e a segunda, ler bem as
regras de utilização e dar atenção redobrada aos detalhes,
ainda mais se você não fala a língua, pois ficamos por
horas usando a mesma bicicleta, e eu paguei uns $ 30
euros pelas 3 bikes no meu cartão de crédito.
Passado um tempo dessa experiência, pensei por que
não ando de bicicleta em São Paulo?
Trânsito? Risco de queda? Bom, o trânsito de Paris
não fica muito atrás do trânsito da capital paulista, e a
ciclovia, em alguns pontos, divide o mesmo caminho
com os ônibus. Risco de queda, isso é consequência,
requer cuidado e atenção na condução da magrela.
Resolvi arriscar.
Fui para NY no ano passado, e já tinha em mente
que queria uma bicicleta dobrável (folding bike), muito
difundida por lá. Aqui era difícil de achar uma do jeito
que eu queria, e as que tinham eram muito caras. Acabei
comprando uma usada, de uma marca tradicional, um
modelo bem pequeno. Ela causa estranheza nas pessoas,
ao ver um adulto com uma bicicleta que parece mais um
modelo infantil.
Mas não foi só comprar a bike e cair na estrada (ou
melhor, na rua), existe uma segunda etapa: vencer o
“seu” preconceito em andar de bicicleta. A princípio é
meio estranho pois, algumas pessoas te olham como se
você fosse de outro planeta (não, não é só porque a bike
é pequena). Acho que vai contra o que a sociedade prega:
“Fez 18 anos, tirou a carta, agora você é motorizado! Não
tem carro?! Se tiver a habilitação categoria A, que tenha
no mínimo uma moto, uma scooter vai... bicicleta? Não,
isso não é veículo, é brinquedo, é lazer de fim de semana.
Então eu mesmo arrumava desculpas: “Ah! Não
tenho capacete. Ah! Hoje tá chovendo. Ah! Hoje tá sol
demais”. Passaram-se meses e eu tinha pedalado umas
poucas vezes, mas isso tinha que mudar!
Comecei a ir de bike para o metrô mais próximo de
casa, cerca de 1,5 km. Era fácil, rápido e aquele vento
na cara era a melhor parte, e ainda dava pra deixar a
magrelinha no bicicletário de manhã e pegavar a noite.
Minha primeira impressão foi ver que eu não estava só,
quando chegava lá, tinham outras bikes estacionadas.
Outro fator que pesou: a bicicleta se tornou melhor
opção que o ônibus, que era lotado, demorado, e me
deixava cerca de 500 metros de casa...
Mas tinha que avançar, comecei assim, incorporando
a bikezinha no meu dia a dia, descobrindo como manter
a qualidade de vida sobre duas rodas, me divertir, me
locomover, compartilhar o espaço que é de direito.
E essas primeiras pedaladas já me mostraram que
histórias não faltarão.
Bora pedalar!?
Apesar do ciclismo ser muito popular em São Paulo, e a cidade ainda possuir espaços destinados para a prática deste esporte, muito precisa ser feito para que possamos pedalar com segurança
cotidiano
[email protected] Juniortexto:
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www.offline.com.br
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