Download - Os 3 primeiros objectivos do milenio
Escola Secundária Infanta Dona Maria
2012/2013
Economia C
12ºH
Os Objetivos de
Desenvolvimento Do Milénio:
1, 2 e 3
Grupo:
Ana Carolina Simões de Sousa nº2
Francisco Miguel Guerra nº4
Renata Alexandra da Cruz Rasteiro nº17
Objetivos do Milénio
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Objetivos do Milénio
Índice
Índice de Figuras .........................................................................................................................2
Introdução....................................................................................................................................3
Explicitação do conceito ODM....................................................................................................4
Explicitação dos objetivos............................................................................................................6
Metas a atingir..............................................................................................................................8
Promover a Igualdade de Género e o autonomia das Mulheres..................................................17
Relação com os direitos humanos..............................................................................................21
Perspetivas.................................................................................................................................23
Conclusão...................................................................................................................................25
Bibliografia................................................................................................................................26
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Objetivos do Milénio
Índice de Figuras Gráfico 1.......................................................................................................................................9
Gráfico 2.....................................................................................................................................10
Gráfico 3.....................................................................................................................................10
Gráfico 4.....................................................................................................................................11
Gráfico 5.....................................................................................................................................13
Gráfico 6 ....................................................................................................................................15
Gráfico 7.....................................................................................................................................17
Gráfico 8.....................................................................................................................................18
Tabela 1......................................................................................................................................22
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Objetivos do Milénio
IntroduçãoQuando surgiu a possibilidade de realizar um trabalho no âmbito da disciplina de
economia, foram vários os temas de que nos lembrámos. No entanto queríamos algo atual, algo
do presente, com impacto nas nossas vidas quotidianas. Por isso mesmo decidimos abordar o
tema dos Objetivos do Milénio.
Não podemos desiludir os milhares de milhões de pessoas que esperam que a comunidade
internacional cumpra a promessa de um mundo melhor contida na Declaração do Milénio.
Cumpramos a promessa
Palavras do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Kin-moon
Com estes objetivos pretende-se chamar a atenção para certos aspetos da nossa
sociedade visto que representam a promessa mais importante alguma vez feita às pessoas mais
vulneráveis do mundo. A redução do fosso entre os países desenvolvidos e os países mais
pobres tornou-se, assim, o desafio mais importante no quadro da cooperação para o
desenvolvimento. E é aqui que nós entramos! Queríamos perceber melhor toda esta colaboração
entre países e ter uma noção do que já foi realizado e do que ainda tem de ser feito.
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Objetivos do Milénio
Explicitação do conceito ODMSão oito os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) a serem alcançados até
2015 que respondem aos principais desafios mundiais de desenvolvimento. Os ODM são
propostas de acções e alvos contidos na Declaração do Milénio adotada por 189 nações e
assinada por 147 chefes de estado e de governos durante a Conferência do Milénio da ONU em
Setembro de 2000.
Os ODM pretendem sintetizar, num único pacote, vários dos compromissos mais
importantes feitos separadamente na conferência internacional de 1990. Para além dessa síntese
reconhecem explicitamente a relação entre crescimento, redução da pobreza e desenvolvimento
sustentável e são baseados em objetivos avaliáveis num tempo limitado e acompanhados por
indicadores para monitorizar o progresso.
Ao longo da década de 90, várias Reuniões de Alto Nível indicaram a necessidade de
uma nova parceria alargada, para fazer face a questões emergentes que ameaçavam, e
continuam a ameaçar, a ordem internacional. Temas como o desenvolvimento sustentável, a
população, os direitos humanos, a igualdade de género e o carácter multidimensional e
transversal da pobreza, do ambiente ou da saúde passaram a integrar os grandes debates
mundiais, revelando-se urgente uma nova abordagem, na forma de se compreender o sistema
internacional.
Em 2001, em resposta ao pedido dos líderes mundiais, o Secretário-geral da ONU
apresentou o Roteiro da Implementação da Declaração do Milénio da ONU, um resumo
compreensivo e integrado da situação, esboçando as potenciais estratégias para alcançar os
objetivos e compromissos da Declaração do Milénio.
Contudo, para que os países pobres alcancem os primeiros sete objetivos, é
imprescindível que os países ricos cumpram integralmente a sua promessa – mais apoio efetivo,
mais alívio sustentável da dívida e regras justas de comércio – antes de 2015.
Dado o aumento de Conferências da ONU e dos compromissos, é importante
compreender porque é que os Objetivos do Milénio são exclusivos. Estes representam o acordo
entre os maiores atores económicos do mundo. Por um lado países pobres comprometem-se a
aumentar a prestação de contas para com seus cidadãos mas também em melhorar as políticas e
governação. Por outro lado os países prósperos comprometem-se a disponibilizar recursos,
sendo que o compromisso de alcançar os objetivos vem do mais alto nível politico. Pela
primeira vez, todos os governos estão comprometidos em alcançá-los.
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Objetivos do Milénio
Estes não são apenas uma eminente declaração de intenções; foram colocados à
disposição mecanismos precisos de monitoria em forma de relatórios nacionais dos Objectivos
do Milénio e nos relatórios do Secretário Geral para a Assembleia Geral. Organizações da
sociedade civil em todo o mundo estão a criar seus próprios conjuntos de relatórios bem como a
assegurar que os governos tenham o mais alto padrão de desempenho possível
São várias as organizações que estão envolvidas neste projeto ambicioso tanto a nível
internacional como a nível nacional dos quais fazemos referencia a:
ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) cuja principal missão é assegurar os direitos e o bem-estar dos refugiados, empenhando-se em garantir que qualquer pessoa possa exercer o direito de buscar e gozar de refúgio seguro em outro país e, caso assim deseje, regressar ao seu país de origem.
UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) que tem por missão contribuir para a construção da paz, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento sustentável e o diálogo intercultural através da educação, ciências, cultura, comunicação e informação
PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) é a rede de desenvolvimento global da ONU, uma organização advogando pela mudança e ligando países ao conhecimento, experiência e recursos para auxiliar pessoas a construir uma vida melhor.
ON Women (United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women) foi criado com o objetivo de acelerar o progresso e o atendimento das demandas das mulheres e meninas em todo o mundo.
UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/Aids) surgiu da necessidade de promover uma ação internacional coordenada de resposta ao VIH.
ONU, é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.
ANIMAR (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local) é uma associação privada sem fins lucrativos, de dimensão nacional com intervenção nas áreas do desenvolvimento local, da economia social e solidária, da educação formal e não-formal, do associativismo e da cidadania ativa.
IED (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento) é uma instituição sem fins lucrativos que se tem dedicado à investigação, formação e reflexão nos domínios político, económico, social e educativo.
Assim percebemos que os objetivos são alcançáveis, todos os estados membros têm de
trabalhar não só individualmente como também em conjunto de forma a garantir o sucesso
destes objetivos.
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Objetivos do Milénio
Explicitação dos objetivosOs líderes mundiais de países ricos e pobres comprometeram-se semelhantemente para
que em conjunto a pobreza absoluta cessasse no mundo em 2015. Através dos objetivos 1 a 7,
os líderes comprometeram-se a erguer o pobre da fome e pobreza, ter cada criança na escola,
aumentar a importância da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna,
combater o HIV/SIDA, malária, e outras doenças, e assegurar a sustentabilidade ambiental.
O 8º objetivo reconhece abertamente que a erradicação da pobreza no mundo será
alcançada apenas através de uma parceria de desenvolvimento global. O acordo global torna
claro que é responsabilidade principal dos países pobres garantir maior prestação de contas aos
cidadãos e usar os recursos de forma eficiente.
ACABAR COM A FOME E A MISÉRIA
Reduzir pela metade a proporção da população com renda inferior a um dólar
por dia e a proporção da população que sofre de fome.
EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE PARA TODOS
Garantir que todas as crianças, de ambos os sexos, tenham recebido educação de qualidade e
concluído o ensino básico.
IGUALDADE ENTRE SEXOS E VALORIZAÇÃO DA MULHER
Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino em todos os níveis de ensino.
REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL
Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de 5anos.
MELHORAR A SAÚDE DAS GESTANTES
Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna. Deter o crescimento da
mortalidade por cancro de mama e de colo de útero.
COMBATER A SIDA, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS
Até 2015, ter detido a propagação do HIV/Sida e garantido o acesso universal ao tratamento.
Deter a incidência da malária, da tuberculose e eliminar a lepra.
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Objetivos do Milénio
QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Promover o desenvolvimento sustentável, reduzir a perda de
diversidade biológica e reduzir pela metade, até 2015, a proporção da
população sem
acesso a água potável e esgotamento sanitário.
TODO MUNDO TRABALHANDO PELO DESENVOLVIMENTO
Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro não
discriminatório. Tratar globalmente o problema da dívida dos países em
desenvolvimento. Formular e executar estratégias que ofereçam aos jovens
um
trabalho digno e produtivo. Tornar acessíveis os benefícios das novas
tecnologias, em especial de informação e de comunicações.
Decidimos escolher os primeiros três objetivos por diversas razões. Nos dias de hoje são
cada vez mais as notícias sobre o aumento da pobreza e o maior número de mortes devido a
fome, daí a escolha do primeiro objetivo. Como andamos na escola achámos por bem abordar o
segundo objetivo a fim de compararmos com a nossa realidade. Por último, elegemos o terceiro
objetivo, para ver o aumento do papel da mulher na sociedade, tendo em conta as disparidades
ainda existentes. Estes três objetivos são interdependentes, visto que podem não só relacionar-se
entre si como até ter influência uns nos outros.
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Objetivos do Milénio
Metas a atingirComo já foi referido anteriormente foram definidos 8 objetivos do Milénio pelas
Nações Unidas. Apesar desta especificidade, existem 5 metas gerais nos quais estes objetivos
estão englobados. Referem-se:
-à saúde e direitos humanos,
-à redução da pobreza,
-à equidade social e igualdade de género,
-à educação e valores,
-à habitação e meio ambiente.
Assim, em cada uma destas áreas, o PNUD defende a proteção dos direitos humanos
como “projeto base”, a igualdade de direitos entre todos, independente de fatores meramente
visuais ou de características de cada um. Da mesma forma, defende a igualdade de género,
prevendo uma ampliação dos meios de intervenção da mulher para aumentar o índice de
desenvolvimento humano dos países.
Assim com esta união feita pelos 189 Estados-membros consegue-se realizar uma
mudança global com base na entreajuda. Estas ações são essenciais para atingir os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos em 2000 por líderes de todo o mundo para reduzir
para metade a pobreza extrema até 2015.
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Objetivos do Milénio
Erradicar a pobreza extrema e a fome
Um bilião e duzentos milhões de pessoas sobrevivem com menos do que o equivalente a dólar por dia. Mas tal situação já começou a mudar em pelo menos 43 países, cujos povos somam 60% da população mundial.
Reduzir para metade a % de pessoas cujo
rendimento é inferior a 1 dólar por dia, entre 1990 e
2015
Nos primeiros cinco anos da década de 90, houve uma forte contribuição
para o alcance desta meta que se deveu ao forte crescimento económico das
grandes potências mundiais como Estados Unidos da América e China.
Em 2008, com a crise económica e
financeira mundial houve um grande
declínio no comércio mundial, afetando
principalmente a procura interna dos
Países em Vias de Desenvolvimento
(PVD’S).
A crise que se refletiu na perda de poder
de compra por parte dos consumidores,
gerou uma forte queda das exportações,
e sendo a procura interna dos PVD’s
fortemente depende do comércio
mundial, os PVD’s vêem-se com muito
mais dificuldade em atingir esta meta.
Contudo, prevê-se que o dinamismo da
procura interna dos Países
Desenvolvidos seja suficientemente elevada para que esta meta seja atingida até 2015.
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Gráfico 1
Objetivos do Milénio
Os efeitos da crise são notórios. De acordo com estimativas do Banco Mundial, se não
estivéssemos em situação de crise, hoje, mais de
50milhões pessoas já podiam estar acima deste
linear da pobreza, ou seja, a crise funciona como
fator impeditivo do cumprimento deste objetivo
O Leste Asiático continua a apresentar reduções
significativas no que respeita à pobreza. A China e a
India têm as maiores diminuições sendo este
justificado pelo enorme crescimento económico e
financeiro destas regiões.
Previsões do PNUD indicam que quase todas as
regiões conseguirão atingir esta meta até 2015 com a
exceção da África subsariana e Ásia Ocidental, bem
como algumas partes da Europa Oriental e Ásia
Oriental.
Através da sua análise do gráfico 2 podemos
concluir que na generalidade, o número de pessoas com menos de 1,25dólar/dia tem vindo a
diminuir. À exceção da Ásia Central e Ocidental, este índice tem vindo a diminuir em todas as
regiões, o que representa uma forte contribuição para erradicar a fome, miséria e pobreza.
Em 1999, a profundidade da pobreza era maior na África Subsariana. Tendo em conta que esta
tem vindo a diminuir e hoje já vai ao encontro dos valores do Leste Asiático em 1990, o que
prova que todas as regiões podem efetivamente mudar a sua atitude face a este problema de uma
forma drástica.
Reduzir para metade, entre 1990 e
2015, a percentagem da população
que sofre de fome
Com o crescimento económico e
financeiro da primeira parte da década
de 90, que já fora referido, houve
também uma grande redução no
número de pessoas que sofrem de
fome. Contudo ainda não foi suficiente e com a crise de hoje, ainda há muito a fazer neste
âmbito. Observando agora o gráfico 3 podemos concluir que a percentagem da população
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Gráfico 2
Gráfico 3
Objetivos do Milénio
subalimentada diminuiu em todas as regiões, mas o número efetivo de pessoas subalimentadas
manteve-se praticamente constante. Tal, significa que houve um forte crescimento populacional
nas regiões, o que representa uma diminuição de uma forma relativa, mas nunca de forma
absoluta.
Com a crise e o aumento de preços, o mercado de trabalho deteriorou-se, gerando
despedimentos e piores condições (tanto a nível de rendimento como a nível de benefícios). A
diminuição do rendimento das
famílias, os cortes nos subsídios,
tudo junto representa um forte
agravamento no cumprimento deste
objetivo e agrava principalmente a
situação dos mais pobres.
O gráfico 5 representa o número de
crianças com menos de 5 anos com
insuficiência de peso. Através da sua
análise podemos concluir que este
número tem vindo a diminuir. (O
leste asiático, América latina,
caraíbas e países asiáticos da CEI já
atingiram este 1º ODM). Os
restantes países encontram-se num
bom caminho revelando progressos
significativos. Mas ainda há muito a
fazer neste âmbito, mas há formas de
combater esta miséria e atingir esta
meta.
Enquanto que durante vários anos,
não havia ajudas internacionais que combatessem a miséria, hoje várias organizações já
referidas anteriormente, que foram organizadas exatamente com o objetivo de combater a
miséria. Estas organizações, fazem campanhas de solidariedade, de voluntariado, de ajuda à
escassez de alimentação e também apelam à introdução de uma melhor alimentação na cultura
destes povos através de apoios ao incentivo à refeição escolar, palestras para evitar desperdícios,
ajudando a estimular a horta familiar e através do apoio ao ensino básico.
Com a crise, a pobreza em Portugal tem vindo a aumentar, tendo já atingido 25% da população.
Este indicador em Portugal agrava-se diariamente. Segundo o Eurostat e estimativas de
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Gráfico 4
Objetivos do Milénio
Instituições Particulares de Solidariedade Social (como a Cáritas e Banco Alimentar)
demonstram que este valor já foi atingido.
Os efeitos da crise são os principais fatores para a intensificação da pobreza no nosso país.
Milhares de famílias já não conseguem suportar todas as despesas familiares de alimentação, o
que significa que a situação se está a tornar insustentável para imensos casais empregados e
desempregados.
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Objetivos do Milénio
Atingir o ensino básico universal
A educação básica, a alfabetização e o acesso à
escolaridade estão na linha de prioridades para a criação de
condições para o desenvolvimento económico e social dos
países beneficiários da ajuda. Estas condições referem-se ao
objetivo 2, “Alcançar o ensino básico primário”.
A meta para este ODM seria garantir que, até 2015,
todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo
completo de ensino primário. No entanto, não parece que vá
ser atingido na totalidade.
Os dados apresentados mostram que em 2000 a taxa
de escolarização primária rondava os 83% e que em 2008 era de 89%. Esta é uma evolução
significativa. No entanto não é suficiente para o objetivo ser cumprido em 2015.
Cerca de 69 milhões de crianças em idade escolar não frequentam a escola. Quase
metade destas crianças (31 milhões) vive na África Subsariana e mais de um quarto (18
milhões), no Sul da Ásia. Estes valores justificam-se devidos as elevadas taxas de abandono
escolar na Africa Subsariana, visto que alcançar o ensino primário universal exige mais do que a
escolarização plena, implica que as crianças continuem a frequentar a escola. Na África
Subsariana mais de 30% dos alunos do
ensino primário abandonam a escola antes
de concluir o último ano do ciclo.
São várias as razões que levam as
crianças a abandonarem a escola, sendo
uma delas o custo que isso representa.
Outros fatores como as barreiras sociais ou
culturais também pesam no que toca à
decisão de abandono. Em muitos países
considera-se que educar as raparigas tem
menos valor do que educar os rapazes
visto que em muitas sociedades, o cargo
de chefe de família continua a pertencer ao
homem, ficando a mulher como dona de
casa. Seguindo esta linha de pensamento, muitas raparigas abandonam a escola para assegurar
os seus papéis na família.
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Gráfico 5
Objetivos do Milénio
Até agora já foram várias as medidas tomadas para atingir este objetivo:
Abolição das propinas no Burundi, Etiópia, Gana, Quénia, Moçambique, Nepal e
Tanzânia: a abolição das propinas no ensino primário provocou um grande aumento da
escolarização em diversos países. Na Tanzânia, a taxa de escolarização duplicou, entre
1999 e 2008, para 99,6%. Na Etiópia, a taxa líquida de escolarização era de 79%, em
2008, o que representava um aumento de 95% em relação a 2000. Mas este aumento da
escolarização nas regiões em desenvolvimento criou novos desafios, na medida em que
é necessário assegurar um número suficiente de professores e salas de aula.
Investir em infraestruturas e recursos escolares no Gana, no Nepal e na Tanzânia:
o Gana contratou reformados e voluntários para satisfazer a procura de professores.
Foram também afetados fundos adicionais destinados a construir salas de aula e adquirir
material didático. No Nepal, esse investimento permitiu que mais de 90% dos alunos
vivam a, no máximo, 30 minutos da escola local. E a Tanzânia lançou um ambicioso
programa de reforma educativa: construiu 54 000 salas de aula, entre 2002 e 2006, e
contratou mais 18 000 professores.
Promover a educação das raparigas no Botsuana e no Egipto: no Egipto, um
programa denominado Iniciativa a favor da Educação das Raparigas e o Programa
Alimentos para a Educação incentivam as raparigas a frequentarem a escola,
proporcionando ensino gratuito e construindo e promovendo escolas em que são
tomadas em conta as necessidades das raparigas. Até 2008, foram construídas mais de
1000 escolas e matricularam-se quase 28 000 alunos. O programa Alimentos para a
Educação fornece refeições escolares a 84 000 crianças de comunidades pobres e
vulneráveis. O Botsuana reduziu para metade as taxas de abandono escolar entre as
raparigas, adotando políticas de readmissão.
Alargar o acesso às zonas rurais remotas na Bolívia e na Mongólia: a Mongólia
introduziu escolas móveis (‘escolas-tenda”) para abranger crianças que, de outro modo,
não teriam acesso regular ao ensino primário. Cem escolas móveis têm prestado
serviços educativos em 21 províncias. Na Bolívia, foi adotado um programa educativo
bilingue para três das quatro línguas indígenas mais faladas. Abrangia 11% das escolas
primárias, em 2002, tendo contribuído para alargar o acesso das crianças indígenas à
escola em zonas remotas.
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Objetivos do Milénio
A Organização das
Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO) dá
apoio a países no domínio
da criação de sistemas de
educação básica de
qualidade que englobam
todas as crianças,
nomeadamente através do
Programa para a Educação
Básica em África,
incentivando os países a
adotarem quadros jurídicos
que garantam 8-10 anos de
educação básica
ininterrupta.
Na Etiópia, o Fundo das Nações
Unidas para a População (UNFPA)
apoia um programa denominado Berhane Hewan que defende o fim dos casamentos de
crianças, a favor de manter as raparigas na escola. A fim de incentivar as famílias a deixarem as
raparigas concluir a sua escolaridade, estas recebem uma cabra ao terminarem o programa.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) fornece refeições escolares (que constitui um
grande incentivo para que
os pais mandem os filhos
para a escola) e ajuda a dar às
crianças a base
nutricional que é essencial para o seu futuro desenvolvimento e bem-estar físico.
A Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (CESAO)
estabeleceu uma parceria com a UNESCO a fim de resolver os problemas que afetam a
educação em meios politicamente instáveis. A CESAO foi responsável pelas infraestruturas,
enquanto a UNESCO se encarregou da formação e da ciberaprendizagem. A iniciativa facilitou
a realização de sessões de reforço de capacidades em domínios como estratégias pedagógicas,
formação de instrutores e criação de cursos de ensino do árabe para crianças iraquianas que não
falavam esta língua.
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Gráfico 6 - Taxa liquida ajustada de escolarização no ensino primário, 1998 e 2007/2009 (percentagem)
Objetivos do Milénio
Fazendo agora o ponto da situação em Portugal, sabemos que há mais raparigas do que
rapazes a frequentar o ensino primário. Segundo o último relatório da UNICEF, "Progressos
para as crianças" - centrado na paridade de géneros no ensino básico -, por cada 98,7 rapazes
havia, em 2001, uma média de 99,3 raparigas matriculadas nas escolas primárias portuguesas.
Um cenário de exceção, uma vez que milhões de raparigas continuam sem ter acesso à educação
no mundo.
"A educação é mais do que instrução. Em muitos países é como uma bóia de salvação,
especialmente para elas", afirmou a diretora executiva da UNICEF, Carol Bellamy, durante a
apresentação do relatório. Até porque, diz, "uma rapariga não escolarizada fica mais vulnerável
ao VIH/Sida e em piores condições para vir a cuidar de uma família saudável."
Dos 180 países que dispõem de dados sobre a escolaridade, 125 deverão atingir a paridade
de género já em 2005. Mas a pobreza, os conflitos, o trabalho infantil, o tráfico de crianças e as
catástrofes naturais são obstáculos na corrida pelo direito à educação. E, de acordo com o
relatório, ao ritmo atual, a maior parte dos países da África Subsaariana e do Sul da Ásia não
conseguirão atingir este objetivo nos próximos dez anos.
Para a UNICEF, só um "passo de gigante" fará cumprir o objetivo da educação primária
universal até 2015.
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Objetivos do Milénio
Promover a Igualdade de Género e o autonomia das Mulheres
Dois terços dos analfabetos do mundo são mulheres, e 80% dos
refugiados são mulheres e crianças. Superar as estas disparidades
gritantes entre crianças e jovens no acesso à escolarização básica
será um alicerce fundamental para incentivar as mulheres a
ocuparem papéis cada vez mais ativos tanto no mundo económico
como na atividade política dos seus países.
META:
Eliminar as disparidades de género
no ensino primário e secundário até
2015.
As disparidades de género no
acesso à educação primária e
secundária diminuíram, mas
mantêm-se elevadas ao nível do
ensino superior. Apesar das taxas
de escolarização das raparigas no
ensino primário e secundário terem
aumentado consideravelmente nos
últimos anos, a meta que já devia
ter sido atingida em 2005 continua
a levantar bastantes obstáculos e
desafios a muitas regiões em
desenvolvimento. As desigualdades
no acesso ao ensino superior
mantém-se muito contrastante
dependendo das zonas de análise.
Enquanto que na África Subsariana
as disparidades são mais
evidentes, nos países da
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Gráfico 7
Objetivos do Milénio
América Latina e Caraíbas o numero de raparigas inscritas no secundário é superior ao dos
rapazes.
A pobreza é a principal causa de desigualdade no acesso à educação, em especial no caso das
raparigas em idade de frequentar o ensino secundário. Em muitas partes do mundo, as mulheres
e as raparigas são obrigadas a trabalhar ou a ficar em casa a cuidar da família. Além disso,
dependendo da sua cultura, algumas raparigas (por vezes até adolescentes) são forçadas a casar
e a assegurar a continuidade da família. Caso engravidem, muitas delas não podem prosseguir
os estudos.
Mesmo com as disparidades
entre género na educação, é no
mercado de trabalho que são
mais sentidas. Apesar dos
progressos alcançados, o
número de homens com um
emprego remunerado continua a
ser mais elevado do que o das
mulheres. A nível mundial, a
proporção de mulheres com um
emprego remunerado no sector
agrícola tem diminuindo,
aumentando lentamente o
emprego remunerado fora do
sector primário.
Mesmo quando estão
empregadas, as mulheres
submetem-se a empregos
vulneráveis, remunerações
inferiores, menor segurança
financeira e a menores
benefícios socias. Com a crise financeira e consequente com o aumento do desemprego, os
trabalhadores recorrem ao trabalho por conta própria.
As mulheres estão lentamente a ascender ao poder político, sobretudo graças a quotas e a
outras medidas especiais criadas para reduzir estes desníveis entre sexos existentes nas várias
vertentes. Alguns cargos superiores continuam a estar destinados quase exclusivamente a
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Gráfico 8
Objetivos do Milénio
homens visto que apenas um quarto destes cargos estão preenchidos por mulheres. Contudo, 58
países continuam a ter menos de 10% de mulheres com lugares no parlamento.
Que medidas foram tomadas?
Conceder bolsas às raparigas que frequentam o ensino secundário
Criação de oportunidades de inserção da mão-de-obra feminina, especialmente em
atividades alternativas consideradas masculinas;
Valorização de ações comunitárias que envolvam o trabalho feminino, apoiando
iniciativas que promovam o cooperativismo e a auto-sustentação.
Estabelecer uma quota para as mulheres no Parlamento
Ajudar na organização de workshops, seminários e fóruns para discutir o uso de
preservativos e contracetivos para evitar a gravidez na adolescência, as DST e VIH que
retardam a educação e todo o desenvolvimento das meninas;
O QUE ESTÁ A FAZER A ONU?
O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para
a Infância (UNICEF) estão a trabalhar num programa conjunto para reduzir a
mutilação e excisão genitais femininas, entre 2008 e 2012, em diversos países,
principalmente nos países em vias de desenvolvimento.
O PNUD apoia a participação das mulheres no processo político no Ruanda, onde as
mulheres detêm actualmente 56% dos cargos parlamentares, a percentagem mais
elevada do mundo.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) apoia
a formação de professores e a elaboração de material pedagógico que promova a
igualdade de género. Através da Iniciativa da ONU para a Educação das Raparigas, a
UNESCO também cria instrumentos jurídicos para reduzir a violência de género nas
escolas e apoia métodos inovadores para levar a educação a mulheres a que é difícil
aceder, por exemplo, recorrendo a telemóveis.
O Fundo Especial para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, gerido pelo
UNIFEM, em nome do Sistema da ONU, apoia medidas nacionais e locais de luta
contra violência sobre as mulheres e as raparigas. Desde 1996, apoiou 304 programas in
121 países, afetando-lhes mais de 550 milhões de dólares em subsídios.
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Objetivos do Milénio
A ONU refere que os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio não serão cumpridos na
totalidade até 2015, apesar disso, em Abril de 2013 a paridade de género na educação primária
já tinha sido atingida. Assim sendo, parte desta sub-meta já se encontra alcançada. De resto, as
disparidades mantêm-se elevadas ao nível do ensino superior e em algumas regiões em
desenvolvimento.
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Objetivos do Milénio
Relação com os direitos humanosAtingir os Objetivos fará progredir o cumprimento dos direitos humanos. Cada ODM
pode ser ligado diretamente a direitos económicos, sociais e culturais enumerados na
Declaração Universal dos Direitos do Homem e outros instrumentos de direitos humanos.
Reconhecer que as metas expressas nos Objetivos não são apenas aspirações de
desenvolvimento, mas também direitos reclamáveis tem importantes implicações.
Assim, ao 1º objetivo (“Erradicar a pobreza extrema e a fome”) podemos relacionar
com o artigo 25º
ARTIGO 25.º
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à
sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao
alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem
direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou
noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua
vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas
as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozam da mesma proteção social.
Já o 2º objetivo (“ Alcançar o ensino primário universal”) corresponde ao artigo 26º
ARTIGO 26.º
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo
menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é
obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos
superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço
dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a
tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem
como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a
dar aos filhos.
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Objetivos do Milénio
Por último, o 3º objetivo representa tanto o artigo 1º como o 2º
ARTIGO 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados
de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
ARTIGO 2.º
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na
presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de
língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna,
de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção
fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da
naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou
sujeito a alguma limitação de soberania.
Ver os objetivos
através do quadro dos direitos
humanos aumenta o
entendimento das políticas e
das reformas institucionais
necessárias para os atingir
A plena realização dos
direitos económicos, sociais e
culturais exige muito mais do
que alcançar os Objetivos de
Desenvolvimento do Milénio.
Mas alcançá-los é um passo
importante para esse fim.
Porque os direitos à
educação, aos cuidados de
saúde e a um nível de vida adequado dependem do crescimento económico e da reforma
institucional a longo prazo, esses direitos podem ser realizados progressivamente.
Contudo, o ritmo aceitável de “realização progressiva” e as obrigações para o atingir
raramente são falados, sendo, em vez disso, deixados para definir e debater por cada país. Os
Objetivos de Desenvolvimento do Milénio definem mais explicitamente o que todos os países
concordam que pode ser exigido – pontos de referência em relação aos quais esses
compromissos devem ser medidos.
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Tabela 1
Objetivos do Milénio
PerspetivasEmbora otimista com o sucesso registado, o Relatório ODM de 2012, adverte que o
prazo de 2015 está a aproximar-se e, a fim de atingir as metas pendentes, os governos, a
comunidade internacional, a sociedade civil e o sector privado precisam de intensificar as suas
contribuições.
A desigualdade de género persiste e as mulheres continuam a enfrentar discriminação
no acesso à educação, trabalho e aos recursos económicos e à participação no governo. A
violência contra as mulheres continua a minar os esforços para alcançar todos os objetivos. Mais
progressos para 2015, e adiante, dependerá em grande parte do sucesso nestes desafios inter-
relacionados.
O relatório diz que uma nova agenda para continuar com os esforços para além de 2015
está a ganhar forma. Com os seus sucessos, bem como com os seus contratempos, a campanha
dos ODM proporciona uma rica experiência para esta discussão para continuar a desenhar, bem
como, para continuar a acreditar de que o sucesso ainda é viável.
“Existe agora uma expectativa em torno do mundo que, mais cedo ou mais tarde, todos
estes objetivos podem e devem ser alcançados. Os líderes serão levados em linha de
consideração para esse alto padrão. Sectores como o governo, universidades, empresas e a
sociedade civil, muitas vezes conhecidos por trabalharem para os mesmos fins, estão a aprender
a colaborar com aspirações compartilhadas”, disse o subsecretário-geral para os Assuntos
Económicos e Sociais, Sha Zukang.
Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, diz que o sucesso do cumprimento dos
objetivos depende da parceria global para o desenvolvimento, “As crises económicas atuais que
atormentam grande parte do mundo desenvolvido não devem permitir o abrandamento ou
reverter o progresso que tem sido feito. Vamos construir sobre os sucessos que alcançámos até
agora, e não vamos ceder até que todos os ODM sejam atingidos”.
Apesar de algumas metas já terem sido atingidas como o número de pessoas a viver em
extrema pobreza e os índices de pobreza caíram em cada região em desenvolvimento, incluindo
na África subsaariana, onde as taxas são mais elevadas. É ainda de realçar que a meta de reduzir
para metade a proporção de pessoas sem acesso a fontes melhoradas de água potável também já
foi atingida, aumentado de 76%, em 1990, para 89% em 2010.
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Objetivos do Milénio
Os esforços feitos na educação também foram compensados em 1999 havia 97 raparigas
para cada 100 rapazes, em 2010 já havia 97.
Claro que estes resultados são bastantes significativos no entanto “as projeções indicam
que em 2015 mais de 600 milhões de pessoas em todo o mundo ainda não terão acesso à água
potável, quase um bilião estará a viver com um rendimento inferior a 1,25 dólares diários, as
mães continuarão a morrer desnecessariamente no parto, e as crianças continuarão a sofrer e a
morrer devido a doenças evitáveis. A fome continua a ser um desafio global, e garantir que
todas as crianças são capazes de completar a escolaridade primária continua a ser uma
fundamental, mas não alcançada, meta que tem um impacto sobre todos os outros objetivos. A
falta de saneamento básico prejudica o progresso na saúde e na nutrição… e as emissões de
gases com efeito de estufa continuam a representar uma grande ameaça para pessoas e
ecossistemas” afirma Ban Ki-moon
Logo as desigualdades persistentes estão a prejudicar os ganhos, dado que as conquistas
foram desigualmente distribuídas entre e dentro de regiões e países. Além disso, o progresso
abrandou para alguns ODM após as múltiplas crises de 2008 e 2009.
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Objetivos do Milénio
ConclusãoAssim que concluímos este trabalho tivemos realmente a noção de como estes objetivos
influenciam a nossa vida, a vida do outro e a vida da sociedade em geral. Realmente é um
projeto muito ambicioso mas com a cooperação de todos foi e continuará a ser feita a diferença
e apesar de nem todos os objetivos conseguirem ser alcançados até à data prevista já muitos
avanços foram feitos. Avanços que realmente fizeram a diferença.
Se esta já era uma preocupação global não vai ser o prazo terminar a razão para deixar
de a ser. Acreditamos que os países no futuro
continuem a tomar medidas de forma a tornar as nossas sociedades mais equitativas porque
realmente …
Somos a primeira geração com condições, recursos e capacidade para acabar com as
desigualdades e conseguir criar um mundo mais justo e equitativo.
É a nossa responsabilidade.
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Objetivos do Milénio
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nao-deve-permitir-reverter-o-progresso-de-reducao-da-pobreza
http://www.onu.fr/pt/
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