Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA CATÁLAGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICO
Título: A aprendizagem significativa e prazerosa do voleibol
Autor Marinês Refati
Escola de Atuação Colégio Est. Orlando Luiz Zamprônio.
Município da escola Santa Lúcia.
Núcleo Regional de
Educação
Cascavel.
Orientador Profº Dr. Inácio Brandl Neto
Instituição de Ensino
Superior
UNIOESTE- Marechal Candido Rondon/PR
Disciplina/Área (entrada no
PDE)
Educação Física.
Produção Didático-
pedagógica
Unidade Didática.
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as
diferentes disciplinas
compreendidas no trabalho)
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual
o professor PDE
desenvolveu o trabalho:
professores, alunos,
comunidade...)
Alunos de 6º ano.
Localização
(identificar nome e endereço
da escola de
implementação)
Colégio Estadual Orlando Luiz Zamprônio. Santa Lúcia Pr.
Avenida Américo Mantovani n° 259
Apresentação:
(descrever a justificativa,
objetivos e metodologia
utilizada. A informação
deverá conter no máximo
1300 caracteres, ou 200
palavras, fonte Arial ou
Times New Roman,
tamanho 12 e espaçamento
simples)
Percebe-se cada vez mais a indisciplina e o desinteresse
por parte de alguns alunos em relação às aulas de
Educação Física. Com o intuito de tentar resolver essas
atitudes resolveu-se lançar uma proposta alternativa nas
aulas de Educação Física utilizando o voleibol e
atividades e jogos cooperativos e, no final, verificar a
opinião dos alunos. Além de praticar e aprender
significativamente os fundamentos da modalidade
pretende-se diminuir situações como agressividade,
desrespeito e competição, que levam ao individualismo e
a exclusão. Com essas ações espera-se despertar o
gosto e o interesse pelo voleibol nos anos subsequentes.
A forma utilizada para desenvolver as aulas para o 6º
ano será através de jogos e brincadeiras voltadas para a
ideia da cooperação. Também foram elaboradas
questões com a finalidade de realizar discussões durante
as aulas sobre o assunto. A expectativa é gerar
mudanças de valores e atitudes que gostaríamos que
estivessem presentes não apenas nas aulas, mas
também em qualquer convivência social pautada no
entendimento, na aprendizagem crítica, na paz e na real
democracia.
Palavras- chave (3 a 5 palavras)
Educação Física; Voleibol; Atividades e Jogos Cooperativos.
UNIDADE DIDÁTICA
Professora: Marinês Refati
Orientador: Inácio Brandl Neto
Área/disciplina: Educação Física
IES Vinculada: UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon
Núcleo: Cascavel
Escola de Implementação: Colégio Estadual Orlando Luiz Zamprônio Ensino
Fundamental e Médio – Santa Lúcia
Público objeto de intervenção: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do
Colégio Estadual Orlando Luiz Zamprônio de Santa Lúcia
Unidade Didática: A aprendizagem significativa e prazerosa do voleibol
TÍTULO: A aprendizagem significativa e prazerosa do voleibol
1 – APRESENTAÇÃO
Durante os vários anos de trabalho junto às escolas públicas de ensino
fundamental, percebeu-se cada vez mais a indisciplina e o desinteresse por parte
de alguns alunos em relação às aulas de Educação Física. Mas, junto aos demais
docentes, vimos que nas outras disciplinas também este fato estava ocorrendo.
Devido a essas atitudes resolveu-se lançar uma proposta alternativa para
melhorar essas questões referentes à aprendizagem significativa, à
agressividade, ao desrespeito e a competição, que levam ao individualismo e a
exclusão. Nessa perspectiva observou-se a necessidade de mudança nas
práticas pedagógicas na tentativa de mostrar outras formas de aprendizagem e
convivência aos alunos/as, em que estão implícitos valores humanistas. E no
caso da Educação Física, as atividades e jogos cooperativos apresentam as
perspectivas de mudanças de valores e atitudes que gostaríamos que estivessem
presentes não apenas nas aulas, mas também em qualquer convivência social
que se fundamenta no entendimento, na aprendizagem crítica, na paz e na
democracia.
Nos dias atuais outros conhecimentos sobre as abordagens pedagógicas
começaram a surgir para encaminhamento e implantação nas escolas, afim de
que essas atitudes possam transformar numa aprendizagem cooperativa e
significativa. O pensamento é propor atividades e reflexões com ideias
integrativas de aceitação de si mesmo, de confiança, de respeito, para o bem
estar de uma pessoa e um grupo, que são alicerces para construção de
identidade pessoal.
Esta unidade didática está separada em módulos sobre os temas a serem
discutidos e realizados: atividades e jogos cooperativos e os fundamentos e jogos
de voleibol (com propostas cooperativas). Os módulos serão desenvolvidos
através de atividades cooperativas seguidas de fundamentos básicos do voleibol
e também de um mural com frases aproveitando o ano da copa do mundo no
Brasil para discutir com o alunado sobre violência nos esportes x cooperação. Ao
término de cada aula será realizado um feedback focalizado nas ações realizadas
e nos valores e atitudes que aconteceram, que segundo SOLER (2003), é de
suma importância para que se possa discutir e disseminar as ideias cooperativas
ao grupo após a atividade.
MÓDULO 1 - COOPERAÇÃO
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros
com espírito de fraternidade” (BRASÍLIA - Constituição da República Federativa
do Brasil, 1988).
Na Constituição todos os cidadãos têm os mesmos direitos e
responsabilidades, com isso a atividade será desenvolvida onde todos participam
com incentivo e sem desigualdades, pois o objetivo primordial dos jogos
cooperativos é criar oportunidades para o aprendizado cooperativo, e a
consequente interação cooperativa prazerosa. Este pensamento levado em ação
na aula significa a participação efetiva de todos os alunos nas atividades e
aprendizagens, e numa situação em que, por exemplo, as regras combinadas
sejam cumpridas sem a intervenção docente ou através de arbitragens, isto é, o
próprio aluno deve reconheçer algum tipo de infração ou a discórdia seja resolvida
sem desavenças e democraticamente.
Ao iniciar as atividades de implementação, será realizada uma abordagem
sobre as diferenças entre cooperação e competição. Em seguida serão
desenvolvidas as atividades de cooperação mostrando a importância de se
trabalhar em grupo. No final da implementação, o alunado responderá um
questionário opinando sobre o processo desenvolvido baseado na cooperação.
De acordo com Brotto (2001, p.45),
os Jogos Cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada, na sociedade moderna, mais especificamente, na cultura ocidental. Considerada como um valor natural e normal na sociedade humana, a competição tem sido adotada como uma regra em praticamente todos os setores da vida social. Temos competido em lugares, com pessoas e em momentos que não precisaríamos, e muito menos, deveríamos. Temos agido assim como se essa fosse à única opção.
Muitos fatores dificultam que os jogos cooperativos sejam vistos como
dinâmicas essenciais na vida do alunado, por motivos como o individualismo, a
desconfiança, a falta de clareza, de objetivos, a falta de comunicação, a
competição, a pressa, a falta de organização e planejamento e ausência de
liderança. São muitas as hipóteses levantadas a respeito da opção para competir,
é inevitável a disputa, a exclusão, a agressividade. A competição é vista pelos
indivíduos que lutam pela superioridade pessoal desejando dominar os outros e o
resultado muitas vezes é o forte sentimento de inferioridade e uma falta de
interesse social. Segundo BROTTO (1997), necessitamos jogar com a
cooperação e jogar contra a competição (exclusão).
Atividades:
DINÂMICA “CAIXA DE PRESENTE”.
De acordo com o número de alunos seleciona-se o número de qualidades
relacionadas no texto. Uma caixa de presente tendo dentro dela um pirulito para
cada aluno, podendo prender no pirulito alguma mensagem de acordo com o
tema do trabalho que está sendo desenvolvido. Exemplo: amizade, coleguismo,
trabalho em equipe, etc. O último aluno que receber a caixa de presente dividirá
com os colegas o presente. Os alunos deverão estar dispostos em círculo.
SENSIBILIZAÇÃO
Para Amaral (2007), ao se despertar a sensibilidade que existe dentro de
cada um de nós, independente das limitações de qualquer natureza, nos
entregamos às oportunidades de enfrentar os desafios que encontramos ao
interagir com as mais diferentes pessoas, levando-nos a repensar posturas e
apostar no caminho que valorize o ser humano em sua particular existência,
oportunizando o acesso de todas as pessoas e reconhecendo-as como
integrantes da sociedade.
JOGO DE APRESENTAÇÃO: Cada aluno se apresenta com o seu nome e uma
característica que comece com a mesma inicial do nome: Por exemplo: Maria -
maravilhosa, João - joia, etc. Ou pode ser feito assim:
- Cada aluno fala o seu nome e uma coisa que gosta muito de fazer;
- Cada aluno fala o seu nome e o que tem para oferecer ao grupo;
- Cada aluno fala o seu nome e uma coisa que mais gosta de comer, etc.
IDENTIDADE DO GRUPO: Reconhecimento dos iguais:
1. Se eu pudesse ser vitorioso em algum esporte, qual escolheria?
2. Se eu tivesse que viver em alguma estação (primavera, verão, outono, inverno)
qual seria?
3. Se eu pudesse mandar o meu professor (a) para algum lugar, para onde seria:
a) SPA b) Curso de atualizações c) Viagem para o Nordeste.
4. Se eu pudesse ser um instrumento, qual seria?
5. Se eu pudesse vencer um desafio atual, qual seria?
6. Se eu pudesse curar uma doença, qual seria?
7. Se eu pudesse eliminar um preconceito, qual seria?
8. Pelo que estou encantado/a atualmente?
9. O que eu quero e preciso resolver?
10. Qual a expectativa em relação a esse trabalho? (Aprendizagem significativa).
Depois de respondida as questões, cada aluno vai conferir com os outros a
quantidade de respostas iguais. Para encerrar a atividade, todos poderão
compartilhar sensações e ideias, ler e responder em voz alta, etc.
JOGO DO ANJO: Da mesma forma que o “amigo secreto”, cada um sorteia uma
pessoa que será sua protegida sem que a mesma perceba, durante o tempo
estipulado (exemplo: estipular junto com os alunos, se a revelação será em 2
meses). Durante todo o tempo estipulado para a brincadeira, a ideia é que cada
um “cuide” da pessoa que sorteou, com bilhetinhos, doces, abraços, aperto de
mão, beijinhos, e qualquer coisa que faça o bem. O jogo termina no prazo
estipulado pelo grupo e os anjos e protegidos serão revelados. E, assim como no
amigo secreto, vale combinar de levar uma lembrançinha.
OBS: É importante que durante todo o período estipulado a brincadeira seja
estimulada, para que não perca a graça.
GATA CEGA: Alunos de olhos vendados andam pela sala de aula lentamente, e
quando tocam em alguém, tentam adivinhar quem é, sugerindo que a pessoa faça
algum som. Variação: apenas com o toque.
Ao finalizar as atividades de sensibilização, sentar em círculo para que os
alunos socializem as experiências vividas e os sentimentos envolvidos.
SACO DE BATATAS GIGANTES OU TODOS NO SACO: As crianças são
solicitadas a entrar num saco (primeiro em pequenos grupos) e tentam
movimentá-lo de um lugar para o outro. Elas podem mover o saco engatinhando
coordenadamente, rolando ou pulando.
BALÃO / BEXIGA: Cada aluno recebe um balão (bexiga). Após todos terem
enchido seu balão:
- Em um espaço mais amplo, manter seu balão no ar com suaves toques;
- Variar as possibilidades de toques no balão, mãos, cabeça, ombros, joelhos;
- Aos poucos o professor irá tocar seus alunos no ombro, aquele que for tocado
deverá deixar a atividade, mas seu balão permanecerá, tendo que ser mantido no
ar pelos seus colegas. Os que saírem devem observar o grau de dificuldade de
seus colegas para darem conta da tarefa de manterem todos os balões no ar;
- Ao final das atividades, todos deverão estourar seu balão, promovendo mais um
momento de descontração e bem estar entre seus alunos.
Para Soares et al. - Coletivo de Autores - (1992, p. 65),
“o jogo (brincar e jogar são sinônimos em várias línguas) é uma invenção do homem, um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente”.
Brincar (o jogo em aula) torna o aluno capaz de estabelecer conexões
entre o imaginário e o simbólico. Para VAZ et al. (apud DCEs, 2006, p. 25),
[...] as brincadeiras são expressões miméticas privilegiadas na infância, momentos organizados nos quais o mundo, tal quais as crianças o compreendem, é relembrado, contestado, dramatizado, experienciado. Nelas as crianças podem viver, com menos riscos, e interpretando e atuando de diferentes formas, as situações que lhes envolvem o cotidiano. Desempenham um papel e logo depois outro, seguindo, mas também reconfigurando, regras. São momentos de representação e apresentação de apropriação do mundo.
Segundo Brown (1994), os princípios do jogar o jogo cooperativo
apresentam-se como a participação de todos, sem que alguém fique
excluído...onde o objetivo e a diversão estão centrados a metas coletivas e não
individuais. O autor afirma ainda que a experiência do jogo cooperativo acontece
através do riso compartilhado.
ANJO DA GUARDA: Vendas para os olhos e alunos em duplas. Uma das
pessoas será vendada e a outra deverá conduzir seus passos no caminho
indicado e que possui obstáculos. Uma vez completado o percurso, trocam de
lugar.
SPLASH: O facilitador trata de explicar que todos devem fugir, exceto um, que
será o pegador. Para evitar ser pego, o fugitivo, a qualquer momento poderá parar
e juntar as mãos e gritar: “splash”. A partir desse momento estará salvo e
congelado. Para ser salvo, um de seus colegas deverá entrar entre seus braços,
que estarão estendidos e dar-lhe um abraço. Enquanto se está dentro dos braços
e não tiver dado o abraço, os dois estão a salvo.
TOCO-COLO: Colar a mão direita em uma parte da roupa branca do outro, a mão
esquerda na roupa escura e pé direito no pé esquerdo do colega. Formar os
grupos. Depois cada grupo tenta se deslocar e colar no outro grupo sem se
descolar.
ATIVIDADE COM CORDA: Com uma corda grande, os alunos deverão ficar em
fila e um por vez passar por baixo da corda não podendo deixar “batida vazia”, ou
seja, sem que alguém passe correndo por baixo da corda enquanto ela está
sendo batida.
Como podemos observar anteriormente, as características das atividades
enquanto fonte de criação e como modo lúdico de comunicação estão presentes
na cooperação. De acordo com o Brown (1994), o jogo cooperativo possui várias
características que se refletem em possibilidades de trabalhos em grupo. Eles
também Libertam da Competição, Libertam da Eliminação, Libertam para criar e
Libertam da agressão física. A cooperação cria condições para transformar a
desigualdade, produzindo situações de igualdade e relações humanas onde cada
um sente a liberdade e a confiança para trabalhar em conjunto em função de
algumas metas comuns. A cooperação vai além dos jogos cooperativos, Pode-se
usá-la como estratégia para buscar a igualdade e a justiça com o grupo.
- ATIVIDADES E JOGOS COOPERATIVOS: “Podemos vivenciar os Jogos Cooperativos como uma prática re-educativa
capaz de transformar nosso condicionamento competitivo em alternativas
cooperativas para realizar desafios solucionar problemas e harmonizar conflitos”
(BROTTO, 2000, p.60)
São jogos plenamente cooperativos os quais se necessita da colaboração
de todos os que jogam. E cada pessoa se torna um elemento essencial para se
alcançar o objetivo do jogo. Não há a exclusão, e nem discriminação, e todos
jogam pelo prazer de continuar jogando. E o professor é o mediador ou
“facilitador”. Para facilitar um jogo é preciso mostrar alegria, entusiasmo e riso,
pois o jogo é cooperação e celebração (SOLER, 2003).
Brotto (1999) explica que quando jogamos cooperativamente, podemos
reconhecer que a verdadeira vitória não depende da derrota de outros. Que o
principal valor está na oportunidade de conhecer melhor nossas próprias
habilidades, potenciais e cooperar para que os outros realizem o mesmo. Para
este autor o jogo possui funções essenciais, importantes na formação do ser
humano tais como: serve para explorar, reforça convivência, equilibrar corpo e
alma, produzir normas, valores e atitudes, fantasiar, induz a novas
experimentações e torna a pessoa mais livre.
PASSANDO PELO TÚNEL: Este é um jogo de pega-pega, em que todas as
pessoas devem fugir de um pegador. Aqueles que forem apanhados têm que ficar
imóveis, e com as pernas abertas. Os que ainda não foram apanhados podem
passar por baixo das pernas de quem está imóvel, e este estará salvo. Cada
participante tem dupla missão, fugir e salvar seus parceiros de jogo.
GRUPO AMARRADO: Construir uma pista de obstáculos com cones, cordas. O
grupo formando um círculo, com todos voltados para fora, deverá estar amarrado.
A atividade é passar pela pista de obstáculos, procurando não derrubar nenhum.
Para tanto será necessário a máxima cooperação de todos.
CADEIRA LIVRE: Formar um círculo com cadeiras, com uma cadeira a mais que
o número de participantes. Todos sentam deixando uma cadeira livre. O jogo
inicia com os participantes sentados, imediatamente, à direita e a esquerda da
cadeira livre, disputando o assento. Aquele que sentar primeiro, fica e fala em voz
alta: - Eu sentei... O segundo senta na cadeira que está livre e diz: - no jardim... O
terceiro senta e diz: - com meu amigo (ex: Carlos). O amigo chamado, sai de sua
cadeira e senta-se ao lado daquele que o chamou, deixando consequentemente,
a cadeira que ele ocupava “livre”. A partir daí, o jogo continua repetindo todo o
processo para ocupar a “Cadeira Livre” e completar a frase: “Eu Sentei no Jardim
com meu amigo...” Posteriormente podemos deixar mais uma “cadeira livre” para
que ocorra o maior número de trocas (BROTTO, 2001).
LEVANDO A BOLA: necessitam-se dois bastões ou vassouras e uma bola. Em
duplas, a turma deve ser separada em dois grupos. Cada grupo deve ficar em
lados opostos da quadra na formação em coluna. Com os bastões, a primeira
dupla deve levantar a bola e carregá-la até a dupla do lado oposto, que deve fazer
o mesmo, e assim por diante. Pode-se estipular um tempo para a tarefa ser
realizada por todas as duplas.
PEGA CORRENTE
Todos à vontade, um será o pegador. Aquele que o pegador tocar, segura sua
mão, procurando pegar outro. Quem vai sendo pego forma uma corrente que, ao
chegar ao n° de 08 divide-se em duas de quatro e segue a brincadeira.
VARIAÇÃO: pega - foge igual. O mesmo nº que estiverem os pegadores deverá
estar os fugitivos. Ex: três de mãos dadas pegando e os demais alunos formam
grupo de três de mãos dadas fugindo.
Trabalhando com atividades cooperativas, percebe-se a formação para o
desenvolvimento do cidadão baseada no respeito e no agir com o outro em favor
de um objetivo coletivo. Para Brotto (2001), os jogos cooperativos ampliam a
visão sobre a realidade refletida no jogo. Agimos e jogamos da mesma maneira
que vivemos dependendo das nossas crenças e valores.
EXPECTATIVAS E PONTOS GERAIS DE REFLEXÃO SOBRE O MÓDULO I.
A partir das atividades realizadas espera-se que acabe “as panelinhas”, a
descriminação, a exclusão e despertem o gosto em trabalhar em equipe.
REFLEXÕES E DISCUSSÕES DAS ATIVIDADES:
Conhecimento referente aos Jogos Cooperativos. Gostaram das
atividades? Foi divertida? O que perceberam? Foi difícil realizar as atividades?
Teve trabalho em equipe? Quais os valores que vocês acham que foram
trabalhados/utilizados para desenvolver estas atividades? Conseguiram sozinho
realizar a tarefa? Foi melhor com o grupo? Alguém não colaborou? Em grupos
vocês poderiam elaborar outras atividades parecidas com essas?
Na opinião de Orlick (1989, p.14), devemos trabalhar para mudar o sistema
de valores, de modo que as pessoas controlem seus próprios comportamentos e
comecem a se considerar membros cooperativos da família humana.
Temas a serem refletidos:
- Quais os pontos positivos e negativos vocês acham que estão presentes na
escola? Violência? Agressividade? Panelinhas? Exclusão? Descriminação?
- O que você vê ou percebe de diferente nestas aulas? Houve mudanças de
relacionamento entre alunos e o professor?
A cooperação é necessária para resolver tarefas e problemas juntos,
através de relações baseadas na reciprocidade e não no poder e controle, mas a
nossa própria cultura é atrelada pela competição, recompensamos os vencedores
e rejeitamos os perdedores, porém as experiências cooperativas são a melhor
maneira de aprender a compartilhar, a socializar-se e a preocupar-se com os
demais.
- Na escola quais são os cuidados com os materiais usados nas aulas de
educação física? Os materiais são suficientes para a realização das aulas? A
quadra esportiva é adequada para a realização das aulas? O que está faltando?
Vocês acham correto investir tanto dinheiro na copa do mundo, construção de
estádios e olimpíadas? Quanto dinheiro poderia ser aplicado nas melhorias das
escolas? Vocês concordam que todo esse dinheiro seja aplicado nesses eventos
e nada nas escolas?
Vivemos numa sociedade capitalista onde a educação está em segundo
plano, percebemos nas aplicações desses investimentos em eventos que são
realizados por pouco tempo, pois uma parte desses investimentos poderiam ser
aplicados para a melhoria de materiais esportivos e quadras para garantir uma
boa preparação para os nossos educandos. Segundo OSCAR SANTIAGO
RODRIGUES (2011), a sociedade moderna baseada na sociedade do
conhecimento não pode aceitar que a educação esteja basicamente a serviço da
economia; ela tem um papel político e social maior, uma justificação mais
profunda em si mesma.
MÓDULO 2 - VOLEIBOL
“O jogo de voleibol fascina uma grande multidão de adeptos no Brasil”
(CAMPOS, 2006, p.21).
O Voleibol contribui para a formação e desenvolvimento global dos alunos,
como os outros jogos desportivos. Por um lado, faz apelo às mais variadas
capacidades físicas, nomeadamente, força, velocidade, flexibilidade,
coordenação, agilidade e também possibilita que se desenvolvam as capacidades
intelectuais, pois tem técnicas e tácticas que lhe são características e que a todo
o momento estimulam os alunos a reagir e procurar respostas consoantes às
situações com que se deparam no decorrer do jogo. Possibilita ainda que se
fomente o espírito de grupo, a cooperação, a inter-ajuda (ajuda mútua) e a
comunicação. Segundo Campos (2006), o voleibol é uma recreação agradável e
um processo poderoso de aproximação e estímulo, incentivando todos, pois é um
esporte coletivo que agrada, diverte e beneficia. Como não existe contato direto
entre os praticantes, normalmente não causa muitas intrigas nas aulas e a
tendência do jogo é de ficar voltado à superação individual e coletiva.
O Voleibol para as aulas de Educação Física na escola traz várias
possibilidades de execução conforme o ano em que o alunado se encontra, e,
além disso, muitas maneiras divertidas e variadas de aprendizagem. E entre elas
existem fórmulas com elementos cooperativos, que serão apresentadas a seguir.
Conforme o objetivo e a possibilidade (técnica) dos estudantes, sugere-se
inicialmente, que se segure a bola e aos poucos se libere (rebater) o último toque,
depois o penúltimo e o último e posteriormente o primeiro (os três toques).
VOLEIBOL COOPERATIVO
- Toda vez que alguém passa a bola por cima da rede, essa pessoa tem que
passar por baixo da rede e se juntar à outra equipe. Nessa versão, há troca
constante de equipe.
- As duas equipes tentam manter o jogo longo, fazendo pontos coletivamente.
Em partidas sucessivas tentam melhorar esse resultado.
- Depois de sacar, o jogador junta-se à outra equipe. Isto é, quando termina o jogo
todos terão jogado nas duas equipes.
- Antes de devolver a bola, todos os integrantes de uma equipe têm que tocá-la.
Isto é, em vez da regra de três toques, cada membro da equipe tem que tocar na
bola antes de passá-la sobre a rede.
VOLEIBOL REDE VIVA: Três grupos. Um grupo fica no lugar da rede e os outros
dois se posicionam normalmente em cada lado da quadra. Temos duas
possibilidades de se iniciar o jogo. Primeiro, o facilitador joga a bola para a direita
ou esquerda, e então os alunos recebem a bola e efetuam 3 toques, ou o número
a combinar, e lançam a bola por cima da rede. A equipe que errar irá no lugar da
rede e a equipe que estiver na rede ocupa o lugar na outra equipe. Sugere-se
também a contagem até três pontos para realizar a troca.
VARIAÇÃO: Continuamos com as três equipes nas mesmas posições, mas um
aluno da equipe efetuará o saque e a outra receberá e dará os toques
necessários para passar para o outro lado. Mas, agora apenas o aluno que errar
irá para a ponta da rede e o da outra extremidade da rede ocupará o lugar dele na
quadra. Nesta variação os alunos farão rodízio toda vez que conseguirem passar
a bola para a outra quadra fazendo com que o jogo fique movimentado, e que os
alunos fiquem constantemente atentos. Esta variação pode ser realizada com
pequenos grupos e quadra menor.
VOLEI PEGA: Separa-se a turma em dois grupos, sendo que um fica em um lado
da quadra e o outro no lado oposto. O jogo inicia com o saque e a outra equipe
executará 3 ou 5 passes, conforme as possibilidades dos alunos. Toda vez que a
bola cair no campo contrário, a equipe que deixou cair a bola sai correndo para
fugir tendo que tocar em algum lugar determinado pelo facilitador, e a outra
equipe tenta pegar os fugitivos. Aquele que for pego passa a fazer parte da outra
equipe. Os alunos podem ficar dispostos livremente na quadra de voleibol, mas
temos que ter o cuidado para que todos possam participar do jogo, tocando na
bola e mudando de posição quando necessário. De acordo com o grau de
conhecimento do esporte podemos fazer o rodízio ou simplesmente colocar os
alunos que estavam na defesa para o ataque e vice-versa.
VOLEIBOL GIGANTE: Separa-se as crianças em dois grupos, um grupo de um
lado da rede e outro do outro. O objetivo é fazer com que a bola caia do lado
contrário, passando por cima da rede. As regras devem ser discutidas com o
grupo: Competitivo um time contra o outro; Cooperativo: a criança que jogou a
bola para o lado contrário, também vai para o lado contrário. Devem-se criar
regras com as crianças. Sugere-se um rodízio cada vez que a bola é jogada para
o lado contrário e que se fixe um local onde o aluno que estiver faça a finalização.
VOLEIBOL GRANDE RODÍZIO COOPERATIVO: Os participantes trocam de lado
da quadra, toda vez que acontecer uma falta, existirá um grande rodízio entre os
participantes, com exceção dos que estiverem na posição 03. No sentido horário,
todos deverão ir uma posição adiante, da seguinte maneira: 1 para a 6; 6 para a
5; 5 para a 4; 4 para a 2 do outro lado. Os participantes que estiverem na posição
3 podem ser fixos ou trocarem de time a cada determinado número de pontos (05,
por exemplo) ou espaço de tempo.
VOLEIBOL QUEM TOCA SAI: Ficam três participantes fora da quadra (em cada
lado) e outros seis iniciam normalmente o jogo. O primeiro que tocar na bola de
um lado da quadra deve sair imediatamente e o outro que estiver fora entra
rapidamente no lugar dele, durante o jogo. A mesma coisa deve acontecer do
lado contrário. No início sugere-se fazer segurando a 1ª bola (a que vem do lado
contrário).
FUTEBOL DE REBATIDA COM AS MÃOS: 1- Delimita-se o campo de jogo na
quadra de voleibol; 2- dividem-se os alunos em duas equipes mistas
diferenciando-os com coletes, o outro material; 3- bola colocada no chão e no
centro da quadra; 4- ao apito os alunos tentam conseguir a posse da bola e a
equipe que conseguir poderá mover a bola somente no chão e o braço funcionará
como um bastão como se fosse o movimento da manchete podendo passar,
quantas vezes necessárias para fazer o gol na equipe contrária. Vence a equipe
que marcar mais gols no tempo marcado.
JOGO DO “TODOS TOCAM”: Neste jogo, as regras comuns e os objetivos do
voleibol tradicional são quase totalmente quebrados. Aqui, como o nome já diz, o
objetivo é fazer com que TODOS os componentes do time participem do jogo.
Além disso, é valorizada a estratégia dos times para cumprir o objetivo.
1. Faz ponto a equipe que passar a bola para o lado oposto por cima da rede,
utilizando um toque válido de voleibol.
2. Para passar a bola para o outro lado, todos os membros da equipe devem ter
tocado pelo menos uma vez na bola (sempre com toques válidos de voleibol). O
grupo que conseguir que todos toquem antes de enviar a bola para o lado oposto
já marca um ponto.
3. A equipe que vence o rally (ou seja, a equipe que marcaria ponto se o jogo
fosse de voleibol tradicional) recomeça com a bola, ou seja, tem a oportunidade
de executar sua estratégia e sair marcando um ponto. Normalmente, a estratégia
utilizada pelos grupos é colocar o mais habilidoso no centro, para distribuir as
bolas para os demais, que tornam a tocar para esse elemento mais habilidoso. O
jogador com menos recursos técnicos fica em uma posição que facilita a sua ação
e, com a prática, a tendência é que aumente sua habilidade nos movimentos
relativos ao voleibol. Esse fator diferencia muito o voleibol tradicional desse jogo,
pois, no jogo tradicional, o menos habilidoso tem sua tarefa dificultada, já que o
objetivo é derrubar a bola e, portanto, dificultar a ação do jogador adversário. O
companheiro desse jogador, por sua vez, dificulta sua participação, porque, sendo
menos habilidoso, não recebe muitas bolas, e assim, não pratica o suficiente para
se tornar mais habilidoso. Nesse voleibol modificado, ocorre o contrário, pois,
além da posição melhor, a bola lhe é jogada de modo a facilitar a sua ação
sempre, pois é necessário que todos toquem na bola. E ainda temos um fator
muito importante para as aulas de Educação Física ou para atividades reunindo
um grande número de participantes: muitas pessoas podem jogar ao mesmo
tempo (na verdade quanto mais gente melhor), ao passo que, no voleibol
tradicional, enquanto 12 pessoas jogam, as outras ficam de fora do jogo,
excluídas. Essa modificação acaba com isso, pois todos jogam ao mesmo tempo.
Temos nesse jogo, portanto, uma maior inclusão do que no jogo tradicional, uma
participação muito maior, pois o objetivo é facilitar para o outro ao invés de
dificultar, eliminando, assim, o tempo gasto com a busca da bola, e uma mudança
no objetivo do jogo, que passa a ser ajudar, ao invés de vencer. Além desses
componentes motores e afetivos-sociais, temos a solução de situações-problema
e elaboração de estratégias como pontos altos da atividade. Com o decorrer do
jogo, outras modificações podem ser propostas, como: o limite de toques por
jogador (1, 2 ou 3 no máximo); a proibição de cortadas; a bola recomeça com
quem perdeu o rally. E outras que o professor julgar adequadas para que os
objetivos de aprendizagem e cooperação sejam atingidos.
JOGO DOS “ADVERSÁRIOS COMPANHEIROS”: O objetivo nesta modificação é
aumentar o grau de cooperação entre os dois lados da rede, pois, na modificação
anterior, apesar de todos tocarem na bola e facilitarem esse toque entre os
membros do time, o objetivo é dificultar a ação dos adversários, pois, se vencer o
rally, a equipe tem a vantagem de iniciar com a bola. A facilitação aos menos
habilidosos, a cooperação, a inclusão e a resolução de situações-problema, nessa
modificação, atingem um valor maior que no jogo do TODOS TOCAM.
As modificações são:
1. São duas equipes. A equipe “A” e a equipe “B”.
2. Inicia-se o jogo com uma equipe (por exemplo, a equipe A) dentro da quadra,
dividida como quiser nos dois lados da rede de vôlei. Enquanto isso, a equipe (B)
fica fora da quadra, aguardando sua vez.
3. Um dos dois lados da rede inicia a jogada: todos os jogadores desse lado
devem tocar pelo menos uma vez na bola antes de tocá-la para o outro lado.
Quando a bola passa de um lado para o outro, a equipe inteira marca 1 ponto
(lembrando que a equipe está divida nos dois lados da rede).
4. Quando a bola cai, a equipe A sai da quadra (dos dois lados) e a equipe B
entra para fazer a mesma coisa. Notamos que, nessa modificação, além da
facilidade aos menos habilidosos citada na modificação anterior, ela acontece
também para o “adversário” do outro lado da rede, pois esse, sendo o mesmo
time, irá jogar a bola “na mão” do suposto adversário, fazendo com que a
quantidade de prática seja grande, junto com a aprendizagem motora. A mudança
de paradigma do voleibol também é enorme, pois, ao invés dos jogadores
objetivarem a derrubada da bola, dificultando a ação do outro, o objetivo passa a
ser a manutenção da bola o mais tempo no ar, facilitando a ação do outro.
VOLEIBOL EM DUPLAS SEGURANDO SACO OU COLETE
- Cada dupla segura um saco ou colete e tenta passar a bola de voleibol para
outra dupla. Serão feitos desafios em pequenos ou grandes grupos, considerando
tentativas sem deixar a bola cair e o tempo estipulado (que podem ser metas
colocadas pelo grupo). Num segundo momento faz-se um jogo com a rede na
altura normal (feminino ou masculino) com as duplas estando separadas nos dois
lados da quadra. As regras podem variar, podendo deixar a bola quicar uma vez
quando vem do outro lado ou não, e obrigar a utilização de passes antes de
lançá-la para o outro lado. Além disso, pode-se proibir o deslocamento da dupla
após ter conseguido encaixar a bola no colete ou saco.
MINI-VOLEIBOL
- Inicia-se com a bola sobre a rede, jogando 1 x 1, 2 x 2 ou 3 x 3, conforme a
quantidade de materiais e alunos. Arremessando a bola para o outro lado da
quadra, tentando fazer com que ela caia no solo.
- No segundo passo a criança deve aprender a passar e movimentar colocando-
se sob a bola. Pode-se exigir que a bola seja segura em posição de toque, pode-
se jogar 1 x 1 , 2 x 2, 3 x 3, conforme o número de alunos.
- O passo seguinte pode-se iniciar o ensino dos fundamentos básicos de forma
mais sistematizada: (saque, manchete, toque, ataque, defesa).
- O mini-voleibol no quarto momento é uma sequência do processo de ensino-
aprendizagem de modo contínuo, com o aprimoramento dos fundamentos e as
táticas do mini-voleibol.
Temas a serem refletidos:
O que acharam das atividades do voleibol? Já conheciam estas novas
formas de se jogar? Todos participaram das atividades? Foi difícil? Houve a
valorização dos colegas? Todos tiveram oportunidade de tocar na bola? O que
vocês sentiram ao realizar estas atividades? Alegria? Tristeza? Que outros
sentimentos ou atitudes perceberam? Conseguiram aprender os fundamentos
da modalidade? Existem muitos outros tipos de atividades que podem ser
trabalhadas nessa fase, mas o jogo de voleibol é de fundamental importância para
motivação da aula. Os fundamentos podem ser desenvolvidos/aprendidos com
educativos usando toque de dedos, manchete, saque, e outras técnicas de forma
agradável e colaborativa. A aula deve ser dinâmica e fazer com que o/a aluno/a
reflita sobre os movimentos e tente executá-los com consciência, tornando-os
significativos e prazerosos. No jogo de voleibol “da escola” (nas aulas), o
professor deve estar o tempo todo adequando regras, sem impedir a expressão
dos movimentos dos alunos (CAMPOS, 2006).
MÓDULO 3 – PROPOSTA PARA SEQUÊNCIA DE AÇÕES/ATIVIDADES
Neste módulo serão apenas citadas as atividades que se pretende
desenvolver na sequência das aulas, pois a descrição delas já está alocada
anteriormente. Apesar da proposta estar sendo apresentada por aula, é de nosso
conhecimento a quantidade de situações (variáveis) que podem ocorrer durante
elas, significando que se deve levar em conta muito mais a sequência das
atividades do que a possibilidade da ocorrência regular das aulas. Por exemplo, a
terceira atividade da primeira aula poderá ser muito diversificada e ser repetida ou
complementada na aula seguinte.
Primeira aula Objetivos:
- Estimular a cooperação, socialização entre alunos e professor;
- Valorizar o trabalho em equipe;
- Orientar sobre a aprendizagem do gesto básico da manchete;
- Aprimorar a atenção e a observação;
- 1- Dinâmica para aceitação e cooperação entre o grupo
Atividade 1:
- DINÂMICA “CAIXA DE PRESENTE”
Reflexão sobre a dinâmica: Já conheciam esta dinâmica? O que sentiram ao
receberem a mensagem? O que o presente significou? Existem entre vocês os
temas propostos? O que é necessário para aceitar os temas? É possível nas
aulas ter esses temas como exemplo do dia a dia?
Atividade 2:
- GRUPO AMARRADO
Atividade 3:
- BRINCADEIRAS EM DUPLAS COM SACO OU COLETE
Cada dupla segura um saco ou colete e tenta passar a bola de voleibol
para outra dupla. Serão feitos desafios em pequenos ou grandes grupos,
considerando tentativas sem deixar a bola cair e o tempo estipulado (que podem
ser metas colocadas pelo grupo).
Questões e reflexões: Conhecem outra atividade parecida com essas
trabalhadas? Em equipes realizar outras atividades para envolver o grupo todo ou
criar outra atividade semelhante as realizadas para assim melhorar o
relacionamento entre os colegas.
OBS: Após as atividades trabalhadas fazer um jogo de voleibol sem regras
somente estimular e ir despertando o gosto pela modalidade.
Segunda aula
Objetivos:
- Reforçar o trabalho em grupo;
- Integração, participação, cooperação e resolução de problemas;
- Estimular a aprendizagem do toque e da manchete em grupos;
- Desenvolver habilidades, tais como raciocínio, atenção e observação.
- 2- Dinâmica para integração ao meio social.
Atividade 1:
- JOGO DE APRESENTAÇÃO
Reflexão sobre a dinâmica: Que sensação sentiu ao pronunciar um adjetivo ao
seu nome? Vocês costumam fazer sempre o que mais gostam? Por quê? Vocês
oferecem ajuda a quem precisa ou são egoístas? Vocês acham que existe
panelinhas, descriminação, exclusão, desinteresse, competitividade entre vocês?
Atividade 2:
- JOGO DOS “ADVERSÁRIOS COMPANHEIROS”.
Terceira aula:
Objetivos:
- incentivar a ajuda e a participação de todos (todos são importantes)
- Praticar os fundamentos de voleibol: saque, toque e manchete.
Atividade 1:
- PEGA CORRENTE
Os alongamentos serão demonstrados pelo professor em seguida
executado pelos alunos, variando com outros tipos de alongamento feitos pelos
alunos e diferenciando de acordo com o conhecimento deles.
- Deslocamento com movimentação à frente e atrás. Na quadra de voleibol de
quatro a quatro alunos, três ficam virados de frente e um fica de costas na
posição de recepção de bola no formato de rodízio.
- Deslocamento com fundamento de jogo. Um aluno fica de frente para rede
jogando a bola, os demais alunos no outro lado fazendo o toque de dedos. A
mesma atividade sem a rede, entre outros educativos de toque de dedos.
- Saque no paredão e na zona de saque: alunos/as efetuarão o movimento do
saque por baixo.
Atividade 2:
- MINI-VOLEIBOL
Questões e reflexões: O que vocês acharam do mini-voleibol? Foi difícil executar
Os fundamentos básicos do voleibol? Se sentiram atraídos por este esporte?
A partir do momento que eles dominam os fundamentos básicos pode-se
aumentar o grau de dificuldade, dando noção do voleibol “da escola”, objetivando
o gosto e a aprendizagem.
As aulas seguintes terão continuidade das aulas anteriores usando
atividades citadas na unidade didática como jogos cooperativos e fundamentos
básicos seguidos de jogos de voleibol.
Quarta aula:
Objetivos:
- Praticar os fundamentos de voleibol: saque, toque e manchete.
- Estimular e incentivar a pratica do voleibol.
- Incentivar e estimular a cooperação.
Atividade:
- JOGO DE VOLEIBOL “TODOS TOCAM”
O professor apresenta variados tipos de alongamentos onde os alunos
executarão, se houver dificuldades o professor auxiliará. Praticar os fundamentos
básicos de voleibol de forma variada: toque de bola (dois a dois, três a três com
deslocamentos para frente). Manchete (no paredão sobre a rede, dois a dois).
Saque (sobre a rede, acertar o círculo marcado), entre outros educativos. De
preferência em forma de desafios ou metas decididas pelos alunos, exemplo: Três
alunos decidem que vão executar 15 manchetes sem deixar a bola cair, mas a
bola tem que passar sempre por todos.
Questões e reflexões: Gostaram das atividades praticadas? Qual fundamento
vocês sentiram mais dificuldade em realizar?
Quinta aula:
Os objetivos da quinta aula até décima segunda aula, serão os mesmos, pois
servem para:
-Estimular e incentivar a prática do voleibol;
- Praticar os fundamentos de voleibol: saque, toque e manchete;
- Incentivar e estimular a cooperação;
- Desafiar os alunos a executar o maior número de: saque num alvo, toque de
bola e manchete.
Os alunos serão orientados para realizar o movimento do saque por baixo
e o posicionamento correto do corpo. Exercício para execução de saque: tentar
acertar o maior número de saque em alvos (como cesta de basquete, dentro da
quadra de voleibol, no bambolê, no alvo em paredão).
Atividade 1: Voleibol com saco
Atividade 2: voleibol de base.
Sexta aula:
Com orientação do professor os alunos irão executar o movimento correto
de como as mãos devem ter o contato com a bola no toque de dedos. Incentivar
os alunos a realizarem toques em grupos de três. Desafiar o colega verificando a
quantidade de toques que consegue sem que a bola caia no chão.
Atividade 1: splash
Atividade 2: Caçador comum e caçador com rede alta.
Sétima aula:
Ainda realizar o fundamento de toque de bola com metas e desafios.
Exemplo: dois a dois; um joga a bola e o outro rebate em toque de bola, e vice-
versa. Atinge a meta quem conseguir executar o maior número de toque sem que
a bola caia. A meta pode ser sugerida pelos alunos.
Atividade 1: Passando pelo túnel
Atividade 2: Rebatida (beisebol).
Oitava aula:
Desenvolvimento do fundamento de manchete, posicionamento das mãos
e braços, além do domínio da bola para que eles compreendam a maneira correta
da posição dos braços e mãos. Ensinar a posição do corpo para melhor
impulsionar a bola.
Exercício da manchete dois a dois: um joga a bola e o outro recebe com o
movimento da manchete e envia a bola novamente, e senta. E assim
sucessivamente. Ainda dois a dois: desafio entre eles: quem consegue realizar o
maior número de manchete sem a bola cair no chão?
Atividade 1: Balão/ bexiga
Atividade 2: Voleibol rede viva.
Nona aula:
Continuação com o fundamento manchete ou recepção. Alunos em
quartetos: um será o que envia a bola e os demais recebem a bola fazendo um
revezamento (indo atrás da coluna). Um elástico ou uma corda servirá como rede
e os alunos deverão enviar a bola por cima (aprendizagem da recepção).
Atividade: voleibol gigante cooperativo.
Décima aula:
Os alunos dentro do espaço da quadra esportiva em grupo de três ou
quatro executarão somente o toque de bola sem que ela caia no chão. Também
executar a manchete sem deixar a bola cair. Na zona de saque, em dois grupos,
primeiro um executa o saque depois o outro grupo fará o mesmo, tentando fazer a
bola ultrapassar a rede. Quem não conseguir, pode se aproximar da rede.
Atividade: voleibol com dois locais de saída e entrada cooperativo.
Décima primeira aula:
Treino do movimento da cortada na posição parada; colocação do corpo e
da mão frente a bola; braços vem balanço de atrás para a frente e para cima, com
o intuito de se aumentar a impulsão do salto; e o braço que ira bater na bola é
puxado num movimento circular à frente do corpo. Os pés são fundamentais
devem tocar no solo e desenvolver o movimento mata-borrão. Treino de
movimento da corrida e salto; atrás da linha dos três metros executar o
movimento da corrida e o salto.
Atividade: Voleibol quem jogar a bola para lá vai para lá.
Décima segunda aula:
Desenvolver os fundamentos do voleibol em forma de desafio: duvido você
realizar dez toques sem deixar a bola cair; doze manchetes; de dez tentativas
acertar duas na cesta de basquete; fazer o movimento da cortada sem tocar na
rede. O aluno pode colocar a meta e tentar. Você consegue realizar o movimento
da cortada sem tocar na rede? O que tem que fazer para saltar o mais alto
possível?
Atividade: voleibol com regras estipuladas por eles.
Décima terceira aula:
Três grupos de mais ou menos seis alunos. Eles devem executar somente
toque de bola sem que ela toque o solo. O aluno que deixar a bola cair troca de
grupo. Depois fazer só com a manchete.
Atividade: voleibol a primeira bola deixar tocar no solo.
Décima quarta aula:
Dois a dois deslocando-se com toque de bola da linha de fundo até a linha
central. Desafio: qual a dupla que executa o toque de bola até a linha central sem
que a bola caia no chão. Realizar o mesmo procedimento com o fundamento
manchete.
Grande círculo: todos executam o toque de bola e o aluno que deixar a
bola cair vai para o centro. Ele fará o movimento tocando para todos os colegas.
Após executar somente a manchete com o mesmo desafio o aluno que deixar a
bola cair irá ao centro e assim sucessivamente.
Atividade: Voleibol só valerá ponto se acontecer os três toques.
Décima quinta aula:
Praticar o saque: o aluno deverá acertar o saque onde os colegas
estipularem o alvo. Dois a dois e um em cada lado da rede: toque de bola e
manchete sobre a rede, tocando a bola passando por toda a rede. Caso a bola
cair sem ter passado por toda a rede, a dupla vai para o final da fila. Depois, se a
bola cair, pode continuar até o final da rede.
Atividade: voleibol começando a contagem de pontos.
Décima sexta aula:
Duas equipes de 6 alunos. Em cada cesta uma bola de voleibol para cada
equipe. Cada aluno deverá tocar a bola tentando fazer a cesta e se colocar atrás
de sua coluna e assim sucessivamente. A equipe que fizer seis cestas primeiro
vencerá. Fazer também com os fundamentos manchete e saque o mesmo
procedimento (quem fizer seis cestas primeiro vencerá). Obs.: o aluno que errar
vai para a outra equipe. O grupo pode colocar desafio para ele próprio vencer,
inclusive por tempo.
Atividade: Jogo de voleibol quem toca sai.
Questões e reflexões: Ao final da aplicação dos fundamentos do voleibol,
argumentar: Gostaram de como foi ministrado os fundamentos? Sentiram
dificuldades de executar? Qual deles achou mais interessante? Porquê? Houve
ajuda? Como e quando? Aprenderam os movimentos técnicos? Como são? Ainda
existem dificuldades?
Segundo CAMPOS (2006 p. 39), o voleibol é um esporte fundamental para
o desenvolvimento do aluno, e a ele proporciona uma gama de movimentos a ser
explorados. É um ótimo esporte para a integração social dos alunos.
Após a realização da proposta os/as discentes responderão um
questionário opinando sobre as atividades ministradas.
REFERÊNCIAS
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MEDINA, João Paulo O brasileiro e seu corpo. Campinas: Papirus, 1987. ORLICK, Terry Vencendo a Competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989. RODRIGUES, Santiago Oscar. Revista Economia e Educação. Belo Horizonte – 20 de junho, 2011. SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2006. SOARES, C.L. et al. (Coletivo de Autores). Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
FONTE / SITES DAS ATIVIDADES CITADAS
BRANDL NETO, Inácio. Voleibol: Práticas alternativas frente aos novos Paradigmas. Caderno de Educação Física: estudo e reflexões. Marechal Cândido Rondon-PR. Vol.4 n.7 e 8, 2002.
BROWN, Guilhermo. Jogos cooperativos: Teoria e Prática. 2ª edição. São Leopoldo, RS: Sinodal, 1994. Tradução: Rui Bender.
http://www.tiobill.com.br/
PIEROTTI, Juliana Assef. Caderno de Jogos Cooperativos.
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