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Os Recursos Hídricos em Portugal
1. O Balanço hídrico do território e o seu enquadramento na região euromediterrânea
2. Os recursos hídricos superficiais
3. Os recursos hídricos subterrâneos
4. Os recursos hídricos das regiões autónomas (Açores e Madeira)
Os Recursos Hídricos em Portugal
Recursos hídricos
água nos seus diferentes estados e reservatórios (incluindo os aquíferos), disponível ou potencialmente disponível, susceptível de satisfazer, em quantidade e qualidade, uma dada procura num local e período de tempo determinado
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Ramos, C. (2005) – “Parte IV – Os Recursos Hídricos”, in Medeiros, Carlos Alberto (dir.), Brum Ferreira, A. (coord.) – Geografia de Portugal. Vol. 1 – O Ambiente Físico, Círculo de Leitores, Lisboa, p. 387 - 414.
PNA (2001) – Plano Nacional da Água, 2 vols., M.A.O.T., I.N.A.G.http://www.inag.pt/inag2004/port/a_intervencao/planeamento/pna/pna.html
Bibliografia
PRA (2001) e PRAM (2003) – Planos Regionais da Água dos Açores e da Madeira, http://www.inag.pt/inag2004/port/a_intervencao/planeamento/pra/pra.html
• Portugal continental tem, em termos médios, um balanço hídrico negativo: P - Etp = - 140 mm / ano
• o balanço hídrico apresenta um acentuado contraste regional: existem “dois países”, um com um balanço positivo e outro comum balanço negativo
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mm
-389Ribeiras do Algarve
-674Guadiana-445Mira-523Sado-240Tejo-305Ribeiras do Oeste
-165Lis72Mondego
486Vouga-9Douro
402Leça876Ave
1201Cávado1158Lima
873MinhoBalanço hídrico anual (P – ETP)
por bacia hidrográfica
mm
Balanço hídrico de Portugal
853 mm 58%610 mm 42%1463 mmMadeira
1245 mm 69%562 mm 31%1807 mm Açores
385 mm 40% 577 mm 60%962 mmPortugal continental
Escoamento interno
EvapotranspiraçãoReal
Precipitação
P = ETR + Es + I
Escoamento interno = Escoamento superficial (Es) ++ Infiltração profunda ( I) = recursos hídricos internos renováveis
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dependência de Espanha
Recursos hídricos renováveis = escoamento interno + escoamento externo
Recursos hídricos luso - espanhóis: os dados do problema
• 45% do escoamento de Portugal continental provém de Espanha
• a crescente utilização da água do lado espanhol nas bacias transfronteiriças tem reduzido substancialmente os caudais dos rios internacionais(ex: rio Guadiana – 63 %)
• Portugal e Espanha têm fortes assimetrias temporais do escoamento.
Em Portugal 79% do escoamento concentra-se no semestre de Outubro a Março.
A irregularidade anual é muito elevada: nos anos mais secos o escoamento podeser < 100 mm / ano e nos anos mais húmidos > 800 mm / ano
Aspectos negativos
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• Portugal possui 21 % dos recursos hídricos renováveis ibéricos(o seu território ocupa 15 % da área da Península Ibéria)
• Cada unidade de área do território português produz mais água do que a suacongénere espanhola (385 l / m2 contra 282 l / m2)
• Cada português dispõe de 6859 m3 / ano, enquanto cada espanhol tem2794 m3 / ano
• Mesmo que Portugal apenas contasse com os seus recursos hídricos internos renováveis, cada português teria 3772 m3 / ano
• O grau de utilização dos recursos hídricos em Portugal é de 16 % (stress hídricomoderado), enquanto em Espanha é de 32% (stress hídrico médio – elevado)
Recursos hídricos luso - espanhóis: os dados do problema
Aspectos positivos
Recursos hídricos renováveispor habitante
Stress hídrico
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Escoamento interno anualMinho Lima
CávadoAve Douro
Mondego
Tejo
Lis
Vouga
Leça
GuadianaSado
Ribeirasdo Oeste
Ribeiras do Algarve
Mira
Bacias hidrográficas portuguesas por Planos de Bacia
% escoamento relativamente à precipitação, por região hidrográfica
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Os Recursos Hídricos Superficiais
Escoamento superficial anual gerado em Portugal por bacia hidrográficaÁrea Escoamento
medianoEscoamento em ano seco
Escoamento em ano húmido
Coef. Flutuação
(km2) (decil 5) (decil 1) (decil 9) (d9 / d1)
(hm3) (hm3) (hm3)Minho 184 1034 634 1661 3 1270Lima 1172 1506 888 2598 3 1285Cávado 1593 1892 1089 3422 3 1188Ave 1335 1132 546 2184 4 848Leça 185 94 37 202 5,5 508Douro 18570 8412 3138 15803 5 453Vouga 2344 1758 675 3364 5 750Mondego 6658 3454 911 6314 7 519Lis 837 227 49 581 12 271Tejo 24460 5430 1027 12548 12 222R. Oeste 1655 267 113 551 5 161Sado 6271 822 19 2145 113 131Mira 1025 266 0 659 ---- 260Guadiana 11300 1944 689 4113 6 172R. Algarve 1683 298 25 720 29 177
Bacias Hidrográficas
Escoamento específico mediano (l/m2 )
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%
• 62 % do escoamento interno é produzido por 3 bacias: Douro, Tejo e Mondego
• A Bacia do Douro produz 32 % do escoamento interno
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2,5
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Out NovDez
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Fev Mar Abri Mai Jun Ju
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Minho
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Cávado
Ave
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Douro
Vouga
Mondego
Lis
Ribeiras do Oeste
Tejo
Sado
Mira
Guadiana
Variações estacionais
• Regime fluvial de tipo pluvial subtropical• Época de abundância de escoamento de Dezembro a Abril• Meses mais caudalosos: Janeiro e Fevereiro • Estiagem bem marcada com cerca de 3 meses de duração
(Julho, Agosto e Setembro)
SadoMira
Guadiana LisR.as Algarve
Mondego
Vouga
Douro
Leça
Ave
Cávado
Lima
Minho
DNOSAJJMAMFJ
Guadiana
Mira
Sado
R. Oeste
Tejo
Lis
DNOSAJJMAMFJ
A estiagem nas diversas bacias hidrográficas
A vermelho: caudais nulos
• as bacias alentejanas são afectadas por uma estiagem severa : 5 a 6 meses de caudais nulos
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0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
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fins múltiplosabastec. municipalhidroagrícolahidroeléctrico
A importância das barragens
• Actualmente existem mais de 2000 estruturas hidráulicas (grandes e pequenas barragens e açudes)
• destas, 230 são grandes barragens (> 1hm3)
• as duas maiores barragens são Alqueva(desde 2002, 4150 hm3) e Castelo do Bode (desde 1951,1095 hm3)
A importância das barragens
Considerando a Cordilheira Central, é de salientar que as bacias:
• a Sul, têm 72 % da capacidade total de armazenamento de água do país• a Norte, detêm 83 % da capacidade de produção de energia hidroeléctrica
10
0%5%
10%15%20%25%30%35%40%
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ana R.
antes depois
Capacidade de armazenamento de água nas bacias hidrográficas, antes e depois de Alqueva
Capacidade de produção de energia hidroeléctrica nasbacias hidrográficas
Lima
Cávado
Ave
Douro
Vouga
Mondego
Tejo
MinhoSado Guadiana
52 %
Alqueva: 40 anos de discussão
Utilização:
• reserva de água, • rega, • abastecimento, • produção de energia
Rio Guadiana: caudal diminuiu 63%
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Perigos naturaiscom relevância para o
ordenamento do território
PNPOT
Cheias
As cheias
• Entre 1935 e 1988 (54 anos) registaram-se 134 episódios de cheia (LNEC, 1990)
• 73 % dos quais nos 4 meses mais chuvosos (Novembro a Fevereiro)
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Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
%
12
As cheias
As cheias
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Os Recursos Hídricos Subterrâneos
• As características do subsolo determinam a posição geográfica dos sistemas aquíferos
• A repartição espacial das chuvas influencia decisivamente a recargados aquíferos e, como tal, a sua produtividade
Os Recursos Hídricos Subterrâneos
As grandes unidades hidrogeológicasde Portugal continental decalcam as unidades morfo-estruturais:
• Maciço Antigo
• Orla Sedimentar Ocidental
• Orla Sedimentar Meridional
• Bacias Sedimentares do Tejo e Sado
BT 1
BT 2
BT 3
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Os Recursos Hídricos Subterrâneos
Em Portugal continental existem62 sistemas aquíferos, os quais ocupam 20 % do território,estando assim distribuídos:
• Maciço Antigo – 10 sistemas
• Orla Ocidental – 30 sistemas
• Orla Algarvia – 17 sistemas
• Bacias do Tejo e Sado – 5 sistemas
PNA, 2001
Avaliação das Reservas Hídricas Subterrâneas e dosRecursos Hídricos Subterrâneos Renováveis
6514,610012942025408Portugal2720,871,69266012532Bac. Tejo e Sado258,02,126901504Orla Algarvia
2996,519,0246608785Orla Ocidental 539,37,394102587Maciço Antigo
(hm3/ano)%(hm3)(km2)
Recarga potencial
Reservasextraíveis
Áreaaflorante
Designação
A recarga potencial anual tem a capacidade de renovar apenas5% dos recursos hídricos subterrâneos nacionais, ou seja, são necessários 20 anos para a renovação das reservas de água subterrâneas (em termos gerais)
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BT 1
BT 2
BT 3
Avaliação das Reservas Hídricas Subterrâneas
O Sistema aquífero da margem esquerdado Tejo tem mais de metade (53 %) dasreservas de água subterrâneas dePortugal continental e é o mais extenso da Península Ibérica
7%
19%
2%
72%
Maciço Antigo Orla Sedimentar OcidentalOrla Sedimentar Meridional Bacias Sedimentares do Tejo e Sado
Recursos Hídricos Subterrâneos Renováveis
BT 1
BT 2
BT 3
8%
46%
4%
42%
Maciço Antigo Orla Sedimentar OcidentalOrla Sedimentar Meridional Bacias Sedimentares do Tejo e Sado
BT3, pela sua extensão e espessura,gera anualmente 33 % dos recursoshídricos subterrâneos renováveis dePortugal continental
16
Muito baixaInexistência de aquíferos V8
BaixaAquíferos em sedimentos consolidadosV7
Baixa e variávelAquíferos em rochas fissuradasV6
Média a baixaAquíferos em rochas carbonatadasV5
MédiaAquíferos em sedimentos não consolidados sem ligação hidráulica com a água superficial
V4
AltaAquíferos em sedimentos não consolidados com ligação hidráulica com a água superficial
V3
Média a AltaAquíferos em rochas carbonatadas de carsificação média a altaV2
AltaAquíferos em rochas carbonatadas de elevada carsificaçãoV1
VulnerabilidadeTipo de aquíferoClasse
Vulnerabilidade à contaminação das águas subterrâneas
A utilização da água
100875447474007Total
14,11237------1237Energia
74,8655142102341Agricultura
0,220911Turismo
4,4385179206Industrial
6,4561349212Urbano
%(hm3)(hm3)(hm3)
TotalOrigem
subterrâneaOrigem
superficialSectores
Fonte: PNA, 2001.
Apesar dos recursos hídricos subterrâneos renováveis representarem apenas 16% (6 000 hm3) do total de recursos hídricos gerado em Portugal continental (36700 hm3), suportam cerca de 54% (4747 hm3) do "consumo" total de água (8754 hm3) anual (PNA, 2001).
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Os Recursos hídricos da Madeira
• Precipitação anual (único input de água doce): 1200 hm3 / ano
• Destes, 42 % perdem-se para a atmosfera (ETR)
• Os recursos hídricos renováveis anuais atingem 700 hm3 (58 % da P)
• A maior parte alimenta o escoamento superficial (500 hm3 / ano)
• Os restantes 200 hm3 / ano alimentam o escoamento subterrâneo
• Contudo, as126 bacias hidrográficas madeirenses têm uma área reduzida(nenhuma alcança 60 km2), com tempos de concentração < 5 horas
• Grande contraste N / S: as ribeiras da vertente norte possuem escoamento durante todo ou quase todo o ano; as da vertente sul só ocasionalmentetêm escoamento
Distribuição dos recursos hídricos da Madeira
• Levadas (num total de 50 canais), alimentadas por cerca de 375 nascentes, para as necessidades agrícolas e parte das hidroeléctricas
• Furados (sistemas de galerias), para abastecimento doméstico
• Nascentes não englobadas no sistema de levadas, alguns furos e poços
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Os Recursos hídricos dos Açores
• Precipitação anual (único input de água doce): 4500 hm3 / ano
• Destes, 30 % perdem-se para a atmosfera (ETR)
• Os recursos hídricos renováveis anuais atingem 3128 hm3 (70 % da P)
• Os recursos hídricos superficiais renováveis (1608 hm3 / ano) e ossubterrâneos (1520 hm3 / ano) têm valores muito semelhantes
• As bacias hidrográficas açorianas são ainda mais pequenas do que asmadeirenses (todas têm uma área < 30 km2) e um tempo de concentração< 6 horas
• Quase todos os cursos de água são temporários à excepção de algumasribeiras nas ilhas de Stª Maria, S. Miguel, Faial, S. Jorge e Flores
• Os Açores têm 88 lagoas que armazenam cerca de 90 hm3 de água, mas com uma distribuição geográfica muito desigual (93 % do volume de águaarmazenado pelas lagoas está numa única ilha – S. Miguel)
Os Recursos hídricos dos Açores
0100200300400500600700800900
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hm3
superficiais subterrâneos
• 54 % dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos concentram-se apenasem 2 das 9 ilhas: S. Miguel e Pico
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A importância dos recursos hídricos na produção de energia
hídrica>10MW82%
hídrica<10MW5%
biomassa10%
geotérmica1%eólica
2%
Contribuição das energias renováveis na produção de electricidade em 2001.Fonte: DGE.
• Riscos ambientais: incêndios florestais e desertificação
Moreira, M.A. e Neto, C. (2005) – “Introdução sobre a Fitogeografia de Portugal”, in Medeiros, Carlos Alberto (dir.), Brum Ferreira, A. (coord.) – Geografia de Portugal. Vol. 1 – O Ambiente Físico, Círculo de Leitores, Lisboa, p. 418-420.
Solos e Vegetação
• Diversidade e capacidade de uso dos solos
• Repartição espacial das principais espécies arbóreas e seus factores condicionantes
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Solos e Vegetação
Recursos pedológicos
conjunto de solos (que inclui os elementos minerais, matéria orgânica, organismos vivos, ar e água presentes na camada superficial da Terra) que, pelas suas características naturais ou modificadas, se revestem de interesse agro-florestal
Em Portugal continental, os solos de maior aptidão agrícola representamapenas cerca de 12% do território (DL RAN).
A RAN (Reserva Agrícola Nacional) consagra o solo agrícola como um valor patrimonial.
- Limitações acentuadas
- Limitações severas
- Limitações muito severas
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Uso do solo versus capacidade de uso em Portugal
72% dos solos são impróprios para a agricultura, restando assim28%, dos quais apenas 10% possuem capacidade de uso elevada
Relatório do Estado do Ambiente, 2004
Solos e vegetação
Portugal tem uma clara vocação florestal
Portugal tem potencialidades florestais em cerca de 70% do seu território
A floresta ocupa 38% do território
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Recursos florestais:
Os espaços florestais contribuem para os ciclos de nutrientes, do carbono e da água, são repositório de biodiversidade e exercem um papel na melhoria da qualidade do ar em geral.
A floresta é um regulador químico da atmosfera
As estimativas efectuadas para Portugal apontam para uma eficiência média de retenção do carbono na floresta portuguesa de
78,3 t CO2 / ha em 1995 (MAOT, 2000).
As actividades associadas à floresta (produção de madeira, cortiça, silvopastorícia, caça, pesca, apicultura, recreio e lazer, frutos silvestres, cogumelos, ervas aromáticas e medicinais) providenciam bens e serviços e criam oportunidades de rendimento e de emprego em áreas deprimidas
Fonte: Costa et. al., 1998, 2001; Aguiar & Honrado, 2001, in DGF, 2003
A Direcção Geral de Florestas definiu onze unidades biogeográficas, com espécies com elevado valor comercial directo e indirecto, pela biodiversidade que proporcionam e por permitirem oaproveitamento de produtos tradicionais
As unidades biogeográficas
no território do continente
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• O conjunto das áreas classificadas ao abrigo da Rede Natura 2000 e da Rede Nacional de Áreas Protegidas representa, em 2005, 21,3 %de Portugal continental (fig.20).
• A Região Autónoma dos Açores apresenta 22 % do seu território com áreas protegidas e classificadas.
• Na Região Autónoma da Madeira, as Ilhas Desertas e Selvagens são Reserva Natural Integral; a Ilha da Madeira apresenta 60 % do território com áreas protegidas e classificadas e a Ilha de Porto Santo 15% do território como Sítio Classificado.
PNPOT
A floresta e a vegetação natural
ocupam 47% do território
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Perigos ambientaiscom relevância para o
ordenamento do território
Incêndios florestais
PNPOT
O perigo de desertificação
Em Portugal, as áreas semi-áridas e sub-húmidas secas do país, apresentam em regra:
terrenos de declives médios a acentuados, onde predominam solos pobres em matéria orgânica, com texturas grossas a médias, com pequena a média espessura, com baixa a média capacidade de retenção e de armazenamento de água, de fertilidade baixa a média e com risco de erosão médio a alto.
São ainda áreas sujeitas a escorrência superficial por vezes alta.
O fenómeno da desertificação merece particular atenção nas regiões do Alentejo e Algarve, e na região Leste de Trás-os-Montes e Beiras.
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• Episódios de precipitação intensa em curtos intervalos de tempo• Ocorrência de incêndios florestais• Abandono da actividade agrícola (falta de manutenção socalcos e
da limpeza da floresta)• Práticas agrícolas inadequadas
O perigo de desertificação
Aproximadamente 60% do território português corre risco moderado de desertificação.
Práticas agrícolas adequadasinadequadas
Socalcos na ilha da Madeira (bananeiras)
Socalcos no vale do Douro
(vinha)
adequadas
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Contrastes biofísicos do território